PROVA 1º Bimestre Aconselhamento e Orientação
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Relate como Rollo May descreve O filho mais velho, o segundo filho, o
filho mais novo,e filho único.
Resposta no FINAL
Questão 09)
Filho mais velho numa família tende a possuir um senso de responsabilidade mais
acentuado. Gozou de todo o amor e solicitude dos pais durante os primeiros anos e isto
outorgou-lhe uma certa estabilidade. Também foram-lhe confiadas responsabilidades desde
muito cedo, provavelmente tendo sido requisitado para ajudar a mãe em pequenas tarefas e
mesmo na educação das outras crianças. É bem provável que tenha sido o depositário de
confidências dos pais e tenha partilhado muito mais de suas decisões do que os outros filhos.
O filho mais velho tende, assim, a defender a lei e a ordem, a ser conservador e amante da
estabilidade.
Segundo filho. Este, quando vem ao mundo, confronta-se com um rival que já tem um ou dois
anos de idade. Durante os anos de infância e meninice sempre teve que seguir os passos de
alguém capaz de andar, falar e fazer muitas coisas antes dele. Por isso, o segundo filho sente
a presença constante e viva de sua inferioridade, e se desdobra como um atleta, tentando
ultrapassar quem corre à sua frente. Mas o destino quer que o mais velho tenha sempre a
vantagem no crescimento e no tamanho, e é provável que o segundo, por mais que se
empenhe, não consiga alcançá-lo. Ele pode dominar uma atividade especial na qual supere o
mais velho
Filho mais novo foi reconhecido através de toda a História como aquele que ocupa uma
posição especial. Em muitos contos de fadas é a filha mais nova que casa com o príncipe, ou o
filho mais novo que adquire grandeza através de uma habilidade incomum e torna-se o
salvador de toda a família.
Por isso, o caçula pode adquirir uma atitude particularmente afetuosa em relação ao mundo e
uma expectativa geral de que amará e será amado por todos.
Filho único. Há muito se reconhece a dificuldade de sua posição. Todo o amor e a atenção
dos pais foram acumulados nessa criança. Seus pais prestaram-lhe uma atenção toda
especial, por medo de que algo pudesse acontecer a ele, seu único filho. A criança recebe,
assim, muito mais atenção e esforço educativo do que aquelas que têm irmãos e irmãs. Esse
filho único tampouco tem a experiência dos contatos sociais e não aprende a viver com outros
indivíduos, o que não acontece com crianças de famílias mais numerosas. Tudo isso quer dizer
que essa criança tem mais probabilidade de ser mimada, desenvolvendo assim uma atitude de
carência e de dependência face à vida. Ela pode esperar que o mundo lhe venha ao encontro,
como realmente acontecia na sua infância. E quando isso não se dá, ela sente em seu íntimo
que foi traída e toma uma atitude ressentida e acovardada diante da vida.
O quadro que o filho único enfrenta, entretanto, não é totalmente negro. Ele possui maiores
possibilidades de desenvolvimento do que outras crianças, pois foi alvo dos esforços
educativos combinados de ambos os pais e certamente teve mais oportunidades para
autodesenvolver-se.