Artigo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 24

Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Curso de Medicina Veterinária


Trabalho de Conclusão de Curso

Uso de óleo vegetais na alimentação e terminação de cordeiros:


revisão de literatura

Gama-DF
2023
ANTÔNIO ROGÉRIO AURÉLIO DE FRANÇA

Uso de óleo vegetais na alimentação e terminação de cordeiros:


revisão de literatura

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária
pelo Centro Universitário do Planalto Central
Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientador (a): Prof. (a). Dra. Margareti Medeiros

Gama-DF
2023
Uso de óleo vegetais na alimentação e terminação de cordeiros:
revisão de literatua
Antônio Rogério Aurélio de França1

Resumo:
A pecuária brasileira apresenta posição de destaque na cadeia produtiva nacional. No entanto, ainda
há desafios básicos como a exigência nutricional dos animais ou seja, nutrientes diários para suprir
adequadamente a demanda alimentar, em quantidade e em qualidade, atendendo toda a necessidade
de manutenção, produção e reprodução, a partir de uma dieta equilibrada e com o menor custo ao
produtor. O rebanho de ovinos no Brasil atingiu 20.628.699 milhões de cabeças em 2020, com
crescimento médio anual de 9,7% entre 2016 e 2019. Com esse cenário, as dietas com a inclusão
de óleos vegetais apresentam maior digestibilidade, potencializando assim o seu uso na
alimentação e terminação de ruminantes. Assim, o presente trabalho objetiva realizar uma revisão
bibliográfica, buscando destacar metodologias de nutrição de ovinos em confinamento, bem como
avaliar a viabilidade das dietas que incluem os óleos vegetais, inclusive sobre o aspecto econômico
da sua utilização.

Palavras-chave: Óleos de origem vegetal; Nutrição animal; Ovinos.

Abstract:
Brazilian livestock has a prominent position in the national production chain, the moment is
positive. However, there are still basic challenges such as the nutritional requirements of animals
that is, daily nutrients to supply favor food demand, in quantity and quality, meeting all the needs
for maintenance, production and reproduction, from a balanced diet at the lowest cost to the
producer. The sheep herd in Brazil reached 20.628.699 million heads in 2020, with an average
annual growth of 9.7% between 2016 and 2019. With this scenario, diets including vegetable oils
have greater digestibility, thus enhancing their use in feeding and finishing ruminants. Therefore,
the present work aims to carry out a bibliographical review, seeking to highlight methodologies for
feeding sheep in confinement, as well as evaluating the viability of diets that include vegetable oils,
including the economic aspect of their use.

Keywords: Oils of vegetable origin; Animal nutrition; Sheep.

Graduando do Curso de Medicina Veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
1

Uniceplac. E-mail: [email protected]


1 INTRODUÇÃO

A pecuária brasileira apresenta posição de destaque na cadeia produtiva nacional, e tende a


consolidar o país como uma das maiores potências mundiais nas exportações de carne bovina
(GOMES; FEIJÓ; CHIARI, 2017). Em 2020, o rebanho brasileiro atingiu 218 milhões de cabeças
(IBGE, 2021), no entanto, segundo o mesmo órgão, não é apenas a bovinocultura que apresenta
bons resultados. Também, o rebanho de ovinos no país atingiu 20.628.699 milhões de cabeças em
2020, com crescimento médio anual de 9,7% entre 2016 e 2019 (MAGALHÃES; FILHO;
MARTINS, 2021).
O cenário atual é positivo, se comparado ao que havia 20 anos atrás, quando o rebanho
nacional não passava de cerca de oito milhões de cabeças. No entanto, ainda há que se superar
desafios básicos como: a desorganização da cadeia produtiva, ou seja, não há associações fortes e
atuantes para respaldar tecnicamente os pequenos produtores, considerando-se o fato de que maior
parte dos criadores são da agricultura familiar; falta subsídios governamentais de fomento à
produção como forma de incentivar o aumento do rebanho (MONTEIRO; BRISOLA; VIEIRA
FILHO, 2021).
Segundo Sorio (2010), outro entrave é o abate, que por haver um número reduzido de
estabelecimentos regularizados, e deficiência na fiscalização, boa parte deles ocorrem de forma
clandestina.
Quanto a produção de carne, as principais raças ovinas utilizadas no Brasil são: Dorper,
Somalis, Santa Inês, Morada Nova, Suffolke, Hampshire, Texcel e Ile de France, entre as quais
também se apresentam algumas de duplas aptidão (MEDEIROS et al., 2005). E o sistema de
manejo mais observado é o extensivo e semi-intensivo, sendo que são observados melhores
resultados nutricionais e sanitários em propriedades que adotam o sistema semi-intensivo (ALVES
et al., 2017; GONÇALVES, 2022).
A exigência nutricional de ovinos constitui os nutrientes diários para suprir adequadamente
sua demanda alimentar, em quantidade e em qualidade, de modo a ser atendida toda a necessidade
de mantença/manutenção, produção e reprodução, a partir de uma dieta equilibrada, e com o menor
custo (SILVA; NOBREGA, 2008). Todavia, entre uma definição correta de exigência nutricional,
e o que acontece na prática pode haver certas discrepâncias, particularmente se for levado em conta
o fato de que o Brasil não dispõe de uma tabela de exigências nutricionais, própria da realidade
nacional.
Via de regra, usa como base a tabela do Comitê Norte-Americano (NCR) responsável por
pesquisar as exigências nutricionais da espécie ovina, por exemplo. Usa-se também outras tabelas,
como a do Instituto Britânico de Agricultura (AFRC) ou a do Instituto Agronômico Francês
(INRA).
São ferramentas cuja utilidade deve ser reconhecida, mas que em tese não validaria os dados
para todas as realidades, visto que nenhuma delas leva em consideração fatores de variação racial
e variação climática, por exemplo, embora se saiba que as exigências nutricionais das espécies são
influenciadas por fatores como: o ambiente, a raça, a espécie e a qualidade da matéria ofertada
(BORGES et al., 2005).
De forma muito resumida, sabe-se que uma dieta minimamente adequada pra manutenção
de ovinos seria algo como o que se apresenta a seguir: Consumo de Matéria Seca (CMS) 1,2 kg;
Proteína Bruta (PB) 9,5%; Nutrientes Digestivos Totais (NDT) 55%; Quilocaloria/Megacaloria
EM (Mcal/kg) 2,0; Cálcio (Ca) 0,4 g/kg e Fósforo (P) 0,2 g/kg (SILVA, 2021).
De modo geral, a dieta de pequenos ruminantes é composta principalmente por volumoso,
cerca de 98%. Entre as opções mais conhecidas tem-se as pastagens, as palhas, os fenos e as

4
silagens. Como suplementação comumente se utiliza concentrados: energéticos e proteicos, em
proporções que normalmente não ultrapassam 1,0% a 2,0% do Peso Vivo (PV) do animal
(MORAES; COSTA; ARAUJO, 2011).
Diante do exposto, a realização de estudos que se proponham a analisar diferentes aspectos
da nutrição de ovinos, é de fundamental importância. Portanto, esse trabalho tem como objetivo
realizar uma revisão da literatura, buscando encontrar as melhores metodologias de nutrição de
ovinos em confinamento, bem como aferir a viabilidade das dietas que incluem os óleos vegetais,
inclusive sobre o aspecto econômico.

2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO DOS RUMINANTES

O trato digestório dos ruminantes apresenta certas peculiaridades em relação a outras


espécies, particularmente na porção inicial na qual se encontra o estômago, que é dividido em
quatro partes: rúmen, retículo, omaso e abomaso (Figura 1).

Figura 1 – Representação esquemática do aparelho digestório de ovino

Fonte: Adaptada Rodríguez; Ortiz, 2020.

As três primeiras estruturas (rúmen, retículo e omaso) apresentam atividade fermentativa


decorrente da presença de microrganismos que os colonizam, os quais tem relação direta com a
dieta, que via de regra é composta por altos teores de fibra. Já o abomaso apresenta maiores
semelhanças com o estômago dos monogástricos (não ruminantes) e é revestido por tecido epitelial
mucoso o qual produz secreção glandular de ácidos e hormônios, cujas funções são determinantes
no processo digestório dos alimentos (Figura 2).

5
Figura 2 – Características dos epitélios gástrico de ruminantes

A B C

(A) Mucosa e epitélio do Rúmen; (B) Retículo; (C) Omaso.


Fonte: Oliveira; Santos; Valença, 2019.

Segundo Oliveira; Santos e Valença, 2019, para haver uma boa digestão é importante que
as condições gástricas estejam adequadas para a atividade dos organismos digestivos, com pH entre
5,5 e 6,8 e a temperatura entre 38 e 42 ºC.
Quando se aborda o tema formulação de dietas para ovinos, ou para qualquer outra espécie
de interesse zootécnico, deve-se sempre levar em conta que há um padrão a ser seguido. A demanda
nutricional da espécie, em cuja formulação final, deve estar contido todos os elementos
demandados pela exigência nutricional do animal em questão. Disso decorre o termo usualmente
conhecido como nutrição balanceada (SILVA, 2021).
O autor destaca ainda que entre os requisitos nutricionais, sobressaem-se os proteicos, os
energéticos, os minerais e os vitamínicos; sendo de extrema importância considerar também fatores
como: a espécie, a raça, a idade, o estado reprodutivo e o ambiente, bem como a disponibilidade
de forragem (SILVA, 2021).
A seguir, são apresentadas algumas equações e tabelas que predizem os requerimentos
nutricionais de ovinos, as quais mostram uma base teórica para a formulação de rações de algumas
categorias.
A primeira equação é um indicador de CMS e na Tabela 1 (Anexo A), são exibidas
estimativas para o CMS para cordeiros em função da variação do peso vivo (PV) e do ganho de
peso diário (GPD):

CMS (kg/animal/dia) = 0,311 + [(0,0197 x PV) + (0,682 x GPD)]

A seguinte fórmula, estima o requerimento de energia para ganho de peso dos animais:

Y = (2,0411 + (0,0472 x PV)) x GPD

Em que:
Y= Energia Líquida (Mcal) necessária para ganho de 1kg de peso vivo.

6
PV= Peso Vivo dos animais.
GPD= Ganho Médio Diário em kg.

Transformação das exigências em energia líquida para ganho de peso. As estimativas das
transformações são apresentadas na Tabela 2 (Anexo B).
Elg= Energia Líquida para ganho de peso (Eficiência: 0,47).
EMm= Eenergia Metabolizável de manutenção (EM dividido por 0,82).
EMg= Energia Metabolizável para ganho de peso.
ED= Energia Disgestível (ED dividido por 4,409).
NDT= Nutrientes digestíveis totais.

Esta fórmula, estima o requerimento de proteína para ganho de peso dos animais:

Y = 189,21 – (0,7652 x PV) x GPD

Em que:
Y= Quantidade (g) de proteína líquida necessária para o ganho de 1 kg de peso vivo.
PV= Peso Vivo do animal (dividido pela eficiência de 0,59 resultou na estimativa da proteína
metabolizável para ganho).
GPD= Ganho Médio Diário em kg.

Estima-se a proteína para cada kg de PV de ganho usando a consequente fórmula:

Y = 189,21 – (0,7652 x PV)

Por outro lado, converte-se essa equação em Proteína Metabolizável (PMg) para ganho
considerando-se a eficiência de 0,59. Uma vez obtida a quantidade total de proteína metabolizável
(PMm + PMg), esta foi convertida para proteína bruta (g/animal/dia), observanda as seguintes
equações:

7
PMic (g) = 120 x NDT (kg) x 0,64

PDR (g) = 1,11 x PMic

PNDR (g) = (PM – PDR)/0,8

PB (g) = PDR + PNDR

Em que:
PMic= Quantidade de proteína bruta microbiana que flui para o duodeno por dia.
PDR= Exigência em proteína degradada no rúmen.
PNDR= Exigência em proteína não degradada no rúmen.
PB= Exigência em proteína bruta.

Assim, sistematizada as equações, pode-se determinar as estimativas dos requerimentos


protéicos dos cordeiros, em correlação de PV e GPD, conforme a Tabela 3 (Anexo C). Salienta-se
que tais equações de predição referem-se a ovinos destinados à produção de carne, ou seja, animais
de corte.
Para o preparo de ração aos ovinos, baseando-se em matéria seca, faz-se necessário o
conhecimento de variadas concentrações nutricionais que são dispostas na Tabela 4 (Anexo D).
Ainda com relação ao preparo das rações aos ovinos, devem ser seguidas as requisições minerais
disposta na Tabela 5 (Anexo E).
Segundo Ribeiro (1997), os requerimentos nutricionais dos ovinos são a base para a
formulação de uma dieta, visto ser necessário estimar de forma quantitativa um determinado
alimento, cujo balanceamento deve atender de forma completa a exigência final, seja ela proteica,
energética ou mineral.
O mesmo autor ressalta ainda que embora a alimentação represente a maior parte dos custos
de produção, cerca de 80%, não se pode negligenciar a importância de manter um rebanho bem
nutrido, pois tal condição é fator determinante para se alcançar o máximo do potencial reprodutivo
dos animais, portanto é imperioso ter ciência dos alimentos disponíveis na região para que se possa
selecionar as opções com maior viabiliade (RIBEIRO, 1997).
A Associação Americana Oficial de Controle dos Alimentos (AAFCO), descreve a
classificação dos alimentos segundo o conteúdo de energia, de fibra e de proteína imprescindíveis
aos animais (Figura 3).

8
Figura 3 – Classificação básica dos alimentos

Fonte: Moraes; Costa; Araújo, 2011; Lana, 2020.

Concentrados

O termo concentrado é utilizado para designar alimentos com níveis proteicos e energéticos
superiores, usados para suplementar dietas de volumoso. Entre os concentrados energéticos
encontram-se aqueles alimentos cuja base é composta por milho, aveia, arroz e trigo; já nos
proteicos é comum se empregar soja, girassol e caroço de algodão (MORAES; COSTA; ARAÚJO,
2011). São descritos alguns ingredientes considerados concentrados na Tabela 6 (Anexo F).

Volumosos

Nessa classificação, de volumosos, estão incluídas as pastagens, capins forrageiros em


geral, leguminosas, pré-secados, silagens e fenos (Figura 4); geralmente apresentam baixos teores
de energia e proteína, porém alta concentração de fibra na matéria seca, cerca de 18%. Alguns
alimentos volumosos e a sua composição químico-bromatológica, são apresentados na Tabela 7
(Anexo G).

Figura 4 – Cana hidrolisada para ovinos em confinamento

9
Fonte: Arquivo pessoal.

3 USO DE ÓLEOS VEGETAIS PARA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

Como já constatado, um dos grandes desafios da ovinocultura é o manejo nutricional


(MORAES; COSTA; ARAÚJO, 2011). Tal constatação justifica a busca por novas dietas
balanceadas, entre elas, as que incluem óleos vegetais no concentrado de animais em
confinamentos.
Yamamoto et al. (2005), classifica como satisfatórios os resultados de ganho de peso,
conversão alimentar e digestibilidade em um experimento realizado com 24 cordeiros da raça Santa
Inês, posto em confinamento após o desmame, por volta de 60 dias, cuja dieta era composta por
óleos de soja, de canola e de linhaça, adicionados ao concentrado proteico.
Na pesquisa de Maia (2011), avaliando a interferência nos ácidos graxos do leite e da carne
de 44 ovelhas da raça Santa Inês, submetidas a um experimento em cuja dieta de concentrado se
adicionou óleo de mamona, de girassol e de soja, constatou não haver grandes alterações em relação
às composições de dietas convencionais.
Segundo Amaral (2022), avaliando as atividades de alimentação, rúmen e ócio de 12 ovinos
machos não castrados sem raça definida (SRD), com idade aproximada de nove meses e cerca de
45 kg de peso vivo que foram submetidos a uma dieta em cuja composição adicionou-se os
seguintes óleos: girassol, soja e residual de frituras, concluiu em seu estudo não haver alterações
nos itens avaliados.
De acordo com Gomes et al. (2021), há relevância do uso de lipídios na dieta dos ruminantes
como estratégia para aumento da densidade energética na nutrição, e para proporcionar aumento
de palatabilidade e eficiência nutricional.
Oliveira D. et al. (2021), aponta como fator positivo nas dietas contendo adição de óleos
vegetais o fato de existirem variadas fontes desses lipídios, além de ter produção abundante e
disponível ao mercado, destaca ainda a possibilidade do uso de óleos residuais de frituras, o que
seria uma destinação ecologicamente correta para algo que com frequência se descarta de forma
indevida no meio ambiente.
Aparentemente há maior digestibilidade nas dietas contendo óleos vegetais do que naquelas
constituídas por algum tipo de gordura animal, além de conterem uma maior proporção de ácidos
graxos insaturados dos que os saturados (GOMES et al, 2021). O autor sugere que ao se incluir tais
fontes de lipídios nas dietas de ruminantes é esperado uma diminuição na fermentação dos
carboidratos fibrosos e mais eficiência microbiana decorrente de um fluxo intestinal superior,
maior produção de propionato e proteína microbiana, reduzindo a metanogênese e amônia no
rúmen (GOMES et al, 2021).

10
Não obstante os fatores positivos apresentados nas dietas com inclusão de óleos vegetais,
Castro; Reis; Maciel et al. (2012) veem o processo como uma estratégia para a melhoria no perfil
dos ácidos graxos das gorduras dos produtos cárneos e láteos, observa no entanto, que tais dietas
podem causar alterações metabólicas no rúmen, no consumo de alimentos e no processo metabólico
digestivo, o que poderia vir a ocasionar danos ao animal.
Convém salientar que atualmente, os óleos mais utilizados nas dietas de ruminates são os
de soja, de canola, de girassol, de côco, de mamona e resíduos de fritura.
Oliveira J. et al. (2021), avaliando um experimento com 32 cordeiros mestiços de Santa
Inês com Dorper, todos desmamados aproximadamente aos 60 dias de idade, submetidos a uma
dieta em cujo concentrado foi adicionado três tipos de óleos vegetais, a saber: óleo de soja, óleo de
girassol e óleo de canola (Figura 5), conclui que um maior volume de lipídios na nutrição favorece
o desempenho de cordeiros desmamados, uma vez que tal categoria tem uma alta demanda
energetica em função da fase de crescimento, e pode melhorar o teor de ácidos graxos essenciais
presente na carne.

Figura 5 – Incorporação do concentrado com óleos para ovinos em experimento

(A) Óleo de girassol; (B) Óleo de coco; (C) Preparo manual da incorporação.
Fonte: Arquivo pessoal.

O mesmo autor ressalta no entanto, que a adição de tais óleos não influenciou no ganho de
peso e nem no rendimento dos cinco cortes comerciais avaliados no experimento, os quais
destacamos a seguir: pescoço, paleta, pernil, costela e lombo (Figura 6) (Oliveira J. et al. 2021).

Figura 6 – Aferição de amostras de carnes de cordeiros confinados com dieta lipídica

11
(A) Aferição da textrura; (B) Aferição da maciez; (C) Aferição do teor de fibras; (D) Coleta das amostras.

Fonte: Oliveira J. et al. 2021.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim sendo, em face das diversas abordagens observadas ao longo desta revisão,
verificou-se que a adição de lipídeos vegetais na nutrição dos ruminantes, pode se apresentar como
uma opção, quando se deseja alcançar resultados energéticos superiores. No entanto, deve-se
ponderar o fato de que tal decisão onera de forma esponencial a dieta, uma vez que os óleos
apresentam custos elevados.
Também deve-se observar melhor outros quesitos das carnes de animais submetidos a tais
dietas, entre eles, saber em que medida não restará excesso de gorduras na carne, a ponto de
comprometer a qualidade do produto final, bem como a saúde dos consumidores. Ressalte-se a
importância do consumo de alimentos saudáveis em uma população que cada vez mais se importa
com a qualidade do que consome.
Além disso, não deve ser ignorado o fator de bem estar animal. É perceptivo a
preopacupação em se encontrar uma dieta que ao mesmo tempo contemple fatores como: ganho de
peso, precocidade, e outros pontos de cunho econômico. Porém, pouco ou quase nada se abordou
sobre o que pode ser alterado fisiologicamente nos animais, quais os prejuízos fisiológicos podem
decorrer de uma dieta mais carregada em lípidios.
É imperioso que questões como as ora apresentadas, sejam colocadas como objeto das
próximas pesquisas nesse campo da nutrição animal, de tal modo que a abordagem realizada nesse
trabalho é relevante para respostas no presente, ou seja, para lacunas já conhecidas e para direcionar
mensurações futuras.

5 REFERÊNCIAS

ALVES A. R.; VILELA M. S.; ANDRADE M. V. M.; PINTO L. S.; LIMA D. B.; LIMA L. L. L.
Caracterização do sistema de produção caprino e ovino na região sul do Estado do Maranhão,
Brasil. Veterinária e Zootecnia, v. 24, n. 3, p. 515-524, 2017. Disponível em:
https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/287. Acesso em: 11 out. 2023.

12
AMARAL, I. P. O. EFICIÊNCIA DE SELEÇÃO DE DIETAS CONTENDO FONTES DE
ÓLEO PARA OVINOS. Monografia em Zootecnia. Universidade Federal da Grande Dourados,
Dourados, p. 36. 2022. Disponível em: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5249.
Acesso em: 10 out. 2023.

APARELHO DIGESTÓRIO 2. ESTÔMAGO COMPOSTO (POLICAVITÁRIOS).


Disponível em: http://anatomiaanimaldescritiva.blogspot.com/2013/08/aparelho-digestorio-
2.html. Acesso em: 10 out. 2023.

BORGES, I.; FERREIRA, M. I. C.; ALBUQUERQUE, F. H. M. A. R.; MACEDO JUNIOR, G.


L.; SILVA, A. G. M. E. Aspectos da nutrição e alimentação de ovinos. IV Jornada Científica
das Faculdades Associadas de Uberaba, 2005. Anais da IV Jornada Científica das FAZU.
FUNDAGRI, v. único, p. 1-19, 2005. Acesso em: 11 out. 2023.

CASTRO, I. R. R. de; REIS, G. de C.; MACIEL, D. L. Influência da suplementação lipídica no


desempenho de vacas leiteiras mantidas a pasto. Ciência Animal, v. 30, n. 2, p. 80–93, 2022.
Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9603. Acesso em: 11
nov. 2023.

GOMES, H. F. B.; MARQUES, R. O.; LOURENÇON, R. V.; CHÁVARI, A. C. T.; BENTO, F.


C.; LANNA, D. P. D.; MEIRELLES, P. R. L. AND GONÇALVES, H. C. 2021. Intake and
ruminal parameters of goats fed diets supplemented with vegetable oils. Revista Brasileira de
Zootecnia. Disponível em: https://doi.org/10.37496/rbz5020200119. Acesso em: 12 nov. 2023.

GOMES, R. C.; FEIJÓ, G. L. D.; CHIARI, L. Evolução e qualidade da pecuária brasileira.


Embrapa, Nota Técnica, Campo Grande, 2017. Disponível em:
https://www.embrapa.br/documents/10180/21470602/EvolucaoeQualidadePecuaria.pdf/64e8985a
-5c7c-b83e-ba2d-168ffaa762ad. Acesso em: 11 nov. 2023.

GONÇALVES, R. T. Criação de ovinos no semiárido nordestino: desafios e potencialidades.


Monografia em Engenharia Agronômica. Centro Universitário AGES, Paripiranga, p. 67. 2022.
Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/24221. Acesso em: 10
out. 2023.

IBGE. Rebanho bovino cresce 1,5% e atinge 218,2 milhões de cabeças em 2020. Carmen
Nery. Pesquisa da Pecuária Municipal, 30/09/2021. Editoria: Estatísticas Econômicas. Disponível
em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/31725-rebanho-bovino-cresce-1-5-e-atinge-218-2-milhoes-de-cabecas-em-2020.
Acesso em: 10 out. 2023.

LANA, R. P. Sistema Viçosa de Formulação de Rações. Editora: Produção independente. 5ª


Edição. ISBN: 9786599035975. 2020.

MAGALHÃES, K. A.; FILHO Z. F. H.; MARTINS, E. C. Pesquisa Pecuária Municipal 2020:


rebanhos de caprinos e ovinos. Boletim Nº 16. 2021. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/227322/1/CNPC-2021-Art-boletimCIM-
16.pdf. Acesso em: 12 nov. 2023.

13
MAIA, M. O. Efeito da adição de diferentes fontes de óleo vegetal na dieta de ovinos sobre o
desempenho, a composição e o perfil de ácidos graxos na carne e no leite. Tese de Doutorado,
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, USP. Piracicaba, 2011. Disponível em:
https://doi.org/10.11606/T.11.2011.tde-12092011-162017. Acesso em: 11 nov. 2023.

MEDEIROS, S. R.; TORRES, R. A. A. BITENCOURT, L. P. et al. Efeito do caroço de algodão


na qualidade do “Longissimus dorsi” de bovinos de diferentes grupos genéticos terminados em
confinamento. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, n. 42. Anais. Goiânia,
2005. Acesso em: 11 nov. 2023.

MONTEIRO, M. G.; BRISOLA, M. V.; VIEIRA FILHO, J. E. R. Diagnóstico da cadeia


produtiva de caprinos e ovinos no Brasil, Texto para Discussão, n. 2660, Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), Brasília. Disponível em: https://doi.org/10.38116/td2660. Acesso
em: 10 out. 2023.

MORAES, S. A.; COSTA, S. A. P.; ARAUJO, G. G. L. A. Nutrição e exigências nutricionais.


Capítulo em Livro Técnico-Científico. Embrapa Semiárido. Ciência Animal e Produtos de
Origem Animal. p. 36, 2011. Disponível
em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/54769/1/07-Nutricao-e-exigencias-
nutricionais.pdf-18-12-2011.pdf. Acesso em: 11 out. 2023.

OLIVEIRA, D. C. da S.; SOUSA, G. C. M.; E CAVALCANTI, L. A. P. Estudo da melhoria de


propriedades de escoamento a frio e estabilidade oxidativa do biodiesel a partir da mistura de
óleo vegetal e gordura animal. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 6, p. 63226–63240,
2021. Disponível
em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/31912. Acesso em: 11
nov. 2023.

OLIVEIRA, J. F. A.; FILHO, S. L. S. C. F.; RIBEIRO, M. D.; SILVA, J. T. da.; FRANÇA, A. R.


A. de. Avaliação quantitativa dos cinco principais cortes comerciais de carcaça de cordeiros
terminados em confinamento. 30° Congresso Brasileiro de Zootecnia, 1ª edição. ISBN dos
Anais: 978-65-89908-12-8. Disponível em:
https://eventos.congresse.me/zootec/resumos/12352.pdf?version=original. Acesso em: 12 nov.
2023.

OLIVEIRA, V. S.; SANTOS, A. C. P.; VALENÇA, R. L. Desenvolvimento e fisiologia do trato


digestivo de ruminantes. Ciência Animal, v. 29, n. 3, p.114-132, 2019. Disponível
em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/10085/8374. Acesso em: 10 out.
2023.

RIBEIRO, S. D. A. 1997. Caprinocultura: Criação Racional de Caprinos. São Paulo. Nobel,


1997. 1ª Ed.

RODRÍGUEZ, V. A. A.; ORTIZ, C. A. N.; Alimentación de ovinos en regiones del trópico en


Colômbia. Rev. Sist. Prod. Agroecol. v. 11, n. 2, 2020. Disponível
em: https://doi.org/10.22579/22484817.471. Acesso em: 27 out. 2023.

14
SILVA, A. M. de A.; NOBRÉGA, G. H. da. Exigência nutricionais de ruminantes em pastejo. I
SIMPÓSIO EM SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS NO SEMIÁRIDO. Campina Grande,
5 a 7 de maio de 2008. Acesso em: 11 out. 2023.

SILVA, E. I. C. Formulação de Ração para Ovinos. Departamento de Nutrição Animal do


Instituto Agronômico de Pernambuco. p. 70. 2021. Disponível em:
https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/ovinocultura/livros/FORMULACAO%20DE%20
RACAO%20PARA%20OVINOS.pdf. Acesso em: 11 out. 2023.

SORIO, A.; RASI, l. Ovinocultura e abate clandestino: um problema fiscal ou uma solução de
mercado? Revista de Política Agrícola, v. 19, n. 1. 2010. Disponível em:
https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/336/282. Acesso em: 12 nov. 2023.

YAMAMOTO. S. M.; MACEDO, F. A. F.; ZUNDT, M.; MEXIA, A. A.; SAKAGUTI, E. S.;
ROCHA, G. B. L.; REGAÇONI, K. C. T.; MACEDO, R. M. G. Fontes de Óleo Vegetal na Dieta
de Cordeiros em Confinamento. R. Bras. Zootec., v. 34, n. 2, p. 703-710, 2005. Disponível em:
https: https://www.scielo.br/j/rbz/a/8FHmjRCPZkFL6DkCvqPdC5k/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 11 out. 2023.

6 ANEXOS

Anexo A – Tabela 1: Estimativas do consumo diário de matéria seca em função do peso vivo e
do ganho médio diário de peso de cordeiros.

15
GMD= Ganho de Peso Médio Diário; CMS = Consumo de Matéria Seca; PV= Peso Vivo.
Fonte: Silva, 2021.

Anexo B – Tabela 2: Pressupostos das requisições de diferentes formas de energia em função do


peso vivo e do ganho médio diário de peso de cordeiros.

16
PV= Peso Vivo; GMD= Ganho de Peso Médio Diário; ELm= Energia Líquida média; ELg= Energia Líquida para
ganho de peso; EMm= Eenergia Metabolizável de manutenção; EMg= Energia Metabolizável para ganho de peso;
NDT= Nutrientes digestíveis totais.
Fonte: Silva, 2021.

Anexo C – Tabela 3: Projeção das requisições de diferentes formas de proteína em função


do peso vivo e do ganho médio diário de peso de cordeiros.

17
GMD= Ganho de Peso Médio Diário; PMm= Proteína Metabolizável; PLg= Proteína Líquida; PB= Proteína
Bruta.
Fonte: Silva, 2021.

Anexo D – Tabela 4: Concentrações de nutrientes para rações de ovinos com base na


percentagem da matéria seca.

Mantença
CMS 1,2 kg – PB 9,5% - NDT 55% - EM (Mcal/kg) 2,0 - Ca 0,4 g/kg – P 0,2 g/kg
Flushing
CMS 1,8 kg – PB 9% - NDT 60% - EM (Mcal/kg) 2,1 - Ca 0,5 g/kg – P 0,2 g/kg
Gestantes primeiras 15 semanas
CMS 1,4 kg – PB 9,5% - NDT 55% - EM (Mcal/kg) 2,0 - Ca 0,5 g/kg – P 0,2 g/kg
Gestantes últimas semanas (queda de 40% no CMS)
CMS 1,8 kg – PB 11% - NDT 60% - EM (Mcal/kg) 2,1 - Ca 0,6 g/kg – P 0,25 g/kg
Gestantes últimas semanas (queda de 60% no CMS)
CMS 2,0 kg – PB 11,5% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,3 - Ca 0,65 g/kg – P 0,3 g/kg

18
Início da gestação (1 feto)
CMS 1,3 kg – PB 8% - NDT 55% - EM (Mcal/kg) 1,9 - Ca 0,45 g/kg – P 0,32 g/kg
Final da gestação (1 feto)
CMS 1,5 kg – PB 7% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,0 - Ca 0,55 g/kg – P 0,4 g/kg
Início da gestação (dois fetos)
CMS 1,5 kg – PB 8,5% - NDT 55% - EM (Mcal/kg) 1,9 - Ca 0,4 g/kg – P 0,28 g/kg
Final da gestação (dois fetos)
CMS 1,5 kg – PB 11% - NDT 75% - EM (Mcal/kg) 2,6 - Ca 0,55 g/kg – P 0,35 g/kg
Lactação (uma cria)
CMS 2,5 kg – PB 13,5% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,3 - Ca 0,65 g/kg – P 0,3 g/kg
Lactação (duas crias)
CMS 2,8 kg – PB 15% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,5 - Ca 0,75 g/kg – P 0,35 g/kg
Creep-feeding para cordeiros
CMS 0,6 kg – PB 26,5% - NDT 80% - EM (Mcal/kg) 2,9 - Ca 0,95 g/kg – P 0,4 g/kg
Cordeiros crescimento (GPD 270 g/dia)
CMS 1,18 kg – PB 16,5% - NDT 78% - EM (Mcal/kg) 2,8 - Ca 0,6 g/kg – P 0,25 g/kg
Cordeiros terminação (GPD 360 g/dia)
CMS 1,5 kg – PB 14,5% - NDT 78% - EM (Mcal/kg) 2,7 - Ca 0,7 g/kg – P 0,3 g/kg
Cordeiros terminação (GPD 270 g/dia)
CMS 1,6 kg – PB 12% - NDT 75% - EM (Mcal/kg) 2,7 - Ca 0,55 g/kg – P 0,22 g/kg
Borregas reposição
CMS 1,4 kg – PB 10% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,4 - Ca 0,45 g/kg – P 0,18 g/kg
Borregos reposição
CMS 2,4 kg – PB 11% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,3 - Ca 0,45 g/kg – P 0,18 g/kg
Reprodutores serviço
CMS 3,0 kg – PB 10% - NDT 65% - EM (Mcal/kg) 2,3 - Ca 0,4 g/kg – P 0,15 g/kg
Confinamento de ovinos
PB 14% - NDT 65% - Ca 0,8 % – P 0,4%
CMS= Consumo de Matéria Seca; PB= Proteína Bruta; NDT= Nutrientes Digestíveis Totais; EM= Eenergia
Metabolizável; Ca= Cálcio; P= Fósforo.
Fonte: Silva, 2021.

19
Anexo E – Tabela 5: Exigências percentuais de minerais para ovinos.

CHURCH (2002) ZANETTI (2019)


MACROMINERAIS
(%) (%)
Ca 0,2 – 0,82 0,3 – 0,5
P 0,16 – 0,38 0,17 – 0,48
Mg 0,12 – 0,18 0,09 – 0,11
K 0,5 – 0,8 0,46
S 0,14 – 0,26 0,15 – 0,25
Na 0,09 – 0,18 0,1
Cl 0,09 – 0,18 0,1
CHURCH (2002) ZANETTI (2019)
MICROMINERAIS
mg/kg mg/kg
Co 0,1 – 0,2 0,1
Cu 7 – 11 4–7
Fe 30 – 50 7 – 90
I 0,1 – 0,8 0,5
Mn 20 – 40 8 – 24
Mo 0,5 5
Se 0,1 – 0,2 0,04 – 0,52
Zn 20 – 33 25 – 29
Ca= Cálcio; P= Fósforo; Mg= Magnésio; K= Potássio; S= Enxofre; Na= Cloreto de sódio; Cl= Cloro; Co= Cobalto;
Cu= Cobre; Fe= Ferro; I= Iodo; Mn= Manganês; Mo= Molibdênio; Se= Selênio; Zn= Zinco.
Fonte: Silva, 2021.

Anexo F – Tabela 6: Composição bromatológica de alguns alimentos concentrados

Alimentos concentrados
Item Nome científico MS% MO% PB% FDN% FDA% DIVMS
%
Sorgo grão Sorghum bicolor 91,17 94,14 8,66 - - 45,82
Caroço de algodão Cochlospermum 94,23 95,55 5,17 45,46 22,37 52,89
vitifolium
Farelo de algodão Cochlospermum 88,12 94,83 38,77 59,47 40,28 56,8
vitifolium
Farelo de girassol Helianthus annuus 86,03 94,35 32,37 69,29 44,9 60,19
Farelo de mamona Ricinus communis 82,13 90,38 26,23 62,7 34,92 59,29

20
Farelo de milho Zea mays 86,79 97,4 - - - 70,11
Farelo de soja Glycine max 94,47 92,26 47,75 16,7 5,74 91,33
Milheto Pennisetum glaucum 46,35 97,88 8,42 69,55 37,24 57,49
Milho catingueiro Zea mays 29,5 94,6 10,05 56,08 28,18 58,14

Raspa de mandioca Manihot esculenta 90,41 94,9 5,62 13,74 9,14 73,68

Soja Glycine max 90,95 94,04 27,81 27,69 6,77 84,12

Torta de algodão Cochlospermum 88,65 93,13 35,58 28,03 12,27 67,23


vitifolium
Torta de girassol Helianthus annuus 88,17 95,63 36,69 37,41 22,78 67,3
Torta de mamona Ricinus communis 64,09 80,5 - - - 57,63

Vagem de Prosopis juliflora - 95,72 6,61 19,65 14,33 71,76


algaroba
MS= Matéria Seca; MO= Matéria Orgânica; PB= Proteína Bruta; FDN= Fibra em Detergente Neutro; FDA= Fibra em
Detergente Ácido e DIVMS= Digestibilidade in vitro da Matéria Seca.
Fonte: Moraes; Costa; Araújo, 2011.

Anexo G – Tabela 7: Composição bromatológica de alguns alimentos volumosos

Alimentos concentrados
Item Nome científico MS% MO% PB% FDN% FDA% DIVMS
%

21
Alfafa (feno) Medicago sativa L. 82,71 86,59 15,51 25,92 16,31 75,16
Algaroba rama Prosopis juliflora 41,30 92,49 19,72 49,56 30,60 40,62
Aroeira Myracruodon urundeuva 44,25 94,51 12,87 22,89 15,52 39,23
Aveloz Euphorbia tirucalli L. 14,34 86,76 7,45 41,22 28,00 67,12
Babaçu Orbignya speciosa 88,58 63,55 3,37 27,67 16,38 60,98
Capim bermuda Cynodon dactylon 92,06 92,99 12,96 59,83 20,86 59,70
Capim bufel Cenchrus ciliaris 27,90 90,21 11,03 76,19 45,75 51,85
Capim elefante roxo Pennisetum purpureum 10,92 82,84 10,82 62,28 32,51 59,80

Capim tanzânia P. maximum var. 86,20 89,90 13,94 69,40 32,67 51,51

Capim tifton Cynodon ssp 35,29 87,66 8,72 74,62 38,19 50,94

Catingueira rasteira Caesalpinia microphylla 65,33 95,40 9,73 56,80 37,06 31,40

Caule de ouricuri Syagro coronata 80,64 91,53 3,37 69,56 52,56 22,37
Facheiro Pilosocereus pachycladus 5,15 91,52 18,57 50,40 10,13 13,15
Farelo de palma Opuntia ficus-indica Mill. 83,77 81,48 6,28 30,64 17,39 67,57
Feijão bravo Capparis flexuosa 62,10 89,42 17,22 44,33 29,22 39,81
Feijão guandu Cajanus cajan 96,02 94,51 12,39 42,84 24,19 49,42
Feno de leucena Leucaena leucocephala 89,34 93,10 18,06 - - 39,81
Feno de sisal Agave sisalana 77,73 83,87 6,31 31,96 22,81 73,44
Feno gliricídia Gliricidia sepium 81,58 90,56 16,36 - - 52,71
Folha de bananeira Musa sp. 18,83 90,68 13,98 63,66 40,74 27,67
Folha de ouricuri Syagro coronata 81,29 92,51 11,55 67,92 47,65 21,51
Gliricídia Gliricidia sepium 27,79 90,64 24,56 39,80 22,93 61,47
Jurema Mimosa tenuiflora 51,98 95,81 18,31 47,13 30,13 19,74
Lã-de-seda Calotropis procera 12,17 85,08 20,91 26,01 16,89 84,37
Leucena Leucaena leucocephala 45,37 91,00 24,44 43,82 18,28 47,45
Macambira Bromelia laciniosa 43,27 92,16 7,63 73,87 21,96 56,54
Mandacaru s/Cereus jamacaru 8,56 86,05 14,67 37,56 19,72 61,71
espinho
Mandacaru s/Cereus jamacaru 14,43 89,13 9,46 56,62 29,90 73,39
espinho
Mandioca Manihot esculenta 22,19 92,92 23,87 38,70 23,65 44,77
Maniçoba Manihot pseudoglaziovii 33,52 91,67 20,76 31,49 21,05 63,38

22
Moringa Moringa oleifera 23,61 89,05 23,74 35,13 20,06 63,89
Mororó Bauhinia cheilantha 60,90 94,82 12,57 42,98 28,66 44,39
Palha de carnaubeira Copernicia prunifera 91,17 86,90 16,09 65,09 47,04 19,26
Palma forrageira Opuntia ficus -indica 92,8 9 86,20 14,26 34,79 12,10 79,23
Mill.
Pinhão manso Jatropha curcas 39,15 97,88 9,58 69,59 28,87 82,72
Pornunça híbrido natural 34,13 69,95 19,07 39,51 28,40 38,21
Pustumeira Gomphrena sp. 36,06 90,99 11,82 58,71 35,40 47,43
Rama de goiaba Psidium guajava 39, 29 92,68 5,98 55,74 38,63 16,00
Silagem de sorgo Sorghum bicolor 29,89 81,00 6,13 63,34 42,07 54,21
Sisal Agave sisalana - 43,76 13,57 60,15 46,35 64,48
Sorgo Sorghum bicolor 22,11 93,49 13,08 58,86 26,40 59,16
Umbu (polpa do fruto) Spondias tuberosa 89,09 86,01 9,87 59,35 41,64 54,07

MS= Matéria Seca; MO= Matéria Orgânica; PB= Proteína Bruta; FDN= Fibra em Detergente Neutro; FDA= Fibra em
Detergente Ácido e DIVMS= Digestibilidade in vitro da Matéria Seca.
Fonte: Moraes; Costa; Araújo, 2011.

23

Você também pode gostar