Resumo - História Dos Mapas

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História dos mapas – Paulo América Guerra Morais

Há tempo que o homem vem utilizando-se da confecção de mapas como meio de


armazenamento de conhecimentos sobre a superfície terrestre a fim não só de conhecer
como também de racionalizar o uso do espaço geográfico. Em tempos passados os
mapas eram guardados em segredos, pois podiam indicar os caminhos da fortuna do
pequeno mundo conhecido.                                                   

Mapa, um produto cultural de cada povo: os mapas representam uma forma de saber,
um produto cultural dos povos e não uma mera difusão tecnológica. Cada cultura
exprime sua particularidade cartográfica, mesmo os produtos cartográficos mais
modernos, baseados no uso de satélites e informática não deixam de ser construções
sociais. Os mapas podem também, em certos casos exprimir uma visão ideológica do
mundo, como os mapas encontrados da Europa pré-histórica, elaborado por arqueólogos
nazistas provando a distribuição dos germanos na Grécia e na Escandinávia.

Mapas antigos: um dos mapas mais antigos foi encontrado na mesopotâmia sendo uma
pequena placa de barro provavelmente representando esta região. Outro mapa
rudimentar é atribuído aos indígenas das Ilhas Marshall feita com tiras de palha e
conchas. No norte da Itália também foram encontrados mapas rupestres, alguns deles
apresentando componentes da paisagem agropastoril. Em outros países também foram
encontrados mapas como na Turquia e na Índia.

Mapas e religiosidade: os mitos e preceitos religiosos também influenciaram a


cartografia. O ponto central dos mapas também tem sido outra questão bastante
explorada na confecção dos mapas nas diversas culturas.

Mapas Chineses: a cartografia chinesa já era bastante desenvolvida muito antes da


Europa começar a fazer trabalhos neste campo do conhecimento. Os mapas antigos
chineses comprovavam a preocupação dos governantes em mapear as riquezas naturais.
Um dos nomes mais respeitados na cartografia chinesa é de Pei Hasiu (224 a 273 d.C.) e
do almirante Zheng He (1371 a 1433 d.C.).

Influência grega na cartografia: os gregos tiveram importância no desenvolvimento da


cartografia ocidental estabelecendo as bases científicas da moderna cartografia. Eles
definiram as linhas da rede geográfica: Equador, Trópicos, Círculos polares e
Meridianos. Os nomes mais importantes foram Anaximandro de Mileto, Hecateu e
Erastóstenes.

Idade Média, a cartografia também decai: a partir de Ptolomeu, temos um período de


decadência. A cartografia cristã da baixa Idade média nega a esfericidade da Terra,
outro exemplo é o estilo simples e simétrico imposto aos mapas como os Orbis
Terrarum. Ainda na Idade média começa a circular na Europa um tipo de mapa mais
científico e utilitário, o porlulano.

Gerhard Mercator um novo Ptolomeu? A cartografia europeia desenvolveu-se,


sobretudo a partir do Renascimento e das grandes navegações que exigiram mapas. Um
dos cartógrafos mais importantes da Europa foi o belga Gerhard Mercator (1512 a 1594)
com a invenção de uma projeção cartográfica com meridianos retos e equidistantes e
paralelos também retos, porém cada vez mais espaçados entre si na direção dos polos.

França destaque para a família Sanson: Os Sanson publicaram muitos mapas e Atlas
influenciados pela cartografia de Mercator.

Portugal e as origens da cartografia no Brasil: A cartografia inicial teve influência


portuguesa tendo um caráter marítimo sendo depois modificado pela vinda da família
real e o estabelecimento de novas bases cartográficas.

Maias e Astecas: Os maias e os astecas possuíam uma rica tradição cartográfica, ainda
que fossem encontrados em boa parte dos mapas exagero na representação de certos
elementos provavelmente para realçar a importância.

Árabes: Os árabes se destacaram no passado principalmente na época do retrocesso


europeu no Período da Idade média, sobretudo pelos estudos e aprimoramentos das
obras gregas. Uma das obras mais importantes da cartografia árabe é um Atlas do
mundo conhecido do famoso cartógrafo al-Idrisi (séc.XII). 

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