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1. RESUMO

INTRODUÇÃO: Destacando-se entre os países americanos que mais notificam casos de

malária, o Brasil aderiu às diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS): diagnóstico e
tratamento com medicamentos efetivos e a distribuição de mosquiteiros impregnados no
combate à doença. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia dos mosquiteiros /cortinados
impregnados de longa duração (MILD), como medida de combate a malária. MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa que será realizado
com coleta de dados secundários. Serão utilizados dados epidemiológicos do
SISMAL/SIVEP/MS sobre a zona rural do município de Cruzeiro do Sul, Acre. O banco de
dados será constituído e analisado, estatisticamente, com a utilização do software EPI-INFO
(versão 3.0; 2009). IMPACTOS ESPERADOS: Perante as dificuldades enfrentadas pelas
equipes de saúde para combater a malária em regiões de difícil acesso, as informações
colhidas neste estudo serão de grande utilidade para as equipes de saúde no controle vetorial
da doença.

DESCRITORES: Malária, mosquiteiros, Amazônia, Acre.

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2. INTRODUÇÃO

A malária é uma doença infecciosa que afeta cerca de 40% da população

mundial, com predileção por regiões tropicais e subtropicais, existem mais de 125
espécies de plasmódios conhecidos, sendo que cinco espécies são infectantes para
o homem, Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale e
Plasmodium malariae, Plasmodium knowlesi tendo como vetor de transmissão a
fêmea do mosquito do gênero Anópheles (GOMES et.al., 2011, p.358; SILVA et.al.,
2012, p.46; OSÓRIO et. al., 2011, p.1446; MS, 2009 apud MONTEIRO, 2013).

Transmitida por picada de insetos, possui mais de tantos tipos......

darling malaria neonatal e congenita Quanto ao hospedeiro, os que se encontram

mais vulneráveis às formas graves da doença são os primoinfectados, as gestantes
e as crianças pequenas.(MUTIS, 2005) malária congênita é definida pela presença
de parasitas de plasmódio no sangue periférico ao primeiro dia de vida; e, malária
neonatal como aquela enfermidade que aparece nos primeiros 28 dias de vida pós
natal. (SANTOS E ARAÚJO, 2011)

Tendo em vista que o hábito das pessoas e dos vetores é de ficarem a

maior parte do tempo em casa, existe um problema elementar na transmissão da
malária, que é domiciliar. Sendo assim, na Região Amazônica, onde predominam
em sua maioria os tipos de habitações sem paredes, há uma alta transmissão
nessas localidades pois, não se cria uma barreira entre homem e vetor, dificultando
com isso o seu controle, pelo fato de não se ter onde colocar o inseticida, que é de
fundamental importância no controle da malária. (OPAS, 1998; TAUIL, 1985 apud
COSTA, 2009, p.7)

A tríade malárica é evidenciada por calafrio, cefaléia e febre sendo esta

última o sinal cardinal na malária, freqüente durante a evolução clínica. Outros sinais
e sintomas também costumam estar presentes sendo eles astenia, anorexia,
artralgia, insônia, dor abdominal, diarréia, vômitos, hepatomegalia, esplenomegalia e
anemia. Não sendo tratada de forma efetiva, poderá evoluir para a forma grave, com
febre superior a 41° C, hiperparasitemia (> 200.000/mm3), anemia intensa, icterícia,
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hemorragias e hipotensão arterial, levando a coma e óbito. (MS, 2009 apud

MONTEIRO, 2013, p.33)

Existem também complicações ,,,procurar malária na gravidez, malaria

grave,malaria complicada.

Com grande distribuição espacial sua endemicidade se estende desde a

África.........passando e chegando até América do Sul.

Diagnostico,,,luis fco rocha e silva

Segundo SILVA (2012, p.46), o Brasil é o país que mais notifica casos de
malária e mortes por esta doença nas Américas. Nesta mesma linha de pensamento
GOMES (apud OLIVEIRA et al.,2010, p.115) afirma a ocorrência em cerca de mais
de 300.000 casos anuais, com a prevalência do agente etiológico vivax, chegando a
um percentual de 84% , enquanto que o P. falciparum corresponde a 16 %. E
OSORIO et al 2011,p.1446 diz que esta doença parasitária com sérias
complicações sanitárias leva a consideráveis perdas econômicas e sociais. 2% de
malariae

Das regiões brasileiras a que mais apresenta altos índices de malária é a

região norte, representada pela a Amazônia legal, na qual se notificam 99,5% dos
casos no país, contribuídos devido à peculiaridade da mesma, que caracteriza-se
pela grande quantidade de rios, florestas (que servem como imensos criadouros
para mosquitos) juntamente com o clima quente e o tipo de moradia da
população. COSTA, 2009

Dentre os estados dessa região em que a malária assola o maior número

de pessoas podemos destacar o Amazonas, Pará e o estado do Acre que em 2006
apresentou 93.537 casos de malária, destacando-se aqui o município de Cruzeiro do
Sul contribuinte em 50 % desta notificação (SILVA et al., 2012, p.46 ). 2010....
Sendo que a maioria dessas notificações derivam da zona,, ?
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Essa situação fez com que o governo do estado iniciasse uma grande
campanha de combate a malária com atividades de busca ativa, borrifação intra e
extradomiciliar e a implantação dos mosquiteiros/cortinados impregnados com
inseticidas (COSTA, 2009, p. 7).

2 Referencial Teórico

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a utilização dos

mosquiteiros impregnados tem demonstrando uma grande eficiência, tanto com
relação a quem se encontra embaixo dos mosquiteiros, quanto a quem dorme no
mesmo quarto, pois possuem a capacidade de matar os mosquitos simultaneamente
que entrem em contato com os cortinados, além disso, estes mosquiteiros ainda
apresentam um dos menores custos financeiros.

Levando-se em consideração as condições de moradia da grande maioria

da população do meio rural, que possuem casas de madeira, muitas sem paredes
externas, o que facilita entrada dos mosquitos nas residências, esses mosquiteiros
impedem o contato homem/vetor por exercer o papel de barreira física. (SANTOS,
1998, p.2).

3 Justificativa

Haja vista os altos índices de casos registrados a cada ano

(SISMAL/SIVEP-MALÁRIA/SVS/MS), condições demográficas e geográficas que por
muitas vezes inviabilizam o acesso por parte das equipes de saúde, seja pelo seu
alto custo ou pelo difícil acesso a determinadas localidades em algumas épocas do
ano, as quais em sua maioria só são possíveis acessá-las em viagens através de
rios, rios esses que na época da estiagem impossibilitam a navegação deixando a
mercê da própria sorte inúmeras famílias que residem ao longo de sua extensão.

Este estudo poderá contribuir de forma concisa na avaliação dos

mosquiteiros impregnados na prevenção da malária no estado do Acre, tendo em
vista que desde a sua implantação pelo governo do estado ainda não foram feitos
estudos que comprovassem sua relevância na questão levantada para esta
pesquisa. Além disso, poderá levantar outros fatores, que somente observadas às
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características peculiares de cada região, correlacionados ao uso dos cortinados

contribuirão para a conclusão do referido estudo, o que poderá despertar o interesse
de outros pesquisadores.

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

 Avaliar a eficácia dos mosquiteiros /cortinados impregnados de longa

duração (MILD), como medida de combate a malária, desde sua
implantação até o ano de 2012.

3.2 ESPECÍFICOS

 Consultar dados epidemiológicos dos casos de malária antes e depois da

utilização dos mosquiteiros/cortinados impregnados.

 Verificar a freqüência das borrifações intra-domiciliares na zona rural

antes e depois da utilização dos mosquiteiros/cortinados impregnados.

 Comparar o tempo de eficiência dos mosquiteiros/cortinados impregnados

com a validade da borrifação intra-domiciliar.
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4. METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem

quantitativa.

4.2 DESCRIÇÕES DO LOCAL

Este estudo será realizado no município de Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil.

Este município se apresenta como o segundo, em termos populacionais e estruturais
do Estado do Acre. Localizado a 7° 37’51’’ latitude sul e 72° 40’12’’ longitude oeste,
está às margens do Rio Juruá. Distante cerca de 710 km de Rio Branco (capital), por
rodovia federal (BR-364).

4.3 POPULAÇÃO DE ESTUDO

O estudo será realizado sobre dados epidemiológicos de casos de

malária na zona rural de Cruzeiro do Sul.

4.3.1 Critérios de inclusão

 Dados epidemiológicos de todas as faixas etárias e ambos os sexos da

população residente na zona rural diagnosticada com malária.

4.3.2 Critérios de exclusão

 Dados epidemiológicos de malária na população da área urbana.

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 Dados epidemiológicos diagnosticados em lâmina de verificação de cura

(LVC).

4.4 COLETA DE DADOS

A coleta será feita apartir de dados secundários do Mistério da Saúde do

Brasil fornecidos pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP)
Sistema de Informação de Malária (SISMAL) e também junto ao setor de endemias
do Estado do Acre e ocorrerá entre agosto a dezembro de 2013, em períodos
matutinos.

4.5 PROCESSAMENTO DE DADOS

Os dados serão digitados, revisados e processados pelos pesquisadores.

O banco de dados será constituído e analisado com a utilização do software EPI-
INFO (versão 3.0 ; 2009).

4.6 ASPECTOS ÉTICOS

Os trabalhos serão realizados através de análise documental, será

elaborado um termo de autorização para a pesquisa com dados secundários, com
assinatura do orientador da pesquisa, dos pesquisadores e do gestor da instituição
onde será realizada a pesquisa, que deverá ser analisada pelo comitê em pesquisa
antes da realização.

4.7 RISCOS, BENEFÍCIOS E CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A

PESQUISA.

Os benefícios são de grande relevância, pois trará um maior

conhecimento para as pessoas a respeito dos métodos de prevenção sobre malária,
se tratando dos mosquiteiros/cortinados impregnados. Além disso, ajudará os
profissionais de saúde na elaboração de ações para áreas onde que possuem alta
incidência da doença.

A pesquisa não apresentará riscos para nenhum dos participantes, nem

para os pesquisadores, visto que esta não haverá experimentos, pois os dados
serão retirados de fontes secundárias. E caso seja detectado algum risco para os
sujeitos que serão pesquisados e para os próprios pesquisadores, esta pesquisa
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será interrompida imediatamente. E outro critério para suspender é caso os gestores

da pesquisa retirem a autorização antes concedida e será encerrada quando o
cronograma proposto for encerrado.

4.8 DESFECHO PRIMÁRIO

Através das informações colhidas nesse estudo pretende-se auxiliar as

instituições governamentais e não governamentais (ONGs) envolvidas com a
questão malária, na escolha de medidas de combate à doença que melhor se
adéquam as características da região, levando-se em conta a logística que acarreta
um alto custo para essas ações.

4.8 DESFECHO SECUNDÁRIO

Os resultados nesta pesquisa serão publicados, tornando-se passíveis de

conhecimento para o meio científico e, se possível, utilizados para divulgação em
congresso.

5. RESULTADO E/OU IMPACTOS ESPERADOS

Perante as dificuldades enfrentadas pelas equipes de saúde para

combater a malária em regiões de difícil acesso, tornando-se muitas vezes inviável a
chegada de profissionais até a população, as informações colhidas neste estudo
serão de grande utilidade para as equipes de saúde, não só para elaboração de
ações nos picos endêmicos, mas também no controle vetorial nas épocas
consideradas de baixa incidência da doença.
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6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

6.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES
/ 2013
MAR ABR MA JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
I

Escolha do X
Tema
Escolha da X
área de estudo
 13

Levantamento de X X X X X X X X X X
artigos científicos
Elaboração do X
pré-projeto
Revisão X X X X X X X X X X
bibliográfica
Leitura X X X X X X

Delimitação do X
tema
Encontro com o X
orientador
Reavaliação do X
projeto
Finalização do X
projeto
Apresentação do X
projeto de pesquisa
X
Envio ao
Comitê de Ética
(isenção)
Aguardar comitê de X X X X
ética
Coleta de dados X X X X X

Processamento dos X X X
dados

Interpretação, X X
discursão e
Descrição dos
dados

Digitação do X X X
trabalho
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Digitação, X X
Normatização,
revisão da língua
portuguesa

Revisão dos dados X X

Conclusão da X
pesquisa

7. ORÇAMENTO

Recursos Materiais

PRODUTO QTD VALOR VALOR

UNITÁRIO TOTAL

Papel chamex A4, branco, 210x297mm. 1 resma R$ 8,00 R$ 8,00

Recarga de cartucho pra impressora 2 und R$ 5,00 R$ 10,00

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(colorido e preto)

Caneta esferográfica azul preta 4 und R$ 1, 00 R$ 4,00

Lápis preto 4 und R$ 0,50 R$2,00

Prancheta 2 und R$ 2,00 R$ 4,00

Borracha 2 und R$ 0,50 R$ 1,00

Pasta para arquivo 4und R$ 2,00 R$ 8,00

Pesquisa na internet R$ 2,00 R$

Total parcial 19 itens R$ 16,55 R$ 29,00

Outros

PRODUTO QTD QTD DE VALOR VALOR

MESES UNITÁRIO TOTAL

Tradução para a língua 1 1 R$ 50,00 R$ 50,00

inglesa (artigo)

Revisão da língua portuguesa 1 1 R$ 30,00 R$ 30,00

TOTAL GERAL 2 2 R$ 80,00 R$ 80,00

Financeiros

Discriminação dos custos Total

Recursos Materiais R$ 29,00

Outros R$ 80,00

Total geral R109,00

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REFERÊNCIAS

GOMES, A.P., VETORINO R.R, COSTA A.P., MENDONÇA, E.G., OLIVEIRA M.G.A.,
SIQUEIRA, BR. Malária grave por plasmodium falciparum. Rev. Bras. Ter Intensivo,
2011.

OSÓRIO, C. C.G.S., MIRANDA E.S, ESHER, A., CAMPOS, M.R., BRASIL J.C.,
FERREIRA A.C.S., EMMERICK, J.C.M. Conhecimentos, práticas e percepções de
 17

profissionais de saúde sobre o tratamento de malária não complicada em municípios de

alto risco da Amazônia Legal. Rev. Ciência & Saúde Coletiva, v.16(supl.n.1): p. 1445-1456,
2011.

SILVA, R.S.U., et al. Malária no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre, Brasil:
Aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Rev. Pan. Amoz Saúde v.3(n.1): 45-54,
2012.

COSTA, K.M.M. Malária e piscicultura em Cruzeiro do Sul (Amazônia Ocidental

brasileira): análise de série histórica de 1998-2008, Manaus, 2009, 33 f. Dissertação
(Mestrado) – Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Universidade do Estado do
Amazonas.

COSTA, K.M.M. et.al. MALÁRIA EM Cruzeiro do Sul (Amazônia Ocidental

brasileira):análise da série histórica de 1998 a 2008. Rev. Panam Salud Public. v.28(n.5):
p.353-60, Novembro, 2010.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE: ODM 6; Combater o HIV/ AIDS, a malária e

outras doenças. Acesso em: 22 de mar. 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, (BR). Serviço de vigilância epidemiológica da malária,

sistema de informação de vigilância epidemiológica – notificação de casos. Malária
(internet). Brasília: Ministério da Saúde; 2010 (citado 2010 fev 26). Disponível em http://
portalweb04.saúde.gov.br/sivep_malaria/default.asp. Acesso em: 22 de mar. de 2013.