Resumos Fisiologia

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Célula excitável- célula com capacidade de seja, contribui para a manutenção de um

responder a um estímulo desenvolvendo interior eletricamente mais negativo


um potencial de ação, nomeadamente quando comparado ao exterior, isto é
células nervosas e musculares contribui para o PR.

Irritabilidade- Propriedade que confere às Variação do potencial de repouso:


células a capacidade de responder aos
 Despolarização-aproximação dos
diferentes estímulos a que está sujeita
potenciais do interior e do
Excitabilidade- Propriedade que confere às exterior da célula, tornando o
células a capacidade de responder a um interior menos negativo.
estímulo com um potencial de ação  Hiperpolarização-
aumento da polarização, ao
Potencial de Repouso- diferença de tornar o interior ainda mais
potencial/voltagem através da membrana, negativo.
na célula em repouso. O meio intracelular é  Resposta local- não é
negativo em relação ao meio extracelular, forte ao ponto de desencadear potencial
devido à diferente concentração de iões de ação, ou seja, não é atingido o limiar de
carregados positivamente e negativamente excitabilidade, sendo obtida apenas uma
entre os meios intra e extracelular. 2 iões resposta local. Isto porque à medida em
que a resposta vai sendo conduzida em
importantes para manter o PR são o sódio
todas as direções-condução omni-
e o potássio (ambos positivos). Em repouso
direccional- a intensidade do estímulo vai
o interior da célula tem uma maior
diminuindo até não ser mais conduzido-
concentração de potássio e o exterior uma condução decremental.
maior concentração de sódio. Os iões têm  Potencial de
capacidade de difusão através da acção- o estímulo é
membrana. Devido às suas cargas, os iões suficientemente
são relativamente insolúveis em solventes intenso para atingir o
lipídicos, e assim as membranas celulares limiar de
não são muito permeáveis à maioria deles. excitabilidade
A difusão iónica acontece sobretudo desencadeando o PA.
através de canais. Os canais iónicos são Ocorre inversão da
proteínas membranares que podem polaridade da
abrir/fechar mediante estímulos químicos membrana, o interior
passa a ser positivo em relação ao exterior.
(canais ligando-dependentes) e também
Condução do estímulo unidirecional e não-
elétricos (canais voltagem-dependentes).
decremental, mantendo sempre a mesma
amplitude e a mesma forma ao longo do
comprimento da célula – Resposta do
“tudo ou nada”
Fazes do PA:
0. Potencial de repouso
ATPase sódio-potássio - transporte ativo 1. Estímulo
primário, gasta diretamente energia 2. É atingido o limiar de
proveniente da hidrólise de ATP para excitabilidade
transportar Na e K contra os seus 3. Despolarização- abertura dos
gradientes eletroquímicos, introduz na canais de sódio voltagem dependentes
célula 2 K+ por troca com 3 Na. Esta criando um grande fluxo de Na a entrar na
movimentação iónica coloca no interior da célula na tentativa de alcançar o potencial
de equilíbrio. O interior da célula fica
célula 2 cargas + e retirar 3 cargas +, ou
eletricamente mais positivo chegando
mesmo a tornar-se mais positivo que o velocidade de condução -exemplo clássico
exterior. Estes canais fecham rapidamente, é a esclerose múltipla
atinge-se rapidamente o pico
4. Atinge o pico do potencial de ação Músculo: estrutura capaz de transformar
5. Repolarização- rápido regresso do um estímulo químico ou eléctrico numa
PA ao PR causado pela diminuição da resposta mecânica que se traduz em força
concentração de Na e aumento progressivo e/ou movimento
da concentração de K pela abertura dos
M. Liso M. Cardíaco M. Esquelético
canais de K, que demoram imenso a fechar
- cinética mais lenta.
6. Hiperpolarização pós potencial-
devido à lentidão do fecho dos canais de K
a concentração de K continua elevada e o
potencial intracelular é ainda menor do
que o PR.
7. Período:
 Refratário absoluto- a célula está
incapaz de gerar um novo PA
independentemente da intensidade do Estrutura do Músculo Esquelético:
estímulo. Isto ocorre porque uma grande
1 fibra muscular = 1 célula = miócito
parte dos seus canais de Na ainda estão
 Multinucleadas
inativos e não podem ser reabertos até a
 Sarcoplasma (citoplasma)
membrana esteja repolarizada.
 Sarcolema (canais que fazem
 Refractário relativo: durante a fase
comunicação do interior e do exterior da
final do PA a célula é capaz de gerar um 2º
célula - carregados de cálcio fazem com
PA se receber um estímulo, mas este
que o PA chegue ao interior da célula)
estímulo terá que ser mais intenso do que
 2 Túbulo T + retículo
o habitual. Este fenómeno deve-se ao facto
sarcoplasmático
de alguns canais de Na ainda continuarem
 Miofibrila -> Sarcómero - unidade
inativos, mas também ao contributo da
contráctil básica - sobreposição das
ainda existente saída de K, que contraria a
proteínas contracteis (miosina e actina)
despolarização.
Sarcómero
Velocidade de propagação do PA
O objetivo final do potencial de ação é a  Actina – suporte Filamentos
condução de um estimulo neurológico e a  Troponina e tropomiosina- finos
sua efetivação muitas vezes num regulação
comportamento mecânico.  Miosina – movimento Filamentos
Características que favorecem a condução capacidade catalisadora grossos
do potencial de ação ao longo do axónio:
 Quanto maior o diâmetro da fibra
menor a resistência à passagem.
 Mielinização- modifica as
propriedades elétricas da célula para uma
condução mais eficaz por mecanismos
como permitir uma condução saltatória,
em que o PA só é regenerado nos
chamados nós de Ranvier, de 1-2mm em 1-
2mm.
Determinadas doenças por provocarem
desmielinização levam a uma redução da
Teoria dos filamentos deslizantes Placa motora e Acoplamento Excitação-
(Fenómeno contráctil) Contração
Durante a contração muscular, os
Já sabemos o que se passa no neurónio e o
filamentos finos e grossos não se no músculo, falta compreender a sinapse.
encurtam. Em vez disso, eles aumentam a
sua sobreposição, deslizando uns sobre os
outros, fazendo com que o sarcómero
encurte. O deslizamento entre os
filamentos de actina e miosina é a base do
encurtamento muscular: a largura da
banda A permanece constante, enquanto
as linhas Z se aproximam.
Acetilcolina- neurotransmissor de eleição
que se liga ao músculo, abre os canais de
potássio tornando o interior da célula mais
positivo, propagando o PA.

1. Quando chega um impulso nervoso


de um neurónio motor, o sinal atinge a
placa motora (local onde as células
musculares e os neurónios motores se
conectam), e desencadeia a libertação de
acetilcolina (ACh) na fenda sináptica, que se
Ciclo das Pontes Cruzadas - mecanismo liga aos recetores nicotínicos na membrana
pelo qual o PA produzido gera contração da fibra muscular.
muscular: 2. Aumento da condutância ao Na+ e
1. Actina separada da miosina - músculo K+ formando-se um potencial de ação (PA)
em repouso, mas preparado para se ligar no sarcolema, que penetra nos túbulos T e
actina - cabeça da miosina com ATP provoca a libertação de iões Ca2+ do
2. Entra cálcio na célula (só com o cálcio retículo sarcoplasmático para dentro da
a miosina se liga à actina) - cálcio célula muscular (sarcoplasma).
desbloqueia a troponina (zona de ligação) 3. O Ca2+ liga-se ao complexo
e ocorre a interação miosina-actina troponina e causa uma alteração
3. O ATP presente na cabeça da miosina conformacional nas proteínas reguladoras
é hidrolisado e os seus produtos são (troponina e tropomiosina), expondo os
libertados, a cabeça da miosina dobra - locais de ligação da miosina nos filamentos
aproximação das paredes de actina.
4. ATP vai desligar a cabeça da miosina 4. Desencadeado o Ciclo das Pontes
da actina e o ciclo pode recomeçar. Cruzadas – inicia-se a contração.

Papel do ATP
 Fornece energia para a contração
 Permite o “desligamento” da ponte
cruzada entre actina e miosina, para que o
ciclo possa recomeçar - plasticizing effect
 A depleção de ATP impede o ciclo
das pontes cruzadas pois impede a
dissociação do complexo actina-miosina. A
morte provoca rigidez muscular (rigor
mortis) quando a depleção de ATP causa a
ligação permanente das pontes cruzadas.
5. Relaxamento muscular: se não  Relaxamento
vierem comandos do Sistema Nervoso • Extrusão de Ca2+ para o fluído
central (SNC) por meio dos extracelular (Trocador Na+/Ca2+; Bomba
neurotransmissores, a fibra muscular deixa Ca2+)
de receber acetilcolina e, • Re-uptake de Ca2+ para o RS (SERCA2)
consequentemente, de receber PA, logo, os
canais de Ca2+ voltagem-dependentes FISIOLOGIA DA CÉLULA MUSCULAR LISA
fecham-se. O aumento do Ca++  Célula muscular lisa = miócito
sarcoplasmático ativa as bombas do retículo  O músculo liso não é controlável
sarcoplasmático que repõem a célula no pelo individuo - SNAutónomo
estado de repouso (cálcio-calsequestrina).  Localização: sistema digestivo
exceto até início do esófago e o canal anal,
Os iões Ca2+ entram no retículo bexiga, artérias, olho (controla o abrir e
sarcoplasmático por transporte ativo, fechar da pupila em situações de
através da bomba de Ca2+ (SERCA). Com a adaptação à luminosidade.
troponina sem o Ca2+, a tropomiosina volta
a impedir a ligação da miosina com a actina, Habitualmente, a contração muscular é
provocando o relaxamento muscular. Por iniciada por um neurotransmissor químico
outro lado, os iões de cálcio também podem ou fator parácrino ou excitação elétrica
ir para o espaço extracelular através de um direta. Todos os músculos transformam
trocador Na+ /Ca2+ (NCX) ou de uma energia química em trabalho mecânico. O
bomba de Ca2+ (PMCA). fator desencadeante é o aumento do cálcio
intracelular em todos os tipos de músculo.
Músculo Cardíaco: Os aspetos únicos relacionados com cada
 Músculo Estriado: Células contracteis e tipo de músculo explicam diferentes
células condutoras do impulso elétrico capacidades e tempo de contração,
 Células uninucleadas metabolismo e fadiga.
 Bombeamento do sangue O músculo liso terá de ser capaz de regular
 Automatismo e atividade repetitiva a contração muscular numa ampla franja
 Modulação neuronal (SNA) e hormonal de valores de força e de elasticidade. Terão
 Díades de ser capazes de manter contração
 Conectadas entre si topo-a-topo através sustentada sem fadiga.
dos discos intercalados
 Formando um sincício funcional
 A contração não depende da inervação
(células pacemaker) mas é influenciada por
ela
 Estímulo eléctrico oriundo do pacemaker
(nó SA)- espontâneo, que se auto-propaga
de cél. em cél., gerando potencial de acção
 Comunicação e transmissão intercelular
pelas gap junctions
 Transmissão neuromuscular- Sistema
Nervosos Autónomo: modulação da Os filamentos finos de
contractilidade, frequência cardíaca actina são orientados
 Acoplamento excitação-contração paralelos ou oblíquos ao
 Contração: eixo longo da célula.
• Canais de Ca2+ tipo L (DHP) Múltiplos filamentos de
• Receptores rianodínicos (RS) actina juntam-se em
• Ca2+-induced Ca2+ release (CICR) locais especiais da célula
• Ciclo das pontes cruzadas denominados corpos
densos – que contêm alfa-actinina e são
análogos aos filamentos Z do músculo Em determinadas situações o músculo liso
estriado. Os filamentos grossos de miosina tem de estar muito tempo contraído, por
estão espalhados entre os filamentos finos, isso, a contração do mesmo pode estar ou
são menos abundantes e sem organização não associada ao PA ou ao cálcio.
comparando com músculo esquelético.
Desmossomas – junção mecânica das Contração do músculo liso
células
Gap junction – permite a passagem de
neurotransmissores ou do potencial
elétrico.

Tipos de músculo liso:


1. Multi-
unitário: cada
célula
muscular Enquanto as células musculares estriadas
recebe input têm os túbulos T, o músculo liso apresenta
sináptico mas invaginações rudimentares da membrana
há pouco plasmática que se denominam cavéolas.
emparelhamento elétrico intercelular Isto porque o músculo liso não necessita de
(poucas gap junctions). Assim cada célula
tanto cálcio.
muscular pode contrair independente da
celula vizinha. Há maior despesa de energia
Processos de entrada de Ca2+ na célula:
e está associado a uma necessidade de
adaptação num múculo relativamente 1. O PA liga-se aos canais de Ca2+
pequeno. O músculo comporta-se como voltagem dependentes que vão abrir e
grupos celulares múltiplos e permitir a entrada de Ca2+ na célula.
independentes, responsáveis pelo controlo 2. Um neurotransmissor liga-se a um
fino – exemplos: na íris corpo ciliar e nos recetor na membrana plasmática. Um
piloerectores da pele. segundo mensageiro vai libertar o Ca2+ no
2. Unitário: retículo sarcoplasmático. Este processo
os grupos nem sempre necessita de PA.
celulares 3. Independente da voltagem,
trabalham como depende apenas do ambiente extracelular
sincícios. As gap e da concentração do ião Ca2+ no mesmo.
junctions
permitem
comunicação elétrica e química entre Processo Normal – ocorre dentro da célula
células vizinhas. O emparelhamento depois da entrada de Ca2+
elétrico direto permite contração
1. Ligação de 4 Ca2+ à calmodulina,
coordenada de múltiplas células. Também
ativando-a.
as gap junctions, ao permitirem a difusão
2. Ativação da cinase de miosina pela
de iões e pequenas moléculas, permitem
calmodulina
que se espalhem as ondas de cálcio. O
3. Fosforilação da cabeça da miosina
músculo liso unitário é predominante nos
causando uma mudança conformacional na
orgãos viscerais como trato digestivo,
mesma, o que provoca o aumento do
urinário, útero e vasos sanguíneos.
ângulo entre o pescoço e a cabeça da
O potencial de ação nas células musculares miosina o que aumenta a actividade da
ATPase, permitindo a interação eficiente
lisas é muito variado. Não há especificidade
entre a actina e a miosina, funcionando
de potenciais de ação, podendo até haver
como motor molecular.
vários picos.
Assim no músculo liso a proteína  Ex.: pico de adrenalina –
responsável pelo estímulo de contração é a canaisrespiratórios dilatados, coração
calmodulina, associada ao Ca2+. A acelerado, ausência de dor, bloqueio do
contração só começa quando a cinase sistema digestivo
aumenta a atividade da ATPase que é um
processo também relativamente lento.
4. Também têm de existir mudanças Eletrodiagnóstico
na actina. Neste caso a calmodulina retira 1. Electromiografia/Miograma
proteínas que estão a inibir a ligação da (EMG): teste utilizado para registar a
miosina à actina (calponina e caldesmona). atividade elétrica muscular. Útil no
5. O relaxamento do músculo liso diagnóstico de doenças neuromusculares,
necessita de desfosforilação das cabeças que afetam os músculos e nervos
de miosina, expulsão dos iões Ca2+ do periféricos.
líquido intracecular e a sua libertação da  EMG de superfície – Elétrodos são
calmodulina. colocados superficialmente na pele.
Utilizado na medição de sinais musculares
O Ca2+ pode ter dois destinos: de músculos grandes ou colocados á
 Volta ao espaço extracelular superfície da pele.
através de um mecanismo com gasto de  EMG intramuscular – Elétrodos
ATP são inseridos no músculo, geralmente com
 É absorvido/reciclado sendo uma agulha. Mede sinais musculares em
armazenado no retículo sarcoplasmático músculos pequenos ou profundos, que não
são correctamente monitorizados com
Fenómeno de estiramento- estado de EMG de superfície
tensão alta com o objetivo de pouco gasto Colocação dos elétrodos: alinhados com as
energético fibras musculares, no centro do músculo.
 Miosina cinase e miosina fosfatase Não colocar perto dos locais de inserção
pouco ativas - A miosina cinase/fosfatase tendinosa ou zona nervosa: a estimulação
podem ter ordens para estar mais ou elétrica nestes pontos resulta em contração
menos ativas gastando + ou – Ca2+.
muscular, os PA movem-se irregularmente
 Contração tónica sem grande
e a deteção na EMG é afetada.
dispêndio energético
 Importante compensação do  Doença miopática: potenciais
aumento teórico do consumo de ATP por musculares pouco amplos e de curta
parte do músculo liso em relação ao duração.
esquelético  Doença neuropática: menor
número de unidades motoras recrutadas
Regulação pelo esforço, maior frequência de disparo
Em comparação com o músculo das restantes - maior amplitude, maior
esquelético, o músculo liso expressa grande duração do PA, inervação colateral,
variedade de proteínas reguladoras fasciculações e fibrilações.
(resultado da variada transcrição genética)
e que explica a diversidade das funções do
músculo liso. É regulado pelo SNAutónomo

Sistema Nervoso Autónomo:


 Simpático: stress – contrai o
músculo liso, aumenta a tensão arterial, …
 Parassimpático: descanso –
estimula a produção e armazenamento de
energia
Limitações do EMG: 3. Tomografia Computorizada (TAC):
 alergia aos adesivos dos elétrodos melhor técnica de imagem para observar
 possíveis infeções com elétrodos osso, é baseada na tecnologia do Raio X -
intramusculares processamento de múltiplos registos de RX
 dor ou desconforto com os de diferentes ângulos. Rotação da Gantry
exercícios em torno do doente com tempos de
 dificuldade de comparação entre aquisição de 2-4s.
indivíduos Hansfield units: escala de densidade
 EMG de superfície não é
apropriado para todos os músculos
 dificuldade em realizar exercícios
isométricos com alguns músculos
 a força muscular de alguns
músculos não é proporcional á amplitude
da EMG
 tem que ser calibrada no início de
cada sessão.
Classificação de estruturas(por comparação):
2. Estudos de condução nervosa  Hiperdensas - maior densidade,
(ECN´s): Estimulação elétrica de nervos aparecem em tons claros.
motores/sensitivos, em 2 ou mais pontos.  Hipodensas - menor densidade,
Registo ao nível do músculo inervado aparecem em tons escuros.
(nervo motor) ou superficial (nervo  Isodensas - estruturas que
sensitivo). apresentam densidades semelhantes
 Desmielinização: Diminuição da
velocidade de condução, aumento do 4. Ressonância Magnética: ideal para
tempo de latência. observar partes moles. Não utiliza
 Doença axonal: Redução da radiação, mas sim campos magnéticos.
amplitude dos potenciais, com velocidade Certos núcleos atómicos, por exemplo H,
normal são capazes de absorver e emitir energia
de frequência de rádio, quando
submetidos a um campo magnético
Imagiologia
externo, que posteriormente é captada por
1. Raios-X: a radiação X (composta antenas próximas da região anatómica.
por raios X) é uma forma de radiação Assim, como o corpo humano é rico em
eletromagnética indiretamente ionizante água a rotação dos eletros de H+ em torno
de natureza semelhante à luz. Exame de de um campo magnético que lhe seja
eleição no diagnóstico de fraturas, aplicado vão emitir energia de frequência
deformidades, patologia pulmonar de rádio que é responsável por produzir a
2. Ecografia: método diagnóstico que imagem. Orgãos pobres em H, como o
utiliza o eco gerado através de ondas pulmão não são muito visiveis na RM, já o
ultrassónicas de alta frequência para sistema nervoso, o músculo e outros, são
visualizar, em tempo real, as estruturas bem visiveis devido à abundância de H.
internas do organismo. Vantagens: Inócua (não utiliza radiações
Vantagens: amplamente disponível, não ionizantes), permite visualizar com grande
utiliza radiação ionizante, rápida execução, pormenor estruturas até então inacessíveis
dinâmico, efeito doppler. aos métodos de imagem (ex. hipófise)
Desvantagens: imagens dependem do Desvantagens: Caro, não se pode realizar
operador. em doentes que disponham de dispositivos
metálicos (ex. pacemaker, implantes
cocleares, etc..)
A ressonância magnética cardíaca, Metabolismo Ósseo:
específica, é a maior inovação neste
O osso é fundamental na manutenção dos
campo.
níveis de cálcio e fosfato, mas também de
Fisiologia do osso hormonas como a PTH, vitamina D e
calcitonina.
Funções do osso:
 Ancoragem a músculos e tendões 1. Detetada a falta de Ca
 Proteção de órgãos 2. Libertação de PTH pela
 Reservatório de minerais – 99% do paratiroide
cálcio do organismo está reservado sobre a 3. Comunica aos rins para que a
forma de cristais de hidroxiapatite quantidade de Ca absorvido aumente,
 Função hematopoiética – formação osteoclastos realizam a reabsorção
de células sanguíneas na medúla óssea e aumentam o Ca no sangue
4. Impede a reabsorção de fosfato,
Tipos de osso:
uma vez que este reage com o Ca e
1. Cortical (compacto):
consequentemente diminuiu a
- 80% do esqueleto
quantidade do mesmo
- Diáfise dos ossos
5. Ajuda na conversão de vitamina
mais longos
D, que modula a absorção intestinal e
- Tubulares,
excreção renal de Ca e P, controlando a
organização
mineralização da matriz óssea e
concêntrica
regulando a captação de Ca e F pelo
tecido ósseo.
2. Esponjoso (trabecular)
- 20% do esqueleto
- Elevado turnover ósseo, vai sendo
formado e absorvido ao longo da vida
- Menos organizado
- Metáfise e epífise de ossos longos
(zona da articulação)
- Osteoporose atinge principalmente
este tipo de osso

Composição do osso:
 Fase inorgânica (60% do peso):
- Hidroxiapatite de cálcio 6. A calcitonina é libertada pela
- Fosfato de cálcio tiroide quando existem elevados níveis
 Fase orgânica (células): de Ca no sangue
- Osteoblastos: produzem a matriz óssea 7. Calcitonina estimula os sais de
- Osteócitos: osteoblastos adormecidos, Ca a depositarem no osso, diminuindo
rodeados de matriz óssea, que a mantém e a concentração de Ca no sangue.
preservam
- Osteoclastos: reabsorvem osso Densidade mineral óssea
Remodelação Óssea: o osso está em Osteoporose – défice de assa óssea e
constante renovação, por ano são deterioração do osso, no entanto, mantém-
remodelados (absorvidos/formados) 25% se a estrutura.
de osso trabecular e 3% de osso cortical.
Alguns fatores de risco: Tubo Digestivo e Motilidade GI
 Menopausa (hormonas protegem a
Tubo digestivo:
massa óssea)
 Idade superior a 65 anos  Boca e faringe
 Fraturas prévias  Esdófago
 Problemas de tiroide  Estômago
…  Intestino delgado e grosso
 Colon
 Anus
Densitometria óssea (DEXA)– densidade Glândulas anexas:
mineral óssea avaliada através da  Glândulas salivares
densidade mineral óssea (DMO), realiza-se  Pancrêas
o diagnóstico zonas de osso esponjoso (ex.:  Fígado
fémur). Ajuda a prever o risco de fratura.
Organização estrutural do tubo digestivo:

1. Cerosa – camada protetora como o


revestimento dos fios elétricos
2. Camada muscular externa –
2subcamadas
T-score: DMO em quantidade de 3. Camada mucosa – com m´sculo e
desviopadrão em comparação com a gordura
restante população.
Principal função: digestão e absorção

Principais mecanismos fisiológicos:


motilidade, secreção e absorção

Controlo e coordenação dos mecanismos


secreto-motores:
- Fatores endócrinos e parácrinos:
hormonas e péptidos
FRAX: ao preencher itens indivuais do - Fatores neuronais: SN Intrínseco e
paciente indica o risco de fratura. (fazer Extrínseco, através da libertação de
simulações pq o stor disse que saía isso) neurotransmissores

SN Intrínseco/Entérico (dentro do tubo


digestivo)
Os neurônios do SNE encontram-se
agregados principalmente, mas
não exclusivamente, em um ou dois
agrupamentos de neurônios: o plexo
submucoso e o plexo mioentérico. O plexo
submucoso situa-se na submucosa no Eixo “cérebro-digestivo” – sistema
intestino delgado e grosso. O plexo bidirecional que controla a função
mientérico localiza-se entre as camadas gastrointestinal através do sistema nervoso
musculares circulares e longitudinais ao autônomo, hormonas gastrointestinais e
longo do TGI a partir da extremidade sistema imunológico.
proximal do esôfago até o reto.
Tem alguma autonomia e é capaz de
integrar e regular toda a atividade.
Neurónios excitatórios libertam
acetilcolina e substância P
Neurónios inibitórios libertam VIP e NO

Objetivo da Motilidade GI:


 Contrações tónicas(permanentes) e
rítmicas da camada muscular externa
 Trituração, mistura, progressão,
esvaziamento controlado

Músculo GI
- Músculo liso (excepto EES e 1/3 superior
esofágico)
- Fibras agrupadas em feixes- junção hiato
Aferências: neurônios sensoriais que - propriedades mecânicas e elétricas
monitorizam mudanças na atividade intrínsecas
luminal, incluindo a distensão, atividade - pontencial de repouso com oscilações
química e estimulação mecânica, e ativam ligeiras reguladas
os interneurónios. - PA
Interneurónios: ativados pelos neurónios -2 esfingteres anais: interior sempre
aferentes, retransmitem os sinais que vão contraido (não controlamos) e exterior
ativar neurônios secretomotores eferentes. controlável
Eferências: neurônios secretomotores
A contração do músculo GI é modulada
eferentes estimulam ou inibem uma grande
pela pela concentração de Ca2+, neste,
variedade de células efetoras.
tanto os neurotransmissores excitatórios
SN Ectrínseco/Autónomo: como inibitórios podem fazê-lo. Assim:
Modula o padrão de atividade do SNE.
Reflexos: locais, gânglios pré e para-
vertebrais, espinal medula/tronco cerebral
SNSimpático – diminuição da motilidade e
secreção, vasoconstrição e contração de
esfíncteres
SNParassimpático – maior motilidade e
secreção
Inervação parassimpática do TGI:
- da faringe até o cólon distal - nervo vago
- o terço distal do cólon – nervo pélvico
Movimento no trato GI: -terceário: patológico, contrações
1. Peristaltismo: movimento simultâneas, prolongadas, repetidas e não
propulsivo. Estimulação via mecânica propulsivas
(distenção) ou química (pH). Trituração
quando há peristaltismo com esfínvteres Relaxamento do EEI: resposta à deglutição,
fechados. Quando o plexo mioentérico está reflexo local da chegada da onda
polarizado o anel contractil desloca-se no peristáltica, depende da competencia
sentido distal (de cima para baixo) esfincteriana.
2. Contrações ritmicas de
segmentação: movimento não propulsivo. Motilidade gástrica:
Trituração e mistura, facilitação da 1. Relaxamento de receção: SNAP,
digestão e absorção(contacto com os sucos capacidade do estômago alongar para
digestivos e mucosa), intestino delgado e armazenar alimento
colon. 2. Armazenamento sem grande
3. Contrações tónicas aumento de pressão
(esfincterianas): zonas de especialização 3. Peristaltismo gástrico: parte
muscular, com pressão de repouso superior do estõmago sofre movimentos
aumentada(separa 2 orgão de baixa peristálticos mais fortes do que a parte
pressão). Estimulação proximal/SNP relaxa inferior
e distal/SNS contrai. 4. Esvaziamento gástrico e piloro:
esvaziamento espaçado para melhor
digestão e absorção e evicção de lesões.
Matigação: voluntária(músculo estriado - Mecanismos de regulação:
enervação somática), acto reflexo,
trituração e misturação com saliva
(lubrificação de alimentos), ação da alfa-
amilase.

Deglutição: sequência de acontecimentos


ordenados que conduzem os alimentos da
boca ao estômago em 3 fases (oral, Motilidade do intestino delgado:
farìngea, esofágica). Movimentos de segmentação: mais
Oral- separação de parte do bolo alimentar, frequentes nesta zona durante períodos
por ação da língua, empurrando-o para a digestivos
faringe Movimentos Peristálticos: com regulação
Faringea- 2 segundos, apneia, neuronal e humural
encerramento da glote, abertura Complexo motor migratório(CMM):
momentanea do EES, onda peristáltica padrão contratil em jejum, curtos períodos
Esofágica – 8-10 segundos, progressão do de contração intervalados por períodos de
bolo alimentar no esófago por ação da quiescência, limpeza de restos quimo e
gravidade e da peristalse, abertura do EEI secretores e impedimento da migração
retrógada de bactérias.
Peristaltismo Esofágico:
-primário: na sequência da onda faringea Válvula Ileo-fecal: impedimento da
-secundário: SNEntérico (reflexos locais) – migração retrógada de bactérias cólicas.
fatores lumiais quimio-mecanicos
Motilidade cólica:
Haustrações: semelhantes ás contrações
segmentares, mas mais longas, não
propulsivas
Movimentos de massa: propulsivos Manometria esofágica de alta
(empurram as fezes até ao reto) resolução: variante da manometria
Reflexo gastrocólico convencional que envolve multiplos
sensores de pressão dispostos no catéter
Motilidade reto-anal: associado a um programa de análise capaz
Movimento de massa: permite a entrada de criar um mapa funcional do esófago.
de fezes no reto provocando vontade de Esfíncter relaxado e inicio de
defecar, reflexos de defecação e um movimento peristáltico

continência
Reflexos:

Chegada ao estômago

Procedimento:
 Conhecer a medicação do paciente
 Jejum
Continência grosseira/fina: angulo ano-  Entubação e posicionamento do
retal, cordenação EAI e EAE. cateter aos 60-65 cm da natina
Defecação:  Posição de decúbito dorsal
Interpretação:
Dados podem aparecer em gráficos de
linhas ou mapas de cores. Os esfincteres
são zonas de altas pressões e o estômago e
o esófago de pressões mais baixas.
Registos:

Provas funcionais

Manometria esofágica: registo das


pressões intralumiais do esófago,
fornecendo informação qualitativa e
quantitativa da motilidade esofágica
Equipamento: catéter e sistema de
registo
Manometria estacionária: sistema de
perfusão contínua. Utilização de pHmetria: registo contínuo dos valores de
transdutores de deslocamento de volume e pH durante um determinado período de
de um fluxo de água impedido pela tempo (24h).
contração esofágica (antigamente). Equipamento: sonda com sensor e
Manometria ambulatória: sistema não aparelho de registo, pH cápsula e registo
perfundido. Utilizam-se cateteres com wireless. Sensor único, duplo ou triplo.
microtransdutores e realiza-se uma
Impedanciometria: Registo contínuo do
avaliação direta da preesão esofágica
conteúdo esofágico durante um
(agora).
determinado período de tempo
Impedancio-pHmetria: sonda com sensor É a modificação do conteúdo iónico que
e aparelho de registo realizando uma caracteriza a saliva. Em geral, as células dos
avaliação combinada de duas variáveis. ductos salivares absorvem Na+ e Cl– e, em
Sensores de pH (1-3) e de impedância (6). menor extensão, secretam K+ e HCO3–.
Procedimento:
 Conhecer a medicação do paciente
 Sem restrições de vida diária
 Entubação e posicionamento do
cateter guiado por manometria
 Diário de bordo (sintomas, sono,
refeições,…)

Glandulas e secreções GI Regulação


O SNP é o mais importante na regulação
Ao lado do epitélio voltado para o capilar destas glândulas. A aferência local (na
chama-se vaso lateral. boca) como a aferência de estímulos táteis,
de paladar, da visão e do odor são
transmitidos ao tronco cerebral, que
consequentemente irão excitar o núcleo
salivatório.
O SNS não tem uma intervenção tão
importante. Embora a estimulação
simpática aumente o fluxo salivar, a
interrupção dos nervos simpáticos das
Secreção salivar glândulas salivares não tem qualquer efeito
G. Parótida (serosas) significativo.
G. Submandibular (mistas) Secreção gástrica
G. Sublingual (mucosas) O estômago está partido em 3 porções
G. Salivares minor compostas por células diferentes e com
funções diferentes. É por ação da secreção
Saliva: produzidos 1000-2000 ml/dia, gástrica que ocorre a digestão dos
constitui 95% dos produtos das G. péptidos.
parótidas e submandulares, hipotónica
(+líquido, -soluto), pH alcalino
(bicarbonato), rica em K+.
Funções:
 Lubrificação da cavidade oral(fala)
e dos alimentos(deglutição)
 Limpeza da cavidade oral
 Bactericida
Cárdia: células mucosas e
 Inibição do crescimento de
bactérias acidófilas e formação de cáries endócrinas(regulação)
 Clearence esofágico Corpo: células parietais, mucosas,
 Início da digestão de carbohidratos principais, endócrinas e enterocromafins,
principais produtos secretados do
estômago produzidos nesta porção.
Pilórica: células principais, endócrinas G e
D e mucosas.
transmite ao estômago a informação de
Produtos celulares: que á necessário diminuir a secreção de
 Superficiais: muco e HCO3- HCl.
 Parietais: HCl e FI
 Principais: pepsinogénios Pepsinogénio: CCK e Secretina que
 Endócrinas e ECL: gastrina, SS, histamina inibem a secreção de HCl vão estimular a
produção do pepsinóginio, importante para
HCl: regulação das secreções (estimula ou a hidrólise de péptidos.
inibe a libertação de determinados
produtos), confere o carácter ácido ao Fator intrínseco
Apesar do
estômago mantendo o pH ideal para ação
da pepsina, elimina microrganismos, ativa estômago não ser
pepsinogénios, digestão. vital, a vitamina
Mecanismo de secreção de HCl: a bomba B12 que aqui é
de H+ e K+ é o transportador mais absorvida pelo
importante. A troca de bicarbonato pelo Cl fator intrínseco é.
é importante para que a célula parietal o Muco e bicarbonato: impedem a
envie para o lúmen e assim, juntamente autodigestão, são estimulados pela
com o H+, seja produzido o HCl. Para acetilcolina, prostaglandinas e pela própria
diminuir a acidez no estômago bloqueia-se acidez.
a bomba de H+ e K+. O neurotransmissor
do SNO, acetilcolina, ativa transmissores Regulação da secreção gástrica: há
para a introdução de H+ na célula e assim intervenção da componente reguladora
estimula a secreção de HCl. Já a hormonal para além da componente
somastonina, por exemplo, inibe a nervosa.
secreção do ácido. Secreção biliar – secreção exócrina do
A alimentação desencadeia 3 fases da fígado
secreção de HCL O fígado é constituído por 2 lóbulos e
1. Cefálica: o olfato, a visão, o irrigado por 2 tipos de circulação, aterial
paladar, o pensamento(SNP) e a deglutição oxigenada e porta (75%). A circulação
do alimento iniciam a fase cefálica, que é
porta contém todo o conteúdo absorvido
principalmente mediada pelo nervo vago.
do tubo digestivo e o primeiro órgão pelo
A estimulação do nervo vago resulta no
aumento da secreção gástrica de ácido. qual passa é o fígado que age como filtro. A
2. Gástrica(+importante): a chegada circulação porta chega ao fígado por meio
dos primeiros conteúdos alimentares ao da veia porta e abandona-o pelo ducto
estômago desencadeia a maior secreção de hepático comum que transporta a bílis
HCl. A distensão da parede gástrica produzida na secreção de hepatócito. A
secundária à entrada de alimento no bílis é armazenada na vesícula biliar e
estômago ativa o reflexo vagovagal e o SNE quando há um estímulo o esfíncter diodi
local (secreta acetilcolina) e juntamente abre e a bílis abandona a vesicula e passa
estimulam a secreção de HCl. A presença para o duodeno.
de proteínas parcialmente digeridas ou de Hepatócito: célula epitelial com
aminoácidos no antro estimula membranas apicais e basolaterais de
diretamente as células G a secretar
diferentes constituições. Função exócrina,
gastrina que promove a secreção do ácido.
visto que produz a secreção biliar. Nesta
3. Intestinal: peptídeos parcialmente
digeridos estimulam as células G duodenais célula o sangue tem movimento centrípeto
a secretar gastrina que promove a secreção enquanto que a bílis tem movimento
de ácido. Posteriormente a entero gastrina centrífugo.
Constituintes da Bílis: maioritariamente é Função do suco pancreático: neutralizar a
constituída por ácidos biliares responsáveis acidez gástrica para que as enzimas
pela digestão de lípidos, mas também pancreáticas tenham um pH ótimo para
elimina substâncias como o colesterol e a realizarem a hidrólise importante para a
bilirrubina. Ao longo dos ductos biliares a digestão. Uma destas enzimas é a tripsina,
bílis também vai sendo enriquecido com que é libertada sobre a forma de
elemento aquoso rico em bicarbonato. tripsinogéneo e que ao ser ativada por uma
enteropeptidase vai ativar outras enzimas
Função da bílis: Veículo para a eliminação
essenciais para a digestão.
de substâncias, emulsão dos lípidos,
Recirculação de Cl-: os iões de Cl-
transporte dos produtos de digestão
entram na célula pancreática do ducto para
lipídica e neutralização da acidez gástrica.
saírem para o lúmen do mesmo pelo CFTR.
Função da vesícula: armazenamento, Isto é importante para garantir o carácter
concentração e expulsão da bílis, alcalino da secreção pancreática, visto que,
reabsorção de Na, Cl, bicarbonato e é pela reentrada de Cl- na célula em troca
secreção de H+. do bicarbonato que tal acontece.

Regulação: ocorre principalmente na fase Regulação: neuronal e hormonal. A


intestinal com a CCK e a secretina a serem acetilcolina, gastrina e CCK estimulam a
os principais responsáveis secreção assinar, enquanto que a secretina
Ciclo entero-hepático: os ácidos biliares estimula a secreção ductular. A secreção
são reabsorvidos no intestino, entram na pancreática também ocorre em fases
circulação porta até ao hepatócito onde idênticas às da secreção gástrica, sendo a
vão sofrer alterações e voltam a ser mais importante a fase intestinal, devido á
secretados. Isto pode ocorrer de 6 a 10 estimulação pela secretina(ductular) e pela
vezes por dia e enquanto os ácidos CCK(assinar).
circulam na circulação porta não há síntese
Funções GI:
dos mesmos, apenas secreção. Os ácidos
biliares só são sintetizadanos nos períodos 1. Digestão: processo de conversão
interdigestivos. dos nutrientes em moléculas pequenas,
passíveis de serem absorvidas pelas células
Secreção pancreática GI. Como mecanismos da digestão temos a
O pâncreas tem função endócrina e clivagem enzimática e a
exócrina. No que toca á parte exócrina peristalse(trituração e absorção)
relacionada com a digestão são secretadas 2. Absorção: Processo de passagem
enzimas e pro-enzimas no ácino e dos produtos de digestão do lúmen para o
conteúdo hidrolítico rico em bicarbonato sangue e a linfa, através das células
pelas células ductulares. epiteliais e das suas junções. Ocorre
Suco pancreático: as protéases são maioritariamente no intestino delgado,
secretadas no ácino em forma de que tem a sua superfície amentada em
cerca de 600x.
zimogéneos(inativas) e só são ativadas pela
trimecina no lúmen intestinal. Para além Hidratos de carbono:
disto, para a proteção do pâncreas da sua Digestão pela amílase salivar, amílase
autodigestão, são armazenadas em pH pancreática e oligossacarase, e por
ácido, uma vez que estão normalmente dissacaridases no caso da lactose, maltose
inativas neste ambiente e são e sucrose.
acompanhadas por inibidores de tripsina. Absorção por cotransporte com Na na
membrana apical, no caso da lactose e
glicose, e sai pela membrana basal por H2O é absorvida num movimento
difusão facilitada. Já a frutose é absorvida secundário ao dos nutrientes e outros
pelo Gut5 por difusão facilitada. solutos, no entanto a sua absorção ao nível
do colón pode aumentar conforme
Proteínas:
necessário.
Digestão começa no estômago e segue
até ao duodeno onde ocorre pelas 3. Excreção: produtos não-digeridos /
protéases pancreáticas. Pequenos péptidos não-absorvidos; Bactérias e seus produtos
são destruídos na bordadura em escova ou metabólicos; Materiais excretados /
pelas peptidases citoplasmáticas. secretados: Fe, Cu, Bilirrubina, aniões e
Absorção: proteínas e grandes péptidos catiões orgânicos, metabolitos de
são absorvidos por endocitose ou co- desintoxicação hepática…
4. Equilíbrio hidro-electrolítico: dos 9
transporte com Na. Aminoácidos são
litros/dia apresentados ao I. Delgado, são
absorvidos por co-transporte com H+ e
excretados cerca de 100. As diarreias
outros podem ser absorvidos tanto por co- (perda das capacidades absorção/secreção)
transporte com Na+ como por difusão traduzem a importância do Tubo digestivo
facilitada. na manutenção do equilíbrio H-E.
5. Endócrina: CCK, Grelina,
Lípidos
Somatostatina, são exemplos de
Digestão: iniciada pela lípase salivar e
reguladores locais mas há também
lípase gástrica, mas a maior parte ocorre no reguladores à distância.
delgado proximal pela ação das enzimas 6. Defesa: o epitélio digestivo está
pancreáticas, colipase e dos ácidos biliares. em contacto permanente com o exterior
Absorção: mantém-se em micelas por isso existem células imunológicas
juntamente com ácidos biliares que vão associadas ou dispersas na mucosa e
ajudar à sua absorção pelo enterócito. ocorre secreção de imunoglobulinas
Sofrem reprocessamento intracelular e (defesa imunológica). Também a própria
entra para os vasos quilíferos, nos quais peristalse e secreção gástrica são formas
seguem na linfa até ao fígado. As vitaminas de defesa (não-imunológica).
lipossolúveis A, D, E e K, tomam o mesmo
NOTINHA: Função hepática: vai muito
rumo.
além da secreção biliar. O Fígado gera
Absorção de água e sais: metabolismo, armazena nutrientes e
minerais, sintetiza proteínas, metaboliza e
Para evitar desiquilibrios é necessário
desintoxica o organismo, …
absorver 99% da água e sais, o que ocorre
ao longo do intestino delgado em paralelo Endoscopia digestiva
com a absorção de nutrientes. Ao longo do
intestino vai se perdendo permeabilidade e Anatomia do endoscópio:
há maior necessidade de canais 1. Secção de controlo: situa-se no
específicos. exterior e é manuseada para controlar o
Intestino delgado endoscópio. Manuseada com a mão
esquerda. Contem 2 comandos para
- Absorção: Na+, Cl-, K+
angular a ponta do endoscópio, 2 válvulas,
- Secreção: HCO3-
uma para insuflação de ar e injeção de
Cólon água e outra para aspiração, botões de
- Absorção: Na+, Cl- controlo de imagem e uma válvula de
- Secreção: HCO3- , K+(dependendo da entrada no canal de trabalho
necessidade pode estar a ser absorvido) 2. Secção de inserção: introduzida no
Estes mecanismos têm regulação neural e tubo digestivo. Tem comprimento,
hormonal. diâmetro e flexibilidade variável de acordo
com o modelo e o órgão a que se destina, 7. Enteroscópio: permite biopsia e
no entanto tem 1/2 canais para acessórios, tratamento em locais detetados pela
1/2 bandas de luz branca, 1 canal para ar e cápsula e que os outros endoscopios não
água, 1 banda de imagem e cabos de atingem. Com os “overtubes” permite a
conexão. A sua ponta tem um orifício para progressão no instestino delgado
o canal de trabalho, uma luz, uma lente e retilinizando-o para trás como um
um ponto de saída de ar e água. acordeão.
3. Secção de conexão: liga-se à fonte
de luz, vídeo processador e à fonte de Acessórios da endoscopia:
insuflação e á gua. Varia de modelo para  Instrumentos flexiveis, de diâmetro
modelo, mas o objetivo é que seja cada vez milimétrico, frágeis
mais simples.  Adaptar no comprimento e
diâmetro ao endoscópio e seu canal de
Tipos de endoscópio: trabalho
1. Endoscópio alto: para exploração  Conhecer o seu manuseamento
do esófago, estômago e duodeno. Com (habitualmente por um assistente)
visão frontal e campo de visão: 140º.  Um instrumento pode ser
Comprimento de cerca de 1m, diametro de multifunções
aproximadamente 10mm e canal de  Descartáveis / Reutilizáveis
trabalho standartizado de 2.8mm  3 vertentes: a. Extremidade
2. Colonoscópio: para realizar Interna(tubo digestive); b. Extremidade
colonoscopias. Com visão frontal e cde Externa(manuseamento); c.
visão: 170º, comprimento standard 133cm Baínha(garantir a funcionalidade com
e modelo longo 168cm, diâmetro do tubo proteção do canal de trabalho)
de inserção (~13mm) e canal de trabalho
(3.7mm) Os 5 acessórios mais importantes:
3. Endoscópio Terapêutico: tem 2
canais de trabalho, logo maior diâmetro, e 1. Pinça: principalmente usada na
permite instrumentação simultânea bem colheita de biopsias. Varia na sua forma
como aspiração e injeção de água. geral.
4. Duodenoscópio: utilizado para 2. Ansa: Polipectomia ±
aceder às vias biliar e pancreática, daí a sua eletrocirurgia, remoção de corpos
visão lateral. Tem um elevador que estranhos e recuperação de pólipos. Varia
permite oscidar os instrumentos até às no tamanho, forma e possibilidade de
vias. rotação.
5. Ecoendoscópio: Combina a 3. Injector: injeção endoscópica de
imagem endoscópica com a ecográfica, fármacos. Varia no comprimento da
permite avaliar lesões nas camadas bainha, diâmetro e comprimento da agulha
profundas à mucosa do tubo digestivo, 4. Clip: Hemostase, encerramento de
patologia hepato-bilio-pancreática, defeitos da mucosa (de polipectomia,
estadiamento de tumores no tubo complicações...), marcação, ancoragem de
digestive. Normalmente utiliza visão dispositivos (próteses, sondas). Varia no
frontal. No que toca á parte ecografica tamanho, ângulo das garras, rotação,
pode ser feita de dois modos: radial possibilidade de reabertura.
(Imagem ecográfica 360º) ou linear 5. Balão: Dilatação de estenoses do
(Imagem ecográfica até 180º), a última lúmen.
permite realizar biópsias e terapêutica.
6. Videocápsula Endoscópica: tem 1 2instrumentoa “out the scope”: são
ou 2 camaras, bateria, registador de colocados na ponta do endoscópio e
imagens, antena e uma estação com articulam com algo que se situa dentro do
software de visualização. canal de trabalho.
1. Bandas Elásticas: principalmente Nefrónio – Unidade
para tratamento de varizes esofágicas. funcional do rim
Mecanismo: a ponta suga, a banda elástica Cada rim contém
prende e fica ali uma bolinha que vai entre 800.000 e
evoluir por necrose e regenerar. 1.200.000 nefrónios.
2. OTSC-clip: clip que funciona de Cada nefrónio é uma
maneira similar às bandas, permite
entidade independente
apanhar grandes áreas de tecido de
até ao ponto em que
maneira mais forte.
seu ducto coletor se funde com o ducto
Filtração glomerular coletor de um ou mais nefrónios. Um
néfron é formado por um glomérulo e um
Função renal: túbulo. O glomérulo é um aglomerado de
-> Homeostáticas: vasos sanguíneos a partir do qual se origina
 Regulação do balanço da água e o filtrado de plasma. O túbulo é uma
eletrólitos estrutura epitelial formada por muitas
 Regulação da osmolaridade subdivisões, que converte o filtrado
plasmática glomerular em urina e onde ocorre
 Regulação do equilíbrio ácido-base reabsorção e secreção.
 Excreção de metabolitos, toxinas e
fármacos Vascularização renal: sangue oxigenado
 Regulação da pressão arterial chega ao rim pela artéria renal e abandona
-> Bioquímicas: o rim pela veia renal. Dentro do rim, os
 Produção de hormonas: capilares sanguíneos vão envolver os
- Renina - células do AJG nefrónios e possibilitar trocas.
- Eritropoietina; - células
fibroblasto-like do interstício do córtex e Fisiologia renal – mecanismos de
medula externa manipulação do plasma
- Vitamina D ativa - 1,25-D3 –
células do tubo proximal
- Prostaglandinas, etc
-> Metabolismo de algumas substâncias

Anatomia dos rins


1. Filtração glomerular: fluxo de
plasma livre de proteínas passa dos
capilares para a cápsula de Bowman.
Diariamente são filtrados 180L de plasma.
2. Reabsorção tubular: transporte
seletivo de moléculas do lúmen dos
túbulos renais para os capilares
peritubulares.
Fisiologia renal:
3. Secreção tubular: transporte
 O rim recebe 20% do sangue
seletivo de moléculas dos capilares
impulsionado pelo coração
peritubulares para o lúmen dos túbulos
 20% do plasma é filtrado para os
renais.
túbulos renais = 180 L/dia
4. Excreção: eliminação de
 Urina formada = 1,5 L/dia (cerca de
substâncias sob a forma de urina
1 mL/min), então a maioria é reabsorvida
de volta para os túbulos Excreção urinária = Filtração – Reabsorção + Secreção
Barreira de filtração: Regulação da filtração glomerular e do
1. Endotélio capilar poroso revestido fluxo sanguíneo renal
pela glicocálice (glicosaminoglicanos  Mecanismos Extrínsecos:
carregados negativamente)  Renina-angiotensina – na ANG2
2. Membrana basal(GBM) constituída libertada aumenta a resistência da
por uma malha de fibras de colagénio e arteríola eferente e consequentemente há
dividida em 3 camadas a rarainterna, densa uma menor TFG
e rara externa.  SNAutónomo Simpático – com a
3. Camada de células epiteliais libertação de adrenalina ocorre um
(podócitos) = Lâmina visceral da cápsula aumento da resistência da arteríola
de Bowman: podócitos formam uma aferente e consequentemente há uma
camada contínua e entre os seus processos menor TFG
podais existem lacunas, os diafragmas. São  Mecanismos Intrínsecos:
os diafragmas as zonas mais estreitas e que  Autorregulação tubular
concebem maior seletividade. Para além  Mecanismo miogénico de
disso existem também proteínas autorregulação
especializadas que contribuem para a
maior seletividade. Avaliação da TFG
Seletividade: O ideal era ter uma substância com
 Por tamanho: GBM, pelos espaços concentração plasmática estável, que fosse
entre as fibras de colagénio e diafragmas filtrada livremente no glomérulo e que não
existentes entre os processos podais dos fosse reabsorvida, secretada, sintetizada ou
podócitos metabolizada pelo rim. Essa substância
 Pela carga: moléculas com carga existe e é chamada de inulina. O único
positiva ou neutra são filtradas mais
problema é a que ela não é produzida
rapidamente do que moléculas com cargas
naturalmente pelo organismo, logo implica
negativas.
administração intravenosa, e também não
 Pela forma: rígidas e globulares
com menor clearance é fácil a sua determinação laboratorial.
Assim é raro realizar uma Clearence de
Determinantes da Taxa de Filtração Inulina.
Glomerular (TFG) – processo passivo O método mais usado é a Clearence de
creatinina. A creatinina é uma substância
FG = LpS x Pressão efetiva de filtração
que provém da degradação de cretina no
LpS - coeficiente de filtração glomerular músculo esquelético, sendo libertada no
Lp - unidade de permeabilidade da sangue a uma taxa constante, tem filtração
parede capilar livre e não é sintetizada nem metabolizada
S - superfície de filtração (área do pelo rim. A sua desvantagem é que cerca
nefrónio) de 10% são secretados no túbulo proximal
P efetiva de filtração= (Pgc – Pbs )+ (pbs – pp) e por isso é necessário compensa-los pela
Pgc - P hidrostática glomerular favorece a margem de erro (sebstancias que não são
filtração e é igual à pressão sanguínea nos creatinina são contabilizadas como tal). A
capilares glomerulares sua maior limitação é o facto da creatinina
Pbs - P hidrostática na cápsula de Bowman poder alterar independentemente da TFG.
opõem-se á filtração A substância ideal é a Cistatina C. Esta é
pbs - P osmótica na cápsula de Bowman produzida no lisossoma de todas as células
favorece a filtração nucleadas. Está presente no sangue a uma
pp - P osmótica glomerular opõem-se á taxa constate e é livremente filtrada devido
filtração ao seu baixo peso molecular. É totalmente
reabsorvida pelo que é possível avaliar a
GFR através da concentração de cistacina C
Tipos de diálise:
no plasma. Uma menor concentração de
1. Hemofiltração: utilizada para
cistatina C indicará uma menor TFG,
manipulação de grandes volumes que
enquanto uma maior concentração indicará
arrasta as toxinas com ele, parte deste
uma maior TFG. líquido é reposto
Insuficiência renal: Perda de função renal 2. Hemodiálise (2-3 semanas entre
com compromisso da regulação da sessões com instabilidade entre elas)
homeostasia dos fluidos e electrólitos 3. Diálise peritoneal: ideal em
crianças, ocorre dentro do corpo do
corporais.
paciente através da inserção do líquido de
Insuficiência aguda - menor TFG e diálise que banha os órgãos e é
consequente aumento de creatinina e ureia posteriormente drenado levando com ele
plasmáticas. Geralmente é transitória. as impurezas. Pode ser contínua ou cíclica.
Consequências: Acumulação produtos Acessos para diálise
nitrogenados, retenção de fluidos, edema, 1. Vascular
HTA, ICC, desequilíbrios electrolíticos, 2. Peritoneal (risco de infeção)
hiponatremia, hipercaliémia, acidose
Insuficiência crónica - perda progressiva e
permanente de mais de 25% da função
renal. Consequências: Osteodistrofia renal
(hipocalcemia, hiperfosfatemia), anemia,
atraso crescimento, tendência
hemorrágica, toxicidade SNC.
Em caso de transplante renal todas as
Causas:
funções renais têm de estar asseguradas.
 Pré-renal
 Hipovolémia (hemorragia, perda Litotrícia Extracorporal por Ondas de
GI) Choque (LEOC)
 Hipotensão (sépsis, hipotermia,
ICC) Consiste na fragmentação de “pedras”
 Hipóxia (pneumonia) – falta de O2 urinárias através da energia gerada pelo
 Renal aparelho da litotrícia. Os fragmentos são
 Glomerulonefrites posteriormente eliminados pelo
 Necrose tubular aguda (tóxicos, organismo, durante a micção. As ondas de
fármacos, isquemia) choque, geradas no equipamento chamado
 Pós-Renal litotritor, atravessam a pele e todos os
 Uropatia obstrutiva (válvulas tecidos até atingir o cálculo. Com uma série
ureterais, tumores)
de disparos com aumento progressivo de
 Refluxo vesico-ureteral
intensidade o cálculi é fragmentado. Os
 Adquiridas (litíase renal)
principais fatores que determinam o
Diálise: procedimento destinado à sucesso da LEOC são o tamanho e a dureza
depuração sanguínea, equilíbrio hidro- do cálculo, a anatomia da via excretora do
electrolitico e controlo da pressão arterial. rim, e a distância da pele até o cálculo
Este processo é indicado para pacientes renal.
com insuficiência renal crónica ou aguda
com determinados sintomas.
lúmen. Ocorre com auxílio de canais,
trocadores e co-transportadores. O
Função tubular renal segundo passo da reabsorção transcelular
Reabsorção: do lúmen tubular para o de Na+ é a saída ativa do Na+ através da
interstício membrana basolateral, mediada pela
Secreção: do interstício para o lúmen bomba Na+/K+, devido ao gradiente
tubular eletroquímico desfavorável.
Oligúria: pouca urina  Paracelular: Movimento
Aniúria: 0 urina totalmente extracelular, através das tight
Acidose metabólica: doença proveniente junctions.
da incapacidade de excreção de ácidos
Reabsorção de Na+ no Túbulo Contronado
Ao longo do nefrónio as células que
Proximal (1)
envolvem o túbulo vão variando de acordo
 Solvent drag
com as suas funções. O objetivo é a
 Voltagem negativa da membrana
retenção de água e sais essenciais. Para a
apical, Na+ tem tendência a ser absorvido
água se manter nos vasos sanguíneos  Trocador Na+/H+ (NHE-3)
existe a necessidade da osmose plasmática,  Co-transportadores: glicose,
para isso é necessário Na+, glicose e ureia. aminoácidos, …
O Na+ é o principal colaborador para a  Bomba Na+/K+ e Co-transporte
osmolalidade e, dessa maneira, para onde Na+/HCO3- (NBC) responsáveis pela
o Na+ se move, a água segue. O túbulo passagem do Na+ para o interstício
proximal reabsorve a maior fração do Na+  Paracelular (1/3 retorna ao lúmen)
filtrado, o restante é absorvido no
segmento ascendente espesso, no túbulo
contronado distal e nos ductos coletores.

Reabsorção de Na+ na ansa de Henle (2)


Nos ramos finos ocorre por transporte
passivo e paracelular.
Nos segmentos expessos:
 Co-transporte Na/Cl/K (NKCC2) e
Trocador Na/H captam Na. Os diuréticos
de alça inibem o cotransportador
Na/K/Cl. uma grande fração do K+ que o
NKCC2 traz para dentro da célula é
Tipos de reabsorção: reciclada para o lúmen através de canais
 Transcelular: Atravessa as para K+, essenciais para a manutenção do
membranas apical e basolateral da célula transporte Na/K/Cl.
para chegarem ao sangue – implica  Bomba Na/K - passagem do Na+
absorventes e recetores. O primeiro passo para o interstício
é a entrada passiva de Na+ na célula  Paracelular (50%) só é possível
através da membrana apical, devido à porque o lúmen é positivo
baixa concentração intracelular de Na+ e à  Não há solvente drag porque a
voltagem celular negativa relativamente ao membrana é impermeável.
Reabsorção de ÁGUA ao longo do
nefrónio
A água movimenta-se através das
aquaporinas de forma passiva (apesar da
baixa diferença de osmolaridade, devido à
grande permeabilidade da água) e
secundária ao transporte de soluto.
Predomina a via de reabsorção transcelular
devido á presença das aquaporinas. No
Reabsorção de Na+ no Túbulo Contornado segmento ascendente espesso do ducto
Distal (3) não ocorre absorção de água, a maior parte
 Cotransportador de Na/Cl medeia é absorvida no túbulo proximal.
a entrada de Na+ pela membrana apical. É
bloqueada pelos diuréticos tiazídicos. Regulação do transporte de Na+ e Cl-
 Não há solvente drag porque a 1. SNS : estimula a bomba Na/K e a
membrana é impermeável à água. antiporta Na/H
 Bomba Na/K medeia a saída de Na 2. Aldosterona: produzida na
para o interstício suprarenal, pode ser excretada para o
sangue quando existe excesso de K no
sangue ou pressão arterial alterada,
estimula a reabsorção de Na+ através da
regulação de canais de Na, K, bomba de
Na/K e metabolismo de mitocôndrias

Modelo de transporte de K+ ao longo do


nefrónio: segue o trajeto contrário do Na+

Glicose:
 Livremente filtrada
Reabsorção de Na+ nos Ducto Coletor  Reabsorção T. Proximal
Cortical e Medular (4)  Apical: SGLT1/2
 Canal de Na (ENaCS) responsável  Basolateral: GLUT1/2
pela entrada de Na+, bloqueado na
presença de pequenas concentrações de Aminoácidos:
amilorido  Livremente filtrados
 Bomba Na/K passo basolateral da  Reabsorção T. Proximal (98%)
reabsorção de Na+  Co-transporte com Na
 Difusão facilitada (indep. Na)

Oligopeptideos: Peptidases na membrana


e PepT 1

Proteínas: Endocitose mediada por


receptores

Modelo de transporte de Cl- ao longo do


nefrónio: segue o trajeto do Na+
Fisiologia do trato urinário inferior No esvaziamento:
8. Perda da contração do detrusor o
1. Bexiga e Trato de saída vesical 9. Obstrução uretral
1. Corpo 10. Bexiga hipocontráctil
2. Esfincter uretral interno (+-) 11. Obstrução infravesical
3. Uretra
4. Esfincter uretral externo (++) Estudos urodinâmicos:
2. Armazenamento vesical • Urofluxometria:
1. Acomodação no corpo não invasivo, depende
2. Relaxamento do retrusor da força contráctil do
3. Contração dos esfincteres detrusor e da resistência
3. Esvaziamento vesical uretral.
1. Contração do corpo
2. Contração do retrusor • Cistomanometria: avalia a
3. Relaxamento dos esfincteres sensibilidade vesical, a atividade do
4. Sistema Nervoso detrusor, a acomodação vesical, a
1. Autonómico (simpático - capacidade vesical e a função uretral.
armazenamento vs Parassimpático -
esvaziamento)
2. Voluntário
3. Eferentes vs. Aferentes
5. Neurotransmissão
1. Receptores
2. Vias sinalização
6. Integração – Ciclo Miccional
1. Guarding reflex 1. ↑ Pves e ↑ Pabd e Pdet constante
A bexiga tem grande capacidade de - Aumento da pressão abdominal
acumulação de grandes volumes de líquido 2. ↑ Pves e ↑ Pdet e Pabd constante
- Contração do detrusor
com alterações mínimas de pressão – órgão
3. ↑ Pves e ↑ Pabd e ↑ Pdet -
complacente.
Contração do detrusor e aumento da
pressão abdominal
4. ↑ Pabd e Pves constante e ↓Pdet
- Contração rectal

• Prova Pressão/fluxo: mede


simultaneamente a pressão exercida pelo
detrusor (músculo da bexiga) e o fluxo
urinário durante o esvaziamento vesical
Disfunções da Micção
No armazenamento:
1. Detrusor contrai involuntariamente
2. Esfíncteres ineficazes
3. Hiperatividade do detrusor
4. Perda de urina
5. Urgência miccional
6. IU urgência • EMG
7. IU esforço
• Video-urodinâmica

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