Apostila Tecnologia Mecanica
Apostila Tecnologia Mecanica
Apostila Tecnologia Mecanica
CAMPUS JACOBINA
Tecnologia Mecânica
- Processos de Conformação Mecânica.
Profo.:
Dr. Tércio Graciano Machado
Jacobina/2013
09 – Usinagem:
Usinagem é o processo de fabricação que confere formato, dimensão e acabamento
da superfície de uma peça, removendo-se o material excedente ou sobremetal.
O sobremetal removido denomina-se cavaco. O cavaco é retirado de diferentes
tipos de materiais, tais como: ferro fundido, aço, alumínio, bronze, plástico e outros, que são
os mais utilizados pela indústria mecânica para fabricação de seus produtos.
Ao ser submetida à usinagem, a peça já apresenta uma forma definitiva: blocos,
tarugos, fios, chapas ou barras. O formato da peça bruta determina o processo de
fabricação empregado, que pode ser: forjamento, laminação e trefilação. Esses processos,
no entanto, não garantem a exatidão dimensional e a qualidade de superfície da peça
executada. É a usinagem que gera a peça com essas características.
A exatidão dimensional indica que as dimensões da peça executada devem variar
segundo os intervalos de tolerância e as especificações técnicas previstas para seu uso e
serviço. Já a qualidade de superfície refere-se ao tipo de acabamento final dado à peça, que
deve estar de acordo com a finalidade a que se destina.
Segundo a norma DIN 8580, o termo usinagem aplica-se a todos os processos de
fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco.
A usinagem, portanto, é o processo de fabricação que, mediante a remoção do
sobremetal, atende às exigências e qualidade estabelecidas por fabricantes e
consumidores.
Sua inteligência logo o ensino que se ele tivesse uma pedra nas mãos, seu golpe
seria mais forte e se a pedra tivesse um cabo esse golpe seria mais forte ainda. Se essa
pedra fosse afiada poderia cortar a caça e ajudar a raspar as peles dos animais. Foi a partir
da necessidade de se fabricar um machado que o homem desenvolveu as operações de
desbastar, cortar e furar. Durante centenas de anos a pedra foi a matéria-prima, mas por
volta de 4000 a.C. ele começou a trabalhar com metais, começando com o cobre, depois
com o bronze e finalmente com o ferro para a fabricação de armas e ferramentas.
. Séc. XVIII - Primeiras obras conhecidas sobre torneamento – Jacques Plumier - L’ART de
TORNEUR.
. Sec. XIX – Revolução industrial:
Desenvolvimento da máquina a vapor – James Watts;
Primeiras Máquinas-Ferramentas projetadas segundo princípios modernos;
Fabricação em série;
Aço ferramenta é o principal material de ferramentas de usinagem.
a) Parte de corte: Parte ativa da ferramenta constituída pelas suas cunhas de corte. A
parte ativa da ferramenta é construída ou fixada sobre um suporte ou cabo da
ferramenta, através do qual é possível fixar a ferramenta para a construção, afiação,
reparo, controle e trabalho.
a) b)
a) b)
10 – Máquinas Ferramentas
c) Faceamento. d) Sangramento.
e) Rosqueamento – helicoidal. f) Torneamento de Formas.
Além dessas operações, também é possível furar, alargar, recartilhar, roscar com
machos ou cossinetes, mediante o uso de acessórios próprios para a máquina-ferramenta.
a b c d e
Essas partes componentes são comuns a todos os tornos. O que diferencia um dos
outros é a capacidade de produção, se é automático ou não, o tipo de comando: manual,
hidráulico, eletrônico, por computador etc.
Antes de iniciar qualquer trabalho de torneamento, deve-se proceder à lubrificação
das guias, barramentos e demais partes da máquina conforme as orientações dos
fabricantes. Com isso, a vida útil da máquina é prolongada, pois necessitará apenas de
manutenções preventivas e não corretivas.
Antes de iniciar qualquer operação no torno, lembre-se sempre de usar o
equipamento de proteção individual (EPI): óculos de segurança, sapatos e roupas
apropriados, e rede para prender os cabelos, se necessário. Além disso, o operador de
máquinas não pode usar anéis, alianças, pulseiras, correntes e relógios que podem ficar
presos às partes móveis da máquina, causando acidente.
b) Torno Revólver
. Grau de automação médio - principalmente mecânica;
. Fabricação de pequenos e médios lotes;
. Uso em produção; . Grande dependência do operador;
. Baixas velocidades e avanços.
d) Tornos Automáticos
. Alto grau de automação mecânica / eletrônica;
. Fabricação de grandes lotes;
. Uso em produção;
. Pouca dependência do operador;
. Médias velocidades e avanços.
e) Tornos CNC
. Alto grau de automação eletrônica;
. Fabricação de pequenos e médios lotes;
. Uso em produção;
. Baixa dependência do operador;
. Altas velocidades e avanços.
Figura: Torno CNC.
10.2 – Fresamento
a) b) c) d)
a) Superfícies Planas
d) Superfícies Perfiladas
e) Cópias de Superfícies
f) Fresamento Composto
g) Fresamento Tangencial de Encaixes “Rabo-de-andorinha”
a) Quanto ao Avanço:
- Manual;
- Automático (hidráulico ou elétrico).
b) Quanto à Estrutura:
- De oficina, também chamada de ferramenteira (maior flexibilidade);
- De produção (maior produtividade).
c) Quanto à posição do eixo-árvore:
- Horizontal (eixo-árvore paralelo à mesa de trabalho);
- Vertical (eixo-árvore perpendicular à mesa de trabalho);
- Universal (configurada para vertical ou horizontal);
- Omniversal (universal com a mesa que pode ser inclinada);
- Duplex (dois eixos-árvore simultâneos);
- Triplex;
- Multiplex;
- Especiais.
d) Quanto à Aplicação:
- Convencional;
- Pantográfica (fresadora gravadora);
- Chaveteira (específica para fazer chavetas internas e/ou externas);
- Dentadora (específica para usinar engrenagens);
- Copiadora (o apalpador toca o modelo e a ferramenta o reproduz na peça);
As fresadoras são, na maioria dos casos, classificadas de acordo com a
posição do seu eixo-árvore em relação à mesa de trabalho. Os principais componentes de
uma fresadora universal são:
a) b)
10.3 – Aplainamento
a) b) c)
a) b)
a) Movimento de Corte: executado pela ferramenta de aplainar é divido entre curso útil
e curso vazio, que juntos constituem o curso duplo.
b) Curso vazio: como o nome diz é a parte do curso que a ferramenta volta sem
arrancar cavacos.
c) Movimento de Avanço: gera a espessura do cavaco. Semelhante ao movimento de
profundidade no torneamento.
d) Movimento Lateral: Deslocamento da peça para aplainamento no sentido
transversal.
a) Cabeçote:
O cabeçote da plaina limadora é o componente onde esta localizada o porta
ferramenta que esta sobre uma placa com charneira (duas peças com eixo comum em
torno do qual uma pelo menos é móvel). Isto significa que em uma operação qualquer, no
curso útil a placa articulada é comprimida pelo esforço de corte contra o suporte enquanto
no curso em vazio, a placa é levantada um pouco em função da sua articulação com
charneira, assim, evitando qualquer dano à ferramenta e à superfície que esta sendo
usinada.
No cabeçote também esta localizada a espera do porta-ferramenta que é ajustável
para o aplainamento de superfícies inclinadas e com esta finalidade esta dotada de uma
escala graduada.
b) Torpedo ou Trenó;
c) Mesa;
d) Acionamento Principal:
O acionamento principal é responsável por produzir o movimento retilíneo alternativo
do movimento principal. O movimento de rotação do motor é transformado para movimento
retilíneo alternativo através de um balancim oscilante com uma castanha deslizante.
O motor imprime ao volante e a manivela, através de um mecanismo de
engrenagens em movimento de rotação uniforme, no volante esta localizada uma manivela
onde se encontra o pino da manivela, com uma porca que pode deslocar-se em direção ao
centro por meio de um fuso, este pino transporta a castanha deslizante. A castanha desliza
na guia do balancim, em função do movimento de rotação do volante, o balancim, que tem
seu centro de rotação na base a maquina oscila com o seu extremo livre para um lado e
para outro (movimento retilíneo alternativo), uma articulação transmite ao cabeçote este
movimento oscilante.
Figura: Plaina Limadora
Como pode ser visto na ilustração, essa máquina se compõe essencialmente de um
corpo (1), uma base (2), um cabeçote móvel ou torpedo (3) que se movimenta com
velocidades variadas, um cabeçote da espera (4) que pode ter sua altura ajustada e ao
qual está preso o porta ferramenta (5), e a mesa (6) com movimentos de avanço e ajuste e
na qual a peça é fixada.
Na plaina limadora é a ferramenta que faz o curso do corte e a peça tem apenas
pequenos avanços transversais. Esse deslocamento é chamado de passo do avanço.
O curso máximo da plaina limadora fica em torno de 900 mm. Por esse motivo, ela
só pode ser usada para usinar peças de tamanho médio ou pequeno, como uma régua de
ajuste.
b) Aplainar superfície plana em ângulo: O ângulo é obtido pela ação de uma ferramenta
submetida a dois movimentos: um alternativo ou vaivém (de corte) e outro de avanço
manual no cabeçote porta-ferramenta.
c) Aplainar verticalmente superfície plana: Combina dois movimentos: um
longitudinal (da ferramenta) e outro vertical (da ferramenta ou da peça). Produz
superfícies de referência e superfícies perpendiculares de peças de grande
comprimento como guias de mesas de máquinas.
d) Aplainar estrias: Produz sulcos, iguais eqüidistantes sobre uma superfície plana,
por meio da penetração de uma ferramenta de perfil adequado. As estrias podem ser
paralelas ou cruzadas e estão presentes em mordentes de morsas de bancada ou
grampos de fixação.
e) Aplainar rasgos: Produz sulcos por meio de movimentos longitudinais (de corte) e
verticais alternados (de avanço da ferramenta) de uma ferramenta especial chamada de
bedame.
Como a ferramenta exerce uma forte pressão sobre a peça, esta deve estar bem
presa à mesa da máquina. Quando a peça é pequena, ela é presa por meio de uma morsa
e com o auxilio de cunhas e calços. As peças maiores são presas diretamente sobre a
mesa por meio de grampos, cantoneiras e calços.
10.3.3 – Tipos de Plainas Limadoras
a) Plaina Vertical: A principal diferenciação da plaina vertical das demais, fato que
inclusive gera sua denominação é a posição vertical do torpedo e a direção do
movimento alternativo de vaivém do carro porta-ferramenta. Este tipo de plaina é
geralmente empregado na usinagem de superfícies interiores e na confecção de
rasgos, chavetas e cubos.