IADT Guidelines Portuguese Diretrizes Traducao IADT 1

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Diretrizes da Associação Internacional de Traumatologia Dentária para a

abordagem de lesões dentárias traumáticas: 1. Fraturas e luxações de dentes


permanentes
Título Original:
International Association of Dental Traumatology guidelines for the management
of traumatic dental injuries: 1. Fractures and luxations of permanent teeth.

Diangelis AJ, Andreasen JO, Ebeleseder KA, Kenny DJ, Trope M, Sigurdsson A,
Andersson L, Bourguignon C, Flores MT, Hicks ML, Lenzi AR, Malmgren B, Moule
AJ, Pohl Y, Tsukiboshi M
Brazilian Translation:
Emmanuel João Nogueira Leal da Silva
Department of Endodontics
Grande Rio University (UNIGRANRIO) and Rio de Janeiro State University (UERJ)
Raquel Assed Bezerra Segato, Paulo Nelson Filho
Department of Pediatric Dentistry
University of São Paulo (USP)
Tradução Brasileira:
Emmanuel João Nogueira Leal da Silva
Departamento de Endodontia
Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) e Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ)
Raquel Assed Bezerra Segato, Paulo Nelson Filho
Departamento de Clínica Infantil
Universidade de São Paulo (USP)
Resumo

Lesões dentárias traumáticas (LDTs) de dentes permanentes ocorrem com frequência


em crianças e adultos jovens. Fraturas coronárias e luxações são as LDTs mais comuns.
O diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento apropriados são fatores
importantes para garantir um prognóstico favorável. Diretrizes devem auxiliar
cirurgiões-dentistas e pacientes no processo de tomada de decisão e proporcionar um
atendimento eficiente e eficaz. A Associação Internacional de Traumatologia Dentária
(International Association of Dental Traumatology - IADT) desenvolveu um
documento consensual, após revisão da literatura odontológica e discussões em grupo.
Pesquisadores experientes e clínicos de diversas especialidades foram incluídos no
grupo de discussão. Nos casos onde os dados foram inconclusivos, as recomendações
foram baseadas em opinião consensual dos membros do conselho da IADT. Estas
diretrizes representam as melhores evidências atuais, com base em pesquisa
bibliográfica e opinião profissional. O principal objetivo destas diretrizes é delinear uma
abordagem para o atendimento imediato ou de urgência das LDTs. Neste primeiro
artigo serão apresentadas as diretrizes da IADT para a abordagem de fraturas e luxações
de dentes permanentes.

Palavras-Chave: Consenso; fratura; luxação; revisão; trauma; dente.


Lesões dentárias traumáticas (LDTs) ocorrem com grande frequência em
crianças de idade pré-escolar, escolar e em adultos jovens e correspondem a 5% de
todas as lesões pelas quais as pessoas procuram tratamento (1,2). Uma revisão de
literatura de 12 anos relata que 25% de todas as crianças em idade escolar sofreram
algum tipo de trauma dentário e que 33% dos adultos sofreram traumatismos na
dentição permanente, sendo que a maioria dessas lesões ocorreu antes dos 19 anos (3).
As luxações são as LDTs mais comuns na dentição decídua, enquanto as fraturas
coronárias são mais comumente relatadas na dentição permanente (1,4,5). LDTs
representam um desafio para clínicos no mundo todo. Consequentemente, um
diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento adequados são fundamentais para
assegurar um prognóstico favorável.

As diretrizes devem auxiliar os cirurgiões-dentistas, outros profissionais de


saúde e pacientes no processo de tomada de decisão. Além disso, devem ter
credibilidade, serem práticas e de fácil compreensão, com o objetivo de proporcionar
um atendimento o mais eficiente e eficaz possível.

As presentes diretrizes da Associação Internacional de Traumatologia Dentária


(International Association of Dental Traumatology - IADT) representam um conjunto
atualizado de orientações, com base nas diretrizes originais publicadas em 2007 (6-8). A
atualização foi realizada a partir de uma revisão da literatura atual utilizando as bases de
dados EMBASE, MEDLINE e PUBMED com buscas entre os períodos de 1996-2011,
bem como pesquisa ao conteúdo da revista Dental Traumatology dos períodos de 2000-
2011. As palavras-chave utilizadas incluíram fraturas dentárias, fraturas radiculares,
luxação dentária, luxação lateral e dentes permanentes, dentes permanentes intruídos e
dentes permanentes luxados (tooth fractures, root fractures, tooth luxation, lateral
luxation and permanent teeth, intruded permanente teeth, and luxated permanent teeth).

O principal objetivo dessas diretrizes é delinear uma abordagem para o


atendimento imediato ou de urgência das LDTs. Entende-se que o tratamento
subsequente das LDTs pode requerer intervenções secundárias e terciárias envolvendo
consultas especializadas, serviços, e/ou materiais/métodos nem sempre disponíveis
durante o atendimento primário.

A IADT publicou o seu primeiro conjunto de diretrizes no ano de 2001 e


atualizou-as em 2007 (6-13). Assim como nas diretrizes anteriores, o grupo de trabalho
foi composto por pesquisadores e clínicos experientes de diversas especialidades
odontológicas, bem como clínicos gerais. As presentes diretrizes representam as
melhores evidências atuais disponíveis, com base em pesquisa bibliográfica e parecer
profissional. Nos casos onde os dados obtidos na revisão não foram conclusivos, as
recomendações foram baseadas na opinião consensual do grupo de trabalho, seguida por
revisão realizada pelos membros do conselho de diretores da IADT. Compreende-se que
as diretrizes de tratamento devem ser aplicadas com base na avaliação das
circunstâncias clínicas específicas, no julgamento do profissional e nas características
individuais dos pacientes, incluindo mas não limitando, a aderência ao tratamento,
custos envolvidos e o entendimento do prognóstico imediato e a longo prazo de
tratamentos alternativos versus o não-tratamento. A IADT não pode e não garante
resultados favoráveis a partir da adesão estrita às presentes diretrizes, mas acredita que a
sua aplicação pode maximizar as chances de um prognóstico favorável.

As presentes diretrizes serão divididas em três partes:

Parte I: Fraturas e luxações de dentes permanentes

Parte II: Avulsão de dentes permanentes

Parte III: Lesões na dentição decídua

Embora as diretrizes ofereçam recomendações para o diagnóstico e tratamento


de LDTs específicas, não fornecem uma informação abrangente pormenorizada, como a
encontrada em livros didáticos, na literatura científica e, mais recentemente, no Guia de
Trauma Dental (Dental Trauma Guide – DTG) que pode ser acessado em
http://www.dentraltraumaguide.org. Além disso, o DTG, também disponível na web-
page da IADT (http://www.iadt-dentaltrauma.org), proporciona uma documentação
visual e animada dos tratamentos, assim como estimativas de prognóstico para as
diferentes LDTs.
RECOMENDAÇÕES / CONSIDERAÇÕES GERAIS

Exame clínico

Uma descrição detalhada dos protocolos, métodos e documentação para a


avaliação clínica das LDTs pode ser encontrada em livros didáticos atuais (1,14,15).

Exame radiográfico

Várias projeções e angulações são rotineiramente recomendadas, porém o


clínico deve decidir quais radiografias são necessárias para cada caso. As seguintes
radiografias são recomendadas:

 Uma radiografia periapical com o centro do feixe de raios-X incidindo com


angulação horizontal perpendicular ao dente em questão.
 Uma radiografia oclusal.
 Radiografias periapicais com diferentes angulações laterais, distalizada ou
mesializada com relação ao dente em questão.

Modalidades de imagem emergentes, como a tomografia computadorizada de feixe


cônico (TCFC) fornecem melhor visualização das LDTs, particularmente nos casos de
fraturas radiculares e luxações laterais, permitindo um monitoramento pós-operatório e
possíveis complicações. A disponibilidade desse recurso é limitada, e a sua utilização
não é considerada rotina; no entanto, informações específicas são disponíveis na
literatura científica (16,17).

Tipo e duração da conteção

Evidências atuais suportam a utilização de contenção não-rígida e de curta


duração para dentes luxados, avulsionados e com raízes fraturadas. Embora nem o tipo
nem a duração da contenção de dentes luxados e dentes com raízes fraturadas estejam
significantemente relacionadas ao prognóstico, a contenção é considerada a melhor
forma de se manter o dente reposicionado corretamente, proporcionando conforto ao
paciente e melhoria da função (18,19).

Uso de antibióticos

Existem limitadas evidências para a utilização de antibioticoterapia sistêmica


nos casos de lesões de luxação e nenhuma evidência de que a cobertura antibiótica
melhore o prognóstico de dentes fraturados. A utilização de antibióticos permanece a
critério do clínico, uma vez que as LDTs são frequentemente acompanhadas por lesões
de tecidos moles e associadas com outros tipos de lesão, que podem exigir intervenções
cirúrgicas. Além disso, o estado de saúde do paciente pode justificar a cobertura
antibiótica (19,20).

Testes de sensibilidade

Testes de sensibilidade referem-se a testes (frio e/ou elétrico) que têm por
objetivo determinar a condição da polpa dental. No momento do acidente, os testes de
sensibilidade frequentemente não geram nenhuma resposta, indicando uma ausência
transitória de resposta pulpar. Consequentemente, pelo menos dois sinais e sintomas são
necessários para realizar o diagnóstico de necrose pulpar. Consultas pós-operatórias
regulares são necessárias para realizar o diagnóstico da condição do tecido pulpar.

Dentes permanentes com rizogênese incompleta versus dentes permanentes com


rizogênese completa

Todo esforço deve ser realizado para preservar a vitalidade pulpar em um dente
permanente com rizogênese incompleta, para garantir a continuidade do
desenvolvimento radicular. A grande maioria das LDTs ocorre em crianças e
adolescentes, onde a perda de um elemento dentário possui sérias consequências para a
vida. Dentes permanentes com rizogênese incompleta apresentam uma considerável
capacidade de reparo após exposições pulpares traumáticas, lesões de luxação e fraturas
radiculares. Exposições pulpares secundárias às LDTs respondem bem a terapias
pulpares conservadoras que mantêm a vitalidade pulpar e permitem a continuidade de
formação radicular (21-24). Além disso, terapias emergentes demonstraram a
capacidade de revascularizar/regenerar tecido vital nos canais radiculares de dentes
permanentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar (25-30). Dentes
traumatizados frequentemente apresentam uma combinação de diferentes lesões.
Estudos têm demonstrado que dentes com fratura coronária com ou sem exposição
pulpar associados à luxação apresentam uma maior frequência de necrose pulpar (31).
Os dentes permanentes com rizogênese completa que sofrem LDTs severas são
susceptíveis à necrose pulpar, sendo nesses casos recomendada a realização de
pulpectomia preventiva uma vez que o desenvolvimento radicular já foi concluído.
Obliteração do canal radicular

A obliteração do canal radicular (OCR) ocorre mais frequentemente em dentes


com ápices abertos que tenham sofrido uma grave lesão de luxação. Essa condição
geralmente indica uma polpa com vitalidade. Extrusão, intrusão e lesões de luxação
lateral têm altas taxas de OCR (32,33). As subluxações e fraturas coronárias também
podem apresentam OCR, embora com menor frequência (34). Além disso, OCR é uma
ocorrência comum após fratura radicular (35,36).

Instruções aos pacientes

A adesão do paciente às visitas de acompanhamento e os cuidados domiciliares


contribuem para um melhor prognóstico, após uma LDT. Os pacientes e pais de
pacientes jovens devem ser aconselhados a respeito dos cuidados com o(s) dente (s)
traumatizado(s) para um melhor reparo e prevenção de traumas futuros, ao evitar a
participação em esportes de contato, ao realizar meticulosa higiene bucal e efetuar
bochecho com agente antibacteriano, como o gluconato de clorexidina a 0.1% livre de
álcool, por 1-2 semanas.

Recursos adicionais

Além das recomendações gerais mencionadas anteriormente, os clínicos devem


ser incentivados a acessar o DTG, a revista Dental Traumatology e outras revistas em
busca de informações referentes a possíveis atrasos na instituição do tratamento (37),
luxações intrusivas (38-47), fraturas radiculares (48-52), tratamentos pulpares de dentes
fraturados e luxados (34,53-64), contenção (18,39,65-68) e antibióticos (69).

Agradecimentos

A IADT agradece a equipe do Dental Trauma Guide (www.dentaltraumaguide.org) por


gentilmente ceder as imagens do presente artigo.
Dente permanente

Diretrizes de tratamento para fraturas dentárias e do osso alveolar Acompanhamento de Prognósticos favoráveis e desfavoráveis incluem
fraturas dentárias e do algumas, mas não necessariamente todas, as
osso alveolar1 seguintes ocorrências
Achados clínicos Achados Tratamento Acompanhamento Prognósticos Prognósticos
radiográficos favoráveis desfavoráveis
Trinca Fratura incompleta Sem anormalidades Em casos de trincas Nenhum Ausência de Presença de
(crack) de esmalte radiográficas visíveis, realizar a acompanhamento é sintomatologia sintomatologia
sem perda de aplicação de necessário a não ser que
estrutura dentária Radiografias ácido/adesivo e essas lesões estejam Resposta pulpar Resposta pulpar
recomendadas: selamento com resina associadas a lesões de positiva negativa
Ausência de radiografia composta, para luxação ou outros tipos
sensibilidade à periapical. prevenir a de fratura Continuidade do Sinais de lesão
percussão. Se Radiografias descoloração das desenvolvimento periapical
apresentar adicionais são linhas das trincas; caso radicular em dentes
sensibilidade, recomendadas se contrário, nenhum com rizogênese Interrupção do
avaliar quanto à outros sinais ou tratamento é incompleta desenvolvimento
possível ocorrência sintomas estiverem necessário radicular em dentes
de lesão de luxação presentes com rizogênese
ou fratura radicular incompleta

Indicação de terapia
endodôntica apropriada
de acordo com o
estágio de
desenvolvimento
radicular
Fratura de Fratura completa do Perda visível de Se o fragmento 6-8 semanas C++ Ausência de Presença de
esmalte esmalte dentário estiver 1 ano C++ sintomatologia sintomatologia
esmalte
presente, o mesmo
Perda de esmalte. Radiografias pode ser reposicionado Resposta pulpar Resposta pulpar
Ausência de dentina recomendadas: junto ao dente positiva. negativa
exposta Periapical, oclusal e
exposições em Recontorno ou Continuidade do Sinais de lesão
Ausência de diferentes restauração com resina desenvolvimento periapical
sensibilidade à angulações são composta de acordo radicular em dentes
percussão. Se recomendadas, a fim com a extensão e com rizogênese Interrupção do
apresentar de verificar a localização da fratura incompleta desevolvimento
sensibilidade, presença de fratura radicular em dentes
avaliar quanto à radicular ou de Continuidade da com rizogênese
possível ocorrência lesões de luxação ausência de sintomas incompleta
de lesão de luxação nas consultas de
ou fratura radicular Radiografias de acompanhamento Indicação de terapia
lábios e bochechas endodôntica apropriada
Mobilidade normal para localização de de acordo com o
fragmentos estágio de
Teste de dentários ou objetos desenvolvimento
sensibilidade pulpar estranhos radicular
normalmente
positivo
Fratura de Fratura envolvendo Perda visível de Se o fragmento 6-8 semanas C++ Ausência de Presença de
esmalte e esmalte e dentina esmalte e dentina dentário estiver 1 ano C++ sintomatologia sintomatologia
dentina com perda de presente, o mesmo
estrutura dentária, Radiografias pode ser reposicionado Resposta pulpar Resposta pulpar
mas sem exposição recomendadas: junto ao dente. Se não, positiva. negativa
pulpar periapical, oclusal e realizar um tratamento
exposições em provisório recobrindo Continuidade do Sinais de lesão
Ausência de diferentes a dentina exposta com desenvolvimento periapical
sensibilidade à angulações são ionômero de vidro ou radicular em dentes
percussão. Se recomendadas, a fim uma restauração com com rizogênese Interrupção do
apresentar de verificar a maior durabilidade, incompleta desenvolvimento
sensibilidade, presença de utilizando um agente radicular em dentes
avaliar o quanto à deslocamento ou de união e resina Continuidade da com rizogênese
possível ocorrência possível fratura composta ou outro ausência de sintomas incompleta
de lesão de luxação radicular material restaurador nas consultas de
ou fratura radicular acompanhamento Indicação de terapia
Radiografias de Se a exposição endodôntica apropriada
Mobilidade normal lábios e bochechas dentinária for até 0.5 de acordo com o
para localização de mm da polpa (rosa, estágio de
Teste de fragmentos sem sangramento), desenvolvimento
sensibilidade pulpar dentários ou objetos colocar uma base de radicular
normalmente estranhos hidróxido de cálcio e
positivo cobrir com material
como por exemplo o
ionômero de vidro

Fratura de Fratura envolvendo Perda visível de Em pacientes jovens, 6-8 semanas C++ Ausência de Presença de
esmalte, esmalte e dentina esmalte e dentina. com rizogênese 1 ano C++ sintomatologia sintomatologia
dentina e polpa com perda de incompleta, é
estrutura dentária e Radiografias vantajoso preservar a Resposta pulpar Resposta pulpar
exposição pulpar. recomendadas: vitalidade pulpar por positiva. negativa
Periapical, oclusal e meio de capeamento
Mobilidade normal. exposições em pulpar ou pulpotomia Continuidade do Sinais de lesão
diferentes parcial. Esse desenvolvimento periapical
Ausência de angulações são tratamento também é radicular em dentes
sensibilidade à recomendadas, a fim indicado em pacientes com rizogênese Interrupção do
percussão. Se de verificar a jovens, em dentes com incompleta desenvolvimento
apresentar presença de completa formação radicular em dentes
sensibilidade, deslocamento radicular. Continuidade da com rizogênese
avaliar quanto à dentário ou possível ausência de sintomas incompleta
possível ocorrência presença de fratura O hidróxido de cálcio nas consultas de
de lesão de luxação radicular é um material acompanhamento Indicação de terapia
ou fratura radicular adequado para ser endodôntica apropriada
Radiografias de utilizado sobre a de acordo com o
Polpa exposta lábios e bochechas polpa, nesses estágio de
sensível a estímulos. para localização de procedimento desenvolvimento
fragmentos radicular
dentários ou objetos Em pacientes com
estranhos desenvolvimento
radicular completo,
geralmente a
pulpectomia é o
tratamento de escolha,
embora o capeamento
pulpar ou a
pulpotomia parcial
também possam ser
realizados.

Se o fragmento
dentário estiver
presente, o mesmo
pode ser reposicionado
junto ao dente.

O tratamento para a
coroa fraturada pode
ser a restauração com
outros materiais
restauradores.

Fraturas Fratura envolvendo Extensão apical da Tratamento de 6-8 semanas C++ Ausência de Presença de
corono- esmalte, dentina e fratura geralmente emergência: 1 ano C++ sintomatologia sintomatologia
radicular sem cemento, com perda não visível
exposição de estrutura Como tratamento de Resposta pulpar Resposta pulpar
pulpar dentária, mas sem Radiografias emergência, uma positiva. negativa
exposição pulpar recomendadas: estabilização
Periapical, oclusal e temporária do Continuidade do Sinais de lesão
Fratura coronária exposições em fragmento com desenvolvimento periapical
extendendo-se diferentes mobilidade pode ser radicular em dentes
abaixo da margem angulações são realizada até que um com rizogênese
gengival recomendadas, a fim plano de tratamento incompleta Interrupção do
de verificar a definitivo seja desenvolvimento
Dor à percussão presença de linhas elaborado Continuidade da radicular em dentes
de fratura na porção ausência de sintomas com rizogênese
Mobilidade do radicular Alternativas de nas consultas de incompleta
fragmento coronário tratamento não- acompanhamento
emergencial: Indicação de terapia
Teste de endodôntica apropriada
sensibilidade pulpar Remoção do de acordo com o
é geralmente fragmento estágio de
positivo para o desenvolvimento
fragmento apical. Remoção do radicular
fragmento coronário e
restauração
subsequente do
fragmento apical
exposto acima do nível
gengival.

Remoção do
fragmento e
gengivectomia (às
vezes osteotomia).

Remoção do
fragmento coronário,
tratamento
endodôntico e
restauração com pino e
coroa. Este
procedimento deve ser
precedido por
gengivectomia e, às
vezes, por osteotomia
com osteoplastia.

Extrusão ortodôntica
do fragmento apical

Remoção do
fragmento coronário
com subsequente
tratamento
endodôntico e extrusão
ortodôntica do
remanescente
radicular, com
tamanho suficiente
para suportar
posterior restauração
com pino e coroa.

Extrusão cirúrgica

Remoção do
fragmento coronário
com mobilidade e
reposicionamento
cirúrgico da porção
radicular em uma
posição mais
coronária.

Sepultamento
radicular

A colocação de
implante pode ser
planejada

Extração

Extração com implante


imediato ou planejado
ou prótese fixa
convencional. A
extração é inevitável
em casos de fraturas
corono-radiculares
com severa extensão
apical.
Fraturas Fratura envolvendo Extensão apical da Tratamento de 6-8 semanas C++ Ausência de Presença de
corono- esmalte, dentina e fratura geralmente emergência: 1 ano C++ sintomatologia sintomatologia
radiculares com cemento, com perda não visível Como tratamento de
exposição de estrutura emergência pode ser Resposta pulpar Resposta pulpar
pulpar dentária, com Radiografias realizado uma positiva. negativa
exposição pulpar recomendadas: estabilização
Periapical e oclusal temporária do Continuidade do Sinais de lesão
Dor à percussão fragmento com desenvolvimento periapical
mobilidade nos dentes radicular em dentes
Mobilidade do adjacentes. com rizogênese Interrupção do
fragmento coronário incompleta desevolvimento
Em pacientes com radicular em dentes
rizogênese incompleta Continuidade da com rizogênese
é vantajoso preservar a ausência de sintomas incompleta
vitalidade pulpar por nas consultas de
meio da realização de acompanhamento Indicação de terapia
uma pulpotomia endodôntica apropriada
parcial. Esse é também de acordo com o
o tratamento de estágio de
escolha em pacientes desenvolvimento
jovens, com dentes radicular
com rizogênese
completa. Materiais à
base de hidróxido de
cálcio são adequados
para capeamento
pulpar. Em pacientes
com rizogênese
completa, o tratamento
endodôntico pode ser
o tratamento de
escolha.

Alternativas de
tratamento não-
emergencial:

Remoção do
fragmento e
gengivectomia (às
vezes osteotomia)

Remoção do
fragmento coronário,
tratamento
endodôntico e
restauração com pino e
coroa. Este
procedimento deve ser
precedido por
gengivectomia e, às
vezes, osteotomia com
osteoplastia. Essa
opção de tratamento é
indicada somente em
casos de fraturas
corono-radiculares
com extensão região
palatina subgengival

Extrusão ortodôntica
do fragmento apical

Remoção do
fragmento coronário
com subsequente
tratamento
endodôntico e extrusão
ortodôntica do
remanescente radicular
com tamanho
suficiente para
suportar e posterior
restauração com pino e
coroa.
Extrusão cirúrgica

Remoção do
fragmento coronário
com mobilidade e
reposicionamento
cirúrgico da porção
radicular em uma
porção mais coronal.

Sepultamento
radicular

Durante o
planejamento de um
implante, o fragmento
radicular deverá
permanecer in situ.

Extração

Extração com implante


imediato ou planejado
ou prótese fixa
convencional. A
extração é inevitável
em casos de fraturas
corono-radiculares
com severa extensão
apical.
Fratura O fragmento A fratura envolve a Reposicionar o 4 semanas S+, C++ Resposta pulpar Presença de
radicular coronário pode estar porção radicular e fragmento coronário , 6-8 semanas C++ positiva aos testes de sintomatologia
com mobilidade pode estar em um nos casos onde há 4 meses S++, C++ sensibilidade (falso
e/ou deslocado plano horizontal ou deslocamento 6 meses C++ negativo é possível até Resposta pulpar
obliquo. 1 ano C++ 3 meses) negativa aos testes de
O dente pode estar Checar a posição 5 anos C++ sensibilidade (falso
sensível à percussão Fraturas horizontais radiograficamente Sinais de reparo entre negativo é possível até
podem ser os fragmentos 3 meses)
Sangramento via comumente Estabilizar o elemento
sulco gengival pode detectadas por meio com contenção Continuidade da Extrusão do fragmento
ser observado de radiografia flexível, por 4 ausência de sintomas coronário
periapical com o semanas. Se a fratura nas consultas de
Teste de centro do feixe de for próxima da região acompanhamento Áreas radiolúcidas na
sensibilidade pode raios-X incidindo cervical, a contenção linha de fratura
ser negativo com angulação pode ser mantida por
inicialmente, horizontal um período maior de Sinais clínicos de
indicando dano perpendicular ao tempo (até 4 meses). periodontite ou
neural transitório ou dente em questão. abscesso associados à
permanente Isso comumente É recomendado linha de fratura
ocorre em casos de monitorar a
Recomenda-se fraturas radiculares vitalidade pulpar por Indicação de terapia
monitoramento do no terço cervical pelo menos 1 ano. endodôntica apropriada
estado pulpar de acordo com o
Quando o plano de Se ocorrer a necrose estágio de
Descoloração fratura é oblíquo, o pulpar, para preservar desenvolvimento
coronária transitória que é mais comum o dente o tratamento radicular
(avermelhada ou no terço apical, uma endodôntico do
acinzentada) pode radiografia oclusal fragmento coronário
ocorrer ou radiografias com até a linha de fratura
variações na está indicado
angulação horizontal
são mais indicadas
para demonstrar a
fratura, incluindo as
localizadas no terço
médio
Fratura alveolar Fratura Linhas de fratura Reposicionamento de 4 semanas S+, C++ Resposta pulpar positiva Presença de
envolvendo o osso podem ser qualquer segmento 6-8 semanas C++ aos testes de sintomatologia
alveolar, podendo localizadas em deslocado associado a 4 meses C++ sensibilidade (falso
se estender ao qualquer nível, contenção 6 meses C++ negativo é possível até 3 Resposta pulpar
osso adjacente desde o osso 1 ano C++ meses) negativa aos testes de
marginal até o Sutura de laceração 5 anos C++ sensibilidade (falso
Observa-se ápice radicular gengival, quando presente Ausência de lesão negativo é possível até
comumente periapical 3 meses)
mobilidade e Além de Estabilizacão do segmento
deslocamento do radiografias em 3 por 4 semanas Continuidade da Desenvolvimento de
segmento com diferentes ausência de sintomas nas lesão periapical ou de
diversos dentes angulações e uma consultas de reabsorção radicular
em movimento ao radiografia acompanhamento inflamatória externa
mesmo tempo oclusal,
radiografias Indicação de terapia
Alteração oclusal panorâmicas endodôntica
em decorrência do podem ser úteis apropriada, de acordo
desalinhamento para determinar o com o estágio de
do alvéolo trajeto e a posição desenvolvimento
fraturado é das linhas de radicular
comumente fratura
observada s

Testes de
sensibilidade
podem ou não ser
positivos

Diretrizes de tratamento para lesões de luxação Acompanhamento de Prognósticos favoráveis e desfavoráveis,


procedimentos após incluem algumas, mas não
luxações em dentes necessariamente todas as seguintes
permanentes
Achados clínicos Achados Tratamento Acompanhamento Prognósticos Prognósticos
radiográficos favoráveis desfavoráveis
Concussão O dente apresenta Ausência de alterações Nenhum tratamento é 4 semanas C++ Ausência de Presença de
sensibilidade à radiográficas necessário 6-8 semanas C++ sintomatologia sintomatologia
percussão, não 1 ano C++
apresentando Monitorar a vitalidade Resposta pulpar Resposta pulpar
deslocamento ou pulpar por pelo menos 1 positiva ao teste de negativa aos testes
mobilidade ano sensibilidade de sensibilidade

Os testes de Falso negativo Falso negativo


sensibilidade são possível por pelo possível por pelo
frequentemente menos 3 meses menos 3 meses
positivos
Continuidade da Interrupção da
formação radicular formação radicular
nos casos de dentes nos casos de dentes
com rizogênese com rizogênese
incompleta incompleta e sinais
de lesão periapical
Integridade de
lâmina dura Indicação de terapia
endodôntica
apropriada, de
acordo com o
estágio de
desenvolvimento
radicular
Subluxação O dente apresenta Alterações Normalmente nenhum 2 semanas S+, C++ Ausência de Presença de
sensibilidade à radiográficas não são tratamento é necessário. 4 semanas C++ sintomatologia sintomatologia
percussão e rotineiramente No entanto, uma 6-8 semanas C++
mobilidade encontradas contenção flexível para 6 meses C++ Resposta pulpar Resposta pulpar
aumentada; não estabilizar o elemento 1 ano C++ positiva aos testes negativa aos testes
apresenta dentário e proporcionar de sensibilidade de sensibilidade
deslocamento conforto ao paciente
pode ser indicada por até Falso negativo Falso negativo
Sangramento via 2 semanas possível por pelo possível por pelo
margem gengival menos 3 meses menos 3 meses
pode ser observado
Continuidade da Reabsorção externa
Testes de formação radicular inflamatória
sensibilidade podem nos casos de dentes
ser inicialmente com rizogênese Interrupção da
negativos, indicando incompleta formação radicular
dano pulpar nos casos de dentes
transitório Integridade de com rizogênese
lâmina dura incompleta e sinais
Monitorar a resposta de lesao periapical
pulpar até que seja
possível estabelecer Indicação de terapia
um diagnóstico endodôntica
definitivo da apropriada, de
condição pulpar acordo com o
estágio de
desenvolvimento
radicular

Luxação O dente parece Aumento no Espaço Reposicionar do dente, 2 semanas S+, C++ Ausência de Sinais e sintomas
extrusiva alongado e apresenta do ligamento inserindo o mesmo 4 semanas C++ sintomatologia radiográficos
excessiva periodontal apical delicadamente no 6-8 semanas C++ consistentes com
mobilidade aumentado alvéolo 6 meses C++ Sinais clínicos e lesão periapical
1 ano C++ radiográficos
Testes de Estabilizar o dente por 2 Anualmente por 5 anos normalidade ou em Resposta negativa
sensibilidade semanas usando C++ processo de reparo aos testes de
normalmente com contenção flexível sensibilidade
resposta negativa Resposta pulpar (resultados falso
O tratamento positiva aos testes negativos podem ser
endodôntico é indicado de sensibilidade observados até 3
em dentes com (resultados falso meses)
rizogênese completa, nos negativos podem ser
quais a necrose pulpar observados até 3 Se a integridade do
ocorre precocemente ou meses) osso marginal for
quando os sinais e perdida, realizar
sintomas indicarem Altura do osso contenção adicional
necrose pulpar, seja em marginal por 3-4 semanas
dentes com rizogênese corresponde à
completa ou incompleta mesma observada Reabsorção
radiograficamente radicular
após o inflamatória externa
reposicionamento
Indicação de terapia
Continuidade da endodôntica
formação radicular apropriada, de
nos casos de dentes acordo com o
com rizogênese estágio de
incompleta desenvolvimento
radicular
Luxação lateral O dente se encontra Aumento do espaço do Reposicionar o dente 2 semanas S+, C++ Ausência de Sintomas e sinais
deslocado, ligamento periodontal digitalmente ou com 4 semanas C++ sintomatologia radiográficos
geralmente no é melhor observado fórceps para deslocá-lo 6-8 semanas C++ consistentes com
sentido em exposições do osso e reposicioná-lo 6 meses C++ Sinais clínicos e lesão periapical
palatino/lingual ou radiográficas oclusais suavemente em seu local 1 ano C++ radiográficos
labial. ou excêntricas de origem Anualmente por 5 anos normais ou em Resposta negativa
C++ processo de reparo aos testes de
O dente se apresenta Estabilizar o dente periodontal sensibilidade
imóvel e à durante 4 semanas, (resultados falso
percussão apresenta utilizando uma Resposta pulpar negativos podem ser
um som metálico contenção flexível positiva aos testes observados até 3
(anquilosado) de sensibilidade meses)
Monitorar a vitalidade (resultados falso
Fratura do processo pulpar negativos podem ser Se a integridade do
alveolar presente observados até 3 osso marginal for
Se ocorrer a necrose da meses) perdida, realizar
Testes de polpa, o tratamento contenção adicional
sensibilidade endodôntico é indicado Altura do osso por 3-4 semanas
apresentam para evitar a reabsorção marginal
resultados negativos radicular corresponde à Reabsorção
mesma observada radicular
radiograficamente inflamatória externa
após o ou reabsorção por
reposicionamento substituição

Continuidade da Indicação de terapia


formação radicular, endodôntica
nos casos de dentes apropriada, de
com rizogênese acordo com o
incompleta estágio de
desenvolvimento
radicular
Intrusão O dente está O espaço do Dentes com 2 semanas Dente no local adequado Dente anquilosado
deslocado axialmente ligamento rizogênese S+, C++ ou em erupção
em direção ao osso periodontal pode incompleta: 4 semanas Sintomas e sinais radiográficos
alveolar estar ausente em C++ Lâmina dura intacta consistentes com lesão periapical
parte ou em toda a Permitir a erupção 6-8 semanas
O dente se apresenta porção radicular sem intervenção C++ Ausência de sinais de Reabsorção radicular inflamatória
imóvel e à percussão 6 meses C++ reabsorção externa ou reabsorção por
apresenta um som A junção cemento- Se nenhum 1 ano C++ substituição
metálico esmalte está movimento for Anualmente Continuidade da
(anquilosado) localizada mais observado dentro de por 5 anos formação radicular, nos Indicação de terapia endodôntica
apicalmente no algumas semanas, C++ casos de dentes com apropriada, de acordo com o
Testes de dente intruído, em iniciar o rizogênese incompleta estágio de desenvolvimento
sensibilidade comparação aos reposicionamento radicular
apresentam resultados dentes adjacentes, às ortodôntico
negativos vezes apicalmente
ao nível do osso Se o dente intruiu
marginal mais do que 7 mm,
reposicionar
cirurgicamente ou
ortodonticamente

Dentes com
rizogenese completa

Permitir a erupção
sem intervenção em
dentes que intruíram
menos que 3 mm. Se
nenhuma
movimentação for
observada após 2-4
semanas,
reposicionar
cirurgicamente ou
ortodonticamente,
antes que se
desenvolva uma
anquilose

Se o dente intruiu
mais que 7 mm,
reposicionar
cirurgicamente

A polpa
provavelmente
sofrerá necrose em
dentes com
rizogênese completa.
Dessa forma, o
tratamento
endodôntico com
utilização de
medicação de
hidróxido de cálcio é
recomendado e o
tratamento deverá
ser iniciado 2-3
semanas após a
cirurgia de
reposicionamento

Se o dente for
reposicionado
cirurgicamente ou
ortodonticamente,
realizar conteção
flexível durante 4-8
semanas
Legendas

C++, exames clínicos e radiográficos; S+ remoção da contenção; S++ remoção da


contenção em fraturas do terço cervical.

1
Para dentes com fraturas coronárias com lesão por luxação concomitante, utilizar o
cronograma de acompanhamento de dentes luxados.

2
Sempre que existir a evidência de reabsorção inflamatória externa, o tratamento
endodôntico deve ser iniciado imediatamente, com a utilização de hidróxido de cálcio
como medicação intracanal.
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