Relatório Prática Saponificação

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Relatório Prática Saponificação

Grupo:

Ana Helena Riccardi

Gabriela Fernandes Vieira

Laleska da S. Ferreira

Disciplina: Química Orgânica e Analítica

Curso: Ciências Biológicas Integral

Rio Claro - 02/12/2022


Sumário

1. Objetivo… ..................................................................................................................... 3
2. Introdução…................................................................................................................ 4
3. Materiais e métodos…............................................................................................... 8
4. Resultado e discussão… .........................................................................................10
5. Conclusão….............................................................................................................. 11
6. Bibliografia… ..............................................................................................................12

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1. Objetivo

Produzir sabão por meio da reação de saponificação de óleo e gordura com soda
cáustica; produzir detergente com Lauril Sulfato de Sódio e EDTA e realizar a eficácia
por meio de emulsificação.

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2. Introdução

A saponificação é uma reação que ocorre a partir da interação de um triglicerídeo e


uma base, formando sal (sabão) e glicerol. O produto sal possui uma propriedade
anfifílica, ou seja, ele pode interagir tanto com moléculas polares quanto apolares por
possuir em seu corpo uma parte hidrofílica e hidrofóbica. Como a água e óleo não se
misturam, o sabão consegue conectar essas duas moléculas através de seu corpo.
(ARAÚJO, R et al, 2018)

As gorduras ou óleos são produtos de uma reação química entre um ácido carboxílico
(ácido graxo) e um álcool. Os triglicerídeos podem ser encontrados na natureza tanto
em animais quanto vegetais. Além disso, existem dois tipos de gorduras, os
insaturados que pertencem ao grupos dos óleos e os saturados que são as gorduras.
A diferença entre os dois é que o óleo se mantém em estado líquido em temperatura
ambiente, enquanto que as gorduras se mantêm em estado sólido.

Os sabões e detergentes são tensoativos, o que significa que eles têm a capacidade
de interagir tanto com o óleo quanto com a água. Eles possuem diversas aplicações
domésticas e industriais, nas residências e em indústrias são utilizados para limpeza.

O que diferencia o sabão do detergente é seu processo de formação, sendo o sabão


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obtido pela reação de saponificação e o detergente obtido por uma reação entre álcool
e ácido sulfúrico. Com relação a biodegradabilidade entre o sabão e o detergente, o
sabão é mais biodegradável pois não apresenta ramificações nas cadeias, sendo
degradado mais facilmente pelos microorganismos. Já os detergentes não são
biodegradáveis. Para isso, precisa ser adicionado durante a formação do tensoativo o
Sulfonato de Áquila Linear (ALS), que possui a cadeia linear permitindo sua
decomposição.

No quesito poder de limpeza o detergente é mais efetivo do que o sabão porque não
possuem gorduras saponificadas em sua composição, já que durante o processo de
saponificação existe um teor de gordura que sobra da reação. Por um lado isso é um
ponto vantajoso para o sabão, pois repõe a camada de gordura que foi retirada da
pele, enquanto que o detergente apenas retira podendo provocar alergias. Os
tensoativos, os aniônicos apresentam uma alta umectância, elevado grau de
detergência e um alto poder espumante (SILVA, 2011).

Os detergentes sintéticos (são em geral aniônicos) podem ou não conter tensoativos


biodegradáveis, pois são derivados do petróleo, de matéria-prima não renovável.
Atualmente, todos os produtos devem conter tensoativos biodegradáveis conforme
exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

No entanto, os detergentes não são apenas surfactantes. Eles também contêm


substâncias chamadas sequestrantes, que atuam para melhorar a limpeza em água
dura (que contém maiores concentrações de íons de cálcio e magnésio, que dificultam
a ação de sabões e detergentes) (ECYCLE).

Existem tensoativos artificiais, que são os mais comuns e mais utilizados e existem os
tensoativos naturais como por exemplo a saponina, que pode ser encontrada em
plantas. No meio ambiente, dependendo da sua capacidade de biodegradação e
aplicação do tensoativo artificial eles podem ser benéficos ou maléficos.

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Um exemplo em que possa se beneficiar de tensoativos na natureza é o tratamento
de solo contaminado com petróleo. A contaminação do solo por poluentes orgânicos
é uma grande questão atual no mundo que deve ser cuidada. O uso trivial,
indiscriminado, vazamentos e derramamentos de hidrocarbonetos de petróleo
acarreta na contaminação do solo e de lençóis freáticos. Esse tipo de contaminação
é um processo complicado de se reverter e de recuperar o substrato.

O contato entre a população e o solo contaminado pode comprometer a saúde pública


e o meio ambiente. Além disso, hidrocarbonetos de petróleo e derivados podem ser
alcanos saturados, alcanos insaturados e ainda podem ser aromáticos, sendo ainda
mais prejudiciais, podendo afetar o crescimento de plantas e comprometer a saúde
humana.
A partir disso, como forma de tentar reverter a situação do solo inicia o uso de
tensoativos para dissolver os contaminantes do solo. (GUEDES,C et al, 2010).

Um malefício do uso de detergentes é a adição de agentes sequestrantes como o


tripolifosfato de sódio, que leva à eutrofização dos corpos d'água, pois são nutrientes
para as algas e, quando vão parar em lagos, favorecem sua reprodução. O
crescimento excessivo de algas pode causar problemas para a vida aquática,
perturbando o equilíbrio natural e reduzindo o oxigênio dissolvido na água. (ECYCLE).

Por isso, há uma pressão cada vez maior para retirar essa substância e substituí-la
por outra de menor impacto ambiental. Muitas indústrias já estão reduzindo e retirando
esse ingrediente de suas formulações (ECYCLE).Outro malefício a se destacar é que
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geralmente eles possuem características alergênicas para algumas pessoas. Com
isso, necessita-se a busca de alternativas de tensoativos que sejam biodegradáveis e
que não afetem o meio ambiente (GUEDES,C et al, 2010).

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3. Materiais e métodos

· Materiais

Óleo usado ou banha vegetal

Soda cáustica (NaOH)

Etanol

Lauril Sulfato de Sódio

EDTA

Béqueres de vidro e polipropileno

Bastão de vidro e polipropileno

Pipeta graduada

Pipetador tipo pêra

· Métodos

a) Sabão

Pesar em um béquer de plástico (polipropileno) de 250 mL cerca de 6,0 g de soda


cáustica (NaOH)

Dissolver os 6,0 g de soda cáustica em 19 mL de água destilada

Acrescentar 25 g de gordura derretida e 14 mL de óleo usado no béquer com a


solução de soda cáustica

Adicionar 25 mL de etanol no béquer

Agitar bem o material com o bastão de polipropileno por cerca de 20 minutos até
endurecer

Transfira para o pote adequado

b) Detergente

Pesar 1,25 g de Lauril Sulfato de Sódio

Pesar 0,25 g de EDTA

Transfira para um béquer de vidro de 250 mL e dissolva em 25 mL de água destilada


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Corrigir o pH até 10, usando soda cáustica diluída a 6 mol

Diluir para 225 mL de água destilada

c) Propriedades do sabão e do detergente

No béquer em que foi preparado o sabão, adicionar aproximadamente 30 mL de água


e dissolver com o bastão. Reserve
1) Amolecimento de H2O

Pipetar 5 mL da solução de sabão e transfira para um béquer de 100 mL

Dilua em 50 mL de água destilada

Adicionar uma pequena quantidade de CaSO4 ou giz

Agitar e observar.

Repetir todo o processo com o detergente.

2) Emulsificação do òleo

Misturar 5 gotas de óleo em 5 mL de sabão em um tubo de ensaio

Agitar e deixar em repouso por alguns por alguns minutos

Observar o resultado

Repetir o mesmo processo com o detergente

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4. Resultado e discussão

Sabão
No experimento do sabão realizamos a reação de saponificação de gordura e óleo
com soda cáustica. Durante o processo de agitação da mistura se foi verificado uma
série de padrões de textura e cor, sendo inicialmente levemente translúcido com cor
amarelo escuro e ao final do experimento a consistência encontrou-se pastosa e com
a cor amarelo claro.

Detergente
Para formar o detergente foi utilizado o Lauril Sulfato de Sódio e o EDTA. No início e
no fim do experimento a solução se manteve transparente. Notou-se apenas a
formação de bolhas durante a agitação da mistura. A formação de bolhas é resultado
da ação do tensoativo que quebra a tensão superficial da água.

Amolecimento de H2O
Foi realizada uma dissolução em água destilada e a adição de giz nos materiais
produzidos no laboratório. A dissolução do sabão em um béquer apresentou um
precipitado, já a solução de detergente não foi precipitada. A razão pela qual a solução
de detergente não teve precipitado é que o EDTA captura os íons de cálcio, o que não
ocorre na solução de sabão.

Emulsificação do òleo
No experimento de emulsificação foram separados dois tubos de ensaio, em que cada
um deles irá determinar a capacidade de emulsificação do sabão e do detergente. Foi
verificado que no tubo de ensaio onde continha sabão e óleo não houve separação
de fases, já no tubo de ensaio com detergente e óleo apresentou duas fases.

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5. Conclusão

No processo de formação tanto do sabão quanto do detergente foram bem


sucedidos. O experimento de amolecimento de H2O mostrou que o sabão não foi
tão efetivo quanto o detergente na hora de reagir com o giz, resultando na produção
de precipitados. O detergente se mostrou capaz de reagir com o giz por conta da
presença de EDTA, que se liga com os íons de cálcio, impedindo a formação de
precipitados.

Em contrapartida, no experimento de emulsificação do óleo, quem foi mais efetivo foi


o sabão, mantendo a mistura com apenas uma fase, enquanto que no detergente
apresentou 2 fases na mistura, sendo não tão eficiente assim. Podemos concluir que
o sabão terá melhor resultado em certas situações, da mesma forma com o
detergente.

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6. Bibliografia

1. GUEDES, C. L. B. et al. Tratamento de Solo Contaminado com Petróleo


Utilizando Tensoativos e Peróxido de Hidrogênio. Semina: Ciências Exatas e
Tecnológicas, v. 31, n. 2, p. 87, 15 dez. 2010.Daniele Oshita; Isabel C. S. F.
Jardim. Comparação de métodos por cromatografia líquida na determinação de
multirresíduos de agrotóxicos em morangos, 2015. Disponível
em:http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6319
2. DIGITAL, P. E. REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO: ENSINO DA QUÍMICA
CONTEXTUALIZADA E EXPERIMENTAL NO ESTUDO DOS LIPÍDIOS.
Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/48833>. Acesso
em: 8 dez. 2022.
3. PEREIRA DA SILVA, A. et al. AVALIAÇÃO DA BIODEGRADABILIDADE DE
DETERGENTES COMERCIAIS. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://www.uniube.br/eventos/entec/2011/arquivos/quimica2.pdf>.
4. O impacto ambiental do sabão e do detergente - eCycle. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/impactos-do-sabao-e-detergente/>.

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