Alimentos Fibrosos para Suínos
Alimentos Fibrosos para Suínos
Alimentos Fibrosos para Suínos
Elton Roger Alves de Oliveira1, Jos Humberto Vilar da Silva2, Mrcia de Souza Coelho1, Nelson Vieira da Silva1, Jos Anchieta de Arajo1, Alda Lcia de Lima Amncio1, Carolyny Batista Lima1, Matheus Ramalho de Lima1.
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58397-000.
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PB.
RESUMO
grande o interesse no estudo de possveis alternativas que viabilizem a substituio total ou parcial do milho e do farelo de soja, entretanto, faz-se necessria uma avaliao mais abrangente do valor nutricional de novos ingredientes, de forma a no comprometer o atendimento das necessidades nutricionais dos animais e conseqentemente a produtividade e os resultados econmicos. Desta forma, os pesquisadores vm procurando determinar com exatido o papel da fibra diettica na nutrio de monogstricos,
principalmente em relao ao suprimento parcial de energia. Portanto, esta reviso tem como objetivo mostrar alguns ingredientes fibrosos que podem ser utilizados na substituio parcial ou total dos ingredientes convencionais para
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sunos, de forma a diminuir os custos de produo, sem o comprometimento do desempenho zootcnico dos animais. A deciso em se utilizar um ingrediente fibroso em substituio ao milho e a soja, depender diretamente da relao custo-benefcio. Sendo de fundamental importncia o estudo sobre a utilizao de ingredientes fibrosos na alimentao de sunos, visto que os ingredientes mais utilizados na produo intensiva dos animais monogstricos constituem-se no farelo de milho e soja, os quais alm de competirem com a alimentao humana, correspondem pela maior parte do custo de produo.
Fibrosos foods for swines ABSTRACT The interest in the study of possible alternatives is great that make possible the total or partial substitution of the maize and the bran of soy, however, becomes necessary a more including evaluation of the nutricional value of new ingredients, form consequently not to compromise the attendance of the nutricionais necessities of the animals and the economic productivity and results. Of this form, the researchers come looking for to determine with exactness the paper of the dietary fiber in the nutrition of monogastric, mainly in relation to the partial suppliment of energy. Therefore, this revision has as objective to show some fibrosos ingredients that can be used in the partial or total substitution of the conventional ingredients for swines, of form to diminish the production costs, without the
comprometimento of the zootcnico performance of the animals. The decision in if using a fibroso ingredient in substitution to the maize and the soy, will directly depend on the relation cost-benefit. Being of basic importance the study on the use of fibrosos ingredients in the swine feeding, since the used ingredients more in the intensive production of the monogastric animals consist in the bran of maize and soy, which besides competing with the feeding human being, corresponds mostly of the production cost.
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1. INTRODUO
A procura crescente de fontes alternativas para a alimentao animal visa substituio de ingredientes tradicionais como o milho e a soja, que so utilizados como fonte de alimentos para os humanos. Desta forma, os pesquisadores vm procurando determinar com exatido o papel da fibra diettica na nutrio de monogstricos, principalmente em relao ao suprimento parcial de energia. A utilizao da fibra diettica em sunos implica em uma menor digestibilidade aparente da matria seca, energia bruta, nitrognio e fibra (Rodriguez, 1990). Em relao idade, Varel (1987), observou que os animais adultos, particularmente as porcas adultas, possuem maior capacidade de
aproveitamento da frao fibrosa diettica, em decorrncia, principalmente, do maior volume intestinal, mais lento trnsito digestivo apresentado pelas categorias animais em questo. Uma das possveis causas da diminuio da digestibilidade dos alimentos ou raes contendo fibra diettica ocorre, possivelmente, devido a mais rpida taxa de passagem da digesta pelo trato gastrointestinal, reduzindo assim o perodo de fermentao e degradao dos carboidratos estruturais inerentes a fibra diettica. Atualmente, o consumo de milho e soja, principais fontes de energia e protena nas dietas de no-ruminantes, compete com a alimentao humana. Com isso, a pesquisa por alimentos alternativos, como subprodutos, resduos e fontes fibrosas vm sendo intensificadas. A utilizao da fibra em dietas de animais no-ruminantes gera uma srie de conseqncias na digesto: aumenta a taxa de passagem da dieta, reduz a digestibilidade, e benfica para porcas em gestao por auxiliar num ganho de peso moderado durante a gestao (Johnston et al., 1987). O conhecimento do real papel dos constituintes da parede celular vegetal, bem como a determinao de seus
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efeitos sobre os parmetros de desempenho e caractersticas de carcaa, entre outros, de suma importncia no que diz respeito avaliao da qualidade nutricional e no estabelecimento de limites adequados de utilizao de ingredientes e/ou alimentos volumosos na rao animal (Mertens, 1992). Em no-ruminantes, o peso, volume e capacidade do trato gastrintestinal apresentam aumento na presena de nveis elevados de fibra diettica, evidenciando alteraes na motilidade e morfologia do trato (Hansen et al., 1992). Para a utilizao de um novo ingrediente alimentar, devem ser obtidas informaes sobre sua composio qumica e valor nutricional, os nveis adequados para incorporar na dieta, de acordo com o tipo de animal, fase produtiva, caractersticas climticas da regio, e a melhor maneira de se manipular, transportar e armazenar o ingrediente (Vieira et al., 2006). Alimentos fibrosos tambm vm se tornando uma fonte vivel de energia para sunos na fase de terminao, sendo nesse caso, utilizados visando diluir o contedo energtico das dietas para animais dessa categoria. Desse modo, consegue-se abat-los com peso acima de 100 kg, com menor acmulo de gordura, importante caracterstica considerada em sistemas de tipificao de carcaa. O uso de ingredientes fibrosos em programas de restrio qualitativa varivel, visto que depende principalmente do custo e da disponibilidade no mercado (Watanabe et al., 2007).
2. REVISO DE LITERATURA
2.1. Cana-de-Acar Ao longo dos ltimos anos, verifica-se um nmero crescente de pesquisas realizadas com a espcie suna, principalmente no que se refere produo de carne. Entretanto, pouca ateno tem sido dada aos componentes e rgos corporais desses animais. Isso se deve ao fato destes rgos no fazerem parte da carcaa comercial. Entretanto, os rgos internos, por intermdio de um processamento adequado, podem se tornar valiosos produtos da indstria
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da carne. Outro fator importante que seu desenvolvimento est diretamente ligado ao rendimento de carcaa, em que quanto maior o peso relativo dos rgos, menor ser o rendimento da carcaa. A utilizao de alimentos alternativos, com o intuito de substituir parcial ou totalmente o milho nas raes para sunos, tem merecido a ateno dos pesquisadores, uma vez que esse ingrediente utilizado em maior proporo nas raes desses animais, contribuindo de forma significativa com os custos de alimentao (Maciel et al., 2007). Segundo Buitrago (1977), os elevados rendimentos da cana-de-acar, em termos de carboidratos utilizveis pelos monogstricos colocam este produto como uma das fontes mais econmicas de energia para nutrio de sunos. Dessa forma, props-se avaliar a utilizao de dietas com diferentes nveis de cana-de-acar em sunos dos 30 aos 100 kg. Os resultados de rendimento de carcaa bem como dos pesos absolutos do bao (BAC), corao (COR), estmago (EST), fgado (FIG), intestino (INT), pulmo (PUL) e rins (RIM) encontram-se na tabela 1. De acordo com Maciel et al. (2007) No foi observado efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre o rendimento de carcaa e nem sobre os pesos absolutos dos rgos avaliados. Considerando que os pesos finais mdios dos animais nos diferentes tratamentos foram similares, o fato dos pesos dos rgos estudados no terem variado, pode em parte, justificar os resultados semelhantes de rendimento de carcaa dos animais, entre os diferentes tratamentos. Por outro lado, SOUZA et al (2002) observaram maior peso absoluto de fgado com o aumento da porcentagem de cana de acar na dieta (30%). Segundo os mesmos autores tal aumento foi observado em funo da maior demanda fisiolgica para metabolizar os cidos graxos volteis, provenientes da fermentao da fibra. Com base nos dados obtidos pode-se inferir que a cana-de-acar pode se tornar uma alternativa vivel de utilizao em substituio de parte do milho na alimentao de sunos (Maciel et al., 2007).
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Tabela 1. Efeito da utilizao de cana-de-acar para sunos de 30 a 100 kg de peso vivo sobre o rendimento de carcaa e pesos absolutos, expressos em gramas, de rgos internos.
Segundo Maciel et al. (2007) a substituio parcial do milho por cana-deacar poder ocorrer em ate 30% sem comprometer o rendimento de carcaa dos animais. Ferreira et al (2005) avaliaram os efeitos da incluso da cana-de-acar integral picada nas dietas sobre as caractersticas de desempenho e carcaa no perodo total de criao, sobre as caractersticas morfolgicas do trato gastrintestinal e a anlise econmica do seu uso na criao de sunos. Os resultados de desempenho obtidos so apresentados na Tabela 2 e 3. O consumo de lisina, rao e o ganho de peso dirio no foram afetados pelos
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nveis de cana utilizados (P>0,05), entretanto, a converso alimentar piorou (P<0,05). Observou-se maior altura de vilosidades intestinais (P<0,05) nos animais alimentados com rao contendo cana-de-acar. A utilizao de 30% de cana-de-acar integral picada no proporcionou mudanas nas
Tabela 2. Valores de consumo de rao dirio (CRD), consumo de lisina dirio (CLD), ganho de peso dirio (GPD), converso alimentar (CA) e ndice de eficincia bionutricional (IBN) em sunos alimentados com cana integral picada nas fases de crescimento e terminao. Nveis de cana integral picada (%) Variveis CRD (kg/dia) CLD (g/dia) GPD (kg) CA (kg/kg) IBN1
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Tabela 3. Altura das vilosidades do duodeno, jejuno e leo em sunos alimentados com cana-de-acar integral picada nas fases de crescimento e terminao. Nveis de incluso de cana-de-acar (%) Variveis 0 15 Altura das vilosidades (m) Duodeno Jejuno leo 504 536 616 638 652 673 608 597 665 30
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A cana-de-acar integral picada pode ser fornecida no nvel de substituio de 30% como fonte alternativa alimentao de sunos nos perodos de crescimento e terminao. O oramento comparativo dos sistemas demonstrou que a rao contendo 15% de cana-de-acar gerou maior balano positivo, demonstrando a viabilidade econmica da sua implantao (Ferreira et al., 2005).
2.2. Mandioca Originria da Amrica do Sul, a mandioca (Manihot esculenta) uma cultura de pases pobres, sendo o Brasil o mais desenvolvido dentre os pases produtores. Por ser de fcil adaptao, est presente nos quatro continentes. Sua cultura est presente em todos os estados brasileiros, situando-se entre os nove primeiros produtos agrcolas do pas, em termos de rea cultivada e o sexto em valor de produo. De acordo com Bertol (2007) a raiz de mandioca por ser uma importante fonte de energia, apresenta-se como um potencial ingrediente alternativo para a substituio parcial ou total do milho nas raes de sunos. A produo de mandioca tem aumentado significativamente nas propriedades agrcolas brasileiras, contudo, na forma ensilada existem poucas informaes a respeito da utilizao da mandioca na alimentao desses animais. Visando diminuir os custos de produo de rao para sunos utilizando matrias primas alternativas, OLIVEIRA et al. (2005) no encontraram diferenas significativas sobre o desempenho zootcnico de leites na fase inicial quando utilizaram nveis crescentes de raspa integral de mandioca. Silva et al (2007) avaliaram o desempenho de sunos em
crescimento/terminao, alimentados com raes contendo silagem da raiz de mandioca (MA) e silagem da raiz de mandioca suplementada com soja integral (MS) em substituio total do milho das dietas. Os resultados encontrados no desempenho so mostrados na Tabela 4. Para fase de crescimento, o CDR e GDP no diferiram entre os tratamentos, o que j era esperado, pois as raes eram isoenergticas, isoclcicas, isofosfricas,
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isoproteicas e isoaminoacdicas para metionina+cistina. A CA foi melhor para os animais alimentados com MA e MS quando comparado com a RT. A melhora pode ser atribuda a queda do pH nas silagens e por causa do perfil do amido da mandioca, visto que a digestibilidade do amido inversamente proporcional quantidade de amilose, que no milho est presente em maior quantidade (Van soest, 1994). Para o perodo total, no foi encontrado diferena entre os tratamentos, que concordam com os resultados de Nicolaiewsky et al (1989) que ao trabalhar com substituio total do milho por silagem de raiz de mandioca em raes para sunos em crescimento e terminao, tambm no detectaram diferena no desempenho (Silva et al., 2007). Tabela 4. Consumo dirio de rao (CDR), ganho dirio de peso (GDP), converso alimentar (CA) e valores mdios de pH das raes experimentais (RT, MA e MS)1 para sunos em fase de crescimento e perodo total.
Os resultados da anlise econmica, Tabela 5, consideraram o custo da MA e MS, ajustados para a mesma base de 87,45% de matria seca, de R$ 180,00 a tonelada para MA e R$ 200,00 para MS ensilada e o preo do milho, R$
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210,00. Para fase de crescimento, observa-se, que o custo de rao por quilograma de suno produzido diferiu entre os tratamentos, em que os menores custos obtidos foram para a silagem de raiz de mandioca contendo soja integral. Para o perodo total, o custo de rao por quilograma de suno produzido diferiu entre os tratamentos MS e MA, em que os menores custos obtidos foram para a silagem de raiz de mandioca contendo soja integral (Silva et al., 2007). Tabela 5. Custo do quilograma de rao, custo de rao por quilograma de suno produzido (CR), ndice de eficincia econmica (IEE) e ndice de custo (IC) para sunos em diferentes perodos experimentais, alimentados com rao testemunha (RT) e raes contendo silagem de raiz de mandioca (MA) e silagem de raiz de mandioca contendo soja integral (MS).
Conforme Silva et al (2007) a silagem de raiz de mandioca que contm ou no soja integral pode substituir totalmente o milho na rao de sunos nas fases de crescimento e perodo total. Carvalho et al. (2006) estudando o desempenho de sunos na fase de terminao alimentados com dietas contendo diferentes nveis de raspa integral de mandioca e formas de arraoamento na fase inicial, verificaram que no houve diferenas significativas (P>0,05) para o GPMD, CRMD e CA dos animais. Para as formas de arraoamento a anlise de varincia dos dados
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mostrou que no houve diferenas significativas (P>0,05) para o GPMD, CRMD e CA dos animais (Tabela 6). Tabela 6. Mdias do desempenho zootcnico dos leites alimentados com dietas contendo diferentes nveis de raspa integral de mandioca (RIM) e formas de arraoamento na fase inicial.
De acordo com Carvalho et al. 2006 o GPMD, CRMD e CA na fase de terminao no foram influenciados pelos diferentes nveis de incluso de raspa integral de mandioca e nem pelas diferentes formas de arraoamento (P>0,05) em funo dos tratamentos aplicados na fase inicial (Tabela 7). Tabela 7. Mdias do desempenho zootcnico dos sunos na fase de terminao alimentados com dietas contendo diferentes nveis de raspa integral de mandioca (RIM) e formas de arraoamento na fase inicial.
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A raspa integral de mandioca pode ser utilizada at o nvel de 36% nas raes de sunos na fase inicial sem comprometer o desempenho zootcnico dos animais na fase de terminao, independente da forma de arraoamento (Carvalho et al., 2006).
2.3. Casca de Caf O Brasil o maior produtor mundial de caf cuja produo est entorno 32,065 milhes de sacas de caf beneficiado (Bosqui, 2007). Segundo Ulloa Rojas et al. (2002) o processamento para a obteno do caf gera grandes quantidades de casca de caf (CC) tornando-se um problema de poluio ambiental para os paises produtores de caf. A casca de caf representa cerca de 40% do fruto maduro, sendo de alta disponibilidade em algumas regies do Brasil. Estima-se que o pas produza todos os anos aproximadamente 21 milhes de sacas de casca, uma quantidade similar a produo de gros. Diversos estudos tm sido realizados com propsito de aproveitar este resduo, sendo a ensilagem um processo alternativo que busca eliminar ou reduzir os fatores antinutricionais (Carvalho et al., 2007). No Brasil, muitos trabalhos tm sido realizados para avaliar o potencial de subprodutos agrcolas na alimentao de sunos com o objetivo de diminuir custos e incrementar a produtividade. Estudos realizados com a casca de caf tm mostrado a possibilidade de sua incluso nas raes de sunos, embora com limitaes (Moreira et al., 2005). Oliveira (1999) avaliou diferentes nveis de incluso (0, 5%, 10% e 15%) de casca de caf em raes isoenergticas e verificou reduo na
digestibilidade das raes e no desempenho de sunos em crescimento e terminao. Concluiu ainda, que vivel economicamente a incluso de at 5%, em substituio ao milho. Oliveira (2001) estudou cinco nveis de incluso da casca de caf melosa (0, 5%, 10%, 15% e 20%) em raes para sunos em terminao, concluindo que a casca de caf possui valores baixos de digestibilidade e balano
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energtico, quando comparada com o milho, e que igualmente reduz o desempenho de sunos em terminao. Moreira et al. (2005) determinaram o valor nutricional da casca de caf na alimentao de sunos em crescimento. As composies qumica, energtica e nutrientes digestveis das cascas de caf (melosa e seca) encontram-se na Tabela 8 e os coeficientes de digestibilidade esto presentes na tabela 9.
Tabela 8. Composio qumica, energtica e nutrientes digestveis das casca de caf (melosa e seca), para sunos na fase de crescimento (na matria natural). Casca melosa Matria seca, % Protena bruta, % Energia bruta, kcal/kg Fibra em detergente cido, % Fibra em detergente neutro, % Matria orgnica, % Clcio, % Fsforo, % Energia digestvel, kcal/kg Matria orgnica digestvel, % Matria seca digestvel, % Fibra em detergente cido digestvel, % Fibra em detergente neutro digestvel, % 90,37 8,67 3.739 32,68 39,37 85,80 0,45 0,14 2.496 49,44 84,05 15,83 16,25 Casca seca 93,21 8,60 4.075 60,68 76,44 87,75 0,57 0,085 1225 22,23 75,02 18,14 30,04
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O valor de MS foram superiores aqueles apresentados por Oliveira (1999), Oliveira (2001) e Fialho et al (1998), e inferiores ao obtidos por Barcelos (1997) para casca de caf melosa, e Souza (2001) para a casca seca. As cascas apresentaram teores mdios de EB semelhantes aos obtidos por Oliveira (1999), Oliveira (2001) e Barcelos et al. (1997). Os teores de clcio e fsforo total foram semelhantes aos encontrados por Barcelos (1997). Por outro lado, o teor mdio de FDN para a CM foi superior ao obtidos por Oliveira (2001), mas inferior ao de Oliveira (1999). Para a CS a FDN foi superior ao apresentado por Souza (2001), enquanto o teor mdio do FDA para a CM foi menor que o obtido por Oliveira (1999), mas superior ao determinado por Oliveira (2001), e semelhante ao apresentado por Barcelos (1997), enquanto para a CS foi superior ao determinado por Souza (2001). Os CDMS, CDEB e CDMO no apresentaram interaes (P>0,05) entre o tipo de casca e o grau de moagem, e foram superiores para a CM (66,7%; 66,8%; 57,9%) comparado a CS (32,2%; 30,1%; 25,5%), respectivamente. Para o CDFDN, no houve diferenas entre os tipos de casca e grau de moagem. Para o CDFDA houve interao (P<0,05), indicando que a CS moda com menor granulometria apresenta melhor digestibilidade que com maior granulometria, e que a CS possui menor coeficiente que a CM. Estes resultados sugerem que as anlises qumicas do contedo fibroso dos alimentos, no so suficientes para indicar o grau de digestibilidade das mesmas, j que fatores fsicos, como granulometria, podem interferir na digesto das fibras dietticas. Os valores de energia digestvel (kcal/kg) das cascas de caf melosa e seca so respectivamente: 2.495 (peneira 2,5 mm) e 2.498 (peneira 4,0 mm); 1.237 (peneira 2,5 mm) e 1.216 (peneira 4,0 mm). A casca de caf melosa a mais indicada para alimentao de sunos em crescimento, comparada com a casca de caf seca (Moreira et al., 2005).
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Tabela 9. Valores mdios dos coeficientes de digestibilidade (%) da casca de caf melosa e seca modas em peneiras com diferentes dimetros de furo. Cascas de caf (%) Peneira, mm Melosa Seca Mdia
Coeficiente de digestibilidade da MS 2,5 4 Mdia 65,87 67,33 66,68a 34,71 29,02 32,18b 48,56 50,30 49,43
Coeficiente de digestibilidade da EB (%) 2,5 4 Mdia 66,73 66,83 66,79a 30,35 29,85 30,13b 46,52 50,39 48,46
Coeficiente de digestibilidade da MO (%) 2,5 4 Mdia 55,04 60,20 57,91a 26,63 24,03 25,47b 39,25 44,13 41,69
Coeficiente de digestibilidade da FDN (%) 2,5 4 Mdia 38,89 45,86 42,76 43,85 34,46 39,67 41,64 40,79 41,22
Coeficiente de digestibilidade da FDA (%) 2,5 4 Mdia 42,66Aa 39,90Aa 41,12 39,63Aa 20,19Bb 30,99 40,97 31,14 36,05
Mdias seguidas de letras diferentes, minsculas na coluna e maisculas na linha, diferem pelo teste de Tukey (P<0,05).
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Conforme Costa et al. (2001) o processo de ensilagem pode tambm favorecer a disponibilizao de nutrientes, por meio da quebra parcial da parede celular. Assim, esperada uma maior digestibilidade da frao fibrosa, quando os alimentos so ensilados. Costa et al. (2007) avaliaram o desempenho e caracterstica de carcaa de sunos em terminao alimentados com casca de caf ensilada. Os dados de desempenho e de caracterstica de carcaa obtidos
encontram-se na Tabela 10. No houve efeito (P0,05) dos nveis de incluso de CCEn sobre as variveis CDR e GDP. Houve reduo linear (P0,05) da CA. Esta resposta pode ser resultado da adio de leo as raes para torn-las isoenergticas. Estes resultados so diferentes dos encontrados por Poveda Parra (2005), utilizando nveis crescentes de casca de caf para sunos em terminao. Com exceo da espessura de toucinho (ET), nenhuma das caractersticas de carcaa foi influenciada pela adio da CCEn. A ET respondeu de forma quadrtica (P_0,05) incluso da CCEn, indicando que 8,40% de CCEn que resulta em menor ET. Esta resposta pode ser explicada em virtude da CCEn ser um alimento fibroso, resultando em reduo no consumo de energia e consequentemente obtendo uma menor quantidade de gordura nas carcaas. Resultado semelhante foi encontrado por Quadros (2006) utilizando casca de soja, um subproduto semelhante casca de caf. Tabela 10. Efeito da casca de caf ensilada (CCEn) sobre o consumo dirio de rao (CDR), ganho dirio de peso (GDP) e converso alimentar (CA), Nitrognio da uria plasmtica (NUP), quebra de jejum (QJ), rendimento de carcaa quente (RCQ), rendimento de carcaa fria (RCF), quebra de
rendimento (QR), rendimento de pernil (RP), profundidade de lombo (PL), espessura de toucinho (P2C), perdas por gotejamento (PGOT), comprimento de carcaa (CC), espessura de toucinho segundo o mtodo brasileiro (ET), rea de olho de lombo (AOL).
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Segundo Carvalho et al. (2007) a casca de caf melosa ensilada pode ser includa at o nvel de 16% em raes de sunos em terminao sem prejudicar o desempenho.
2.4. Bagao de Cevada Os resduos de cervejaria so produzidos em larga escala no Brasil, que o um dos maiores produtores de cerveja no mundo. Entre os resduos, o bagao de cevada obtido em grande quantidade e as indstrias de cerveja passam a ter srios problemas com ao destino que do a ele, pois, ao ser jogado a cu aberto, podem causar poluio ambiental, havendo, inclusive, o risco de contaminao do subsolo e do lenol fretico, havendo ainda, os riscos de severa penalizao pelos rgos de fiscalizao ambiental (Vieira et al., 2006). Por outro lado, o bagao de cevada, possui considervel valor nutricional, segundo GOMES et al. (2004) com alto valor protico (23%), fibra bruta em torno de 20%, 74% de nutrientes digestveis totais, de comprovada
palatabilidade para os animais e de fcil manuseio e utilizao (PEREIRA et al., 1999). Isto o torna um potencial ingrediente alimentar a ser utilizado na alimentao animal. Vieira et al (2006) realizou um trabalho nas fases de crescimento e terminao com o objetivo avaliar os efeitos do bagao de cevada includo em nveis crescentes na dieta de sunos. Os valores mdios dos parmetros de trato gastro-intestinal (TGI) e das vsceras de sunos alimentados com nveis crescentes de bagao de cevada (BC) na dieta, na fase de crescimento e abatidos aos 100 kg, so apresentados na tabela 11. No houve influncia (P>0,05) do nvel de BC na dieta de sunos na fase de crescimento, sobre os pesos de trato gastro-intestinal, do estmago e do fgado, quando abatidos aos 100 kg (Vieira et al., 2006). De acordo com vrios autores citados por LANA et al. (1992), alimentos com altos nveis de fibra bruta (FB), como feno, capim seco e, no caso
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presente, o BC, promovem aumento do volume do TGI, enquanto capim novo ou adio de concentrado ao volumoso reduzem o volume do TGI. Apesar dessas afirmaes, isto no foi observado no presente estudo, provavelmente por diluio do efeito residual, durante a fase de terminao, dos efeitos da incorporao de bagao de cevada na dieta de crescimento sobre os pesos de trato gastro-intestinal e vsceras (Vieira et al., 2006). Tabela 11. Peso do trato gastro-intestinal e das vsceras de sunos abatidos aos 100 kg, alimentados com dieta contendo nveis crescentes de bagao de cevada na fase de crescimento.
Conforme Vieira et al (2006) os pesos de trato gastro-intestinal, das vsceras, de estmago e do fgado de sunos no foram influenciados pela incluso de bagao de cevada na dieta desses animais, na fase de crescimento. Vieira et al (2006) avaliou a qualidade de carcaa de sunos que, durante a fase de crescimento foram alimentados com dieta contendo nveis crescentes de bagao de cevada. Para a maioria dos parmetros avaliados no se observou diferena (P>0,05). Foi observado efeito quadrtico (P<0,05) sobre os pesos de carcaa quente, mas no houve diferena significativa (P>0,05) do peso de carcaa resfriada com o aumento do nvel de BC na dieta. Foi observado reduo linear (P<0,05) nos pesos de paleta e sobre-paleta. Pode ter havido reduo do efeito residual, durante a fase de terminao, dos efeitos da incorporao de BC na dieta de crescimento (Vieira et al., 2006). De acordo com Vieira et al (2006), ao se observar os parmetros de desempenho, ao final da fase de crescimento, pode-se inferir que caso os
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animais tivessem sido abatidos ao final dessa fase, o que no usual, a maioria dos parmetros de carcaa teriam provavelmente se mostrado diferentes. Tabela 12. Parmetros de carcaa de sunos alimentados na fase de
crescimento com dieta contendo bagao de cevada e abatidos aos 100 kg de peso vivo.
O bagao de cevada pode ser includo na dieta de sunos em fase de crescimento em nveis de at 50%, sem comprometer a qualidade de carcaa (Vieira et al., 2006).
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Vieira et al. (2006) avaliou o desempenho de sunos em crescimento alimentados com dietas contendo bagao de cevada. tabela 13. Foram observados efeitos significativos (P<0,05) da incluso de bagao de cevada sobre todos os parmetros estudados. Observou-se reduo linear no consumo total de MS de rao (P<0,05), enquanto se observou efeito quadrtico (P<0,05) sobre o consumo de MS de bagao de cevada e sobre o consumo total de MS, com o aumento do nvel de bagao de cevada na dieta (Vieira et al., 2006). Observou-se, ainda, efeito quadrtico (P<0,05) sobre o ganho de peso total e dirio e, tambm, sobre a converso alimentar com o aumento do nvel de bagao de cevada na dieta (Vieira et al., 2006). Tabela 13. Valores de desempenho de sunos em crescimento alimentados com diferentes nveis de bagao de cevada. Dados presentes na
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Conforme Vieira et al., (2006) o melhor nvel de incluso de bagao de cevada em dietas para sunos em crescimento seria de 14,91%, para maior consumo total de MS, ou 12,85% para mximo ganho de peso ou 13,38%, para a melhor CA.
2.5. Polpa Ctrica Diante do surgimento de novos nichos de mercado e da reduo de custos operacionais no abate, os frigorficos e as indstrias de processamento de carne suna esto observando vantagens na produo de sunos com peso de abate prximo ou mesmo acima de 130 kg. Entretanto, verifica-se que, a partir dos 80 kg h um aumento do consumo de rao, mas sua deposio diria de protena torna-se constante, e dessa forma, o excesso de energia consumida depositada como gordura. Sendo do interesse do consumidor a aquisio de carne suna com baixo teor de gordura, a implantao de um sistema de tipificao de carcaa pelos frigorficos no Brasil, busca a obteno de carcaas com melhor qualidade, onde h bonificao quando apresentam padres adequados de gordura. Visando melhor remunerao por carcaas quando se produz sunos pesados, a restrio alimentar qualitativa a forma mais vantajosa por no necessitar de adequaes nas instalaes e facilitar o manejo alimentar, pois se baseia no decrscimo no teor energtico da dieta por meio da incluso de ingredientes de baixo valor nutricional, como resduos do processamento de alimentos (Watanabe et al., 2007). Sendo o Brasil o maior produtor mundial de suco de laranja, h grande disponibilidade da polpa ctrica, principal resduo destas indstrias.
Considerando sua composio em fibras, a polpa ctrica pode ser um ingrediente utilizado em programas de restrio alimentar qualitativa para sunos em terminao (Watanabe et al., 2007). Os efeitos de fontes ricas em fibra solvel, como a polpa ctrica, foram pouco estudados e podem diferir daqueles da fibra insolvel, por serem passveis de fermentao microbiana, principalmente no ceco (Watanabe et al., 2007).
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O uso de ingredientes fibrosos em programas de restrio qualitativa varivel, visto que depende principalmente do custo e da disponibilidade no mercado. Considerando sua composio em fibras e a tendncia reduo de consumo quando includa em certas propores na dieta, a polpa ctrica pode proporcionar efetiva restrio alimentar qualitativa para os sunos (Watanabe et al., 2007). Watanabe et al. (2007) estudando a avaliao biolgica da polpa ctrica para sunos em terminao (Tabela 14), observou que a polpa ctrica apresenta 2496 kcal de energia digestvel/kg, porm baixo teor de protena digestvel (0,89%). Quanto aos teores de fibra em detergente neutro e fibra em detergente cido, apresentou em sua composio qumica, teores de 18,85 e 14,32%, respectivamente, sendo consideradas fraes insolveis e de baixa digestibilidade. J para a fibra solvel em detergente neutro, apresentou nvel de 41,18%, com coeficiente de digestibilidade de 85,93%, demonstrando seu potencial em ser degradada pelos microrganismos do intestino grosso. Apesar de apresentar elevado teor de clcio em sua composio, verificou-se que grande parte deste mineral est indisponvel ao animal, bem como o fsforo, que apresentou baixa disponibilidade no ingrediente, provavelmente devido sua complexao ao cido ftico. Tabela 14. Composio qumica, coeficientes de digestibilidade, nutrientes e energia digestveis da polpa ctrica.
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A polpa ctrica no apresenta qualquer caracterstica nutricional deprecivel que a impea de ser utilizada na alimentao de sunos na fase de terminao, podendo ainda ser um ingrediente a ser utilizado em programas de restrio alimentar qualitativa, tendo em vista ter diminudo a digestibilidade da rao teste. Para a formulao de dietas contendo este ingrediente, o teor de clcio total dever ser desconsiderado, utilizando o valor de clcio disponvel (Watanabe et al., 2007). Watanabe et al. (2007) avaliou a incluso de diferentes nveis de polpa ctrica nas raes sobre o peso dos rgos do sistema digestrio de sunos em terminao sob restrio alimentar qualitativa (Tabela 15). A incluso dos diferentes nveis de polpa ctrica promoveu aumento dos pesos do estmago, clon, ceco e fgado, no havendo efeito (P>0,1) para os pesos do intestino delgado e pncreas. Para o peso do estmago, foi observado aumento linear (y=545,666+2,872x, R=0,42, P=0,0013) com a elevao dos nveis de polpa ctrica na dieta. O consumo de dietas contendo maiores nveis de polissacardeos no amilceos (PNAs) pode promover o aumento de secrees gstricas, culminando com maior volume da digesta, de acordo com a natureza hidroflica dos PNAs. Desse modo, quando h maior quantidade de PNAs solveis, como a pectina da polpa ctrica, h tambm maior ocupao do estmago pelo alimento (Watanabe et al., 2007). Tabela 15. Valores mdios e coeficientes de variao (CV) e resultados nas anlises estatsticas para pesos dos rgos do sistema digestrio de sunos alimentados com diferentes nveis de polpa ctrica.
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De acordo com Watanabe et al. (2007) os sunos em terminao alimentados com maiores nveis de polpa ctrica tiveram respostas adaptativas, como aumento dos pesos dos rgos do sistema digestrio, possibilitando maior degradao dos componentes fibrosos do ingrediente.
3. CONSIDERAES FINAIS
A incluso de fibra diettica na rao de sunos pode representar uma alternativa vivel na substituio parcial do milho se for usada como critrio, a qualidade e quantidade do ingrediente, bem como, quanto categoria animal em questo. A deciso em se utilizar qualquer ingrediente fibroso em substituio parcial ao milho recair sobre um estudo em relao ao custo-benefcio e o desempenho zootcnico do animal.
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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