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ISSN: 2525-8761
DOI:10.34117/bjdv7n6-074
Jonas Moraes-Filho
Docente do Mestrado em Medicina Veterinária e Doutorado com ênfase em Saúde
Única
Instituição: Universidade Santo Amaro, São Paulo, Brasil
Endereço: R. Prof. Enéas de Siqueira Neto, 340 - Jardim das Imbuias, São Paulo - SP,
CEP: 04829-300
E-mail: [email protected]
RESUMO
A Dermatite Atópica (DA) é uma enfermidade alergo-inflamatória de caráter crônico da
pele e orelha externa de cães e gatos, ocorrendo principalmente em jovens adultos de raça
definida. É uma enfermidade multifatorial resultante de uma interação entre fatores
ambientais e genéticos. Ambos os fatores podem criar uma função alterada da barreira
epidérmica e da resposta imunológica em pacientes predispostos. O prurido é o principal
sintoma da DA canina. A sua intensidade pode manifestar-se por várias formas como:
coçar, morder, lamber ou esfregar. Com a evolução da doença, o período do prurido
aumenta de forma gradual, tornando-se perene e generalizado. A doença tem seu
diagnóstico estabelecido apenas por critérios clínicos que incluem: histórico compatível,
sintomas e sinais compatíveis e pela exclusão de outras causas de dermatopatias
descartadas pela anamnese, pelo exame físico, ou ainda pelo resultado de exames
complementares e tentativas terapêuticas. Frequentemente necessita de tratamento com
intervenções farmacológicas. Por se tratar de uma doença incurável, com manifestações
e complicações variáveis, é imperativo que o clínico explique aos tutores todas as formas
possíveis de tratamento, detalhando índices de sucesso, custo e efeitos colaterais. Essa
revisão disponibiliza de forma prática, os novos conceitos de patogênese e critérios
diagnósticos da doença, além dos seus avanços terapêuticos.
ABSTRACT
Atopic Dermatitis (AD) is a chronic inflammatory allergic disease of the skin and external
ear of dogs and cats, occurring mainly in young adults of defined breed. It is a
multifactorial disease resulting from an interaction between environmental and genetic
factors. Both factors can create an altered function of the epidermal barrier and the
immune response in predisposed patients. Pruritus is the main symptom of canine AD. Its
intensity can manifest itself in several ways, such as: scratching, biting, licking or
rubbing. As the disease progresses, the pruritus period gradually increases, becoming
perennial and generalized. AD has its diagnosis established only by clinical criteria that
include: compatible history, compatible symptoms and signs and the exclusion of other
causes of skin diseases, ruled out by anamnesis, by physical examination, or by the results
of complementary tests and therapies. Often needs treatment with pharmacological
interventions. As it is an incurable disease, with variable manifestations and
complications, it is imperative that the clinician explain to tutors all possible forms of
treatment, detailing success rates, costs and side effects. This review makes available, in
a practical way, the new concepts of pathogenesis and diagnostic criteria for canine AD,
in addition to its therapeutic advances.
1 INTRODUÇÃO
A Dermatite Atópica (DA) é uma enfermidade alérgica e inflamatória de caráter
crônico da pele e orelha externa de cães e gatos, ocorrendo principalmente em jovens
adultos de raça definida. É uma doença passível de controle, mas não de cura e é causada
por distintos alérgenos denominados atopens (OLIVRY et al., 2010).
Afeta aproximadamente 10% da população canina (COSGROVE et al., 2015) e é uma
das causas mais frequentes do prurido observado nos consultórios veterinários, ficando
ainda aquém da Dermatite Alérgica por picada de ectoparasitas (DAPE) (SCOTT;
MILLER; GRIFFIN, 2001).
Há similaridades entre a DA canina e em humanos. Estudos indicam que, em ambas
as espécies, a doença é caracterizada por diferentes subtipos/fenótipos baseados em idade,
cronicidade da doença, etnia (nos casos de DA humana), alteração na filagrina, status de
IgE e mecanismos moleculares subjacentes. Além disso, o confinamento dos cães
domiciliados, o maior número de cães de raça definida, a diversidade de alimentos
comercializados são fatores que se somam para tornar o organismo animal mais exposto,
levando seu sistema imune a voltar-se contra o próprio suscetível (HARVEY et al., 2019).
2 DESENVOLVIMENTO
A maioria dos cães afetados apresenta os primeiros sinais e sintomas entre um e três
anos de idade. Muito raramente, o quadro sintomático se inicia antes de seis meses ou
após o sétimo ano de vida. A idade média de ocorrência é 18 meses, com variação entre
dois e 96 meses. Embora alguns autores relatem maior suscetibilidade das fêmeas, tal
predisposição relativa ao sexo não foi observada em trabalhos com grande magnitude
(GROSS, 2005). A predisposição hereditária pode ser comprovada pelo maior grau de
acometimento da doença em determinadas raças ou grupos de raças caninas, a exemplo
os Terriers, Retriever, Boxer, Dálmata, Shar Pei, Springers Spaniels, Bull Terriers e
Bichon Frisée (DeBOER, 2008).
A patogênese da doença e seus sinais clínicos são complexos e podem mimetizar
outras dermatoses (OLIVRY, 2004). É uma enfermidade multifatorial resultante de uma
interação entre fatores ambientais e genéticos (BREMENT, 2019). Ambos os fatores
podem criar uma função alterada da barreira epidérmica e da resposta imunológica em
pacientes predispostos (MARSELLA; OLIVRY; CARLOTTI, 2011).
A instabilidade da função da barreira epidérmica na DA canina permite um aumento da
penetração de agentes alérgicos, agravando os sinais clínicos nos pacientes atópicos
(MARSELLA et al., 2011). Em cães com a enfermidade, a microscopia eletrônica revelou
lipídios lamelares desorganizados e deficiências de lipídios intercelulares do estrato
córneo, além das quantidades reduzidas de ceramidas e o aumento do teor de colesterol
(REITER et al., 2009).
As lesões clássicas da DA consistem em eritema, alopecia, escoriação, liquenificação
e até hiperpigmentação ou melanose. Hiperidrose pode estar presente, bem como pelame
untuoso ou ressecado e de cor ferruginosa devido a alteração da atividade enzimática
decorrente da contínua umidade pela saliva. O eritema da face flexural do carpo e a
inflamação labial quando presentes, são sugestivas de DA canina (DeBOER, 2008). Otite
externa pode estar presente em mais de 50% dos casos, por vezes como única
manifestação clínica da doença (MARSELLA, 2008). Alterações comportamentais tais
como agressibilidade, irritabilidade e alteração do sono podem ocorrer nos pacientes
atópicos (WRIGHT et al., 2017).
estão afetados; as margens dos pavilhões auriculares não estão afetadas; a zona dorso-
lombar não está afetada (Favrot et al., 2010).
Os alérgenos ambientais exibem um papel importante no desenvolvimento e piora da
enfermidade. Os envolvidos são pólens (de árvores, arbustos, gramíneas), pó ou poeira
doméstica. Esta última consiste em um complexo de substâncias, tais como restos de
fibras de tecidos, escamas de animais e de seres humanos, além de partes de insetos e
ácaros de poeira (Dermatophagoides pteronyssimus e Dermatophagoides farinae).
Bolores presentes no solo ou em matéria orgânica úmida em decomposição, ácaros
presentes em rações comerciais (Acarus, Tyrophagus e Lepodoglyphus), além de penas,
lã e tabaco podem interferir nos quadros clínicos da DA (POSSEBOM et al., 2016). A
sensibilização inicial e a reexposição necessária para causar os sintomas clínicos devem
ocorrer através do contato do alérgeno com a pele (CARLOTTI, 2004). Ácaros, pólens e
a poeira doméstica são as causas mais frequentes de hipersensibilidade observadas em
cães e gatos, porém é impossível excluir todos os ácaros de um dado ambiente (DEBOER,
2008). Estes penetram com maior facilidade na pele dos animais atópicos e induzem uma
importante resposta inflamatória e alérgica (OLIVRY, 2004).
Os alérgenos, ao vencer a barreira epidérmica, encontram a IgE alérgeno-específica
na superfície de células de Langerhans. Estas, por sua vez, processam os antígenos e os
apresentam a linfócitos T. A seguir, ocorre uma expansão de linfócitos T-helper 2, que
produzem interleucinas IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13. O desequilíbrio entre a
subpopulação de linfócitos T, com a produção elevada de IgE alérgeno-específica
(induzida por IL-4), e a subpopulação de Th1 (com produção diminuída de Interferon
gama e, consequente diminuição da inibição de produção de IgE) leva como resultado a
produção exacerbada de IgE específica por linfócitos B (CARLOTTI, 2004). Os
infiltrados inflamatórios cutâneos observados no paciente atópico são constituídos por
linfócitos T do tipo CD4, com menor quantidade de CD8. Além da IgE, várias subclasses
de IgGs (na dependência do alérgeno) estão presentes na patogenia da doença
(ACKERMAN, 1998), embora relatos de autores indiquem que os níveis séricos totais de
IgE têm uma fraca correlação com o status atópico em cães (BOTONI et al., 2019).
A interleucina-31 (IL-31) é uma citocina pruritogênica potente que desempenha um
papel fundamental na pele de humanos e animais atópicos. Outra interleucina que merece
destaque é a IL-17, que se apresenta em maiores concentrações em pacientes com DA do
que nos cães saudáveis. A falta de correlação entre níveis da IL-17 e os escores clínicos
(CADESI-4 e Escala Analógica Visual do Prurido - EAV) leva à hipótese de que essa
interleucina pode interferir nos sintomas de abertura da DA canina, mas não na progressão
da doença (CHAUDHARY, 2019).
O Comitê Internacional da Força-Tarefa da Dermatite Atópica (ACVD Task Force)
desenvolveu uma escala para avaliar a morbidade da doença em cães, ou seja, uma
ferramenta de mensuração da extensão e gravidade da DA, conhecida como CADESI,
que já está na sua quarta versão, o CADESI-4. É um escore validado, com confiabilidade
e sensibilidade satisfatórias, constituído por três lesões clássicas da doença (eritema,
liquenificação e alopecia/escoriação) e pontuado de 0 a 3 em cada um dos 20 possíveis
locais do corpo do animal (OLIVRY et al., 2014).
A DA tem seu diagnóstico estabelecido apenas por critérios clínicos que incluem:
histórico compatível (definição racial, raça, idade de surgimento dos primeiros sintomas,
boa resposta aos corticosteroides); sintomas e sinais compatíveis (otite externa, prurido
facial e podal, lesões de autotraumatismo, feotriquia) e pela exclusão de outras causas de
dermatopatias, descartadas pela anamnese, pelo exame físico, ou ainda pelo resultado de
exames complementares e tentativas terapêuticas (OLIVRY et al., 2010).
Não há uma ordem padronizada para a execução das etapas diagnósticas. O clínico
deve analisar cada animal individualmente, selecionar os testes e a sequência de
procedimentos em cada caso. Dessa forma, antes de concluir, deve-se descartar escabiose,
DAPE, DT e dermatite alérgica de contato (DEBOER, 2008).
Os exames laboratoriais são de valor limitado nesta doença, pois habitualmente estão
dentro dos parâmetros normais, assim como o histopatológico de biópsia cutânea (padrão
de lesão similar às outras alergopatias) e os testes endócrinos. É muito importante o uso
dos exames citológico, citobactério e citofungoscópico para determinar a eventual
presença de bactérias e leveduras. O controle dessas infecções alivia o prurido de forma
satisfatória em alguns animais (DEBOER, 2008). De forma semelhante, a DA não deve
ser diagnosticada através dos testes alérgicos (testes sorológicos - in vitro ou teste
intradérmico - in vivo), por serem úteis apenas para embasar a realização da Imunoterapia,
sendo sua indicação restrita à pesquisa de atopens ao qual o animal, sabidamente alérgico,
apresenta reação positiva (CUNHA et al., 2016).
Durante décadas, a eficácia das intervenções em ensaios clínicos envolvendo cães
com a enfermidade se baseava em avaliações das lesões cutâneas e do prurido usando
ferramentas não validadas. A fim de padronizar essa avaliação, bem como o sucesso das
terapias aplicadas aos animais com DA, o Comitê Internacional de Doenças Alérgicas em
Animais (ICADA) desenvolveu, ao longo de dois anos, um conjunto de critérios básicos,
conhecido como COSCAD’18. Este foi projetado principalmente para análise terapêutica
(e não como medida preventiva) em cães com DA crônica, não sazonal, moderada a grave.
Possui três critérios de avaliação: 1) percentagens de cães com lesões cutâneas avaliadas
pelo médico veterinário (CADESI-4); 2) pontuações de manifestação do prurido
avaliadas pelo tutor (EAV) e 3) avaliação geral do tratamento pela percepção do tutor
(OGATE) (OLIVRY et al., 2018).
A DA canina frequentemente necessita de tratamento com intervenções
farmacológicas. Por se tratar de uma doença incurável, com manifestações e
complicações variáveis, é imperativo que o clínico explique aos tutores todas as formas
possíveis de tratamento, detalhando índices de sucesso, custo e efeitos colaterais
(OLIVRY et al., 2018).
As infecções cutâneas e otológicas são as razões mais frequentes pelas quais o prurido
se agrava de forma aguda em cães com DA. A terapia antimicrobiana é indicada nos casos
de infecções bacterianas ou por leveduras, em conjunto com a realização prévia dos
exames citológicos e/ou culturas fúngicas (OLIVRY et al., 2010). Além disso,
antibioticoterapia ou antifúngicos sistêmicos são necessários nos casos de infecções
graves ou generalizadas (OLIVRY et al, 2010) por via oral e, por vezes, pelo esquema de
pulsoterapia e aplicação de bacterinas (DeBOER, 2008). Na presença da Malasseziose
em animais com prurido intenso, pele untuosa e com baixa resposta ao uso de
corticosteróides, pode-se usar o itraconazol seguida de pulsoterapia antimicótica em casos
recidivantes, shampoos à base de cetoconazol 1 a 2% ou clorexidine associado ao
miconazol (DeBOER, 2008). As terapias tópicas, por seus poucos efeitos colaterais,
quando podem ser utilizadas isoladamente, são a modalidade terapêutica ideal no controle
dos animais com DA. Porém, na maioria das vezes, precisa ser acompanhada por
medicamentos via oral de ação anti-inflamatória (OLIVRY; SARIDOMICHELAKIS,
2016).
Já os anti-histamínicos, devido ao seu mecanismo de ação, trazem pouco benefício na
redução do prurido (OLIVRY; MULLER, 2003). Hidroxizina, difenidramina,
clorfeniramina e outros não possuem tempo hábil para bloquear os receptores da
histamina. Os estudos demonstram que não há evidências conclusivas sobre a sua eficácia
(OLIVRY et al., 2010). O uso associado dos ácidos graxos (AG) com corticosteróides
pode reduzir a dose dos esteróides e assim, diminuir a possibilidade de efeitos colaterais
(OLIVRY et al., 2016).
3 CONCLUSÃO
Diante do fato de a DA canina ser uma síndrome clínica de caráter crônico e de
difícil controle, a necessidade de terapias ad-eternum é inevitável. É preciso
constantemente se buscar o equilíbrio entre esses fatores desencadeantes da DA para a
escolha do melhor tratamento para cada paciente visando a adesão do tutor, e sobretudo,
a qualidade de vida e bem-estar dos cães.
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