Psicologia Coremu Fap2018
Psicologia Coremu Fap2018
Psicologia Coremu Fap2018
LINGUA PORTUGUESA
QUESTÃO 1
Leia o texto a seguir:
Fonte: https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/moradora-do-df-deixa-carro-aberto-e-
encontra-bilhete-de-homem-que-o-fechou/. Acesso 1 abr 2018.
O bilhete é um gênero textual, ou seja, um texto que permite que possamos nos
comunicar e interagir com outras pessoas através deles. Em grande parte das vezes,
utiliza uma linguagem informal e próxima da oralidade, pouco atenta com a rigidez da
chamada norma culta.
Um exemplo claro do uso dessa linguagem informal presente no texto está
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QUESTÃO 2
Leia o cartum abaixo.
FONTE:
LINIERS, Ricardo. Online: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2016/01/20-tirinhas-
sobre-paixao-por-livros.html. Acesso 1 abr 2018.
A expressão “às vezes” utilizada na frase acima poderia ser substituída, sem que se perca
o sentido original, por
(A) quando
(B) todas as vezes
(C) ocasionalmente
(D) nunca
(E) sobretudo
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QUESTÃO 3
Leia o causo abaixo:
E o caipira...
– Pois intão, dotô. Num era naturar que ele morresse?
(Boldrin, Rolando. Empório Brasil. São Paulo: Clube do Livro / Melhoramentos, 1988, p. 140.)
II. O caipira usa o termo morte natural na acepção pragmática, ou seja, é esperado e
previsível que alguém que receba 15 facadas venha a morrer.
III. O choque entre as duas acepções para morte natural, no diálogo, produz efeito
cômico.
IV. A coerência entre as duas acepções para morte natural, no diálogo, produz efeito
trágico.
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QUESTÃO 4
Leia o poema abaixo:
bochechas
(A) Chochas.
(B) Rechonchudas.
(C) Rosas.
(D) Secas.
(E) Murchas.
QUESTÃO 5
Leia o verso da canção abaixo para responder a questão:
(A) Traz três marmitexs aos irmão que tão com fome.
(B) Aos irmãos com muita fome desce três marmitex.
(C) Para os irmãos com tanta fome desce três marmitex.
(D) Para os irmãos que estão com fome, traga três marmitex.
(E) Traz três marmitex para os irmãos tão com fome.
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QUESTÃO 6
Homo cada vez mais Sapiens
Dizia meu pai: o homem não é perfeito, porém perfectível. Esta frase sempre me animou
entre o fígado e a alma, como a aproximação do elfo filipino ao desabar do céu, para me
oferecer um guarda-chuva retrátil a preço de ocasião. Ao cabo deste tormentoso 2015,
tiro os olhos do contingente e encaro o imanente.
Ou, por outra, permito-me perlustrar mais de 5 mil anos de história, dos povos
mesopotâmicos em diante. Pelos caminhos da perfectibilidade, a humanidade progrediu
extraordinariamente. Por exemplo, inventou a válvula Hydra. Nem se fale dos avanços
tecnológicos mais recentes, a começar pelo computador, instrumento providencial,
disposto a assumir a nossa própria personalidade ao nos engolir no estilo sucuri, quer
dizer, sem mastigar a presa. A maioria dos usuários do computador já foi jantada, desde
os anciãos até as crianças, o que me alegra sobremaneira.
Penso no futuro, nas prodigiosas consequências disso tudo para o cérebro humano, sem
descurar da decisiva contribuição do celular, apanágio indispensável ao Homo Sapiens,
na acepção correta da expressão, com instrução facilitada desde os primeiros passos na
vida, alocado o aparelho já no berço. Sapiens mesmo, enfim, ora viva. Avanço irreversível,
macro e micro. Deste ponto de vista, sugiro, a quem as possuir, jogar no lixo as
enciclopédias de qualquer origem para valer-se exclusivamente da sabedoria
cosmogônica da Wikipédia.
Aqui me abalo a fazer algumas propostas com o intuito de apressar o progresso, ou seja,
o ritmo da perfectibilidade. O assunto é cultura. Sugestões em ordem esparsa, sem
hierarquizá-las ao sabor da sua importância, ou urgência. A seguinte, de todo modo,
haveria de ser priorizada: convoque-se Paulo Coelho para reescrever a Divina Comédia.
Coelho dispõe da natural capacidade de captar a transcendência, de desvendar o mistério
a pairar entre Céu e Terra, insondável à vã filosofia das mentes comuns. Do túmulo, Dante
Alighieri agradece.
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melhorá-la. Por exemplo, ao transferir Hollywood para as margens da Lagoa Rodrigo de
Freitas.
O texto acima apresenta uma série de argumentos que revelam o progresso humano ao
longo de vários séculos de História. Indique a seguir a alternativa correta que
corresponde a um desses argumentos.
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QUESTÃO 7
Leia a canção de Aldir Blanc e João Bosco:
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
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Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...(2x)
Tá lá o corpo
Estendido no chão.
FONTE: https://www.letras.mus.br/joao-bosco/46513/. Acesso 20 mar 2018.
(E) a opção dos criadores em acelerar o ritmo da fala durante a execução da canção.
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QUESTÃO 8
Leia os textos a seguir:
TEXTO 1
Altas emissões de CO2 estão deixando os oceanos ácidos, o que pode extinguir espécies.
A poluição nos oceanos, causada por seres humanos, está deixando as águas ácidas tão
rapidamente que, nas próximas décadas, é possível que sejam recriadas as condições da
época em que os dinossauros ainda viviam. Segundo o diário britânico The Guardian, o
alerta será feito por cientistas da Bristol University, durante um encontro de especialistas
em clima na cidade de Copenhagen, Dinamarca, que começa nesta terça-feira (10/03). A
acidificação dos mares está sendo provocada pela elevada quantidade de gás carbônico
lançada por chaminés e escapamentos, que se dissolvem no oceano. A mudança química
em curso está fazendo uma pressão sem precedentes na vida marinha e pode causar
extinções generalizadas, segundo os especialistas.
Os organismos mais atingidos devem ser aqueles que possuem carapaças formadas por
cálcio, a exemplo das lagostas. Para os estudiosos, a situação no fundo dos oceanos é
ainda mais preocupante. Eles compararam os níveis de acidificação atual com a liberação
pré-histórica de gases do efeito estufa (o que é consenso entre os geologistas de ser a
causa da destruição em massa de espécies de águas profundas na época), e concluíram
que a situação está caminhando para um fim semelhante.
A pesquisa da Bristol University é uma das primeiras a prever as consequências das águas
ácidas baseando-se em eventos passados - e os dados devem ser revelados com mais
detalhes nos próximos dias. De acordo com os cientistas britânicos, se a acidificação no
fundo do mar ultrapassar 0,2 unidade de pH (indicador que aponda a acidez ou a
neutralidade de uma substância), os efeitos danosos não poderão ser evitados. O pH na
superfície da água, onde o gás carbônico é absorvido da atmosfera, caiu 0,1 unidade de
ph desde a revolução industrial, e a ideia é de que não leve muito tempo para que a
acidez alcance as águas profundas. Segundo os especialistas que estarão presentes no
evento desta semana, em Copenhagen, a acidificação já está afetando a vida marinha no
Ártico e na Antártida.
O encontro irá ainda atualizar a publicação de 2007 feita pelo IPCC, o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Na ocasião, será revelado se as projeções
feitas à época sobre a elevação do nível dos oceanos foram subestimadas e se o aumento
da temperatura global pode ser limitada a 2ºC.
FONTE: http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1697314-
1641,00.html. Acesso 20 mar 2018.
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TEXTO 2
(A) estabelecem uma relação de oposição, já que tratam do tema a partir de pontos de
vista conflitantes entre si.
(B) são complementares, uma vez que, além de abordarem um mesmo tema, reforçam
ideias sobre o impacto da ação humana sobre o meio ambiente.
(C) são redundantes por tratarem de um único assunto a partir de uma perspectiva
científica baseada em análises de prestigiosos centros de pesquisa voltados à
avaliação dos males causados para o meio ambiente pelo homem contemporâneo.
(D) estabelecem uma relação de discordância, pois, ao passo que o primeiro texto
busca apresentar elementos científicos como fundamentação de seu ponto de
vista, o segundo apenas ilustra a cena de uma praia poluída.
(E) são incompletos, pois não revelam para o leitor alternativas para resolver o
problema da poluição dos oceanos.
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MATEMÁTICA/RACIOCÍNIO LÓGICO
QUESTÃO 9
Sabendo-se que sentenças são orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara
algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito), considere os itens relacionados
abaixo:
1. O número é um objeto matemático.
2. Operações numéricas.
3. A matemática é misteriosa.
4. A metade de um número.
5. A matemática é compreensível.
6. Um terço de um número.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens:
(A) 2, 4 e 6
(B) 1, 2 e 5
(C) 1, 2 e 6
(D) 3, 4 e 6
(E) 1, 3 e 5
QUESTÃO 10
Uma equipe de vendas possui 15 funcionários. Em um dia de trabalho, efetuaram 45
vendas de um determinado produto. No dia seguinte, houve contratação de novos
funcionários e a equipe aumentou para 25. Quantas vendas desse mesmo produto
esperaríamos obter se a proporção de vendas por funcionário for equivalente a do dia
anterior?
(A) 55
(B) 60
(C) 65
(D) 70
(E) 75
QUESTÃO 11
A diferença entre dois números naturais é 16, e a razão entre eles é 1/3. Portanto a
metade destes números é, respectivamente:
(A) 24 e 8
(B) 12 e 6
(C) 8 e 4
(D) 12 e 4
(E) 16 e 8
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QUESTÃO 12
Uma empresa prepara o relatório com a média salarial e a média da nota de avaliação
dos seus funcionários de forma separada por setor. O resultado do relatório foi elaborado
conforme a tabela abaixo:
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POLÍTICAS PÚBLICAS
QUESTÃO 13
No texto da Constituição da República Federativa do Brasil promulgado em 5 de outubro
de 1988, a Saúde é colocada como direito(s):
(A) Político, assim como o de direito pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos;
(B) Civil, assim como o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade;
(C) Social, assim como a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva;
(D) Civil, assim como o de direito pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos;
(E) Social, assim como os direitos a educação, a alimentação, o trabalho, dentre outros.
QUESTÃO 14
No Artigo 7º da Lei No. 8080/90, de 19 de setembro de 1990, o trecho “conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” está relacionado
ao princípio do/da:
(A) Universalidade de acesso;
(B) Integralidade de assistência;
(C) Direito à informação;
(D) Descentralização político-administrativa;
(E) Participação da comunidade.
QUESTÃO 15
De acordo com Cadernos de Atenção Básica, n. 39 de 2014, são princípios do Sistema
Único de Saúde e da Rede de Atenção à Saúde (RAS):
(A) As linhas de cuidado podem ser produzidas tanto intrasserviços quanto entre
serviços de saúde, sendo que podem partir de uma organização baseada em
conceitos previamente definidos, como as “linhas de cuidado programáticas”, ou
ser construídas a partir de situações concretas e singulares levando em
consideração os itinerários terapêuticos.
(B) As Redes de Atenção à Saúde são arranjos organizativos hierárquicos de ações e
serviços de saúde, de densidades tecnológicas dura, que, integram por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão e buscam garantir a integralidade
do cuidado
(C) As estruturas setorializadas tendem a tratar o cidadão e os problemas de forma
fragmentada, com serviços executados solitariamente, princípios fundamentais da
nova promoção da saúde.
(D) O Núcleo de Apoio a Saúde da Família deve sempre encaminhar sem indicação e
contribuir para os encaminhamentos necessários da Atenção Básica, exercendo sua
principal função, a de reguladora compartilhada com as equipes de Atenção Básica,
para o acesso ao CAPS, ao ambulatório de especialidades, aos centros de
reabilitação.
(E) A ideia de Redes Temáticas surgiram em 2011 com a intenção de substituir aos
poucos as linhas de cuidado e as redes de atenção em geral.
UNIFESP – FAP2018 13
QUESTÃO 16
Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e
gestores das três esferas de governo.
(A) I, II e IV
(B) I, III, IV e V
(C) I, II e V
(D) Apenas IV está correta
(E) I, II, III, IV e V
QUESTÃO 17
São formas de organizações que contribuem para o controle social no setor da Saúde:
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QUESTÃO 18
Com o aparecimento do Welfare State e a conquista dos direitos sociais pelo cidadão, o
Estado passa a ser a instituição que além de representar a sociedade, assegura o acesso
a esses direitos. Entretanto, com a aprovação da Emenda Constitucional nº 95 publicada
em 2016, institui-se um novo regime fiscal que congela os gastos públicos, nesse cenário
a saúde, considerado um direito humano básico e fundamental, sofre duramente um
ataque, trazendo graves consequências a todos os cidadãos. Como pode-se perceber a
relação entre Estado, Governo e Políticas Públicas tem sido complexa. Alguns
pesquisadores defendem que a melhor gestão pública pode ser realizada ao se colocar
em prática o ciclo das políticas públicas aliado ao controle social. Atualmente, o modelo
de análise de ciclo das políticas públicas mais utilizado apresenta como princípio uma
lógica de resolução de problemas. Assinale a alternativa que correlaciona corretamente
o estágio do ciclo político à sua etapa processual.
QUESTÃO 19
Maria de Fátima é gestora de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em uma região de
grande vulnerabilidade social. Para atingir os objetivos de promoção da saúde, prevenção
de doenças e melhoria do bem-estar ela tem estimulado os usuários da unidade a
participarem do conselho gestor e ações de saúde. Além disso, estimula a participação
social em outros setores importantes para as pessoas que vivem naquele território, como
cultura e educação. Assim, Maria de Fátima está contribuindo com os valores da Política
Nacional de Promoção da Saúde, que busca:
(A) Estimular a pesquisa, a produção e a difusão de experiências, conhecimentos e
evidências que apoiem a tomada de decisão.
(B) Apoiar a formação e a educação permanente em promoção da saúde para ampliar
o compromisso e a capacidade crítica e reflexiva dos trabalhadores de saúde.
(C) Identificar as diferenças nas condições e nas oportunidades de vida, buscando
alocar recursos e esforços para a redução das desigualdades injustas e evitáveis,
por meio do diálogo entre os saberes técnicos e populares.
(D) Adotar como princípios a equidade, a participação social, a autonomia, o
empoderamento, a intersetorialidade, a intrassetorialidade, a sustentabilidade, a
integralidade e a territorialidade.
(E) Considerar os espaços urbano e rural e identificar oportunidades de
operacionalização na lógica da promoção da saúde para ações e atividades
desenvolvidas nos distintos locais.
UNIFESP – FAP2018 15
QUESTÃO 20
A Política Nacional de Promoção da Saúde do Brasil, prevê temas transversais para a
formulação de agendas de promoção da saúde e para a adoção de estratégias em
consonância com os princípios e valores do Sistema Único de Saúde. Dentre esses temas
destaca-se a Promoção da cultura da paz e dos direitos humanos, que busca:
(C) Articular e mobilizar ações para redução do consumo abusivo de álcool e outras
drogas, com a corresponsabilização e autonomia da população, incluindo ações
educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais.
UNIFESP – FAP2018 16
PSICOLOGIA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
QUESTÃO 21
Analise, de acordo com as concepções de Basaglia, as afirmações abaixo acerca da
relação entre a psiquiatria e sua compreensão sobre os doentes mentais:
I. A psiquiatria não compareceu efetivamente, enquanto ciência, ao seu encontro
com a realidade das pessoas com doença mental, gerando como produto a
segregação social a essa população.
II. Mesmo com a assimetria entre a compreensão da ciência psiquiátrica e a realidade
objetiva das pessoas com doença mental, a psiquiatra continuou a elaborar suas
teorias de forma ideológica penalizando essa população, obrigando-os a arcar com
as consequências dessa ruptura.
III. Basaglia considerava a exclusão gerada, a partir da psiquiatria, o reflexo de um
modelo de sociedade vigente que negava e tentava anular suas próprias
contradições.
Assinale a alternativa correta:
(A) Todas as afirmativas estão corretas.
(B) Apenas a afirmativa I está correta.
(C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
(D) Apenas a afirmativa II está correta.
(E) Apenas afirmativa III está correta.
QUESTÃO 22
Para Basaglia, a doença mental, enquanto condição comum, assume significados
concretamente distintos segundo o nível social da pessoa doente. Baseado nessa
afirmação, leia as afirmações a seguir:
I. Para Basaglia, as consequências da doença mental estão associadas diretamente
ao modo como o psiquiatra, enquanto representante da sociedade, estabelece
relações com ele.
II. A relação aristocrática entre psiquiatra e paciente se estabelece quando o sujeito
é proveniente de classe social favorecida economicamente e possui poder
contratual suficiente para controlar a relação objetal que se estabelece no
chamado ato terapêutico.
III. A relação mutualista se dá quando a pessoa com doença mental possui ou toma
consciência de seus direitos e exige a intervenção de outras instituições, como o
sistema de justiça e órgãos de defesa de direitos, para exigir aquilo que é
responsabilidade da instituição psiquiátrica garantir.
Assinale a alternativa correta:
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QUESTÃO 23
QUESTÃO 24
UNIFESP – FAP2018 18
QUESTÃO 25
(A) É definido pelo documento lançado pela Coordenação Nacional de Saúde Mental,
Álcool e Outras Drogas em 2014 que define a localização privilegiada para a atenção
a estas pessoas no Centro Especializado em Reabilitação.
(B) É definido pelo documento lançado em 2016 pela Coordenação Geral de Saúde da
Pessoa com Deficiência que garante o respaldo e direitos legais como pessoa com
deficiência.
(C) Deve estar direcionado para o diagnóstico e encaminhamento dos casos à rede
privada, filantrópica ou estatal.
(D) Vários debates sobre a atenção em saúde a estas pessoas têm apontado que as
redes de atenção à pessoa com deficiência e as redes de atenção psicossocial
devem compartilhar o cuidado de crianças e adolescentes com autismo e superar
o debate sobre qual diagnóstico deveriam atender.
(E) A regulamentação legal da pessoa com autismo como pessoa com deficiência em
2014 abarca as questões clínicas e de subjetividade envolvidas no tratamento e no
cuidado, pois estão diretamente relacionadas ao potencial intelectual da pessoa
com autismo.
QUESTÃO 26
Para operar em rede na atenção psicossocial à crianças e adolescentes no sentido da
direcionalidade da ação, Couto e Delgado (2015, In: Lauridsen-Ribeiro e Lykouropoulos,
2016) propõem que o conceito de rede:
I. Supõe um processo e a rede é aberta, depende de uma presença viva, tem “nós” e
é sempre ampliada.
II. Supõe necessariamente a existência de serviços formalmente implantados para a
garantia da sustentação e do compartilhamento do cuidado.
III. Supõe que a rede está sempre inacabada pois não sabemos de antemão o que um
determinado caso demandará no processo do tratamento e do cuidado.
IV. Supõe que normas, protocolos e fluxos estruturam o funcionamento e as ações dos
profissionais em rede.
V. É constituída por diferentes discursos e pode esclarecer os limites dos saberes ante
a complexidade da experiência humana.
UNIFESP – FAP2018 19
QUESTÃO 27
(A) A ambiência como dispositivo de cuidado não inclui as situações de crise, que
necessitam de intervenções especializadas restritas ao pessoal médico e de
enfermagem.
(B) A ambiência como dispositivo busca a homogeneização das condutas profissionais
nos espaços informais do CAPS infantojuvenil, reservando aos atendimentos
clínicos questões singulares dos usuários e seus familiares.
(C) A ambiência, enquanto dispositivo, considera a singularidade, favorecendo o
encontro não programado e a construção de relações de proximidade e construção
de vínculo.
(D) A ambiência envolve os profissionais do serviço em suas ações com crianças
adolescentes e famílias que estão orientados para a construção de um bom
ambiente, sem agressividade dentro do serviço.
(E) A ambiência foi abordada pelo Ministério da saúde em 2010 dirigindo-se aos CAPS
adulto e CAPS infantojuvenil.
QUESTÃO 28
Nas práticas da atenção psicossocial com crianças adolescentes e famílias as ações
intersetoriais tem como objetivo a integralidade do cuidado, orientada pela garantia dos
direitos da criança e do adolescente. Nesse sentido, os principais desafios para a
consecução de uma rede intersetorial, segundo Couto, Duarte e Delgado (2008), são:
I. A presença desarticulada de serviços públicos para a infância e adolescência.
II. A ausência de recursos públicos.
III. A criação de estratégias de cuidado à saúde mental infantil e juvenil que possam
ser articuladas nas diferentes ações setoriais.
IV. A criação de uma linha de ação comum, pactuada, partilhada e verificada em
diferentes programas.
V. O grande contingente da população de crianças e adolescentes portadores de
transtornos mentais.
UNIFESP – FAP2018 20
QUESTÃO 29
UNIFESP – FAP2018 21
QUESTÃO 31
Segundo Basaglia, a sociedade de bem-estar encontrou recursos mais sofisticados para
exercer sua violência. Assinale a alternativa que expressa de que forma isso se dava na
concepção dele.
(A) Para o autor, a violência e a exclusão estão na base de todas as relações que se
estabelecem em nossa sociedade.
(B) Segundo o autor, as instituições têm que usar sua autoridade para impor às pessoas
que as frequentam o respeito tanto pela sua cultura como pelas suas regras
institucionais, justificando, assim, as situações em que estão autorizadas a usar
violência.
(C) As instituições que estão ligadas às políticas sociais, como saúde e educação, usam
menos a violência enquanto um recurso para oprimir as pessoas.
(D) As instituições sociais, graças a opinião pública, se modernizaram e deixaram de
utilizar métodos violentos para submeter as pessoas a sua dominação
(E) A justificativa para criação da maioria das instituições de nossa sociedade foi a
necessidade de reestruturar o processo civilizatório de forma que os interesses dos
dominantes fossem detentores de menor influência na vida do cidadão comum.
UNIFESP – FAP2018 22
QUESTÃO 33
(A) É o trabalho que considera, para a ação no campo interventivo, as duas grandes
metafísicas complementares: a "idealística", da alma com todas as suas variações
religiosas, morais, psicológicas; e a “materialística”, do corpo com os seus
prolongamentos biológicos e sociológicos.
(B) É aquele que parte de uma concepção biopsicossocial do sujeito para concepção
de seus modos de intervenção.
(C) É aquele que se pauta em projetos que consideraram historicamente o universo
das instituições e as particularidades singulares dos indivíduos inseridos em um
determinado contexto sociocultural.
(D) É o trabalho de desinstitucionalização voltado para reconstruir as pessoas como
atores sociais, para impedir-lhes o sufocamento sob o papel, o comportamento, a
identidade estereotipada e introjetada que é a máscara que se sobrepõe à dos
doentes.
(E) O trabalho terapêutico baseia-se no olhar médico, aquele que frequentemente não
encontra o doente, mas a sua doença e que no corpo do paciente não lê uma
biografia, mas uma patologia, na qual a subjetividade do doente desaparece atrás
da objetividade dos sinais sintomáticos
QUESTÃO 34
Rotelli trata de uma mudança de objeto e, por conseguinte também de paradigma dentro
do contexto da desinstitucionalização e diferencia o que ele chama de verdadeira
desinstitucionalização e falsa desinstitucionalização. Dentre as alternativas abaixo,
assinale a que define corretamente o que Rotelli chama de verdadeira
desinstitucionalização.
(A) É aquela que tenta mumificar o objeto da psiquiatria, deslocando apenas as formas
e os modos da gestão, mais que qualquer outra coisa, os lugares, o look.
(B) É aquela na qual o processo prático-crítico reorienta instituições e serviços,
energias e saberes, estratégias e intervenções em direção a este tão diferente
objeto.
(C) É aquela que pretende estabelecer uma nova relação entre os sujeitos e os modos
de abordagem, buscando centrar o sujeito como objeto principal da intervenção.
(D) É aquela que surge para substituir os antigos paradigmas da doença, do modelo
clínico e do modelo psicológico.
(E) É aquela que se pauta nos parâmetros da psiquiatria clássica como balizadora de
suas propostas de intervenção social.
UNIFESP – FAP2018 23
QUESTÃO 35
QUESTÃO 36
UNIFESP – FAP2018 24
QUESTÃO 37
(A) V, V, V, V, V
(B) F, V, F, V, F
(C) V, F, V, V, F
(D) F, F, V, V, F
(E) V, F, V, V, V
UNIFESP – FAP2018 25
QUESTÃO 39
Kind (2007) afirma que, em 1957, a comunidade de anestesiologia encaminhou seus
dilemas morais ao então Papa Pio XII, perguntando-lhe, por exemplo, se pacientes
inconscientes, sem reflexos, respirando e mantendo sua circulação sanguínea apenas por
suporte artificial de vida, estariam mortos "de fato" ou mortos “pela lei”.
Com base nos estudos da autora, assinale a alternativa correta:
(A) A redefinição do conceito de morte passou a ser uma tarefa imprescindível da área
da saúde em decorrência da pressão interna de diferentes especialidades médica.
(B) O advento do suporte intensivo de vida gerou questões que ultrapassam a fronteira
da ciência médica; dialogam com a ética, a bioética, a religião, a religiosidade e a
área jurídica.
(C) O prolongamento da vida em unidades de terapia intensiva ocasionou um maior
questionamento sobre erro médico, aumentando assim as ações judiciais por parte
de famílias de pacientes falecidos.
(D) O conceito de morte encefálica desencadeou reações de repúdio e desconfiança à
comunidade científica por parte da igreja católica.
(E) O surgimento das unidades de terapia intensiva gerou a necessidade de
contratação do profissional de psicologia para lidar com a ambivalência entre vida
e morte.
QUESTÃO 40
O debate sobre a morte cerebral desde o seu início é acompanhado por disputas entre
duas importantes vertentes da ciência sobre a compreensão do que é a vida humana.
Kind (2007) as identifica como a “cerebralização da vida” e a “pessoalidade”.
I. A "cerebralização da vida", compreende que fora do cérebro, é humanamente
impossível ser humano.
II. Para a “pessoalidade” a perda da capacidade de funcionamento intelectual,
aniquilaria a existência da realidade pessoal, não importa de há vida biológica no
resto do organismo.
III. Para os adeptos da "pessoalidade", o cérebro define a capacidade de cognição e
troca afetiva, o seu aniquilamento equivale à morte da pessoa.
IV. No texto da autora, a polêmica afirmação de Agambem (Homo sacer: o poder do
soberano e a vida nua, 2010) que diz que na captação de órgãos “o que estaria em
jogo, é a definição de uma vida que pode ser retirada sem que se cometa
homicídio”, está identificada com a concepção de "pessoalidade".
V. Os transplantes de órgãos no Brasil vêm aumentando o número de doações, entre
outros motivos, dada a amplas campanhas que associam a vida humana ao
funcionamento cerebral.
UNIFESP – FAP2018 26
QUESTÃO 41
(A) O interesse pelas críticas negativas tanto internas quanto externas ao movimento
institucionalista.
(B) A afirmação de sua positividade, considerando sua capacidade de apropriar-se da
sua prática e remetê-la a sua função e funcionalidade.
(C) A orientação pela cientificidade e profissionalidade.
(D) A afirmação pelo seu caráter político-partidário.
(E) A afirmação pela sua identidade universal.
QUESTÃO 42
(A) Todos profissionais que trabalham num CTI podem suscitar a transferência natural,
sendo que esta é suficiente para sustentar o trabalho analítico.
(B) Todos profissionais que trabalham num CTI podem suscitar a transferência natural,
entretanto a peculiaridade do manejo da transferência analítica pelo psicanalista é
que fundamentará sua prática.
(C) Todos profissionais que trabalham num CTI podem suscitar a transferência natural,
possibilitando o trabalho analítico, independente do manejo que se faça.
(D) Nenhum dos profissionais que trabalha num CTI pode suscitar a transferência, em
virtude da morte eminente, impossibilitando o trabalho analítico.
(E) Os profissionais que trabalham num CTI não podem suscitar qualquer tipo de
transferência, apenas o psicanalista.
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QUESTÃO 43
(A) Possibilitar que o sujeito fale da angústia a partir da simbolização, caminhando para
uma dessensibilização sistemática, planejada em etapas previsíveis.
(B) Oferecer a escuta, dando lugar para que o sujeito fale sobre seus desejos, a partir
da modelagem do comportamento angustiante, transformando-o em esperança de
cura.
(C) Oferecer palavras de ânimo, para que o sujeito se desfaça dos seus medos e
angústias, a partir de vivências relacionadas ao “aqui e agora”.
(D) Escutar a angústia do sujeito, num direcionamento existencial-fenomenológico, a
fim de garantir a auto-eficácia no seu comportamento.
(E) Oferecer a escuta, dando lugar para que o sujeito fale sobre seus desejos,
restituindo-o ao lugar de sujeito desejante. Transformar a angústia inominável em
algo no nível simbólico, introduzindo-o na cadeia significante e a uma possível
demanda de análise.
QUESTÃO 44
Afirmação I: O paciente internado sente que vai perdendo sua dignidade, tornando-se
um objeto, assujeitado. A psicanálise pode ajudá-lo
PORQUE
Afirmação II: Ao tocá-lo, possibilita que recupere a sua dignidade, por meio da escuta
do discurso e do encadeamento de significantes, adquirindo saber sobre si e sobre o seu
lugar de sujeito no mundo.
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QUESTÃO 45
Leia o caso:
“Sr. João de 61 anos – com alta recente do hospital psiquiátrico - chega a um Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS), exatamente na hora que a equipe de profissionais está de
saída para almoço. Uma psicóloga escuta o usuário dizer que havia lido no jornal uma
notícia sobre o extermínio das pessoas maiores de 60 anos, que utilizavam gratuitamente
o transporte público, ficou com muito medo, preferia ser internado novamente”.
(A) A psicóloga conversa por pouco tempo com o Sr. João, faz uma escuta cuidadosa
de alguns minutos; fica sabendo que o Sr João gosta de trabalhos manuais e
artesanais, o que lhe permite fazer uma proposta extramuro, numa parceria com a
rede de apoio intersetorial, uma Oficina de Mosaico, coordenado por um
profissional de saúde mental e um oficineiro da Secretaria de Cultura. Marca um
atendimento na sua agenda, para acompanhar o caso.
(B) A psicóloga não conversa com o Sr. João, preenche uma ficha protocolar, marca um
atendimento para o próximo dia vago de sua agenda: na próxima semana. Entende
que o caso precisa de uma avaliação pelas vias do olhar clinico, assim como de uma
investigação do ponto de vista psicopatológico.
(C) A psicóloga não conversa com Sr. João, pois não poderia realizar um atendimento
completo naquele momento, pede para a recepção marcar um horário na sua
agenda, a fim de realizar uma avaliação pormenorizada do ponto de vista clinico e
psicológico.
(D) A psicóloga resolve debater com o psiquiatra o caso, pois este é o profissional
responsável para resolver situações de crise.
(E) A psicóloga volta para a sala de reunião na qual só havia ficado o psiquiatra, com o
qual ela agenda um atendimento para o Sr. João, no dia em que o médico teria
vaga, uma semana depois. Volta na recepção e pede que avisem o usuário, que já
havia ido embora.
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QUESTÃO 46
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QUESTÃO 47
(A) A melhor alternativa para promover a mudança da prática dos psiquiátricas e dos
enfermeiros que lidam cotidianamente com a loucura.
(B) Um dispositivo viável, dentre outros, que visa uma reforma técnica na área de
psiquiatria.
(C) Uma técnica nova em terreno velho, que não faria mais do que uma apresentação
menos dramática de uma prática violenta.
(D) Melhor do que os manicômios, pois, pouco a pouco, os pacientes vão exigindo
mudanças mais estruturais.
(E) Completamente abominável pensar em mudanças no modelo de hospital
psiquiátrico, dada a sua alta capacidade de desenvolvimento da pesquisa e do
tratamento na área.
QUESTÃO 48
“(...) Contudo, gostaria de fazer vocês observarem, antes de deixá-los este ano, que para
serem médicos vocês podem ser inocentes, mas que, para serem psicanalistas, conviria
no entanto que vocês meditassem de vez em quando num tema como este, se bem que
nem o sol, nem a morte, possam ser olhados de frente” (...) “É uma coisa a que conviria
que um psicanalista se acostumasse, porque creio que sem isso ele não é absolutamente
capaz de exercer com toda a consciência sua função profissional”
A frase de Lacan acima, citada por Rodrigues (2000, In: Moura, 2000, p. 49) quer dizer:
(A) Que o psicanalista tem que lidar melhor com a morte do que o médico, pois sabe
lidar melhor com os adventos do Real.
(B) Que a morte e o sol são a mesma coisa para o psicanalista.
(C) Que medicina e psicanálise são a mesma coisa, pois estão juntas no hospital.
(D) Que o psicanalista não pode ser inocente.
(E) Que a morte e o sol são metáforas do Real presentes na experiência cotidiana de
trabalho, tanto do médico, quanto do psicanalista.
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QUESTÃO 49
Ao tratarem dos processos grupais, Bock, Furtado e Teixeira (2001) consideram que “o
grupo se caracteriza pela reunião de um número de pessoas (que pode variar bastante)
com um determinado objetivo, compartilhado por todos os seus membros, que podem
desempenhar diferentes papéis para a execução desse objetivo” (p. 220). Quanto à
temática dos grupos e seus processos:
I. Os primeiros estudos de Psicologia Social de grupos foram realizados com grupos
pequenos e deram origem a trabalhos da chamada Psicologia de Massas.
II. A solidariedade mecânica diz respeito a afiliação a um grupo em função da vontade
do indivíduo quanto à escolha de seus integrantes.
III. A mudança no estado de alguma subparte do grupo não tem o poder de alterar o
estado do grupo como um todo.
IV. A coesão grupal diz respeito à forma encontrada pelos grupos para que seus
membros sigam as regras estabelecidas.
V. As diferenças individuais dentro dos grupos são admitidas desde que não interfiram
nos objetivos centrais dos mesmos ou em suas características básicas.
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QUESTÃO 51
“São nossos afetos que dão o colorido especial à conduta de cada um e às nossas vidas.
Eles se expressam nos desejos, sonhos, fantasias, expectativas, nas palavras, nos gestos,
no que fazemos e pensamos. É o que nos faz viver” (Bock, Furtado e Teixeira, 2001, p.
188). Quanto à importância dos afetos na vida humana:
I. Os afetos são necessariamente produzidos a partir de um estímulo externo e geram
sensações internas.
II. Os afetos são necessariamente produzidos a partir de um estímulo interno e geram
reações no meio externo.
III. O prazer e a dor são considerados os afetos originários.
IV. O amor e o ódio são considerados as matrizes psíquicas dos afetos.
V. Os afetos participam de função adaptativa do ser humano, auxiliando-o a avaliar as
situações vividas, preparando-o para a ação.
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QUESTÃO 53
Na intervenção institucional,
QUESTÃO 54
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QUESTÃO 55
(A) A medicina moderna exclui a subjetividade de seu campo epistêmico (do paciente
e do médico) de forma sistemática em função da busca de uma objetividade que
considera importante para essa concepção de ciência moderna.
(B) A medicina tem como ideal a abordagem objetiva do adoecimento não enviesada
por sentimentos e desejos.
(C) Ainda hoje, há uma expectativa do campo médico em delegar à psicologia
hospitalar a atenção e o cuidado da subjetividade dos pacientes.
(D) Os processos de especialização e hiperespecialização do campo da saúde, ao
ignorar a subjetividade e trabalhar com o corpo como se nele não houvesse um
sujeito, levam a uma fragmentação do saber que perde de vista a totalidade da
pessoa.
(E) Todas as alternativas estão corretas.
QUESTÃO 56
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QUESTÃO 57
Interconsulta é:
QUESTÃO 58
(A) Deve comunicar o diagnóstico para o paciente, na medida em ele é a melhor pessoa
para acolher as angústias do paciente. Nesse sentido, aproveita para falar o que
está acontecendo para os familiares, ajudando-os a lidar com os conflitos que
surgirem e, além disso, ajuda a equipe de enfermagem a lidar com a abordagem
insistente de informações pela família.
(B) Deve atender o paciente em psicoterapia individual, pois somente assim poderá
abordar os verdadeiros conflitos inconscientes do paciente.
(C) Deve orientar a equipe de saúde a tomar precauções de contágio, pois o vírus HIV
é muito resistente, colocando o paciente em isolamento imediatamente.
(D) Deve conversar com a equipe de saúde, trabalhando a necessidade do sigilo e a
importância de que o médico seja a pessoa que vai comunicar o diagnóstico. Deve
avaliar os recursos emocionais do paciente para lidar com o diagnóstico e
comunicar isso ao médico e à equipe, se dispondo a ajudar no momento em que
este for conversar com o paciente.
(E) Poderá orientar a equipe de enfermagem a comunicar a família sobre o diagnóstico
e, assim, ajudar a preparar a paciente para receber a notícia.
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QUESTÃO 59
I. O hospital é uma instituição, pois estabelece normas para regular o modo de vida
dos sujeitos ao longo da história da humanidade.
II. O psicólogo de uma unidade básica de saúde é um agente, pois mobiliza instituições
e organizações por meio das práticas.
III. O Ministério da Saúde é uma organização, pois promove um arranjo que materializa
os conhecimentos, práticas e normas da saúde.
QUESTÃO 60
(A) Promover diversas oficinas com a equipe para construir um ambiente de trabalho
mais harmônico e coeso, demonstrando a importância dos cumprimentos
cotidianos e da motivação para o trabalho.
(B) Criar dispositivos para fazer os profissionais falarem mais nas reuniões, o que
permitiria explicitar as demandas dessa equipe e, partir daí convidar um expert na
área para direcionar o processo de mudança.
(C) Contratar um especialista em conflito organizacional e outro em adoecimento no
trabalho para estabelecer um plano de ação a ser posto em prática pela gestora do
CAPS em parceria com os seus superiores.
(D) Convidar um expert que, a partir de uma posição de horizontalidade em relação a
essa equipe, potencialize todos os seus membros, trabalhadores e gestor, a assumir
o protagonismo na análise e na gestão do estabelecimento.
(E) Acionar gestores hierarquicamente superiores para uma avaliação geral da equipe,
com a finalidade de localizar os membros da equipe responsáveis pelos conflitos e
adoecimento dos colegas.
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