Como Fazer Intubação de Sequencia Rapida
Como Fazer Intubação de Sequencia Rapida
Como Fazer Intubação de Sequencia Rapida
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Sobre nós:
Socorrista por amor, é um projeto que oferece
conhecimentos de, qualificação e capacitação
profissional na área da saúde.
- O que é?
Quando fazer?
Como fazer?
1 - Preparação
2 - Pré-oxigenação
3 - Pré-intubação (otimização)
4 - Paralisia COM indução
5 - POSICIONAMENTO
6 - POSICIONAMENTO COM COMPRovação 7 – Pós-intubação
AcrEDITAMOS que, apesar de dividir BEM os passos da ISR, o uso de 7 le- tras iguais
não facilita a MEMORIZação dos passos (que é UM ponto IMPOR- tante para a
ASSIMILAÇÃO do prOCEDIMENTO e de grande ajuda para evitar ESQUECIMENTO de
passos-chave do processo) e, abordarEMOS aqui, UMA nova MANEIRa de detalhar
os passos da ISR.
1. Tudo pronto
2. Oxigena
Para realizar UMA oxigenação adequada deve-se ofertar oxigênio a 100% (bolsa-
vÁLVULA-MÁSCARa COM reservatório ligada a UMA fonte de oxigênio COM Vazão de
15L/MIN e garantindo UMA vedação adequada da MÁSCARa no paciente) durante
três MINUTOS ou através da realização de oito res- pirações COM CAPACIDADE vital
COM oferta de oxigênio de MANEIRa SEME- lhante.
Alguns pacientes não são tão fáceis de oxigenar. Obesos, PNEUMOPATAS e ASMÁTICOS
reprESENTAM BEM essa situação. Nesses casos, ALÉM de lançar MÃO de estratégias
COMO o uso da Ventilação Não-Invasiva (COMO vere- MOS a seguir), PODEMOS
realizar TAMBÉM a oxigenação apneica, processo que consiste EM, durante a ISR
(COM o paciente EM apneia, daí o NOME) ofertar oxigênio por MEIO de cateter
nasal COM a MAIOR vazão possível, processo que AUMENTARá o TEMPO até a
dessaturação dos pacientes.
3. Primeiro otimiza
É IMPOR tante que nossas condutas COM os pacientes, antes de tudo, não CAUSEM
piora do seu quadro ou CRIEM novos agravos. Sabendo disso, de- vEMOS indicar
prOCEDIMENTOS COM CAUTELA e traçar estratégias para que SEJAM BEM-sucedidos.
ASSIM COMO outros prOCEDIMENTOS, a intubação não é UM processo inó- cuo.
Quando opTAMOS por realizá-la, devEMOS ter EM MENTE UM plano (MAIS de
UM, na verdade) para que durante todo o período peri-intubação (antes, durante
e depois) a fisiologia do paciente MANTENHA-se o MAIS estável possível (evitando
COMPLICAÇÕES COMO AUMENTO de MORBIMOR tali- dade, prOLONGAMENTO de TEMPO
de internação, dentre outros). OTIMIZar o processo de intubação vai MUITO ALÉM de
posicionar (rAPIDAMENTE) o tubo endotraqueal na via aérea do paciente. Trata-se
de garantir, no MÍNIMO, que não haja hipotensão IMPORtante (PAS <90MMHG)
e dessaturação IMPOR tante (SO2 <90%). Nos pacientes que não PODEM SOfrer
alterações significativas da pressão ou da frequência cardíaca, devEMOS TAMBÉM
garantir que a reação ao esTÍMULO da laringoscopia não seja UM prOBLEMA.
NUNCA ESQUEÇA: a utilização de MEDICAÇÃO visando reduzir essa res- posta não
é obrigatória e suas consequências devEM SER CAUTELOSAMENTE ponderadas antes de
decidir utilizá-la. Não há evidência que sustente o uso rotineiro de analgesia COMO
MEDICAÇÃO pré-intubação. Está contrain- dicado seu uso EM pacientes
HEMODINAMICAMENTE instáveis.
UMA alternativa ao uso de fentanil para redução da resposta SIMPÁTICA pode ser
a utilização de anestésico tópico na via aérea (COMO opções de aplicação por
ATOMIZador, injeção local ou MESMO nebulização).
Hipóxia
A pré-oxigenação é UMA etapa obrigatória da ISR. PorÉM, alguns pacien- tes não
apresentarão UMA resposta adequada à oferta de oxigênio atra- vés de bolsa-
vÁLVULA-MÁSCARa (SEM utilizar pressão positiva). Para esses pacientes, pode-se
realizar a pré-oxigenação COM auxílio de BiPAP ou CPAP (pressões positivas
contínuas ou EM dois níveis nas vias aéreas). Deve-se observar que a pressão
inspiratória utilizada não deve ultrapas- sar 20MMHG para que o ar inspirado não
vença a resistência da epiglote e vá para o esTÔMAGO, AUMENTANDO a chance de
vÔMITOS e consequente broncoaspiração.
Esse passo “batiza” a ISR, visto que a sequência rápida consiste na ADMI- nistração
de UM agente hipnótico potente EM dose suficiente (e pré-cal- culada) para
induzir perda de consciência IMEDIATA seguida pela ADMINIS- tração prATICAMENTE
SIMULTÂNEA de UM agente bloqueador neurOMUSCULAR de ação rápida para causar
paralisia e PERMITIR a intubação orotraqueal.
NUNCA ESQUEÇA: Não há UMA droga excelente para todos os pacien- tes.
QUEM Vai “dizer” a MELHOR droga a ser utilizada EM CADA caso é o seu paciente (de
acordo COM SUA patologia e estado HEMODINÂMICO).
CARDIOPOSITIVAS
• Cetamina
A ceTAMINA é UM derivado da fenciclidina que fornece analgesia, aneste- sia e
AMNÉSIA significativas COM efeito MÍNIMO no drive respiratório. Esti- MULA a
liberação de CATECOLAMINAS ALÉM de AUMENTAR a ação do sisTEMA nervoso
SIMPÁTICO causando AUMENTO da frequência cardíaca e pressão arterial (caso haja
reserva CATECOLAMINÉRgica).
Ela age ainda causando relaxAMENTO da MUSCULATURa lisa dos brônquios,
produzindo brocodilatação, o que a faz UMA excelente escolha na intuba- ção de
pacientes COM doenças reativas de vias aéreas.
É TAMBÉM CONSIDERada a droga de escolha para realização de ISR EM pacientes
hipovOLÊMICOS, hipotensos ou HEMODINAMICAMENTE instáveis, incluindo aqueles
COM SEPSE. EM pacientes NORMOtensos ou hipertensos COM doença cardíaca
• Etomidato
O eTOMIDATO é UM derivado IMIDAZólico que é PRIMARIAMENTE UM agen- te
hipnótico e não possui ação analgésica. Apresenta MUITO pouca ação sobre o
sisTEMA cardiovascular, sendo UMA droga de excelente escolha para indução de
pacientes que PODEM SER prejudicados caso SEJAM SUB- MEtidos à variações
IMPOR tantes de pressão arterial. Atenua a pressão intracraniana (PIC) SEM
prejudicar a pressão de perfusão cerebral (PPC). Não libera hisTAMINA e é seguro
para ser usado EM pacientes COM doença reativa das vias aéreas.
A dose de indução padrão do eTOMIDATO é de 0,3MG/kg, considerando o peso
corporal MAGRo. Apresenta TEMPO de início de ação variando de 15 a 45 segundos
e UMA duração de efeitos de até 12 MINUTOS.
Muito se fala sobre a utilização do eTOMIDATO EM pacientes COM SEPSE. A literatura
encontra defensores e acusadores de seu uso. O fato é que ne- NHUM dos
trabalhos usados para levantar suspeitas EM relação ao eTOMI- dato foi delineado
ou tinha poder estatístico para observar seus efeitos, e a literatura atual resulta EM
opiniões DIAMEtrALMENTE opostas apoiando ou refutando o uso de eTOMIDATO.
Muito poucos pacientes forAM arrolados EM ensaios clínicos controlados e
rANDOMIZados. NENHUM estudo prospectivo, grande e rANDOMIZado que tenha
tido poder estatístico adequado para detectar UMA pequena diferença na
MOR talidade ou na PERMANÊNCIA hospitalar, EM UTI ou EM ventilação MECÂNICA,
CARDIONEGATIVAS
• Propofol
O propofol é UM derivado do alquilfenol COM propriedades hipnóticas. Não
causa liberação de hisTAMINA MAS possui ação vasodilatadora e de- pressora
MIOCÁRdica direta, levando à hipotensão. Não é UMA boa escolha para pacientes
HEMODINAMICAMENTE instáveis, visto que pode piorar seu estado HEMODINÂMICO
e reduzir sua PPC.
Possui ação broncodilatadora e anticonvulsivante, fazendo dele UMA boa opção
para pacientes COM doença reativa de vias aéreas e pacientes in- tubados por
crises convulsivas.
ASSIM COMO a ceTAMINA, sua dose de indução é de 1,5MG/kg. Seu TEMPO para
início de ação varia entre 15 e 45 segundos, COM UM efeito COM du- ração de até
10 MINUTOS.
Sua infusão pode ser bastante dolorosa, efeito colateral que pode ser re- duzido
ou evitado realizando-se a aplicação de 2-3ML de lidocaína a 1% antes da infusão
do propofol ou MESMO JUNTAMENTE COM o propofol NUMA proporção de 10:1
(10ML de propofol para 1ML de lidocaína a 1%).
• Midazolam
O MIDAZOLAM, COMO representante da classe dos benzodiazepínicos age
causando depressão do SNC MANIFestada por AMNÉSIA, ansiólise, relaxa- MENTO
MUSCULAR, sedação, efeitos anticonvulsivantes e hipnose.
Apesar de ser AMPLAMENTE utilizado, devido às suas características far-
MACOCINÉticas, é considerado UM agente indutor RUIM, devendo ser a úl- TIMA
opção dentre as drogas aqui citadas. Apresenta dose de indução de 0,2 a
O uso de ABNM é ponto FUNDAMENTAL na ISR, fazendo parte de sua de- finição.
TEM COMO objetivo reduzir os riscos de aspiração, e oTIMIZar as condições para
intubação endotraqueal.
NUNCA ESQUECER: os ABNMs não fORNECEM analgesia, sedação ou AMnésia.
Caso o paciente não apresente indicação de via aérea IMEDIA- ta, NUNCA devEM
SER utilizados SEM outras MEDICAÇÕES associadas.
• Succinilcolina
ATUALMENTE, a succinilcolina (ou suxAMEtônio) é o ABNM MAIS utilizado na ISR na
EMERgência. Ela é UM BNM despolarizante, efeito evidenciado pela presença de
fasciculações, rAPIDAMENTE seguidas de paralisia COM- pleta.
TEM COMO contraindicação absoluta a presença de história pessoal ou fAMILIAR de
hiper TERMIA MALIGNA e presença de MIOPATIAS hereditárias.
COMO efeitos colaterais que devEM SER considerados na escolha do ABNM,
TEMOS o AUMENTO da PIC causado pela succinilcolina, AUMENTO dos níveis séricos
de potássio (ESPECIALMENTE EM pacientes VÍTIMAS de QUEIMADURas, desnervações,
lesões por ESMAGAMENTO e pacientes aca- MADOS, todas essas situações COM UM
TEMPO de segurança de até 72 horas. Após esse período, pode ser prudente
escolher UM ABNM não despolarizante).
RECOMENDAMOS não utilizar a succinilcolina na presença de hipercale- MIA COM
• Rocurônio
O rocurônio faz parte da classe ABNM não despolarizantes ou COMPE- titivos,
que COMPETEM e BLOQUEIAM a ação da acetilcolina e não CAUSAM fasciculação.
Dentre os representantes da classe, é ele que apresenta os MENORes TEMPOS de
início de ação e duração de efeito.
UMA característica do rocurônio é a possibilidade de reversão do seu efeito COM
uso de inibidores da acetilcolinesterase, prOCEDIMENTO prati- CAMENTE nunca
indicado após o MANEJO de EMERgência da via aérea.
A dose de 1,0 a 1,2MG/kg de rocurônio é suficiente para produzir pa- ralisia
adequada para realização da intubação dentro de 60 segundos (TEMPO de início
de ação). Seu TEMPO de ação é de até 60 MINUTOS.
O uso do rocurônio apresenta vantagens e desvantagens quando COM- parado
ao uso da succinilcolina. É UMA droga COM CUSto MAIS elevado e necessita de
refrigeração para ser ARMAZenado. Por outro lado, não apresenta as
contraindicações que a succinilcolina apresenta.
EM relação à capacidade de bloqueio e condições adequadas para intu- bação,
quando ADMINIStrados EM doses equivalentes, AMBOS apresen- TAM igual
eficácia.
5. Eixos alinhados
As MEDIDAS descritas até agora TÊM UM único objetivo: realizar UMA intu- bação
COM SUCESSO. COMO VIMOS antes, o sucesso da intubação está EM MANTER a
estabilidade do paciente durante todo o processo, inclusive o pós-intubação. É
disso que se trata esse passo.
Conhecendo as possíveis COMPLICAÇÕES que COMUMENTE PODEM SURgir após a
intubação PODEMOS antecipar-nos a elas evitando que o paciente piore.
A PRIMEIRa MEDIDA após a PASSAGEM de tubo endotraqueal e insuflação do cuff é
CONFIRMAR que o paciente está deVIDAMENTE intubado. Para isso, deve-se lançar
MÃO da capnografia de onda.
PorÉM, devEMOS, ALÉM de MONITORIZar o paciente através da capnografia
(MANTENDO as MONITORIZações adicionais que o paciente já estava utili- zando),
utilizar outras técnicas COMO ausculta e radiografia de tórax (al- guns estudos
MOStrAM que até 60% das intubações seletivas não são detectadas através do
exAME físico isolado).
Após CONFIRMAÇÃO inicial de que o tubo endotraqueal está posicionado, devEMOS
fixá-lo para evitar DESLOCAMENTO/extubação acidental.
Conecta-se o paciente à ventilação MECÂNICA, ajusta-se os parÂMEtros
do ventilador, solicita-se vaga de uti, exAMES e pareceres necessários. Caso haja
hipotensão IMPOR tante, considerar causas COMO PNEUMOtórax,
DIMINUIÇÃO do retorno venoso (causada pela pressão positiva durante a
inspiração proporcionada pela ventilação MECÂNICA, naturALMENTE antifi-
siológica), reação às MEDICAÇÕES utilizadas durante a indução e até MES- MO
disfunção cardiogênica.
Conclusão: