Fisiologia - SISTEMA NERVOSO

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MECANISMO BIOQUÍMICO DA FENÔMENOS QUE COMPÕEM O POTENCIAL DE

SINAPSE E POTENCIAL DE AÇÃO AÇÃO


• Despolarização: a membrana fica muito
POTENCIAL DE REPOUSO permeável aos íons sódio, permitindo que
esses íons positivamente carregados se
• Diferença de potencial elétrico (+ fora e -
difundam para o interior da célula, provocando
dentro) entre as superfícies interna e externa
uma inversão na polaridade elétrica na
da membrana que toda célula viva manifesta.
superfície da membrana. (+ dentro e - fora)
• Face interna: ânions (-) e potássio (K)
• Repolarização: os canais de sódio se fecham e
• Face externa: cátions (+) e sódio
os canais de potássio se abrem, fazendo com
• Esta diferença de potencial é utilizada nos
que o potencial de membrana volte ao normal
processos de comunicação neuronal ou de
(- dentro e + fora)
deflagração da contração muscular.
• Bomba de sódio e potássio: No meio *OBS 1.:
intracelular existe uma alta concentração de 3 coisas que contribuem para a negatividade da célula
potássio. Como a permeabilidade da • Canais vazantes (fluxo passivo de potássio - o sódio não
membrana ao potássio é alta, sai um pouco de possui canal vazante)
K da célula, deixando seu interior levemente • Bomba de sódio e potássio
• Ânions presos na célula
negativo. O íon mais concentrado no meio *OBS 2.:
extracelular é o sódio. O pouco Na que entra Canais de sódio: maior velocidade de ação (canais rápidos).
na célula se dá por vazamento ou por falhas na O sódio sempre está acompanhado de cloreto
permeabilidade, assim, cada vez que vaza um Canais de potássio: menor velocidade de ação (canais
pouco de Na para o interior da célula, a lentos), O potássio sempre está acompanhado de fosfato.
Os dois se abrem ao mesmo tempo, mas o potássio só
tendência é sair um pouco de potássio. completa sua abertura quando o sódio já está fechado.
Contudo, as bombas de sódio e potássio
buscam continuamente corrigir esse
ANATOMIA DA SINAPSE
vazamento, jogando 3 sódios para fora e 2
potássio para dentro. A sinapse é o ponto de contato entre um neurônio
• Permeabilidade da membrana: alta para o e o neurônio seguinte.
potássio e baixa para o sódio.
• Célula pré-sináptica: Também são chamados
POTENCIAL DE AÇÃO
de terminal pré-sináptico ou botão terminal,
são encontrados na superfície dos dendritos e
• Sistema de transmissão de sinais que produz do corpo celular do neurônio. A célula pré-
uma rápida variação no potencial sináptica possui vesículas sinápticas (ou
transmembrana produzindo uma positividade transmissoras), que contêm uma substância
na face interna e uma negatividade na face transmissora que, quando liberada na fenda
externa. sináptica, excita ou inibe o neurônio pós-
• + dentro e - fora sináptico.
• Limiar: despolarização máxima; nível máximo • Célula pós-sináptica: se a membrana neural
de íons Na que podem entrar na fibra. Quando contiver receptores excitatórios, a célula pós-
o número de sódio que entra na fibra fica sináptica é excitada pela substância
maior que o número de potássio que sai da transmissora liberada pela célula pré-sináptica.
fibra, esse aumento abrupto do potencial de Caso contenha receptores inibitórios, a célula
membrana provoca o explosivo é inibida.
desenvolvimento do potencial de ação • Fenda sináptica: espaço entre neurônios que
(despolarização). separa as células pré-sinápticas das pós-
sinápticas

SINAPSE ELÉTRICA
• Caracterizadas por canais que conduzem a
eletricidade de uma célula para a próxima.
• A maior parte dessas sinapses consiste em
pequenas estruturas tubulares proteicas
chamas junções comunicantes, que permitem o
movimento livre dos íons de uma célula à Etapas:
outra. • Recepção: O sinal é recebido pela célula-alvo
• Amplificação: ativa diversas substâncias na
SINAPSE QUÍMICA célula, produzindo reações químicas
• O primeiro neurônio secreta por seu terminal • Respostas biológicas: produz respostas como
pré-sináptico a substância química chamada alteração do metabolismo, diferenciação
neurotransmissor (substância transmissora). celular, crescimento, divisão celular
• Esse neurotransmissor vai atuar nas proteínas
receptoras (do neurônio subsequente) para TIPOS DE SINALIZAÇÃO CELULAR
promover excitação/inibição DIRETA OU JUSTÁCRINA:
Ocorre por meio de:
*OBS.: Neurotransmissores importantes:
Acetilcolina • Junções comunicantes
Norepinefrina Na comunicação direta ou por contato, se
Epinefrina estabelecem pontos de continuidade entre os
Histamina citoplasmas de células diferentes.
GABA (ácido gama-aminobutírico) As junções comunicantes são canais especiais de
Glicina
Serotonina membrana de células justapostas que criam uma
Glutamato continuidade entre os citoplasmas quando esses
canais se unem estruturalmente formando, assim,
RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS um túnel.
• Excitatório: a abertura dos canais de sódio • Sinais elétricos e químicos
permite o fluxo de grande número de cargas Neurônios, músculos e células da glia em geral
elétricas positivas para a célula pós-sináptica. estabelecem sinapses elétricas através dessas
Esse evento aumenta o potencial intracelular comunicações por contato. A comunicação por
da membrana em direção ao potencial mais contato de presta tanto para sinalização elétrica
positivo, causando a excitação. quanto para a sinalização química.
• Inibitório: a abertura dos canais de íon cloreto • Íons, pequenas moléculas
permite que íons positivos se difundam para o A seletividade desses túneis intercelulares é baixa,
meio extracelular, provocando aumento da geralmente se limitando a macromoléculas, cujo
negatividade do lado interno da célula, raio é muito grande. Portanto, íons e pequenas
causando inibição. moléculas orgânicas transitam livremente entre os
citoplasmas.
• Receptor inotrópico: potencial sináptico rápido • Fechamento das junções
e de pouca duração (receptor no próprio canal) Alguns fatores que podem afetar a abertura e o
• Receptor metabotrópico: potencial sináptico fechamento das junções comunicantes são o pH
lentos e longa duração (receptor acoplado à intracelular, a concentração intracelular de cálcio
proteína G) e, em alguns casos, até a voltagem da membrana
celular.
CIRCUITOS NEURONAIS
• Mudanças elétricas INDIRETA
• Neurotransmissores (sempre produzido de um Podem ser:
• Sinalização autócrina:
neurônio)
• Neuromoduladores (nem sempre vem de um (da célula para ela mesma)
neurônio, as vezes é produzido nas células da É um modo eficaz de a célula monitorar o
glia) comportamento de seus sinalizadores do lado de
fora.
A célula não pode liberar os sinalizadores "às
ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DA
cegas", ela deve saber exatamente quanto
COMUNICAÇÃO CELULAR sinalizador deve liberar. Esse controle é feito
• Produção de sinal de uma célula através de autoreceptores, que atuam como
• Transmissão do sinal para a células-alvo controladores da liberação dos sinalizadores.
• Transdução do sinal como resposta pela A autorecepção constitui um aguçado mecanismo
célula-alvo: transforma o estímulo recebido de retroalimentação - portanto, de alostase.
em mudança de carga elétrica • Sinalização parácrina
(da célula para as células vizinhas)
É um modo de comunicação celular que também
se dá a curtas distâncias.
Apenas as células-alvo são capazes de ser
sensibilizadas por sinalizadores químicos
específicos.
• Sinalização endócrina
(da célula para as células distantes por meio da
corrente sanguínea)
É aquela sinalização que se dá através de
hormônios.
A comunicação é a distância e se dá por transporte
de massa via fluxo circulatório.
• Neurócrina
Sinalização entre neurônios.

TIPOS DE NEURÔNIO

FISIOLOGIA DO SISTEMA
NERVOSO
Sistema nervoso central:
• Medula espinhal
• Tronco encefálico/cerebral
• Encéfalo/cérebro
Sistema nervoso periférico:
• Nervos periféricos
• Gânglios

O papel mais importante do sistema nervoso é o


de controlar as diversas atividades do corpo. Essa
função é realizada pelo controle da contração dos
músculos esqueléticos, da contração da
musculatura lisa dos órgãos internos, da secreção
de substâncias químicas pelas glândulas exócrinas
e endócrinas.

Para que o sistema nervoso possa realizar suas


funções, é preciso que ele receba informações de
diferentes órgãos sensoriais para, assim,
interpretar e produzir uma resposta adequada para
cada situação. A partir do momento que o sistema
nervoso identificada a informação que chega à ele,
são produzidas ações de controle (respostas a
serem executadas). Isso se chama integração.

PLASTICIDADE NERVOSA
• Diferenciação de células tronco multipotentes em
células tronco que passam pela fase de
crescimento podendo se diferenciar em neurônios
ou células da glia dependendo da região do
cérebro e do tipo de atividade e da área estimulada
no momento.
• É a capacidade de organização do sistema nervoso
frente a alguma lesão. Essa organização se • Substância branca
relaciona com a modificação de algumas conexões o Axônios mielinizados (com bainha de mielina)
sinápticas. o Feixes de axônios mielinizados ascendentes e
• Trata-se de se adequar a determinadas condições e descendentes
tarefas o Possui conexão com o tronco cerebral, cérebro e
• Formação de novas espinhas dendríacas: evolução nervos espinhais
e involução constantes; remodelamento ativo ↓
Responsáveis por:
SISTEMA NERVOSO CENTRAL • Impulsos proprioceptivos: posição do corpo no
espaço
Funções motoras: • Impulsos sensoriais: dor, temperatura, tato;
• Contração dos músculos esqueléticos núcleos sensoriais somáticos (vindos dos cornos
• Contração dos músculos lisos dorsais do H cinzento
• Secreção de substâncias químicas pelas glândulas • Impulsos motores: núcleos motores somáticos
endócrinas e exócrinas (células dos cornos ventrais do H cinzento)
• Os músculos e glândulas são denominados
efetores FUNÇÕES DA MEDULA ESPINHAL
• Conduzir estímulos através da distribuição de
O sistema nervoso humano herdou capacidades fibras motoras para os órgãos efetores
funcionais especiais de cada um dos estágios • Coletar informações somatossensoriais para o
evolutivos humanos. Dessa herança, três níveis cérebro
principais do sistema nervoso central têm • Organizar respostas; centro nervoso de reflexos
características funcionais específicas

NÍVEL MEDULAR NÍVEL INFERIOR/SUBCORTICAL


Os circuitos neurais intrínsecos da medula podem Muitas das atividades subconscientes do corpo são
ser responsáveis por: controladas por regiões encefálicas subcorticais:
• Movimentos de marcha • Bulbo
• Reflexos que afastam o corpo de objetos que • Ponte
causam dor • Mesencéfalo
• Reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o • Hipotálamo
corpo contra a gravidade • Tálamo
• Reflexos que controlam os vasos sanguíneos • Cerebelo
locais, movimentos gastrointestinais ou excreção • Núcleos da base
urinária. O controle da pressão arterial e da frequência
cardíaca é executado principalmente pelo bulbo e
A medula espinhal é protegida pelo canal pela ponte.
vertebral, ocupa ²/³ da coluna vertebral e possui, O controle do equilíbrio é função combinada das
em sua extremidade caudal, o fechamento dos porções mais antigas do cerebelo, juntamente com
tratos/nervos espinhais; chamado de cauda equina. a formação reticular bulbar, pontina e
A proteção do sistema nervoso central é feita por mesencefálica.
meio das meninges: dura-máter, aracnoide e pia- Os reflexos alimentares como a salivação e lamber
máter. os lábios são controlados por áreas localizadas no
bulbo, na ponte, no mesencéfalo, na amígdala e no
* OBS.: Definições hipotálamo.
Trato: feixe de fibras nervosas dentro do SNC
Nervo: feixe de fibras nervosas foras do SNC
Núcleo: grupo de corpos celulares nervosos dentro do SNC
Partes do encéfalo
Gânglio: grupo de corpos celulares nervosos fora do SNC • Telencéfalo
o Encéfalo
• Substância cinzenta ▪ Núcleos de base
o Formato de H ▪ Amígdala
o Possui axônios curtos amielinizados (sem bainha ▪ Hipocampo
de mielina) o Bulbo olfatório
o Corpos celulares nervosos + processos o Bulbo olfatório acessório
NÍVEL SUPERIOR OU CORTICAL
• Diencéfalo O córtex cerebral é a região extremamente
o Tálamo: Centro de sentido da dor
grande de armazenamento de memórias. O
o Hipotálamo: Fome, sede, sono; temperatura
córtex nunca funciona sozinho e sim sempre
corporal; ritmos biológicos em associação com as estruturas subcorticais
o Epitálamo: Glândula pineal e sistema
do sistema nervoso central.
límbico Cada porção do sistema nervoso executa
funções específicas. No entanto, é o córtex
• Mesencéfalo: Reflexos visuais e reações aos que abre o mundo de informações
estímulos móveis; sistema auditivo, visual, armazenadas para que seja explorado pela
movimento ocular, controle postural mente.
subconsciente e reflexos auditivos;
coordenação inconsciente (PA, FR e • Consciência
equilíbrio) • Controle das funções subcorticais (por meio de
o Teto: respostas visuais e auditivas feedbacks)
o Tegmento: movimentos • Armazenamento de memórias
• Pensamento
• Rombencéfalo
o Bulbo: Centros de controle: sistema
respiratório e cardiovascular; tônus
muscular esquelético; deglutição e centro
SISTEMA SOMATOSSENSORIAL
do vômito
o Ponte: Reflexos posturais, regulação das SINAIS
funções viscerais; controle de As sensações somáticas são também agrupadas em
movimento outras classes:
o Cerebelo • Sensações exterorreceptivas: provenientes da
superfície do corpo
• Formação reticular: Regulação da • Sensações proprioceptivas: relacionadas como
consciência; sono/vigília, atenção, tônus estado físico do corpo (sensações de posição,
muscular e reflexos vitais sensações provenientes dos tendões e dos
músculos, as sensações de pressão na sola do pé e
até mesmo de equilíbrio)

• Origem:
o Áreas cutâneas
o Músculos
o Articulações
• Sensações:
o Toque
o Pressão
o Vibração
o Dor
o Calor/frio

As sensações viscerais são as provenientes das


vísceras; esse termo se refere às sensações
provenientes dos órgãos internos.

• Estiramento do estômago
• Estiramento da bexiga
• Detectáveis conscientemente

As sensações profundas são as provenientes dos


tecidos profundos, tais como fáscias, músculos e
ossos. Incluem principalmente a pressão TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES
"profunda", a dor e a vibração. CIRCUNDANDO FOLÍCULOS PILOSOS
• Receptores de adaptação rápida por meio de
RECEPTORES SENSORIAIS tremulação
TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES • Se localizam nos bigodes do focinho (vibrissas) de
Encontradas em toda pele e em muitos outros roedores e carnívoros
tecidos, podem detectar tato e pressão • Mais comum em animais
• Sem modificações especiais
• Se ramificam nos tecidos CORPÚSCULO DE MEISSNER
• Amielinizadas • TERMINAÇÃO DE FIBRA NERVOSA sensorial
• Envoltas por bainha de Schwann mielinizada grossa, alongada e encapsulada
• Epiderme • Estão presentes na pele glabra
• Os corpúsculos de Meissner se adaptam em fração
TERMINAÇÕES NERVOSAS de segundo depois de serem estimulados, o que
ENCAPSULADAS significa que são particularmente sensíveis ao
• São envolvidas por cápsula de tecido conjuntivo movimento de objetos na superfície da pele, como
• Axônios encapsulados amielinizados também à vibração de baixa frequência
• Presentes na derme profunda, fáscias, mesentérios,
músculos esqueléticos e algumas vísceras CORPÚSCULO DE MERKEL
• Mecanoreceptores; corpúsculos de Pacini, • Se localiza na derme
Meissner e Ruffini • Toque e pressão
• Percebe deslocamento e velocidade do estímulo
TERMOCEPTORES • Adaptação lenta: ficam ativos enquanto o estímulo
Em temperaturas cutâneas entre 10º e 48ºC, os existe
termoreceptores permanecem atividade contínua.
• Receptores de frio: ficam em atividade em CORPÚSCULO DE RUFFINI
temperaturas de 10º a 45ºC. O receptor definitivo • Se localiza na derme e na cápsula articular
para o frio são as fibras A𝛿 (mielinizadas) • Estiramento cutâneo: amplitude e direção
• Receptores de calor: ficam em atividade em • Adaptação rápida: aplicação e remoção do
temperaturas de 30º a 45ºC. O receptor definitivo estímulo
para o frio são as fibras C (amielinizadas) • Campos receptivos amplos
Nas temperaturas entre 30º a 40º, os receptores de
frio e calor trabalham de forma simultânea. TERMINAÇÕES NERVOSAS VÍSCERAS
Acima de 45ºC e abaixo de 10º, são acionados os • Nociceptores
receptores de dor. • Estiramento, distensão, espasmo, inflamação,
isquemia
PROPRIOCEPTORES
• Se encontram no órgão tendinoso de Golgi RECEPTORES FISIOLÓGICOS
• Fuso muscular • Estímulos inócuos
• Regulam a atividade muscular controlada pelo • baroR, quimioR, R agentes irritantes, músculo liso
subconsciente (SNC) e consciente (córtex motor) das vísceras (plenitude, motilidade, GI, micção,
evacuação)
CORPÚSCULO DE PACINI
São capazes de determinar sinais vibratórios
porque respondem de modo extremamente rápido SISTEMA SENSORIAL SOMATOVISCRAL
a deformações mínimas e rápidas dos tecidos. O estímulo (mecânico, térmico, químico,
• Detectam pressão e vibração de alta frequência eletromagnético) chega ao receptor sensorial que
• Se localizam no tecido abaixo da pele glabra e faz a transdução do estímulo é conduzido ao
piloso e mais abaixo da derme dos dedos e sistema nervoso central por meio das vias neurais.
cápsulas articulares • Vias sensoriais ascendentes: substância branca da
• Receptores de adaptação rápida medula
• Tálamo
• Córtex somatossensorial (sensoriomotor)
CAMPO RECEPTIVO MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO DOS
Caracterizado pela junção da região estimulada + RECEPTORES
neurônio sensorial; é a área que afeta a descarga • Adaptação do próprio do receptor pelo tempo que
do neurônio leva para recuperar sua forma original
o Corpúsculos de Pacini (mecanoR cutâneos
• Quanto maior a frequência da descarga, mais hipodermes + líquido interior)
excitatório é o campo receptivo (somação • Acomodação: inativação progressiva dos canais
temporal) de sódio 𝑁𝑎+
• Quanto menor a frequência da descarga, mais • Destruição de moléculas receptoras: maior rapidez
inibitório é o campo receptivo (interneurônios X síntese
inibitórios) o Pigmentos visuais fotoR retina X luz
• Quanto mais ampla a descarga, menor a precisão
da identificação *quanto maior a duração do estímulo, menor a
amplitude do potencial de ação (adaptação) e,
POTENCIAL RECEPTOR consequentemente, menor intensidade da
• Deformação mecânica do receptor sensação.
• Aplicação de substância química na membrana
• Alteração da temperatura da membrana
• Radiação eletromagnética TRANSMISSÃO DE SINAIS
Isso gera: • Sinais críticos: determinar a localização precisa na
• Alteração da permeabilidade pele, graduações mínimas de intensidade,
• Abertura dos canais iônicos alterações rápidas na intensidade do sinal sensorial
• Alteração potencial transmembrana (fibras de condução mais rápidas - A𝛽)
• Diminui o limiar do potencial de ação da fibra • Sinais grosseiros: pressão grosseira, tato pouco
nervosa localizado, cócegas (fibras finas e lentas - A𝛿, C)

ADAPTAÇÃO DOS RECEPTORES VIA SENSORIAL


• Receptores iônicos: receptores de adaptação lenta Os receptores dos sentidos somáticos são
(disparam rapidamente no início da ativação, encontrados tanto na pele quanto nas vísceras. A
depois diminuem e mantêm seus disparos ativação dos receptores desencadeia potenciais de
enquanto o estímulo estiver presente) ação no neurônio sensorial primário associado. Na
o Estímulo constante (horas) medula espinal, muitos dos neurônios sensoriais
o SNC: estado do corpo em relação ao meio primários fazem sinapse com interneurônios, que
o Manutenção do potencial receptor enquanto o funcionam como neurônios sensoriais
estímulo durar secundários. A localização da sinapse entre os
o Análise: intensidade/duração neurônios primário e secundário varia de acordo
o Fuso muscular, órgão tendinoso de Golgi, com o tipo de receptor. Os neurônios associados
corpúsculos de Merkel, Raffini, mácula, aos receptores da nocicepção, temperatura e tato
nociceptores, baroR e quimioR grosseiro fazem sinapse com seus neurônios
• Receptores fásicos: receptores de adaptação rápida secundários assim que entram na medula espinal.
(disparam quando recebem estímulos, mas param Contudo, a maior parte dos neurônios do tato
de disparar se a intensidade do estímulo discriminativo, da vibração e da propriocepção
permanecer constante) possuem axônios muito longos, os quais se
o Sinalizam especificamente as alterações em um projetam para cima, da medula espinal até o
parâmetro bulbo. Todos os neurônios sensoriais secundários
o Assim que o estímulo estiver em uma intensidade cruzam a linha média do corpo em algum ponto,
estável, os receptores fásicos adaptam-se a esse de modo que as sensações do lado esquerdo do
novo estado e se desligam. corpo são processadas pelo hemisfério direito do
o Reação somente quando se altera a força do cérebro, e vice-versa. Os neurônios secundários da
estímulo nocicepção, temperatura e tato grosseiro cruzam a
o mecanoR pele x roupa linha média na mEdula espinal e se projetam para
o Análise: presença/ausência de estímulos o encéfalo. Os neurônios do tato discriminativo,
o Corpúsculos de Pacini e Meissner da vibração e da propriocepção cruzam a linha
média no bulbo. No tálamo, os neurônios
sensoriais secundários fazem
sinapse com os neurônios sensoriais terciários, os
quais, por sua vez, projetam-se para a região
somatossensorial do córtex cerebral. Além disso,
muitas vias sensoriais enviam ramos para o
cerebelo, o que permite que ele possa usar a
informação para coordenar equilíbrio e
movimentos.

• Neurônio 1ª ordem:
Sai do receptor e passa pela medula
o Neurônio aferente primário
o Saem das terminações periféricas: r sensorial
o Gerando resposta ao estímulo + transdução =
SNC
o Corpos celulares: gânglios da raiz dorsal ou
gânglio do nervo craniano
• Neurônio de 2ª ordem
Sai do neurônio espinhal em direção ao tálamo
o Medula espinhal ou tronco encefálico
o Informação dos neurônios de 1ª ordem vai
para os núcleos de retransmissão→ neurônio
2ª ordem → tálamo
o axônio: cruza linha média → tálamo
o informação sensorial lado corpo →
contralateral tálamo
o modificação: circuitos locais de
processamento neural
• Neurônio 3ª ordem: DOR
Do tálamo para o córtex somatossensorial
o núcleos sensoriais (retransmissão) tálamo A dor ocorre sempre que os tecidos são
o neurônio 2a ordem → córtex cerebral lesionados.
São respostas comportamentais somáticas,
• Neurônio 4ª ordem:
viscerais e psíquicas à estímulos mecânicos,
Do córtex somatossensorial para outras áreas do
térmicos ou químicos.
córtex
• Os receptores para a dor são nociceptores. Eles
o Processamento informação sensorial →
existem dispersos nas camadas superficiais da
percepção
o Conhecimento consciente estímulo pele, bem como em certos tecidos internos como o
periósteo, paredes das artérias e superfícies
articulares.
• Em outros tecidos mais profundos existem menor
número de receptores para dor

• Dor rápida: 0,1 segundo.


o Estímulos: mecânico, térmico
• Dor lenta: >1 segundo
o Quanto mais lento, maior a destruição de tecido
o Estímulos: mecânico, térmico, elétrico

Algumas substâncias que excitam o tipo químico


de dor são:
bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio,
ácidos, acetilcolina (Ach), enz. Proteolíticas.
Além disso, as protaglandinas e a substância P
aumentam a sensibilidade das terminações
nervosas, mas não excitam diretamente essas
terminações.
ISQUEMIA TECIDUAL
Quando o fluxo sanguíneo pra um tecido é
bloqueado, o tecido em geral fica muito dolorido
em poucos minutos. Quanto maior for a
intensidade do metabolismo desse tecido, mais
rapidamente a dor aparece.
Uma das causas sugeridas para a dor, durante a
isquemia, é o acúmulo de ácido lático nos tecidos,
formada em consequência do metabolismo
anaeróbico (sem oxigênio). Também é possível
que a bradicinina e as enzimas proteolíticas sejam VIA QUE TRANSMITE DOR LENTA-CRÔNICA
formadas no tecido.
O tipo de dor lenta crônica é desencadeado
principalmente por estímulos dolorosos do tipo
ESPASMO MUSCULAR
químico, mas algumas vezes, por estímulos
O espasmo muscular também é causa comum de mecânicos ou térmicos persistentes. Essa dor é
dor, sendo a base de muitas síndromes clinicas transmitida para a medula espinhal por fibras C
dolorosas. Essa dor provavelmente resulta em com velocidade entre 0,5 e 2 m/s
parte do efeito direto do espasmo muscular na • Fibras C (poucas fibras delta): cornos
estimulação de receptores para dor dorsais
mecanossensíveis, mas também pode resultar do • Utiliza o neurotransmissor: substância P
efeito indireto do espasmo muscular comprimindo (lenta/longa) + glutamato (rápida/curta)
vasos sanguíneos e levando à isquemia. Além
disso, o espasmo aumenta a intensidade do
metabolismo do tecido muscular, tornando a
isquemia relativa ainda maior e criando condições
ideais para a liberação de substâncias químicas
indutoras da dor.

SENSIBILIZAÇÃO
• Lesão tecidual/inflamação gera liberação de K+,
bradicinina, serotonina, histamina, eicosanoides
• cél. morrendo: K+ causam a despolarização dos
receptores • Dupla sensação de dor
• cél. moribundas: enz. proteolíticas x globulinas o Dor rápida no primeiro momento e, em seguida,
circulantes liberam bradicinina dor crônica
• Estímulo de dor é transmitido através de sinal o Sinais de estimulação simpática
elétrico até o SNC o Respostas emocionais
o Comportamento de fuga
o Medula → tronco cerebral → córtex
VIA QUE TRANSMITE DOR RÁPIDA-AGUDA
SISTEMA DE ANALGESIA
Os sinais pontuais rápidos são desencadeados por
estímulos mecânicos ou térmicos; eles são • Sistema de supressão da dor em áreas do encéfalo
transmitidos pelos nervos periféricos para a e da medula espinhal
medula espinhal por meio de fibras A𝛿 do tipo • Grau variável de reação a dor em relação a
pequeno, com velocidade entre 6 e 30 m/s. capacidade do cérebro de suprimir a entrada de
• Fibras A𝛿: rápidas, pequenas, mielinizadas sinais de dor
• Utilizam neurotransmissor: glutamato • Ativação do sistema de analgesia
o Serotonina: estimula a secreção de encefalinas
(neurônios locais)
o Encefalinas geram
▪ Inibição pré-sináptica: bloqueio dos canais
de cálcio
▪ Inibição pós-sináptica: fibras A𝛿/C (entrada • Neurônios pós-ganglionares simpáticos:
na medula) glândulas sudoríparas, músculos eretores
de pelos e alguns vasos sanguíneos
SITEMA NERVOSO AUTÔNOMO (dilatação)

O sistema nervoso autônomo é a porção do A acetilcolina é sintetizada nas terminações


sistema nervoso central que controla a maioria das nervosas e nas varicosidades das fibras nervosas
funções viscerais. Uma das características mais colinérgicas (via acetiltransferase→ acetil CoA +
acentuadas é a rapidez e a intensidade com que ele colina = acetilcolina), onde fica armazenada em
pode alterar as funções viscerais. vesículas até sua liberação.
Após realizar sua função, ela será decomposta em
O sistema nervoso autônomo é ativado, íon acetato e colina, em uma reação catalisada
principalmente, por centros localizados na medula pela enzima acetilcolinesterase juntamente com
espinhal, no tronco cerebral e no hipotálamo. colágeno e glicosaminoglicanos.
Além disso, porções do córtex límbico, podem Os receptores de acetilcolina são: nicotínicos e
transmitir sinais para os centros inferiores, e isso muscarínicos
pode influenciar o controle autônomo.

Os sinais autônomos eferentes são transmitidos Sinapses adrenérgicas (secretam norepinefrina):


aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas • Neurônios pós-ganglionares simpáticos
grandes subdivisões chamadas sistema nervoso
simpático e parassimpático. Quase todas as terminações nervosas do sistema
parassimpático secretam acetilcolina; e quase
Órgãos alvo: músculos lisos (pele/folículos todas do sistema simpático secretam
pilosos, vasos sanguíneos, olhos/diâmetro norepinefrina.
pupilar/acomodação da lente, paredes/esfíncteres
do trato GI, vesícula biliar e bexiga) e cardíaco, e A síntese de norepinefrina começa no axoplasma
algumas glândulas exócrinas. da terminação nervosa das fibras nervosas
adrenérgicas, mas é completada nas vesículas
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO secretoras.
As fibras nervosas simpáticas se originam na
medula espinhal toracolombar junto com os
nervos espinhais (entre T1 e L2).
Tamanho dos axônios dos neurônios: pré-
ganglionares curtos e pós-ganglionares longos.

SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO


As fibras nervosas parassimpáticas se originam no
tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo) e na NorEp
medula espinhal sacral.
Tamanho dos axônios dos neurônios: pré- Os receptores de norepinefrina são:
ganglionares longes e pós-ganglionares curtos. 𝛼1 , 𝛼2 , 𝛽1 , 𝛽2 , 𝛽3

Na medula adrenal, o processo de síntese de


NEUROTRANSMISSORES S FUNÇÃO SINÁPTICA NorEp prossegue até transformar 80% de Ep e
20% de NorEp
As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas
secretam principalmente uma das duas substâncias
transmissoras sinápticas: acetilcolina e
norepinefrina.

Sinapses colinérgicas (secretam acetilcolina Ach):


• Todos os neurônios pré ganglionares
• Neurônios pós-ganglionares
parassimpáticos
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
• Catecolaminas (NorEp e Ep)
• Sinapses pós-ganglionares simpáticas
• A NorEp e a Ep têm efeitos ligeiramente
diferentes na excitação dos receptores alfa e
beta.
• A NorEp excita principalmente os receptores
𝛼, mas excita os receptores 𝛽 em menor
grau.
• Ao contrario, a Ep excita ambos os tipos de
forma aproximadamente igual.
• Portanto, os efeitos relativos na NorEp e da
Ep nos diferentes órgão efetores são
RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS determinados pelos tipos de receptores
Como a proteína receptora é parte integral da existentes nesses órgãos.
membrana celular, a alteração conformacional da
estrutura da proteína receptora em geral abre ou 𝛼1 RECEPTORES
fecha um canal iônico, alterando então a • Músculos lisos
permeabilidade da membrana a diversos íons. o Vasos sanguíneos
o Brônquios
Aumentar ou diminuir o potencial de membrana o Trato GI
pós-sináptico aumenta ou diminui o potencial de o Útero
ação da célula pós-sináptica o Bexiga
• Estimulam a contração ou constrição; através
RECEPTORES COLINÉRGICOS de excitação causada pelo aumento do cálcio
• Receptores nicotínicos (ionotróficos): intracelular
o Nicotina ou acetilcolina: sinapses de • No músculo liso da parede intestinal causa
junções nicotínicas relaxamento.
o Pré-ganglionares simpático e
parassimpático α2 RECEPTORES
o Junções somáticas mioneurais • Músculo liso
o Células cromafins o Vasos sanguíneos
o Inibição dos R-nicotínicos: grandes doses • Estimula o relaxamento ou a dilatação,
de nicotina ou curare e bloqueadores através da inibição de adenilato ciclase
ganglionares
• Receptores muscarínicos (metabotróficos): β1RECEPTORES
o Alcaloide muscarina ou acetilcolina: • Participa de funções metabólicas: gliconeogênese,
junções muscarínicas lipólise, secreção de renina, atividade do coração
o Sinapses de neurônios colinérgicos pós- • No sistema nervoso autônomo, músculo
ganglionares parassimpáticos e simpáticos. ventricular: excitação; contração
o 2º mensageiro: AMPc e 𝐼𝑃3 • Esfíncter intestinal: relaxamento
o Coração, músculos lisos, glândulas
sudoríparas β2 RECEPTORES
• Dilatação de musculatura e relaxamento de
parede
• Músculo liso vascular, esquelético, liso
brônquico, paredes do sistema digestório e
bexiga
• β1 e β2 : Ativação da proteína Gs através da
liberação da subunidade αs e a estimulação
de adenilatociclase para formar AMPc e
causar relaxamento.
β3 RECEPTORES GLÂNDULAS
• Responsável pela lipólise no tecido • Nasais, lacrimais, salivares e GI
adiposo marrom; termogênese o Parassimpático
o Aumento de secreção aquosa
o GI superiores
• Sudoríparas:
o Simpático
o Aumento do suor (colinérgico; na palma
das mãos: adrenérgico)
o Nenhum feito no parassimpático

PLEXO VENOSO ENTÉRICO


• Parassimpático: maior atividade
• Simpático: menos atividade

CORAÇÃO
• Simpático: aumento da frequência cardíaca e
força de contração
RESPOSTA DE ALARME OU ESTRESSE DO SN
• Parassimpático: efeitos opostos
SIMPÁTICO: LUTA OU FUGA
Ativação do hipotálamo (medo, terror, dor VASOS SANGUÍNEOS SISTÊMICOS
intensa) → medula → ativação do simpático • Simpático: vísceras abdominais e pele dos
Quando grandes porções do sistema nervoso membros: constrição
simpática descarregam ao mesmo tempo - isto é, • Parassimpático: efeito somente na área
descarga em massa - isto aumenta de muitas ruborizante da face
formas a capacidade do organismo exercer
atividade muscular vigorosa: PRESSÃO ARTERIAL
• Pressão arterial aumentada • Simpático: aumento da propulsão do sangue
• Fluxo sanguíneo para os músculos ativos pelo coração e aumento da resistência ao fluxo
aumentado e, ao mesmo tempo, fluxo • Parassimpático: via vago, diminuição do
sanguíneo diminuído para os órgãos não bombeamento cardíaco e da pressão arterial.
necessários para a rápida atividade motora Caso o estímulo parassimpático vagal seja
• Metabolismo celular aumentado no corpo todo muito forte, o coração pode parar por alguns
• Concentração de glicose no sangue aumentada segundos e a pressão arterial pode ser perdida
• Glicose aumentada no fígado e no músculo temporariamente.
• Força muscular aumentada
• Atividade mental aumentada OUTROS LOCAIS
• Velocidade/intensidade da coagulação • Simpático: inibição dos ductos biliares,
sanguínea aumentada vesícula, uretra, bexiga, brônquios
• Parassimpático: efeitos opostos
EFEITOS SIMPÁTICOS E PARASSIMPÁTICOS
• Simpático em relação aos efeitos metabólicos:
OLHOS
• Abertura das pupilas:
liberação glicose pelo fígado, aumento da
o Controle recíproco dos 2 músculos da íris glicose sang., aumento da glicogenólise
o Dilatador radial: contração muscular (fígado, músc.), aumento da contração
radial: midríase (Simpático) musculoesquelética, aumento do metabolismo
o Constritor pupilar: contração muscular basal, aumento da atividade mental, ...
esfíncter: miose (Parassimpático)
• Foco cristalino
BEXIGA
o Parassimpático • Simpático: enchimento da bexiga
o Contração do músculo ciliar: cristalino • Parassimpático: esvaziamento
• Micção nos adultos: controle voluntário
+convexo = focalização de objetos
• esfíncter externo: músc. Esqueléticos
próximos
• SNA: reflexo micção x repleção
• músc. detrusor parede bexiga e esfíncter • Rítmico: movimentos voluntários em padrões
interno: músc. Lisos coordenados. São iniciados e terminados no córtex
• inervação do simpático e parassimpático cerebral
• reflexo micção: centros mesencéfalo

• Bexiga em enchimento:
o Predomínio do simpático: relaxamento do
músculo detrusor + contração do esfíncter
interno + ação voluntária de contração do
esfíncter externo

• Bexiga cheia:
o mecanoR parede → neurônios aferentes
→ medula espinhal → tronco cerebral →
predomínio PS → contração músc. detrusor
+ relaxamento esfíncter interno + ação
voluntária relaxação esfíncter externo →
micção ORGANIZAÇÃO SOMATOTÓPICA
• Lateral: controla os músculos distais para executar
CONTROLE DA POSTURA E DA movimentos hábeis
• Medial: controla os músculos proximais e axiais
LOCOMOÇÃO PELO CÉREBRO para ajustar a postura
MOVIMENTOS
• Voluntário: consciente, hábil, aprendido CONTROLE DOS MOVIMENTOS
o Músculos flexores VOLUNTÁRIOS
o Contração discreta de poucos grupos musculares Os movimentos voluntários necessitam da
distais à coluna espinhal coordenação entre o córtex cerebral, encéfalo e os
• Involuntário: tônus muscular antigravitacional e núcleos de base. Podem ser divididos em três
postural, subconsciente fases: planejamento, iniciação e execução dos
o Contração dos músculos extensores movimentos.
o Contração a longo prazo de grandes grupos O córtex cerebral tem um papel chave nas duas
musculares proximais à coluna espinhal primeiras etapas. Comportamentos, como o
movimento, necessitam do conhecimento da
posição do corpo no espaço, de uma decisão sobre
SISTEMA MOTOR
qual movimento será executado, de um plano para
Composto por: executar o movimento e da capacidade de manter
• Córtex motor cerebral o plano na memória por tempo suficiente para
• Núcleos de base executá-lo. Assim como nos movimentos reflexos,
• Cerebelo a retroalimentação sensorial permite que o
• Tronco encefálico encéfalo corrija qualquer divergência entre o
• Medula espinhal movimento planejado e o movimento real.
• Nervos periféricos
Executa funções como: andar, correr, falar, comer,
morder etc.

LOCOMOÇÃO DOS MOVIMENTOS:


• Voluntário: exercido pelo córtex motor primário.
Um movimento voluntário aprendido melhora
com a prática, e algumas vezes se torna
involuntário (memória muscular)
• Reflexo: postura, tônus muscular. Ajudam a
manter a posição do corpo quando ficamos
parados ou quando nos movimentamos no espaço.
Integrados no tronco encefálico
A tomada de decisão ocupa muitas vias do córtex o Núcleos motores cranianos e espinais, neurônios
pré-frontal e das áreas de associação. Essas vias motores 𝛼, 𝛾 e viscerais
passam pelos núcleos de base e tálamo para o Músculos esqueléticos
sofrerem modulação antes de retornarem para o
córtex. TRATOS MOTORES DESCENDENTES
Assim que a decisão é tomada, o córtex motor se CORTICONUCLEAR
encarrega de organizar a execução desse Núcleos do tronco encefálico
movimento complexo. Para iniciar o movimento, a Controla ações voluntárias na região da cabeça e
informação descendente das áreas motoras de pescoço como:
associação e do córtex cerebral vão para o tronco • Mastigação
encefálico, a medula espinal e o cerebelo. • Expressão facial
O cerebelo ajuda a fazer ajustes posturais • Deglutição
integrando a retroalimentação que provém de • Movimentos de pescoço e língua
receptores sensoriais periféricos.
Os núcleos de base auxiliam as áreas do córtex CORTICOPONTINO
motor no planejamento e também fornecem O tronco cerebral é formado por ponte, bulbo e
informações para o tronco encefálico sobre a mesencéfalo. Ele é diretamente responsável por
postura, marcha e equilíbrio. muitas funções especiais de controle como, por
exemplo:
• Controle da respiração
• Controle do sistema cardiovascular
• Controle parcial da função GI
• Controle de muitos movimentos estereotipados do
corpo
• Controle do equilíbrio
• Controle dos movimentos oculares
O tronco cerebral serve como estação de
passagem para sinais de comando dos centros
neurais superiores.
Monitorização das atividades motoras do cérebro
(movimento pretendido)
CÓRTEX MOTOR
CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO CORTICOESPINAL
• Executa o movimento em si. Via de saída mais importante do córtex motor.
• Ex.: pressionar uma tecla do piano. Depois de sair do córtex, suas fibras passam pelo
ramo posterior da cápsula interna e, depois, desce
CÓRTEX MOTOR SUPLEMENTAR pelo tronco cerebral, formando as pirâmides
• Planejamento e organização de sequências completas bulbares.
de movimentos. A maior parte das fibra se cruza na parte inferior
• Controle de movimentos bilaterais. do bulbo, para o lado oposto, e desce pelos tratos
• Ex.: preparar uma sequência para uma melodia. corticoespinais laterais da medula espinal.
Algumas fibras não cruzam para o lado oposto no
CÓRTEX PRÉ-MOTOR bulbo, mas passam ipsilateralmente, formando os
• Orientação preparatória do corpo para a execução tratos corticoespinais ventrais da medula espinal.
de alguma tarefa motora. • Trato corticoespinal lateral: movimentos
• Ex.: orientação dos braços e das mãos para tocar. voluntários
• Trato corticoespinal ventral: postura
NEURÔNIOS MOTORES
• Superiores:
o Córtex, núcleo rubro, núcleos vestibulares,
formação reticular
o Controle de músculos voluntários, regulação do
tônus muscular, manutenção da postura em
relação à gravidade
• Inferiores:
NÚCLEOS MOTORES EFERENTES DO TRONCO
ENCEFÁLICO
• Núcleo rubro mesencefálico
o Função semelhante ao trato corticoespinal lateral
o Fundamental para os movimentos voluntários
o Controla o sistema motor flexor e movimentos
delicados das extremidades (músculos distais
bilaterais)
• Formação reticular pontina e bulbar
o Função semelhante aos tratos reticuloespinais
pontino e bulbar
o Manutenção do tônus muscular de sustentação do
corpo em relação à gravidade, reflexos espinais,
adaptação postural e movimentos sinérgicos do
corpo

NÚCLEOS BASAIS
• Núcleo caudado, putame, globo pálido, substância
negra e núcleo subtalâmico
• Coordenação de movimentos complexos do corpo
*MEDULA • Regulação dos movimentos voluntários e
• Via funículo ventral: controle da musculatura aprendizagem de habilidades motoras
axial e proximal dos membros (postura e
equilíbrio) Auxilia a selecionar o padrão adequado de
• Via funículo lateral: controle da musculatura movimento e suprimir padrões menos adequados,
distal dos membros (movimentos refinados) a partir dos seguintes circuitos:
• Exceção: trato reticuloespinal bulbar: controle dos • Núcleos basais → tálamo → córtex motor
músculos axiais e proximais dos membros primário, suplementar e pré-motor
• Facilita o impulso inibitório, ou seja, suprime
VIAS MOTORAS EFERENTES DO TRONCO padrões menos precisos
ENCEFÁLICO • Núcleos basais → núcleos do tronco encefálico →
Vias mediais controle do movimento
• Diminui o impulso inibitório, ou seja, facilita
• Vestibuloespinal
• Reticuloespinal padrões mais precisos
• Tectoespinal
Porções mediais das substâncias branca e cinzenta Os núcleos basais + cerebelo tem função de
da medula; controlam os músculos extensores modular atividade de outras estruturas do sistema
axiais e proximais bilaterais para a manutenção motor sem produzir movimento diretamente.
involuntária e ajuste da postura (e orientação
da cabeça). CEREBELO
• Fica em contato direto com cérebro, tronco
Vias laterais encefálico e medula
• Via trato corticopontino e fibras pontocerebelares
• Rubroespinal
Regiões laterais das substâncias branca e cinzenta formam o cerebelo contralateral.
• Faz o monitoramento das eferências do córtex
da medula; controlam os músculos flexores distais
unilaterais para executar movimentos voluntários motor.
• Controla a posição da cabeça, pescoço, olhos,
precisos e refinados.
tronco e membros.
• Avalia as ações motoras pretendidas em relação às
Vias laterais + vias mediais + núcleos basais +
cerebelo = sistema extrapiramidal respostas musculares em andamento
• Corrige o movimento em execução.

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