Apostila Impressão - Gramática
Apostila Impressão - Gramática
Apostila Impressão - Gramática
ÚLTIMOS 10 ANOS
FUVEST
SUMÁRIO
MORFOLOGIA ...........................................................................................................................................................05
MORFOSSINTAXE.................................................................................................................................................. 24
PONTUAÇÃO ............................................................................................................................................................. 46
FIGURAS DE LINGUAGEM ............................................................................................................................. 55
ENUNCIAÇÃO, TEXTO E DISCURSO ..................................................................................................... 77
A doença está tão disseminada que muitos verbos honestos, com currículo de
ótimos serviços prestados, estão a ponto decair em desgraça entre pessoas de
ouvidos sensíveis. Depois que você fica alérgico a disponibilizar, como você vai
admitir, digamos, 2"viabilizar"? É triste demorar tanto tempo para a gente se dar
conta de que 3"desincompatibilizar" sempre foi um palavrão.
a) A “campanha nacional” a que se refere o autor tem por objetivo banir da língua
portuguesa os verbos terminados em “ilizar”.
b) O autor considera o emprego de verbos como “reinicializando” (ref. 1) e
“viabilizar” (ref. 2) uma verdadeira “doença”.
c) A maioria dos verbos terminados em “(i)lizar”, presentes no texto, foi
incorporada à língua por influência estrangeira.
d) O autor, no final do primeiro parágrafo, acaba usando involuntariamente os
verbos que ele condena.
e) Os prefixos “des” e “in”, que entram na formação do verbo
“desincompatibilizar” (ref. 3), têm sentido oposto, por isso o autor o considera
um “palavrão”.
GABARITAGEO.COM.BR 5
2. (Fuvest)
II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o que ela busca já faz de
você alguém especial. Muitos que procuram o balcão de emprego não
compreendem que os detalhes são fundamentais para conseguir a
recolocação. Agora, não pense que você vai conseguir na primeira investida, a
busca por um novo emprego requer paciência e persistência, tenha você 20
anos ou 50.
6 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. Não nos dirigimos a elas
diretamente, mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente
e sob uma nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é
mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura própria, que
não pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado não está
perdido porque o significado que uma obra assume para uma geração posterior
é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores.
3. (Fuvest) No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos
afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (ref. 1), as expressões sublinhadas
podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por:
a) realmente; portanto.
b) invariavelmente; ainda.
c) com efeito; todavia.
d) com segurança; também.
e) possivelmente; até.
GABARITAGEO.COM.BR 7
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro
Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da
linguagem primeira, aplique-se com afinco e faça com que sua criatividade
orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar
mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a
fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de
blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as
normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de
fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.
a) ultrapassado.
b) retrocedido.
c) infracolocado.
d) percorrido.
e) introvertido.
8 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
a) tempo.
b) qualidade.
c) intensidade.
d) modo.
e) negação.
GABARITAGEO.COM.BR 9
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto:
Ora nesse tempo Jacinto concebera uma ideia... Este Príncipe concebera
a ideia de que o “homem só é superiormente feliz quando é superiormente
civilizado”. E por homem civilizado o meu camarada entendia aquele que,
robustecendo a sua força pensante com todas as noções adquiridas desde
Aristóteles, e multiplicando a potência corporal dos seus órgãos com todos os
mecanismos inventados desde Teramenes, criador da roda, se torna um
magnífico Adão, quase onipotente, quase onisciente, e apto portanto a recolher
[...] todos os gozos e todos os proveitos que resultam de Saber e Poder... [...]
Este conceito de Jacinto impressionara os nossos camaradas de cenáculo,
que [...] estavam largamente preparados a acreditar que a felicidade dos
indivíduos, como a das nações, se realiza pelo ilimitado desenvolvimento da
Mecânica e da erudição. Um desses moços [...] reduzira a teoria de Jacinto [...] a
uma forma algébrica:
Suma ciência
= Suma felicidade
Suma potência
10 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe,
fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos
— econômicos, políticos, ou sociais — são solucionáveis pela educação, isto é, pela
cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro
que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos
existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das
chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais
livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em
termos que os tornem acessíveis a todos.
GABARITAGEO.COM.BR 11
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Veja, 15/06/2011.
a) figurado e próprio.
b) abstrato e concreto.
c) específico e genérico.
d) técnico e comum.
e) lato e estrito.
12 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à
feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV
não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora
apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não
encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A
ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia
para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e
do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre
de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei
o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as
pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.
9. (Fuvest) O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do
novo rei o melhor das suas atenções", refere-se a:
a) “desmedida ambição”.
b) “Casa de Avis”.
c) “esta burguesia”.
d) “ameaça castelhana”.
e) “Rainha Leonor Teles”.
GABARITAGEO.COM.BR 13
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe
desde há muito tempo.
Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das
forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente.
Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes,
discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e
dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela,
de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a
fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e
desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação.
a) “persistente” e “alteridade”.
b) “discriminados” e “hierarquização”.
c) “preconceituosos” e “cooperação”.
d) “subordinados” e “diversidade”.
e) “identidade” e “segregados”.
14 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São
Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado.
11. (Fuvest) No terceiro parágrafo do texto, a expressão que indica, de modo mais
evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às
pessoas a que se refere é:
a) “lanço à queima-roupa”.
b) “Agora você me pegou”.
c) “deixa eu ver”.
d) “Bogotá é muito feiosa”.
e) “é algo que me toca”.
GABARITAGEO.COM.BR 15
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria
revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor
assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos,
nós nos sentimos parecidos e iguais; 1nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não
porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos
une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável
e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.
Tudo se transforma, tudo varia - o amor, o ódio, o egoísmo. 2Hoje é mais
amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, 3levando as
coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações
cada vez maior, o amor da rua.
13. (Fuvest) Prefixos que têm o mesmo sentido ocorrem nas seguintes palavras
do texto:
a) íntima / agremia.
b) resiste / deslizam.
c) desprazeres / indissolúvel.
d) imperturbável / transforma.
e) revelado / persiste.
16 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
DAS VÃS SUTILEZAS
Os homens recorrem por vezes a sutilezas fúteis e vãs para atrair nossa atenção.
(...) Aprovo a atitude daquele personagem a quem apresentaram um homem
que com tamanha habilidade atirava um grão de alpiste que o fazia passar pelo
buraco de uma agulha sem jamais errar o golpe. Tendo pedido ao outro que lhe
desse uma recompensa por essa habilidade excepcional, atendeu o solicitado,
de maneira prazenteira e justa a meu ver, mandando entregar-lhe três medidas
de alpiste a fim de que pudesse continuar a exercer tão nobre arte. É prova
irrefutável da fraqueza de nosso julgamento apaixonarmo-nos pelas coisas só
porque são raras e inéditas, ou ainda porque apresentam alguma dificuldade,
muito embora não sejam nem boas nem úteis em si.
Montaigne, Ensaios.
a) desde que.
b) contanto que.
c) uma vez que.
d) a não ser que.
e) se bem que.
GABARITAGEO.COM.BR 17
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
15. (Fuvest) O termo destacado no trecho "Senti que ela fruía NISSO um prazer
silencioso e longo" refere-se, no texto,
16. (Fuvest) A televisão tem de ser vista ...... um prisma crítico, principalmente as
telenovelas, ..... audiência é significativa.
Temos de procurar saber ..... elas prendem tanto os telespectadores.
Preenchem de modo correto as lacunas do texto, respectivamente,
18 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens,
livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para
conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob
o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para
quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não
simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que
não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.
17. (Fuvest) Na frase "QUE nos faz professores e doutores do que não vimos", o
pronome destacado retoma a expressão antecedente:
a) "para lugares".
b) "o mundo".
c) "um homem".
d) "essa arrogância".
e) "como o imaginamos".
GABARITAGEO.COM.BR 19
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
“- Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia, ajudando a missa, viu entrar a dama, que
devia ser sua colaboradora na vida de D. Plácida. Viu-a outros dias, durante
semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os
altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa
conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de crer que D. Plácida não
falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias:
- Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe
responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na
costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina,
adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste
agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho
e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que
te chamamos, num momento de simpatia".
18. (Fuvest) No trecho, "pisou-lhe o pé", o pronome "lhe" assume valor possessivo,
tal como ocorre em uma das seguintes frases, também extraídas de "Memórias
póstumas de Brás Cubas":
20 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha
vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da
escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava
o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um
pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir
lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à
toa, como dous peraltas sem emprego. E de imperador! Era um gosto ver o
Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos
nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma
supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa
magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que... Suspendamos a
pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa
independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal.
GABARITAGEO.COM.BR 21
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
22 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Eu te amo
(...)
(...)
a) negação.
b) cessação.
c) ação contrária.
d) separação.
e) intensificação.
GABARITAGEO.COM.BR 23
MORFOSSINTAXE
22. (Fuvest)
24 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
Tommaso Koch. “O Coringa completa 80 anos e na Espanha ganha duas HQs, que
inspiram debates filosóficos sobre a liberdade”, EI País. Junho/2020.
23. (Fuvest) No fragmento “ao tropeçar, cravava sua própria adaga no peito.” (ref.
5), a oração em negrito abrange, simultaneamente, as noções de:
a) proporção e explicação.
b) causa e proporção.
c) tempo e consequência.
d) explicação e consequência.
e) tempo e causa.
GABARITAGEO.COM.BR 25
25. (Fuvest) As vírgulas em “E depois, o silêncio.” (ref. 1) e em “Mas seu rosto
continua sorrindo, para sempre.” (ref. 3) são usadas, respectivamente, com a
mesma finalidade que as vírgulas em:
26. (Fuvest) O Twitter é uma das redes sociais mais importantes no Brasil e no
mundo. (...) Um estudo identificou que as fake news são 70% mais propensas a
serem retweetadas do que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do
trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos pensam,
esses robôs não são os grandes responsáveis por disseminar notícias falsas. Nem
mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham
informações mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros
alcançaram o mesmo número de pessoas.
Superinteressante, “No Twitter, fake news se espalham 6 vezes mais rápido que
notícias verdadeiras”. Maio/2019.
a) conclusão.
b) concessão.
c) explicação.
d) contradição.
e) condição.
26 GABARITAGEO.COM.BR
27. (Fuvest) Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:
“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O
refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos
e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois
por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.
Disponível em https://www.gp1.com.br/.
GABARITAGEO.COM.BR 27
28. (Fuvest) Seria difícil encontrar hoje um crítico literário respeitável que
gostasse de ser apanhado defendendo como uma ideia a velha antítese estilo e
conteúdo. A esse respeito prevalece um religioso consenso. Todos estão prontos
a reconhecer que estilo e conteúdo são indissolúveis, que o estilo fortemente
individual de cada escritor importante é um elemento orgânico de sua obra e
jamais algo meramente “decorativo”.
28 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.
29. (Fuvest) Sobre o sujeito da oração “em que vivem” (ref. 3), é correto afirmar:
GABARITAGEO.COM.BR 29
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
30. (Fuvest) Traduz corretamente uma relação espacial expressa no texto o que
se encontra em:
30 GABARITAGEO.COM.BR
31. (Fuvest) Além de “tipitis”, constituem contribuição indígena para a língua
portuguesa do Brasil as seguintes palavras empregadas no texto:
a) “cardápio” e “roceiros”.
b) “alpendre” e “fogão”.
c) “mandioca” e “Ipiranga”.
d) “sítio” e “forno”.
e) “prensa” e “quintal”.
32. (Fuvest) Tendo em vista que algumas das recomendações do autor, relativas
à prática da tradução, fogem do senso comum, pode-se qualificá-las com o
seguinte termo, de uso relativamente recente:
a) dubitativas.
b) contraintuitivas.
c) autocomplacentes.
d) especulativas.
e) aleatórias.
GABARITAGEO.COM.BR 31
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Examine este cartum para responder à(s) questão(ões) a seguir.
a) incoerente.
b) parcial.
c) anacrônico.
d) hipotético.
e) enigmático.
32 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples
informação, depende de muita coisa além do valor que ele possa ter. Depende
do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da
finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um
compêndio de ginásio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um
livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades
profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao
máximo) e não com outro, independente da valia de ambos.
CANDIDO, Antonio. “Dez livros para entender o Brasil”. Teoria e debate. Ed. 45,
01/07/2000.
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) III.
e) I e III.
GABARITAGEO.COM.BR 33
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
34 GABARITAGEO.COM.BR
35. (Fuvest) Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos
linguísticos presentes no texto:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
GABARITAGEO.COM.BR 35
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
a) “alma”.
b) “impressões”.
c) “fazenda”.
d) “cobra”.
e) “saudade”.
36 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O OPERÁRIO NO MAR
Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama,
no discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas
mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem
comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no
corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão
firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas
árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O
operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens,
que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara
dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas
repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário?
Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu
irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu
próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo:
uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-
lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está
caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de
navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem
hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e
deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas
agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se
molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um
sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se
decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente
separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do
mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio
atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as
fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-
me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o
compreenderei?
GABARITAGEO.COM.BR 37
37. (Fuvest) Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do
texto, a única que NÃO está correta do ponto de vista da norma-padrão é:
Leia o texto:
38 GABARITAGEO.COM.BR
38. (Fuvest) O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive,
para indicar que ela:;
a) A, C e E.
b) B, C e D.
c) C, D e E.
d) A, B e E.
e) B, D e A.
39. (Fuvest) No trecho “nos precipitou na miséria moral inexorável” (ref. 1), a
palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto,
por:
a) inelutável.
b) inexequível.
c) inolvidável.
d) inominável.
e) impensável.
GABARITAGEO.COM.BR 39
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
40 GABARITAGEO.COM.BR
41. (Fuvest) De acordo com o texto, em relação às demais variedades do idioma,
a língua padrão se comporta de modo:
a) inovador.
b) restritivo.
c) transigente.
d) neutro.
e) aleatório.
Veja, 15/06/2011.
42. (Fuvest) Tendo em vista o contexto, a palavra do texto que sintetiza o teor da
acusação referida na entrevista é:
a) “usurpado”.
b) “detalhista”.
c) “fomentar”.
d) “litígios”.
e) “insanidade”.
GABARITAGEO.COM.BR 41
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à
feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV
não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora
apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não
encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A
ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia
para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e
do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre
de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei
o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as
pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.
a) habitualidade no passado.
b) simultaneidade em relação ao termo “ascensão”.
c) ideia de atemporalidade.
d) presente histórico.
e) anterioridade temporal em relação a “reino lusitano”.
44. (Fuvest) Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão
do verbo?
42 GABARITAGEO.COM.BR
45. (Fuvest) A única frase que segue as normas da língua escrita padrão é:
a) A janela propiciava uma vista para cuja beleza muito contribuía a mata no alto
do morro.
b) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-se para a universidade que você
se inscreveu.
c) Apesar do rigor da disciplina, militares se mobilizam no sentido de voltar a
cujos postos estavam antes de se licenciarem.
d) Sem pretender passar por herói, aproveito para contar coisas as quais fui
testemunha nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala.
e) Sem muito sacrifício, adotou um modo de vida a qual o permitia fazer o
regime recomendado pelo médico.
Fernando Sabino.
46. (Fuvest) No texto, o conectivo “se bem que” estabelece relação de:
a) conformidade.
b) condição.
c) concessão.
d) alternância.
e) consequência.
GABARITAGEO.COM.BR 43
47. (Fuvest) Neste trecho de uma carta de Fernando Sabino a Mário de Andrade,
o emprego de linguagem informal é bem evidente em:
44 GABARITAGEO.COM.BR
48. (Fuvest) No trecho “semelhante à de macacos”, fica subentendida uma
palavra já empregada na mesma frase. Um recurso linguístico desse tipo
também está presente no trecho assinalado em:
GABARITAGEO.COM.BR 45
PONTUAÇÃO
46 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
SINAL FECHADO
(...)
- Me perdoe a pressa,
é a alma dos nossos negócios...
- Oh, não tem de quê,
eu também só ando a cem...
(...)
- Tanta coisa que eu tinha a dizer,
mas eu sumi na poeira das ruas...
- Eu também tenho algo a dizer,
mas me foge à lembrança...
- Por favor, telefone, eu preciso beber
alguma coisa rapidamente...
- Pra semana...
- O sinal...
- Eu procuro você...
- Vai abrir! Vai abrir!
- Prometo, não esqueço...
- Por favor, não esqueça...
- Não esqueço, não esqueço...
- Adeus...
Paulinho da Viola.
GABARITAGEO.COM.BR 47
51. (Fuvest) As aspas marcam o uso de uma palavra ou expressão de variedade
linguística diversa da que foi usada no restante da frase em:
52. (Fuvest) As aspas foram usadas em "infovias" pela mesma razão por que foram
usadas em:
48 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
a) citação.
b) explicação.
c) enumeração.
d) gradação.
e) concessão.
GABARITAGEO.COM.BR 49
54. (Fuvest) Os sinais de Pontuação foram bem utilizados em:
55. (Fuvest) Das frases adiantes, a única inteiramente de acordo com as normas
gramaticais é:
50 GABARITAGEO.COM.BR
56. (Fuvest) Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas maneiras
diferentes.
I - Ouvi dizer de certa cantora que era um elefante que engolira um rouxinol.
Ouvi dizer de certa cantora, que era um elefante, que engolira um rouxinol.
II - A versão apresentada à imprensa é evidentemente falsa.
A versão apresentada à imprensa é, evidentemente, falsa.
III - Os freios do Buick guincham nas rodas e os pneumáticos deslizam rente à
calçada.
Os freios do Buick guincham nas rodas, e os pneumáticos deslizam rente à
calçada.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
A transposição da frase acima para a voz ativa está corretamente indicada em:
a) Reconheceu-se a ferida como grave.
b) Reconheceu-se uma grave ferida.
c) Reconheceram a gravidade da ferida.
d) Reconheceu-se que era uma ferida grave.
e) Reconheceram como grave a ferida.
GABARITAGEO.COM.BR 51
58. (Fuvest) Assinalar a alternativa em que a acentuação e a pontuação estejam
corretas:
a) Multidão, cujo amor cobicei, até à morte, era assim que eu me vingava, às
vezes, de ti, deixava burburinhar em volta do meu corpo a gente humana sem
a ouvir como o Prometeu de Esquilo fazia aos seus verdugos.
b) Multidão cujo amor cobicei até à morte, era assim que eu me vingava as vezes
de ti, deixava burburinhar, em volta do meu corpo, a gente humana sem a
ouvir, como o Prometeu de Ésquilo, fazia aos seus verdugos.
c) Multidão, cujo amor cobicei até à morte; era assim que eu me vingava as vezes
de ti; deixava burburinhar em volta do meu corpo a gente humana; sem a ouvir
como o Prometeu de Esquilo fazia aos seus verdugos.
d) Multidão, cujo amor cobicei até à morte, era assim que eu me vingava às vezes
de ti; deixava burburinhar em volta do meu corpo a gente humana, sem a
ouvir, como o Prometeu de Ésquilo fazia aos seus verdugos.
e) Multidão, cujo amor cobicei até à morte, era assim que eu me vingava, às
vêzes, de ti, deixava burburinhar em volta do meu corpo, a gente humana, sem
a ouvir, como o Prometeu de Ésquilo fazia aos seus verdugos.
a) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre nosso povo, quando
uma pessoa vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe: "Gentes, quem
matou seus cachorrinhos?"
b) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me que entre nosso povo quando,
uma pessoa vê outra pessoa arrufada costuma perguntar-lhe: "Gentes, quem
matou seus cachorrinhos?"
c) Citando, o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre nosso povo, quando
uma pessoa vê outra pessoa arrufada costuma perguntar-lhe: "Gentes quem
matou seus cachorrinhos?"
d) Citando o dito da rainha de Navarra, ocorre-me que entre nosso povo, quando
uma pessoa vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe: "Gentes quem
matou seus cachorrinhos?"
e) Citando o dito, da rainha de Navarra, ocorre-me, que, entre nosso povo,
quando uma pessoa, vê outra pessoa arrufada, costuma perguntar-lhe:
"Gentes, quem matou seus cachorrinhos?"
52 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
17 DE JULHO
GABARITAGEO.COM.BR 53
se havia de curar do, tédio que sentia, e explicava-se por figura: "Não é a
tempestade que me aflige, é o enjoo do mar. "Viúva minha, o que tu queres
realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia
ainda é longa, - porque a tua idade está entre trinta e dous e trinta e oito anos, -
o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse
mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era
justamente a solidão, "a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego".
Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos
um companheiro que uma companhia.
54 GABARITAGEO.COM.BR
FIGURAS DE LINGUAGEM
61. (Fuvest)
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo “sertão” deve ser
compreendido como
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão existente na região
Nordeste do país.
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, que identificam o
sertão com a presença dos pinheiros.
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, tal como foi
encontrada pelos bandeirantes no século XVII.
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do concreto e das
construções.
e) generalização do ambiente rural, independentemente das características de
sua vegetação.
GABARITAGEO.COM.BR 55
62. (Fuvest) Examine esta propaganda.
a) lícito e bom.
b) aceito e regulado.
c) requintado e excepcional.
d) viável e interessante.
e) jurídico e autorizado.
56 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÍXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
Capítulo CVII
Bilhete
“Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa; está muito sério e não fala;
agora saiu. Sorriu uma vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito tempo,
carrancudo. Não me tratou mal nem bem. Não sei o que vai acontecer; Deus
queira que isto passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.”
Capítulo CVIII
Que se não entende
GABARITAGEO.COM.BR 57
64. (Fuvest) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto
alimentício:
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa.
Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos
saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis.
58 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Tia Tula, que achava
que mormaço fazia mal, sempre gritava: “Vem pra dentro, menino, olha o
mormaço!” Mas eu ouvia o mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim,
era um velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio
que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo com estes olhos o Sr.
Clamor Público, magro, arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com
um gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguição.
E já estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos, quando
me fui, com um grupo de colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da
ponte Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os presidentes
Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que fomos alojados os do meu grupo
num casarão que creio fosse a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e
Argentina. Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre as
camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os alegres incômodos e
duvidosos encantos de uma coletividade democrática. Pois lá pelas tantas da
noite, como eu pressentisse, em meu entredormir, um vulto junto à minha cama,
sentei-me estremunhado* e olhei atônito para um tipo de chiru*, ali parado, de
bigodes caídos, pala pendente e chapéu descido sobre os olhos. Diante da
minha muda interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
- Pois é! Não vê que eu sou o sereno...
* Glossário:
estremunhado: mal acordado.
chiru: que ou aquele que tem pele morena, traços acaboclados (regionalismo:
Sul do Brasil).
65. (Fuvest) Considerando que “silepse é a concordância que se faz não com a
forma gramatical das palavras, mas com seu sentido, com a ideia que elas
representam”, indique o fragmento em que essa figura de linguagem se
manifesta.
a) “olha o mormaço”.
b) “pois devia contar uns trinta anos”.
c) “fomos alojados os do meu grupo”.
d) “com os demais jornalistas do Brasil”.
e) “pala pendente e chapéu descido sobre os olhos”.
GABARITAGEO.COM.BR 59
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
60 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
a) "vestindo água".
b) "ruge o rio".
c) "poço doido".
d) "filho do fundo".
e) "fora de hora".
GABARITAGEO.COM.BR 61
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria
revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor
assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos,
nós nos sentimos parecidos e iguais; 1nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não
porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos
une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável
e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.
Tudo se transforma, tudo varia - o amor, o ódio, o egoísmo. 2Hoje é mais
amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, 3levando as
coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações
cada vez maior, o amor da rua.
68. (Fuvest) Em "nas cidades, nas aldeias, nos povoados" (ref. 1), "hoje é mais
amargo o riso, mais dolorosa a ironia" (ref. 2) e "levando as coisas fúteis e os
acontecimentos notáveis" (ref. 3), ocorrem, respectivamente, os seguintes
recursos expressivos:
62 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com
o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas
com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava,
e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso
errado que fiz de uma palavra no último "Quarto de Badulaques". Acontece que
eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em "varreção" -
do verbo "varrer". De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular,
poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua
portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário
(...). O certo é "varrição", e não "varreção". Mas estou com medo de que os mineiros
da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de "varrição". E se eles
rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário
(...). Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá
nas montanhas de Minas Gerais, fala "varreção", quando não "barreção". O que
me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o
que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre
ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.
Rubem Alves
http://rubemalves.uol.com.br/quartodebadulaques
69. (Fuvest) "Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre
que o prato está rachado."
GABARITAGEO.COM.BR 63
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
70. (Fuvest) O que Pedro Nava afirma no final do texto ajuda a compreender o
título do livro "Esquecer para lembrar", de Carlos Drummond de Andrade, título
que contém:
64 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
o Kramer apaixonou-se por uma corista que se chamava Olga. por algum motivo
nunca conseguiam encontrar-se. ele gritava passando pela casa de Olga,
manhãzinha (ela dormia): Olga, Olga, hoje estou de folga! mas nunca se viam e
penso que ele sabia que se efetivamente se deitasse com ela o sonho terminaria.
sábio Kramer. nunca mais o vi. há sonhos que devem permanecer nas gavetas,
nos cofres, trancados até o nosso fim. e por isso passíveis de serem sonhados a
vida inteira.
OBSERVAÇÕES:
O emprego sistemático de minúscula na abertura de período é opção estilística
da autora.
Corista = atriz/bailarina que figura em espetáculo de teatro musicado.
71. (Fuvest) No trecho "há sonhos que devem permanecer nas gavetas, nos cofres,
trancados até o nosso fim.", o recurso de estilo que não ocorre é a:
a) redundância.
b) inversão.
c) gradação.
d) metáfora.
e) enumeração.
GABARITAGEO.COM.BR 65
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
“- Assim, pois, o sacristão da Sé, um dia, ajudando a missa, viu entrar a dama, que
devia ser sua colaboradora na vida de D. Plácida. Viu-a outros dias, durante
semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graça, pisou-lhe o pé, ao acender os
altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa
conjunção de luxúrias vadias brotou D. Plácida. É de crer que D. Plácida não
falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias:
- Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe
responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na
costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina,
adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste
agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho
e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que
te chamamos, num momento de simpatia".
72. (Fuvest) A palavra destacada no trecho "que devia ser sua colaboradora na
VIDA de D. Plácida" mantém uma relação sinonímica com a palavra DIA(S) em:
66 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O filme "Cazuza - O tempo não para" me deixou numa espécie de
felicidade pensativa. Tento explicar por quê. Cazuza mordeu a vida com todos
os dentes. A doença e a morte parecem ter-se vingado de sua paixão exagerada
de viver. É impossível sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o
que vale mais, a preservação de nossas forças, que garantiria uma vida mais
longa, ou a livre procura da máxima intensidade e variedade de experiências?
Digo que a pergunta se apresenta "mais uma vez" porque a questão é hoje
trivial e, ao mesmo tempo, persecutória. (...)
Obedecemos a uma proliferação de regras que são ditadas pelos
progressos da prevenção. Ninguém imagina que comer banha, fumar, tomar
pinga, transar sem camisinha e combinar, sei lá, nitratos com Viagra seja uma
boa ideia. De fato não é. À primeira vista, parece lógico que concordemos sem
hesitação sobre o seguinte: não há ou não deveria haver prazeres que valham
um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De
que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual
estou sentado?
Os jovens têm uma razão básica para desconfiar de uma moral prudente
e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos
suplementares. É que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a
gente se preocupará mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar
na corda bamba e sem rede não é apenas a inconsciência de quem pode
esquecer que "o tempo não para". É também (e talvez sobretudo) um
questionamento que nos desafia: para disciplinar a experiência, será que temos
outras razões que não sejam só a decisão de durar um pouco mais?
GABARITAGEO.COM.BR 67
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
68 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
(...) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos,
verdadeira dona da casa.
Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício;
mas afinal cedeu. Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si mesma. Ao
menos, é certo que não levantou os olhos para mim durante os primeiros dois
meses; falava-me com eles baixos, séria, carrancuda, às vezes triste. Eu queria
angariá-la, e não me dava por ofendido, tratava-a com carinho e respeito;
forcejava por obter-lhe a benevolência, depois a confiança. Quando obtive a
confiança, imaginei uma história patética dos meus amores com Virgília, um
caso anterior ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e não sei
que outros toques de novela. Dona Plácida não rejeitou uma só página da
novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seis
meses quem nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era minha
sogra.
Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, - os cinco contos
achados em Botafogo, - como um pão para a velhice. Dona Plácida agradeceu-
me com lágrimas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas as
noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no quarto. Foi assim que
lhe acabou o nojo.
GABARITAGEO.COM.BR 69
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Óbito do autor
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim,
isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto
o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a
adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda
é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
77. (Fuvest) A metáfora presente em "a campa foi outro berço" baseia-se:
70 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
78. (Fuvest) O número de sílabas métricas (ou poéticas) dos versos do excerto é
o mesmo do seguinte provérbio:
GABARITAGEO.COM.BR 71
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas
pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa de
metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais intensos
clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece
regozijar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas,
pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de
guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus
penachos brancos na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata
velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos
corações.
(Rubem Braga)
a) "... e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe."
b) "... mais intensos clarões lambem o quarto ..."
c) "Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa,
numa delicadeza de guache."
d) "Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus
penachos brancos na noite escura ... ."
e) "... é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar
de chuva."
72 GABARITAGEO.COM.BR
82. (Fuvest) A CATACRESE, figura que se observa na frase "Montou a cavalo no
burro bravo", ocorre em:
GABARITAGEO.COM.BR 73
84. (Fuvest) A prosopopeia, figura que se observa no verso "Sinto o canto da noite
na boca do vento", ocorre em:
74 GABARITAGEO.COM.BR
tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os
sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de
comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é
claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões
arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há
de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que
também possua. E há de ser instruído, para encher com as cousas do espírito as
longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de
Constantinopla.
7 Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tantos? O teu anúncio
lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante,
aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como
se havia de curar do, tédio que sentia, e explicava-se por figura: "Não é a
tempestade que me aflige, é o enjoo do mar. "Viúva minha, o que tu queres
realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia
ainda é longa, - porque a tua idade está entre trinta e dous e trinta e oito anos, -
o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse
mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era
justamente a solidão, "a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego".
Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos
um companheiro que uma companhia.
GABARITAGEO.COM.BR 75
85. (Fuvest) Entre os excertos a seguir, assinale aquele em que autor cria uma
metáfora de "vida".
76 GABARITAGEO.COM.BR
ENUNCIAÇÃO, TEXTO E DISCURSO
86. (Fuvest) Com base na leitura da obra A cidade e as serras, de Eça de Queirós,
publicada originalmente em 1901, é correto concluir que, nela, encontra-se:
a) o prenúncio de uma consciência ecológica que iria eclodir com força somente
em finais do século XX, mas que, nessa obra, já mostrava um sentido visionário,
inspirado pela invenção dos motores a vapor.
b) uma concepção de hierarquia civilizacional entre as regiões do mundo, na
qual, a Europa representaria a modernidade e um modelo a seguir, e a
América, o atraso e um modelo a ser evitado.
c) a construção de uma associação entre indivíduo e divindade, já que, no livro,
a natureza é, fundamentalmente, símbolo de uma condição interior a ser
alcançada por meio de resignação e penitência.
d) a manifestação de um clima de forte otimismo, decorrente do fim do ciclo
bélico mundial do século XIX, que trouxe à tona um anseio de modernização
de sociedades em vários continentes.
e) uma valorização do meio rural e de modos de vida a ele associados, nostalgia
típica de um momento da história marcado pela consolidação da
industrialização e da concentração da maior parte da população em áreas
urbanas.
GABARITAGEO.COM.BR 77
87. (Fuvest) Terça é dia de Veneza revelar as atrações de seu festival anual, cuja
77ª edição começa no dia 2 de setembro, com a dramédia “Lacci”, do romano
Daniele Luchetti, seguindo até 12/9, com 50 produções internacionais e uma
expectativa (extraoficial) de colocar “West Side Story”, de Steven Spielberg, na
ribalta.
a) “deleitura” e “namorido”.
b) “passatempo” e “microvestido”.
c) “hidrelétrica” e “sabiamente”.
d) “arenista” e “girassol”.
e) “planalto” e “multicor”.
78 GABARITAGEO.COM.BR
88. (Fuvest)
GABARITAGEO.COM.BR 79
89. (Fuvest) O feminismo negro não é uma luta meramente identitária, até
porque branquitude e masculinidade também são identidades. Pensar
feminismos negros é pensar projetos democráticos. Hoje afirmo isso com muita
tranquilidade, mas minha experiência de vida foi marcada pelo incômodo de
uma 1incompreensão fundamental. 2Não que eu buscasse respostas para tudo.
Na maior parte da minha infância e adolescência, 3não tinha consciência de
mim. Não sabia por que 4sentia vergonha de levantar a mão quando a professora
fazia uma pergunta já supondo que eu não saberia a resposta. 5Por que eu ficava
isolada na hora do recreio. Por que os meninos diziam na minha cara que não
queriam formar par com a “neguinha” na festa junina. Eu me sentia estranha e
inadequada, e, na maioria das vezes, fazia as coisas no automático, 6me
esforçando para não ser notada.
80 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
GABARITAGEO.COM.BR 81
92. (Fuvest) Examine o anúncio.
ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.
82 GABARITAGEO.COM.BR
93. (Fuvest) De acordo com o texto, o “mito político”:
GABARITAGEO.COM.BR 83
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
84 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro
Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da
linguagem primeira, aplique-se com afinco e faça com que sua criatividade
orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar
mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a
fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de
blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as
normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de
fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.
GABARITAGEO.COM.BR 85
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Examine este cartum para responder à(s) questão(ões) a seguir.
97. (Fuvest) Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale,
entre outros, do seguinte recurso:
86 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
A ARMA DA PROPAGANDA
GABARITAGEO.COM.BR 87
98. (Fuvest) A estratégia de dominação empregada pelo governo Médici, tal
como descrita no texto, assemelha-se, sobretudo, à seguinte recomendação
feita ao príncipe – ou ao governante – por um célebre pensador da política:
a) “Deve o príncipe fazer-se temer, de maneira que, se não se fizer amado, pelo
menos evite o ódio, pois é fácil ser ao mesmo tempo temido e não odiado”.
b) “O mal que se tiver que fazer, deve o príncipe fazê-lo de uma só vez; o bem,
deve fazê-lo aos poucos (...)”.
c) “Não se pode deixar ao tempo o encargo de resolver todas as coisas, pois o
tempo tudo leva adiante e pode transformar o bem em mal e o mal em bem”.
d) “Engana-se quem acredita que novos benefícios podem fazer as grandes
personagens esquecerem as antigas injúrias (...)”.
e) “Deve o príncipe, sobretudo, não tocar na propriedade alheia, porque os
homens esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio”.
100. (Fuvest) Nos trechos “acabou com o primeiro setor” (ref. 1) e “alcançar
praticamente o controle do setor” (ref. 2), a palavra sublinhada refere-se,
respectivamente, a:
a) aliados; população.
b) adversários; telecomunicações.
c) população; residências urbanas.
d) maiorias; classe média.
e) repressão; facilidades de crédito.
88 GABARITAGEO.COM.BR
101. (Fuvest) Examine a figura.
a) Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
b) As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
c) Um silvo breve. Atenção, siga.
Dois silvos breves: Pare.
Um silvo breve à noite: Acenda a lanterna.
Um silvo longo: Diminua a marcha.
Um silvo longo e breve: Motoristas a postos.
(A este sinal todos os motoristas tomam lugar nos
seus veículos para movimentá-los imediatamente.)
d)
e) Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
GABARITAGEO.COM.BR 89
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples
informação, depende de muita coisa além do valor que ele possa ter. Depende
do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da
finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um
compêndio de ginásio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um
livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades
profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao
máximo) e não com outro, independente da valia de ambos.
CANDIDO, Antonio. “Dez livros para entender o Brasil”. Teoria e debate. Ed. 45,
01/07/2000.
90 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
TEXTO PARA A(S) PRÍXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
Capítulo CVII
Bilhete
“Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa; está muito sério e não fala;
agora saiu. Sorriu uma vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito tempo,
carrancudo. Não me tratou mal nem bem. Não sei o que vai acontecer; Deus
queira que isto passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.”
Capítulo CVIII
Que se não entende
GABARITAGEO.COM.BR 91
103. (Fuvest) Atente para o excerto, considerando-o no contexto da obra a que
pertence. Nele, figura, primeiramente, o bilhete enviado a Brás Cubas por Virgília,
na ocasião em que se torna patente que o marido da dama suspeita de suas
relações adúlteras. Segue-se ao bilhete um comentário do narrador (cap. CVIII).
Feito isso, considere a afirmação que segue:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
92 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O OPERÁRIO NO MAR
Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama,
no discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas
mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem
comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no
corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão
firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas
árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O
operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens,
que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara
dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas
repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário?
Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu
irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu
próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo:
uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-
lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está
caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de
navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem
hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e
deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas
agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se
molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um
sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se
decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente
separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do
mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio
atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as
fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-
me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o
compreenderei?
GABARITAGEO.COM.BR 93
105. (Fuvest) Atente para as seguintes afirmações relativas ao texto de
Drummond, considerado no contexto da obra a que pertence:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
94 GABARITAGEO.COM.BR
106. (Fuvest) Examine as seguintes afirmações relativas a romances brasileiros do
século XIX, nos quais a escravidão aparece e, em seguida, considere os três livros
citados:
a) B, A, C.
b) C, A, B.
c) A, C, B.
d) B, C, A.
e) A, B, C.
GABARITAGEO.COM.BR 95
107. (Fuvest) Considere as seguintes comparações entre Vidas secas, de
Graciliano Ramos, e Capitães da areia, de Jorge Amado:
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
96 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto:
Ora nesse tempo Jacinto concebera uma ideia... Este Príncipe concebera
a ideia de que o “homem só é superiormente feliz quando é superiormente
civilizado”. E por homem civilizado o meu camarada entendia aquele que,
robustecendo a sua força pensante com todas as noções adquiridas desde
Aristóteles, e multiplicando a potência corporal dos seus órgãos com todos os
mecanismos inventados desde Teramenes, criador da roda, se torna um
magnífico Adão, quase onipotente, quase onisciente, e apto portanto a recolher
[...] todos os gozos e todos os proveitos que resultam de Saber e Poder... [...]
Este conceito de Jacinto impressionara os nossos camaradas de cenáculo,
que [...] estavam largamente preparados a acreditar que a felicidade dos
indivíduos, como a das nações, se realiza pelo ilimitado desenvolvimento da
Mecânica e da erudição. Um desses moços [...] reduzira a teoria de Jacinto [...] a
uma forma algébrica:
Suma ciência
= Suma felicidade
Suma potência
a) simplicidade.
b) abnegação.
c) virtude.
d) despreocupação.
e) servidão.
GABARITAGEO.COM.BR 97
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
Leia o texto:
CAPÍTULO LXXI
O senão do livro
Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho
que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo
sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho,
cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo,
porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o
livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente,
e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda,
andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam
e caem...
E caem! — Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como
quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima
de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir,
também não deixa olhos para chorar... Heis de cair.
98 GABARITAGEO.COM.BR
110. (Fuvest) Nas primeiras versões das Memórias póstumas de Brás Cubas,
constava, no final do capítulo LXXI, aqui reproduzido, o seguinte trecho,
posteriormente suprimido pelo autor:
As duas palavras que aparecem no final desse trecho, no lugar dos espaços
pontilhados, podem servir para qualificar, de modo figurado, a mescla de
tonalidades estilísticas que caracteriza o capítulo e o próprio livro. Preenchem
de modo mais adequado as lacunas as palavras:
a) ocaso e invernia.
b) Finados e ritual.
c) senzala e cabaré.
d) cemitério e carnaval.
e) eclipse e cerração.
111. (Fuvest) Um leitor que tivesse as mesmas inclinações que as atribuídas, pelo
narrador, ao leitor das Memórias póstumas de Brás Cubas teria maior
probabilidade de impacientar-se, também, com a leitura da obra:
GABARITAGEO.COM.BR 99
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES:
Leia o texto
Revelação do subúrbio
100 GABARITAGEO.COM.BR
113. (Fuvest) Considerados no contexto, dentre os mais de dez verbos no presente,
empregados no poema, exprimem ideia, respectivamente, de habitualidade e
continuidade:
a) “gosto” e “repontam”.
b) “condensa” e “esforça”.
c) “vou” e “existe”.
d) “têm” e “devolve”.
e) “reage” e “luta”.
a) personificação.
b) paradoxo.
c) eufemismo.
d) sinestesia.
e) silepse.
a) bucólico.
b) popular.
c) interiorano.
d) saudosista.
e) familiar.
GABARITAGEO.COM.BR 101
116. (Fuvest) Segundo o crítico e historiador da literatura Antonio Candido de
Mello e Souza, justamente na década que presumivelmente corresponde ao
período de elaboração do livro a que pertence o poema, o modo de se conceber
o Brasil havia sofrido “alteração marcada de perspectivas”.
102 GABARITAGEO.COM.BR
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
GABARITAGEO.COM.BR 103
118. (Fuvest) Depreende-se do texto que uma determinada língua é um:
Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à
feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV
não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora
apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não
encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A
ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia
para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e
do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre
de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei
o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as
pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.
104 GABARITAGEO.COM.BR
119. (Fuvest) Infere-se da leitura desse texto que Portugal não foi uma potência
colonizadora como a antiga Grécia, porque seu:
A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe
desde há muito tempo.
Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos
jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas
persistente.
Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e
tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes,
subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão
racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como
funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade,
diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e
alienação.
a) concentrado.
b) invertido.
c) fantasioso.
d) compartimentado.
e) latente.
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São
Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado.
106 GABARITAGEO.COM.BR
Gabarito: MORFOLOGIA
Resposta da questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
[A]
A expressão “de fato” constitui uma locução adverbial de afirmação que pode
ser substituída por “sem dúvida”, “com certeza” ou “realmente”. Assim, é correta
a opção [A], pois a locução conjuntiva “deste modo” expressa conclusão, como
“por conseguinte”, “por isso” ou “portanto”.
Resposta da questão 4:
[A]
GABARITAGEO.COM.BR 107
Resposta da questão 5:
[A]
Resposta da questão 6:
[E]
O sentido do prefixo “oni” é aplicado de forma denotativa nos dois casos, dando
o sentido de “todo”.
Resposta da questão 7:
[D]
Apenas a opção [D] é correta, já que a vírgula assinala a elipse da locução “deverá
se fazer”. As demais são inadequadas, pois
Resposta da questão 8:
[C]
108 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 9:
[C]
GABARITAGEO.COM.BR 109
Resposta da questão 13:
[C]
110 GABARITAGEO.COM.BR
Gabarito: MORFOSSINTAXE
A polissemia do verbo “tomar” instaura o humor, pois foi usado pelo menino
como sinônimo de ingerir medicamento e, por Mafalda, como buscar forma de
se distanciar do incômodo, gerando a quebra de expectativa. Assim, é correta a
opção [A].
É correta a opção [C], pois em “Seu carisma seduziu a editora DC Comics, que
impôs o acréscimo de um quadrinho.” (ref. 8), o vocábulo “que” exerce função
sintática de sujeito da oração, como “seus pais” em “Assim decidiram e
desenharam seus pais” (ref.6). Os termos transcritos em [A], [B], [D] e [E]
desempenham função de predicativo do sujeito, objeto direto, objeto direto e
predicativo do sujeito, respectivamente.
GABARITAGEO.COM.BR 111
Resposta da questão 26:
[C]
Em [B], [C], [D] e [E], as orações apresentam sujeito agente: elíptico (ele), simples
(o refém), indeterminado (eles) e simples (o major), respectivamente. Apenas a
oração em [A], embora o verbo esteja na voz ativa, não apresenta sujeito agente,
já que “o carro” não pratica a ação de furar o pneu.
112 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 31:
[C]
O termo “Ipiranga”, formado pela junção de “y” (rio) mais “pyrang” (vermelho),
tem origem indígena, assim como “mandioca”, planta bastante usada na sua
alimentação. Assim, é correta a opção [C].
[I] Verdadeiro. Tanto o registro culto (por exemplo, “um compêndio de ginásio”)
quando o informal (“não passa de chuva no molhado”) estão presentes no
trecho, apesar do predomínio do primeiro;
[II] Verdadeiro. O paralelismo sintático, de sentido didático, está presente em
“Para quem pouco leu e pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a
fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante não passa de
chuva no molhado.”
[III] Falso. Não há ocorrência de vocabulário científico ou presença intensiva de
referências a textos exteriores ao escrito.
GABARITAGEO.COM.BR 113
Resposta da questão 35:
[D]
A alternativa [A] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “ir” exige
preposição “a” ou “para”; a substituição, portanto, é válida.
A alternativa [B] está correta segundo a norma-padrão, uma vez que a
substituição emprega o objeto indireto pleonástico: o pronome pessoal do caso
oblíquo “lhe” tem como referente “ao operário”.
A alternativa [C] está correta segundo a norma-padrão, pois o verbo “chamar”, no
sentido de “nomear” pode apresentar tanto a transitividade direta quanto a
indireta.
A alternativa [D] também segue a norma-padrão, pois o verbo no infinitivo aceita
a próclise, caso seja precedido de preposição.
A alternativa [E] não segue a norma-padrão, pois, apesar de o verbo estar
conjugado no futuro (o que obrigaria o emprego da mesóclise), há ocorrência de
partícula atrativa (“um dia”: locução adverbial).
114 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 38:
[A]
GABARITAGEO.COM.BR 115
Resposta da questão 42:
[A]
Na frase “O surto marítimo que enche sua história do século XV”, o presente do
indicativo é usado para dar mais vivacidade ao texto e realçar os acontecimentos
que estão sendo descritos. Trata-se do presente histórico, processo de
dramatização linguística que transporta fatos do passado para a atualidade.
A vírgula aparece para marcar a omissão do verbo ser em: “os direitos, reais.”
116 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 47:
[E]
Gabarito: PONTUAÇÃO
GABARITAGEO.COM.BR 117
Resposta da questão 55:
[E]
118 GABARITAGEO.COM.BR
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
O termo “legal” pode ser lido, no contexto da propaganda, como algo que diz
respeito ao que segue a lei, lícito, ou que é benéfico, ou seja, bom. Assim, é
correta a opção [A].
GABARITAGEO.COM.BR 119
Resposta da questão 65:
[C]
Se não fosse utilizado o recurso da silepse, a frase da questão “c” ficaria assim:
“foram alojados os do meu grupo.
A palavra apólice, no trecho em questão, foi utilizada não no seu sentido literal.
Foi utilizada para representar as quatro palavras de louvor destinadas ao
personagem.
120 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 73:
[D]
GABARITAGEO.COM.BR 121
Resposta da questão 83:
[B]
122 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 88:
[C]
A planta, embora mais frágil que a bota, tem a capacidade de renascer, o que a
torna resistente e capaz de vencer quem a esmaga. Sob esta perspectiva, o
ditado popular “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, transcrito
em [B], relaciona-se com a ideia da persistência da luta do oprimido até a vitória
sobre o opressor.
GABARITAGEO.COM.BR 123
Resposta da questão 92:
[B]
124 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 96:
[E]
Na opção [B], a recomendação de que o mal deve ser feito de forma rápida pode
ser associada à repressão que o governo Médici efetuou contra os adversários do
regime. Assim, como o bem, que deve ser feito de forma gradual, à estratégia de
manipulação de massas através do acesso às redes de telecomunicação e
incitação a sentimentos nacionalistas na Copa de 70.
GABARITAGEO.COM.BR 125
Resposta da questão 100:
[B]
Antonio Candido entende que um livro será recebido pelo leitor conforme o
contexto vivido por este, principalmente ao afirmar que o efeito do livro
“Depende do momento da vida em que o lemos”.
126 GABARITAGEO.COM.BR
da escrita, ao modo como o leitor deveria recepcionar as palavras de Virgília,
incitando-o inclusive a relacionar a cena com Shakespeare.
[I] Verdadeiro. Ao afirmar que o operário “Não tem blusa. No conto, no drama, no
discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul (...)”, o poeta critica o
senso comum de a literatura, até então, retratar o desconforto do operário por
meio de sua vestimenta.
[II] Verdadeiro. O operário é constantemente caracterizado de forma dual e
antitética; por exemplo, o poeta afirma que “Esse é um homem comum” e,
em seguida, comenta que o operário “Agora está caminhando no mar. Eu
pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios.”
[III] Verdadeiro. A menção a um ato extraordinário como caminhar sobre as
águas sugere que o operário seja a esperança para um novo contexto, assim
como ocorre em outros poemas de Sentimento do mundo.
GABARITAGEO.COM.BR 127
na passagem em que é descrito fradinho como um sangrador em um navio
negreiro. O tráfico de escravos é considerado uma atividade rotineira, sem
apresentar julgamentos sobre a escravidão no Brasil.
[III] Identificamos a obra Memórias póstumas de Brás Cubas, na qual
encontramos uma passagem que registra a violência que o protagonista aplica
no escravo da família. Mais tarde, essa violência é reproduzida por Prudêncio em
seu próprio escravo.
A equação elaborada por Jacinto, durante o período que vivia em Paris, para
sintetizar a felicidade, torna-se ao fim do romance uma equação que resultava
em servidão ou dependência, já que o protagonista percebe que era como um
escravo da tecnologia, que deveria torná-lo feliz.
128 GABARITAGEO.COM.BR
Resposta da questão 109:
[C]
GABARITAGEO.COM.BR 129
Resposta da questão 113:
[C]
O verbo ir, flexionado na primeira pessoa “vou”, indica a ideia de ação habitual
do eu lírico, ou seja, que é realizada com certa frequência. Já o verbo existir no
poema expressa um estado contínuo, que perdura ao tempo.
130 GABARITAGEO.COM.BR
introduzida no segundo período pela conjunção coordenativa adversativa “mas”.
O terceiro, formado essencialmente por orações subordinadas (concessiva e
causal), constitui a exemplificação, que levam à conclusão coerente sobre a
particularidade da variedade padrão. Assim, são corretas as afirmativas II, III e IV,
como se aponta em [E].
O autor afirma nos primeiro e segundo períodos que a questão racial “existe há
muito tempo”, “modifica-se” e “reitera-se continuamente”, fatores que
constituem a base do “enigma” referido no texto.
GABARITAGEO.COM.BR 131
Resposta da questão 122:
[D]
132 GABARITAGEO.COM.BR