Guia Iot
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INTUBAÇAO
OROTRAQUEAL
OPA, BOM TE VER POR AQUI!
A gente sabe que intubação orotraqueal é um assunto que apavora muita gente…
Mas calma! Nosso objetivo aqui é justamente te explicar um pouco mais sobre esse
procedimento para que você aperfeiçoe o atendimento nos plantões e não vacile
diante de um paciente nessas condições.
Para isso, trouxemos esse e-book para vocês! Nele você vai encontrar uma abordagem
completa sobre este procedimento, desde a indicação, técnica e até os cuidados
pós-intubação.
Vale lembrar que este guia traz um tema bastante abordado no PSMedway, nosso
curso de Medicina de Emergência que te ensina a conduzir as patologias mais graves
da Sala de Emergência e a se sentir seguro para atuar em qualquer PS do Brasil por
meio de simulações realísticas e aulas sucintas, objetivas e que entregam tudo o
que você precisa saber para exercer a Medicina com qualidade!
Esperamos que com este guia você tenha mais segurança nos plantões e na
realização da intubação orotraqueal. Essa é mais uma forma de estarmos ao seu
lado! Aproveitem!
• Extra I: Tabela de medicações para IOT - Exatamente o que você precisa para usar no seu
plantão!
Vamos lá!
SUMÁRIO
QUEM SOMOS..............................................................................................................................4
CONCLUSÃO............................................................................................................................... 19
ANEXOS........................................................................................................................................20
NOSSA MISSÃO....................................................................................................................20
DÚVIDAS................................................................................................................................23
QUEM SOMOS
Somos um time de médicos formados nas principais instituições de São Paulo, mas
chegar até aqui não foi nada fácil. Todos nós passamos em algum momento pelas
dificuldades que você pode estar enfrentando agora na sua carreira.
Justamente por isso, e porque gostaríamos de ter tido alguém para nos orientar lá
atrás, tomamos a decisão de criar a Medway. Depois de muito estudo, trabalho duro
e dedicação total, conseguimos montar cursos que nos enchem de orgulho, porque
sabemos que fazem a diferença na preparação dos nossos alunos seja para as provas
de residência médica ou para atuar com segurança em qualquer PS do Brasil.
Em menos de dois anos, já são mais de 2500 alunos impactados por uma metodologia
diferente. Leve, objetiva e verdadeira. Sem dúvidas, esse último é o nosso maior
diferencial.
Não te enrolamos e nem falamos o que você quer ouvir. Não generalizamos. Te
tratamos com respeito. Da forma como gostaríamos de ser tratados. Muitos nos
veem como professores ou mentores. Nós gostamos de nos enxergar como aquele
veterano que você admira pelo conhecimento técnico, mas também pela didática e
pelo lado humano.
Boa leitura!
Este grupo inclui não apenas pacientes hipoxêmicos com dessaturação e desconforto
respiratório, mas também pacientes com distúrbios ventilatórios e retenção de CO2, também
conhecido com insuficiência respiratória hipercápnica, ou insuficiência respiratória tipo 2.
3. CURSO DA DOENÇA
Nesse grupo incluímos todos os pacientes com algum preditor de piora no quadro clínico nos
quais podemos antecipar o procedimento de intubação para realizá-lo em um momento mais
seguro para o paciente. Como exemplo podemos citar os pacientes com doença pulmonar
grave em evolução com risco de evolução para insuficiência respiratória e fadiga muscular
nas próximas horas.
4. SITUAÇÕES EXTREMAS
Preparação
Pré-oxigênação
Posicionamento
Pré-tratamento
Paralisia e indução
Passagem do tubo
Pós intubação
PREPARAÇÃO
A preparação é uma das etapas mais importantes do procedimento, ela inclui a indicação de
intubação, orientação do paciente e equipe sobre o procedimento, separação do material,
monitorização do paciente, escolha de medicações, avaliação de preditores de via aérea difícil
e planejamento da técnica a ser utilizada (Planos A, B, C…).
• Laringoscópio
° Escolher a lâmina adequada para o tamanho do paciente (Adulto lâmina 3 e 4)
° Testar a lâmpada do laringo
• Dispositivo bolsa-válvula-máscara
• Estetoscópio
• Lubrificante spray
PRÉ-OXIGENAÇÃO
Essa etapa é fundamental para garantir maior segurança na realização do procedimento. Pré-
oxigenar um paciente consiste em ofertar oxigênio a uma FiO2 de 100% por meio da máscara
não reinalante ou dispositivo bolsa-válvula-máscara por 6 a 8 minutos, com objetivo de
aumentar a concentração de oxigênio nos alvéolos, fazendo com que o paciente tolere, durante
a laringoscopia, um maior tempo de apneia sem dessaturar. Durante a pré-oxigenação, se o
paciente tiver drive respiratório, não é necessário a ventilação com pressão positiva, apenas a
oferta de oxigênio por meio da máscara.
Espera-se que durante essa etapa o paciente atinja saturações próximas a 100%, porém, em
situações de patologias pulmonares, isso nem sempre será possível, por isso, aqui vão algumas
dicas que podem otimizar a pré-oxigenação do seu paciente:
POSICIONAMENTO
O posicionamento do paciente pode ser a diferença entre você conseguir ou não visualizar
a via aérea. É uma etapa fundamental antes da laringoscopia que otimiza e retifica a via
aérea, de modo a facilitar tanto a intubação quanto a ventilação do paciente caso um resgate
ventilatório seja necessário.
Em pacientes obesos apenas o coxim suboccipital não é suficiente para garantir uma posição
adequada e para isso utilizamos o que chamamos de “rampa”. Realizamos a rampa colocando
coxins desde a região dorsal do paciente (aproximadamente na altura da coluna lombar) até
a região occipital, conforme demonstrado na figura abaixo:
A B
PRÉ-TRATAMENTO
A etapa do pré tratamento é o momento que deixaremos nosso paciente pronto para ser
intubado. Isso inclui otimizar o status hemodinâmico do paciente, objetivando uma PAM >
65 mmHg ou uma PAS > 90mmHg, ainda que seja necessário administração de soluções
cristalóides ou drogas vasoativas. Além disso, avaliamos nesse momento a necessidade de
administrar medicações analgésicas ou broncodilatadoras com fentanil e lidocaína para
melhor segurança do procedimento. As indicações, doses e contra indicações dessa medicação
serão discutidas na Parte III deste ebook.
PARALISIA E INDUÇÃO
As medicações utilizadas para sedação e bloqueio, bem como suas indicações, contra
indicações, tempo de ação e efeitos colaterais serão discutidas na Parte III deste e-book.
A passagem do tudo é a intubação propriamente dita, mas observe que para chegar até aqui
5 etapas foram necessárias para que o seu procedimento fosse realizado de uma forma segura
e com maior chance de sucesso.
A laringoscopia deve ser realizada com o laringoscópio na mão esquerda, entra-se pelo lado
direito da boca, introduzindo o laringo até chegar na valécula. Nesse momento realiza-se um
movimento com o laringo para cima e para frente.
PÓS INTUBAÇÃO
Após confirmado o posicionamento deve-se fixar o tubo com material apropriado e solicitar
um RX de tórax. Na imagem do RX a cânula de IOT deve estar posicionada à 2cm da carina,
conforme figura abaixo:
Nesta seção trazemos para vocês uma descrição das principais medicações utilizadas na SRI,
tanto na pré-medicação, quanto medicações sedativas e bloqueadores neuromusculares.
Antes de decidir se você irá ou não utilizar uma droga no pré-tratamento, duas análises
deverão ser feitas:
2. O meu paciente tolera os efeitos adversos das drogas utilizadas na pré- medicação?
Se você estiver convencido de que o paciente preenche esses dois requisitos, então considere
realizar o pré-tratamento. Muitas das medicações utilizadas como agentes indutores na
SRI têm efeito hipnótico, mas nem sempre irão proporcionar analgesia. Frente a isso,
durante a laringoscopia e passagem do tubo orotraqueal há estímulo das vias simpáticas e
parassimpáticas presentes na laringe, faringe e carina traqueal e esse estímulo é responsável
por causar importante bradicardia (visto principalmente em crianças) e, nos adultos, são
gatilhos de estimulação adrenérgica e causam aumento da pressão arterial sistêmica e da
pressão intracraniana. Agora imagine que você irá intubar um paciente com dissecção aórtica
aguda ou com hematoma subdural e sinais de herniação - concordam que é iatrogênico
piorar o quadro clínico desses pacientes ao causar esse incremento pressórico?
Outra informação importante: para ter o efeito desejado, um pré-tratamento deve ser
instituído cerca de 3 minutos antes da laringoscopia. Nem sempre dispomos desse tempo
em um paciente grave e, nesses casos, devemos reconsiderar se a indicação de um pré-
tratamento não causará mais efeitos indesejados do que benefícios.
a. Lidocaína (1,5mg/kg)
Indicada para suprimir os efeitos da manipulação das vias aéreas nos pacientes asmáticos (por
reduzir a resistência das vias aéreas) e com hipertensão intracraniana. Não deve ser utilizada
em pacientes com bloqueio atrioventricular de alto grau (Mobitz II ou BAVT) devido o risco de
agravamento e instabilização.
Um opióide potente de curta duração poderá ser indicado somente se houver tempo suficiente
para sua ação E o paciente estiver normotenso ou hipertenso E em um contexto clínico que
o estímulo adrenérgico seja deletério (como uma emergência hipertensiva). Atenção: se
administrado em altas doses e em curto período de tempo, o paciente poderá experimentar
a “síndrome do tórax rígido”, caracterizada por apneia e importante dificuldade de ventilação
com sistema bolsa-válvula- máscara decorrente de rigidez muscular idiosincrática. O quadro
é resolvido ou minimizado com a administração de um bloqueador neuromuscular.
MEDICAÇÕES SEDATIVAS
a. Etomidato (0,3mg/kg)
Uma das drogas que menos interfere na hemodinâmica, o etomidato apresenta início de ação
entre 15 a 45 segundos e duração de sedação entre 3 a 12 minutos (é só pra dar uma noção de
tempo, não precisa decorar!) Apesar de ser um bom sedativo, não apresenta adequado efeito
analgésico.
Indicação:
Com início de ação um pouco mais demorado (entre 30 a 60 segundos) e duração de ação
entre 15 a 30 minutos, o midazolam é uma boa indicação para intubação do paciente com
estado de mal epiléptico e que esteja normotenso. No contexto de emergência, tem indicação
mais restrita pelo efeito hipotensor moderado (podendo reduzir em até 25% da pressão arterial
sistêmica em pacientes saudáveis). Portanto, em um contexto de choque, prefiram utilizar
cetamina ou etomidato devido à melhor performance hemodinâmica.
Indicações:
Indicações:
• Hipotensos
Evitar:
Uma das melhores drogas para procedimentos devido seu rápido início de ação (15 a 45
segundos) e tempo reduzido de manutenção da sedação (5 a 10 minutos). Apresenta efeito de
supressão da atividade simpática, causando depressão miocárdica e vasodilatação periférica
(tais efeitos promovem queda de cerca de 10mmHg na PAM). Atenção: por ser formado a
partir de um lipídio altamente solúvel, pode provocar hipertrigliceridemia (inclusive, os níveis
de triglicerídeos séricos devem ser regularmente monitorados naqueles paciente que estão
fazendo propofol em infusão contínua e em nutrição parenteral - por receber alto influxo
lipídico na dieta).
Indicações:
• Procedimentos
• Broncoespasmo
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
• rabdomiólise
I II III IV
Grau 3 - Somente epiglote visível - Nesse caso você não deve intubar o paciente sem conseguir
identificar adequadamente a via aérea do paciente. Alguma alternativas são:
• Reposicionamento do paciente
• Se não houver sucesso com as manobras acima, considere despertar o paciente (quando
possível) ou indicar uma cricotireoidostomia
Grau 4 - nem glote e nem epiglote visíveis - Tente passar uma máscara laríngea para ventilar
o paciente OU nos casos extremos que você não conseguir ventilar, a cricotireoidostomia
cirúrgica é uma possibilidade). Os pacientes com Cormack-Lehane grau 4 preferencialmente
deverão ser intubados eletivamente, despertos e por broncoscopia, mas, no contexto de
emergência, as condutas propostas no cormack 3 são possibilidades.
A capnografia é o método mais confiável de confirmarmos que o tubo está posicionado na via
aérea - por isso é tão lembrado e importante. A pressão parcial de CO2 terá uma representação
gráfica (capnograma), que assumirá diferentes formas de acordo com o contexto clínico. Por
exemplo, se você intubar um esôfago, não formará curva; já, se estiver bem posicionado o
tubo, a cada ventilação há formação de uma curva de PCO2 expirado.
Na primeira figura vemos uma curva de capnografia normal, com PCO2 na expiração em
torno de 35 a 40 mmHg, enquanto ao lado não vemos a formação de uma curva - compatível
com intubação esofágica.
Esperamos que os temas acerca da Intubação Orotraqueal fiquem mais claros e que esse
material tenha acrescentado no aprendizado de vocês, desejamos muito sucesso nos
procedimentos de vocês!
Pré-tratamento
Sedativos
Bloqueadores neuromusculares
SUCCINILCOLINA
1.5 MG/
100MG (PÓ - diluir 45 S 6-10 MIN 1 FR
KG
em 10ml de SF)
E AÍ, GOSTOU?
Com este material, esperamos que os temas acerca da Intubação Orotraqueal fiquem mais
claros e que esse material complemente o aprendizado de vocês.
Apesar de interessante, o foco total em uma estação de intubação deve ser o adequado passo
a passo do procedimento! Fechou?
Todos os nossos esforços na Medway são voltados para uma única missão: melhorar
a assistência em saúde no Brasil. Por meio de um ensino sólido em Medicina de
Emergência e uma excelente preparação para as provas de Residência Médica,
acreditamos que nossos alunos se tornarão médicos ainda melhores do que eram
antes!
Começamos há pouco tempo, mas já alcançamos alguns feitos que nos enchem de
orgulho. Em 2019, fizemos o curso presencial de prova prática com maior número de
alunos do país, o CRMedway. E em 2020, montamos os primeiros cursos preparatórios
de residência médica voltado exclusivamente para as principais bancas de São
Paulo: o Extensivo SP e o Intensivo SP!
Além disso, desde 2017 contamos com um projeto de Mentoria para nossos alunos,
que já contou com mais de 1500 alunos.
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intubação orotraqueal, você dominará o medo dos plantões de pronto-socorro e elevará o
nível da sua assistência.
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e que fizeram com que alguns dos nossos mentorados tivessem resultados superiores a 80%
nas provas de residência, como mindset, planejamento, organização, motivação, constância,
priorização, dentre muitos outros!
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ao longo de 1 ou 2 anos de forma direcionada para as instituições mais concorridas de SP,
como USP, Unifesp, Unicamp, e outras. Entre as opções está o Extensivo Programado (2
anos) que é composto de 4 cursos: o Extensivo Base e a Medway Mentoria no primeiro ano,
e o Extensivo São Paulo e o Intensivo São Paulo no seu segundo ano. Tanto o Extensivo
Base quanto o Extensivo São Paulo também são vendidos separadamente, sendo o Extensivo
São Paulo a melhor opção para quem quer se preparar em 1 ano com foco nas provas de SP!
Todos os Extensivos da Medway são compostos de videoaulas completas, apostilas online,
banco de questões, simulados originais e muito mais, favorecendo o estudo ativo e as revisões
inteligentes. Saia na frente dos seus concorrentes nas instituições mais disputadas do país!
Nosso curso direcionado para a segunda fase das provas de residência médica, seja ela no
formato de prova de habilidades, seja no formato multimídia. Você terá acesso a simulações
realísticas, mais de 300 checklists, simulados multimídia exclusivos e um Atlas de Multimídia
para se preparar da melhor forma possível!
Aplicativo Medway
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