As 12 Camadas Da Personalidade Humana (Olavo de Carvalho)

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As 12 camadas da

personalidade humana
segundo o professor
Olavo de Carvalho
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Redação Brasil Paralelo

31/8/2021

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O professor Olavo de Carvalho desenvolveu a teoria das 12


camadas da personalidade humana a partir de seu conhecimento
e análise sobre as motivações das pessoas. A partir daí,
acrescentou os elementos fundamentais para que a teoria se
tornasse uma psicologia geral.
Esta é a contribuição de sua teoria: ajudar a compreender o que
motiva uma pessoa em cada etapa de seu desenvolvimento como
personalidade. A motivação é o que nos faz agir.
Abordaremos as 12 camadas e os objetivos e sofrimentos
próprios de cada uma.
Você pode ler a apostila do próprio Professor Olavo, As Doze
Camadas da Personalidade Humana e as formas próprias de
sofrimento, sobre o assunto. Neste artigo, faremos uma síntese
didática, contando também com as contribuições que o
psiquiatra Italo Marsili acrescentou ao conteúdo.
Em muitas de nossas séries, contamos com a participação do
Professor Olavo. Ele concedeu várias entrevistas falando sobre
temas importantes para todos os brasileiros. Não deixe de assistir
ao nosso conteúdo gratuito.

O que você vai encontrar neste


artigo?
1. Para que serve o estudo das 12 camadas da personalidade?
2. Contextualização sobre pessoa, camada e personalidade
3. A mudança entre as camadas
4. As 12 camadas da personalidade
5. Por que acreditar nesta teoria?
6. Conclusão

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Para que serve o estudo das 12


camadas da personalidade?
A teoria das 12 camadas descreve em que etapa da vida nos
encontramos. Com este reconhecimento, podemos identificar as
causas de nossos sofrimentos e o nosso principal objetivo ou
motivação na vida.
Outro benefício é poder estabelecer algum grau de previsibilidade
dos desafios que estão por vir nas camadas seguintes.
Contextualização sobre pessoa, Nome*
camada e personalidade E-mail*
Antes de entender as 12 camadas, precisamos entender o que é a
personalidade e o que é pessoa. Telefone
QUERO R
O que é pessoa?
Uma definição técnica de pessoa que encontramos no século XII
é:
“Substância individual de natureza racional”. Clique nos ícones
os melhores cont
Isto é correto, entretanto alguns espanhóis pensaram o conceito celular, porque as
de uma forma mais encarnada, mais presente, real e tocante. Para garante o recebim
homens como Julián Marías, Ortega y Gasset e Pedro Laín atualizações.
Entralgo, por exemplo, uma pessoa está sempre instalada em um
lugar e sempre possui um projeto de vida, uma intenção própria.
Em comparação, objetos não são assim. Eles não podem opor-se
ao uso que lhes damos. Uma cadeira nunca poderá reclamar de
nos assentarmos sobre elas. Com as pessoas é diferente, elas
podem resistir aos eventos e ações do mundo ou dos outros.
Sobre a instalação em um lugar, na realidade, as pessoas possuem
um corpo – com uma certa forma, idade e possibilidades –, estão
em algum lugar, possuem carga cultural e têm uma projeção. Isto
significa que potencialmente pode realizar algo a partir de suas
circunstâncias.
As pessoas podem buscar ser o que ainda não são, desde que
isso seja possível de acordo com sua realidade.
Para Ortega y Gasset:
“Eu sou eu e minhas circunstâncias”.
Pessoas também possuem um mundo interior muitíssimo vasto.
Quando olhamos para alguém, é impossível saber o que
realmente se passa em seu interior, a menos que fale. O mundo
interior de cada pessoa é dinâmico, não estático, tende à
felicidade ou à infelicidade.
O que é personalidade?
O que é possível chamar de seu em você mesmo? Há algo que
apenas você possui e nenhuma outra pessoa tem. Isto é a
personalidade, aquilo que está presente em nossa pessoa de uma
maneira única e mais forte. É o que temos de próprio e não é
compartilhado, algo exclusivamente nosso.
Na psique, ou seja, em nossa mente, a personalidade é o fruto da
articulação que acontece durante a vida, entre o mundo externo e
o mundo interno. A vida está acontecendo e cada pessoa assimila
dentro de si os acontecimentos do mundo, criando projetos e
constituindo motivações para agir.
Em sua personalidade está seu mundo espiritual, psicológico e
afetivo, suas crenças e ideias. O tempo passa e cada um, por sua
constituição e história de vida, apresenta certas razões para agir,
certas motivações.
É precisamente neste aspecto que entra a teoria das 12 camadas
da personalidade humana. À medida que as camadas mudam, a
intenção ou motivação da pessoa com sua ação também muda.
Em cada camada, as pessoas absorvem os acontecimentos do
mundo de forma diferente, filtrando o que vai ingressar em sua
psique. Da mesma forma, mudará como se manifesta, como
reage aos acontecimentos.
Quanto menos personalidade, mais genérica é a pessoa, com
motivações mais genéricas.
Quanto mais personalidade, mais singular é a pessoa, muito mais
única, com motivações mais específicas.
Em cada uma das doze camadas da personalidade, as pessoas
reagem de formas distintas à seguinte pergunta:
“Como agir concretamente nesta situação?”
Ora a motivação é ser feliz e não racional, ora é o dinheiro, ora a
convivência, ora Deus e assim por diante.
As motivações que levam alguém a agir, alteram-se durante o
curso da vida. Veremos que são 12 motivações autoconscientes e
diferentes.
O que é camada?
A camada é a síntese da personalidade, seu resumo e momento.
Ela é o que dá a finalidade dos atos, ou seja, dita o objetivo das
ações, a razão de se viver.
Em cada uma há preocupações e tensões, são eternas e não
desaparecem. Quando se muda de camada, não se deixa de sentir
o que era da outra. Elas apenas deixam de ser o elemento central.
As camadas seguintes absorvem os objetivos e sofrimentos das
anteriores.
Além disso, os objetivos da camada seguinte são sempre
incompreensíveis para os indivíduos nas camadas anteriores.
Torne-se Membro da Brasil Paralelo para ter acesso aos diversos
cursos e entrevistas do nosso Núcleo de Formação. Um dos
professores que nos concedeu entrevistas foi o próprio Olavo de
Carvalho.
A mudança entre as camadas
Antes de vermos cada uma das 12 camadas da personalidade
humana, é preciso entender que a mudança entre elas ocorre
apenas quando a personalidade inteira muda. O objetivo de vida
da pessoa torna-se outro, todas as energias voltam-se para uma
nova realidade.
A mudança está no fim, naquilo que se almeja. Portanto, veremos
12 propósitos, 12 motivações para viver e agir no mundo.
Em cada mudança de camada, notaremos um novo padrão de
autoconsciência. Estas motivações correspondem a uma escala
de evolução individual e cronológica.
Camadas Integrativas
As camadas 1, 2, 5, 6, 8 e 11 fecham a personalidade em um quadro
definido.
Camadas Divisivas
As camadas 3, 4, 7, 9, 10 e 12 abrem a personalidade para que ela
receba influências externas, que rompem o equilíbrio
antecedente. Nelas, há a luta por uma nova integração, que será
superior.
Para Gaston Berger, todas as camadas até a 8 estão presentes em
todo indivíduo adulto normal. Nem todos, porém, alcançam as
próximas.
Para descobrir rapidamente a camada em que as pessoas se
encontram, basta perguntar: “Onde dói?”. Cada camada tem um
sofrimento próprio e, ao ser descoberto, revela-se também a
motivação da pessoa.

As 12 camadas da personalidade
Professor Olavo de Carvalho
As 12 camadas da personalidade, segundo o professor Olavo de
Carvalho, são:
1. Astrocaracterologia;
2. Psicologia do destino;
3. Aprendizado;
4. Afeto interior;
5. Autodeterminação do Ego;
6. Conquista de habilidades;
7. Papel social;
8. Eu diante da Morte;
9. Vida intelectual;
10. Vida Moral;
11. Eu histórico;
12. Eu diante de Deus.
1ª camada da personalidade: Caráter, camada
integrativa, astrocaracterologia
Esta camada da personalidade ainda não é consciente. Não temos
acesso a esta motivação, mas podemos conhecê-la. Notamos
que algumas pessoas são de um jeito, outras são de outro e que já
existe, naturalmente em cada um, uma tendência anterior à
consciência.
Ninguém escolhe ter determinadas inclinações ou propensões e
isto já está lá, em seu corpo, antes de ser tornar consciente como
indivíduo. Notamos uma facilidade em agir de um jeito e uma
dificuldade em agir de outro. Isto já está dado.
Pense em uma mesa de sinuca.
Perceba seu formato, sua aparência e sua função. Ao observá-la
como um poeta, é como se a ouvíssemos chamar para ser jogada,
como se quisesse ser usada. Em outro exemplo, um drink quer ser
bebido, embora não tenha vontade, consciência ou algo parecido.
Isto ilustra que algumas características desejam aparecer no
mundo, querem ser realizadas. Nós temos características
corporais anteriores ao surgimento da consciência e elas
conduzem a manifestar-nos de uma forma e não de outra.
A constituição física, moral e intelectual nos leva a ter aptidões
diferentes. Será preciso dominar o corpo, no sentido de se
entender como uma unidade: engatinhar, caminhar, dormir,
acordar, etc.
E porque o nome Astrocaracterologia?
Para o Professor Olavo de Carvalho, esta é a ciência que poderia
explicar as características anteriores ao corpo, em comparação
com os astros. Se funcionaria não é o que está em questão.
Resumindo
A motivação da primeira camada da personalidade é própria do
sujeito e anterior a tudo. O corpo é a pré-condição da existência
da personalidade e está dado no nascimento. Assim como a mesa
de sinuca quer ser jogada, cada pessoa aparece no mundo de uma
forma, com um jeito de “funcionar” que não muda até a morte.
Notamos facilidade ou dificuldade em agir de uma certa maneira e
nada muda a existência desta inclinação. Ela está presente.
Pense em si mesmo. Você nota o que lhe demanda esforço, que a
outros não? Nota no que tem facilidade, que para outros é uma
dificuldade?
Atenção! Isto não tira a liberdade de ninguém. Trata-se apenas do
reconhecimento de que há em cada um algo como um
“chamado”, uma “convocação” para agir de uma forma.
Temos que olhar para nós mesmos e perceber que “sou isto” e
não aquilo.
São características de instalação na realidade pelas quais
agiremos e construiremos nossa personalidade. Estas
características não subtraem a liberdade, mas definem o ser.
Por exemplo, o homem perdeu a liberdade de dar à luz? Não, mas
suas características masculinas o definem como uma coisa e não
como outra.
Sofrimento
Neste caso, que envolve apenas o corpo, são as doenças.
Objetivo principal
Dominar a natureza do próprio corpo, a própria constituição física.
2ª camada da personalidade: Hereditariedade,
constituição, temperamento, estrutura pulsional
Esta camada é quase inconsciente. Na primeira, vimos uma
motivação que envolve a constituição do corpo. Nesta, notamos a
hereditariedade. Mas não tem nada a ver com a biologia, a
genética e os cromossomos.
Para explicar melhor esta camada da personalidade humana, o
psiquiatra Italo Marsili recomenda o conceito de outro psiquiatra,
o húngaro Lipot Szondi. Ele fala sobre a Teoria do Inconsciente
Familiar.
Ele diz que é possível explicar o que motiva as pessoas,
entendendo que seus antepassados pedem a repetição de seus
sucessos e fracassos. Para o Dr. Lipot Szondi, há nas pessoas uma
inclinação a repetir os processos de seus familiares
antepassados. Isto nos ajuda a compreender o que o Professor
Olavo propõe nesta etapa da teoria das doze camadas.
Ao teorizar sobre o inconsciente familiar, é como se pensássemos
em uma linha pelas gerações. Ela começa nos parentes que
vieram antes de nós e sua ponta desenrolada está conosco. O
recém-nascido sofre o impacto das condições físicas externas e
adversas ou de tendências mórbidas de sua hereditariedade.
Já aconteceu de você se perceber agindo de uma forma e nem
saber o porquê, além de notar que seus antepassados também
fizeram o mesmo?
Uma canção de Belchior retrata isso de forma análoga em um de
seus trechos:
“Minha dor é perceber / Que apesar de termos / Feito tudo o que fizemos
/ Ainda somos os mesmos / E vivemos / Ainda somos os mesmos / E
vivemos / Como os nossos pais”.
Resumindo
Esta camada também está fora de seu controle, como a primeira.
Não há como escolher não herdar os desejos e tensões dos
antepassados. É possível escolher como lidar com eles, o que é
diferente e garante sua liberdade.
Estas duas camadas apresentam tensões que estarão sempre
conosco: um corpo que se manifesta de um certo modo e uma
herança familiar. São um material bruto e o que virá será
construído sobre este substrato, sobre esta realidade que nos
forma e da qual não há como escapar.
Sofrimento
Envolve os próprios problemas hereditários e não está sob o
controle do indivíduo.
Objetivo principal
Provar e gostar das experiências vividas.
Você está interessado em assuntos de desenvolvimento pessoal?
Um dos cursos que temos no Núcleo de Formação para Membros,
é o “Vícios e Compulsões do dia a dia”, com o psiquiatra Bruno
Lamoglia. Assine agora mesmo para ter acesso.
3ª camada da personalidade: Cognição, percepção
Nesta camada, aparece pela primeira vez uma motivação
consciente na pessoa: o aprendizado primário. Surge o elemento
de liberdade e indeterminação.
Não se trata do aprender para se gabar, enriquecer, passar em
provas, por curiosidade ou para se sentir bem. Quando uma
criança começa a aprender, sua motivação é primária e o
conhecimento não é instrumento de outra intenção.
No desenvolvimento infantil, a etapa dos “porquês” é
fundamental. Seu mundo é um mundo de descobertas. Quando a
criança começa a brincar e descobrir como o mundo funciona, ela
está iniciando uma relação com a realidade.
Este aprendizado não é delimitado pela hereditariedade ou pelas
condições físicas. Nada disto influencia as oportunidades de
aprendizado ou determina a capacidade de absorver as coisas.
Resumindo
Esta é uma camada da personalidade que o adulto já perdeu. É a
motivação do aprendizado pelo aprendizado por si mesmo, não o
intelectual, mas o de cálculo do funcionamento do mundo.
Qual o tamanho do mundo para uma criança? O que é possível
fazer? O aprendizado medirá justamente isto, sem preocupação
com vitórias ou derrotas.
Aqueles que passaram aproximadamente dos 10 anos, não
retornam mais à terceira camada, porque já compreendem como
o mundo funciona e não mais aprendem pelo aprendizado em si.
Apenas autistas graves e pessoas com retardo mental ou lesão
em certas áreas cerebrais retornam ou ficam presas à terceira
camada da personalidade.
O aprendizado desta etapa é básico: como articular membros,
musculatura, fala e sua extensão, etc.
Piaget dedicou-se a pesquisar sobre o desenvolvimento e o
aprendizado das crianças. Outras contribuições foram dadas por
Kholer, Gestalt, pelo behaviorismo, Festinger e pela psicologia da
linguagem.
Pense na criança que não come tudo no prato e desperdiça os
alimentos. Um discurso sobre a fome na África não tem efeito
nenhum, pois ela não entende conceitos, não sabe o que é a
África, a fome, o dinheiro, as consequências.
Por isso é importante conhecer a teoria das 12 camadas da
personalidade humana, para não tentar motivar uma pessoa de
um modo que não faça sentido. É preciso entender com quem se
está falando para tocar as motivações certas.
A motivação básica da criança é organizar o mundo, por isso, até
aproximadamente os 6 anos de idade, elas precisam do mundo
material organizado e não de conceitos. Precisam de ordem,
alimentação, higiene e sono.
Sofrimento
Nesta camada, o sofrimento tem a ver com o sucesso ou o
fracasso no aprendizado. Não há traumas, a duração da dor é
curta e a evolução natural do indivíduo a supera. São dificuldades
vencidas com o tempo, exercícios e nutrição, principalmente.
Objetivo principal:
Exercer a liberdade no aprendizado.
4ª camada da personalidade: História pulsional e
afetiva, camada decisiva
Rei Joffrey Boratheon da série Game of Thrones.
Se alguém chega à vida adulta ainda na quarta camada, dela não
sai sozinho. É preciso psicoterapia, segundo o Professor Olavo de
Carvalho.
O que temos nesta motivação? O surgimento do mundo da
afetividade, a percepção de um certo sofrimento, uma certa
carência, que surge de um afeto não preenchido ou não recebido.
Isto acontece na chamada segunda infância, na pré-adolescência
em geral. Se a pessoa não tiver recebido um tipo específico de

afeto de seus pais ou parentes, ela terá problemas na


adolescência e na vida adulta.
Qual é este afeto que não pode faltar para que a quarta camada
seja superada?
É preciso que os pais ou parentes próximos ofereçam um afeto:
Abnegado;
Constante;
Gratuito;
Benévolo.
Não é uma questão de ser o amigão da criança, do filho, etc. Ele
também tem seus amigos com quem brincar. Cabe aos
responsáveis dar segurança para seu desenvolvimento. A criança
precisa olhar para seus pais e notar que eles estão preocupados
com ele, não com o filho do vizinho ou outros interesses
mesquinhos.
A criança espera ver ações de justiça nos pais, de confiança, de
atenção ao que estão vivendo. O que não pode acontecer da
parte de quem deve garantir amor, segurança presença e afeto é
a indiferença, a despreocupação e a desatenção.
Até que tal afeto seja sentido, um buraco permanece aberto no
coração. As pessoas na quarta camada buscam a validação de
seus sentimentos, de seus afetos. Permanecem presas buscando
fazer o que toca seus sentimentos ou os sentimentos dos outros.
Pela primeira vez surge a questão da felicidade e da infelicidade.
Ela não surge mais cedo porque é natural que o homem seja feliz.
Pensa-se também: Sou amado ou rejeitado?
Resumindo
A motivação aqui vista é a do sentimento pelo afeto ou carinho
do outro. Por isso notamos o vitimismo, no qual tudo o que
acontece é levado para o lado pessoal, sentimental,
autorreferente. A pessoa se vê de uma forma especial, com direito
a praticamente tudo. Em sua concepção, as pessoas devem servi-
la.
Quem está preso na quarta camada não percebe que existe um
mundo objetivo acontecendo independentemente de como ele
se sente. Ele não distingue o mundo real do imaginário. A
psicanálise freudiana aborda a quarta camada com o conceito de
transferência. Klein e a psicanálise em geral também
desempenham um papel nela.
Uma vez que os vitimistas estão inseridos aqui, notamos a
propensão à falsidade, à fofoca, à mentira e a outros tipos de
vínculos artificiais em busca de legitimidade. Acrescente-se a isso
a inclinação a sentir-se ofendido ou injustiçado com facilidade.

Na terapia, é ideal que haja o momento em que o paciente coloca


o terapeuta no lugar de seu pai e de sua mãe. Quando isto
acontece a transferência é feita Quando isto acontece pode se
acontece, a transferência é feita. Quando isto acontece, pode-se
fechar o ciclo, caso o terapeuta consiga ser benévolo, constante e
proporcionar segurança ao paciente.
Nesta camada é que se conquista a estabilidade dos afetos
interiores, para que se viva objetivamente no mundo sem viver
tudo sentimentalmente de forma vitimista, colocando-se no
centro e querendo que tudo o que os outros façam,
necessariamente nos faça sentir bem.
Sofrimento
Surge quando a criança percebe se ela se sente feliz ou não, por
causa de repetidas frustrações. O maior problema é chegar à
maturidade com necessidades esquecidas, com o sentimento de
rejeição.
Objetivo principal
Encontrar aceitação e segurança emocional.
5ª camada da personalidade: Ego, autoconsciência e
individuação
Dando sequência ao nosso resumo das 12 camadas da
personalidade humana, chegamos à quinta. A motivação é a
autodeterminação do Ego.
Notamos aqui uma pessoa rebelde, que quer testar sua força no
mundo. Mesmo que nem todos os adolescentes estejam na
quinta camada, ela é própria deles, estando com os afetos
interiores estáveis.
É possível olhar o mundo de forma objetiva, sem interiorizar as
coisas nos sentimentos e buscar orgulho ao se observar, vendo-se
como o autor da própria vida.
Agora a intenção é validar a força, encontrar obstáculos e
enfrentá-los. Pode ser discussão verbal, disputa física, implicância…
Entretanto, muitos adolescentes estão presos na quarta camada,
ainda no mundo interior mal resolvido. Não alcançam esta etapa
de testar sua força no mundo, afinal, para isso é preciso ter
primeiro estabilidade interna.
É normal distanciar-se um pouco dos pais nesta etapa, ser
briguento e arrogante. Ele precisa vencer, pensar que é forte, que
consegue. É o processo de amadurecimento que está
acontecendo, é a saída do mundo da autorreferência para o
mundo real, externo. A referência é o Ego em relação ao mundo
exterior.

Quando ele percebe que já possui uma força, quando percebe do


que é capaz e onde pode vencer, ele está pronto para uma nova
motivação já que não precisa mais testar a si mesmo
motivação, já que não precisa mais testar a si mesmo.
Sofrimento
A fonte de sofrimento é o autojulgamento depreciativo
(sentimento de perdedor), que acontece por perceber uma falta
de capacidade pessoal, o que gera autodecepção.
Objetivo principal
Ganhar autoconfiança, vencer as disputas.
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nosso trabalho. São dezenas de produções que já ensinaram a
milhões de brasileiros, sobre política, história e filosofia.
6ª camada da personalidade: Aptidão e vocação
Muitas vezes a força testada na quinta camada é inútil. Ganha-se
uma disputa, uma briga, uma coisa qualquer, mas qual é o retorno
disso?
Na sexta camada da personalidade busca-se uma vitória que
alcance um bem objetivo. A pessoa usa sua capacidade para
trabalhar e ganhar dinheiro. Não importa se o patrão gosta e fala
bem dela, muito menos se é o funcionário do mês, se não houver
lucro financeiro.
A motivação é conseguir o dinheiro necessário para pagar as
contas e comprar os bens desejados, para si mesmo ou para a
família.
O elogio põe sobre a mesa o pão de cada dia? A vitória de ter a
foto no quadro de funcionário destaque trouxe algum conforto
objetivo a mais ou apenas amaciou o ego?
Quem está nesta camada pensa assim:
“Não precisa gostar de mim, obrigado! Também não precisa se
preocupar em emoldurar meu rosto. Quero o dinheiro, porque tenho
coisas importantes a resolver”.
O exercício da humildade é mais aparente nesta camada e o eixo
de valor sai do sujeito (pessoa) e vai para o objeto (resultado).
Aqui vemos a objetividade com muita força. A luta é pela
conquista de capacidades e habilidades que o instalem melhor no
que é apto, em sua vocação.
Especialmente na quarta camada e até mesmo na quinta, as
pessoas acham que o status de uma profissão já as qualifica. Ser
professor não traz autoridade, respeito e valor. Ser médico não
traz autoridade, respeito e valor. Não importa o título ou a
faculdade feita.

O que importa é se você tem as habilidades para executar o que


você diz saber, se objetivamente é capaz de executar bem seu
trabalho se dá conta da missão
trabalho, se dá conta da missão.
Na sexta camada, a pessoa busca as habilidades de que precisa
para realizar sua vocação. Ela olha para o que faz e quer fazer
melhor para ter mais resultados, não se ancora em títulos.
A personalidade instalada nesta motivação, ouve críticas e busca
o aprimoramento, a que está na quarta fica magoada.
Sofrimento
O sofrimento ocorrerá por um prejuízo objetivo, pela frustração
no resultado. A falta de dinheiro para pagar as contas é um
exemplo.
Principal objetivo
Obter lucro.
7ª camada da personalidade: Situações e papeis
sociais
Por muito lutar em conquistar habilidades, o sujeito pode vir a
conquistá-las e vivê-las. Com suas habilidades reais e com seus
resultados objetivos, ele entrega valor à sociedade.
A motivação passa a ser a de entregar algo à sociedade. O sujeito
percebe que só ele pode entregar o que a coletividade demanda.
Ele percebe que tem um papel social a cumprir.
Muitos possuem papéis sociais por causa do cargo, mas não da
habilidade. São médicos e não sabem exercer a medicina,
advogados e não sabem exercer o direito, políticos e não sabem
exercer a política. Não estamos falando deles.
Quem alcançou a sétima camada da personalidade domou suas
habilidades e é capaz de cumprir seu dever. Esta pessoa entende
a expectativa da sociedade e faz de sua vida uma entrega, um
serviço.
A experiência do papel social completa-se no casamento ou em
votos religiosos, sistemas que abarcam a totalidade do indivíduo,
enquanto uma profissão, por exemplo, solicita apenas uma
parcela.
A motivação não é servir à sociedade para se sentir bem ou para
ser remunerado. Este sujeito entendeu que seu trabalho pelos
outros é o seu lugar no mundo. Na obra “Dom Quixote” de Miguel
de Cervantes, o próprio Dom Quixote diz no final:
“Yo sé quien soy”.
Na sétima camada, o indivíduo já sabe com maior profundidade
quem ele é no mundo, sabe qual é o seu papel social. O
cumprimento de seu dever é a manifestação de seu amor, que
não é um sentimento, mas sim uma atitude.
Sofrimento
São relativos à percepção de estar no palco errado e ao não
cumprimento de expectativas mútuas, na falha do desempenho
do papel social. Não cumprir o papel que lhe cabe e que é
esperado é a causa da dor. Isto também envolve os outros, pois
pensa-se na infelicidade deles pela falha na entrega.
Objetivo principal
Compreender quem se é no grupo e ficar bem com isso.
8ª camada da personalidade: Síntese individual

Homem jogando xadrez com a morte, cena do filme O Sétimo


Selo.
Após a sétima camada, na qual o indivíduo sabe quem é no
mundo, surge a seguinte pergunta:
Quem sou eu diante da morte?
Italo Marsili, cuja explicação guia nosso resumo didático das 12
camadas da personalidade humana, explica que a motivação
diante da morte pode ser retificar ou ratificar. Consertar o que fez
até o presente ou confirmá-lo?
O indivíduo encontra-se diante da finitude de sua vida e é
convidado a refletir:
“Este sou eu e permanecerei fazendo isso até meu último dia. O que faço
possui valor mesmo sabendo que minha vida vai acabar, tem sentido
mesmo diante da morte”.
Ou
“O que foi que eu fiz da minha vida?”
Algumas pessoas, confrontadas com a ideia de um fim, percebem
que, diante da morte, fariam outra coisa, com outra qualidade e
intensidade. Na oitava camada da personalidade vive-se um
drama, um sofrimento muito específico.
Se o indivíduo percebe que seu dever não tem valor diante da
morte, mesmo assim não pode mudar deixando de fazer o que
faz, afinal ele cumpre um papel social importante. Por esta razão,
precisa encontrar a solução sem deixar de continuar servindo.
Não é atitude de oitava camada perceber a necessidade de
mudança, de largar todas as responsabilidades, de pessoas que lhe
são dependentes e de ir em busca das realizações. Isto é atitude
de quarta camada em busca de bons sentimentos.

Sempre que surgir o pensamento “vou largar tudo e mudar”, saiba


que ele não pertence a esta camada. Quem chegou aqui entendeu
seu dever sua responsabilidade Ao encontrar um problema
seu dever, sua responsabilidade. Ao encontrar um problema,
permanecerá até encontrar a solução.
Novamente: Retificar ou ratificar? Reparar ou reafirmar?
Se for reparar, a solução não pode deixar desamparados aqueles
que dependem de você na sociedade.
Não há deserção na oitava camada. Se a solução prática não for
encontrada, o indivíduo viverá com esta tensão até a morte.
Notamos que o amadurecimento dói, mas a felicidade que dele
resulta é mais plena.
Nela, toca-se naquilo que é e não pode deixar de ser. A noção de
verdade é realmente aprendida, juntamente com a reflexão entre
o bem e o mal. A personalidade padrão está completa.
Sofrimento
O sujeito sofre consigo mesmo ao pensar “O que fiz da minha
vida?”. Mesmo aqueles que acertaram, podem refletir sobre todo
o curso de sua existência. É preciso julgar a vida inteira sem culpar
ninguém.
Objetivo principal
Encontrar o sentido da vida diante da morte.
9ª camada da personalidade: Personalidade
intelectual
Esta é a camada da vida intelectual, na qual se vive devotamente
em busca da verdade. Não se trata de simplesmente estudar, pois
há analfabetos na nona camada. A motivação é conhecer e viver
imerso na verdade, não importa o que aconteça.
É a camada do conhecimento da verdade que formará sua
personalidade intelectual. Seu interesse será buscar a verdade,
mesmo que isso incomode os outros. Encontrar a solução para
um problema prático ou teórico que se apresente à sua
inteligência será mais importante do que a própria personalidade.
O indivíduo tentará solucionar seus problemas intelectuais para o
bem de sua própria consciência. É algo que se ele não fizer,
ninguém vai notar. Não se trata de buscar a verdade para os
outros, sim de uma necessidade interna, um imperativo.
Feito isto, já se pode passar para a décima camada.
Sofrimento
Quem chegar a este ponto sofrerá com a ausência de uma
solução para o problema que se apresenta ao seu intelecto. O
indivíduo não quer se sentir inseguro quanto à sua capacidade de

compreender a verdade e, portanto, seu mérito em influenciar as


pessoas.
Objetivo principal
Alcançar a criação intelectual, inserir a sua forma de ver o mundo
na sociedade.
Contamos com a colaboração de muitos professores que se
dedicam à vida intelectual no Núcleo de Formação da Brasil
Paralelo. São pessoas que servem ensinando a verdade,
ensinando a pensar, a estudar e a muito mais.
Torne-se Membro para acessar a todo este conteúdo.
10ª camada da personalidade: Eu transcendental
Trata-se da camada da vida moral. Uma vez conhecida a verdade,
vive-se e age-se diante dela. A questão feita é: Tudo o que faço na
minha vida corresponde à verdade?
Antes disso, a questão tinha um peso relativo e menos profundo.
Neste caso, você percebe que pode ser mau e não caminhar na
verdade. Você percebe que pode não agir de forma moral.
O indivíduo se vê como um representante da espécie humana,
dotado de autoconsciência e responsável por seus atos. Ele se vê
de um ângulo no qual qualquer outro em seu lugar também
encararia da mesma forma.
Ele obedece às próprias regras, de forma que morrer por elas não
seja mais um absurdo.
Sofrimento
Na décima camada, quando a pessoa percebe que foi imoral,
sente um profundo rasgo em sua biografia. Ela sofre por perder
poder.
Objetivo principal
Obter poder para exercer suas ideias na sociedade.
11ª camada da personalidade: Personagem
Ao passar um tempo constante no agir moral, alcança-se a
camada do “eu histórico”. Ora, quem assim agiu por muito tempo,
gera um efeito na história. Sua personalidade marca a história.
Ele percebe que as ações verdadeiras e morais não terminam com
a morte, não acabam neste mundo. Elas permanecem.
A motivação da décima primeira camada é a constituição de uma
personalidade duradoura através do tempo. Não importa se são
ações grandes ou pequenas, são ações inseridas na história como
um todo, no processo de evolução da espécie humana.

Neste caso, suas ações serão julgadas pela humanidade, afinal,


elas mudam o curso da história. Este tipo de ação não pode ser
avaliada pelo conteúdo social ou pelo proveito prático Acontece
avaliada pelo conteúdo social ou pelo proveito prático. Acontece
em função de algo que ainda não existe.
Quando Getúlio Vargas se suicidou, ele sabia que sua ação entraria
para a história e mudaria seu curso. Ele o fez conscientemente,
posicionando-se como peça histórica em um momento
específico, com a certeza de que o que ele que estava fazendo
mudaria o pensamento da coletividade humana.
Napoleão Bonaparte, George Washington, Lênin, Stálin, Alexandre
e Genghis Khan são outros exemplos de personalidades que
mudaram conscientemente a história.
Sofrimento
A dor desta própria camada é justamente falhar em atos
históricos e não alcançar impacto, não modificar o rumo das
sociedades.
Objetivo principal
Mudar conscientemente o curso da história com suas ações.
12ª camada da personalidade: Destino final
Foto de Madre Teresa de Calcutá.
A motivação é um constante agir diante de Deus.
Finalmente chegamos ao final das 12 camadas da personalidade.
Nesta última, temos um sujeito transcendental.
Não se trata apenas de estar diante do fim, da morte. A pessoa se
vê diante de um observador onisciente, do destino final. Deus
conhece todas as coisas, todos os corações, o melhor e o pior.
Muitos têm religião, frequentam os templos e seguem os ritos de
culto. Mesmo estas pessoas terminam o mês pensando em
dinheiro, nos problemas do mundo, na morte. Em qualquer
camada é possível gostar de Deus. Mas, nas camadas inferiores, a
motivação por excelência não é Deus.
Nesta camada o sujeito precisa responder pessoalmente diante
d’Aquele que sabe tudo e criou tudo. Ele precisa responder a um
ser infinito. Cada ato é concebido sob um prisma eterno, cada
ação é pensada diante de Deus.
Na 12ª camada, acontece o encontro com o sentido da vida. O
indivíduo aceita o sofrimento inevitável por amor a Deus. Um
santo católico, por exemplo, será enigmático e complexo caso
Deus seja retirado da interpretação de seus atos.
Outros exemplos de pessoas que alcançaram a décima segunda
camada são Jesus, Gandhi, Sidarta Gautama, Moisés e Maomé.
Sofrimento
Decepcionar a Deus, não correspondê-lO. Sofre-se pela própria
humanidade.
Principal objetivo
A redenção.
Veja este vídeo que resume as 12 camadas de forma ilustrativa:
AS 12 CAMADAS DA PERSONALIDADE DE OLAVO DE CARVALHO | Insight BP

Por que acreditar nesta teoria?


Para o Professor Olavo de Carvalho, a primeira coisa a ser dita é
que ela é auto-evidente. À medida em que é apresentada, a teoria
demonstra uma geometria de encaixe dos argumentos e é
reconhecida na vida.
O ouvinte percebe que é verdade quanto mais ouve e entende.
Isto ressignifica sua vida. A teoria não permanece teórica, pois está
ancorada em fatos, ela está adequada à realidade.
Ela também é crível por acomodar diferentes fenômenos
psicológicos descritos por Piaget, Freud, Jung, Lacan, Szondi,
Frankl. A teoria das 12 camadas da personalidade não cria
fenômenos imaginados, mas organiza os que existem e que já
são percebidos.
Conclusão
As 12 camadas da personalidade fecham o ciclo de uma vida
humana. Explicam a vida daquele que possui um corpo, se
manifesta, aprende, supera sua necessidade afetiva, confronta o
mundo em busca de vitória, conquista habilidades úteis, descobre
um dever social, vê-se diante da morte, busca a verdade, busca a
vida moral, constitui um “eu histórico” e alcança a transcendência
diante de Deus.

Quanto mais avançado nas camadas, mais singular é o indivíduo,


mais pessoal, mais único. É por isso que ele tem mais
personalidade é menos identificado com as massas e se parece
personalidade, é menos identificado com as massas e se parece
mais consigo mesmo do que com os outros.
Tendo lido tudo isso, você consegue responder em qual camada
da personalidade você se encontra? Compartilhe o artigo para
que mais pessoas conheçam a teoria.

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