Eduardo Maciel de Oliveira - Leonardo Paiva Ribeiro
Eduardo Maciel de Oliveira - Leonardo Paiva Ribeiro
Eduardo Maciel de Oliveira - Leonardo Paiva Ribeiro
TAUBATÉ
2021
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Trabalho de graduação
apresentado para obtenção do Grau
Acadêmico pelo curso de
Odontologia da Universidade de
Taubaté.
Orientador: Prof. Dr. Afonso
Celso Souza de Assis.
TAUBATÉ
2021
Grupo Especial de Tratamento da Informação - GETI
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBi
Universidade de Taubaté - UNITAU
O482t Oliveira, Eduardo Maciel de
Traumatismos orofaciais decorrentes das práticas esportivas: prevenção
e reabilitação / Eduardo Maciel de Oliveira , Leonardo Paiva Ribeiro. -- 2021.
32 f.
CDD – 617.6
Data: 08/12/2021
Resultado: ______________
BANCA EXAMINADORA
Assinatura: __________________________________
Assinatura: __________________________________
Assinatura: __________________________________
DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................06
2 PROPOSIÇÃO........................................................................................08
3 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................09
3.1 ODONTOLOGIA DO ESPORTE ............................................................09
3.2 TRAUMATISMOS OROFACIAIS............................................................11
3.3 PROTETORES BUCAIS.........................................................................16
3.4 PROTETORES FACIAIS.........................................................................22
4 DISCUSSÃO........................................................................................... 24
5 CONCLUSÃO..........................................................................................27
6 REFERÊNCIAS........................................................................................28
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1 INTRODUÇÃO
2 PROPOSIÇÃO
3 REVISÃO DE LITERATURA
traumas faciais. Contudo, este tipo de trauma lida com um nível maior de
prevenção, reduzindo ou até mesmo impedindo a lesão ou a severidade desta.
O futebol é um dos esportes mais praticas no Brasil e no mundo. Duarte
et al (2011) retratam que os traumas faciais no futebol e no futsal normalmente
decorrem de jogadas ríspidas como cotoveladas, agressões, pontapés e
cabeçadas, sendo essa última a grande preocupação de jogadores e dirigentes,
pois os choques de cabeça, além de estarem acontecendo com uma frequência
cada vez maior, são muito perigosos para a integridade física dos atletas.
Saini (2011) relata que a face é a área mais vulnerável do corpo e é
geralmente a menos protegida. Aproximadamente 11-40% de todas as lesões
esportivas envolvem a face.
Percinoto et al (2013) afirmam que há um aumento significativo da
frequência de lesões dentárias e faciais, que está diretamente relacionado à
crescente prática esportiva, principalmente de esportes de contato, como jiu-
jitsu, boxe, handebol, futebol, entre outros
Santos et al (2014) afirmam que a lesão, injúria ou traumatismo orofacial
pode ser definido como uma agressão mecânica, térmica ou química sofrida pelo
dente ou pelas outras estruturas da face e do crânio, possuindo tipo, intensidade
e causas variadas; e representa um problema de saúde relevante na sociedade.
Padilha et al (2016) destaca vários traumatismos orofaciais decorrentes
das práticas esportivas, entre eles estão o traumatismo de mucosa oral e gengiva
que são subdivididos em laceração, contusão e abrasão; traumatismo do osso
de sustentação que pode ter uma comunicação da cavidade alveolar, fratura da
parede da cavidade alveolar, fratura do processo alveolar e fratura da mandíbula
ou maxila; fraturas da cabeça da mandíbula; fraturas de sínfise mandibular e
fraturas do terço médio da face.
Vieira (2016) realizou pesquisa de campo afim de avaliar o grau de
conhecimento e as atitudes relacionadas ao traumatismo orofacial e ao uso de
protetores bucais entre praticantes de esportes de combate. O método de estudo
utilizou 58 praticantes de esporte de combate, sendo amadores e profissionais.
Os atletas responderam um questionário composto por 38 questões com a
finalidade de coletar dados pessoas, tipos de injurias sofridas durante as práticas
esportivas, tipo de impacto, história do traumatismo, fatores predisponentes ao
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Jiu-jítsu, Tae kwon do e Muay Thai, nas cidades de Nova Friburgo-RJ e Macaé-
RJ. Verificaram que 60,6% dos entrevistados nunca receberam informações
sobre o traumatismo orofacial durante a prática esportiva e 46,3% dos
esportistas já sofreram algum tipo de traumatismo orofacial; 93,9% consideram
importante o uso do protetor bucal, porém isso não condiz com o percentual de
usuários do dispositivo: 78,7% no Muay Thai, 60,9% no Jiu-jítsu e 47,5% no Tae
kwon do. Em todas as modalidades de lutas avaliadas, dentre os atletas que
utilizam o protetor bucal 52,5% revelaram que usam o termoplástico ou tipo II;
os usuários reconhecem que o protetor bucal personalizado causa menor
percentual de interferência no rendimento durante a prática esportiva quando
comparado com os outros tipos de protetores. Os autores concluíram que a
maioria dos esportistas reconhece a importância do uso do protetor bucal, apesar
de relatar não ter recebido informações sobre traumatismo orofacial durante a
prática esportiva; isso evidencia que há necessidade de se difundir informações
sobre as vantagens do uso do protetor bucal personalizado, assim como
estimular o uso por parte de todos os praticantes de artes marciais.
Padilha et al (2014) concluíram que o protetor bucal desempenha ação
preventiva e tem o propósito de diminuir os índices de traumas orofaciais
dentários principalmente, também pode diminuir o efeito neurológico nocivo dos
golpes diretos na cabeça ou o efeito direto do impacto do golpe na cabeça, uma
vez que esportes de alto impacto, como hóquei, futebol americano e futebol,
possuem alta probabilidade de provocar concussão cerebral, além de apenas
traumas dentários. A concussão cerebral por golpes diretos na cabeça pode
gerar perda de memória, náuseas, sonolência, tontura, esquecimento e perda da
sensibilidade. A utilização do protetor bucal relacionada à prevenção ou
diminuição dos efeitos sob a concussão cerebral ainda é uma questão
controversa e sua discussão vem sendo solicitada no mundo esportivo, por isso
ainda são teorias a serem analisadas e necessitam de mais anos de estudo para
seu embasamento. Os benefícios potenciais do protetor bucal são: dissipação
ou absorção da força de um golpe de baixo para cima (queixo); aumento da
separação da cabeça do côndilo com a fossa glenoide; maior estabilização da
cabeça, ativando e fortalecendo os músculos do pescoço. Os pesquisadores
ressaltam que, em um golpe dirigido ao queixo, a força aplicada é transmitida
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através da mandíbula de uma boca sem protetor, e contra o osso temporal, que
contém vários pontos anatômicos importantes. Com o uso de protetores bucais,
a maxila estaria mais separada da mandíbula e, assim, prevene que os côndilos
se desloquem para cima e para trás, aumentando a possibilidade de se evitar
concussões. Sendo assim, autores que concordam com essa teoria dizem que
quanto maior a espessura do protetor, melhor será para a dissipação da força do
impacto; em contrapartida, sabe-se que o protetor bucal precisa tem uma
espessura de até 4mm, pois quanto maior a espessura mais comprometidos
ficam o conforto e o rendimento do atleta, bem como suas trocas gasosas no
momento do exercício. Padilha, Namba e Coto, 2014, concluíram que há muitas
teorias e estudos em andamento a respeito do tema, o que demanda novos
estudos experimentais e controlados que evidenciem e comprovem que o
protetor bucal possa de fato reduzir os riscos de uma concussão cerebral.
Martins (2015) realizou uma pesquisa de campo com 248 participantes de
várias modalidades afim de avaliar a presença de lesões orofaciais no meio
esportivo e a sua relação com o uso dos protetores bucais. Os entrevistados
passaram por um processo de esclarecimento sobre o tema e posteriormente
responderam um questionário. Para promover uma maior confiabilidade os
testes foram tratados mediante a aplicação de testes estáticos, todos com um
índice de confiabilidade acima de 95%. Sobre as injúrias orofaciais derivada das
práticas esportivas, 81% dos atletas afirmaram já ter sofrido alguma lesão, dentre
estes atletas 72% não utilizavam protetor no momento do acidente. As injúrias
com maior prevalência foram as lacerações de tecido mole e fraturas dentais
ambas com 24,6% 20,25% respectivamente. O protetor bucal termoplástico foi o
mais utilizado pelos esportistas, com um total de 71% das respostas. Mesmo que
os esportistas reconheçam a importância dos protetores bucais, as injúrias
orofaciais permanecem com alta taxa de incidência. Sendo o MMA (artes maciais
mistas) o esporte mais propenso a traumas e injúrias orofaciais. As lesões
esportivas exigem uma abordagem multidisciplinar, tanto na prevenção quanto
no tratamento, a fim de reduzir a frequência das injurias durante a prática
esportiva. Vemos que as injurias orofaciais decorrente das práticas esportivas
são altas, e a utilização dos protetores bucais é mediana, sendo necessário uma
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4 DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS
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