Sistema de Recompensa de Uma Empresa
Sistema de Recompensa de Uma Empresa
Sistema de Recompensa de Uma Empresa
TEMA
SISTEMA DE RECOMPENSA
ESTUDO DE CASO: FORTALEZA, LDA
Estudante:
Docente:
Maria Eusébia
LUANDA,2019
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................2
1.1. CONCEITO DE SISTEMA DE RECOMPENSAS ........................................2
1.1.1 SATISFAÇÃO ....................................................................................................3
1.1.2 MOTIVAÇÃO ....................................................................................................4
1.2. OS TIPOS DE SISTEMAS DE RECOMPENSAS .........................................5
1.2.1. RECOMPENSAS EXTRÍNSECAS .................................................................5
1.2.2. RECOMPENSAS INTRÍNSECAS ..................................................................7
2. ESTADO DE CASO: FORTALEZA, LDA ....................................................7
2.1 BREVE APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ......................................................7
2.2 MISSÃO .................................................................................................................8
2.3 VISÃO DA EMPRESA ......................................................................................... 8
2.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................ 8
2.6 O CICLO MOTIVACIONAL ..........................................................................9
2.7 SISTEMA DE RECOMPENSA DA EMPRESA FORTALEZA, LDA ..........10
3. CONCLUSÃO .......................................................................................................12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 13
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INTRODUÇÃO
1
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem como objectivo a apresentação das bases teóricas e conceptuais
do tema sistema de recompensas. Os conceitos e perspectivas que serão abordados neste
ponto servirão de suporte tanto para a definição dos objectivos do presente trabalho,
como para a sustentação da discussão dos resultados. Importa realçar que existe uma
multiplicidade de abordagens à gestão de recompensas sendo importante a distinção de
três tipos de sistemas: o sistema tradicional de remuneração, que se baseia na avaliação
do trabalho, o sistema baseado nas competências, [que traduz contextos organizacionais
diferenciados, e apelam a formas opostas de participação dos trabalhadores” (Vaz,
2008; p.5)] e o sistema tradicional inovado, que introduz a componente participação do
indivíduo na obtenção dos objectivos organizacionais através da gestão por objectivos.
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Para que estes objectivos sejam exequíveis, o sistema de recompensas deve ser
pertinente, estar de acordo com a política global da empresa, transparente, de forma a
traduzir objectivos concretos e alcançáveis, claro, simples e de fácil compreensão. É
desejável que seja escrito, para que “se possa generalizar o seu conhecimento evolutivo,
de forma a acompanhar a evolução da estrutura e do mercado de trabalho (CASTRO,
2006; p.69)”.
Na mesma linha de raciocínio, Camara (2000), refere que o sistema de
recompensas deve ter algumas características para que seja considerado justo e para que
atinja os seus objectivos, ou seja, o sistema deve ter uma ligação estreita com a
estratégia da empresa, pois é uma forma de orientar os trabalhadores para que estes
atinjam os objectivos organizacionais e deve ser bem aceite e compreendido pelos
trabalhadores.
A gestão por objectivos assume um papel essencial, pois é uma ferramenta de
grande versatilidade e tem capacidade para poder assegurar esse alinhamento. Para além
desta ferramenta é essencial que seja fomentada a participação dos trabalhadores e que
seja um processo transparente, pois é fundamental para conferir legitimidade ao
processo. Tendo em conta o acima referido, entende-se que, para que o sistema seja
eficaz é importante que esteja alinhado com os subsistemas da Gestão de Recursos
Humanos, bem como com a estratégia da empresa. Também é importante que seja
divulgado aos seus trabalhadores e que constitua, por si só, uma vantagem competitiva
para a empresa. Por fim, é importante que o sistema traduza a situação financeira real da
empresa. As políticas de remuneração devem de estar sempre enquadradas com a
situação económico financeira da empresa de forma não ultrapassar os seus limites
financeiros.
1.1.1 SATISFAÇÃO
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Existe um ciclo motivacional, explicado por Chiavenato (2002, p. 81), que
esclarece bem a diferença entre motivação e satisfação. O autor aduz que o ciclo
motivacional tem início com o surgimento de uma necessidade. Sendo a necessidade
uma força dinâmica, ela induz o indivíduo a agir para atender referida necessidade
(motivação), porque esta criou nele um estado de tensão, insatisfação, desconforto e
desequilíbrio. Se o comportamento for suficiente para suprir a necessidade, o indivíduo
encontrará a satisfação e descarregará a tensão que ela provocou, voltando ao estado de
equilíbrio anterior.
1.1.2 MOTIVAÇÃO
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1.2. OS TIPOS DE SISTEMAS DE RECOMPENSAS
Segundo Lawler (1989, citado por Silva, 2008 e Camara, 2000) um sistema de
recompensas deve estar sintonizado com os factores que os empregados considerem
motivadores no seu trabalho, como o sentido de realização pessoal, o reconhecimento
dos seus pares e das chefias, a progressão da carreira, o estilo de gestão e a
remuneração. Nesse sentido Lawler (1989, citado por Silva, 2008) apresenta uma
dicotomia entre recompensas intrínsecas e extrínsecas que representa as dimensões
compensação e não compensação sugeridas por Henderson (2003). Importa ainda fazer
a distinção entre remuneração total e recompensa total. A remuneração total diz respeito
à retribuição do trabalhador a nível material, ou seja, ao que definiremos como
recompensas extrínsecas. Por sua vez, a recompensa total diz respeito ao “mix” de
retribuição de carácter material e imaterial (recompensas extrínsecas e intrínsecas), pois
considera-se que o trabalhador tem necessidade de ter um salário, mas existem outro
tipo de recompensas que tem a capacidade de manter o individuo motivado.
Segundo Lawler (1989, citado por Silva, 2008) as recompensas extrínsecas podem
ser o salário, os benefícios, os incentivos e o símbolo de estatuto. Neste tipo de
recompensas podemos considerar uma componente fixa (salário fixo) e uma
componente variável (salário variável). Fazem parte da componente fixa o salário que é
um direito adquirido regularmente pelo trabalhador em contrapartida do trabalho
prestado ao empregador, “é o montante em dinheiro ou em espécie, que o empregado
recebe, de forma regular e periódica, como contrapartida do seu trabalho” (CAMARA,
2000; p.155) e os subsídios de carácter regular e periódico como por exemplo, o
subsídio de alimentação, o de turnos, o de prevenção, o de risco, etc. (Wood e
Picarelli,1996, Camara, 2000). Por sua vez, a componente variável é constituída pelos
benefícios, incentivos e símbolos de estatuto. Muitas vezes, esta porção da remuneração
total promove uma motivação efectiva dos trabalhadores no desempenho do trabalho
(Silva, 2008).
Relativamente aos benefícios, Silva (2008) refere que são a componente da
retribuição que tem como intuito dar resposta a necessidades dos trabalhadores, e são
fundamentais para manter os empregados satisfeitos com a organização.
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Podem ser de natureza material e surgem para dar resposta a carências sociais.
Estas componentes podem ser atribuídas a curto ou a longo prazo e podem ser de
carácter social, como por exemplo: complemento do subsídio de doença; seguro de
saúde; seguro de vida; plano de pensões; planos de benefícios flexíveis (flex benefits)
cobrindo a totalidade da população e, específico, direccionado para alguns trabalhadores
tendo em conta as funções e/ou níveis hierárquicos, como por exemplo os - fringe
benefits (planos de automóveis; despesas de representação; viagens; seguros de vida
capitalizáveis. Por sua vez, os incentivos são componentes variáveis de salário de
natureza material, que podem ser de curto ou longo prazo e que pretendem recompensar
elevados desempenhos, ou seja, são atribuídos quando um trabalhador alcance ou supere
um conjunto de objectivos previamente fixados, por acordo entre a empresa e o mesmo,
estimulando comportamentos alinhados com os objectivos da empresa, bem como reter
e motivar pessoas – chave. Os incentivos de grupo são os mais comuns, pois as
empresas reconhecem, cada vez mais, importância do trabalho em grupo na
produtividade. De curto prazo temos as comissões, os prémios e os subsídios de carácter
irregular, sendo que as primeiras são pagas em função dos resultados atingidos pelos
trabalhadores, normalmente correspondem a objectivos individuais, os segundos um
tipo de pagamento que premeiam sobretudo objectivos de equipa e dimensões
comportamentais, que têm como principal objectivo recompensar e motivar a equipa de
acordo com entreajuda, comportamentos, etc e os subsídios de carácter irregular que
dizem respeito, na maior parte das vezes aos subsídios de natal e férias, e são
componentes atribuídas anualmente estando incluídos também a participação nos
lucros. De médio e longo prazo é de destacar a participação accionaria. Existem várias
formas de participação accionaria, de entre elas as mais comuns são os Stocks Options,
que consistem na possibilidade de compra de acções da empresa por um preço abaixo
do mercado, visando a retenção de um conjunto de pessoas chave na empresa e associar
a componente variável da remuneração ao desempenho individual e à evolução dos
resultados do negócio (Hansen, 2003 e Tomlinson, 2001).
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1.2.2. RECOMPENSAS INTRÍNSECAS
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As suas actividades principais prendem-se com a produção e comércio de bens de
consumo, os seus produtos destinam-se essencialmente para consumo nacional. A
Fortaleza, Lda encontra-se sedeada em Luanda/Maianga, onde se encontram os seus
escritórios centrais e conta com três unidades fabris na região periférica da capital. Com
base nos documentos internos facultados, foi possível saber que, no total emprega 250
trabalhadores, sendo que 32% dos trabalhadores se encontra nos escritórios centrais e os
restantes nas unidades fabris. A maioria são efetivos (76%) e a antiguidade média na
empresa ronda os 10 anos. Em relação à distribuição por sexo a maioria dos
trabalhadores é do sexo masculino (61,8%), não existindo assim, uma diferença muito
acentuada. A empresa divide os seus trabalhadores efectivos em managers (quadros
superiores) e não managers, sendo que os managers apenas representam 18% do total.
2.2 MISSÃO
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O conselho de administração: é o órgão que define e executa as linhas estratégicas,
com o objectivo de alcançar os objectivos preconizados pela empresa e bem como o
controlo de gestão e assuntos jurídicos da mesma.
Os departamentos: são unidades orgânicas de segundo nível que partilham entre si as
responsabilidades pelos processos de negócio, garantindo a implementação da estratégia
da empresa.
O sector financeiro: assegurar a gestão dos seus activos de acordo com os objectivos
estratégicos definidos e disponibilizar os registos contabilísticos que satisfaçam as
necessidades institucionais e de controlo da actividade da empresa. Coordenar a gestão
dos fluxos financeiros bem como o controlo e dinamização dos processos de cobrança e
indemnizações decorrentes das actividades da empresa
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2.7 SISTEMA DE RECOMPENSA DA EMPRESA FORTALEZA, LDA
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A remuneração total da Fortaleza, Lda é composta por uma parte fixa e por uma
parte variável: “ A parte fixa é o salário base… que depende das escalas consoante a
categoria do trabalhador e o escalão em que está posicionado… dentro de cada escalão
há um range (um intervalo de valor). Por exemplo, imaginemos o escalão 10 tem entre
1000 e 1500 mil mensais, o 11 entre 1500 e 2000 e por ai fora…”. A remuneração fixa é
estabelecida de acordo com a “função e com o valor do mercado” e a variável distingue
os desempenhos, “serve para diferenciar os trabalhadores com altos desempenhos.
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3. CONCLUSÃO
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Camara, P., Guerra, P. & Rodrigues, J. (2007). Novo Humanator: recursos humanos e
sucesso empresarial. Lisboa: Dom Quixote.
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