1 Ava. - A Psicologia Segundo A Teoria Da Gestalt

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

ANGÉLICA GLENA TORRES CANDEIRA


BÁRBARA CRISTIAN PINHEIRO CORDEIRO
CARLA BEATRIZ LIMA GUERREIRO
JULIANA MORAES DE OLIVEIRA
MARIA LUIZA LOURENÇO DE ANDRADE

Psicologia nas relações interpessoais: Uma análise da psicologia segundo a


teoria da Gestalt.

BELÉM-PA
2021
Sumário

1. Introdução: Psicologia da forma .......................................................................... 3


2. A Percepção de Acordo com a Teoria da Gastalt .............................................. 4
2.1 - Geral ................................................................................................................ 4
2.1 - Específicos ....................................................................................................... 5
3. Boa forma............................................................................................................... 5
4. Campo psicológico ............................................................................................... 6
5. Conclusão .............................................................................................................. 8
6. Bibliografias........................................................................................................... 8

2
1. INTRODUÇÃO: PSICOLOGIA DA FORMA

A Gestalt ou a psicologia da forma é uma doutrina que acredita que, para


entender cada parte, é preciso primeiro entender o todo. Foi desenvolvida pelos
teóricos Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka
(1886-1941) no início do século 20, e baseada na filosofia fenomenológica de
Edmund Husserl (1859-1938). Os teóricos observaram que ao perceber objetos,
pessoas, cenas e todas as formas a mente humana tem um comportamento muito
padronizado.
Os praticantes da Gestalt acreditam que, quando recebemos estímulos
visuais, nossos cérebros não serão estimulados por estímulos sensoriais isolados.
Em vez disso, vários sinais complexos agruparam todas as características que
consideramos semelhantes em uma categoria, resumindo assim rapidamente: Todas
as partes do objeto visto. Isso significa que primeiro percebemos o objeto como um
todo e depois nos concentramos nos detalhes. Esta teoria foi confirmada por nosso
trabalho diário: como ver diagramas de nuvem e formas em constelações como um
exemplo.
Segundo o livro Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia, tanto a
Gestalt quanto o Behaviorismo, apesar de serem teorias em confronto, definem a
Psicologia como a ciência do comportamento. E as duas teorias se contrapõem pois
o Behaviorismo se preocupa mais com a objetividade e a Gestalt diz que
subjetividade também é importante para o estudo do todo.
Um dos objetivos da Gestalt é tornar mais explícito o que está implícito e
projetar na cena exterior o que está acontecendo na cena interior para permitir que
todos tenham mais consciência da maneira como se comportam na fronteira com o
ambiente. Wertheimer provou que quando a representação de uma determinada
frequência não é convertida, dá-se uma sensação de continuidade e chama o
movimento em uma ordem mais rápida de "fenômeno phi". As tentativas de
visualizar ações marcaram o início da escola de psicologia da Gestalt.
A Escola de Psicologia da Gestalt pode ser conhecida por desenvolver o
princípio da percepção visual, que descreve como organizamos as partes visuais em
um todo, por exemplo, como separamos mentalmente o primeiro plano e o fundo de

3
uma imagem. Tendo assim como os seus principais componentes a Percepção, a
Boa-forma e o Campo Psicológico.

2. A PERCEPÇÃO DE ACORDO COM A TEORIA DA GASTALT

A psicologia segundo a teoria Gestalt, aborda a percepção dos seres


humanos pela compreensão do todo, que ao receber estímulo visual agrupa todas
as características dos sinais complexos que ao serem somados se tornam
importantes elementos para que se possa compreender o comportamento humano.
A Gestalt entende a Psicologia como uma ciência que estuda o comportamento,
afirma que este merece análise em seus aspectos mais globais e deveria haver a
consideração das condições que alteram a percepção do estímulo visual e sensorial.
Justifica-se essa teoria, com outra teoria a do isomorfismo, que pressupõe uma ideia
de unidade no universo e que a parte sempre se relacionava ao todo. Quando se vê
somente a parte de um determinado objeto, por exemplo, há a tendência da
restauração do equilíbrio da forma e isso garante que se entenda o objeto que se
está percebendo. “Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de
fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto)”
(TEIXEIRA, 2007, p.60).
De acordo com os teóricos Wolfgang Köhler e Kurt Koffka, a mente humana
se comporta de maneira padronizada para formar nossa percepção dos objetos,
pessoas, cenários e em tudo o que enxergamos.
O conceito de insight é de suma importância para a Gestalt, são eventos
cognitivos no qual a relação e a ligação de eventos psicológicos conferem forma à
figura e fazem com que o sujeito compreenda a figura formada.

4
Como se pode observar, os gestaltistas eram também adeptos da
concepção inatista do homem e do apriorismo kantiano. Não obstante, o
comportamento cognitivo do homem seria resultado de estruturas inatas, que
determinavam a aprendizagem pela capacidade de perceber do sujeito e também
por um sistema nervoso maduro, esta por sua vez aconteceria de dentro para fora
ligada à vontade de quem está aprendendo, tem em aprender. A prontidão, por sua
vez, depende da maturação neurológica do aluno e é esta que determina a
motivação e o interesse do aluno durante a aprendizagem. O trabalho do professor,
dentro desta perspectiva teórica, seria o de dar auxílio ao aluno, seria o de
reorganizar o campo de percepção daquele de acordo com o conteúdo.
A percepção do objeto, quando utiliza a Teoria da Gestalt se baseia em
algumas leis, é nos fenômenos da percepção que a Gestalt descobre as condições
para a compreensão do comportamento do homem. A maneira como se percebe o
estímulo provocará o comportamento humano. Podemos dizer que a nossa
percepção é fundamentada a partir das leis:

• Unidade: Afirma que a percepção de um elemento pode ser construído por uma
ou até mesmo várias partes que constroem o todo. Sendo assim, uma unidade é
percebida como um elemento único. Essa lei se faz presente em diversas criações
publicitárias famosas. Uma delas é o logo da Adidas. A disposição de faixas
retangulares cortadas do símbolo é um exemplo fiel de como uma composição
original pode ser feita a partir de pequenas unidades já existentes.
• Segregação: Foca na capacidade perceptiva de isolar, ainda que sobrepostos,
objetos dentro de uma composição principalmente pela variação estética que um
elemento possui em relação ao outro. É estabelecido “níveis” de segregação,
hierarquizando os objetos na imagem para valorizar uma parte mais importante em
relação à outra.
• Unificação: Quando se isola, evidenciar ou identificar objetos, ainda que
sobrepostos, dentro de uma composição, devido à variação estética (cor, textura,
sombra, brilho, etc) que um elemento possui em relação ao outro. Podendo ainda
sempre que possível estabelecer “níveis” de segregação, hierarquizando os
objetos na imagem para valorizar uma parte mais importante em relação à outra.

5
• Fechamento: Parte do princípio de que o nosso cérebro “fecha” a formação de
imagens completas quando vemos apenas formas inacabadas ou silhuetas.
Isso significa que, ao deixar a mente se guiar pela continuidade de uma forma,
ela já é capaz de prever toda a sua estrutura sozinha.
• Continuidade: Diz respeito à forma como a sucessão de elementos e o fluxo
de informações funciona em nosso cérebro. Ela representa, ainda, a tendência
de que objetos acompanhem outros no sentido de alcançar uma forma — seja
pelo uso de cores, volumes, texturas e formas estruturalmente estáveis.
• Proximidade: Elementos distintos que se posicionam de formas muito
próximas uns dos outros tendem a ser percebidos juntos. Consequentemente,
também são interpretados como apenas uma unidade. Essa impressão é ainda
mais forte quando esses elementos são semelhantes. Vários publicitários e
arquitetos usam esta estratégia para unificar formas.
• Semelhança: Aqueles objetos que possuem formas, cores ou aparência geral
semelhante também tendem a ser interpretados como uma só unidade.
• Pregnância: Também conhecida como “boa forma” é o princípio básico da
percepção visual da Gestalt, onde sempre enxergamos a composição visual
geral como um todo antes de nos aprofundarmos nos seus elementos mais
complexos. Devido a composições cerebrais que leem com agilidade e com
clareza, por serem homogêneas e harmônicas, esses objetos que possuem
essas características são classificados como de alta pregnância. Por outro
lado, um objeto de baixa pregnância tende a ter uma organização visual
complicada e confusa. Sendo assim, é possível afirmar que quanto maior for a
pregnância da forma, mais eficiente será a comunicação com o seu receptor.

3. BOA FORMA

Segundo a Gestalt, a maneira como percebemos um determinado estímulo


irá desencadear nosso comportamento. A percepção da forma não se dá por partes,
mas de forma íntegra, global e unificada, seu conceito primordial é a unificação.
O indivíduo acredita naquilo que é real a partir da sua percepção das coisas.
Nesse sentido, a boa forma e a percepção andam interligadas nessa teoria.

6
O elemento precisa ter aspectos básicos de boa forma para que possamos
decodificá-lo, tais como: equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade.

Na imagem ao lado, por exemplo, temos


a sensação visual de que os círculos
centrais de cada composição (o miolo da
flor) são maiores na composição da
esquerda do que na composição da
direita. Os círculos centrais possuem o
mesmo tamanho, mas o elemento da
direita está inserido em uma composição com elementos menores do que ele, que
enaltecem o seu tamanho, fazendo-o parecer maior, inversamente com o que
acontece na composição da direita.
Isto ocorre por causa da maneira como se distribuem os elementos que
compõem as duas figuras, os quais não apresentam: equilíbrio, simetria,
estabilidade e simplicidade suficientes para garantir a boa-forma, isto é, para superar
a ilusão de ótica.
A nossa tendência em buscar a boa forma permite a relação figura fundo.
Pois quanto mais clara estiver a forma, mais clara será a separação entre a figura e
o fundo.
O indivíduo tende a buscar a superação da ilusão de ótica a fim de se
conseguir a boa forma, a decodificação, por exemplo, de uma imagem ou de uma
situação, presente a nossa percepção com diretriz primeira

4. CAMPO PISICOLÓGICO

A teoria de campo de Kurt Lewin se assemelha ao campo magnético


encontrado na física, onde se diz que o campo possui diferentes forças (positivas e
negativas) que influenciam o comportamento do sujeito. Por ser um campo
dinâmico, deve-se levar em conta o indivíduo, o meio ambiente e a totalidade dos
fatos coexistentes e interdependentes. Por ser uma realidade fenomenal, sua
constituição segue a maneira como cada pessoa interpreta cada situação.

7
O que pode ser considerado negativo para uma pessoa da perspectiva de
outra pode ser algo positivo. Para a constituição deste campo, amizades, objetivos
conscientes e inconscientes, sonhos e medos são tão essenciais quanto qualquer
ambiente físico.
Segundo Lewin, o indivíduo deve ser visto como um todo, seu
comportamento deve ser entendido de acordo com seus traços de personalidade,
componentes emocionais e situações passadas que se relacionam com o
acontecimento presente, da forma como são representados no espaço de vida
vigente.

Onde a função seria mais ou menos assim:


C= P+M
C= seria o comportamento do indivíduo
P= pessoa
M= meio

A teoria da dinâmica de grupo de lewin, tenta entender a estrutura, liderança,


poder e comunicação do grupo, da inter-relação entre os indivíduos que compõem o
mesmo, visto que vários momentos de nossas vidas se dão no interior de grupos.
Contudo diz que o grupo não é a soma das características dos membros e sim
resultante dos processos que ali ocorrem. Onde a mudança de um membro do grupo
pode alterar completamente a dinâmica deste.

8
5. CONCLUSÃO

O Gestalt é uma forma psicoterapêutica alternativa, centrada no paciente, se


concentrando no presente. O indivíduo torna-se mais consciente sobre seus padrões
de ato e pensamento, reconhecendo, assim, comportamentos destrutivos que
impeçam a melhora do cliente.
A terapia gestáltica se centra em como colocamos o significado e damos
sentido às coisas e experiências. O grande objetivo é o autoconhecimento, a
conscientização pessoal.
O Gestalt possui muitos usos, focado na percepção humana e na
assimilação de informações, ele é usado na psicologia, terapia e até mesmo no
design, organizando ideias e figuras de acordo com suas propostas.

6. BIBLIOGRAFIA

• Livro: Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia; livro por Ana M.


Bahia Bock, Maria de Lourdes Trassi Teixeira e Odair Furtado
• https://psicoativo.com/2015/12/psicologia-da-gestalt.html
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt
• https://ziho.wordpress.com/2012/03/12/design-2/
• http://trabalhodepsicologia2012ucsal.blogspot.com/2012/11/a-teoria-da-
forma.html
• https://www.todoestudo.com.br/filosofia/gestalt
• https://www.psicologiamsn.com/2013/03/a-psicologia-da-
gestalt.html#:~:text=A%20teoria%20da%20Gestalt%20tem,e%20a%20respos
ta%20do%20indiv%C3%ADduo
• https://blog.revendakwg.com.br/inspiracao-design/teoria-e-principais-leis-da-
gestalt-um-estudo-da-
forma/#:~:text=A%20Gestalt%20%C3%A9%20uma%20teoria,pela%20compr
eens%C3%A3o%20do%20%E2%80%9Ctodo%E2%80%9D

9
Divisão de Partes
1 - Introdução: JULIANA MORAES DE OLIVEIRA
2 - Percepção: BÁRBARA CRISTIAN PINHEIRO CORDEIRO
3 - Boa Forma: CARLA BEATRIZ LIMA GUERREIRO
4 - Campo Psicológico: ANGÉLICA GLENA TORRES CANDEIRA
5 - Conclusão: MARIA LUIZA LOURENÇO DE ANDRADE

10

Você também pode gostar