Fontes Do Direito - 1s18
Fontes Do Direito - 1s18
Fontes Do Direito - 1s18
1.FONTES DO DIREITO
Fonte do Direito é todo modo de formação do Direito, todo documento, momento, pessoas, órgão ou fato
donde provém a norma jurídica. (CRETELLA JR.)
São os “(...) modos de expressar as regras da vida em comum que se denominam tecnicamente ‘fontes de
direito’ ou ‘formas de expressão do direito’. (MONTORO)
Fontes materiais
Fontes formais
2.FONTES MATERIAIS
Não são prescrições, mas contribuem para a formação do direito.
São os elementos e fatores que determinam o conteúdo das normas jurídicas.
E.g.:
- Realidade Social
- Valores que o direito procura realizar
- Ideais de Justiça
Obs.: a identificação das fontes materiais do direito é particularmente controvertida. (DIMOULIS)
3.FONTES FORMAIS
São as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas.
E.g.:
A legislação
O costume
A jurisprudência
A doutrina
A analogia
A LEGISLAÇÃO
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (Art, 5°, II, CF)
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O COSTUME
É a norma jurídica que resulta de uma prática geral constante e prolongada, observada com a convicção de
que é juridicamente obrigatória.
Dois elementos essenciais:
I – o uso reiterado no tempo;
II – opinio juris – a convicção da obrigatoriedade
A JURISPRUDÊNCIA
Conjunto uniforme e constante de decisões judiciais sobre casos semelhantes.
E.g.: Aplicação do Código de Defesa do Consumidor em contratos bancários.
A lei não diz expressamente que o CDC se aplica às relações bancárias, porém, os Tribunais Superiores (STJ,
STF, TRF, TJ, TST) firmaram entendimento neste sentido.
Em Sentido amplo – Coletânea de decisões proferidas por juízes e tribunais sobre determinada matéria,
fenômenos ou instituto jurídico, podendo, dessa forma, agasalhar decisões contraditórias.
Em Sentido estrito – Conjunto de decisões uniforme, i.e., no mesmo sentido, acerca de determinada questão.
A DOUTRINA
É o estudo de caráter científico que os juristas realizam sobre o direito, seja com finalidade puramente
especulativa, seja com finalidade prática de interpretar as normas jurídicas.
➢ Communis opinio doctorum (posições doutrinárias dominantes)
➢ Base de orientação para o direito.
➢ Confere certa uniformidade a conceitos vagos e ambíguos. E.g.: mulher honesta, justa causa, trabalho
noturno, ruído excessivo.
E.g.:
• Ninguém pode transferir mais direitos do que possui.
• Ninguém deve ser condenado sem ser ouvido.
Alguns princípios constitucionais:
▪ Dignidade da pessoa humana (art. 1,III)
▪ Justa indenização (art. 5, XXIV, e art. 184)
▪ Igualdade de todos perante a lei (art. 5)
▪ Ditames da justiça social (art.170)
Art. 4º. LINDB → Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
Art. 126 do CPC → O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais de direito.
A ANALOGIA
“A analogia é um recurso técnico que consiste em se aplicar, a uma hipótese não-prevista pelo legislador, a
solução por ele apresentada para um outro caso fundamentalmente semelhante à não prevista”. (NADER,
Paulo)
“Não é, propriamente, fonte do direito, mas instrumento técnico de que se vale o juiz para suprir a
lacuna.” (FERRAZ JÚNIOR)
A EQUIDADE
É a justiça particular, adequada ao caso concreto, que se distancia dos critérios gerais e rígidos da legalidade.
“A solução de litígios por equidade é a que se obtém pela consideração harmônica das circunstancias
concretas, do que pode resultar um ajuste da norma à especificidade da situação a fim de que a solução seja
justa.” (FERRAZ JÚNIOR)
Art. 140 CPC/2015 – O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Art. 108. Lei nº 5.172/66 (Código Tributário Nacional) – Na ausência de disposição expressa, a autoridade
competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
IV - a equidade; ()
A LEGISLAÇÃO
CLASSIFICAÇÕES DAS NORMAS/LEIS JURÍDICAS
➢ Quanto à hierarquia
Vide:
→ http://www4.planalto.gov.br/legislacao/portal-legis/legislacao-1/legislacao-1
→ http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-
republica/manual-de-redacao.pdf
→ https://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/cursodeprocessolegislativoespecieslegislativas.html
→ Art. 59. CF/88
1.Leis Constitucionais
2. Leis Complementares
3. Leis Ordinárias
4. Normas Inferiores ou Marginalias
➢ Quanto à obrigatoriedade
1.Normas Imperativas
a) imperativas stricto sensu - ►Art. 1.641 CC/02 - É obrigatório o regime da separação dos bens no
casamento:
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
b) proibitivas
►Art. 27 Código Florestal – É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação.
2.Normas Dispositivas
a) permissivas - ►Art. 1.639 CC/02 – É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular,
quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
b) supletivas - ►Art. 1.640 CC/02 – Não havendo convenção, ou sendo ela nula e ineficaz, vigorará, quanto
aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial.
➢ Quanto à sanção
1.Leis Perfeitas (lex perfecta) – A sanção consiste na nulidade automática ou na possibilidade de anulação
do ato.
►Art. 1.653. CC/02 - É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe
seguir o casamento.
3.Leis mais que perfeitas (lex maius quam perfecta) – São as normas cuja violação dá margem a duas
sanções:
(1) A nulidade do ato praticado, com possibilidade de restabelecimento da situação anterior -
e, ainda, (2) a imposição de uma pena ou castigo.
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➢ Quanto à sistematização
1.Leis esparsas;
2. Códigos;
3. Consolidações.