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O REINO DE DEUS
NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA
os desafios da cosmovisão cristã nos setores de influência da sociedade

W
WIILLSSO
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RO OD
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DO NAASSCCIIM
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3
O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

I NNTTRRO
ODDU
UÇÇÃ
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L ogo n o in ício d a min h a con ver são lembr o -me q u e er a


com u m ou vir mo s falar de m u t ir ões e con gr essos mission ár ios
pelas igr ejas. O gr u po das mu l h er es sempr e e st ava em
cam p a n h a par a con segu ir algu ma coi sa par a u m gr u po de
m ission ár ios n o in t er ior da Amaz ôn ia ou em algu ma t r ibo
afr ican a. N osso past or sempr e u sava as exper iê n cias de
a lgu m mission ár i o par a i lu st r ar os seu s ser mõe s e t odos n ós
t ín h amos por muit o cor ajos os aq u ele s qu e d ecidia m “ deixar
tudo ” em obediên cia ao ch amado d e D eu s.
D esde qu e aceit ei o meu ch amado mission ár io em meados
de 1 9 9 1 já est ive em diver sos lu gar e s e con hec i mu it as
com u n idades qu e t alvez a maior ia dos cr en t es n un ca con h eça
em t oda a su a vid a. N ós v ivemos e m t empos d e cr is es n o m eio
ev an g élico e me par ece qu e cada vez men os cr ist ãos est ão
in t er essados em f azer difer en ça n o lu gar em qu e vivem.
Hoje e m dia, e j á se vão t r in t a an os da min h a con ver são,
par ece qu e ess e “ papo” de mis sões n ão agr ada mai s as
pessoas, ou vir um mission ár io pr egan do passou a ser
“ Programa de Índio ” 1. N ão ou vimos mais falar dos co n gr essos
e con fer ên cias mission ár ias qu e i n flu en c iar am t an t os joven s,
os m u t ir ões e viagen s mission ár ias são cada vez mais r ar os e
com o con seqü ên cia as ofer t as mission ár ias das igr eja s
dim in u em a cada an o. Um dia de sses l i u ma pe sq u isa on de
apon t ava qu e os cr ist ãos con t in u am gast a n do mu it o mais com

1 Programa de Índio era uma série apresentada pela Regina Case na TV Globo nos meus tempos de adolescente.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

ch icl et es e bal a s do qu e ofer t am par a missões. En t r et ant o,


a in da exist em gr u pos e igr e ja s qu e in sist em em não
aban don ar a visão mission ár ia , al gu n s an os at r ás n a igr eja
qu e con gr egava, c r iamos u ma equ ipe móvel de joven s e
adolescen t es qu e cooper avam com as igr e jas d e peq u en o
por t e no t r einamen t o e apoio evan gelíst ico; algu mas
com u n idades evan gélicas est ão pr esen t es com equ ipes
m ission ár ias em even t os como car n aval e even t os e spor t ivos,
m as isso se t or n a cada vez mai s u ma “ exceção” . N ossos
jov en s past or es est ão p r eocu pados m u it o mais com n ovas
est r at égias par a o cr escim en t o n u mér ico da igr eja do qu e
com man eir as d e cu mpr ir com a Gran de C omissão .
P ar ece -me qu e a Igr eja Evan gél ica h oje se pr e ocu pa mu it o
m ais com os seu s pr oblemas in st it u cion ais do qu e com as
n ecessi dades do m u n do n ão alcan çado ou com os “ se m
igreja ” 2 da su a pr ópr ia comu n idade. Visit ei vár io s bair r os
on de os mor ador es jamais t in h am ou vido falar da igr eja qu e
est av a ali h á 5 0 an os; ou t r o dia con h ecemos u ma igr eja
localiza da num bair r o n obr e qu e est ava pr ogr a man d o a
com pr a de u m pr édio n o valor d e u m milh ão de r eais, o
pr oblema é qu e essa igr eja n ão t in h a mais de 7 0 membr os e
só son h a va at in gir o n ú mer o de 1 0 0 pessoas dep ois de 1 0
an os. P ar t icipei d e u ma r eu n ião de past or es on de o pr egador
ch eio de car is ma deixav a e xpost a t oda a su a in dignação com
os qu e defen dem o cr escimen t o da igr eja, dizia ele : - Qu al o
pr oblema em se t er 5 0 membr os p or 2 0 , 3 0 an os? – o r a, se u m
past or dir ige u ma igr eja pr a ela mesma é melh or t ran sfor má -
la n u m clu be pr ivat ivo, somos c h amados p r a alcan çar o maior
n ú m er o possível de pessoas par a J esu s, isso r equ e r amor por
aqu eles qu e es t ão lo n ge de D eu s. Est amos con st r u in do

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

t em plos t ão lu xu osos apen as par a at en der a n ossa


n ecessidade d e con for t o, qu er emos ar -con dicion ado , cadeir as
acolc h oadas, c an t in a, mu lt imídia só par a qu e as r eu n iões
sejam agr adávei s par a os p r ópr ios cr en t es.
P r eocu p a m -se mu it o mais em u m c u lt o qu e at en da as su as
pr ópr i as expect at ivas, um evan gelh o qu e lh es gar an t a
su cesso in st an t ân eo e u m agr adável “ lu gar ao sol” . Ou
m u damos a man eir a de ver as coisas ou ser emos ven cidos
pelo n osso e go e t r aí dos pela n oss a con cu p iscê n cia 3.
N asce u ma in comodação com t oda essa “ t eolog ia d a pós -
m oder n idade” , a mesma qu e P au lo t eve a r espeit o da igr eja n a
Galácia: “ Admir o -me qu e t ão depr essa est e jam aba n don a n do
aqu ele qu e os c h amou pela gr aç a de C r ist o, par a segu i r em
ou t r o evan gelh o q u e, n a r ea lidade, n ão é o evan gelh o” .

C
COON
NHHEEC
CEEN
NDDO
OOOR
REEIINNO
ODDEE D
DEEUUSS

A maior ia das pessoas n ão t em in flu en ciado a h ist ór ia , na


su a ger ação, por falt a de con h ec i men t o do qu e sej a o Rein o
de D eu s. Mu it os ach am qu e est e Rein o é fo r mad o s omen t e
pelos cr en t es – por qu e or am , lêem a B íblia, can t am lou vor es e
par t icipam dos c u lt os d e u ma igr eja. O u t r os acr edit am qu e ,
além dis so , pr ec isam de mu it a u nção, curar os enfermo s ,
expulsar demônios e est ar em con st an t e gu er r a con t r a as
pot est a des e pr i n cip ados da s t r e vas. Alg u n s já di ze m qu e o
cidadão d o R ein o de D eu s n ão pode s e con t ami n ar com o
m u n do e qu e essa san t idade só pod e ser alcan çada q u an do se
cu m pr em algu mas r egr as e dou tr in as defin idas por seu s

2 O termo “sem-igreja” foi usado pelo Pr. Rick Warren no seu livro “Uma Igreja Com Propósitos”.
3 Tiago 1.14.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

“ pastores-mentores ” . Ain da exist e um out r o gr u po que


defen de o Rein o de Deus é for mado por pe ssoas qu e
acr edit am em D eu s e por is so est ão livr es par a fazer o qu e
bem qu iser em, p o is são fi lh os d o R ei, sen do a ssim p r ín cipes e
princesas , e c on seqü en t emen t e com au t or idade n o Re in o par a
m an dar em e desman dar em n a h or a em qu e bem e n t en der em.
Acr edit o qu e em t odas essas con vicções, ou “ decl a r ações
de fé” exist am pon t os posit ivos, por ém n ão po sso con cor dar ,
sob n en h u ma alegação, qu e elas defin am o q u e é o Reino d e
Deus . N a ver dade, cada u ma dest a s “ teologia s -G12hag giana ” 4
já est á in se r ida n o cot idian o da i gr eja evan gél ica , mas n ão
r epr esen t a a essên cia do Rein o . Est es pr in cípios de bat alh a
espir it u al, au t or idade n o n ome de J esu s e t an t os ou t r os s ó
a lcan çar ão êxit o qu an do cada in div ídu o t iver u ma visão clar a
do qu e é Rein o de D eu s , alic er ça dos n o fir me fu n damen t o da
P alav r a de D eus . O qu e adian t a t er t an t os pod er e s
sobr en at u r ais se n ão con h ecemos o Rein o, n ão s er vimos o
Rein o e n ão c o n h ecem os o Re i do Rein o , par a po de r agir de
m odo qu e Ele se agr ade de n ós .
T emos er r a do t ambém qu an do afi r mam os qu e o Rein o de
D eu s só é for mado por pes s oas con ver t idas , só os
ev an gélicos e su as igr ejas é qu e fazem par t e de s t e Rein o.
O r a, o evan gelh o da B íblia d iz qu e D eu s é poder oso em t oda a
t er r a sen do o Rei de todo o Univers o .
Para com pr een der mos melh or o qu e est ou dizen do
v ejam os u m ex e mplo: Quando di zemos que a lgué m é rei da
Espanha esse a lguém tem seu reino estabelecido em toda a
Espanha , e não só n uma região delimitada, o s eu reino não
está limitado ao s seus p arentes e amigos, mas a todos
aqueles que h abit am na Espanha. Quer gostem do rei ou não,

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

quer ou conhe çam ou não, co operem com ele ou plan ejem


matá-lo . D est e mesmo modo é o Rein o de D eu s, Ele domin a
sobr e t od o o Un iver so, é Rei s obr e t odas as coisa s .
N est a socieda de pós -mod er n a en fr en t amos um sér io
pr oblema em p en sar no Rein o de D eu s. T or n amo -n os
ext r emame n t e secu lar izados e ass im a n ossa lógic a é qu ase
sem pr e mat er ialis t a, visan do lu cr os e alcan çan do o su cess o.
A t eologia da pr osper idade – ain da qu e os seu s líder es
in sist am em d izer qu e ela n ão exi st e – já es t á est abe lecida n a
Igr eja Evan gélica con t empor ân ea. Toda a n ossa lit u rgia segu e
esse padr ão de vit ór ias e r e st it u ições, n ossos cân t icos
exigem qu e o s a n j os n o s t r agam a s bên ção s – cu ste o que
custar . A n ossa homilét ica t or n ou -se m íst ica, alicer ç ada n u ma
exegese r ech eada de símbol os.
É mu it o comu m h oje - at é n as igr ejas h ist ór ic as – o
pr egador apr ese n t ar u m discu r so acalor ado par a falar de
fin an ças, afir man do qu e a n ossa ofer t a abr ir á as por t as do
céu sobr e a n ossa cabeça. O n o sso evan gelismo pr om et e u ma
v ida compar ada ao est ilo M AT RIX , on de o bem e o mal se
en fr en t am n o mun do vir t u al, e q u e bast a u m t el efon ema e
t odo se r esolv e.
O Rein o de D eu s apr es en t ado n a B í blia é volt ado par a o
ser v iço, a r en ú ncia, sem pr omes sas de con qu is t a s pessoa is
ou qu al qu er “ liqui dação de bên ção s sem medida” . J esu s n os
en sin a q u e, se o n osso in imig o n os per segu ir devemo s amá -lo,
se t iv er mos du as t ú n icas dividir mos u ma delas com qu em n ã o
t em n enh u ma, qu e n est e mun do t er íamos afliç ões, mas
cu lt iv ássemos o b om ân imo.
Um r e in o qu e ex a lt a mu it o mais o dar do qu e o r eceber .
Exalt a os h u milh ados, mas abat e o s exalt ados. A bomin a o

4 Uma teologia fundamentada nos ensinos de Kenneth Hagin e da Visão Celular do G12.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

pecado, mas ama incondicionalmente os seu s escolh id os. Iss o


é o Rein o de D eu s, o qu e ou vimos de alguns pr egador es h oje
em dia n ão passa de r et ór ica e t écn ica de mar k et ing par a se
alcan çar cada vez mais adept os. P eço qu e a misericór dia de
D eu s n os alcan ces an t es qu e cor r amos a t er r a in t eira at r ás de
pr osélit os e en t ão os t or n emos duas vezes filh os d o in fer n o.
(Mt 2 3 . 1 5 )

O
O RREEIINNO
ODDEE D
DEEUUSS NNAA HHIISSTTÓ
ÓRRIIA
ADDO
OHHO
OMMEEM
M

D esde o in íc io da h ist ór ia , D eu s dei xou bem clar o o q u e Ele


esper ava daqu el es qu e t in h am acabado de ser c r iados . Em
Gênesis cap. 1 verso 28 en co nt r amos a pr ime ir a tar efa de
D eu s par a o h omem: “sede fecu ndos multiplica i -vos , enchei a
terra e sujeitai -a; dominai sobre o s peixes do mar, sobre as
aves dos céus , e sobre todo o a nimal que rasteja sobre a
terra” . N o capítulo 2 vers o 15 , en con t r amos a con t in u ação
dest a t ar ef a: “cu ltivar e guardar o jardim ” . P er ceba qu e Adão
e Ev a for am cr iad o s por D eu s par a ser v i-L o, a t ar efa deles er a
de cu idar do S eu r ein o, n ão deixar qu e ou tr os in vadissem e
dom in assem as s u as t e r r as. Adão e Eva n ão pod er iam ser
in fiéis ao seu Re i , poi s cas o iss o acon t ecesse eles sofr er iam
du r a con seqü ên cia : a morte . S abemos qu e e st a n ão ser ia u m a
m or t e física, m as mu it o mais t er r ível, pois ma r cou a
separ ação en t r e o h omem e seu D eu s.
O h omem fr acasso u n a su a miss ão de gu ar dar o jar dim,
per m it in do qu e S at an á s in vadisse o Éden e domin as se os seu s
cor ações. In au gur ou -se assim a er a do pecado do h ome m
on de t oda a T er r a sofr e r ia t r an sfor mações e pa ss ar ia a se r
in flu en ciada por u m ou tr o poder qu e a B íblia t ambém ch ama

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

de: " príncipe das potestades do a r ", ou s impl e sme n t e diabo .


Esse s er malign o t em c omo ob jet iv o dist or cer t oda a açã o do
Rein o de D eu s so b r e a t er r a. At é mesmo as ar mas dadas por
D eu s ao s seu s f ilh os são fr eqü e n t emen t e u sadas de u ma
for m a egoí st a po r aqu eles qu e se deixam en gan ar pela su a
in flu ên c ia.
O pecado passou a sedu zir t oda a h u man idade, isso fica -
n os m u it o clar o qu an do lemos Gn 6 . 5 : “ Viu o Senhor que a
maldade do homem se havia mu lti plicado na terra, e que era
continuamente mau todo o desígni o do seu coração ” . Ao qu e
par ece a in iqü id a de, i st o é, a r ai z de t odo o pec ado, h avia
con t amin ado a h u man idade ao po n t o de a B íb lia dizer qu e
D eu s se ar r epen der a de t er feit o o h omem.
É clar o qu e qu ando dizemos qu e D eu s se ar r epen deu n ão
est am os falan do qu e D eu s comet eu u m er r o e t enh a ficado
desesper ad o, ou sem sa ída. N est a passagem o a u t or t en t a
explicar qu al o sen t imen t o qu e alcan çou o cor aç ão d e D eu s,
qu e melh or empr egado na n ossa lín gu a ser ia como o
sen t imen t o de t raição do h omem em r elação à con fian ça
deposit ada n ele p or D eu s . N ão exis t e dor m ais p r ofu n d a qu e a
dor da t r aição e isso dói t an t o n o seu cor ação, como n o
cor aç ão pat er n o de D eu s .
A boa n ot ícia é qu e D eu s n un ca per de o con t r ole da
h ist ór ia e escolh eu N oé e t oda a su a família par a con t in u ar
com os seu s pr opósit os n o Rein o. A ar ca de N o é mar ca o
r ecom eço par a a h ist ór ia da civili z ação e n os desve n da mais
uma facet a do car át er de D eu s qu e é a Su a in fin it a
m iser icór dia, E le n u n ca desist e de n ós e por mais qu e
possamos p ecar , Ele n u n ca ser á ameaçado pelo mal , pois o
seu t r on o est á est abelec id o s obr e t oda a t er r a.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Ao lon go d o An tigo T est amen t o en con t r amos D eus n ão


m edin do es for ço s par a t r aze r o h omem par a per t o de S i. O
pr ofet a J er emias r eg ist r a qu e D eu s qu er n os at r air com laços
de amor 5. Q u e opor t u n idade par a r eflet ir mos e n os d eixar ser
c on qu is t ados por esse t ão gr an de a mor !

O
ORREEIINNO
ODDEE D
DEEUUSS EE AA IIGGRREEJJAA

O s en sin os sobr e Rein o de D eu s t ambé m est ã o in ser idos em


t odo o N ovo T est amen t o, en tr et an t o, exist e u ma explicaçã o
dada por P a u lo qu e vai n os a ju dar mu it o . Est a cit ação
en con t r a -se em Roman o s 1 4 . 1 7 qu e diz:
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no Espírito Santo".

N ós só poder em os pr omover o Rein o de D eu s qu an do


pr om over mos a ju st iça, a paz e a al egr ia s obr e a t er r a.
T emos qu e con hecer a n ossa cidade, a n ossa ge nt e, n ão
podemos n os ca lar an t e as i n ju st iças, as gu er r as e as
desgr aça s da n os sa socied ade. J e su s n os ch amou par a fazer
difer en ça, ch amar a at en ção das pessoas par a n oss a man eir a
de pe n sar , de viver , de ve n cer os pr oblemas. T emos qu e
en sin ar ao n osso mu n d o qu e D eu s é n osso, de t oda s as
gen t e s. N ão é só meu , ou da igr eja A ou da igr eja B , o R ein o
de D e u s alcan ça t odas as idades , t odas as r aças, c u lt u r as,
lín gu as, t r ibos, er as, sist emas et c.
N ão exist e lu gar on de D eu s n ão po ssa exer cer o seu Rein o,
t odas as coi sas e st ão pat en t es aos S eu s olh os, n ada foge ao
S eu con tr ole, t odos podem ser s u pr ido s pe la S u a r iqu eza. S ó

5 Jeremias 31.3

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

D eu s pode t r an sfor mar est e mu n do n u m lu gar dign o de


sobr evivên cia, liv r e de t odo per ig o.
O Reino de Deus é estabe lecido c om o trabalho co njunto
de todos os crist ãos p ara que a justiça seja exercid a no seio
da sociedad e .
Mas o qu e é j u st iç a? D efin o j u st iça qu an do ofer ecemos ou
r ecebemos aqu ilo qu e n os é devido . P or exe m plo:
• U ma c r i a n ç a q u e c o n q u i s t o u b o a s n o ta s n a e s c o la m e re c e o s
p a r a b é n s d o s p r o f e s s o r e s e d o s p a is , s e i s s o nã o a c o n t e c e , e l a
e s t á se n d o in j u s t iç a d a ;
• Um h o me m c o n de n a d o por um crime q ue nã o c om e te u
m e r e c e re c e b e r de s c u l pa s d a s a u t o r id a d e s q ue o c o n d e n a r a m ;
• U ma p e s s oa l i g a da à p o l í t i c a q ue u sa d e s ua a u t o r i d a d e p a r a
e n r i q ue c e r o u f a c i l i t a r ma u s n e g ó c io s , d e v e se r de nu n c ia da e
p a g a r le g a lm e n t e p o r s u a in f i d e l i d a d e , s e i s s o n ã o a c o n t e c e , e l a
t a m bé m e s t á s e n d o i n j u s t i ç a da .

S e u ma pessoa pr ecisa ser di sc ipl i n ada por algu ma at it u de


e n ós lh e ofer ec er mos aplau sos e h on r as, n a verd ade n ão
est a m os agin do com ju st iça. A ju st iça de D eu s n ão in ocen t a
os cu lpados, po r mais escon did os qu e eles e st ejam, n em
cu lpabiliza os in o cen t es, por m ais calu n iados qu e el es sejam.
A ju st iça de D eu s t em mot ivo cer t o, du r ação cer t a e medida
cer t a. A ju st iç a de D eu s n ão é negociada, n ão é compr ada,
n ão é su bor n ada. A ju st iça de D eu s é p u n it iva sem ser
v in ga t iva. A ju st iça de D eu s separa o falso do ver dade ir o, o
joio do t r igo, o fin gido do a u t ên t ico, o conden ado do
per doado, o in cr édu lo do cr en t e, o per dido d o sa lvo. A ju st iça
de D eu s t r az à t on a os pecad os n ão con fess ados n em
aban don ados e joga no lixo os pe cados con fe ssados e
aban don ados .

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

É dest a for ma q u e D eu s n os t r at a, mesmo qu an do Ele n os


per doa os pec ados, n ão n os isen t a de s ofr er as
con seqü ên cias des t es er r os. Q u an do pecamos e n os
ar r epen demos, somos livr es da cu lpa e da m o r t e, ma s
pagamos por aq u ela fa lt a segu n do a lei de D eu s. O mais
im por t an t e di sso é en t en der mos como é exer cida a j u st iça de
D eu s, ela n ão est á baseada n a ir a ou n o r essen t imen t o, Ele
a ge de aco r do c om aqu ilo qu e s er á melh or par a o n osso
cr escimen t o, som os disc ipl in ados de man e ir a qu e v en h a mos a
apr en der u ma boa e pr at icável lição. A ju st iça h u man a é
egoíst a, par t idár i a e con dici on al, a ju st iça d ivin a é am or osa,
en cor ajador a e n os faz sen t ir aceit o s.
“ N en hu ma di s c i pl in a pa re ce se r m ot iv o de a l e gri a n o mom e n t o,
m a s s im de t ri s te za. M a i s t a rde , poré m, produ z f ru t o de jus t i ç a e
pa z pa ra a que l e s qu e por e la f oram exe rc i t a dos ” .
(Hb 12.11)

Outra maneira de promovermos o Reino de Deus nesta


terra é qua ndo levamos a paz para as pessoas .
Est ava J esu s além do J or dão, quan do r ecebe a n otíc ia d e
qu e L áz ar o est ava doen t e. P assados mais dois d ias e, saben do
qu e L ázar o já h avia mor r ido, Ele ch ama seu s discípu los par a
segu ir em par a B et ân ia on de o h avi am s epu lt ad o. C hegan do ali
t an t o Mar t a qu an t o Mar ia, ir mãs de L ázar o, pr ofessam a
m esm a cer t eza d e q u e s e J es u s est ivesse a li co m eles seu
ir m ão n ão t er ia mor r ido. J esu s simplesmen t e pede qu e elas
cr eiam e segu e par a o sepu lcr o, ao ver a mu lt idão reu n ida e a
t r ist eza de t odos J esu s t ambém chor a e en t ão depois de u ma
or ação mu it o simples or den a qu e L á zar o saia do sepu lcr o,
ocor r en do assim o milagr e da r ess u r r eição.

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Q u em nu n ca perdeu algu ém mu it o qu er ido ou al go qu e


cu st ou mu it o sacr ifício ou um in vest imen t o alé m das
possib ilida des? Mar t a e Mar ia h aviam acabado de per der seu
ir m ão e ao qu e t u do in dica s en do a s du as solt e ir as, L ázar o er a
o r efer en cial de pr ov isão e seg u r an ça par a aquelas du as
m u lh er es. F ico imagin an do qu ão dif ícil est ava s en do par a elas
e como est avam aba ladas emoci o n almen t e, t alvez ch egan do
ao lim it e do dese sper o e falt a d e e xpect at ivas.
Q u an do J esu s apar ece em cen a, Ele n ão as con dena pela
pr ov ável per da d e esper an ça dian t e da pr esen ça D ele, qu e
podia fa zer u m milagr e, mas co mpr een de a h u man id ade das
du a s ir mãs e as con sola, r esgat an do e t r anqü ilidade,
pr om oven do a paz.
A Igr e ja con t emp o r ân e a pr ecisa s er u ma Agên cia de P az.
Est á con fiado a n ó s o min ist ér io d e r econ ciliação 6, somos os
pr om ot or es da pa z em meio às gu er r as, t r an qü ilidad e em meio
à s in cer t eza s e p or t o segu r o aos p er didos.
O Reino de Deus também é pr oclamado quan do
promovemos mo mentos de ale gria para as p essoas . D epois de
t an t as ex per iên cias amar gas devid o a más escolh as, r ejeições
e decepções c om as au t or id ades, amigos, n amor ados,
c ôn ju ges, fi lh os, sist emas de g o ver n o, plan os ou son h os, a
h u m an idade t or n ou -se mu i t o t r ist e e de san imada em n ossos
dias. O s cr ist ãos pr ecisam at en t ar pa r a est e fat o e c omeçar a
agir par a qu e as pessoas se t or n em mais alegr es. F ico mu it o
pr eocu p ado qu an do v ejo como alg u n s de n ós somos t ão mal-
h u m or ados qu ase n u n ca dispos t os a br in cadei r a s, n ão
gost amo s de r ir n as sit u ações engr açadas, e n con tr a n do u ma
“ m ald ição ” em qualqu er t ipo de piada ou br in cadeir a, sempr e
exist e u m “ pr in cípio bíb lico ” par a n ão n os diver t ir m os.

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


14
O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

É difíci l par a mi m, olh ar par a u m D eu s car r an c u do, n un ca


se per mit in do s or r ir , dan çar , pu lar , r olar n o ch ão. P elo
con t r ár io, o car át er de D eu s se r eflet e n as c or es, na
cr iat ividade, n as vár ias for mas, n a diver sid ade, n a n ovidade.
T oda a cr iação de D eu s deixa i sso bem clar o, os ser es
h u m an os difer e m -se na apar ên cia, na per son alida de. Os
an im ais , as flor e s, as mo n t an h as, t odos são di fer en t es com
su as pecu liar idad es e algu n s são at é mu it o en gr açados. N ão
podemos de ixar qu e a alegr ia se ja en cober t a pel os n ossos
padr ões , n osso s gost os ou n ossa man eir a de ver a s coisa s.
N ão devemos ju l g ar e discr imin a r a qu el es qu e sabem se
div er t ir , pelo c o n t r ár io, devemo s descobr ir m an eir as de
alegr ar os qu e es t ão a n oss a volt a.
" A le gra i -v os se m pre n o S en h or, out ra v e z di g o, a le gra i -vos "
F p. 4:4

O
OSS C
CIIDDAADDÃÃO
OSSD
DOOR
REEIIN
NOO

J á men cion ei an ter ior men t e qu e o Rein o de D eu s n ão é


for m a do só pelos cr i st ãos, n a ver dade o domín io de D eu s est á
est en dido s obr e t oda a t er r a. Q u ando aceit amos e ss a ver dade
pr ecis amos n ot ar como D eu s admin ist r a o S eu go ver n o, como
Ele age par a qu e o S eu r ein ado per man eça sólido e t odos os
S eu s plan os s eja m c u mpr idos.
A man eir a qu e D eu s se u t iliza pa r a coman dar o mu n do é
at r av és do con t r ole da h ist ór ia. H á algu m t empo e u pen sava
qu e D eu s n un ca se impor t ava co m aqu eles fat os da h ist ór ia
qu e n ós ou vimos n a escola ou lemos n os l ivr os . Q u an do
pass ei a est u dar sobr e o Rein o d e D eu s, passei a per ceber

6 2ª Co 5.18,19

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15
O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

qu e t oda a h ist ó r ia é co n t r olada por D eu s; n ão exist e u m


ú n ico fat o n a h istór ia qu e t en h a fugido do S eu con t r ole, u ma
ú n ica sit u a ção qu e t en h a sido u ma su r pr esa par a Ele. T odos
os lí der es , as g u er r as, g over n os, cat á st r o fes, de sco ber t as,
dest r u ições, t u do isso e st ava sen do obse r vad o e con t r olado
pelo C r iador .
P er ceba qu e n o An t igo T est amen t o os pr o fet as d e D eu s
av isav am o povo das si t u ações h ist ór icas qu e est avam por vir ,
eles s empr e adve r t iam o povo ace r ca dos in imi g os d e Is r ae l,
as pr agas, a fome, a se ca, os r ein ados bon s e mau s. D eu s
sem pr e pr ot ege u o S eu povo, em n en h u m moment o Ele di sse
qu e n ão sabia o qu e ir ia fazer d ian t e das s it u ações n a
h ist ór ia.
Q u an do a Igr eja se di st an ci ou da ver dade bíb lic a, D eu s
u n giu h om en s par a pr ese r var a S u a ver dade e S u a P alavr a n a
h ist ór ia h u man a. F oi assim com os P ais da I gr eja, ou du r an t e a
Refor ma com Mar t in h o Lu t er o, J ohn W y cliffe, J o hn W esley e
t an t os ou t r os que pag a r am at é com su as vidas par a qu e a
v er dade de D eu s n ão se per des se c om o passar dos an os.
D u r ant e a p er seg u ição dos ju deu s impost a por H it ll er , podia -
se pen sar qu e n ão h avia n i n gu ém ao lado do povo escolh ido,
m as h oje n ós o u v imos fala r dos ex t r aor din ár ios mil agr es qu e
D eu s oper ou n os campos de con cen t r ação em meio a t a n t o
sofr ime n t o.
O qu e dizer en t ão da r ivalida d e en t r e os país es de
P r im eir o Mu n do, o movimen t o da Un ificação Mu n dial, a
sit u ação de misér ia dos pa íses do T er c eir o Mu n do, os
con flit os n o O r ie n t e Médio, a fom e n os p aí ses Afr i can os, as
en ch en t es, os t er r emot o s, as e p idemia s, s er á qu e D eu s
per deu o con t r ole da h ist ór ia, ser á qu e n est a g er açã o o d iabo
pegou D eu s de su r pr esa?

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Q u em sabe você n ão se pr eocu pe com n ada dis so, mas o


fat o é qu e D eu s nu n ca per de o cont r ole das sit u ações, mesmo
qu an do elas são t ão con t r adit ór ias e n egat ivas co mo as qu e
a c a bo de men ci o n ar . D iz a B íblia em D an iel 4 . 3 5 : "Todos os
moradores da terra são por Ele reputados em nada; e s egundo
a Sua vontade El e opera com o exército do céu e os
moradores da ter ra; não há quem lhe po ssa d eter a m ão, nem
lhe dizer: Que f azes?” .
Veja s ó i st o, o t ext o est á d iz en do qu e s egu n do a S u a
v on t ade, D eu s faz o qu e qu er , qu an do qu er , par a cu mpr ir o
qu e bem qu iser . Ist o E le fa z u san do os meios qu e ach ar
n ecess á r io. É D eu s qu em decide o qu e é bom ou mal par a est e
m u n do. O qu e muit as vezes ju lgam os ser mal, par a D eu s pode
r esu lt ar em bem. O qu e r ejeit amo s como sen do im u n do, par a
D eu s é o começo de u m n ovo camin h o de vi t ór ias par a o S eu
pov o.
N o livr o d os At o s dos Apóst ol os , P edr o é acomet i do por
u m a v isão de an i ma is i mpu r os qu e desciam a su a fr en t e, é
clar o qu e como um bom ju deu , ele sabia qu e aqu eles an imais
n ão poder iam se r comidos, por é m as su as con vicções são
in t eir a men t e desf eit as qu an do ele h ou ve a or dem expr essa de
D eu s: - T oma e come! - In fe liz men t e ele n ão obed e ce u dian t e
da v isão, e mais t ar de ele se vê n a casa de C or n élio, u m
pagão, pr egan do par a uma mu lt idão qu e r ecebe o Espír it o
S an t o n a mesma h or a (At os 1 0 . 9 -48 ) . F oi daí qu e ele en t en de
qu e o qu e D eu s pu r ifica n ão po de ser mu n dan izado pel o
h om em.
D eu s n os deix ou a L ei como r efe r ên cia e n ão como ju iz,
qu an do lemos t oda a L ei Mosaica en con t r amos u ma sér ie de
decr et os de mor t e. Qu an do o sext o man d amen t o diz: N ão
matarás ! - essa adve r t ên cia er a par a qu e os h omen s n ão

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

agissem segu n do a ju st iça h u mana, mas bu scas se m a ju st iç a


de D eu s. Mu it as vezes n ós n ão q u er emos ser l eg alist as n a
n ossa for ma de cu lt o ou ador ação, mas somos m u it o mais
legalist as n as n o ssas " in t er p r et ações" d o qu e se ja à von t ade
de D eu s. Q u er emos det er min ar o qu e D eu s pode ou n ão pode
fazer , c r iam os p r in cíp ios qu e n os pe r mit am con t r olá -L o, n ão
deixamos qu e El e n os pr ove ser a mor oso e bon dos o, me smo
t en do qu e agir com du r eza em algu mas sit u ações.
S ão essas as r azões qu e n os i mpedem de c on h ecer a
v er dade s obr e o Rein o de D eus, n os de sviamos qu an d o
qu er em os qu e est e Rein o s e par eç a com as n ossas ambições,
defin imos o Re in o de D eu s de a cor do com os p adr ões do
n osso pr ópr io c or ação, qu er emos qu e est e Rein o n os dê
v an t agen s ao in vés de r espon sabi li d ades.

EEXXEERRCCEENNDDO
OAAN
NOOS
SS AC
SA OR
CIIDDAADDAANNIIAA NNO REEIINNO
O

"Ora disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua pare ntela e da casa de
teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te
abençoarei e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção..."
(Gen. 12:1-2)

N est e capít u lo vamos ver como d evem os ag ir


con sc ien t emen t e p a r a qu e o Rein o de D eu s seja plan t ado
n est a ger ação. É pr eciso s aber qu e D eu s n ão qu er n os u sar
sem qu e n ós est ejamos c ien t es do n osso papel, devemos
con h ecer qu al é a n ossa t ar efa n o Rein o.
Q u an do falamos do ch amado de A br ão, est a mos f al an do
do n osso papel como age n t es de t r an s for mação par a
sociedade. Mu it as v ezes já ou vi mos en sin os so br e est e
ch am ado, mas n a maior ia das vezes só n os é r essal t ado o qu e

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

D eu s far ia por A br ão e su a famíli a, r ar amen t e , n est e t ext o, é


abor dado a par t e m ais i mpor t an t e de t odo est e ch am ado.
Exist e u ma fr as e n est a passagem qu e r evela qu al d eve ser o
papel do fi lh o de D eu s par a qu e est e mu n do aceit e o d omín io
de D eu s e m su as vidas: "Sê tu uma bênção!" est a n ão é u ma
opção qu e D eu s of er ece a Abr ão por t u d o aq u ilo qu e ele ir ia
r ec eber , mas é uma or den an ça p ar a qu e a bên ção de D eu s
fosse man ife st a e m su a vida.
N a maior ia das i gr ejas pr ega -se qu e a n ação de I s r ael é
especia l par a D eu s, e iss o é ver dad e, mas o qu e fa z I sr ael se r
t ão especial n ão são as pr omess a s d e su c esso, pr o sper idade
e v it ór ia sobr e os in imi gos qu e en co n t r amos ao lon go do
An t igo T est amen to. O qu e r ealment e t or n a Isr ael especial é a
su a r espon s abil i d ade em ser u ma b ên ção par a t odas as o u t r as
n ações. S ó at r avés da at it u de de ser viço qu e os isr aelit as
dev er iam t er em r elação aos ou t r os povos é q ue ser ia
possível e spalh a r o con h ecimen to de D eu s por t odos os
lu gar es do mu n do. S e Isr ael se espalh asse por t oda a t er r a e
t est emu n h asse das obr as de D eu s em t odo s o s lu g ar es, ser ia
possível pa r a t od as a s n ações e povos pagãos desc obr ir em o
v er d a deir o cam in h o par a a vida eter n a e assim ser em liber t os
das m en t ir as e ilu sões dos seu s r it u ais e s acr ifíci os.
V amos e n t en der melh or o ch amado de D eu s par a o S eu
pov o qu an do lemos o livr o de J osu é capít u lo 1 verso . 8 : " Nã o
c e s se s de fa l a r des t e l i v ro da l e i ; ant e s m e di ta ne l e dia e n oi t e,
pa ra qu e t en ha s c ui da do de fa ze r se gu n do a tu do qua n to n e le e s tá
e s c r i t o; en t ã o f a rá s pros pe ra r o t e u c am i n h o e será s be m -
s u ce di do " . D eu s or d en ou qu e n unca se deixa sse d e falar d o
seu livr o, ist o é, das su as ver dades, par a qu e t odo s os ou t r os
pov os qu e n ão c on h eciam a D eu s pu de ssem ou vir a r espeit o
D ele .

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

In felizmen t e qu an do lemos a r esp ei t o da h i st ór ia d o povo


de D eu s só en co n t r a mos desobed iên cia e r ebel dia. P or mais
qu e D eu s se es for ç asse par a qu e est e p ovo acer t asse o alvo,
eles s empr e se d esviavam. P r ocu r avam ou t r os deu ses, agiam
par a o seu con for t o pr ópr io e n ão compar t ilh avam de D eu s
com os o u t r os. Qu an do iam par a uma t er r a est r an ha, n ão se
esfor ç avam par a qu e aqu ela n ação se c on ve r t ess e ao
v er da deir o D eu s, mas logo qu er iam qu e J eová os lib er t asse e
dest r u ísse aqu el e povo. N ão t in ham miser icór dia dos povos
pagãos, mas c o br avam as miser icó r dia s de D eu s par a os seu s
pecados, n u n ca est iver am dispo st o s a abr ir mão da su a t er r a,
m as se n ecess ár io fos se at é m or r iam par a qu e o u t r os n ão
gozassem da s su as pr opr ied ade s. N ão con fiavam qu e D eu s
est iv esse com e le s n as lu t as, mas con st an t emen t e o cu l pavam
pelos cat iveir os. N ão ou v iam os con selh os de D eu s, mas
m u r m ur avam qu an do est ava m em apu r o s. Um pov o d u r o,
sober bo e l on ge d os camin h os de D eu s.
C omo qu e est e pov o pode r ia ser su per ior às ou t r as
n ações? D eu s lh es deu u ma missão , aben çoar em ou t r os e
gozar em da s bên çãos e mis er icór dias do T odo -P od er oso at é
m il ger ações. E le s r ejeit ar am est a pr opo st a e qu i se r am fa zer
con for me lh es par ecia ce r t o. Q u ando D eu s ch amou Isr ael par a
ser o S eu povo não sign ificava qu e Ele est ava r ejeit an do os
ou t r os povos, n a ver dade, se Isr ael cu m pr isse c om o seu
papel, t odas as o u t r as n ações se j u n t ar iam a eles p ar a ser u m
pov o ú n ico, ser vin do ao ú n ico D eus.
A h ist ór ia de Is r ael n u n ca foi mu it o feliz, pa ss ar am -se
an os, gu er r as, per segu ições, r e in os, dest r u içõe s at é qu e
D eu s calo u -se por qu ase 4 0 0 an os. P ar a u m povo qu e mesmo
debaixo da dir eç ão de D eu s se cor r omp ia, imagin e a qu e
a con t eceu n est e per íodo d e sil ê n cio. N ós sab em os qu e a

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

h ist ór ia con t in u ou , mu it as coisas est ão r egist r ad as acer ca


dest e per íod o n os livr os h ist ór i co s. L e van t ar am-se r eis,
con st r u ír am -se cidades, per der am -se gu er r as, e at é su r gir am
algu n s “ h omen s de D eu s” . M as o qu e foi feit o par a o
cr escimen t o do R e in o de D eu s? É e viden t e qu e com o silên ci o
de D eu s, aumen tou -se à cor r u pção e a gan ân cia, n ada p ôde
ser feit o em pr ol do qu e r ea lment e t em valor . D ur an t e 40 0
an os da h ist ór ia h u man a n ão se fez n ada par a o cre scim en t o
do Rein o de D eu s . D eu s con t in u ou n o con t r ole, pois mesmo n o
silên cio Ele é D e u s, por ém a h u man idade n ão cu mpr iu com o
seu ch amado or igin al, n ão espalh ou o c on h ec iment o de D eu s
sobr e t oda a t er r a.
Em t odas as vez es qu e o h omem falh ou n o seu ch amad o,
D eu s cr iou uma sit u ação par a qu e a t ar efa fos se feit a. Ist o se
deu a t r avés dos ju izes, dos r e is e dos pr ofet a s. C ada u m
desses h omen s e m u lh er es for a m un g idos pel o E spír it o S an t o
par a levar con sciên cia ao povo de D eu s acer ca da S u a
v on t ade , for am u s a dos t amb ém par a apr esen t ar o P lan o
D iv in o par a os p ovos pagãos . Mu it as vezes, e sse s
"escolh id os" n ão per t en ciam às cla sses mais in fl u en t es da
sociedade, ma s dev ido à u n ção de D eu s, eles ch egar am a
ser em r econ h ecidos como pes so as se ext r ema i m por t ân cia
in c lu sive pe lo s maio r es sáb ios d o mu n do secu lar . Gr aças à
obediên cia de p essoas como Mo isés, D avi, Gide ão, J eft é,
Est er , D ébor a, N eem ias e t an t os ou t r os, o pov o de Isr ael n ão
foi de st r u ído e complet amen t e e squ ecido s obr e a face da
t er r a.
N a h ist ór ia do N o vo T est a men t o qu ase q u e vemos r e pet ida
a h ist ór ia do An t i go, os ju deu s co n t in u avam pr esos n as su as
t r ad ições e in si st iam n a idéia de q u e D eu s er a só deles e n ã o
podia se mi st u r ar com os “ gen t ios” . O nú mer o d as seit as se

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

m u lt iplicou e ca da gr u po ador a va u m deu s dif er en t e. A


r eligião dos ju deu s er a su por t ada, pel o simples fat o de mu it os
desses ju deu s s u st en t ar em alt as posiçõ es n a s o ciedade e
algu n s imper ador es gan h ar em seu s fa v or es. É n esse momen t o
da h ist ór ia qu e D eu s en via seu Filh o , J esu s , par a r eali zar a
t ar e fa q u e o h omem n un ca poder ia fazer . As at it u des de
J esu s, du r an t e todo o seu min is t ér io en t r e os h o men s foi
m ar cada por u ma obedi ên cia in co n dicion al e u ma at it u d e de
ser v iço su r pr ee n den t e s. N ão exist e u m só r egist ro de qu e
C r ist o t en h a pr ocu r ado sat isfazer desejo s car n ais p or u m só
in st an t e, n ão enco n t r am os J esu s t en t an do apr ision ar D eu s -
P ai n u m amont oado de r egr as e t r a dições.
J esu s con fiou a con t in u idade do seu m in ist é r io a doze
h om en s qu e h aviam sido t r ein ados por Ele mesmo, h omen s
qu e o con h ec er am face a fa ce em sit u açõ es de in t e n sa alegr ia
e ext r ema di ficu ldade. O s d iscíp u los f or am apr o vados po r
D eu s par a con t inu ar em com a impla n t ação do S eu Rein o em
t oda a t e r r a.
“ .. . e rec e be re i s pode r, a o de s ce r s obre v ós o Es pí ri t o Sa n t o, e
s e re i s m in ha s te s te m un ha s ta n t o e m J e ru s a lé m, c om o em t oda a
J u dé ia e Sa ma ri a , e a té a os c onf i n s da t e rra ” .
- A t os 1: 8 -

C omo podemos ser in st r u men t os do Rein o de D eu s par a a


t r an sfo r m a ç ã o d a n ossa sociedade ? Exist em algu mas ár eas de
in flu ên cia qu e regem t oda u ma socied ade. D u r an t e mu it o s
an os a igr eja se omit iu qu an t o à vid a social e pol ít i ca do seu
pov o. Er a comu m ou vir em -se comen t ár ios dos mais
r espeit ados líde r es evan gélico s de qu e n en hum cr en t e
dev er ia se en volver n os assu n tos polít ico s ou n a mídia,
dev ido à ét ica c r ist ã. C r ia -se qu e t odo aqu ele qu e se

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

en v olvesse com ess as ár eas est a r ia dan do br echa par a o


diabo. In feli zme n t e, du r an t e mu it as décadas n ão h ou ve
in flu ên cia cr i st ã n a po lít ica , n a mídia, n as ar t es, n a ciên cia e
m u it o men os n os espor t es ou en t r et en imen t o. A pou co mais
de v i n t e ou t r in t a an os, t in h a -se uma image m do cr en t e como
aqu ele qu e n ão se en volvia com n ada "dest e mu n do", pois
afin al est e mu n do jaz no maligno!
D u r ant e t odos est es an os as for ças do mal con qu ist ar am
posiçõe s mu it o in flu en t es em n ossas so c iedade s. H oje a
m aior ia do s f ilm es, n ovelas, g over n os e o s s ist e mas est ão
debaixo d a in f lu ên cia das t r evas.
Por que temos sido tão perseguid os ultimamente? Por que
as portas estão se f echando? Qual a razão de tantos
escândalos no me io evangélico ?
A omissã o da ig r eja t or n ou os cr en t es mer os espect ador es
n as fas es ma is i mpor t an t es da h ist ór ia e ag or a co lh emos os
fr u t os desse aban don o da h ist ór ia . É clar o qu e o t emp o n ão
v olt a a t r ás, mas podemos t r abalh ar par a r ever t er est e qu adr o.
C r eio qu e u ma das coisas qu e podem os f az e r pa r a
con qu i st ar o n osso povo é c o meçar a agir . T odos n ós
dev emos t omar u ma n ova post u ra em r elação à r ealid ade
social, pr eocu pa r -n os com as d ecisões polít ica s , com o
desen volvimen t o da edu cação e do lazer n as cidades. O qu e
pr ecisamos n a ve r dade é f or mar os m elh or es pr of iss ion ais em
cada u ma des sa s ár eas par a qu e at r avés da at u ação d ele s o
m u n do par e par a n os obser var , o segr edo par a gan h ar mos
est a ger ação pa r a J esu s é agir mos além do óbvio , t emos qu e
ser n ot ados em meio à s cir cu n st â n cias. J esu s já n os falou
sobr e iss o n a P a r ábola da C an deia: n ão dá par a esco n der a
lu z de u ma lâmpada, a n ossa lu z tem qu e br ilh ar nos lu gar es

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23
O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

m ais esc u r os par a qu e a v er dade de J esu s se e s palh e por


t odos os can t os d a sociedade.

IINNFFLLUUEENNCCIIAANNDDO
OAAN
NOOS
SS AH
SA HIISSTTÓ
ÓRRIIA
A

Q u ais sã o as ár eas qu e t êm d o min ado as soc ie dades?


Exist em set or e s qu e com o d ese n volvimen t o e o pr ogr esso
at in gir am lu gar es a lt os e h oje con t r olam a vida, as de cisões
m ais impo r t an t es da n ossa c ivi lizaç ão. Aqu i est ão es sas ár eas
qu e pr ecisam u r gen t emen t e da verda de d o evan g elh o:

O
O LLAARR EE AA FFAAM
MÍÍLLIIA
A

L or en C un n in gh am 7, diz qu e famílias bem est r u t ur adas


ger am socieda de s bem est r u t u r adas. Q u an do olh amos par a a
sit u ação famili ar n os ú lt imos an os en t en demos por qu e
v iv em os n u m mundo t ão con fu so e agr essivo. N ão exi st e m ais
a pr eoc u pação com a su bmissã o dos f ilh os ao s pai s, o
casam en t o saiu d e m oda, ir mãos s e odeiam, o s cas ais n ão se
im por t am mais u m com o ou t r o. O nú me r o de abor t os e de
cr ian ças aban don a das cr esce assu st ador amen t e a cada an o,
qu an do dois jov en s r eso lvem se c asar , c h egam ao al t ar já
im agin an do qu ais ser ão as r egr as d o divór cio.
C om t odos es ses desv ios s ociais mu lt ipl ic a -se a
pr ost it u ição, o se xo an t es do ca s a men t o, os ca sos de est u pr o
e t an t as ou t r as at it u des n egat ivas. Est a ger a ção est á
m or r en do por cau sa da su a pr ó pr ia con cu p iscên cia.
P r ecisamos acor d ar p a r a est a r ealidade e leva r mos a r espost a

7 Fu n d a d o r d a m i s s ã o J O C U M - J o v e n s C o m U m a M i s s ã o – s u a h i s t ó r i a é c o n t a d a n o l i v r o :
“Pode falar Senhor, estou ouvindo...”.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

de D eu s par a milh ar es de famílias dest r u ídas. T emos qu e a gir


com u r gên cia, p ar a r est au r ar os l ar es dest r u ídos e for t alecer
aqu eles qu e ain da r esi st em.
N osso m aior exe m plo de r elacion ame n t o familiar vem do
pr ópr io D e u s. O P ai, o F ilh o e o Espír it o S an t o for mam o
m elh or modelo familiar qu e se p ode co n h ecer . O
r ela cion amen t o n a T r in dade, em mu t u alidade, fide lidade e a
for ça qu e é expr e ssa at r avés de ca da pess oa do D eu s T r in o, é
a lgo qu e pr e cisa mos apr en der . Veja qu e ele s est ão t ão de
acor do qu e for mam u m só D eu s, isso só pode se r possível
qu an do h á con cor dân cia de p r opó sit o, qu a n do n ã o exist e a
m en or de scon fian ça ou r eser vas. Est e é o padr ão de D eu s
par a as família s.
Um ou t r o exem plo bíblic o sobr e est e assu n t o est á na
c h am ada de Abr aão. D eu s disse a Abr aão qu e at r avés dele
t odas as famílias da t er r a ser iam aben çoadas , ist o é, pel a
obediên cia d e A br aão e de s eu s descen den t es t odas as
fam ílias da t er r a gozar iam da gl o r iosa bên ção de D eu s. J á
v im os qu e os fi lh os de Abr aão n ã o for am fiéi s à v on t ade de
D eu s e por is so t oda a t er r a deixo u de r ec eber mu i t as coisas
da par t e d e D eu s.
O meu objet ivo aqu i é desafiar o p ovo de D eu s par a ser em
fiéis a D eu s, t odos dev emo s obedecer -L h e à r isca,
c on t r ibu ir mos par a qu e os seu s son h os se r e al izem n as
fam ílias em t od a a par t e. P r ecisamos ser o exemplo de
com pr omisso, f id elidade e amor f a miliar , o n os so t e s t emu n ho
ir á con ven cer os ou t r os a fazer o q u e é ce r t o.
m u it os cr ist ãos h oje, en fr e n t am pr ob lemas c om su as fam ília s.
S ão os mar ido s q u e n ão são cr i st ãos e per segu em a s e spo sa s
qu e t en t am ser fiéis a D eu s, ou são as esposas qu e n ão
acom p a n h am os mar ido s aos cu lt os. P ais qu e ch or am pela

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

falt a de in t er ess e dos filh os, ou filh os qu e sofr em c om a


desa pr ov a ç ão do s pais em r elação a su a fé. C ada um e n fr en t a
uma dessas r ealidades e par a cada u ma delas ou vimos
con selh os difer e n t es qu e n a mai or ia d as vezes n ão r esolve m
os pr oblemas, ap en as amen izam o s ofr imen t o.
C r eio qu e u ma r espost a par a esses pr oblem as f amili ar es é:
o tempo que v o cê gasta com a sua fa míl ia . Q u an do ou ço
algu ém qu e t em est e t ipo de pr o b lema de scu br o t a mbém qu e
o t em po qu e essa pes soa ofer e ce par a os seu s fami liar es é o
m en or possível, afin al est ar em casa é sin ôn imo de
per segu ição e lág r ima s. O ut r os at é se d escu lpam pelos
pr oblemas c it an do as p a lavr as de J esu s: ". . . aquele que não
aborrecer pai e mãe não é digno de mim . . . ", or a o t er mo
em pr egado par a "abor r ecer " qu er dizer amar menos, ist o é,
am o mais a D e u s do qu e a q u a lqu er o u t r a pessoa, n ão
sign ifica qu e d ev o deixar de amá -l os par a ser fie l a D eu s.
O diabo sabe mu it o bem o qu e u m a família u n ida si gn ifica
n o m un do espir it u al, e exat amen t e por iss o, exist e u ma
in v est ida t ão agr essiva par a qu e mais e mais famí lias se jam
dest r u ídas, qu e cas ais se sepa r e m e qu e f ilh os aban don em
seu s pais.
T odos n ós f omos feit os par a viver mos em fam ília e qu an do
isso n ão acon t ece n os t or n amos pess oas a mar gas e
psicolo g ica men t e fr u st r adas. P esqu isas in dicam qu e t odas as
pessoas qu e cr escer am sem a est abili dad e de u m lar , são
m u it o m ais pr ope n sas a comet er e m su ic ídio, aca bam viven do
a m ar gem da sociedade e dif icilm en t e en con tr am mot ivação
par a v en cer n a v ida.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

A IGREJA

O u t r a ár ea qu e necessit a da ação da P alavr a de D e u s é a


Igr eja do Rein o de D eu s, at u al men t e exist e um n ú mer o
in con t ável de d en omin ações, t odos os dia s n asce p elo men os
u m a n ova Igr eja n est e mu n do. C omo eu apr ecio o L ivr o dos
At os dos Apó st ol os ou as C ar t as Pau lin as, qu e apr esen t am as
igr ejas da for ma mais simples po s sível: "... à Igreja de Jesus
Cristo em... " , ist o sim é qu e é vi sã o de Rein o. H oje , cada u ma
dessas d en omin ações luta em pr ol do s seu s p r ópr ios
in t er esses . Eu n un ca con h eci u ma igr eja qu e lu t as se a favor
do cr escimen t o de ou t r a ou que in vest isse n o min ist ér io
v izin h o. Q u ant os exemplo s de líder es evan g él icos qu e
decr et ar am gu er r a con t r a as ou t r as igr e jas par a pr omover o
seu pr ópr io cr esc ime n t o. O qu e exist e h oje é u m do s maior es
pr oselit i smos já v i st os n a Hi st ór ia C r ist ã : - Caro irmão venha
para a “minha igreja”, e serás salv o , tu e a tua c asa!
O maior pr oblema da falt a de un ião n o cor po de C r ist o é o
"n ar cisismo den o m in acion al". Exis t e u ma igr eja qu e é dir igi da
por u m past or t r eme n damen t e abe n çoado, u m gr u po de lou vor
dos mais bem pr epar ados, e possu i o maior n ú mer o de
m em br os de t oda a r eg ião. A ten dên cia dest e gr u po é
com eçar a gost ar t an t o da su a man eir a de fazer as coisas e
con v en ce r -se qu e o seu per íodo d e lou vor é m elh or do q u e o s
das ou t r as igr e ja s acabam acr edit a n do qu e as mens agen s do
seu past or é a mais u n gida. N ão se pr eocu pam em ju n t ar
esfor ços com ou t r os, pois a su a vi são é sempr e m e l h or qu e a
dos o u t r os, os cren t es dali são mais compr omet idos qu e os da
igr eja v izin h a. In ve st e-se em do is ou t r ês pr ojet o s sociais ou
m ission á r ios e per de -se a ch an ce de in vest ir em mu it os

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

ou t r os qu e est ão a su a volt a, sim ple smen t e pe lo f at o de n ão


con c or dar e m com a dou t r in a daqu ela igr eja, o u como é
com u m ou vir mos h oje: - N ão t emos a mesma visão! Agor a eu
per gu n t o: - On de qu er emos de fat o in vest ir n ossos r ecu r sos ?
N a obr a de D eu s ou n os n ossos pr ópr ios son h os? Q u al são as
n ossas pr ior id a de s par a pr omove r o cr escimen t o do Rein o de
D eu s n est a ger ação ?
S ó v amos ch egar a algu m lu gar qu an do deix ar mos d e lado a s
difer en ças e n os pr eocu par mos com o qu e r ealmen t e t em
im por t â n cia: " I de , port a n t o , c o m o u m s ó c o r p o , fa ze i di sc í pu l os de
t oda s a s n aç õe s, ba t i za n do -os e m nom e do P a i e do F i l h o e do
Es pí ri t o Sa n t o” . M t 2 8 . 1 9 (o grifo é m eu)
A missã o da Igr eja n est a t er r a n ão é somen t e o de se
r eu n ir n os cu lt os e lo u vor a D eu s e m espír it o e em v er dade. A
pr in cipal t a r efa d a Igr eja é: "Ir e pregar o Evangel ho a toda
criatura". Mu it o s es t ão n eg ligen ci an do es t e ch am ado, e por
isso , t oda a h u m a n idade est á mor r en do pela falt a de
con h e cimen t o de D eu s.
N ão con sigo acei t ar as descu lpas qu e algu n s cr ist ãos t êm
m e dado par a n ão evan gelizar . O u t r o dia a lgu ém me disse qu e
o seu min i st ér io er a o de t ocar e can t ar n u m gr u po de L ou vor
e Ador aç ão e por isso n ão evan gelizava, pois af in al já est ava
fazen do algo mu i t o impor t an t e par a D eu s. Uma ou t ra pessoa
t en t ou me con ven cer qu e n ão podia fa lar de J esu s par a
n in gu ém , pois ainda er a mu it o n ova n a igr eja e com cer t eza as
pessoas n ão ir iam lh e dar ou v idos, pois ela con h ecia mu it o
pou co da B íblia. Um se n h or já me disse com mu it o or gu lh o: -
Q u an do eu er a jovem fiz m u it o em pr ol do evan gelh o, agor a já
sou v elh o d emais e D eu s n ão pr eci sa mais de mim: - J á e st ou
a posen t a do.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

O s evan gél icos est ão cor r en do sé rio per igo n est es ú lt imos
dia s: - Est amos n os afast an do d a r ealidad e e da qu ilo qu e
r ea lm en t e t em valor et er n o. A Igr eja C r ist ã n ão pode par ar n o
t em po, n ão pod emos con t in u ar a at r ibu ir t od o t ipo de
t ecn ologi a ao d iabo e deixar que a s ociedade con t in u e se
dist an cian do dos pr in cípios de D eu s. S in t o como se D eu s
est iv esse n os da n do a ú lt ima chan ce de cu mpr ir a n ossa
t ar efa , se falh ar mos agor a, cr eio qu e t u do est ar á per dido p ar a
n ós a par a mu it as pessoas qu e n ão con h ecem a J e sus.
As igr e jas pr ec is am pr omover cu lt os mais cr ist ocên t r icos ,
desen volver su as r eu n iões u m am bien t e mais pr opí cio par a a
K O IN O N IA e con sciên cia par a a ador ação bíb lica . A l it u r gia
n os cu lt os d a Igr eja P r imit iva con vidava o povo a par t icipar
de cada momen t o, t odos se sen t iam impor t an t es, as pesso a s
er am ou vida s. No ssos cu lt os h oj e se t or n ar am qu ase u ma
car t ase colet iva r ech eada de fr ases de efeit o ou palavr as de
or dem , como “ man t r as” mágicos e pr o messas de
pr osper idade . E st amos su r fan do n a on da de qu e o i mpor t an t e
é ser fel iz, e d ess a for ma D eu s é r e du zido a u m meio pelo q u al
ser em os aben çoa dos .
N ão é esse o cu lt o pr escr it o n as E scr it u r as, a n ar r at iva de
Isaías 6 con t r ast a mu it o com os cu lt os con t empor ân eos. O
pr ofet a ao depar ar -se com a fa ce de D eu s é t omado por u ma
pr ofu n d a con vicção de pec ado e con sequ en t emen t e u ma
en t r e ga t ot al ao sen h or io d o Rei. O r esu lt ado é a co n fir mação
do ch amado do p r ofet a: - eis-me aq ui, envia-me a mim .

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

A
A EED
DUUC
CAAÇ
ÇÃÃO
O

Est a é u ma das áreas qu e mais n ecessit a da pr esen ç a at iv a


da Igr eja. In ú m er as cr ian ças est ão apr en den do n as escolas
qu e D eu s é só u ma en er gia cósmi ca , e q u e pecado e in fer n o
n ão passam de u m a in ven ção da igr eja .
As u n iv er sidades n est a ger ação est ão for man do bru xos,
as t er apias alt er n at ivas - como a ioga - est ã o n as list as das
discip lin a s mais pr ocu r adas pelos est u dan t es. Qu an do J esu s
an u n ciou a Gr an de C omi ssão, ele d eclar ou o segu i n t e:
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Sa nto; ensinando-os a guardar todas as cousas
que vos tenho ordenado..."
(Mt 28.19,20).

A or dem “ ensinando -os ” dest aca -se no ch amado de


ev an gelização, p or isso a E du cação deve ser pr i o r idade n ão
só par a as aut or id a des polít ica s, mas par a t odos os cr ist ãos.
In felizmen t e a esc olh a qu e os pa is est ão fazen d o par a os seu s
filh os base ia -se ou n a t r adição da escola (par a os de c lass e
m édia -alt a), ou na facilidade f in a n ceir a (par a os de classe
m ais baixa ). O s p ais n ão se pr eocu pam pelo o qu e e st á sen do
en sin ado “ extra curriculo ” . Mu it os pr ofess or es con ven cem os
seu s alu n os qu e o sexo depo is d o casamen t o já e coisa do
passado, e en s in am c omo os adole scen t es devem s e pr ot eger
da AID S ou de u ma in opo r t u n a gr avidez u san do pr es er vat ivos.
D izem qu e os p ais n ão podem b at er n os filh os , pois ele s
podem cr esc er c om t r au mas, defe n dem qu e a espir it u alidade
é baseada n as c apacidad es pessoai s e d es car t am o
r ela cion amen t o ín t imo e pessoal com D eu s. A igr e ja pr eci sa

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

u r gen t emen t e est ar pr esen t e n a apr ov ação das leis de en sin o


da n ossa socieda de.
T emos qu e apr e n der co m aqu eles qu e j á t em feit o algo
par a mu dar est e qu a dr o: - Algu n s mission ár io s d a J O C U M
for am par a Gu in é -B issau , Áfr ica. Após a fase de adapt ação
com a n ova cu lt u r a e depoi s de bu scar a D eu s s obr e como
dev er iam desen volver seu s min is t ér ios ali r eso lv er am qu e
ir iam in iciar u m t r ab alh o de evan gelização c om as cr ian ças.
C om eçar am com escolas b íb licas e alg u mas gin canas, depois
de pou cos me ses o gover n o con vid ou -os n ão só par a min i st r ar
n as escolas, mas par a qu e a J O C UM for n ecesse pr o fissi on ais
de en sin o par a t r açar em ju n t o co m as au t oridades o
plan ejamen t o e i m plan t ação d e u m n ovo cu r r ícu lo esc olar em
t odo o país.
In felizmen t e n ão t emos mais ex emplos como es t e . Em
1995, em S ão P au lo, par t icipei de u m t r ein amen t o par a
pr ofessor e s de en sin o r eligio so n as es colas p ú blicas,
ofer ec ido por u ma das mais con h ecidas in st it u ições de
ev an gelização in fan t il do país, a AP EC – Aliança Pró -
Evangelização de Crianças . O mot ivo dest e t r ein amen t o er a o
de r ecr u t ar o maior n ú mer o possível de cr ist ãos par a
lecion ar em n as e scolas pú bl icas da capit al , pe lo fat o de a
discip lin a n ão of er ecer r emu n er ação o qu adr o es t ava c ada
v ez m ais escas so. Essa in st it u ição ofer eceu o t r ein amen t o em
v ár ios pon t os da cidade par a qu e mu it os pu de ssem ser
t r ein ados. P r ocu rei saber do s r es u lt ados de poi s d e algu mas
sem an as e c omo f iqu ei mu it o t r ist e com a r ealidad e, a i déia de
u m r ecru t amen t o em massa de novos pr ofessor e s cr ist ãos
par a as au las de en sin o r eligi oso f oi u m fr acasso, os cr en t es
sim plesmen t e n ã o se in t er essar am por est e t ipo de co isa.
Est ã o mu it o mai s pr eocu p ados c om coisas “ mais imp or t an t es”

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

com o casamen t o, posição s ocial, acampam en t os e


pr ogr amações da igr eja et c .
At u almen t e n o Br asil est imam -se qu e 3 5 % de t oda a sua
popu lação seja a n alfab et a, ou t r os 3 0 % n ão t er minar am o 1 o
gr au ; o sal ár io pa r a o pr ofessor ad o é u m dos mais baixos n o
m u n do e as con dições de en sin o e in fr a -est r u t u r a n as esc ola s
pr at icamen t e n ão exist e. O númer o de cr ian ças qu e n ão
fr eqü en t am a esc ola, por t er em de t r abalh ar par a comer e
m or ar , é r ecor de MUN D IAL . S er á qu e a igr eja d esco n h ece
est es dad os? A ver dade é qu e n ão dá par a n ão ver est a
r ealidade, os me i os de comu n icação est ão aí, jor n ais , r evist as
e r epór t er es de TV den u n ciam dia -a-dia à sit u ação
cat ast r ófica da e du cação n o B r asi l. A ú n ica con clu são qu e se
pode ch ega r é que t odo s n ós sabe mos q u ai s são as
n ecessid ades e " simplesmen t e" n ã o est amos dan do a mín ima
im por t â n cia, qu er dizer , est e lad o da h ist ór ia n ão n os diz
r espeit o.
S ó vai ser po ssív el u ma per feit a t r an sfor mação n o en sin o
pú blico e r e ligi oso n a n ossa s ocie dade, qu an d o cr ist ãos
obedecer em a o c h amado de J esu s : “ . . . e n s i n a n d o - o s a g u a r d a r
t u d o a q u i l o q u e e u v o s t e n h o o r d e n a d o " . En sin ar sign ifica most r ar

um n ovo caminh o, most r ar a dir eção cer t a . T ive est a


com pr een são ao ler a pr imeir a car t a aos C or ín t ios cap. 1 3 ,
P au lo in ic ia est e c apít u l o dizen d o o segu in t e: - E p a s s o a
m o s t r a r - v o s u m c a m i n h o s o b r e m o d o e x c e l e n t e - depo is dist o ele

com eça a en sin ar á igr eja de C or in t o o qu e é o v e r dadeir o


am or . Q u an do alg u ém se pr opõe a en sin ar u ma pessoa ou u m
gr u po, ass u m e- se a r esp on sabil ida de de gar an t ir par a o alu n o
t odas as con diçõ es n ecess ár ias p ar a qu e ele acer t e o alvo.
S eja qu al for o e n sin o ele deve di r ecion ar a pesso a par a u m
c am in h o, u ma met a .

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Mu it o do qu e se t em en sin ado sobr e a ciên cia, a polí t ica, a


r eligião e a pr ópr ia h ist ór ia fo i co mple t ame n t e dist or cido com
a r ealidade. En qu an t o n ós, os cr istãos, con t in u armos calados
ou descompr omis sados em r e l ação a isso, mu it o po u co p oder á
ser feit o par a mel h or ia n a ár ea da Edu cação.

G
GOOV
VEER
RNNO
O EE N
NEEG
GÓÓC
CIIO
OSS

Viv emos n u ma socied ade ch eia d e in t r igas e amb igü idades,


m as apesar dist o t odos n ós pr eci samo s de l eis e dir et r izes .
S er ia impossível par a qu alqu er soc iedade su bsi st ir sem qu e
h ou v es se g over n an t es, au t or idades e or gan iza dor es. As
fu n ções do gover n o são a de n os pr ot eger at r a v és da cr ia ção
e cu m pr imen t o de leis ju st as e p r at icáveis, n os g ar an t ir em
libe r dade d e esc olh a, pr ot eger os dir eit os do c id adão, e a
defesa da n ação.
O s n egócios e st ã o dir et amen t e l ig ados com est a ár ea, pois
cabe aos n ossos gover n an t es fiscalizar em t odo t ipo de
n egóc io qu e se r ealiz a no país, pr even in do assim as
t r an sações ilíc it a s qu e colocam em r isco a in t egridade da
n ação e de seu s h abit a n t es. P ar a isso t or n a -se n ecessár ia e
in dispen sável à pr esen ça de cr ist ãos n a polít ica par a qu e
sejam apr ov adas l eis e decr e t o s a ju st ados à P alav r a de D eu s.
P or mu it os an os a igr eja se au sen t ou da polít ica, com isso
m ais e ma is h o m en s, sem o t em or de D eu s, cr iar a m leis qu e
im pediam qu e a j u st iça de D eu s s e man ifest asse à s n ações.
Gov er n os at eu s, mu çu lman os, cat ólicos e o u t r os fan át icos
con qu ist ar a m o domín io dos pr i n cipais país es n o mu n do, o
cr ist ian ismo ver dadeir o c aiu em descr édit o, à per segu ição
física aos cr i st ão s n ão é t ão r e al como n o passado, por ém u m
ou t r o t ipo de per segu ição t em acon t ecido. E st ou falan do da

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

per se gu ição m or a l, est a se r evel a com a pr oi bição da


pr egação da pala vr a, o cr escimen t o do islam ismo, b u dismo e
h u m an ismo, os fr eqü en t es escân dalos polít ic os, eco n ômico s e
m or ais en volven do evan gélicos. Es t a pe r segu ição p ar ece ser
m u it o pior qu e a viv ida n os t e m p o s d e Rom a ou de Hit ler , poi s
n ão h á lu gar para már t ir es ou h er óis da f é, qu ase n in gu ém
m ais acr edit a n a in ocên cia dos cr ist ãos. S omos con den ados
por n ossas pr ó p r ias at it u des ( ou falt a delas), n ão n os
pr ep a r a m os par a dar ao mu n do qual é a r azão da n ossa f é . É
h or a de r eavalia r n ossas t eologia s, r eciclar n ossa visão em
r ela ç ã o à par t ici pação at iva n os n egócios do n oss o país, n a
apr ov ação de leis p a r a a n ossa s ocied ade. O cidadão do Rein o
de D eu s é u m agen t e t r an sfor mador , n ão u m mer o espect ador .

A
AMMÍÍD
DIIA
A

Est a é u ma ár ea qu e exe r ce for t e in flu ên cia no


com por t amen t o das pessoas . A m ídia pode t an t o der r u bar
algu ém como col ocá -la n a posiçã o mais elevada e m qu est ão
de m in u t os, ela , além disso, dit a o compor t amen t o e
pen samen t o das pe ssoas at r avés de seu s pr ogr am a s.
N o au ge dos an os 9 0 a mídia pr ocu r ou den egr ir t oda a ação
da igr eja , já t e st emu n h amos vár ias sit u ações on de os
t elejor n ais in iciar am ver dadeir as g u er r as con t r a deter min ada
igr eja e por con seqü ên cia con segu ir am con ven cer algu n s
cr ist ãos, imat u r os e d esat en t os, a ir c on t r a ir mãos se m
m esm o saber da ver acidade dos f at os. F iq u ei mu it o t r ist e em
v er pa st or es conh ecidos de ixar em se en volver de t al for ma
qu e expo n h am out r os past or es e i gr ejas in t eir as ao r idícu lo.
C om o é du r o sab er qu ão in ocen t e s ain da s o mos, n em sequ er

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

sabem os di scer n i r a est r at égia do diabo de div id ir o cor po d e


C r ist o at r avés de sofism as e mau s e n t en didos.
É clar o qu e os cr ist ãos pr ecisa m est a r pr esen tes n os
m eios de comu n icação, por ém est á pr esen ça t em qu er
m ar cada pela s abedor ia, n ão adian t a n ada man t e r mos
pr ogr amas qu e só cr en t es ass is t em as est açõe s de r ád i o
dir igidas por cr i st ãos t êm qu e con t ar com u m alto n ível de
pr ofiss ion alismo, ch ega de r et r an smissões de cu lt os e
t est emu n h os. N o ssos pr o gr amas de T V e Rádi o d evem ser
v olt ados p ar a u m pú blico qu e n ão con h ece a D eu s .
P or qu e é qu e as gr an des r edes de t elevisão con qu i st ar am
o m u n do t odo? Est a m os t ão pr eoc u pados em ir con t r a cada
u m a delas e n ão par amos par a en t en der como é qu e elas
ch egar am a faze r t an t o su cesso. P r imeir o, essas emissor as
in v e st ir am em t ecn ologia. N ada de pr ogr amas pr odu zidos n a
gar agem , é pr ec iso apar e lh agem adequ a da e pr ofiss ion al
com pet en t e e capacit ados. S eg u n do, for mar am par cer ias.
N esse meio n ão dá par a viver soz in h o ou ju n t a mos for ças ou
n ão se ch ega a lugar algu m. T er ce ir o, colocar am n o ar o qu e o
pov o qu er ia assis t ir . N ão dá par a for çar n in gu ém a ver o qu e
n ão gost a, é pr eciso t er u m pr o pósit o , mas ser fl exível em
com o at in gir esse pr opósit o. Q u ar to , dão valor a t odo t ipo de
cr iat ividade. N ão se con qu ist a as pessoas com mét odos
u lt r apa ssados o mu n do est á em cr escen t e pr ogr es so e t emos
qu e acompan h ar est e cr es cim en to . Q u in t o, são ast u t os e m
su as men sagen s . A su t ileza é u ma ar ma mu it o po der o sa, bast a
saber equ ilibr ar en t r e a clar eza e su t il eza , às vezes n ão é
pr eciso ficar r ep et in do ver sícu los e mais ve r sícu los par a se
falar de D eu s. O L ivr o de Est er n ã o pr on u n c ia a pa l av r a D eu s
u m a só vez, por ém é mu it o clar a a at u ação D ele em favor do
S eu povo I sr ael.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

C
CIIÊÊN
NCCIIA
A EE TTEEC
CNNO
OLLO
OGGIIA
A

Em plen o s écu lo XXI, ain da ex ist e m aqu eles qu e d i zem qu e


a C iên cia é do di abo. S e você é u m desses saiba q u e o diab o
a gr adece, mas el e n ão é do n o de n ada n est e mu n do!
Se ler mos a B íblia com bast an t e at en ção, será fác il
per ceber qu e e la con st a n t eme n t e se u t iliza da c iê n cia e da
t ecn ologia par a c on t ar do pr ogr esso do Re in o de D eu s. J á n o
Gên esis exist e u m exemplo: “E disse Deus; Haja luminares no
firmamento do céu, para faze rem separação entre o dia e a
noite, e sejam e les para sinais e para estações, e para dias e
anos...” (Gn . 1: 1 4 .) . O r a, n ão são a s est r elas, o so l, a lu a e as
est ações par t e da C iên cia Moder n a?
Veja agor a: “ En t ã o di s s e D e u s a N oé : O f i m de t odos os s e res
h u ma n os é c he g ado pe ra n te m im ... f a ze pa ra t i u m a a rc a de
m a de i ra de c i pre s te : f a rá s c o m pa rt i me n t os na a rca, e a re ve s t i rá s
de b e t um e po r de nt ro e por f ora . . . fará s n a a rc a u ma jan e la e l he
da rá s u m c ôva do de a l t u ra . A port a da a rca porá s n o s e u l a do;
f a rá s u m pri me i ro, u m se gun do e u m te rce i ro a n d a re s ”. ( G n
6.13,14 e 16). A con st r u ção da ar ca n ão foi segu n do a
t ecn ologia da épo ca?
N ão sei por qu e con t in u amos a ir con t r a os meios qu e o
pr ópr io D eu s se u t il iza par a r eal i zar os s e u s pla n os par a a
h u m an id a de. S e n ão fosse m algu n s h omen s se r en der em ao
est u do da ciên cia, ain da h oje a t eor ia da evolu ção ser ia ace it a
com o a mais ple n a ver dade sob r e a or igem da hu man idade.
C ien t ist as cr i st ãos est ão cada vez mais empen h ados em
pr ov ar a v er a cidade do C r iacion ismo e pr o var que ciên cia e
cr ist ian ismo pode m an da r de mãos dadas.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

A
ARRTTEES
S,, D
DIIV
VEER
RSSÃ
ÃOO EE EES
SPPO
ORRTTEES
S

D eu s s e impor t a com est a ár ea da mesma man eir a com qu e


se im por t a com a sa lvação d e t odos o s h omen s. O n osso
pr oblema é qu e n ão con segu imo s en x er gar D eu s sor r in do,
dan çan do ou se d iver t in do. P ar a mu it os cr ist ãos , fal ar dessa s
coisas é o me smo qu e est ar blasf e man do ou br in can do com o
car át er S an t o de D e u s. O r a, a san t idade de D e u s é qu e
per m it e a n ossa alegr ia, mesmo n a da n ça. Isso in clu i os
r it m o s, e t odos o s t ipos d e ar t e s. A pin t u r a, as cor eogr afias,
os in st r u men t os, as lu zes, as cor es e t odo o t ipo de
cr iat ividade deva m ser apr esen t a dos a D eu s com o m eio de
lou v or e ador açã o. A u t ili zação de t odos os m eios e for mas n o
lou v or ou n a evan geliz ação n ada m a is é do qu e u ma man e ir a
qu e n ós t emos de agr adecer a D eus pela man eir a qu e Ele n os
fez. (Ex.15:20; Sl.150:4; Jr.31:1 -4,13; Sl.33:1-3; Sl.81:1-3;
S l . 1 3 4 : 2 - 3 ; 2 ª C r . 5 : 1 3 , 1 4 ; A t . 3 : 8 ; S l . 1 4 1 : 2 ; 1 ª T m . 2 : 8; S l . 4 7 : 1 ).
T en t amos n os descu lpar dizen do qu e os r it mo s, as dan ças e
as gr an des fest as pr omovidas pel o povo de D eu s er a m se m pr e
r ealizadas for a d o t emplo . B om, c o n h eço algu mas exceç õe s
com o At . 3 : 8 e 2 S m. 6: 1 5 -1 8 , mas, qu al a difer e n ça en t r e
dan ç a r ou aplau dir ou dar br ados de vit ór ia a D eus for a ou
den t r o do t em p lo . N ão é o lu gar q u e det er m in a qu em D eu s é.
D eu s é D eu s. S e p odemos ad or á -L o com dan ças e com t odos
os in st r u men t os for a do t emplo é clar o qu e podemos ador á -L o
da m esma for ma do lado de den t r o , a at it u de é a me sma desde
qu e feit a com t oda a s in cer idade e r ever ên cia de n osso s
cor ações.
P or mu it o t empo, após m in h a co n ver são, est a er a u ma das
qu est ões qu e ma is me de ixava in t r igado . D epois de mu it as

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

obser v aç ões e al gu n s est u dos min u ciosos, r esolvi qu e ir ia


“ ex per imen t ar ” lou var a D eu s com o mesmo en tus iasmo qu e
fazia ou t r as cois as como vibr ar com a co n qu ist a de u m
cam pe on at o de fut ebol ou comemor ar a con qu ist a de u m bom
em pr ego. C o n fesso qu e est a foi a mais i mpor t an t e escolh a
qu e eu já fizer a n o meu r elacion amen t o com D eu s, em qu est ão
de segu n dos c aír am por t er r a t oda àqu ela for m alidade qu e
deixava D eu s t ão dist an t e. N aqu ele exat o mom en t o eu n ão
est a v a mais pr eocu pado com meus pr ópr ios pr oble mas ou se
as pesso as est av am me olh an do, o qu e eu qu er ia n aqu ele
m om en t o er a est ar lou van do a D eu s da m an eir a mais sin c er a
qu e eu podia en con t r ar . Tu do isso sem apelos
sen t imen t alist as e su per fic iais, n ão sen h or , ali eu est ava
sen do o mais sin c er o qu e eu pod ia ser n ão est av a pr eocu pado
com o qu e ir ia m dizer , mas, s im, se aqu ilo t u do est ava
ch egan do à pr esen ça de D eu s com a r om a su ave e aceit ável .
Isso é par a mim o ver dadeir o s ac r ifício de lou vor , n ão algo
in sen sível, n em ext r emamen t e h ipn ot izan t e, é algo qu e sai d o
cor ação, d o mais pr ofu n do da a lma. N ão qu er o só dir ecion ar o
assu n t o par a a ár ea d a mú sica , as a r t es , o la zer e o s espor t es
en v olve m in ú mer as ou t r as coisas. O lazer , por ex em plo : Há
algu m t empo cr ía mos qu e o model o de cr ist ão er a a qu ele qu e
v iv ia com a B íblia debaix o do br aço e sempr e est ava s ér io.
N ão er a per mit ido se dist r air , r elaxar , sair da r ot ina, afin al , o
diabo podia apr o veit ar est e m omen t o de descon t r ação par a
n os t en t ar . Qu ant a bobagem! S e obser var mos o c ar át er de
D eu s e os S eu s e n sin os, vamos en con t r ar vár ios momen t os de
pr ofu n da diver sã o, vár ias vez es o s pr ofet as e os discípu lo s
são peg os em m omen t o s de d i v er t imen t o. P r ocu r e você
m esm o obser var os momen t os de descon t r ação de J esu s com
os di scípu los. T odos n ós pr ecisam os de momen t os al egr es e

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

div er t idos par a r ecu per ar as for ças par a e n fr en t ar os


pr oblemas do dia - a -dia.
S e decidir mos ma r car pr ese n ça e m cada u m dest es set or es
n ão só co n t r ibu iremos par a o cr escimen t o do Rein o de D eu s,
m as t ambém ap r en der emos l içõ es in esqu ecíve is sobr e a
sober an ia e os pr opósit os d e D eu s.

O MODELO PARA A IGREJA DO REINO

O qu e me pr opon h o a discu t ir nessas pou cas pá gin as é


n ada mais do qu e o fr u t o de algu mas exper iên cias q u e t enh o
v iv ido ao l on go d os vin t e an os a n dan do com J esu s. O meu
desejo é qu e po ssamos u n ir for ças par a qu e mu it os ou t r os
ir m ãos apr en d a m sobr e D eu s e o S eu Rein o e assim a
r eden ção dest a t er r a seja r eali zada o mais br eve po s sível com
at u ação con st an te e con scien t e de ca da in divídu o do Rein o de
D eu s em pr ol d es t a ger ação. N ão poder ia en cer r ar est a obr a
sem dize r o qu e e u pen so sobr e u m a I gre ja Pa ra o Sécu l o 21 .
A lei mosaica e s t ava t ão ch eia de comp lemen t a ções qu e
er a imposs ível obedecê - la. Ap e n as os far i seu s se d iziam
c apazes de in t er pr et á -la fielmen t e t or n an do -se assim os
m aior es cor r u pt or es dos man damen t os de D eu s, u savam e
abu savam da autor idade r elig iosa sem n enh u m escr ú pu lo ou
am or ao pr óximo. N ão é d e se est ran h ar qu e J esu s in icie su a
pr egação an u n cian do qu e só a p ar t ir D ele mesm o é qu e o
ev an gelh o do r ein o de D eu s er a ch egado àqu ela ger a ção.
Est u dan do a Igr eja Ev an gélica n os ú lt imos cin qü en t a an os,
per cebemos qu e esse qu adr o se r epet e, os past or es e líder e s
r eligio sos assu mi r am o lu gar dos far iseu s e sacer dot es ju d eu s

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

t om an do par a si t oda a au t or idade sobr e a in t er pr et ação da


“ v on t ade de D eu s” par a su as c omun idades.
N est e momen t o da h ist ór ia da Igr ej a podemos r eg ist r ar um
sem n ú mer o de e r r os do u t r in ár ios e t eoló gicos, o f at o é qu e
est am os ban aliza n do os pr in cípios b ásicos da v ida cr ist ã. N ão
n os su r pr een demos mais co m a imor alid ade n os
r elacion amen t os, ac ost u mamos a ver os líd er es d as igr eja s
com t odo o pod e r n as m ãos e n ingu ém pode fazer n ada c om
m edo de e st ar em se levan t an do con t r a o “u n gido de D eu s” , as
n ossas t át icas de levan t amen t o de din h eir o n as igr ejas são n o
m ín im o ext r avagan t es e par ece n ão h aver mais esper an ças de
qu e isso pos sa m u dar u m dia.
Exist e u ma t ar efa par a a Igr eja qu e n ão est á su b m et ida aos
sist emas, mét odo s , t eologias ou q u alqu er von t ade h u man a. A
t ar efa de evan gelização n est a t er r a é mais su blime en t r e
t odas as ou t r as, por qu e con cr et i za o qu e J esu s disse :
“Digo-lhes a verdade: aquele que crê em mim fará também as obras que
tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu
estou indo para o Pai”.
(Jo 14.12)

J esu s veio par a salvar o qu e est ava per dido, e a Igr eja n o
in ício do sécu lo 2 1 ain da t em o d esafio en or me de levar est a
m en sagem par a t odos os ca n t os da t er r a . Há uma
in t er pr et ação de Ma t eu s 2 4 on de diz qu e est e evan gelh o do
Rein o deve ser p r egado em t oda a t er r a, e aí sim vir á o fim.
P er doem -m e os au t or es qu e dizem algo difer en t e , mas eu
esper o ver a Igr eja da min h a ger ação assu min do essa
r espon sabili dade alca n ç an do t odo o mu n do par a J es u s.

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

O apóst olo P au lo disse qu e ele n ão p odia deixar de pr egar


o ev an gelh o 8, sen do o mesmo decl ar ado pelos após t olos n o
r elat o de At os 9. Acr edit o qu e a obr a missi on ár ia t em sido
aban don ada pelas n ovas lider an ças das igr ejas, i st o é u ma
r ealidade ext r em amen t e pr eocu pan t e !
C omo far emos as obr as ma ior es qu e J esu s disse qu e
far íam os s e aba n don amos a n os sa maior r e spon sabilida de
n est e m u n do ?
P osso r apidamen t e alist ar algu n s mot ivos qu e fi z er am a
Igr eja de ixar de l ado a ação missi o n ár ia n os ú l t imos 1 0 an os:

1 . A m i s sã o de i x ou de se r re l eva n te dev i do à s ec u la ri za çã o da
I gre ja ;
2 . A m i s sã o nã o t orn a a v i da dos c re n te s m a i s f ác i l , e i s s o agri de
pro f u n dam en t e a nos s a t e ol ogi a de pros pe ri da de e c oa ch i n g ;
3 . A m i s s ã o ex i ge um i nve s t i me n t o mu i t o a l t o, m a s o ret orn o é
pa ra o Re i n o e n ã o e xc l u s iv am en te para a i gre ja l oc a l ;
4 . A m i s sã o nã o dev e s e r a pe na s ma i s um dos de pa rta me n tos de
uma I gre ja, mas, sim, a su a t a re fa es pec í f ic a. As n os s a s
c on s t ruç õe s , pa s sei os ou re t i ros v i rã o s e m pre de poi s .

N a min h a c u r t a exper iên cia com o líder d e mi ss ões n a


igr eja loca l, obs er v ei qu e est es mot ivos r elacion ados aci ma
t êm t or n ado a obr a mission ár ia em segu n do plan o . N ão
en fr en t amos a c ir r adamen t e os pr oblema s da lí n gu a, da
cu lt u r a ou da dist ân cia, o n osso mai or impedime n t o som os
n ós mesmos, qu e in si st imos em colocar missõe s em ú l t imo
lu gar n a list a de pr ior idades da s n ossas con gr egações. O
su st en t o dos mission ár ios é se mpr e fe it o por ú lt imo, as
ofer t as mission ár ias é sempr e do qu e sobr a, a or ação pelos

8 1º Co 9.16
9 At 4.20

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

pov os é sempr e n o fi m do cu lt o, o t est emu n h o mis sion ár io


pr ecisa ser r ápido par a n ão can sar os ir mãos. Est amos
in v er t en do as coi sas n a igr eja, co l ocamos em pr ime ir o lu gar
as n ece ssidade s l ocais, depo is as d o Rein o.
" Um a i gre ja nã o exi s t e pa ra s i me s ma , m a s s im pa ra o m un do " .
- G e o r g e Ca r e y -

Mu it os l ivr os es t ão sen do escr it os qu e en sin am sobr e


m ét odos, at it u des, est r at égias pa r a o cr escimen t o da Igr e ja .
C on fesso qu e pr ecisei r e si st ir bast an t e par a n ão r ech ear est e
t r abalh o com algu mas dessas est r at égias , afin al d e con t as,
n ossos líder e s est ão cada vez mais acost u mados com os
Man u ais de O r ient aç ões, com as r eceit as pr on t as.
O n de est ão os teólogos br as ileir os do sécu lo 2 1 ? Q u em
ser ão os n ossos r efer en ciais n as pr óximas décadas ?
O Rein o de D eu s é din âmico e at en de as n ecessidades do
h om em par a c a da época em qu e se vive à h ist ór ia. N o An t igo
T est amen t o D eu s t r at ou de escr ever os 1 0 Man damen t os como
r efer en cial a n ação qu e est ava se for man do, já n o N ov o
T est amen t o, J esus r esu me os Mandamen t os em apen as dois,
am ar a D eu s e ao pr óximo. S en do assim, é possível con clu ir
qu e D eu s se impor t a com o cont ext o cu lt u r al, h ist ór ico e
social em qu e viv e a h u man idade.
N ão somos ma is a mesma socie dade de cin qu en t a an os
at r ás, n ão at r ibuímos o mesm o s en so de valor , a s mesmas
car act er íst icas q u an t o à vest imen t a, voc abu lár io, son h os e
t an t as ou t r as coisas. A I gr eja p ós -Moder n a n ão deve s e
con t amin ar com as pr át icas do mun do, mas t ambém n ão pode
se en clau su r ar em dou t r i n as t r adicion alist as qu e a fast am as
pessoas. O apóst olo P au lo n a mesma car t a aos Gálat as 10 vai

10 Gálatas cap. 5

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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

n os diz er que n ão podemos nos su bme t er ao ju go de


escr avidão, segu n do a lei, mas viv er livr es, ser vin d o a D eu s.
Mesmo depois da vir ada do milên io somos mu it o
in flu en ciados pe l o qu e os n oss os pais e lí der es n os deixar am
com o legado. Ac r edit o qu e mu it as coisas qu e esc r ev i aqu i
podem cau sar ce r t o mal est ar e at é u ma pont in h a de
escân dalo em a l gu n s líder es n a igr eja, apr ove it o o espaç o
par a pedir -lh es p er dão, só qu e o m u n do h oje pr ecisa de u ma
Igr eja qu e seja m ais h u man a, ist o é, qu e se pr eocupe de fat o
com as fer idas da a lma, com a limit ação da men t e e qu e
ofer eça opor t u n idades qu e at en d am a bu sca in cessan t e do
h om em pelo sobr en at u r al, o míst ico.
In felizmen t e os mais c ar ismát ico s e at é os pen t e cost ais
assu m ir am u ma posição d e det e n t or es do poder de D eu s
en qu an t o os m ais t r adicion ais cu idam apen as das su as
or gan izações, or gan ogr amas e in t er min áveis assembléias.
N ada disso at r ai o h omem moder n o, o evan gelis mo n est e
sécu lo pr ecisa d e cr en t es mu it o mais pr eocu pad os com o
bem -est ar do h omem in t egr al, u ma visão h olíst ica é
fu n da m en t al par a alcan çar mos n ão só a alma, ma s ain da a
m en t e, os son h os e as n ecessidade s do ser h u man o. C h ega de
sair apen as par a gan h ar “ almas par a J esu s ” , t emos qu e ir
par a gan h a r h omen s, mu lh er es e c r ian ças – gen t e d e ver dade
– qu e vão en ch er n ossas i gr ejas ador an do a D eu s em es pír it o
e em ver dade.
Esper o qu e est e t r abalh o possa d esper t á -lo a in flu en ciar
est a sociedad e de man eir a efici en t e e at iva, agr ad eço ao
S en h or pelo pr ivilé gio de s er vi -lo.

wilson roberto / igreja presbiteriana do centenário


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O REINO DE DEUS NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

REFERÊN CIAS BIBLIOGRÁ FICAS

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