Questões Orações Coordenadas - Aluno

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Estudante:__________________________________________________ N°______

Educadora: Hérika Holanda

QUESTÕES DE REVISÃO – ORAÇÕES COORDENADAS

1. (Epcar (Cpcar) 2018) O PODER DA LITERATURA


José Castello
1
Em um século dominado pelo virtual e pelo instantâneo, que poder resta à literatura?
Ao contrário das imagens, que nos jogam para fora e para as superfícies, a literatura nos joga
para dentro. Ao contrário da realidade virtual, que é compartilhada e se baseia na interação, 2a
literatura é um ato solitário, nos aprisiona na introspecção. Ao contrário do mundo instantâneo
em que vivemos, dominado pelo “tempo real” e pela rapidez, a literatura é lenta, é indiferente
às pressões do tempo, ignora o imediato e as circunstâncias.
Vivemos em um mundo dominado pelas respostas enfáticas e poderosas, enquanto a
literatura se limita a gaguejar perguntas frágeis e vagas. A literatura, portanto, parece caminhar
na contramão do contemporâneo. Enquanto o mundo se expande, se reproduz e acelera, 3a
literatura contrai, pedindo que paremos para um mergulho “sem resultados” em nosso próprio
interior. Sim: a literatura – no sentido prático – é inútil. 4Mas ela apenas parece inútil.
A literatura não serve para nada – é o que se pensa. A indústria editorial tende a
reduzi-la a um entretenimento para a beira de piscinas e as salas de espera dos aeroportos. De
outro lado, a universidade – em uma direção oposta, mas igualmente improdutiva – transforma
a literatura em uma “especialidade”, destinada apenas ao gozo dos pesquisadores e dos
doutores. Vou dizer com todas as letras: são duas formas de matá-la. A primeira, por
banalização. A segunda, por um esfriamento que a asfixia. Nos dois casos, a literatura perde
sua potência. 5Tanto quando é vista como “distração”, quanto quando é vista como “objeto de
estudos”, 6a literatura perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar a
existência. 7Contudo, desde os gregos, a literatura conserva um poder que não é de mais
ninguém. 8Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a encarar o horror, as
crueldades, a imensa instabilidade e 9o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso
espírito. Somos seres “normais”, como nos orgulhamos de dizer. Cultivamos nossos hábitos,
manias e padrões. Emprestamos um grande valor à repetição e ao Mesmo. Acreditamos que
somos donos de nós mesmos!
Mas 10leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice – 11e você verá que rombo
se abre em seu espírito. Verá o quanto tudo isso é mentiroso. 12Vivemos imersos em um
grande mar que chamamos de realidade, mas que – a literatura desmascara isso – não passa
de ilusão. A “realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. A
realidade é norma, é contrato, é repetição, ela é o conhecido e o previsível. O real, ao contrário,
é instabilidade, surpresa, desassossego. O real é o estranho.
(...)
A literatura não tem o poder dos mísseis, dos exércitos e das grandes redes de
informação. Seu poder é limitado: é subjetivo. 13Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se
infiltra, como um veneno, nas pequenas frestas de seu espírito. Mas, 14nele instalada pelo ato
da leitura, 15que escândalos, que estragos, 16mas também que descobertas e que surpresas ela
pode deflagrar.
Não é preciso ser um especialista para ler uma ficção. Não é preciso ostentar títulos,
apresentar currículos, ou credenciais. A literatura é para todos. Dizendo melhor: é para os
corajosos ou, pelo menos, para aqueles que ainda valorizam a coragem.(...) 
http://blogs.oglobo.globo.com/jose-castello/post/o-poder-da-literatura-444909.html.
Acesso em: 21 de fev 2017.

Assinale a opção em que NÃO se percebe uma ideia adversativa.


a) “Contudo, desde os gregos, a literatura conserva um poder que não é de mais ninguém.” (ref.
7)    
b) “Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a encarar o horror, as crueldades...” (ref.
8)   
c) “...que escândalos, que estragos, mas também que descobertas e que surpresas ela pode
deflagrar.” (ref. 15)   
d) “Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade, mas que – a literatura
desmascara isso – não passa de ilusão”. (ref. 12)    
2. (Ita 2018)  Texto

O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com maior número de idosos do
mundo, e precisa correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais
saudável: o desejo de viver com independência e autonomia. [...] O mantra da velhice no
século XXI é “envelhecer no lugar”, o que os americanos chamam de aging in place. O
conceito que guia novas políticas e negócios voltados para os longevos tem como
principal objetivo fazer com que as pessoas consigam permanecer em casa o maior
tempo possível, sem que, para isso, precisem de um familiar por perto. Não se trata de
apologia da solidão, mas de encarar um dado da realidade contemporânea: as
residências não abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e boa parte dos idosos de
hoje prefere, de fato, morar sozinha, mantendo-se dona do próprio nariz. 
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/brasillenvelhecer-no-seculo-xxi/>, 18 mar. 2016.
Adaptado. Acesso em: 10 ago. 17.

A conjunção em destaque na frase “Não se trata de apologia da solidão,  mas de encarar um


dado da realidade contemporânea: ...” possui a função semântica de
a) retificação.   
b) compensação.   
c) complementação.   
d) separação.   
e) acréscimo.   

3. (Espcex (Aman) 2017) “Pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram


projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-
lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular.
É um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o próprio sucesso do americano
Craig Venter e de seus colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a humanidade
domine os segredos da vida. Cerca de um terço do DNA da nova bactéria (apelidada de
syn3.0) foi colocado lá por puro processo de tentativa e erro – os cientistas não fazem a
menor ideia do porquê ele é essencial.”
Folha de S. Paulo, 26/03/2016.

O texto informativo acima, que apresenta ao público a criação de uma bactéria apenas
com genes essenciais à vida, contém vários conectivos, propositadamente destacados.
Pode-se afirmar que
a) para inicia uma oração adverbial condicional, pois restringe o genoma à condição de bactéria.   
b) e introduz uma oração coordenada sindética aditiva, pois adiciona o projeto à instalação do
genoma.   
c) como introduz uma oração adverbial conformativa, pois exprime acordo ou conformidade de um
fato com outro.   
d) porém indica concessão, pois expressa um fato que se admite em oposição ao da oração
principal.  
e) para que exprime uma explicação: falta muito para a humanidade dominar os segredos da
vida.   

4. (Enem 2013) 

 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está
indicado pelo(a)
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.   
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.   
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos   
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à
“mãe”.   
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações.   
 

5 – (FAMENA – Marília) – Assinale a alternativa que contém uma coordenativa conclusiva:

a) Sérgio foi bom filho; logo será um bom pai.


b) Os meninos ora brigavam, ora brincavam.
c) Jaime trabalha depressa, contudo produz pouco.
d) Os cães mordem, não por maldade, mas por precisarem viver.
e) Adão comeu a maçã, e nossos dentes até hoje doem.

6 – (UNEMAT-2009) – Analise o funcionamento das conjunções em destaque nos seguintes


enunciados.

I. Como proteger seu dinheiro

O novo guia para você entender o efeito da crise global no seu bolso – e as melhores
estratégias para enfrentar estes tempos de aperto. (Época, 28/02/09)

II. Internet sem sair do sofá

Novas tecnologias levam os vídeos da rede à TV da sala. Portanto, começa uma nova batalha
pela sua audiência. (Adaptado. Época, 28/02/09)

III. A verdade crua, assada e cozida

Um novo estudo sobre os efeitos da carne sugere que ela pode ser nociva – mas apenas em
excesso. É o argumento que faltava para quem adora um filé. (Época, 28/02/09)

As conjunções “e”, “Portanto” e “mas” estabelecem entre as orações, respectivamente,


relação de:

a) adição – explicação – conclusão


b) adição – conclusão – oposição
c) separação – explicação – oposição
d) adição – exclusão – justificação
e) explicação – conclusão – oposição

7 – (UFSM) – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada


item, uma correta relação de sentido.

1. Correu demais, … caiu.

2. Dormiu mal, … os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, … a alma é imortal.

4. Leu o livro, … é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, … podem servir mais tarde.

a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto


b) por isso, porque, mas, portanto, que
c) logo, porém, pois, porque, mas
d) porém, pois, logo, todavia, porque
e) entretanto, que, porque, pois, portanto

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