O Teu Corpo Não Mente - Luis Martins Simões
O Teu Corpo Não Mente - Luis Martins Simões
O Teu Corpo Não Mente - Luis Martins Simões
Mafra – Portugal
INTRODUÇÃO
Esotérico
Esotérico quer dizer que vem de dentro, por oposição a
exotérico, que quer dizer que vem de fora.
É pena que, hoje em dia, a palavra esoterismo sirva de
posicionamento profissional/social para alguns que se dizem
especialistas em metafísica, em plantas, em mezinhas, em
chazinhos, etc., seja sob que abordagem for. Dizem-se os
esotéricos! Clamam não ser os conformistas da sociedade. E
afirmam-se como tal. Se possível, até pelas vestes, pela
aparência diferente, etc. Proclamam o distanciamento e a
descoberta da viagem interior. Não é o caso de todos, mas de
uma grande maioria.
Para outros, aqueles mais agarrados a algum conformismo,
serve de insulto. Ouve-se por vezes: "És muito esotérico!",
querendo a pessoa que usa esta expressão dizer: "És muito
fantasioso!" ou "Não tens os pés na terra!". E assim formam-se
freqüentemente dois grupos. O dos esotéricos e o dos contra o
esoterismo.
Nenhum dos dois grupos percebeu mesmo o sentido da palavra
esotérico.
Sobre mim
Na minha vida, tenho duas vertentes profissionais diferentes e
ambas são profundamente esotéricas.
Por um lado, sou consultor e formador de empresas em temas
ligados a atitudes, motivação, comunicação, liderança. Entendo
que todos estes temas devem ser tratados de modo esotérico.
Ou seja, toda a gestão de empresas ou de qualquer outra
colectividade é, e deve ser vista como tal, esotérica. Quer dizer
que se deve olhar para dentro e ouvir os sinais da empresa e do
seu reflexo no mercado e procurar perceber onde há disfunções,
onde a nossa imunidade empresarial está a falhar, onde estão
as causas internas dos desequilíbrios da colectividade.
O meu posicionamento é bastante único no mercado
empresarial, pois recuso qualquer razão exotérica para o mau
funcionamento de qualquer actividade empresarial ou outra.
Sou, portanto, um consultor de empresas esotérico no sentido
verdadeiro da palavra.
Por outro lado, faço pesquisa sobre equilíbrio pessoal,
desenvolvimento pessoal, trabalho com o impalpável, com o não
concreto, com a energia subtil. Dou cursos, consultas e escrevo
livros. Todos eles muito esotéricos.
Do livro
Todas as pessoas que percebem que são responsáveis pelo que
lhes aconteceu trabalham com esoterismo. Todas as que
recusam a responsabilidade pelo que lhes aconteceu trabalham
com exoterismo.
Neste caso, este livro é sobre o corpo humano. E o corpo
humano é profundamente esotérico. A maioria das pessoas,
impelida pela nossa cultura divulgada pelos costumes, pela
tradição, pela educação e pelas influências, prefere olhar para
fora do corpo à procura dos germes, dos parasitas, de tudo o
que existe no planeta e na atmosfera que nos quer atacar, para
conseguir perceber porque contraiu tal ou tal sintoma. Como se
o ser humano fosse a presa preferida de toda a natureza. Nunca
assim foi, nem nunca o virá a ser.
O corpo emite sons, emite vibrações, emite sensações, emite
emoções. Todos os sinais que vêm de dentro do nosso corpo
são autênticas instruções para levarmos a nossa vida de um
modo mais equilibrado. Olhar para fora do corpo não nos ajuda.
Qualquer sintoma físico e/ou emocional mostra desalinhamento.
Mostra que a nossa mente e as nossas crenças nos fazem ter
pensamentos que não são nada bons para nós.
Qualquer pessoa que queira viver equilibrada mental, emocional
e fisicamente terá de se libertar das crenças dos pais, da
família, do clã, da sociedade, das religiões, dos professores, e
voltar ao processo tantas vezes desprezado da constatação do
que funciona para si e do que não funciona para si. O corpo é
um instrumento fabuloso para isso, porque não mente e nos diz
tudo o que se passa com a nossa consciência, com o nosso
modo de pensar.
Autoestima quer dizer ser inteiro. Já o dizia Ricardo Reis
(Fernando Pessoa): "Para seres grande, sê inteiro, nada teu
exageres ou excluas, sê todo em cada coisa, põe quanto és na
menor coisa que faças..."
Quando não somos inteiros, quando procuramos, com as nossas
crenças, com a nossa necessidade de aprovação e com os
nossos pensamentos viciados esconder uma parte de nós e pô-
la na sombra, o corpo encarrega-se de a projectar para a luz,
literalmente, sob forma de sintoma físico. Todo o bloqueio
mental é projectado pelo corpo como sintoma. E o corpo não
mente.
Este livro tem por função ajudá-lo a perceber o que o seu corpo
lhe quer dizer.
Muita gente procura longe (às vezes indefinidamente longe) as
respostas para a sua vida, quando essas respostas afinal estão
dentro dela.
Este livro ajuda-nos a aprender a ouvir o nosso corpo. É por isso
um livro esotérico do corpo humano na verdadeira acepção da
palavra.
De facto, tudo parte da nossa consciência. Todo o sintoma que o
corpo cria é uma chamada de atenção para que percebamos o
que deveríamos constatar e mudar ao nível do nosso processo
de pensamento e ao nível do nosso comportamento. Este livro
constitui uma tomada de consciência.
Nesta obra, a idéia de responsabilidade do doente está sempre
presente.
Normalmente, o vocábulo responsabilidade é tornado sinônimo
do vocábulo culpa. Mas, de facto, eles não são nada sinônimos.
Responsabilidade quer dizer capacidade de dar resposta. É um
vocábulo que se conjuga no presente e que permite por isso à
pessoa que percebe que é responsável mudar o seu modo de
estar ou de actuar. Responsabilidade quer dizer que eu tenho
voto na matéria.
Ora a culpa, ela, procura fazer a pessoa deter-se no passado,
onde a pessoa já nada pode fazer. Procurar a culpa e os
culpados aumenta o sintoma de qualquer pessoa, ao passo que
tornar-se responsável por alterar um estado é tomar consciência
da responsabilidade que temos no tipo de vida que podemos
criar.
Quando estiver a ler a descrição de um sintoma e concluir que a
pessoa tem um problema com o Pai, por exemplo, tenha
cuidado, pois não se trata de começar a culpar o Pai. Não!,
quem tem a responsabilidade por restabelecer o equilíbrio é o
próprio doente. Cuidado, é sempre a pessoa, não o Pai ou a
Mãe ou qualquer outro. Quem tem o sintoma é a pessoa, não o
Pai ou a Mãe ou qualquer outro.
Só no caso das crianças é que é necessária uma alteração do
comportamento dos pais. No caso do adulto, o corpo pede acção
interior, ou seja, responsabilidade para enfrentar, confrontar e
manifestar. O outro, o Pai, por exemplo, decidirá mudar, se
quiser. Mas isso é problema dele.
Na nossa sociedade actual, o doente entrega-se ao médico, ou
ao terapeuta, recusando qualquer grau de responsabilidade que
seja, tanto no que lhe aconteceu como no que há que fazer para
que não volte a acontecer.
É indispensável que todos percebamos, como doentes, que o
terapeuta ou o médico só devem intervir para nos ajudar a sair
da situação que criámos se nós também mantivermos parte
activa no plano de cura. Digamos que poderíamos atribuir
cinqüenta por cento de responsabilidade ao terapeuta/médico e
cinqüenta por cento ao doente.
Este livro tem por objectivo apenas ajudar as pessoas a tornar-
se responsáveis pela sua vida, responsáveis pelo que atraíram
até agora e pelo que vão mudar a partir do momento em que
perceberem em que medida criaram verdadeiramente o estado
doente em que se encontram.
Doentes
De facto, não há doenças. Há doentes. Curar aquela a que
chamamos doença, e que afinal não é mais do que o(s)
sintoma(s) físico(s) que o corpo mostra, é atacar-se ao efeito e
não à causa. Houve-se frequentemente no falar corrente, nos
media, pelas ruas, que tal pessoa está a lutar contra esta ou
aquela doença, que fulano venceu o cancro, que é preciso lutar
para se manter vivo perante uma doença. Afinal, andamos todos
a declarar guerra a efeitos, sem sequer percebermos as causas.
E as causas estão sempre na pessoa. O exterior pode apenas
catalisar um processo que, de todos os modos, é sempre
endêmico.
Por isso, mais do que atacar a doença, talvez valha mais a pena
abraçar o indivíduo, a pessoa, que afinal é o único responsável
pelo estado em que está. Digo responsável, não digo culpado!
Então, mais do que uma luta, teremos de procurar na pessoa
exactamente que pensamentos e crenças costuma utilizar, pois
assim chegaremos a perceber como se anda a violar na vivência
diária da sua vida.
Ajudar a curar o doente, não a doença, esse é o humilde
propósito deste livro.
Mas, quando chegarmos à causa, cuidado com as causas
vagas, espalhafatosas e generalistas. Certas pessoas e certas
obras dizem por exemplo que problemas de rins são causados
por medos. Pois são. Mas isso é muito vago. Medos? Que
medos? Medo de não conseguir alcançar um objectivo? Medo de
ser castigado? Medo dos outros? Medo de si próprio? Medo dos
pais? Medo da mãe? Medo do cônjuge? Medo de perder o amor
dos seus? Não ajuda. Não é claro. A pessoa vai dar voltas e
voltas e nunca vai encontrar. Porque os medos, nos rins, são
causados por outras coisas. E são essas coisas que é preciso
descobrir. Porque, afinal, problemas de fígado, por exemplo,
também têm origem em medos.
É preciso sempre, em todos os doentes, perceber o que
sentiram relativamente a um determinado facto. O que sentiram
e o que talvez tenham feito por esquecer. E esse sentimento
está nas suas vidas de todos os dias. É recorrente, contínuo. E
não está nos medos só. Está noutras coisas.
Há pessoas a quem aconteceram as mesmas coisas mas que as
sentiram de um modo diferente, umas criando sintomas e as
outras não. Não é o acontecimento que é a causa do sintoma,
mas o sentimento da pessoa. Esse sentimento é único e,
sempre que não for verbalizado, será o causador dos problemas
do corpo.
Do padrão de pensamento
Todo o sintoma representa falta de amor por nós. Todo o
sintoma mostra que prestamos mais atenção e damos mais
importância ao que os outros querem que façamos do que àquilo
que sentimos que devemos fazer. E quem são os outros? A
família, os amigos, a escola, a sociedade, a religião, o estado, a
lei.
Um dos exemplos mais abrangentes como enorme causa para a
grande maioria dos sintomas psicológicos e físicos que as
pessoas sentem prende-se com a utilização da capacidade
sexual.
De facto, há certas pessoas cujas famílias, amigos, escola,
sociedade em que vivem, religião a que pertencem, consideram
que o sexo é mau, que deve ser reprimido e castigado e que
representa uma manifestação baixa do ser no seu mais reles
estado e na sua mais reles e animal aparência.
E, no entanto, interessante constatar que, nos animais
selvagens (estou a falar dos que são verdadeiramente livres e
que não estão circunscritos a espaços domésticos) os sintomas
psicológicos e físicos, quando por acaso existem, são resolvidos
de um modo muito rápido. Não há doentes nos animais
selvagens. Há, isso sim, feridos e mortos. Na sua baixeza
animal, não têm sintomas. Dá que pensar, não dá?
Em muitas famílias, em muitos clãs, os pais, em vez de ajudar
os rebentos, em vez de os suportar, de procurar perceber o que
sentem, em vez de lhes dar alento para que vivam as suas
emoções, os seus impulsos, preferem controlá-los, policiá-los e
castigá-los. Brilhante, de facto! Os que deveriam ser os maiores
aliados dos miúdos neste mundo tornam-se os seus maiores
polícias, juizes e carrascos.
Toda a pessoa precisa de viver as suas emoções.
A palavra emoção vem do latim de ex-movere, que quer dizer
mover para fora.
As emoções devem ser vividas, não forçosamente com o
comportamento, mas devem ser, sobretudo, verbalizadas.
Verbalizar o que se sente é remédio santo para evitar problemas
no corpo. O grito da emoção é o que ela quer dizer do ponto de
vista etimológico, um grito que vem de dentro, um grito
profundamente esotérico que se ex-move.
Se, por alguma razão, me impeço de sentir o que sinto e,
sobretudo, me impeço ou sou impedido de o verbalizar, o corpo
vai precisar de exteriorizar essa emoção de outra forma. E fá-lo-
á com um sintoma físico. O corpo mostra literalmente à pessoa o
que ela quis esconder e não verbalizou.
A pessoa que não verbaliza o que sente não verbaliza o conflito.
Se a pessoa sentir o conflito interno com menor intensidade e
não o verbalizar, criará um sintoma físico pequeno. Se a pessoa
sentir um conflito interno com enorme intensidade e não o
verbalizar, então poderá criar um cancro ou qualquer outro
sitoma grave.
Ouvir o corpo
Ouvir o corpo pode consistir em ouvir o grito do corpo quando
temos um sintoma.
Pode também consistir em ouvir o corpo quando o sintoma é
apenas pontual e apenas surge uma vez. Por exemplo, quando
como pepino, não digiro bem. Muito bem. Não procure mais.
Não coma pepino. Oiça o seu corpo. Não está na altura de
comer pepino.
Se bebeu demasiado, acordou com dores de cabeça. Isto não
constitui um sintoma em si. E uma relação de causa efeito
imediata que não é necessário interpretar. Se comeu uma
refeição estragada e acabou com uma enorme diarréia também
não consiste num sintoma que deva ser interpretado.
Mas, se está sempre a beber de mais ou constantemente a
comer comida estragada, aí o sintoma já é interessante, pois já
náo se trata de um sintoma de relação causa efeito imediato,
mas de um grito interior do corpo, de uma tensão que afinal está
oculta ou não consciente.
Da polaridade yin/yang do corpo
QUESTÕES DE CONSTITUIÇÃO
Da encarnação
Do ponto de vista da constituição do ser humano, sabemos que
o ser humano é um animal. Ora a particularidade dos animais é
que nascem da cabeça para os pés, ou seja, do Céu para a
Terra. Encarnamos. Quer dizer que nos dirigimos para a Terra.
Os vegetais fazem o contrário. Nascem da Terra para o Céu,
"dos pés para a cabeça". Logo neste movimento do nascimento
dos animais da cabeça para os pés e das plantas dos pés para a
cabeça encontramos encaixe, harmonia entre os animais e as
plantas.
No mundo dual da matéria em que encarnámos, tudo é soma de
dois opostos. Se assim não for, não haverá harmonia. A luz
precisa da escuridão, o macho precisa da fêmea. Tudo é
encaixe. A evolução só se dá se houver dois opostos. Assim,
chegamos à realidade do yin e do yang e dos modelos
masculino (Pai) e feminino (Mãe) dos humanos.
Estes dois opostos criam uma polaridade que leva ao equilíbrio
e à harmonia.
Falemos então da polaridade do corpo.
O ser humano recebe a força do Céu, yang, masculina, pelo seu
lado esquerdo e a força da Terra, yin, feminina, pelo seu lado
direito. Este é o modo como é constituído.
A constituição da pessoa é função de muitos ingredientes que se
prendem, todos, com o propósito da vida da pessoa quando
encarna.
Com o que tem como mensagem para este mundo onde
encarnou. Com o karma.
Canhotos e dextros
No cérebro da pessoa estão gravados os vários estados pelos
quais passou a vida animal na Terra (inconsciente colectivo). E
nestes estados estão obviamente incluídos os conflitos de
ordem sexual e de preservação e perenidade da espécie. Na
vida animal, o valor mais alto sempre foi a perenidade da
espécie. Primeiro a espécie e, só depois, o indivíduo. E o
território sempre foi essencial na vida na Terra. No cérebro está
então marcada a família no seu estado bruto e primitivo.
Nesta dualidade da vida terrestre onde encarnámos, essa
dualidade familiar é marcada pela dualidade homem e mulher.
Esta dualidade representa encaixe. Quando há harmonia, há
encaixe. Há complementaridade. Foi por isso que na vida animal
na Terra foi necessário criar esta dualidade na família, para
assegurar a perenidade da espécie e assim diferenciar os sexos,
para que um cuidasse da criança e o outro da protecção. Esta é
a razão da diferença entre os sexos na vida animal.
Na sociedade primitiva, o homem servia para proteger e caçar e
a mulher servia para criar as crianças.
Quando surgiam assaltantes, os homens iam ao combate e as
mulheres fugiam com as crianças.
Se os assaltantes fossem mais fortes do que os homens da
família, quem é que poderia proteger a espécie para assegurar a
sua sobrevivência? Boa pergunta. E foi aí que se criou outra
distinção também dual. E que nem todos iam ao combate. Eram
necessários dois tipos de homens e dois tipos de mulheres.
Existiam homens dextros e canhotos e mulheres dextras e
canhotas. Nos animais também já se dava o caso. Alguns eram
canhotos e outros dextros.
Assim, uma parte dos homens ia ao combate e a outra parte
devia fugir. Uma parte das mulheres podia ir ao combate e a
outra parte devia fugir, embora as mulheres só fossem ao
confronto se fosse necessário.
Sempre que a natureza pudesse escolher, seria sempre o
canhoto que iria ao combate. A ordem de ida ao combate era:
primeiro os homens esquerdinos e depois os dextros e só depois
é que poderiam ser as mulheres, as canhotas, e só em último
caso é que iriam as dextras.
Alguns humanos nascem canhotos e outros dextros. Esta
característica também se prende com a constituição da pessoa e
com o seu propósito de encarnação que não nos importa
discutir, julgar ou contestar. Apenas constatar e aceitar. Uns
nascemos canhotos e outros dextros. E ponto.
Da polaridade do cérebro
No cérebro, existe um hemisfério direito, que éyin, feminino, e
um hemisfério esquerdo, que éyang, masculino. Prendem-se
com questões comunicacionais.
O cérebro direito é criativo, suave, sensível, flexível, intuitivo,
submisso, passivo, yin, e o cérebro esquerdo é poderoso,
voluntário (usa a vontade), trabalhador, guerreiro, enfrenta e é
directivo, activo, yang.
O lado direito do corpo parece ser comandado pelo hemisfério
cerebral esquerdo e o lado esquerdo do corpo pelo hemisfério
cerebral direito.
Por este raciocínio, como sabemos que o dextro funciona mais
com o lado direito do corpo, poderíamos erradamente deduzir
então que o humano dextro seria mais yang (funcionaria com o
cérebro esquerdo mais yang, mais masculino) e que o humano
esquerdino seria mais yin (funcionaria com o cérebro direito,
mais yin, mais feminino). Mas, de facto, não foi de todo isso que
foi dito acima. Não é de todo assim que acontece. Porque, de
facto, no cérebro, existe um duplo cruzamento.
Os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo do córtex
cruzam, ou seja, influenciam cada um a parte oposta do corpo,
mas depois, ao nível de outra parte do cérebro, a medula, que
se prende com questões de agressividade e defesa, voltam a
cruzar. Existe, portanto, um duplo cruzamento.
E o fusível, quando se trata de protecção, encontra-se ao nível
da medula e não do córtex. Este fusível dá-se onde se dá o
conflito. Ele é o interruptor. Portanto, os dextros funcionam a
partir do hemisfério direito da medula (e esquerdo do córtex). E
os esquerdinos funcionam ao nível do hemisfério esquerdo da
medula (e direito do córtex).
Podemos concluir que, do ponto de vista da sua constituição, o
humano canhoto é mais agressivo do que o humano dextro, seja
homem seja mulher. Mas, do ponto de vista da condição, ou seja
do modo de viver, de pensar, de estar, não é obrigatório que o
canhoto seja mais agressivo do que o dextro.
Os canhotos, durante a gravidez, tiveram maior permanência da
força do Céu, ou seja, da energia yang do Pai. É uma questão
de constituição e de karma, já vimos.
QUESTÕES DE CONDIÇÃO
Do ponto de vista da condição, ou seja do modo de pensar, de
sentir, de estar, de lidar com os outros, com a vida e com o
mundo, não é possível afirmar taxativamente que exista um lado
do corpo que é yang, masculino, e um lado que éyin, feminino.
Aqui, na condição, falamos de comportamentos yang,
masculinos e de comportamentos yin, femininos,
independentemente das questões de constituição da pessoa. O
comportamento yang é assim baseado na vontade, na força, no
poder, no sentido de direcção, na masculinidade, na
determinação, no comportamento guerreiro, e na possível
ligação ao modo de pensar e de agir masculino, ao modelo de
homem e ao Pai biológico. O comportamento yin é baseado na
vivência da emoção, na sensibilidade, na intuição, na
feminilidade, numa maior passividade, na capacidade de soltar,
no modo de pensar e de agir feminino, no modelo de mulher ou
da Mãe biológica. Esta definição dos comportamentos yang e yin
é para todos, seja para um homem ou para uma mulher, um
canhoto ou um dextro.
Neste livro afasto-me totalmente de qualquer tentativa
dogmática ou teórica de definir a polaridade yin/yang do corpo
unicamente em função dos lados do corpo, simplesmente
porque ela não existe como tal. Não me parece que haja de todo
um lado yang do corpo e um lado yin do corpo.
Do que se lê
Na minha experiência de catorze anos com esta questão da
polaridade do corpo em função do lado direito e do lado
esquerdo, ouvi e li muitas coisas. Certas pessoas dizem que,
para os dextros, todo o lado direito do corpo éyange o esquerdo
yin e que, para os canhotos, todo o lado esquerdo é yang e o
direito yin. Outras dizem exactamente o oposto. Que o lado
direito é yin e que o esquerdo é yang para dextros e o oposto
para canhotos. Outras ainda fazem a distinção entre o céu
anterior e o céu posterior. Entendem que todos os sintomas que
se dão durante a vida da pessoa (céu posterior), se são do lado
direito, são yin e que, se são do lado esquerdo, são yang. Mas
que, se forem prévios ao nascimento da pessoa ou apenas
durante um sonho (céu anterior), então aí o lado direito é yang e
o esquerdo yin. Outros há que consideram que o lado direito e o
lado esquerdo não têm por que ser sempre yang ou sempre yin.
Que apenas há órgãos mais yang e outros mais yin.
Outros ainda consideram, por exemplo, que a cabeça (acima
dos ombros) é mais yang do que o tronco e que o tronco é mais
yang do que as pernas. Outros ainda consideram que a forma do
órgão torna-o mais yang ou mais yin, mas que a sua função o
torna mais yin ou mais yang, respectivamente.
Alguns destes, e outros ainda, dizem que o canhoto, quanto a
polaridades, é o oposto do dextro e outros dizem que não, que o
canhoto é igualzinho ao dextro do ponto de vista da polaridade.
Em que ficamos? Escolhemos uma via e seguimo-la? Já
enveredei por aí. Primeiro, decidi seguir a via ào yang ào lado
direito e do yin do lado esquerdo para dextros e do yin do lado
direito e do yang do lado esquerdo para canhotos. E funcionou
durante os primeiros tempos. Até que, com a experiência
empírica do contacto com as pessoas, comecei a achar que só
batia certo em alguns casos. Depois, decidi enveredar pela linha
oposta. O lado yin seria o lado direito e o lado yang o lado
esquerdo para dextros e vice-versa para canhotos. Também
funcionou durante os primeiros tempos. Até que, com a
experiência empírica do contacto com as pessoas, tal como na
teoria anterior, comecei a achar que só batia certo em alguns
casos.
Em qualquer caso, quando aparecia um canhoto, a baralhada
era gigantesca.
E a pergunta permanecia sempre na minha cabeça: "Quando
aparecer uma pessoa com os órgãos do lado oposto à grande
maioria das pessoas, o que deverei pensar?" É que, de facto,
existem pessoas assim.
O que parece evidente é que todas as teorias que decidem por
uma polaridade única do corpo têm tendência a transformar a
leitura de sintomas numa receita. E muitas baralham questões
de constituição com questões de condição.
Fazem-no para facilitar, suponho, ou talvez para vender
soluções empacotadas.
A minha visão
A polaridade yinlyang dos sintomas emocionais e físicos do
corpo prende-se com comportamentos e portanto
exclusivamente com condição. Esses comportamentos têm
muitas origens. Todo o sintoma é resultado de um processo
mental que não funciona, seja qual for a constituição da pessoa.
É verdade que pessoas com constituição mais forte agüentam
melhor certos desequilíbrios físicos do que as que têm
constituição mais fraca. Mas a constituição nunca está em
questão na determinação das causas de aparecimento de um
sintoma físico ou emocional, excepto nos fetos, recém-nascidos
e jovem crianças.
Aparelho circulatório
O diagnóstico dos sintomas do aparelho circulatório não se
prende com a dualidade lado esquerdo yin e lado direito yang do
corpo (ou vice-versa), nem com a distinção entre canhotos e
dextros. O lado direito do coração é o lado feminino, yin e o lado
esquerdo do coração é o masculino, yang. Para todos! Canhotos
e dextros!
Com efeito, do lado esquerdo temos a aurícula e o ventrículo e
do lado direito também.
Do ventrículo esquerdo sai o sangue vermelho, pela aorta, um
sangue vivo, oxigenado (yang) e, pelo ventrículo direito, chega
um sangue mais lento, o sangue venoso, rico do conhecimento
que tem do corpo e que vem purificar-se trazido pelas veias
(yin).
Os ventrículos são dinâmicos e as aurículas são mais passivas.
Portanto, os ventrículos são mais masculinos (yang) e as
aurículas são mais femininas (yin). Temos assim uma dupla
dualidade. O lado esquerdo é mais yang. Mas o lado das
aurículas é mais yin.
Assim, a aurícula direita mostra o yin do yin. A aurícula
esquerda mostra o yin do yang. O ventrículo direito mostra o
yang do yin. O ventrículo esquerdo mostra o yang do yang.
As artérias são a parte yang da circulação. Elas saem do
ventrículo esquerdo e transportam o oxigênio e os nutrientes
para as células. Os problemas arteriais são característicos de
um comportamento muito masculino, muito yang, muito regrado,
muito controlador, dominado por um pensamento muito
cartesiano, muito radical. Os problemas arteriais são mais
comuns na parte superior do corpo, que é a parte mais
masculina do corpo, nomeadamente no tórax, nos braços e na
cabeça.
As veias constituem a parte yin do sistema circulatório. Levam o
sangue usado para o fígado e para os rins para o filtrar e para
os pulmões para evacuar o anidrido carbônico e substituí-lo por
oxigênio. O coração recebe as veias pelo lado direito, o lado
mais passivo do coração.
Problemas de veias mostram uma vida pouco alegre, passiva,
que deixa a alegria passar ao largo. São problemas mais típicos
de comportamentos demasiado yin, demasiado passivos,
demasiado femininos, de anulação de si próprio, de não há nada
a fazer. Estes problemas têm mais tendência a dar-se na parte
inferior do corpo e nomeadamente na zona pélvica, genital e nas
pernas.
A polaridade yin/yang deste aparelho é a seguinte: sintomas nas
artérias e sintomas no tronco, nos braços e na cabeça (parte
superior do corpo) reflectem comportamentos demasiado yang,
muito masculinos, muito guerreiros. Sintomas nas veias e
sintomas na bacia e nas pernas reflectem comportamentos
demasiado yin, demasiado passivos, demasiado femininos.
Para os canhotos e os dextros é exactamente a mesma coisa.
Aqui não há distinção entre canhotos e dextros.
Aparelho digestivo
Os problemas do aparelho digestivo não se prendem com a
polaridade lado esquerdo yin e lado direito yang ou vice-versa,
seja em canhotos ou dextros. Não há, neste aparelho, qualquer
denominador comum quanto à polaridade yin/yang. E não há
qualquer distinção entre canhotos e dextros. Cada órgão está
tratado como um caso particular.
Há apenas duas excepções: a das cáries dentárias (esmalte dos
dentes) e a das mucosas dos sínuses, da boca e do nariz, que
são regidas pelos hemisférios cerebrais do córtex. Assim, aqui,
o cérebro direito, yin, influencia as cáries e as mucosas do lado
esquerdo e o hemisfério esquerdo, yang, influencia as cáries e
mucosas do lado direito. Assim, só nestes dois casos é que um
sintoma do lado direito é yang (masculino) e um sintoma do lado
esquerdo é yin, feminino, para todos, dextros e canhotos.
Aparelho locomotor
Neste aparelho, em ossos, articulações, tendões, ligamentos e
músculos não há sempre um denominador comum quanto à
polaridade yinlyang em função do lado do corpo em que se
encontram.
Os sintomas do aparelho locomotor prendem-se com
inflexibilidade mental e desvalorização. Ora a desvalorização e a
inflexibilidade prendem-se habitualmente com questões
comunicacionais, mas podem também prender-se com a
sensação de agressão física ou verbal, o que dá origem a uma
polaridade yin/yang do corpo diferente segundo os casos.
De facto, as questões comunicacionais prendem-se com os
hemisférios cerebrais do córtex, que têm um efeito cruzado no
corpo, o hemisfério direito dominando o lado esquerdo do corpo
e o hemisfério esquerdo dominando o lado direito do corpo.
Assim, neste caso, o sintoma do lado direito do corpo mostra
comportamentos demasiado yang (masculinos) e o do lado
esquerdo mostra comportamentos demasiado yin (femininos).
Para todos, dextros e canhotos. É para todos, pois os canhotos
têm os hemisférios cerebrais iguais aos dos dextros.
As questões ligadas a agressão não se prendem com
comunicação. A pessoa reage à agressão e o gatilho da tensão
prende-se com a medula do cérebro. Assim, em caso de
agressão, os sintomas em ossos, articulações, tendões,
ligamentos e músculos que se dão do lado direito do corpo
mostram comportamentos yin (femininos) e os do lado direito
mostram comportamentos yang (masculinos). Para todos,
canhotos e dextros. De facto, o efeito da medula do cérebro no
corpo não é cruzado, o lado direito da medula influenciando o
lado direito do corpo e o lado esquerdo influenciando o lado
esquerdo do corpo. Por tudo isto, o diagnóstico yin e yang nos
sintomas do aparelho locomotor em função apenas dos lados do
corpo tem de ser muito cuidadoso. Hoje em dia, os problemas
comunicacionais são muito mais freqüentes do que as
agressões. E provável que os sintomas sejam quase todos
criados por tensões relacionais ou comunicacionais. Por isso,
em termos de diagnóstico, pode começar-se por considerar que
o lado direito do aparelho locomotor diz respeito a
comportamentos muito yang e que o esquerdo diz respeito a
comportamentos muito yin, mas sem dogmas, para todos,
dextros e canhotos, mas com cuidado na avaliação.
Aparelho reprodutor
Os problemas do aparelho reprodutor só se prendem com a
polaridade yin e yang em função do lado do corpo nos órgãos
pares (ovários, mamas, trompas de Falópio e testículos), mas
sem um denominador que seja sempre comum. Estão tratados
caso a caso. Os sintomas nas mamas prendem-se com a
polaridade mama esquerda e mama direita, mas sem um
denominador comum. As trompas prendem-se com o sistema
reprodutor, sistema primário, que herdámos desde os inícios da
vida animal na Terra. A sensação de agressão que uma mulher
possa sentir hoje em dia e que se mostre numa trompa prende-
se com os hemisférios do cérebro e é por isto que, à partida, os
sintomas na trompa direita são yang, femininos e os da trompa
esquerda yin, mas esta afirmação não é taxativa. As gónadas
(ovários nas mulheres e testículos nos homens) prendem-se
com o sistema reprodutor, sistema primário, que herdámos
desde os inícios da vida animal na Terra. A polaridade destes
órgãos é difícil de determinar e não é necessária. De facto,
problemas nas gónadas prendem-se com a perda de um ente
querido, o que não deixa lugar a dúvidas à pessoa na sua
identificação de quem foi a pessoa que perdeu. Por questões de
diagnóstico, no caso raríssimo de dúvidas da pessoa, procure
verificar se a gónada direita é yang e a esquerda yin, para
canhotos e dextros.
Aparelho respiratório
Neste aparelho, a polaridade lado direito yang e lado esquerdo
yin existe para todos, canhotos e dextros, nos órgãos pares,
amígdalas, pulmões e brônquios. Não se aplica à pleura nem às
vias respiratórias superiores.
Assim, para os dextros e para os canhotos, o lado direito é yang
(masculino) e o lado esquerdo é yin (feminino).
De facto, tanto os brônquios como os pulmões tratam questões
de comunicação, que estão directamente ligadas aos
hemisférios cerebrais
do córtex, que regem os lados opostos do corpo. Os canhotos
têm os mesmos hemisférios cerebrais e no mesmo sítio que os
dextros.
Aparelho urinário
Neste aparelho existe uma polaridade entre o lado direito e o
lado esquerdo, mas só para os rins e os ureteres e não é para
todos os sintomas. Mas esta polaridade também não é sempre
óbvia. Por questões de diagnóstico, deve procurar começar-se
por considerar, para todos, dextros como canhotos, que o rim do
lado direito é yang (masculino) e o do lado esquerdo é yin
(feminino). Mas, no caso da insuficiência renal, esta polaridade
não tem qualquer aplicabilidade. Por isso, é preciso ter algum
cuidado na apreciação desta polaridade neste aparelho.
Visão
Muitas pessoas insistem que existe uma polaridade yin/yang em
função do lado da cara em que se encontra o olho. Do ponto de
vista da constituição da pessoa, é verdade que o olho direito é
yin (lado da Mãe) e o olho esquerdo é yang (lado do Pai) para
todos, canhotos e dextros. No entanto, do ponto de vista da sua
actividade, do seu funcionamento e da sua condição, no olho
não existe qualquer denominador comum para se saber qual o
olho yin e qual o olho yang em função do lado.
Mas todos temos um olho director que é o olho da acção, que é
o olho yang. O outro é o olho do afectivo, do medo do perigo,
que é mais passivo e que é o olho yin. É o que recebe.
Audição
Nos ouvidos, a polaridade yin/yang em função do lado direito ou
do lado esquerdo não é possível de determinar.
Muitas pessoas insistem que existe uma polaridade yin/yang –
em função do lado da cabeça em que se encontra o ouvido. No
entanto, não existe qualquer denominador comum para se saber
qual o ouvido yin e qual o ouvido yang em função do lado.
Não é possível deduzir se, quando a criança tem uma otite do
lado esquerdo, ou se quando ensurdece também do lado
esquerdo, tem um problema com o Pai ou com a Mãe. De facto,
a criança pode sentir-se magoada pelo que ouve do Pai e aí é
provável que tenha um problema com o Pai, ou sentir-se
magoada pelo que ouve sobre o Pai (por exemplo, pelo que a
Mãe lhe diz sobre o Pai) e aí é provável que o seu problema
seja com a Mãe e não com o Pai.
Soluções
O conteúdo deste livro é resultado de muitas concriações.
É resultado de muitos seminários em que participei ao longo de
catorze anos (de 1994 até 2008), seminários esses dedicados à
relação entre o corpo e a mente. Foram muitos seminários, em
vários países, com conteúdos muito diferentes e fundamentados
em filosofias muito diferentes.
É resultado de muitíssimas leituras, também provenientes de
filosofias muito diferentes, dedicadas ao mesmo tema.
É resultado da experiência que tenho das muitíssimas consultas
que dei até hoje a pessoas que me procuraram em busca de
entender a relação que existia entre o corpo delas e as tensões
que tinham na consciência.
É, por último, baseado na investigação pessoal que tenho vindo
a desenvolver sobre estes temas.
Escrevi-o porque o considero como um livro de consulta válido
para todos. Para mim em primeiro lugar, para todos os doentes e
potenciais doentes, para terapeutas e para médicos.
Estou consciente de que este livro constitui, para cada leitor,
uma constatação, uma observação e uma tomada de
consciência sobre o que podemos aprender a partir do
funcionamento do nosso corpo.
Quanto à solução para as nossas vidas, quanto ao modo de nos
distanciarmos dos padrões mentais, emocionais e espirituais
que nos bloqueiam e nos fazem viver infelizes, quanto ao modo
de conseguirmos elevar-nos, esses não se encontram neste
livro, mas nos seminários e palestras que dou freqüentemente
sobre como criar outra vida.
Caso esteja interessado, poderá contactar-me por e-mail.
Abcesso
O abcesso mostra-nos que uma inflamação ou uma infecçáo da
nossa vida precisa de ser rebentada, para que o pus podre
possa sair. Mostra- -nos que uma situação de paz podre deveria
ser enfrentada. Veja em que parte do corpo se dá o abcesso e
procure o que representa essa parte do seu corpo. Porque, de
facto, um abcesso na boca, no braço, no ânus ou na nádega
corresponde a tensões na consciência muito diferentes.
Aborto
O aborto consiste numa interrupção da gravidez. Costuma
estabelecer-se a diferença entre aquilo a que se chama uma
interrupção involuntária (aborto natural, desmancho ou
raspagem por aconselhamento médico) e uma interrupção
voluntária (aborto provocado). No entanto, do ponto de vista da
energia da pessoa, elas mostram a mesma coisa. A tensão na
consciência é igual nos dois casos. Só que, na interrupção
voluntária, a pessoa usa a vontade. Na involuntária, é o corpo
que se manifesta. Mas o conflito, a tensão na consciência, é o
mesmo. Tal como no caso do bebê nado-morto.
E uma questão de momento. O momento é inapropriado. "Agora
não, mais tarde!" A pessoa tem medo de trazer a criança ao
mundo. O nascimento consiste na primeira concriação (criação
conjunta) entre três consciências. Para que um ser encarne é
preciso a confluência de três desejos. O do Pai, o da Mãe e o do
Bebé. Por isso, em qualquer tipo de aborto, é necessário olhar
para o que se passa na relação entre os pais. É provável que
estejam a passar por um desentendimento. Ou é provável que
um deles, ou mesmo os dois, não desejem de facto o bebé.
Quando este último caso se dá e os pais não decidem fazer a
interrupção voluntária, a interrupção involuntária pode acabar
por se dar. O corpo da Mãe mostra a tensão em que a Mãe está.
O aborto é uma manifestação de uma tensão muito grande num
dos dois progenitores. Não deveria ser castigado, mas
entendido.
Nas famílias em que a Mãe teve desmanchos ou abortos,
voluntários ou involuntários, é indispensável que todos os
descendentes o saibam. O aborto escondido afecta a vida de
todos na família. Sobretudo dos bebês posteriores a esse
aborto. O aborto pode afectar o comportamento dos bebês que
já existiam e dos que vierem a existir. Muitas mulheres contraem
problemas de útero e/ou de ovários após um aborto ou um
desmancho, sobretudo quando são obrigadas a abortar embora
o íntimo desejo fosse o de guardar a criança. Obrigadas por
terceiros ou pelas suas próprias crenças.
A ocorrência de um aborto é um facto traumatizante para a
mulher.
É indispensável que esta mulher possa verbalizar todas as
sensações, todas as emoções que sentiu.
Veja Parto
Acidentes
A forma de me deslocar na minha vida, seja a pé ou por
qualquer meio de transporte, acompanhado ou só, consiste num
prolongamento da minha vida e da minha consciência. Pode
analisar-se o que se passa na consciência da pessoa analisando
a casa onde vive, o veículo em que circulava, a pessoa com
quem chocou, a casa onde se deu o acidente, etc. Todos os
acidentes que nos acontecem mostram uma tensáo que temos
na nossa consciência, um conflito.
Por isso, qualquer acidente consiste na revelação de uma
tensão que a pessoa sentiu e que foi incapaz de verbalizar.
Muitas vezes, trata-se de uma rebelião contra a autoridade que
é mal vivida. Mas podem ser outras tensões. É possível estudar-
se o que representam o carro, a moto, a família, o quarto onde
durmo, a casa onde vivo, a panela da cozinha com água quente
com que a pessoa se queimou, como prolongamentos da nossa
consciência. O Feng Shui é uma dessas vias de estudo.
De qualquer modo, nenhum acidente ocorre por acaso. A
pergunta a fazer-se é: "Por que estava eu ali, naquele momento,
com aquela(s) pessoa(s)? Que mensagem tinha este acidente
para mim?" No caso de um choque, por exemplo, perguntar-se:
"Quem é que esta pessoa me lembra na minha vida?"
E é também importante analisar a parte do corpo que foi
atingida. Nunca é por acaso que a lesão se dá onde se dá.
No caso de a vítima ser uma criança, é importante perceber a
ligação que tem com os pais.
Veja, neste caso, Bebê e Família.
Acidente vascular cerebral (AVC)
O AVC mostra problemas de circulação no cérebro. Acontece à
pessoa muito mental, que quer controlar tudo e que não deixa
fluir a sua vida, que quer demonstrar que sabe e que sabe fazer.
É uma pessoa muito yang, com um modo de fazer muito
masculino, muito guerreiro. É conveniente saber qual a noção
que essa pessoa tem do sentido de autoridade, saber que
relação tem com a função de pai, com o modelo de
masculinidade, com o modelo de homem. A pessoa que tem um
AVC não virou uma pessoa muito mental recentemente. O seu
lado cartesiano, duro, existe desde há muito, provavelmente.
Convém saber como foi a sua relação com o seu Pai biológico
ou com aquele que lhe serviu de modelo de homem.
Pessoas que têm AVC são pessoas que não escutam as
emoções e que são muito orientadas para o raciocínio, para o
pensamento cartesiano.
Este tipo de problemas surge muito mais nas pessoas
intelectuais do que nas pessoas manuais que têm, elas, um
sentido mais prático. Complicam menos as coisas.
Os acidentes vasculares que se dão na parte superior do corpo
(cabeça, braços e tronco) prendem-se mais com
comportamentos muito masculinos, muito machos, muito yang e
os problemas na parte inferior do corpo (ancas e pernas)
prendem-se com comportamentos de auto-anulação, mais
passivos, mais femininos, mais yin.
O coração, motor do aparelho circulatório, e o cérebro estão
intimamente ligados. Caso queira aprofundar esta questão,
consulte Aparelho Circulatório e Coração
Acne
As borbulhas mostram uma inflamação dos folículos pilosos e
sebá-ceos, sobretudo nos ombros, cara, costas e peito.
São uma erupção, uma expulsão de uma tensão que se prende
com dificuldades de comunicação.
A acne juvenil dá-se, sobretudo, no rosto. Ora o rosto representa
a identidade do jovem. A acne mostra a dificuldade que o jovem
tem em viver a sua nova identidade, sobretudo na comunicação
com os outros. As borbulhas sáo a manifestação, a expulsão,
dessa dificuldade. É freqüente acontecer na adolescência.
A acne acontece como resultado da repressão da sexualidade
da pessoa que acaba de chegar à puberdade, quando as
hormonas sexuais despertam e se dá o desempate hormonal.
A criança sente despertar em si o desejo de procurar o pólo
oposto, o amor, a paixão, o parceiro.
Ora é justamente a pele a fronteira que há que ultrapassar para
ir até ao outro, para conseguir comunicar e estar com o outro.
A acne é um círculo vicioso. "Quero aproximar-me do outro, mas
as borbulhas distanciam-me do outro" e, assim, a pessoa
reprime a sua sexualidade, o que faz crescer ainda mais
borbulhas.
A acne juvenil dá-se sobretudo na cara, para que todos vejam,
às vezes nas costas e, nas raparigas, no decote. Ou seja, é
mesmo localizada. Ao despir-se, ao mostrar este novo corpo, ao
entregar-se e ao expor o corpo ao sol, o sol repara a acne muito
rapidamente. O sol ajuda o adolescente. Pois, de facto, a
entrega é a melhor solução para fazer desaparecer a acne.
O próprio acto de entrega sexual também faz desaparecer a
acne.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
O jovem que tem acne considera muito feio o que lhe está a
acontecer no sentido físico (pele), mas também no sentido
figurado: "Esta coisa da puberdade torna-me feio. E é logo no
momento em que mais preciso de estar bonito!"
O adulto que tem acne é uma pessoa que tem medo de ser
surpreendida e que náo consegue comunicar facilmente com o
seu envolvimento.
E uma pessoa com dificuldade em assumir plenamente a sua
identidade.
Acufeno
Veja Zumbido
ADD e ADHD
Attention déficit disorder e Attention déficit hiperactivity disorder.
Veja Hiperactividade
Adenite
Veja Sistema Linfdtico
Adenóides
Os adenóides, também chamados vegetações nalgumas
línguas, incham quando a criança não entende o mundo dos
adultos. Os adenóides mostram fricção familiar. Discussões.
Uma criança que se sente um empecilho. Talvez até indesejada.
O facto de operar não resolve. Muitas vezes, voltam a surgir.
Pois de facto a operação cura o efeito e não a causa.
Adenoma
Tumor benigno desenvolvido à custa de uma glândula, cuja
estrutura recorda, mais ou menos, a da glândula de que provém.
Veja Sistema Endócrino
Adenopatia
Veja Sistema Linfático
Aerofagia
Dá-se na pessoa que quer controlar tudo e não consegue. É
uma pessoa que engole tudo vorazmente, quando come, e que
não distingue o que é trabalho digestivo do estômago (sólidos)
do que é trabalho respiratório do pulmão (ar). Engole tudo e
depressa. Mastiga pouco. A pessoa não está tranqüila, não está
centrada.
Acontece quando há preocupações materiais. A pessoa controla
e não solta. A pessoa dá demasiada importância ao material. E
o estômago incha. A flatulência é uma libertação de ar do
intestino e produz alívio. Estamos em presença de uma tensão
ligada ao estômago e de outra ligada ao cólon ascendente.
A pessoa com problemas de estômago não gosta de confrontos.
O seu estômago pede papas. Esta pessoa é incapaz de lidar
com o seu furor e/ ou de o transformar em agressão, em emoção
manifestada. E tem problemas de estômago. E estas emoções
náo manifestadas, e com as quais o doente de estômago lida
mal, prendem-se com assuntos ligados a problemas materiais,
profissionais, de dinheiro, judiciais, escolares. Os problemas de
estômago são muito terra a terra. Têm muito que ver com a
matéria e com as raízes da pessoa (trabalho, lar, Mãe, local
onde vive, dinheiro).
A flatulência começa a criar-se no cólon ascendente (princípio
do intestino grosso). A pessoa que tem problemas neste local é
a pessoa que se esforça para descobrir se deve guardar ou
largar. No cólon ascendente dá-se a fermentação. E dá-se por
causa do açúcar. A tensão da hesitação entre soltar ou guardar
pode dar flatulência e dores. Pode ter a ver com a relação com o
Pai, ou com o modelo de homem. Este homem pode ser um
sócio, um chefe, um namorado, ou mesmo até uma mulher que
desempenhe um modelo de comportamento masculino.
Aerogastria
Dá-se na pessoa que quer controlar tudo e não consegue. É
uma pessoa que engole tudo e não distingue o que é trabalho
digestivo do estômago (sólidos) e do pulmão (ar).
Contrariamente ao que se passa com a aerofagia, aqui a tensão
não chega ao intestino. Fica-se pelo estômago.
A pessoa com problemas de estômago não gosta de confrontos.
O seu estômago pede papas.
Esta pessoa é incapaz de lidar com o seu furor e/ou de o
transformar em agressão, em emoção manifestada.
E tem problemas de estômago. E estas emoções não
manifestadas, e com as quais o doente de estômago lida mal,
prendem-se com assuntos ligados a problemas materiais,
profissionais, de dinheiro, judiciais, escolares. Os problemas de
estômago são muito terra a terra. Têm muito que ver com a
matéria e com as raízes da pessoa (trabalho, lar, Mãe, local
onde vive, dinheiro).
A pessoa controla e não solta. A pessoa dá demasiada
importância ao material. E o estômago incha.
O arroto é uma libertação de ar, uma libertação de tensão do
estômago. E produz alívio.
Afasia
Deterioração da função da linguagem oral e escrita provocada
por uma disfunção neurológica cerebral.
Este sintoma resulta de uma vida demasiado cartesiana,
demasiado longe do nosso lado sensível, de medos quanto à
capacidade de conseguir controlar tudo e todos e de problemas
com o sentido de humildade.
Perda total do sentido da comunicação.
E uma forma de isolamento.
Há que atender à relação desta pessoa com o seu Pai biológico,
com o seu modelo de homem, enfim, com a masculinidade.
Veja Isolamento
Afonia
O medo é tão grande que é melhor nem dizer nada para não
chamar a atenção do predador, ou seja, da pessoa que nos
pode fazer mal. As cordas vocais situam-se na laringe. Por isso,
para esta questão, consulte Laringe.
Aftas
A boca, na sua função digestiva, é uma porta de entrada para os
alimentos (nutrição) e também uma porta de saída para os
alimentos (vômito).
Na sua função de comunicação, é uma porta de saída para os
sons e as palavras, a comunicação e a expressão de afecto. Na
sua função respiratória, permite inalar e expirar ar. A boca tem
também uma função sexual. Aliás, há uma grande similitude
entre os lábios da boca e os vaginais.
Resumindo, a boca mostra a boa disposição para o acolhimento.
As infecções da boca mostram assim as coisas que não
queremos ingerir, seja sob que forma for ou que não queremos
experimentar na nossa vida.
As aftas aparecem nas mucosas da boca. Estão relacionadas
com a digestão. Mas com a digestão, sobretudo, de problemas
de comunicação. Por exemplo, a pessoa teve um problema de
comunicação com um amigo, uma tensáo, e o amigo passou a
evitá-la. No entanto, a pessoa manteve o desejo de ver o amigo
e de falar com ele para repor a sua amizade totalmente. Mas
esse amigo evita-a. Quando a pessoa acaba por desistir, a afta
aparece na mucosa da boca. O que não quer de todo dizer que
a pessoa deva voltar a contactar o amigo. Mas é preciso
perceber que a dor que sentiu e a vontade de ir para o outro
deixaram mossa e o corpo mostra-a através da afta. A tensão
prende-se com desejo de comunicação com alguém próximo,
alguém que faz parte das raízes da pessoa. Pode ser alguém do
lar, um amigo, um colega, um chefe...
As mucosas da boca são regidas pelos hemisférios cerebrais.
Assim, para todos, dextros como canhotos, o lado direito interior
da boca é yang (masculino) e o lado esquerdo é yin (feminino).
Assim, uma afta do lado yang mostra tensão com um homem e,
do lado yin, com uma mulher.
Albumina
A albumina consiste num excesso de proteínas na urina.
Dá-se quando o rim não funciona bem e deixa escapar alimentos
não tóxicos em vez de os guardar. Mostra perda de
discernimento do que é bom e do que é mau na nossa vida.
Veja Rins — insuficiência renal
Alcoolismo
Toda a dependência constitui uma fuga. Fuga essa que começou
por ser uma busca. O que se passa é que a pessoa projecta
literalmente o objectivo da sua busca em alguma coisa que
descobriu no caminho e dá assim por concluída a busca.
Contenta-se com o que encontrou. Fica presa no medo e na
comodidade.
Qualquer coisa provoca dependência: Álcool, drogas, sexo,
tabaco, jogo, comida (bulimia, anorexia), mas também, e aliás
em maior percentagem, dinheiro, poder, regras, fama, influência,
conhecimento, divertimento, isolamento, ascetismo, culto,
tradição, crenças ancestrais, religião...
O viciado é aquele que fica pelo caminho da busca. Por isso,
sente-se vazio. E, como se sente vazio, procura preencher o
vazio com substâncias exteriores que lhe dêem a ilusão de estar
equilibrado.
Basicamente, na humanidade, poderíamos dizer que todos
somos dependentes. A diferença entre o dependente doente e o
consumidor não doente está na qualidade da auto-observação,
ou seja, na tomada de consciência de si próprio, dos seus
sentimentos e do seu caminho. A dependência é uma forma de
apego. O consumidor não viciado, não doente, é aquele que tem
consciência dos seus apegos.
O alcoólatra anseia e deseja um mundo são e sem conflitos.
O que ele faz, para isso, é evitar os conflitos, em vez de se
confrontar com as pessoas com quem sente tensões, acabando
por desistir de si. Não resolve a vida, mas apaga a frustração
momentânea, deixando-se sedar pelo álcool. Mas não resolve
nada.
O alcoólico procura o calor humano. Que melhor maneira de o
fazer do que usando a via do álcool, que afinal permite
ultrapassar as barreiras da inibição e criar uma camaradagem
rápida e fácil?
O alcoólatra afoga literalmente no álcool tudo o que se opõe ao
seu ideal de vida fraterno e sem conflitos.
É característico das pessoas com problemas de rins gostarem
de beber e de festejar. A razão prende-se com o facto do
insuficiente renal ter dificuldade em comunicar com eficácia e
em dizer não às pessoas com quem está em relação. Assim,
encontra mais facilidade para comunicar quando é ajudado pelo
álcool, pela cerveja, pelo café ou pelo chá, pois são diuréticos e
estimulam o rim. E, assim, sendo o rim um órgão de
comunicação no relacionamento, a pessoa tem a sensação de
melhorar o seu relacionamento.
O tabaco estimula os pulmões, outro órgão de contacto e
comunicação com os outros.
Por isso, em reuniões de amigos, bebe-se e fuma-se, para criar
contacto e estimular os órgãos de contacto, os pulmões, os
brônquios e os rins. Mas beber e fumar em excesso não
resolvem causas. Resolvem apenas sintomas, efeitos.
Alergias
As alergias, sejam elas alimentares, respiratórias, cutâneas, são
sempre uma manifestação de defesa do organismo frente a algo
do exterior que ele julga ameaçador. Os alérgicos sentem- -se
vítimas agredidas, mas não são em nada passivos.
Ainda por cima, esse algo exterior que o alérgico considera ser
uma ameaça, é quase sempre inofensivo. O alérgico está
sempre a aumentar a noção de inimigo potencial e constrói uma
enorme armadura defensiva. O alérgico é, de facto, uma pessoa
agressiva, mas sem consciência de o ser. Ou seja, uma pessoa
de agressividade reprimida (aparentemente dócil) é mais
propensa a ter alergias do que uma pessoa que manifesta a sua
agressividade.
O alérgico não descura nada. Luta contra tudo e todos, ainda
que geralmente escolha inimigos com grande simbolismo. Esta
agressividade vem por isso de medos que o alérgico tem.
Quase todos os alergénios que o alérgico escolhe se referem a
questões de nutrição, de leite, de amor, de sexualidade, de
libido e de fertilidade e também a pessoas. Todos inofensivos.
Veja-se: Pólen (símbolo de fertilidade e procriação), pêlos dos
animais (que voam sobretudo na estação dos amores), alguns
alimentos e dentre eles o leite (que simbolizam a relação com a
Mãe biológica).
A pessoa que tem a febre dos fenos é uma pessoa que nega o
seu próprio poder. "A quem serei eu alérgico?", deveria
perguntar-se.
O pó doméstico, que sugere imun-dície, sujidade, nojo, também
é um alergénio freqüentemente escolhido. (A sensação de nojo
é, curiosamente, um ingrediente indispensável para que possa
ocorrer o cancro da pele.)
O alérgico consegue fazer reinar a sua agressividade sem tomar
consciência dela, pois tiranicamente (não conscientemente)
obriga a que toda a família dele afaste as substâncias inimigas,
animais, flores, pó, certo tipo de alimentos.
O alérgico precisa de se confrontar com a sua própria vida e
com as suas fragilidades e os seus medos para poder deixar de
ser alérgico.
O alérgico quer levar uma vida estéril, sem agressões, sem
micróbios, sem sexualidade, ou seja, uma vida sem vida.
As alergias alimentares (aparelho digestivo), as alergias
cutâneas (pele), as alergias respiratórias (pulmões, brônquios,
asma, rinite) respondem todas a este padrão comum de pessoa
alérgica.
O alérgico não confia. Controla. Tem alguma dificuldade em
entender a lei da concriação.
Na alergia, em muito casos, podemos estar perante efeitos de
âncora da memória. Se, por exemplo, no passado, quando
olhava para uma vaca que passava juntinho de si, a pessoa
sofreu um enorme choque emocional, por qualquer razão,
poderá vir a sentir um choque emocional sempre que estiver
junto de uma vaca. Mas se, no momento do choque, a pessoa
estivesse a comer uma laranja, seria às laranjas que ela se
tornaria alérgica.
Antigamente, as primeiras relações amorosas davam-se
normalmente às escondidas e na palha. Mas, por vezes,
acontecia que o camponês aparecia de forquilha em punho, com
o cão. Era um enorme choque. E o cérebro ancorava-se à
memória de agressão nos fenos, com os pólens a voar, ao pêlo
do cão do camponês e ao sexo.
Veja Sistema Imunitário
Alvéolos pulmonares
Veja Pulmão
Alzheimer
O doente de Alzheimer recusa-se a lidar com o mundo tal como
está. Sente desespero e abandono. E isola-se. E sofre de falta
de memória e de falta de sentido de direcção. Está de volta à
chamada segurança da infância. E uma pessoa com uma
enorme exigência de carinho e de atenção.
Antes de ser doente de Alzheimer, a pessoa já habitualmente
fugia à realidade para não olhar para dentro. O doente de
Alzheimer é uma pessoa que ao longo da sua vida foi ou
procurou ser grande controladora dos outros e teve desejo de
domínio sobre eles. Sobretudo sobre os chegados. Os doentes
de Alzheimer são pessoas com quem a família sempre teve
dificuldade em lidar e que agora exigem, por todos os meios,
que os outros tratem delas. São pessoas duras que não escutam
as emoções e que estiveram sempre orientadas para o
raciocínio, o pensamento cartesiano, o controlo e a querer
mandar em tudo e todos.
O seu isolamento é conseqüência da sua maneira de pensar
muito controladora, muito yang, muito man-dona, muito
masculina, que esgotou a paciência dos familiares.
Criar os sintomas de Alzheimer é a forma que estas pessoas
encontraram para poder continuar a exercer o seu controlo
sobre as pessoas que as rodeiam.
Veja Isolamento
Amamentação
O leite materno é um factor enorme de imunidade para o bebé.
A criança que não é amamentada vê-se privada do seu contacto
materno com a Mãe. Falta-lhe, além do leite, a sensação de
protecção que o facto de estar ao colo da Mãe lhe conferiria.
Será uma criança com tendência para fazer intolerância ao leite.
Quando o bebé não é amamentado, isso revela que a Mãe não
tem desejo de o alimentar, de o proteger nem de tratar dele
pessoalmente.
Pode ser por vontade consciente da Mãe, por razões de
desconforto, de tempo ou outras.
Pode ser também porque a Mãe não produz leite materno. Mas
as mães que não produzem leite materno são aquelas a quem o
corpo se encarrega de mostrar (criando a incapacidade de dar
leite) que o desejo de tratar do bebe é muito pequeno.
A mastite é uma inflamação das glândulas da mama causada
pelo acúmulo de leite e acontece com maior freqüência no pós-
parto, principalmente na primeira gestação. A mastite pode
ocorrer numa mama ou nas duas e as características são
mamas vermelhas, endurecidas, doridas e quentes. Mostra que
o processo de amamentação não é um processo fácil para a
Mãe do recém-nascido.
E natural e desejável que toda a criança seja amamentada pelo
leite da Mãe. É através da amamentação pela mama da Mãe
que a criança vive com maior harmonia a passagem do mundo
da unidade, de onde veio, para o mundo da dualidade, da
encarnação terrestre. A criança esteve nove meses na barriga
da Mãe, ao abrigo, a ser totalmente nutrida, protegida, acarinha-
da, amada, num ambiente totalmente escuro e sem intervenções
exteriores. Ela faz literalmente parte da Mãe. O parto é um
momento violento, embora desejado por ambos, pela Mãe e pela
criança, de descida ao mundo dual. É um momento de
adaptação difícil para a criança. Desligar a criança do contacto
físico da amamentação regular com a Mãe consiste num
processo violento para a criança. Quando isto acontece, então a
passagem entre os dois mundos faz-se sem fase de transição,
sem habituação progressiva. Além de que o leite materno
constitui um maravilhoso imunizante para a criança, já vimos. E,
neste caso, a criança fica privada dele.
Pode dar-se também o caso de o bebê ser intolerante ao leite. A
intolerância ao leite materno deve ser entendida do mesmo
modo que a intolerância ao leite de vaca. A intolerância ao leite
de vaca é, no entanto, muito mais freqüente.
A criança que se torna intolerante ao leite é uma criança que, de
cada vez que está perante o leite, se recorda que a Mãe se
afastou dela e, nesse momento, cria problemas de pele. Ora os
problemas de pele mostram sempre que houve separação. E foi
disso mesmo que se tratou. A criança sentiu a separação da
Mãe. E a intolerância ao leite não é mais do que a memória da
criança quanto à separação que sentiu da Mãe.
O leite, em todo o reino animal, simboliza a Mãe e a relação com
a Mãe.
Falemos agora do caso contrário, do adolescente, do jovem ou
mesmo do adulto que continua a beber leite desalmadamente.
Também demonstra um problema com a Mãe biológica, mas,
neste caso, mostra a incapacidade da pessoa de cortar o cordão
umbilical. Continua a precisar da mãezinha.
Se se trata de mulheres, terão dificuldade em assumir-se como
mães, caso venham a ter crianças, pois afinal elas ainda se
consideram apenas como filhas.
Se se trata de homens, terão tendência para escolher as suas
mulheres à imagem da Mãe, antecipando assim vários
problemas de relacionamento com a cônjuge, a quem tratarão
como se fosse sua mãe e não sua mulher.
Amebíase
Veja Intestino grosso — disenteria amebiana
Amenorreia
Falta de período menstrual. Este sintoma está descrito de modo
aprofundado em Menstruação.
Amígdalas
As amígdalas fazem mais parte do aparelho respiratório do que
do aparelho digestivo, embora participem em ambos.
As amígdalas são os primeiros guardas, as primeiras sentinelas,
os primeiros filtros da pessoa. As amígdalas constituem o
primeiro discernimento do que se pode engolir. São massas com
folículos linfáticos que se encontram também noutras mucosas,
tais como a faringe, o palato e a língua, cuja função é de barrar
a entrada aos objectos engolidos e inalados que não são bem-
vindos.
As amígdalas inflamadas, a chamada amigdalite, provocam dor
no acto de engolir. O corpo mostra à pessoa que lhe custa a
engolir o que lhe fizeram ou o que lhe disseram. As amígdalas
são regidas pelos hemisférios cerebrais. Assim, a amígdala
direita é yang (masculina) e a esquerda éyin (feminina). Para
todos, dextros e canhotos.
A amígdala yang inflamada mostra que a pessoa se sentiu
agredida por um homem e a amígdala yin inflamada mostra que
o foi por uma mulher. É verdade que, na maioria dos casos, a
pessoa fica com as duas amígdalas inflamadas, mas costuma
começar só por uma.
As amígdalas inflamam também numa situação muito concreta,
que é aquela em que a pessoa estava preparada para receber
uma coisa e, à última hora, lhe foi retirada para a darem a outro.
É difícil de engolir. "Ao menos, poderiam ter-me prevenido!"
As amígdalas inchadas mostram que a pessoa está de guarda.
Não quer mais que isto lhe volte a acontecer. Mas mostram
também que a pessoa não consegue falar por si para pedir
aquilo de que precisa ou para manifestar desacordo.
Quando retiramos as amígdalas a uma pessoa, estamos a dizer-
lhe: "Engole tudo, querido!" É uma agressão que viola a
essência da pessoa.
E, é claro, resolveu-se o efeito mas não as causas e os
problemas começam a manifestar-se mais abaixo, na zona dos
brônquios.
Amnésia
Fugir da vida. "Não quero enfrentar. Quero partir. Não quero
recordar- -me de algo. Quero esquecer aquele ou aqueles
episódios da minha vida." Incapacidade de afirmação de si
próprio. Problemas com o Pai, ou com o símbolo de homem, ou
com o modelo de masculinidade. Para uma mulher casada,
procure-se o que se passa na relação com o marido. Para um
homem, procure-se o que se passa com o seu modelo de Pai ou
de homem. A amnésia pode ser provocada por outro sintoma,
seja Alzheimer, seja senilidade, por exemplo. Em qualquer dos
casos, e seja qual for a causa da amnésia, ela prende-se com
uma tensão ligada ao isolamento da pessoa. Para bem perceber
a amnésia, convém consultar Isolamento.
Amputação
No corpo humano, as amputações mais comuns são as
amputações de membros e/ou de extremidades pertencentes ao
aparelho locomotor. Amputações de braços, antebraços, mãos,
dedos das mãos, de pernas, coxas, pés, dedos dos pés.
Por se tratar do aparelho locomotor, a tensão-chave da pessoa
prende- -se com um sentimento de desvalorização. Ora a
pessoa que se sente desvalorizada é a pessoa que considera
que vale pouco. E uma pessoa muito influenciável pelo olhar e
pelo pensamento dos outros. E uma pessoa com pouca
autoestima.
A amputação é resultado de uma tensão profundamente
traumática que a pessoa sentiu e que não conseguiu ou não
pôde verbalizar.
Consiste sempre num processo de separação de facto. Devido à
sua inflexibilidade e à desvalorização que sente, a pessoa foi
separada de alguém ou de alguma coisa. Pode ser do Pai, ou da
Mãe, ou do local onde vivia, ou da sua casa, ou do seu lar. A
amputação pode ser devida a acidente ou a doença. Mas a
tensão é sempre a de um sentimento de separação e de
desvalorização.
Se consultar a parte do corpo que sofreu a amputação,
perceberá qual a tensão que a pessoa sofreu e com quem em
particular na sua vida.
Caso a amputação se dê devido a um acidente, consulte
também Acidentes.
As pessoas com lepra, por exemplo (medo da separação)
acabavam quase sempre por ter de ser amputadas.
Caso se dê a amputação de um órgão, consulte esse órgão.
Anca
É a articulação mãe dos membros inferiores. Une o osso ilíaco,
da bacia, com a cabeça do fémur. E o eixo yin, eixo feminino,
eixo da feminilidade, simbolizado pela Mãe.
É onde começa a verticalidade da pessoa. É onde se passa de
quadrúpede a bípede. Mostra a relação com a autonomia. A
capacidade de mobilidade interna e externa. "Aceito fazer um
projecto pessoal de vida."
Da antigüidade, lê-se que a anca é o local da luta entre Jacob e
o Anjo.
Uma pessoa com ancas grandes é uma pessoa mais feminina,
com mais hormonas femininas. Hoje em dia, com a
masculinização da mulher, as mulheres têm ancas muito mais
estreitas.
Problemas de ancas mostram falta de flexibilidade da pessoa
quando as suas crenças mais profundas (sejam de um homem
ou de uma mulher), relativamente às suas raízes, estão a ser
abaladas. Esta falta de flexibilidade deve ser entendida no
sentido de a pessoa achar que são os outros que estão
enganados, que a culpa é deles.
Mas os problemas de anca também mostram desvalorização.
As palavras-chave, nesta articulação, são inflexibilidade e
desvalorização. Um problema na anca pode acontecer num
gesto desportivo, ou seja, na sensação de desvalorização que a
pessoa sente na falta da destreza adequada do movimento. E
esse desporto pode ser violento ou não. Pode ser durante um
jogo de râguebi, mas pode também ser a dançar ou a caminhar.
E pode ser ainda no sentido figurado, num movimento simples e
comum no trabalho ou em casa em que a pessoa se sentiu
desvalorizada.
A pessoa com problemas de ancas deve perguntar-se porque se
sente desvalorizada. E também por quem se deixou influenciar
para estar com uma atitude tão inflexível.
À
À partida, a anca direita é yang (masculina) e a esquerda é yin
(feminina). Para dextros como para canhotos. Mas não nos
esqueçamos de que estamos na parte mais yin, mais feminina
do corpo e que a polaridade no aparelho locomotor não é
sempre óbvia. Problemas na anca yang mostram inflexibilidade
e desvalorização [devido à influência de um terceiro (um
homem?) ou a crenças obsessivas da pessoa]. A pessoa não
quer ouvir o que lhe diz o corpo. E o corpo sente que não é
capaz de fazer o que a pessoa lhe pede no que diz respeito ao
trabalho ou a um ofício predominantemente masculino. E insiste.
E causa desgaste na anca. A pessoa não se sente confiante,
mas prefere ignorar esse sentimento. E esforça o corpo.
Aqui estão as tensões das raízes relativas à relação com o
projecto profissional, com o trabalho, ou mesmo com o homem
ou o Pai, a autoridade.
Problemas na ancajyzw mostram inflexibilidade e desvalorização
[devido à influência de um terceiro (uma mulher?) ou a crenças
obsessivas da pessoa]. A pessoa viola a sua sensibilidade e não
percebe que não sente confiança em si própria no que diz
respeito a uma questão ligada à casa, ao lar ou mesmo ao
dinheiro do orçamento familiar. E vai-se abaixo.
Aqui estão as tensões das raízes relativas à relação com o lar,
com a casa, com a Mãe, com a vida privada afectiva e os
perigos, com os medos e o dinheiro.
Quando a pessoa tem artrose nas ancas, coxartrose, esta
artrose acontece sempre depois de uma desvalorização da
pessoa ao nível da sua acção, ou seja, depois de uma
inflamação da articulação (aquilo a que se chama artrite). O
corpo está a cicatrizar após a desvalorização. A tensão já
passou.
Os ossos de uma articulação são mantidos em posição
adequada por ligamentos e tendões que permitem apenas os
movimentos normais. Numa articulação normal, os topos dos
ossos que a compõem estão cobertos por uma "capa" de
material elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o
deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que
absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na
carga.
A artrose resulta da destruição progressiva dos tecidos que
compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo
à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos
movimentos. No estabelecimento da artrose começa por ocorrer
uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e
elasticidade, o que diminui a sua eficácia. Na ausência de parte
ou da totalidade da "almofada" da cartilagem, os ossos roçam
directamente entre si, causando sensação de atrito, inflamação,
dor e limitação de movimentos. Em fase evolutiva bastante
avançada, fragmentos da cartilagem ou do osso subjacente
podem soltar-se para o interior da articulação e limitar ou
mesmo bloquear os seus movimentos.
As ancas, os joelhos, os ombros, os pés e os dedos das mãos
são os mais freqüentemente atingidos.
A cartilagem articular situa-se no meio das articulações, onde os
ossos se confrontam, já vimos. Na anca, é onde a cabeça do
fémur dialoga com o osso ilíaco. Os músculos são também
determinantes na manutenção da estabilidade da articulação,
sendo esta encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual
um fino véu (mucosa da cápsula da articulação) produz
permanentemente uma pequena quantidade de líquido,
designado como líquido sinovial, que actua como lubrificante e
nutriente da cartilagem. Quando uma luxação de uma
articulação é acompanhada de um corrimento do líquido sinovial,
a luxação é mais grave.
A medula óssea tem grande importância ao nível das ancas,
pois é sobretudo nos ossos longos, e também no esterno, que
se dá a maturação dos glóbulos vermelhos, dos brancos e das
plaquetas.
Anemia
Descida de hemoglobina no sangue. Falta de glóbulos
vermelhos e, por conseguinte, de oxigenação do sangue e das
células. Falta de vitalidade para actuar. Falta de alegria. Tudo é
"sim, mas...". A pessoa tem medo da vida. Não está bem com
nada. A frustração com a sua vida familiar, ou talvez até com o
clã, o dela ou o do marido, é grande. "Nada funciona na minha
vida!" A anemia é uma forma de anulação da pessoa.
E um sintoma que não vem só. Além da anemia, é provável que
a pessoa tenha outros sintomas.
Há situações em que a pessoa parece ter anemia, mas, de
facto, a tensão na consciência não corresponde exactamente à
da anemia, mas sim a uma enorme desvalorização da pessoa,
quando, por exemplo, a pessoa considera que, aos olhos da sua
família, não vale nada. Nesse caso, é aconselhável consultar
Medula Óssea e Leucemia. Há também insuficientes renais que
entram em anemia. Neste caso, consulte Rins — insuficiência
renal.
Aneurisma
É uma dilatação ao nível da parede de uma artéria. Aparece
onde a resistência da artéria se encontra diminuída devido a
uma lesão, um traumatismo, uma malformação. Acontece em
alguns casos que o aneurisma chegue ao ponto de fazer a
artéria comunicar com uma veia.
As artérias são a parte yang da circulação. Elas transportam o
oxigênio e os nutrientes para as células. Os problemas arteriais
são característicos de um comportamento muito masculino,
muito yang, muito guerreiro, dominado por um pensamento
muito cartesiano, muito radical. Os problemas arteriais são mais
comuns na parte superior do corpo, que é a parte mais
masculina do corpo, nomeadamente no tórax e na cabeça.
Problemas arteriais mostram incapacidade de lidar com as
emoções. Mostram incapacidade de fazer o que é preciso para
soltar e ser feliz, alegre.
O aneurisma acontece à pessoa muito mental, que quer
controlar tudo e que não deixa fluir a sua vida, que quer
demonstrar que sabe e que sabe fazer. É uma pessoa muito
yang, com um modo de fazer muito masculino, muito guerreiro.
Pessoas que têm problemas de artérias são pessoas que não
escutam as emoções e que são muito orientadas para o
raciocínio, para o pensamento cartesiano.
Os acidentes vasculares que se dão na parte superior do corpo
(cabeça, braços e tronco) prendem-se mais com
comportamentos muito masculinos, muito machos, muito yang e
os problemas na parte inferior do corpo (ancas e pernas)
prendem-se com comportamentos de auto-anulaçáo, mais
passivos, mais femininos, mais yin.
Angina de garganta
Ficou-me entalado na garganta.
Veja Amígdalas.
Angina de peito
Veja Coração — angina de peito.
Anorexia
É o desejo de permanecer magro, que afecta especialmente as
raparigas quando chegam à fase da puberdade e da
adolescência. Recusam alimentar-se. Este sintoma pode dar-se
mais tarde também.
Há várias maneiras de lá chegar. Existem aquelas pessoas que
se recusam terminantemente a comer. Há aquelas que recusam
comer durante o dia, sobretudo diante de outros, mas que pela
noite fora arrombam os frigoríficos e dispensas de casa, não se
esquecendo de logo a seguir vomitar tudo o que ingeriram
(muitos chamam-lhes as bulímicas-anorécticas). Outras ainda
usam laxantes em permanência, para evacuarem tudo e se
esvaziarem pelo intestino.
De qualquer modo, o desejo é o de permanecer magra.
Muitas destas pessoas têm também problemas com o período
ou, simplesmente, não o têm. E isolam-se. Aliás, ao contrário da
obesidade, que pode ser provocada pela necessidade de
chamar a atenção, o conflito na consciência do anoréctico é
precisamente o oposto: "Preciso de desaparecer. Náo olhem
para mim!" E isola- -se. Para não ser visto. E um desejo de
morte. A pessoa perde a alegria de viver. Mas é também a
ressaca da frustração de um desejo de poder e de pujança
frustrado.
A anoréctica vive muito mal a sexualidade e refugia-se num
ideal de pureza, de espiritualidade (como fuga). Tem um enorme
problema com a sua feminilidade. Aceita muito mal o seu novo
corpo na puberdade.
E indispensável ver o que se passa ou passou na relação dessa
pessoa com a sua Mãe biológica. Ou mesmo o que ela ouviu
quanto ao sexo, aos impulsos sexuais, aos malefícios do sexo. E
sobretudo na puberdade que a anorexia se dá, pois a criança sai
do empate hormonal.
A Mãe pode ter sido uma mãe ausente ou nada afectuosa. A
Mãe e/ou o Pai podem ter querido um filho e não esta filha.
De qualquer modo, a anoréctica tem um grave problema quanto
ao facto de ter encarnado. Náo se deixa nutrir.
Por isso, além de a tensão ter que ver com a Mãe biológica, tem
que ver também com a Mãe Terra onde ela encarnou. Com o
planeta. Convém perceber o que se passou aquando do seu
parto.
A anoréctica odeia a função vital da terra. Ela quer ser espírito.
Na natureza, este fenômeno não existe. É fruto de uma criação
mental humana completamente aberrante.
Anorgasmo
Ausência de orgasmo
Veja Frigidez e Impotência
Ansiedade (angústia)
A chamada ansiedade mental, aquela que privilegia a
preocupação (pré-ocupação), ou seja, aquela que se manifesta
quando a pessoa está a pensar no futuro, a antecipar o que
ainda não aconteceu, a ocupar- -se antes de a coisa acontecer,
coisa essa que, por se encontrar no futuro não depende de todo
da pessoa, tem tendência para provocar vários problemas.
Podem ser de estômago, nomeadamente aerofagias,
aerogastrias ou outros. Pode ser hipermetropia, bulimia. Enfim,
a pessoa fica completamente sugada pelos acontecimentos
futuros, ainda desconhecidos, quer controlar o que não pode
controlar e desliga-se da sua realidade. É preciso soltar. Deixar
fluir, viver o momento.
Antebraço
Situa-se na zona entre o cotovelo, articulação que decide das
mudanças de direcção radicais que fazemos na nossa vida no
que diz respeito ao nosso caminho, às nossas metas, e o pulso,
que é a articulação com a mobilidade mais completa do corpo
humano e que permite transmitir a acção à mão, que permite por
isso decidir da afinação do gesto antes da decisão.
O sentido da concretização vai do ombro para a mão (do menos
concreto ao mais concreto). Por isso, o antebraço representa a
capacidade de começar a realizar algo que já foi aceite (algo
que já começou no ombro). Representa, por exemplo, a
dificuldade de escolher os meios para actuar. Ao não descobrir
como deve actuar do ponto de vista mais prático, a pessoa
sente-se desvalorizada. A sua autoestima está em questão. A
pessoa pode ter sido influenciada por alguém ou pode
simplesmente ter uma pobre imagem de si própria. A partida, o
antebraço direito é yang (masculino) e o esquerdo é yin
(feminino). Para dextros como para canhotos. Mas não nos
esqueçamos de que estamos na parte mais yang, mais
masculina do corpo e que a polaridade no aparelho locomotor
não é sempre óbvia.
Problemas no antebraço yang mostram desvalorização ou
inflexibilidade [devido à influência de um terceiro (um homem?)
ou a crenças obsessivas da pessoa]. A pessoa não quer ouvir o
que lhe diz o corpo. E o corpo sente que não é capaz de fazer o
que a pessoa lhe pede no que diz respeito ao trabalho ou a um
ofício predominantemente masculino. A pessoa sente que não
consegue caminhar para o seu objectivo. E insiste. E causa
desgaste no antebraço. A pessoa não se sente confiante, mas
prefere ignorar esse sentimento. E esforça o corpo.
Problemas no antebraço yin mostram desvalorização e
inflexibilidade [devido à influência de um terceiro (uma mulher?)
ou a crenças obsessivas da pessoa]. A pessoa viola a sua
sensibilidade e não percebe que não sente confiança em si
própria no que diz respeito a uma questão ligada às suas
emoções e mostra falta de respeito por si própria.
Qualquer problema no músculo do antebraço mostra
inflexibilidade e desvalorização, no osso mostra desvalorização
forte e na pele mostra tensão de separação ou de dificuldade de
comunicação.
Veja Braços como membros superiores.
No caso de uma amputação, consulte Amputação. No caso de
paralisia, consulte Paralisia e Paralisia Parcial.
Ânus
Veja Intestino grosso — ânus
Aparelho circulatório
Função de alimentação do corpo e de transporte dos nutrientes
pela via do sangue e função de purificação.
Representa a distribuição pelo corpo da vida e/ou da alegria de
viver. Está composto pelo coração, o sistema arterial e o sistema
venoso.
Representa um 8, tal como o esquema dos céus anterior e
posterior na filosofia chinesa.
Problemas circulatórios mostram falta de alegria de viver, falta
de amor por tal ou tal parte da minha vida e de mim próprio.
Problemas de identidade, de autoestima. O sangue é também o
símbolo da pertença a uma família, a uma linhagem e mesmo a
um clã. O padrão de vida e de pensamento do clã é
importantíssimo. O sangue é o centro das emoções da pessoa.
Problemas emocionais encontram-se neste aparelho.
O diagnóstico dos sintomas do aparelho circulatório não se
prende com a dualidade lado esquerdo yin e lado direito yang
nem com a distinção entre canhotos e dextros. Não, aqui os
lados não são determinantes.
A polaridade yinlyang deste aparelho é a seguinte: sintomas nas
artérias e sintomas no tronco, nos braços e na cabeça (parte
superior do corpo) reflectem comportamentos demasiado yang,
muito masculinos, muito guerreiros. Sintomas nas veias e
sintomas na bacia e nas pernas reflectem comportamentos
demasiado yin, demasiado passivos, demasiado femininos.
Para os canhotos e os dextros é exactamente a mesma coisa.
Aqui não há distinção entre canhotos e dextros.
Aparelho circulatório
Sistema arterial
As artérias são a parte yang da circulação. Elas transportam o
oxigênio e os nutrientes para as células. Os problemas arteriais
são característicos de um comportamento muito masculino,
muito yang, muito regrado, muito controlador, dominado por um
pensamento muito cartesiano, muito radical. Os problemas
arteriais são mais comuns na parte superior do corpo, que é a
parte mais masculina do corpo, nomeadamente no tórax e na
cabeça.
Problemas arteriais mostram incapacidade de lidar com as
emoções. Mostram incapacidade de fazer o que é preciso para
soltar e ser feliz, alegre. Endurecimento das artérias exprime o
nosso endurecimento pessoal. Artrites mostram cólera,
inflamação. Tromboses mostram controlo e não deixar fluir a
vida.
Aparelho circulatório
Sistema venoso
As veias constituem a parte yin do sistema circulatório. Levam o
sangue usado para o fígado e para os rins para o filtrar e para
os pulmões para evacuar o anidrido carbônico e substituí-lo por
oxigênio.
Problemas de veias mostram uma vida pouco alegre, passiva,
que deixa a alegria passar ao largo. São problemas mais típicos
de comportamentos demasiado yin, demasiado passivos,
demasiado femininos, de anulação de si próprio, de não há nada
a fazer. Estes problemas têm mais tendência a dar-se na parte
inferior do corpo e nomeadamente na zona pélvica, na zona
genital e nas pernas.
Flebites, varizes, hemorróidas, tromboses venosas profundas,
dão-se nas veias.
São a maneira de expressar que estamos fartos da vida que
levamos, que estamos enfurecidos mas passivos, demasiado
yin.
Aparelho digestivo
O aparelho digestivo é composto por seis etapas: boca, faringe,
esófago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) e
intestino grosso (cólon ascendente, transversal e descendente,
sigmóide, recto superior e inferior e ânus).
Este aparelho pertence ao grupo de funções mais primitivas que
existe, juntamente com o aparelho respiratório e o aparelho
reprodutor.
Aqui a necessidade é primária. Apropriar-se do naco, comê-lo e
depois assimilar e deitar fora o lixo. Aqui falamos de tudo o que
é absolutamente indispensável para si próprio. Trata- -se de
tudo o que está ligado à necessidade total e absoluta. Trata-se
do local geográfico onde vivemos, da comida no sentido estrito
da palavra, que é representada pela Mãe biológica, mas também
de toda a comida simbólica ligada às raízes da pessoa, os
afectos, sobretudo de infância, os objectos do nosso desejo que
gostaríamos de conseguir adquirir, como a casa, o carro e por
isso também o trabalho, o dinheiro, uma herança...
Aqui fazem-se intercâmbios vitais com o mundo exterior. No
aparelho digestivo estamos ligados à fatalidade do recomeço.
Desejo, necessidade, satisfação do desejo.
Isto é o que nos liga ao facto de termos encarnado.
É a lei do ciclo. É por isto que há recidivas nos conflitos, nas
tensões. As recidivas do que é primário são mais difíceis, mais
duras. Aqui, ru-mina-se, não se pensa. É muito difícil sair do
carril em que se entrou. É preciso ajuda.
Aqui, para se ajudar a pessoa, tem de se propor um lado muito
prático das soluções. Muitas vezes, torna-se pouco útil falar de
espiritualidade a pessoas com estes sintomas. Têm alguma
dificuldade em captar. É preciso rapidamente mandar a pessoa
para temas que respondam ao como fazer, ou seja, dar-lhes
soluções muito práticas.
Neste aparelho não existe grande precisão. As pessoas estão
bloqueadas num presente cíclico. No aparelho digestivo estão
as tensões ligadas ao medo da falta e os conflitos da
identificação de necessidades emocionais e das necessidades
primárias.
No tubo digestivo existem dois extremos. As pessoas que
resolvem de imediato e as que nunca resolvem.
De facto, resolver de imediato, do ponto de vista biológico, é
fácil, pois o aparelho digestivo é mais rápido a reagir porque é o
mais superficial de todos. E a cura dá-se de fora do corpo para
dentro. É o aparelho mais yin que há, como sistema. Ao
contrário, o sistema nervoso é o mais lento a reagir, pois é o
mais profundo. É o sistema mais yang que há, como sistema.
Os problemas do aparelho digestivo não se prendem com a
polaridade lado esquerdo yin e lado direito yang ou vice-versa,
seja em canhotos ou dextros. Não há, neste aparelho, qualquer
denominador comum quanto à polaridade yinlyang. E não há
qualquer distinção entre canhotos e dextros.
Há apenas duas excepçóes: a das cáries dentárias (esmalte dos
dentes) e a das mucosas dos sínuses, da boca e do nariz, em
que o lado direito é yang (masculino) e o lado esquerdo é yin
(feminino), para todos, dextros como canhotos. Problemas do
lado yang mostram falta de firmeza e falta de capacidade de
afirmação devidas a uma dificuldade na relação com um homem.
Problemas do lado yin mostram também falta de firmeza e falta
de capacidade de afirmação devidas a uma dificuldade na
relação com uma mulher.
Aparelho locomotor
Ossos, articulações, tendões, ligamentos, músculos.
Aqui moram as contradições. Os problemas de estrutura. O
aguentar- -se de pé. A inflexibilidade e a desvalorização.
A inflexibilidade tem origem nas crenças, no padrão de
pensamento. A desvalorização tem origem na afirmação da
pessoa mais pelo que faz ou pelo que consegue do que pelo
que é. É o caso da pessoa que precisa de fazer e/ou de alcançar
e/ou de ter para mostrar que existe, seja no trabalho,
socialmente ou em casa.
Aqui, neste aparelho, estão tensões que tratam de questões
como: "O que me parece indispensável empreender e também o
que devo fazer pela família." Aqui estão os problemas na
relação com o mundo.
E aqui que se mede a qualidade das realizações práticas.
Está em questão o sentimento de individualidade, de
autoestima.
O que penso de mim próprio e o que faço neste mundo. A minha
firmeza e também a minha flexibilidade.
Só se pode existir através dos outros. Como é que o mundo
exterior influencia a minha estrutura e como é que eu influencio
o mundo exterior?
Aqui estão os conflitos do meu valor pessoal. Que parte da
minha consciência é que está obscura na minha relação com o
mundo?
Neste aparelho, em ossos, articulações, tendões, ligamentos e
músculos não há nenhum denominador comum quanto à
polaridade yin/yang em fúnção do lado do corpo em que se
encontram.
Os sintomas do aparelho locomotor prendem-se com
inflexibilidade mental e desvalorização. Ora a desvalorização e a
inflexibilidade prendem-se habitualmente com questões
comunicacionais, mas podem também prender-se com a
sensação de agressão física ou verbal, o que dá origem a uma
polaridade yinlyang diferente segundo os casos.
De facto, as questões comunicacionais prendem-se com os
hemisférios cerebrais do córtex, que têm um efeito cruzado no
corpo, o hemisfério direito dominando o lado esquerdo do corpo
e o hemisfério esquerdo dominando o lado direito do corpo.
Assim, neste caso, o sintoma do lado direito do corpo é yang
(masculino) e o do lado esquerdo é yin (feminino). Para todos,
dextros e canhotos. E para todos, pois os canhotos têm os
hemisférios cerebrais iguais aos dos dextros.
Mas, ao contrário, as questões ligadas a agressão não se
prendem com comunicação. A pessoa reage à agressão e o
gatilho da tensão prende-se com a medula do cérebro e já não
com os hemisférios cerebrais. Assim, neste caso, os sintomas
em ossos, articulações, tendões, ligamentos e músculos que se
dão do lado direito do corpo são yin (femininos) e os do lado
esquerdo são yang (masculinos). Para todos, canhotos e
dextros.
De facto, o efeito da medula do cérebro no corpo não é cruzado,
o lado direito da medula influenciando o lado direito do corpo e o
lado esquerdo influenciando o lado esquerdo do corpo. Por tudo
isto, o diagnóstico yin e yang nos sintomas do aparelho
locomotor tem de ser muito cuidadoso. Hoje em dia, os
problemas comunicacionais são muito mais freqüentes do que
as agressões primárias. E provável que os sintomas sejam
quase todos criados por tensões relacionais ou comunicacionais.
Por isso, em termos de diagnóstico, pode começar-se por
considerar que o lado direito do aparelho locomotor é yang e o
esquerdo é. yin, para todos, dextros e canhotos, mas sem
dogmas, pois é preciso ter cuidado na avaliação.
Consulte cada parte do aparelho locomotor.
Aparelho reprodutor
O aparelho reprodutor pertence, em conjunto com o aparelho
urinário, ao elemento água dos cinco elementos do corpo. Nas
águas estão as nossas ligações às crenças mais profundas. As
águas estão ligadas ao início da vida.
O aparelho reprodutor é composto pelos ovários, as trompas de
Falópio, o útero, o colo do útero, a vagina e as mamas, na
mulher, e pelos testículos, a próstata e o pénis no homem.
Problemas neste aparelho mostram dificuldade em aceitar a sua
feminilidade, para uma mulher, e a sua masculinidade, para o
homem. Mostram também a dificuldade da pessoa em encontrar
o seu oposto dentro de si.
Este aparelho pertence, tal como o respiratório e o digestivo, ao
grupo de funções mais primitivas que existe.
Aqui trata-se de tudo o que é absolutamente indispensável fazer
para manter a espécie. A passagem do material genético de
uma geração para a seguinte. Na natureza, a prioridade é dada
à espécie e à sua perenidade, antes mesmo do indivíduo
Os problemas do aparelho reprodutor só se prendem com a
polaridade lado yin e lado yang nos órgãos pares (ovários,
mamas, testículos e trompas de Falópio) e sem qualquer
denominador comum. Estão tratados caso a caso.
Problemas do lado yang podem indiciar a influência de um
homem ou um comportamento muito masculino, muito duro, por
parte da pessoa. Problemas do lado yin podem indiciar a
influência de uma mulher ou um comportamento muito feminino,
demasiado passivo, de anulação, da própria pessoa. Queira
consultar cada caso em particular.
Aparelho respiratório
O aparelho respiratório é composto pelas vias respiratórias
superiores (nariz — fossas nasais, faringe) e pelas vias
respiratórias inferiores (laringe, traqueia, brônquios e pulmões).
Na respiração encontra-se a máxima expressão da dualidade.
Se só inspira, morre. Se só expira, morre. Precisa das duas. A
inspiração é uma contracção e a expiração uma descontracção.
A respiração encerra a polaridade do acolhimento (receber) ou
do dizer não (não querer receber o que não é bom para mim) e a
do dar ou não dar.
Do latim, spirare (respirar). Do latim spiritus (espírito). A raiz de
respirar e a de espírito são muito próximas. A palavra inspirar
também vem da mesma raiz.
Do grego, psyke, significa alma como significa sopro. Do
hindustano, a palavra atman é muito próxima da palavra respirar
em alemão (atmen). A mesma raiz volta a encontrar-se quando
se descreve aquele que alcançou a perfeição (mahatma). Os
hindus usam a palavra prana para descrever a respiração como
portadora de força vital. Na Bíblia, Deus sopra numa criatura de
barro e converte-a numa criatura viva.
Do grego ainda, pneuma que quer dizer vento, espírito.
A respiração une-nos, através da sua dualidade, ao
sobrenatural, ao universo, à fonte da criação, ao metafísico. A
respiração permite-nos a união com a vida. Por isso, a
respiração impede o isolamento ao ser humano.
Respiração é, portanto, contacto e relacionamento. Este
contacto com o que vem de fora faz-se através dos alvéolos
pulmonares.
O contacto que temos com o outro através da pele é voluntário.
Ou quero tocar ou não. Mas o contacto através da respiração já
não é voluntário. Dá-se, e ponto.
A asma e as erupções cutâneas estão ligadas, por estarem
ambas relacionadas com o contacto, com o relacionamento. A
primeira é no aparelho respiratório e as segundas na pele.
O primeiro sopro dá a vida. O último sopro solta-a.
O primeiro sopro desliga-nos da Mãe. Passamos a ser uma
entidade individual.
Aqui exprime-se uma dualidade própria ao aparelho respiratório
com duas palavras-chave: Liberdade e aperto.
Neste aparelho, a polaridade lado direito yang e lado esquerdo
yin existe para os órgãos pares, amígdalas, pulmões, brônquios
e bronquíolos. São questões comunicacionais que se prendem
com os hemisférios cerebrais. Não se aplica à pleura.
Assim, para todos, dextros como canhotos, o lado direito é yang
(masculino) e o lado esquerdo é yin (feminino).
Problemas do lado yang mostram que a pessoa se sentiu
agredida por um homem e, do lado yin, por uma mulher.
Aparelho urinário
O aparelho urinário pertence, em conjunto com o aparelho
reprodutor, ao elemento água dos cinco elementos do corpo.
Nas águas estão as nossas ligações às crenças mais profundas.
As águas estão ligadas ao início da vida.
O aparelho urinário é composto pelos rins, os ureteres, que
ligam cada um dos rins à bexiga, a bexiga e a uretra, que expele
a urina da bexiga para fora do corpo. A função principal deste
aparelho é de manter a ho-méostase no organismo, ajustando a
composição, o volume e a pressão do sangue. Assim, ele
elimina e guarda quantidades específicas de água e de soluções
líquidas.
O tecido renal inclui os nefrões, que são unidades funcionais do
rim que filtram, segregam e absorvem os líquidos do corpo.
Os problemas no aparelho urinário podem ser vários e estão
analisados caso a caso. Todos se prendem com os
antepassados, as crenças profundas sociais, o clã, a sociedade,
com o parto da pessoa, com a relação com os pais e com a
relação entre os pais da pessoa. Seja para as crianças, seja
para os adultos.
Neste aparelho existe uma polaridade entre o lado direito e o
lado esquerdo, mas só para os rins e os ureteres e não é para
todos os sintomas. Assim, quando existe polaridade, o lado
direito é yang (masculino) e o lado esquerdo é yin (feminino),
para todos, dextros como canhotos. Problemas no rim ou no
ureter do lado yang mostram dificuldades na relação com o
modelo masculino ou na relação com os líquidos, devido a uma
influência masculina, e problemas no rim ou no ureter do lado
yin mostram dificuldades na relação com o modelo feminino ou
na relação com os líquidos, devido a uma influência feminina.
No caso da insuficiência renal, esta polaridade náo tem qualquer
aplicabilidade.
Apatia
Enfraquecimento do Eu. Resistência aos sentimentos e às
emoções. Negação de si. A pessoa anula-se. É uma forma de
isolamento. Consulte Isolamento.
Apêndice
É um gânglio linfóide. É da mesma família que a amígdala.
Serve de sentinela, tal como a amígdala, porque no intestino
delgado não há bactérias, mas no grosso há. O apêndice
permite a travagem das bactérias que sobem a corrente do
intestino grosso para não as deixar entrar no íleo, que é a última
parte do intestino delgado.
Uma apendicite constitui um conflito de rancor e de
contrariedade que a pessoa guardou para si. Um rancor e uma
contrariedade que acontece na junção de duas coisas. Dá-se a
violação de algo íntimo. E não é limpo! "Que porcaria! Não se
faz!" Esta junção de duas coisas pode ser sobre muitos
acontecimentos. Pode ser, por exemplo, uma relação sexual que
a pessoa culpabiliza. Mas prende-se com alguém próximo.
E, assim, na apendicite, o apêndice vê-se na impossibilidade de
travar a ida das bactérias do intestino grosso para o intestino
delgado. E o apêndice incha. A apendicite é uma forma de
autoviolência. E pede cuidados urgentes, pois pode vir a tornar-
se numa peritonite. Neste caso, consulte também Peritonite.
Apetite
Veja Bulimia e Anorexia
Apneia
Suspensão da respiração durante o repouso.
A pessoa com apneia precisa de relaxar a sua vida. Deve deixar
de ser tão mental e tão atarefada. Deve cuidar mais de si.
Quando este sintoma se dá nos bebês recém-nascidos, e dá-se
sobretudo quando estão a dormir, existe o risco de morte súbita.
Neste caso, a apneia demonstra que o bebé não se encontra
nada bem na relação que existe entre os pais. A criança tem um
desejo não consciente de desencarnar. É indispensável que,
neste caso, os pais assumam a responsabilidade. Veja Bebes.
Para a suspensão da respiração durante o sono, veja também
Ressonar.
Aponeuroses
São os sacos dos músculos, as protecções dos órgãos, que
servem para proteger de ataques e promover a defesa. Ataques
verbais ou físicos.
Aqui o ser humano protege-se. Ponto. E não pensa. Não tem
tempo para isso. Não pensa com que lado é que se defende. É
como lhe dá no momento. E que o ataque surgiu de alguém que
lhe é chegado. Por isto, nas aponeuroses, a polaridade lado
direito lado esquerdo não existe, embora estejamos no aparelho
locomotor. No caso de o músculo ser apanhado, aí sim, já
poderemos falar da polaridade.
Problemas nas aponeuroses mostram que a pessoa se sentiu
atacada ou que algo lhe meteu nojo. Pode ser nojo de uma coisa
material ou de uma pessoa ou mesmo do que essa pessoa fez.
"Esta pessoa mete-me nojo." Trata-se sempre de uma pessoa
chegada.
Não há denominador comum na polaridade yin/yang nem
nenhuma distinção entre canhotos e dextros.
Arritmias
São alterações do ritmo do coração. Perda de harmonia, perda
de ordem interior. É próprio de alguém que está constantemente
a querer enfrentar. Não se deixa viver o seu lado yin, o seu lado
interior, a sua paz interior, a sua sensibilidade, o seu lado
feminino, as suas emoções. A pessoa não se entrega à vida. Os
problemas de coração são próprios das pessoas muito yang,
muito voluntariosas, que acham que tudo depende delas, que
elas é que mandam. Estão sempre a enfrentar. Têm um
comportamento muito masculino. Não sabem entregar-se no
momento certo. Veja Coração.
Arrotar
Veja Aerogastria.
Artérias
Veja Aparelho circulatório — sistema arterial.
Arteriosderose
A arteriosderose é um termo genérico para o espessamento e o
endurecimento da parede arterial e é, segundo a medicina, a
principal causa de morte no mundo ocidental. Um tipo de
arteriosderose é a aterosclerose, doença que atinge artérias de
grande e médio calibre, como as artérias coronárias, as artérias
carótidas e as artérias ilíacas e femurais.
E caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros
elementos na parede das artérias, reduzindo a sua secção e
causando uma diminuição de irrigação sangüínea nos tecidos, o
que pode levar a entupimentos (tromboses) e mesmo a
isquemias ou a gangrena.
Dá-se predominantemente nas pessoas do sexo masculino nas
faixas etárias entre os 50 e os 70 anos. As pessoas com
colesterol alto e as pessoas cronicamente hipertensas são
propensas a ter arteriosderose.
As artérias são a parte yang da circulação. Elas transportam o
oxigênio e os nutrientes para as células. Os problemas arteriais
são característicos de um comportamento muito masculino,
muito yang, muito regrado, muito controlador, dominado por um
pensamento muito cartesiano, muito radical. Os problemas
arteriais são mais comuns na parte superior do corpo, que é a
parte mais masculina do corpo, nomeadamente no tórax e na
cabeça, embora também possam acontecer nas pernas.
Problemas arteriais mostram incapacidade de lidar com as
emoções.
Mostram incapacidade de fazer o que é preciso para soltar e ser
feliz, alegre. E isto dá-se na relação com as pessoas
socialmente próximas. A pessoa recusa-se a ver o que é bom
para si. Problemas arteriais mostram resistência, tensão, muito
controlo. O processo emocional da pessoa é desgastante. A
pessoa perdeu a alegria de viver. É uma pessoa muito
controlada, muito comanditada por uma visão limitada que está
enraizada nela, mas que não lhe faz bem nenhum.
Dissemos que a pessoa com colesterol era propensa à
arteriosclerose. De facto, o colesterol é uma gordura e a gordura
existe para proteger a pessoa. Mas para proteger quanto baste.
O colesterol alto mostra que a pessoa se está a proteger da
família e da linha do clã. Mostra a pessoa a querer proteger-se a
partir do interior.
Dá-se, por exemplo, quando a pessoa sente que precisa de se
proteger da sua mulher, ou dos seus pais, ou do seu marido. Só
que a pessoa age da pior maneira, acabando por se magoar a si
própria. A pessoa sente que o clã lhe faz mal e, em vez de criar
uma vida genuína para ela, trava a livre circulação da vida nela,
obstruindo pouco a pouco os canais da alegria (vasos
sangüíneos). A pessoa tem medo de aceitar a alegria e de a
viver. E sente culpa. A pessoa não deixa fluir a sua vida.
Dissemos também que as pessoas hipertensas também eram
propensas à arteriosclerose. De facto, o sangue reflecte a
identidade, o ser. As paredes dos vasos sangüíneos são os
limites, as fronteiras dentro das quais a nossa encarnação em
seres humanos se deve desenvolver.
É natural querermos testar até onde podem ir essas fronteiras,
esses limites de resistência dos vasos sangüíneos.
Ao contrário do hipotenso, o hipertenso prepara-se para a
acção, está determinado a essa acção e, por isso, a circulação
sangüínea acelera e a pressão sangüínea também. Só que, no
hipertenso, a acção nunca chega a concretizar-se porque a
pessoa nunca chega a confrontar o outro com o que a incomoda,
ou seja, a descarga de energia nunca se produz, ficando
portanto armazenada. O hipertenso não consegue ir ao
confronto. Ele tem medo do confronto e não percebe que o
confronto deve ser o mais imediato possível, de um modo
simples e suave, dizendo o que sente e o que pensa.
É comum, no hipertenso, o indivíduo convencer-se de que para
a próxima conseguirá chegar à acção. Isto faz que o organismo
continue pronto para actuar, nunca chegando a relaxar, a pessoa
transformando- -se por isso em hipertensa crônica e nunca
chegando afinal a confronto nenhum.
O hipertenso mantém-se sempre nas margens do conflito,
sempre incomodado pelo conflito, mas sem conseguir aportar
qualquer solução.
Claro que, ficando coisas por dizer, um dia a pessoa acaba
mesmo por falar, mas fá-lo de um modo rezingão, cobarde,
exagerado, zangado, criando muito mais conflito, quando afinal
um confronto doce teria resolvido tudo à partida.
A pessoa queixa-se, reclama, manifesta fúria, ou seja, a pessoa
acaba por explodir, poucas vezes com a pessoa certa e muitas
vezes com a errada.
Esta falta de confronto dá lugar a um enorme conflito interior.
Assim, a pessoa está sempre alerta, desconfiada e preparada
para o próximo confronto que, afinal, nunca conseguirá levar
cabo.
São pessoas que têm problemas emocionais de longa data não
resolvidos e que têm grande dificuldade em viver a alegria da
vida.
Articulações
As articulações conferem mobilidade à pessoa.
Problemas nas articulações mostram grande desvalorização na
identidade do gesto (ocorre muito na prática de desportos — a
pessoa não gostou da performance do seu gesto) e/ou
inflexibilidade. As palavras-chave de todos os problemas de
articulações são pois inflexibilidade e desvalorização.
Rigidez, inflamações, torções, distensões, luxações, tendinites
ou roturas de ligamentos nas articulações indiciam falta de
flexibilidade da pessoa quanto àquilo que pensa, quanto ao seu
padrão mental e desvalorização. E, claro, a inflamação de uma
articulação impede o movimento. Obriga a parar.
A desvalorização pode ser sentida com raiva, ira, cólera.
Quando se dá nos tornozelos, a tensão é diferente da que a
É
pessoa sente se a inflamação se der nos ombros. É necessário
consultar cada caso em particular.
Ao lubrificante das articulações chama-se lhe líquido sinovial.
Encontra-se na mucosa da cápsula da articulação. Quando,
aquando de uma tensão na articulação, o líquido escorre, quer
dizer que a tensão da desvalorização é mais forte. Uma entorse
é mais grave quando tem este líquido que escorre.
A bursite é a inflamação de uma bursa, que é um saco
membranoso das articulações e cuja função é a de evitar o atrito
entre o tendão e o osso ou o tendão e o músculo ou mesmo de
proteger as proeminências ósseas.
A bursite é assim a inflamação de uma bolsa serosa. Mostra
impotência e passividade, desvalorização, vontade de bater em
alguém sem o conseguir ou sem se autorizar a fazê-lo.
Consulte Anca, Cotovelo, Dedos, Joelho, Ombro, Pulso e
Tornozelo, seja no caso de tendinites, de problemas de
ligamentos, de cartilagens articulares (meniscos) ou de fractura
dos ossos das articulações.
Artrose, poliartrite. artrite, dores de ancas, coxartrose, são
algumas das tensões típicas nas articulações.
Consulte Artrose, Coxartrose, Poliartrite, Poliartrite crônica
evolutiva, Reumatismo, Reumatismo articular agudo.
Artrite
Inflamação de uma articulação devida a um sentimento de forte
desvalorização da pessoa.
Veja Articulações.
Artrose
Os ossos de uma articulação são mantidos em posição
adequada por ligamentos e tendões que permitem apenas os
movimentos normais. Os músculos são também determinantes
na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta
encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu
(mucosa da cápsula da articulação) produz permanentemente
uma pequena quantidade de líquido, designado como líquido
sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem.
Numa articulação normal, os topos dos ossos que a compõem
estão cobertos por uma "capa" de material elástico
esbranquiçado, a cartilagem (menisco, no joelho), que permite o
deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que
absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na
carga. A artrose resulta da destruição progressiva dos tecidos
que compõem a articulação, em particular a cartilagem,
conduzindo à instalação progressiva de dor, deformação e
limitação dos movimentos. No estabelecimento da artrose,
começa por ocorrer uma deterioração da cartilagem, que perde
a sua regularidade e elasticidade, o que diminui a sua eficácia.
Na ausência de parte ou da totalidade da "almofada" da
cartilagem, os ossos roçam directamente entre si, causando
sensação de atrito, inflamação, dor e limitação de movimentos.
Em fase evolutiva bastante avançada, fragmentos da cartilagem
ou do osso subjacente podem soltar- -se para o interior da
articulação e limitar ou mesmo bloquear os seus movimentos.
As ancas, os joelhos, os ombros, os pés e os dedos das mãos
são os mais freqüentemente atingidos.
Já vimos que a cartilagem articular se situa no meio das
articulações, onde os ossos se confrontam. No joelho, por
exemplo, é onde o fémur dialoga com a tíbia. E chama-se lhe
menisco.
Aqui estamos ao nível do gesto. Se o gesto não está certo,
temos um problema articular. Nas articulações projecta-se a
desvalorização do gesto. Seja no desporto ou em qualquer
gesto, em qualquer acção da nossa vida que implique mudança
de direcção ou flexibilidade. Os gestos da vida espelham-se no
corpo e as maleitas no corpo espelham-se na vida.
Aqui estamos, portanto, em presença da qualidade do gesto.
Uma pessoa pode desvalorizar-se pelo gesto.
O desporto é um óptimo exemplo disto, assim como o trabalho
manual. O cirurgião, o dentista, o pianista, o secretário.
As doenças articulares são conflitos de desvalorização do gesto.
"Não fiz o gesto correcto. Não valho nada."
No reumatismo, por exemplo, a pessoa diz-se que já não é tão
boa como costumava ser. "Já não sou tão bom neste gesto.
Quando a pessoa fica com artrose, isso mostra que o osso está
a cicatrizar, a reparar-se após a desvalorização. A
desvalorização foi reparada. A tensão foi resolvida. Talvez não a
sua causa, mas, pelo menos, o seu efeito.
Consulte a articulação em que tem problemas.
Asfixia
Problema do aparelho respiratório.
A respiração une-nos, através da sua dualidade, ao
sobrenatural, ao universo, à fonte da criação, ao metafísico. A
respiração permite-nos a união com a vida. Por isso, a
respiração impede o isolamento ao ser humano.
Respiração é, portanto, contacto e relacionamento. Este
contacto com o que vem de fora faz-se através dos alvéolos
pulmonares.
O contacto que temos com o outro através da pele é voluntário.
Ou quero tocar ou não. Mas o contacto através da respiração já
não é voluntário. Dá-se, e ponto.
Aqui exprime-se uma dualidade própria ao aparelho respiratório
com duas palavras-chave: Liberdade e aperto.
A pessoa que asfixia é a pessoa que decide soltar-se totalmente
do aperto que sente nesta vida. No caso de um bebê, existe um
desejo não consciente de desencarnar. Veja Bebês
Asma brônquica
Consiste num estreitamento dos brônquios e dos bronquíolos
que pode ser provocado por um espasmo muscular, por uma
inflamação das vias respiratórias ou pela congestão e a
secreção das mucosas. A pessoa tem a sensação de sufocar.
É uma pessoa que procura receber muito mas que tem
dificuldade em dar. O asmático envenena-se no anidrido
carbônico, pois não consegue expirar. Este sintoma é muito
próprio das crianças demasiado mimadas ou das crianças
impedidas de chorar.
Nos bebês e nas crianças, a asma mostra que não querem estar
aqui. Um desejo de partir desta vida, para o bebê, e um desejo
de não estar aqui, mas ali, para a criança.
Mas também se dá muito nos adultos.
Asma vem do grego e significa "aperto de peito". No latim, a raiz
mais próxima parece ser angustus, raiz da palavra angústia.
Esta raiz latina volta a encontrar-se em expressões como
amígdala e angina de peito. Ora bem, um aperto, uma
contracção, estão ligados à angústia, ao medo.
Muitas vezes a asma está ligada a alergias. Por exemplo, à
febre dos fe-nos. (Se for o caso, consulte Alergias). As palavras-
chave para a asma são medo e falta de aceitação.
O asmático tem também um desejo de dominar, embora, se lhe
falarmos nisso, sempre o negue.
O asmático tem a sensação de estar prestes a explodir, só que
não consegue exteriorizar gritos e injúrias. Por isso tem tosse e
expectoração.
O asmático adulto costuma ser uma pessoa muito cerebral,
muito mental. O asmático adulto tem tendência para culpar a
sua sexualidade e para puxar o seu impulso sexual para a zona
do peito (confunde amor com sexo). Assim, em vez de deixar a
estimulação da mucosidade lá em baixo, ao nível dos órgãos
sexuais, trá-la literalmente para cima, para a boca. E verdade
que esta questão não deixa de fazer sentido, pois há uma
semelhança clara entre a boca, que exprime o amor, e os órgãos
genitais, que exprimem o sexo.
O asmático é sedento de amor. Deseja amor mais do que tudo.
Mas procura-o nos outros.
A asma e as erupções cutâneas prendem-se com questões de
contacto e de relacionamento.
O asmático sente alguma resistência em ter contacto com o
mundo.
Astenia
A astenia consiste num enorme cansaço. É devida à falta de
referências e à perda do rebanho, do grupo, do clã. Dá-se ao
nível do inconsciente individual e do inconsciente colectivo.
Para descrever melhor o processo pelo qual passa a pessoa que
está em astenia, vamos recorrer a um exemplo do mundo
animal.
Ao contrário do que se passa com os lobos, em que cada lobo,
na alcateia, não é essencial (um lobo que sai do grupo não
afecta a alcateia), nas ovelhas, mais concretamente no rebanho
de ovelhas, qualquer redução do número de ovelhas cria uma
situação de perigo. As ovelhas dependem (e por isso apostam
nele) do grupo. O rebanho não pode agredir nem fugir. Apenas
unir-se. Os predadores não atacam um rebanho. O que eles
vêem no rebanho parece-lhes ser uma enorme ovelha. A ovelha
que se perde é que se transforma na presa.
Para a ovelha perdida, a única direcção válida é a direcção que
a leva de volta ao rebanho. Por isso, a ovelha perdida que não
sabe para que lado deve correr, porque de facto não sabe onde
está o rebanho, não se mexe. Ela fica quietinha para não dar
nenhum sinal aos lobos. A ovelha perdida tem de se centrar. Por
isso o seu corpo tem de criar um mecanismo que a acalme.
Então o que o corpo faz é agir sobre as supra-renais. Acalma-as
e esvazia as supra-renais literalmente. O efeito que isto produz
é a ovelha ficar de rastos. Fica estafada. E deita-se, imóvel.
Quando se vê uma ovelha neste estado, é porque está perdida.
Procura não se afastar ainda mais do rebanho. Ela espera que o
rebanho apareça. Quando vê o rebanho a começar a aparecer,
então, aí, as supra-renais voltam a funcionar a todo o vapor e a
ovelha corre muito rapidamente para se unir ao rebanho e se
sentir de novo em segurança. Um animal em stress é muito
activo.
A ovelha perdida tem de se centrar. Por isso o seu cérebro tem
de criar um mecanismo que a acalme.
Ora bem, enquanto a ovelha está separada do grupo, existem
mecanismos naturais pelos quais o rebanho lhe vai enviando
sinais. De cérebro para cérebro. Como a ovelha perdida está
muito calma e em astenia, ela está muito apta a receber este
tipo de sinais de radar do rebanho e então a poder começar a
dirigir-se para onde ele está. Se a ovelha não estivesse em
astenia, não conseguiria discernir os sinais de radar que o
rebanho lhe enviaria. Com os elefantes acontece o mesmo. Eles
giram em rotação e em translação. É muito rápido.
A pessoa em astenia está só e tem de parar. Por isso o cérebro
cria a fadiga.
A pessoa que está muito cansada é porque está perdida.
Gostaria de encontrar o seu antigo grupo, família, rebanho, clã
ou de descobrir um novo. A pessoa que está em astenia é
porque precisa de parar com o seu reboliço mental, com a sua
vida apressada e muito lógica, muito yang, muito masculina,
muito controlada. Quanto mais se luta contra a fadiga, mais ela
se instala. É preciso aceitá-la e não se mexer.
E preciso agradecer a esta fadiga e adoptar a postura zen, ou
seja, deixar-se ganhar pela intuição. Pôr-se à escuta do sonar
que a dirigirá para um clã, um rebanho.
Todos somos originários de um clã. É difícil desenraizar os
valores desse clã. O clã chama sempre a si a pessoa que dele
se afastou. E é muito poderoso.
Pode-se mudar de clã. A cada vez que se está entre dois clãs, a
vida entra em crise. Se a pessoa conseguir criar outro clã, então
o equilíbrio reaparece.
A independência não se vive no isolamento. Independência quer
dizer poder escolher o seu rebanho, o seu grupo.
A segurança de reencontrar um grupo regenera a pessoa. As
supra- -renais voltam a encher-se. A pessoa recupera o seu
vigor.
O indivíduo conta para a espécie e é por isso que a espécie tem
um programa para o indivíduo.
O ser humano é gregário. O que aparece com idéias novas é a
ovelha ranhosa, a ovelha negra. O clá sente a sua segurança
posta em questão.
Por isso, convém sempre respeitar o rebanho, não destruí-lo. É
criando um novo rebanho e não criticando o original que se
avança.
Normalmente, agimos totalmente de acordo com o clã ou
totalmente em oposição do clã, mas sempre em função dele, o
que não é bom para o indivíduo. O indivíduo deveria agir em
função do seu equilíbrio.
O conjunto dos cérebros de um rebanho cria um cérebro
colectivo com a sua própria identidade.
E igual para os políticos, para a sociedade e para o sistema em
geral.
Para a pessoa que tem fibromialgia, consulte Fibromialgia.
Astigmatismo
Veja Olhos.
Audição
Veja Ouvidos.
Aurículas
Aurículas do coração em comunicação. Veja Coração.
Auto-imunidade
Consulte Sistema imunitário.
Autoridade
A autoridade, cuja raiz etimológi-ca quer dizer "aquele que faz
crescer" está sempre representada por um terceiro. Aquele ou
aquela que para nós representa autoridade é aquele ou aquela
com quem nos sentimos crescer. Aquele que nos faz crescer é
aquele que nos mostra o rumo, o ritmo, o sentido de por onde
trilhar o caminho. É o que nos dá o sentido de direcção, de
comunicação e de humildade. A pessoa que está bem com a
autoridade é disciplinada, ou seja, considera-se o discípulo de
tal pessoa. Sente-se crescer com essa pessoa. E, por isso,
entrega-se e vive na humildade. Essa pessoa não segue o seu
mestre porque se sente obrigada por ele, nem por obediência,
mas por disciplina, ou seja, por decisão pessoal.
Ora a autoridade encontra-se, na nossa sociedade, centrada no
homem. No deus, no Pai biológico, na figura masculina.
Autoridade não deve ser confundida com poder. O poder exige
obediência, não disciplina.
A noção de autoridade está directamente ligada à de humildade.
Aquele que se sente crescer com o outro segue-o na humildade.
Aquele que deixa de se sentir crescer com o outro, em vez de o
criticar ou destruir, tem apenas que se separar dele, na
humildade. E respeitar que, se ele já não cresce com aquele
outro, outros talvez ainda se sintam crescer e que, por isso, não
deve destruí-lo mas apenas separar-se dele.
E também aquele que já não é considerado como uma
autoridade pelos seus discípulos deve aceitá-lo na humildade e
não procurar perseguir ou destruir o discípulo que deixou de o
ser, mas sim deixá-lo seguir por um caminho diferente, na
humildade.
Sempre que uma pessoa não respeita os outros como
autoridade está a desenvolver um comportamento arrogante e a
recorrer ao poder e, portanto, está a enfraquecer a sua
autoridade.
As pessoas com problemas mentais, com problemas de
isolamento ou mesmo com alguns problemas motores, são
pessoas com problemas relativamente ao sentido de autoridade,
ao sentido de humildade. São pessoas com o chakra da coroa, o
chakra violeta, bloqueado. Por isso, em cada um destes casos,
há que procurar o que se passa com o modelo de homem, com o
Pai biológico, com o pensamento da família e do clã.
Azia
Uma das funções do estômago é a de produzir ácidos que
ataquem, corroam e decomponham os alimentos. No sentido
comunicacional do termo, o estômago serve para digerir as
emoções da pessoa.
Quando o conflito emocional está muito activo, o estômago
precisa de mais suco gástrico, para digerir melhor. A pessoa fica
a ruminar, a ruminar, a ruminar o que lhe fizeram. Aqui, a tensão
emocional é: "Malandro, não consigo digerir!"
O doente de estômago não gosta de confrontos. É incapaz de
lidar com o seu furor e/ou de o transformar em agressão, ou
seja, de o transformar em emoção constatada, observada ou
mesmo manifestada (emoção vem de ex-movere, que quer dizer
mover para fora). Por isso, tem de engolir a sua má disposição,
a sua raiva, ou seja, literalmente, engolir a bílis e então sentirá
os ácidos estomacais sob a forma de azia, porque o estômago,
tendo de digerir toda a emoção que não se ex-moveu, precisa
de produzir mais suco gástrico.
Bacia
A bacia é composta pelos ossos da cintura pélvica. Os dois
ossos ilíacos, do lado direito e do lado esquerdo, chamados os
quadris, e o sacro, por detrás. Correntemente, designa-se como
a zona sacro-ilíaca. Sacro quer dizer sagrado. No sacro estão as
tensões que se prendem com o testemunho de quem sou.
Quando se fala de fracturas nesta zona, fala-se de fracturas de
um dos dois ossos ilíacos ou do sacro.
Aqui mora o que a pessoa interpreta como sendo justo e como
não o sendo. As tensões são muito parecidas com as das
vértebras cervicais, só que, aqui, estão restringidas ao lado
familiar e de pertença à família.
Aqui estamos nos ossos. Ora os ossos fazem parte do aparelho
locomotor. O denominador comum, aqui, é, como nas outras
vértebras, desvalorização.
Quando tenho problemas na bacia, é quando me sinto julgado
em minha casa.
As vértebras sacras estão directamente ligadas ao eixo yin da
pessoa, ao eixo feminino, eixo da feminilidade, simbolizado pela
Mãe.
Problemas de bacia mostram sentimento de injustiça da pessoa
quanto ao modo como a sua família e o seu clã olham, com
censura, para o modo como vive a sua vida.
Baço
O baço pertence, tal como o pâncreas, ao elemento terra dos
cinco elementos orientais. A raiz etimoló-gica de baço quer dizer
escuro, acastanhado. E o nome baço foi lhe dado pelo seu lado
escuro, acastanhado.
E, tal como o pâncreas, um órgão trabalhador e atarefado. É um
regulador do sangue. Forma equipa com o pâncreas. É um
órgão linfático que filtra o sangue, colabora com o fígado na
formação da bílis e produz glóbulos brancos (função
imunológica). O pâncreas, seu primo, é um órgão muito mais
yang, muito mais masculino, mais intenso do que o baço que é
mais yin, mais feminino. O baço regula as menstruações das
mulheres e participa no bom funcionamento dos órgãos genitais
femininos. O cancro no baço é mais freqüente nas mulheres do
que nos homens. Embora também se dê nos homens. O cancro
do baço é mais feminino e o cancro do pâncreas é mais
masculino (veja Pâncreas).
Problemas de baço mostram que a pessoa dá pouco espaço ao
divertimento e ao prazer. O dever e o profissional (mesmo que o
profissional seja ser dona de casa) representam o que é
verdadeiramente importante. A vida carece de alegria. A pessoa
anula-se. Tem uma atitude demasiado feminina, demasiado
passiva. A pessoa faz uma manutenção e um cultivo do passado
excessivos, apenas por medo de não saber lidar com o
presente. A pessoa é demasiado reguladora, normativa, rígida,
radical, obsessiva com o dever, mas apenas por ressaca de se
anular. Não cuida de si nem da sua autoestima.
Mulheres com dificuldade de viver a festa da vida são mais
propensas ao cancro do baço.
Mulheres com cancro do baço são mulheres com alguma
dificuldade em viver a sua feminilidade e em viver a festa da
vida por se concentrarem, tal qual um homem, nas regras do
dia-a-dia que se impõem. Ainda por cima, quando estas
mulheres são casadas, muitas vezes atraem um ma rrido que
gosta da festa e que a faz, quer a mulher esteja presente ou
não. E dos mais variados modos, inclusive sexuais. E elas
assistem, passivas, e concentram-se no único foro que têm da
sua vida, as regras, na casa, no trabalho doméstico, e fazem-no
de um modo, paradoxalmente, muito yang, muito controlado.
Bebés
De um projecto parental (consciente e inconsciente), através da
fecundação, nasce o bebé, a pessoa. Encarna um ser. E esse
nascimento dá sentido ao projecto dos pais.
A criança que nasce, tal como a criança que ainda está na
barriga da Mãe, está totalmente ligada aos pais, aos
progenitores e, particularmente, à Mãe. Os sintomas físicos e
psicológicos que os fetos, recém-nascidos e jovens crianças
sentem, até cerca dos seis, sete anos, são fruto da ligação que
têm aos pais. Durante este período, estes seres sentem tudo o
que se passa com os pais através da intuição. Por conseguinte,
transformam em sintoma físico aparente a tensão que vivem na
relação que cada um dos pais tem com eles. E também o fazem
relativamente à relação que os pais têm entre si. E também no
que diz respeito à relação que cada um dos pais tem consigo
próprio, no modo que cada pai tem de se assumir nas suas
emoções, nas suas tensões, nos seus conflitos, na sua
autoestima.
Os bebés não falam uma linguagem que os pais compreendam.
E por isso que se exprimem por sintomas físicos.
Assim, perante qualquer sintoma de alguma criança destas
idades (feto, re-cém-nascido, criança até aos seis, sete anos) é
preciso tentar perceber o que se passa ou passou com os pais
antes do sintoma da criança ter surgido.
As doenças dos bebés são o resultado do que os pais tinham na
cabeça no momento da concepção ou durante a gravidez.
Se a Mãe pensava em queimaduras, depois o bebé pode estar
sempre a queimar-se.
Por exemplo, se os pais só quiseram ter uma relação sexual
sem amor, ou seja, se a criança foi concebida na separação, é
possível que esse rebento tenha eczema (problemas de pele).
Um bebé com otites é um bebé que se sente agredido pelo que
ouve dos pais. Um bebé que fica surdo é um bebé que se
protegeu do que ouvia dos pais, criando a surdez.
Há recém-nascidos e bebés que têm otites, jovens crianças que
têm miopia, recém-nascidos que nascem com problemas de
coração, ou de fígado, etc.
Para qualquer sintoma de crianças até aos seis, sete anos,
procure-se sempre o órgão tocado e a relação entre os pais.
A palavra Urso (o animal urso) vem de urs, que, por sua vez,
vem de uranus, que quer dizer luz. O urso é assim o símbolo da
luz. Por isso é que se dão ursinhos às crianças quando vão
dormir, para que se recolham com um símbolo de luz.
Durante a gravidez, a criança está durante nove meses ligada às
emoções da Mãe.
É muito importante respeitar a fase de gestação da mulher e
deixar de pensar que tem de ser uma fase activa e muito yang.
Veja também Parto.
Para crianças pré-púberes, consulte também Sistema endócrino.
Bexiga
O aparelho urinário evacua as águas residuais (o intestino
grosso elimina a matéria orgânica). A bexiga armazena os
líquidos rejeitados pelos rins.
As águas subterrâneas do corpo estão ligadas intimamente às
memórias ancestrais. A fecundidade (fertilidade) e as toxinas
(urina-águas) estão no mesmo sistema, embora pertençam a
aparelhos diferentes. O aparelho urinário mostra os medos e
resistências face a possíveis mudanças. Todos sabemos que
certas situações de desconforto, como medos, stress, pressão,
nos levam a ter de urinar, ou seja, a aliviar a bexiga. Aliás, em
muitos casos, a pressa para ir urinar serve-nos de pretexto para
sair de uma situação em que nos encontrávamos
desconfortáveis.
Quando a pessoa sente medo, sente que o outro a pode vir
atacar. Por isso, o sistema nervoso simpático prepara-se para a
fuga. Aqui, ao contrário da energia da raiva, que sobe para a
cintura escapuiar, a energia do medo desce aos membros
inferiores. As pernas preparam-se para correr. O facto de poder
vir a ter de correr muito pode dar origem a que pessoa tenha de
vazar os sacos da urina e das fezes que carrega para poder
correr mais depressa. É assim que, por vezes, com medo, a
pessoa pode fazer incontinência urinária ou intestinal. São
vulgares os relatos de histórias de pessoas apavoradas que
urinam pelas pernas abaixo.
Se a fuga não for possível, então a energia fica retida a meio
das costas, carregando o ânus e a uretra e muitas vezes
também os olhos.
A bexiga é o último armazém das toxinas. Rins e bexiga
eliminam as toxinas do corpo.
O medo profundo, ou seja, o medo ligado a uma sensação de
perigo, de gravíssimas consequências, está directamente ligado
aos rins. A bexiga está ligada aos conflitos de relação social, à
comunicação com o exterior e também a conflitos de território e
de socialização.
De facto, desde sempre que o ser humano, quando se instala,
começa pela cerca, marcando o seu território: “É meu!” Faz
parte das raízes. É assim que marcamos território. Os animais,
antes de nós, começaram por marcar o território não com uma
cerca mas com o cheiro da urina. E esta noção de marcação do
território através da urina ainda habita em nós.
Assim, quando alguém não consegue marcar o seu território,
tem sintomas ligados à bexiga. Pode ter enurese, urinar muito
durante todo o dia, urinar com muito cheiro e mesmo durante a
noite, ou ter uma cistite (infecção urinária).
A função da urina é de marcação do território. Tem a ver com a
marcação do espaço vital da pessoa.
De um modo geral, a capacidade da bexiga é menor nas
mulheres, devido ao espaço que o útero ocupa, mesmo por cima
da bexiga.
Ora, desde a origem dos animais que a fêmea trata mais do
ninho e o macho trata mais das fronteiras exteriores.
Assim, a mulher sente problemas na bexiga quando não
consegue organizar o seu espaço vital. Quando tudo está numa
enorme confusão. E o homem sente problemas na bexiga
quando não consegue delimitar as fronteiras externas do seu
território e se sente ameaçado no seu espaço.
Cada um deles, com a sua tensão, pode, por exemplo, criar uma
úlcera (um buraco) na mucosa da bexiga. Este espaço acrescido
dentro da bexiga mostra que o corpo responde à necessidade de
a pessoa criar mais espaço para ter mais urina e assim poder
marcar melhor o território, com mais fulgor ainda. O corpo cria
espaço para que passe um maior caudal de urina.
Quando esta tensão, seja na mulher seja no homem, já passou,
então aparecem as infecções urinárias, as cistites, a urina que
queima, a enurese e a uretrite (infecção da uretra).
No caso de a pessoa sentir uma enorme tensão e, por alguma
razão, não a verbalizar, pode dar-se o cancro da bexiga.
As cistites são mais próprias das raparigas e as enureses dos
rapazes.
As pessoas que têm cancro dos brônquios apresentam
frequentemente problemas de bexiga (conflitos de território em
ambos os casos).
Veja Cistite e Enurese
Bilirrubina
Veja Fígado — icterícia
Bílis
Veja Vesícula biliar
Bipolaridade
Altos e baixos de humor. Alternância entre grande choro e
grande alegria. Pode parecer uma pessoa muito feliz por vezes,
mas é uma pessoa que está desequilibrada por andar à procura
das respostas para a sua vida fora dela, no exterior, na
sociedade, nos amigos, e não dentro dela. Mostra
desalinhamento entre o ser interior e o ser exterior.
Trata-se de uma pessoa dificilmente previsível. Vive em
alternância.
É geralmente uma pessoa que viveu durante muito tempo entre
um Pai e uma Mãe que não se entendiam ou entre um modelo
de homem e um de mulher não compatíveis. Ou seja, entre
comportamentos yang t yin não compatíveis.
E necessário perceber que modelo de homem e de Pai esta
pessoa teve, sobretudo na relação que mantinha com os
familiares próximos. São normalmente familiares muito mentais,
muito teimosos e com a necessidade de controlar tudo e de
querer ter razão.
A causa deste processo está sempre ligada à relação com o
homem (o Pai, o Avô), enfim, um modelo de homem que teve na
família e que era muito determinante e muito dominante.
O bipolar é também normalmente uma pessoa que, por ser
muito mental, por querer explicar e controlar tudo, tem muita
falta de afecto, de carinho, e que chora por necessidade de ser
mimado e pegado ao colo.
E uma pessoa que chora mais por pena de si do que porque se
solta ou se desapega.
De qualquer modo, os sintomas da bipolaridade não vêm sós.
São sempre corroborados por outros sintomas no corpo.
E o exemplo da pessoa que tem bipolaridade e psoríase. Se
consultar Psoríase, verá que a tensão na consciência da pessoa
também se prende com alternância.
Boca
É na boca que, com o auxílio dos dentes, da língua e das
glândulas salivares, os alimentos são humedecidos e triturados,
ficando pronto assim o bolo alimentar para ser engolido. Esta
constitui a primeira etapa da digestão. A boca, na sua função
digestiva, é uma porta de entrada para os alimentos (nutrição) e
também uma porta de saída para os alimentos (vómito).
Na sua função de relacionamento, é uma porta de saída para os
sons e as palavras, a comunicação e a expressão de afecto. Na
sua função respiratória, permite inalar e expirar ar. A boca tem
também uma função sexual. Aliás, há uma grande similitude
entre os lábios bucais e os vaginais.
As infecções da boca mostram assim as coisas que não
queremos ingerir, seja sob que forma for ou que não queremos
experimentar na nossa vida.
A boca, em repouso, deve estar fechada e descontraída.
Resumindo, a boca mostra a boa disposição para o acolhimento.
Veja Candidíase, Palato, Herpes, Gengivas, Afias, Lábios,
Dentes
Bócio
Veja Tiróide — hipertiroidismo
Borbulhas
As borbulhas mostram uma inflamação dos folículos pilosos e
sebá-ceos, sobretudo nos ombros, cara, costas e peito.
Representam a erupção, a expulsão de uma tensão relacionada
com dificuldades de comunicação.
Para borbulhas na cara, veja Acne.
As borbulhas que aparecem pelo corpo podem ser pontuais ou
crónicas.
Mostram sempre uma tensão na comunicação.
Para borbulhas nas costas, veja Costas.
Para borbulhas nos ombros, veja Ombros.
Braço (do ombro ao cotovelo)
Situa-se na zona entre o ombro, que decide das mudanças de
ritmo na acção, e o cotovelo, que decide das mudanças de
direcção radicais que fazemos na nossa vida no que diz respeito
ao nosso caminho, às nossas metas.
A partida, o braço direito é yang (masculino) e o esquerdo é yin
(feminino). Para dextros como para canhotos. Mas não nos
esqueçamos de que estamos na parte mais yang, mais
masculina, do corpo e que a polaridade no aparelho locomotor
não é sempre óbvia. Problemas no braço mostram tensões e
dificuldade na hora de actuar.
Problemas no braço yang mostram desvalorização e
inflexibilidade [devido à influencia de um terceiro (um homem?)
ou a crenças da pessoa]. A pessoa quer chegar mais longe do
que o razoável. Insiste, é teimosa, guerreira, algo bruta. Os
objectivos cegam a pessoa, que não está atenta às eventuais
mudanças que possa ter de fazer no seu caminho e nos seus
objectivos. E não alcança o que queria. E sente desvalorização.
Problemas no braço yin mostram desvalorização e inflexibilidade
[devido à influência de um terceiro (uma mulher?) ou a crenças
da pessoa]. A sensibilidade da pessoa sente-se ferida no seu
percurso para alcançar o objectivo. Também aqui a pessoa não
está atenta às eventuais mudanças que possa ter de fazer no
seu caminho e nos seus objectivos. E sente desvalorização.
As fracturas do úmero representam um choque a nível das
crenças profundas relativas à dificuldade de actuar e ao mesmo
tempo um enorme alívio da pressão que a pessoa sentia.
Pessoas que têm raiva acumulada têm tensões crónicas nos
ombros, no pescoço e nos braços. Qualquer problema no
músculo do braço mostra desvalorização e inflexibilidade, no
osso representa desvalorização forte e na pele reflecte
sensação de estar separado ou dificuldades de comunicação.
Convém então, em função da lesão, ver Osso-fractura, Músculos
ou Pele.
No caso concreto de uma amputação, consulte Amputação. No
caso de paralisia, consulte Paralisia e Paralisia parcial.
Braços (como membros superiores)
Asseguram mobilidade, flexibilidade, actividade para caminhar
para objectivos e alcançá-los.
Permitem-nos ir para, tocar, apanhar, agarrar, empurrar,
envolver, apertar, asfixiar ou fechar.
Sáo vectores de acção no sentido do domínio, do poder e da
potência e, sobretudo, de escolha.
Permitem passar do conceito à acção. Representam o
prolongamento dos ombros, que fazem parte da cintura yang,
cintura masculina, simbolizada pelo Pai.
E o local onde o corpo exprime o que sente relativamente ao
que tem como objectivos e ao que faz para os alcançar.
Sintomas nos braços representam tensões de desvalorização na
nossa vontade de acção sobre o mundo exterior ou interior.
O sentido da concretização vai do ombro para a mão (do menos
concreto ao mais concreto).
Á partida, o braço direito é yang (masculino) e o esquerdo é yin
(feminino). Para dextros como para canhotos. Mas não nos
esqueçamos de que estamos na parte mais yang, mais
masculina do corpo e que a polaridade no aparelho locomotor
não e sempre óbvia. Problemas no braço mostram tensões e
dificuldade na hora de actuar.
Problemas no braço yang mostram desvalorização e
inflexibilidade [devido à influência de um terceiro (um homem?)
ou a crenças da pessoa], A pessoa quer chegar mais longe do
que o razoável. Insiste, é teimosa, guerreira, algo bruta. Os
objectivos cegam a pessoa. E não alcança o que queria. E sente
desvalorização
Problemas no braço yin mostram desvalorização e inflexibilidade
[devido à influência de um terceiro (uma mulher?) ou a crenças
da pessoa]. A sensibilidade da pessoa sente-se ferida no seu
percurso para alcançar o objectivo. E sente desvalorização.
Nos braços está a nossa ligação com o que queremos fazer para
alcançar objectivos.
Qualquer problema nos braços pode ser no músculo, no osso ou
na pele.
Convém então, em função da lesão, ver Ombro, Braço,
Cotovelo, Antebraço, Pulso, Mãos e Dedos das Mãos.
No caso concreto de uma amputação, consulte Amputação.
No caso da paralisia, consulte Paralisia e Paralisia Parcial.
Broncopneumonia
Inflamação dos brônquios.
Veja Brônquios
Brônquios
Os problemas de brônquios são menos graves do que os
problemas de pulmões. São, contrariamente aos problemas de
pulmão, problemas do foro relacional mais íntimo, mais familiar,
das pessoas chegadas. Poderá incluir-se também pessoas com
quem se convive muito tempo, como colegas de trabalho.
A bronquite e a bronquiolite são resultado de um ambiente
familiar inflamado. Discussões e gritaria. Por vezes, mostram o
silêncio de quem não quer gritar mas cujo sentimento é o de
gritaria interior.
Em francês usa-se a expressão “On s’engueule!”, que significa
“berramos um com o outro”, mas a palavra gueule quer dizer
focinho. O focinho é a parte que vai da zona do nariz até ao
princípio do peito, passando pela garganta e pela boca. Na
bronquite é essa zona que é atingida. Sintomas nos brônquios
lembram os conflitos dos animais ligados ao território, território
esse que, nos animais, está ligado ao sexo e às fêmeas, mas
que nos humanos está mais relacionado com questões ligadas
ao lar, ao trabalho, à família. Neste caso preciso dos brônquios,
as tensões têm mais a ver com o território do lar, embora
também sejam abrangidas algumas questões de trabalho:
“Deixa-me respirar!”
Um berro (“un coup de gueule”) é um sopro que vem dos
brônquios.
Perante um problema de brônquios, a questão a colocar-se é:
“Será que me respeito o suficiente para conseguir defender o
meu território?”
Os conflitos de território representam um conflito masculino nos
animais e também nos humanos.
Quando se verifica a bronquite e a infecção das mucosas, já é
depois de a berraria e a tensão psicológica terem ocorrido.
Se a pessoa se der conta de que a tensão já passou, perceberá
que o conflito já passou e, portanto, que a bronquite
desaparecerá rapidamente.
Os brônquios são regidos pelos hemisférios cerebrais, pois
tratam de questões comunicacionais. Por isso, o brônquio direito
é yang (masculino) e o esquerdo é yin (feminino) para canhotos
como para dextros. Assim, lesão no brônquio yin mostra berraria
(ou desejo de berraria) com uma mulher e, no yang, berraria (ou
desejo de berraria) com um homem.
O fumador que trava o fumo está a estimular os brônquios. É o
modo que tem de dizer “estou a marcar o meu território”. É uma
atitude masculina.
Uma mulher que fuma está a marcar o seu território. As
mulheres fumadoras são mais agressivas.
As pessoas com problemas de bexiga têm, por vezes,
problemas de brônquios. De facto, em ambos os casos, estamos
perante conflitos de território.
Veja Tabagismo
Bulimia
É uma das causas da obesidade.
Se a fome de viver não ficar saciada com as experiências
vividas, ela passará para o corpo sob o aspecto de fome de
comida. A bulimia é atributo das pessoas com a ilusão de que
podem preencher com comida o vazio que têm nas suas vidas.
São pessoas com falta de amor.
A pessoa com bulimia vive o amor ao nível do corpo. Nutrir-se é,
para ela, um modo de se dar amor. Quem sofre de bulimia vive
numa enorme ansiedade. Precisa de criar reservas.
Estas pessoas, quando são mulheres, engordam sobretudo nos
locais femininos e nas pernas. Se são homens, engordam
sobretudo ao nível dos ombros (cintura masculina) e da barriga.
Mas não é regra para todos.
O homem com bulimia tem receio de perder a pujança e o
território. Tem medo de perder os seus recursos. Pode ser do
ponto de vista sexual. Quem sofre de bulimia, quer seja mulher
ou homem, é uma pessoa agarrada à Mãe. Pretende resolver
tudo pela comida. Ora, a Mãe biológica é o primeiro símbolo de
nutrição na vida de cada um de nós.
A pessoa com bulimia sente uma enorme inércia para voltar a
começar um processo de vida. É possível que um jovem a quem
tenha morrido a Mãe, à qual estava muito agarrado, comece a
ter bulimia.
Veja Obesidade
Bursite
A bursite é a inflamação de uma bur-sa, que, por sua vez, é um
saco membranoso das articulações cuja função é a de evitar o
atrito entre o tendão e o osso, ou o tendão e o músculo, ou
mesmo a de proteger as proeminências ósseas.
Trata-se da inflamação de uma bolsa serosa. Mostra impotência
e passividade e grande desvalorização.
Veja Joanetes e Articulações
Cabeça do fémur
A cabeça do fémur é um dos ossos da articulação da anca. O
outro é o osso ilíaco. É com este osso que empurramos o
armário ou o frigorífico.
Este osso parte-se, sobretudo, nos velhos que se sentem
pressionados pelos filhos e que, por isso, se sentem
desvalorizados. É nos ossos que incide o sentimento de
desvalorização forte da pessoa.
Problemas de descalcificação óssea na cabeça do fémur,
fracturas da cabeça do fémur ou do fémur revelam uma enorme
desvalorização da pessoa cujos alicerces foram completamente
abalados.
Os problemas da cabeça do fémur são próprios de pessoas com
muita determinação, mas também de pessoas obcecadas com
as mesmas crenças de sempre. Mostram inflexibilidade e
desvalorização.
É
Há um exemplo no reino animal de lesão da cabeça do fémur. É
o caso dos bois almiscarados machos do Canadá, animais muito
pré-histó- ricos, durante a estação dos amores, quando
disputam a liderança do clã. Os choques de cabeça baixa são
violentíssimos. E a força de pernas para permanecer e empurrar
com a maior força possível é enorme. O macho que perde sente
uma forte desvalorização, ficando com uma enorme
descalcificação da cabeça do fémur. A passagem do tempo
permite ao macho reparar lentamente a lesão. Forma-se então
um calo de osso mais forte e mais resistente, que lhe
possibilitará, no ano seguinte, voltar a disputar a liderança
contra um rival. Este processo repetitivo, animal, instintivo,
determinado, é muito yang, muito masculino.
r
É
É importante levar a pessoa com cancro a constatar e a
observar o que se passa na sua consciência. Estar numa
enfermaria de um hospital onde todos têm o mesmo tipo de
tensão, por exemplo o mesmo tipo de cancro, permite perceber
pouco a pouco, através da conversa com essas pessoas, que
todas elas têm uma tensão comum na consciência. Existe um
claro denominador comum nesses doentes.
Quando existem outros focos cancerosos a seguir ao chamado
cancro primário, isso significa que houve uma sucessão de
conflitos, de tensões na consciência da pessoa, provocada pela
tensão que causou o cancro original (o gatilho). São então esses
outros conflitos que aparecem por vezes em cascata que dão
origem a problemas e sintomas em partes diferentes do corpo.
Eis um exemplo de cascata de tensões na consciência:
Facto de partida, tensão-gatilho: Uma mulher foi operada a um
cancro de mama e tiraram-lhe uma mama. E aqui pode começar
a cascata que, neste caso, não é mais do que um exemplo. Essa
mulher, por se achar menos atraente, sente medo de que o
marido a deixe e considera que já começou por isso a perder um
ente querido na sua vida. Mas não o verbaliza. Essa tensão que
sente na consciência desencadeia-lhe cancro nos ovários (se
fosse num homem, seria nos testículos). A perda do marido
poderia, por outro lado, levar à perda do parceiro sexual e por
isso a uma enorme frustração. E aí seria o colo do útero que
estaria em causa (se fosse num homem, seria a próstata) e a
pessoa teria um cancro no colo do útero.
Essa mulher poderia ainda sentir desvalorização por achar que
era incapaz de fazer a mesma coisa de sempre. Por exemplo,
que não conseguiria fazer a manutenção da casa como de
costume. Nesse caso, seriam, por exemplo, os músculos a ser
atingidos e a contrair cancro.
Ou poderia ter medo de morrer e, aí, o pulmão estaria em
questão e poderia ter cancro no pulmão. E, neste último caso,
com medo de morrer, preocupar-se-ia com a falta que ela faria
aos seus filhos no caso de falecer e então chegaríamos ao
cancro no fígado.
Ou, no caso de o marido a largar, poderia ainda pensar que ele
teria saído de casa por ela já não ser tão atraente e que isso
seria uma coisa muito injusta. “Caramba, Deus não existe!...” Aí,
já seria um possível cancro no pâncreas.
Ou poderia ainda sentir outro tipo de tensão ligada à
preocupação de poder vir a estar separada de tudo aquilo de
que gosta. E aí surgiria eczema ou outro problema de pele.
Isto é apenas um exemplo. A ordem não é importante. São
riscos de conflito potenciais.
Basta constatar na prática se existem ou não estes conflitos que
dão origem a outros cancros.
Vejamos outro exemplo:
Uma mulher foi largada pelo namorado. Sente perda de um ente
querido. Afecta-lhe os ovários. Se sentisse a perda de um futuro
pai para os seus filhos, aí seria o útero afectado. Ou sente que o
ninho, o lar, se está a desfazer e, aí, afecta as mamas. Ou sente
desvalorização: “Não valho nada. Sou suja.” Nesse caso o
problema seria no sangue. Ou sente-se abandonada. E engorda.
Ou sente que aquilo lhe ficou entalado na garganta. E afecta as
amígdalas (angina). Ou sente que o que lhe fizeram foi uma
“sacanagem”, embora esse sentimento a assuste e ela procure
evitá-lo. E tem hiperglicemia (diabetes). Ou sente que gostaria
de fugir desta realidade abominável. E tem hipoglicemia.
Enfim, é muito importante falar com a pessoa e perceber qual foi
a cascata de acontecimentos e de tensões que ela foi vivendo e
que a foram afectando. E que tudo parte da nossa consciência,
de facto.
Aliás, se percebermos que tudo parte da nossa consciência,
conseguiremos perceber que a responsabilidade do que nos
aconteceu é nossa. Responsabilidade, não culpa!
Um enorme stress acorda outros stresses.
Uma grande tensão pode ressurgir quando, afinal, o novo
conflito não tem nada a ver com ela.
Exemplo: um homem que tinha problemas de fígado havia muito
tempo e que já resolveu tudo e curou, um dia vive um conflito de
desvalorização (que se prende com ossos e músculos) e tem um
problema de ossos. Nada disto tem que ver com o fígado. Mas a
pessoa pode mesmo assim ter um ressurgimento de um sintoma
do fígado. É preciso compreender que o que está ligado ao
conflito de desvalorização não é o fígado e perceber que as
manifestações no fígado são apenas secundárias e que não há
conflito de falta e que, por isso, não haverá problema de maior
no fígado. O que aconteceu foi que a memória do corpo fez
relembrar o conflito do fígado, apenas. O que está curado está.
Se o sintoma de fígado volta, isso será porque, afinal, o fígado
não tinha ficado de facto curado.
Candidíase
Micose provocada por um fungo chamado Candida que afecta as
mucosas da boca e da vagina.
As infecções por fungos são afecções parasitárias. A palavra
parasita é essencial neste contexto. Se a pessoa se deixa
afectar por parasitas, isso quer dizer que não está centrada, que
não sabe ser firme com as pessoas que a envolvem e que
alguém, na sua vida, é um parasita que se cola a ela. E é
porque a pessoa está agarrada ao passado e às suas crenças
que não consegue lidar com esta pessoa que a suga, que a
vampiriza, com a firmeza com que deveria fazê-lo.
O facto de se desenvolver tanto na boca como na vagina tem
muito significado. Na verdade, tanto a boca como a vagina são
locais que simbolizam a entrega e o acolhimento relativamente
ao outro.
Canhoto e dextro
Veja Cérebro e veja Cérebro - homem canhoto e dextro e
Cérebro - mulher catihota e dextra.
Cansaço
Veja. Astenia e Fibromialgia
Cáries
Veja Dentes — cáries
Caspa
Veja Cabelo
Catarata
Veja Olhos
Cefaleias
Veja Dores de cabeça
Cegueira
Veja Olhos
Celulite
Antes de tudo, obesidade nada tem a ver com celulite. A
obesidade é caracterizada por ser um excesso de gordura em
muitas partes do corpo (veja Obesidade).
A celulite (ou adiposidade) caracteriza-se por ser um excesso de
gordura celular subcutânea circunscrito a certas zonas do corpo.
É uma carapaça que se forma na derme originada por uma
infiltração gordurosa. Não tem muito a ver com obesidade, pois
a obesidade não é na derme. Aqui estamos na derme. A celulite
revela uma protecção cerrada de tudo o que é sexual (pois é nas
pernas e no rabo que está a maior parte da celulite) ou, se não
for nesta zona, protecção cerrada dessa outra parte do corpo
(consulte então essa parte do corpo).
As tensões que provocam sintomas na derme estão ligadas a
sentimentos baseados em protecção e agressão no seu sentido
mais primário. São próprias das pessoas que sentem o seu
território invadido, que se sentem agredidas num sentido mais
primário do termo e que sentem uma tensão muito forte relativa
à sujidade. Seja sujidade material propriamente dita ou alguém
que fez alguma coisa nojenta. Pode ser sexual, uma trafulhice
nojenta, etc.
A pessoa com celulite deve procurar o que se passa na sua vida
para perceber porque precisa de se proteger tanto do sexo, o
mais comum, ou de alguma coisa suja que lhe meteu ou mete
ainda nojo, ou mesmo de uma trafulhice.
Cérebro
O ser humano tem dois centros. O cérebro e o coração. Razão,
raciocínio, mente estão no cérebro, ao passo que emoção e
sentimento moram no coração. A mente altera as emoções. As
emoções alteram o coração. O cérebro e o seu modo de pensar
afectam a vivência das emoções da pessoa e, por conseguinte,
o coração.
No cérebro estão gravados os vários estados pelos quais
passou a vida animal na Terra. E nestes estados estão
obviamente incluídos os conflitos de ordem sexual e de
preservação e perenidade da espécie. Na vida animal, o valor
mais alto sempre foi a perenidade da espécie. Primeiro a
espécie e, só depois, o indivíduo. E o território sempre foi
essencial na vida na Terra.
No cérebro está então marcada a família no seu estado bruto e
primitivo.
Neste mundo da matéria da vida terrestre onde encarnámos, a
dualidade está sempre presente, marcada por dia e noite, yin e
yang, homem e mulher, grande e pequeno... Esta dualidade
representa encaixe. Quando há harmonia, há encaixe. Há
complementaridade. Foi por isso que na vida animal na Terra foi
necessário criar uma dualidade na família, para assegurar a
perenidade da espécie e assim diferenciar os sexos, para que
um cuidasse da criança e o outro da protecção. Esta é a razão
da diferença entre os sexos na biologia.
Na sociedade primitiva, o comportamento masculino servia para
proteger e caçar e o comportamento feminino servia para criar
as crianças.
Quando surgiam assaltantes, os homens iam ao combate e as
mulheres fugiam com as crianças.
Se os assaltantes fossem mais fortes do que os homens da
família, quem é que poderia proteger a espécie para assegurar a
sua sobrevivência? Boa pergunta. E foi aí que se criou outra
distinção também dual. É que nem todos os homens iam ao
combate. Eram necessários dois tipos de homens e dois tipos de
mulheres.
Existiam homens dextros e canhotos e mulheres dextras e
canhotas.
Nos animais também já se dava o caso. Alguns eram canhotos e
outros dextros.
Assim, uma parte dos homens ia ao combate e a outra parte
devia fugir.
r
r
É
E nojento. É mesmo difícil de digerir. E dá-se a cólera. A pessoa
esvazia-se por baixo e por cima. E tem de beber 20 a 25 litros
de água por dia. Precisa de ser purificada, lavada com água.
A epidemia da cólera só se declara 48 horas depois do
acontecimento acabar e é através da água que as pessoas ficam
contaminadas.
O conflito psicológico associado à cólera é o da sensação de ter
perdido tudo de uma vez.
Quando o processo é individual, então a pessoa tem uma
gastroenterite. Quando é colectivo, dá se a cólera.
Veja Epidemias
Colesterol alto
O colesterol é uma gordura e a gordura existe para proteger a
pessoa. Mas para proteger quanto baste.
O colesterol em dose equilibrada é necessário, pois permite à
pessoa regular a sua identidade e viver de forma unica,
verdadeira, com autoestima. O colesterol alto mostra que a
pessoa se está a proteger da família e da linha do clã. Mostra a
pessoa a querer proteger-se a partir do interior.
Dá-se, por exemplo, quando a pessoa sente que precisa de se
proteger da sua mulher, ou dos seus pais, ou do seu marido. Só
que a pessoa age da pior maneira, acabando por se magoar a si
própria. A pessoa sente que o clã lhe faz mal e, em vez de criar
uma vida genuína para ela, trava a livre circulação da vida nela,
obstruindo pouco a pouco os canais da alegria (vasos
sanguíneos). A pessoa tem medo de aceitar a alegria e de a
viver. E porque sente culpa a pessoa não deixa fluir a sua vida.
Colibacilo
Mostra a presença de uma bactéria no organismo que se
manifesta como infecção urinária. Esta bactéria costuma estar
no intestino grosso. A pessoa está confusa. Alguma coisa não
funciona nada bem no seu lar. A pessoa está a arder. A sua
relação com alguém do lar, alguém próximo portanto, está a
infestá-la.
Problemas no aparelho urinário podem ser vários e cada um
está especificado pelo seu sintoma. Todos se prendem com o
modo de viver, a influência de crenças familiares, religiosas, a
linhagem, os antepassados, as crenças profundas sociais, o clã,
a sociedade, com o parto da pessoa, com a relação com e entre
os pais da pessoa. Seja para as crianças, seja para os adultos.
Cólicas
Veja Intestino grosso — cólicas
Colite ulcerosa
Veja Intestino grosso — colite ulcerosa
Colo do útero
O colo do útero está tratado à parte do útero, pois as tensões
ligadas ao colo são muito distintas das que afectam o útero.
O colo do útero é a passagem da vagina para o corpo do útero.
A palavra colo quer dizer caminho, senda, córrego. E o córrego
onde repousa a glande do pénis do homem aquando da cópula.
É importante relembrar que as questões territoriais nos animais
prendem-se com a reprodução. Para eles, acima do indivíduo
está a perenidade da espécie. Assim, o território manifesta-se
ligado à espécie, à reprodução e às crias. Na noção de território
estão incluídos os conflitos de ordem sexual e a desvalorização.
O animal que contribui para a perenidade da espécie sente-se
útil. A sua sensação de utilidade é-lhe, aliás, indispensável.
Sente-se preenchido.
Este sentimento ancestral animal faz que, nos humanos, nós
sintamos os conflitos territoriais e o sentimento de utilidade no
colo do útero nas mulheres e na próstata nos homens.
É no colo do útero que a mulher se sente preenchida
sexualmente e virtualmente.
Quando uma mulher tem problemas no colo do útero, o corpo
mostra que ela sente frustração sexual e/ou na sua vida. Que
não se sente preenchida.
A perda do parceiro sexual, seja ela uma perda do parceiro de
facto ou uma frustração no acto sexual, pode fazer com que a
mulher sinta que deixou de ter utilidade. De facto, a mulher
sente a territorialidade no acto sexual. Sem parceiro, ela deixou
de ter território. Passou a sentir-se inútil. A sensação de
inutilidade não verbalizada projecta-se literalmente no colo do
útero da mulher.
E um sentimento ancestral que nos vem do inconsciente
colectivo, da experiência do animal na Terra. Mas é uma tensão
que se prende com dependência.
Se esta tensão da ausência de parceiro que a mulher sente for
muito grande, e se ela não a conseguir verbalizar, ou sequer
mesmo ter consciência dela, poderá criar um cancro do colo do
útero.
Aqui, a dependência estritamente sexual também pode ter
contornos de frustração sexual. Seja porque ela quer sempre
mais e o parceiro não a corresponde, seja porque o parceiro
quer sempre e sempre mais e ela se sente tratada como objecto
sexual.
Após a menopausa, não há nunca cancro do colo do útero.
Quando o avô perdeu todos os seus terrenos, por exemplo, e
nunca verbalizou essa frustração, a neta pode ter um conflito de
território ou problemas do colo do útero e sentir frustração
sexual (veja Família). A neta somatiza o que o avô nunca
verbalizou.
Quando há problemas na junção do colo do útero com o corpo
do útero, aí a tensão já é diferente e mostra a divisão que a
pessoa sente entre ser mulher e ser Mãe.
É que, de facto, nesta zona, seja no colo seja na junção,
estamos no aparelho genital, nas águas do corpo, na influência
das crenças profundas, do inconsciente colectivo trazido pela
família, pelo padrão de mulher do clã, pela vivência solta, sem
ou com culpa, do sexo.
Cólon
Veja Intestino grosso — cólon
Coluna vertebral
A postura exterior de uma pessoa é reflexo da sua postura
interior.
Com o erguer do ser humano, passando a ser bípede em vez de
quadrúpede, as partes mais frágeis do corpo ficaram
desprotegidas. Isto significa que o ser humano tem mais
capacidade para se entregar, para se abrir e para receber do
que os animais.
A polaridade vértebras duras/discos moles é que lhe confere
flexibilidade.
O dizer a uma criança póe-te direito não resolve a postura da
criança. Ela está prostrada porque sente o mundo a cair sobre
ela. Ela carrega um enorme peso nas costas. Perceber porque
se curva a criança, se prostra, e falar com ela sobre a vida, é
mais importante do que fazê-la andar direita.
É a coluna vertebral que nos permite manter uma postura recta
e firme. É ela que confere verticalidade, equilíbrio e flexibilidade
ao ser humano.
Se olharmos bem, veremos que a coluna tem um S duplo. Ela
funciona de acordo com o princípio da amortização. O S tem
duas curvas para dentro (cervicais e lombares) chamadas
lordoses e uma curva para fora (dorsais) chamada cifose.
A acentuação exagerada da curva da lordose nas lombares dá-
se o nome de lordose. As pessoas com lordose têm a barriga
muito puxada para a frente. O peso da família, do clã, das
crenças e da sociedade está todo aqui. A assunção de
responsabilidade: “Sou o pilar de um clã. De mim dependem os
outros.” A lordose mostra que o lar desta pessoa não funciona.
A acentuação da curva para fora na zona dorsal dá-se o nome
de cifose. Forma uma pequena marreca e a pessoa fica com os
ombros curvados. A cifose mostra que a pessoa sente o peso do
mundo sobre os seus ombros. A vida não é fácil para ela. E
curva-se em vez de perceber que está a tomar para ela o que
não lhe está destinado. Dá-se frequentemente nas pessoas
muito mentais que gostariam a todo o custo de mudar o (seu)
mundo e que não o conseguem fazer.
No serviço militar, onde os soldados são chamados a ter uma
posição recta, rectíssima, em sentido, o paradoxo entre a
postura interior e a postura exterior é quase permanente.
Porque, afinal, o que lhes ensinam é a estar hirtos e ao mesmo
tempo a vergar-se às ordens, sem discutir, de um modo
submisso. E fácil de entender a confusão que se manifesta
naquelas cabeças e naqueles corpos... Cultivar apenas a
firmeza exterior só engana o próprio, pois o corpo encarregar- -
se-á de mostrar à pessoa onde não está tão recta, através dos
sintomas. Os soldados têm articulações rígidas e bloqueadas.
Aquela que deveríamos cultivar seria a firmeza interior. A coluna
mos-trá-la-ia normalmente.
As pessoas doentes adoptam posturas que nunca assumiriam
voluntariamente.
A pessoa que caminha de cabeça muito erguida revela mais
frequentemente altivez, orgulho, inacessibilidade e
intransigência do que equilíbrio.
A coluna demasiado hirta, a coluna que adquire a forma típica
do bambu (Doença de Bechterew), revela um ego muito grande
não consciente e uma enorme falta de flexibilidade que a pessoa
não reconhece. Com o tempo, a coluna calcifica de cima a baixo
e a cabeça pende para a frente. A sinuosidade (o S) desaparece
ou inverte-se. É o corpo a mostrar-lhe o que a pessoa nunca
quis ver.
A corcunda revela, ela, uma problemática semelhante à da
coluna muito hirta. É uma humildade não assumida e que é
forçada pelo corpo.
A espinha bífida pode ser de dois tipos:
O primeiro tipo é o da espinha bífida oculta, que é aquela em
que metade dos arcos vertebrais não se desenvolvem e não se
fundem, ficando assim a vértebra aberta, o que se dá
normalmente só numa vértebra, na quinta lombar (L5) ou na
primeira sacra (Sl). Muitas pessoas desconhecem que a têm.
Nota-se apenas por uma pequena depressão no local ou por um
acumular de pêlos nessa mesma zona.
O segundo tipo é o da espinha bífida cística, que se caracteriza
por um defeito do fechamento na parte posterior do tubo neural
(por onde passam os nervos).
Em qualquer dos casos da espinha bífida, a espinal medula fica
desprotegida, embora seja mais perigoso do ponto de vista
médico o segundo caso (cística) do que o primeiro (oculta).
Em qualquer destes dois casos, a espinha bífida mostra uma
separação entre Pai e Mãe, seja aquando da concepção, seja
aquando da gravidez.
Coma
A pessoa em estado de coma é, tal como a pessoa que
desmaia, como a que tem amnésia, ou como a pessoa com
Alzheimer, uma pessoa que foge por ter muito medo de uma
coisa. “Tirem-me daqui!”
Basicamente, é uma pessoa que entra em isolamento. E uma
pessoa que está às portas da morte, mas que ainda náo deu o
último passo para largar completamente as amarras. Mas é
também uma pessoa cuja frequência cerebral abranda e
permanece entre zero e quatro ciclos cerebrais por segundo,
estando, portanto, desperta do ponto de vista intuitivo.
Percepciona o que se passa à sua volta pelo meio da intuição,
embora não consiga comunicar com os familiares que estão ao
seu redor. É indispensável falar com estas pessoas dizendo- -
Ihes a verdade do que sentimos e não mentindo-lhes, coisa que
faz a maior parte das pessoas (carinhosamente mas
erradamente). A pessoa em coma capta tudo o que se está a
passar. Ela entende os vivos. Mas os vivos não a entendem a
ela. Os vivos, nesta altura, têm de fazer um verdadeiro exercício
para se centrarem e perceber o que essa pessoa poderá estar a
dizer-lhes quanto ao seu estado, ao seu sentimento, à amarra
que a agarra àquela situação de limbo indefinido. Não vai nem
volta. Fica como que entalada na passagem. A espera que luz
se faça, mas à espera que se faça sobretudo luz entre os vivos.
Ela precisa, pois, que os vivos lhe falem para que lhe mostrem
que entenderam o que ela queria dizer-lhes. E um momento de
verdade para os vivos e para a pessoa em coma. Pode durar
muito tempo, em famílias que costumam vedar as emoções, a
sensibilidade, enfim, a genuinidade nas relações, a verdade dos
corações.
Comichão
Veja Prurido
Conjuntivite
Veja Olhos
Constipações
Estão directamente ligadas ao aparelho respiratório, ou seja, à
relação com o exterior. Convém perceber se a pessoa se sentiu
agredida por alguma coisa ou, sobretudo, por alguém. A
constipação mostra pequenas mágoas e alguma desordem
mental. E provável que haja um problema com alguém que vive
próximo da pessoa. Pais, marido, mulher, namorados, professor.
Procure saber sempre, em primeiro lugar, o que se passa com o
cônjuge e/ou no lar.
Contracção muscular
Veja Músculos
Convulsões
Um ataque de convulsões é provocado quando o sistema
nervoso central, cujo motor está no cérebro, entra em curto-
circuito. Isto conduz a que todos os músculos do corpo,
incluindo os respiratórios, estejam continuamente a ser
activados.
Este sintoma resulta de uma vida demasiado cartesiana,
demasiado longe do lado sensível, de medos quanto à
capacidade de conseguir controlar tudo e todos, de problemas
com o sentido de humildade.
Coração
O ritmo cardíaco é sinusoidal. E é comandado pelo sistema
nervoso autónomo. Ou seja, é autónomo. O coração auto-
regula-se em função das necessidades do organismo. Mas
segue o ritmo respiratório. E esse, o ritmo respiratório, esse já é
comandado pela nossa vontade, pela nossa mente. É, aliás, por
isso que, durante um relaxamento, quando se altera e acalma o
ritmo respiratório, o ritmo cardíaco também se altera.
Arritmias, por exemplo, mostram-nos uma perda de ritmo, de
harmonia, uma perda da ordem interior.
O coração está muito ligado à parte emocional. Ele reage às
emoções. Não é regido nem pela vontade nem pelo intelecto.
Qualquer emoção, seja ela medo alegria ou paixão, acelera a
batida do coração. Ao ponto de quase o sentirmos a bater na
garganta.
O ser humano tem assim dois centros. O cérebro e o coração.
Razão, raciocínio, pensamento estão no cérebro e emoção,
sentimento moram no coração. As emoções alteram o coração.
Tudo o que tem a ver com paixão, com emoção na relação é no
coração que se passa. E o órgão dos amores, das paixonetas.
“Destroçou-me o coração! Parece que me arrancou o coração.
Tenho o coração aos pulos.”
Mas, quando o indivíduo controla (ou seja, quando o indivíduo
faz intervir o processo mental, o cérebro, nas emoções) as suas
emoções naturais, como sejam medos, alegrias, paixões,
tristezas, invejas... é então aí que os problemas começam. A
mente começa a controlar estas emoções naturais, mercê de
crenças ou de outro tipo de regras que a pessoa se impõe,
consciente ou inconscientemente. De facto, quando o processo
mental cartesiano intervém, desregula o coração (e desregula
também outros órgãos).
A pessoa com problemas de coração é uma pessoa que não
aceita nem vive as suas emoções. E uma pessoa muito yang,
com um comportamento muito masculino. E uma pessoa
guerreira.
Problemas emocionais de longa data que a pessoa não enfrenta,
falta de alegria, crença na necessidade de esforço e stress, são
bons ingredientes para criar problemas de coração.
Quando o pavor às emoções se torna crónico, aí então temos de
recorrer a pace-makers ou a outro tipo de artifícios para que o
ritmo seja equilibrado.
Os problemas de coração revelam grande necessidade de
poder. Revelam um grande ego.
Só um coração endurecido, tenso, contraído, empedernido, se
pode quebrar e explodir.
A função do sistema nervoso autónomo e a função do coração
completam-se e vivem naturalmente em harmonia. A nossa
intervenção mental só estraga o processo.
E nós só sentimos a batida do coração quando ela se altera sem
razão, ou seja, quando a mente deixa de respeitar o corpo,
quando ela nos controla. O doente cardíaco é uma pessoa muito
mental, muito controlada. E como é uma pessoa muito
controlada, acaba por precisar de estar constantemente a ir ao
médico verificar o estado e a cadência do seu coração. Entrou
num círculo vicioso de controlo. E uma pessoa com dificuldade
de amar e/ou de sentir e viver as suas emoções.
O coração é o centro do corpo. Quando nos referimos a nós
mesmos, batemos com a mão no corpo na zona onde reside o
coração. A pessoa com problemas de coração é a pessoa que
não sabe centrar-se.
O coração tem dois lados. O esquerdo e o direito. E dual. E, por
outro lado, a sua batida é bitonal. Ou seja, ele é a expressão da
vivência de cada um de nós num mundo dual, no mundo da
matéria.
O lado direito do coração é o lado feminino, yin, e o lado
esquerdo do coração é o masculino, yang. Para todos! Canhotos
e dextros!
Do lado esquerdo temos a aurícula e o ventrículo e do lado
direito também.
Do ventrículo esquerdo sai o sangue vermelho, pela aorta, um
sangue vivo, oxigenado (yang) e, pelo ventrículo direito, chega
um sangue mais lento, o sangue venoso (yin), rico do
conhecimento que tem do corpo e que vem purificar-se trazido
pelas veias.
Os ventrículos são mais dinâmicos e as aurículas são mais
passivas.
Portanto, os ventrículos são mais masculinos (yang) e as
aurículas são mais femininas (yin). Temos então uma dupla
dualidade. O lado esquerdo é mais yang. Mas o lado das
aurículas é mais yin.
Assim, a aurícula direita mostra o yin do yin; a aurícula esquerda
mostra o yin do yang; o ventrículo direito mostra o yang ào yin; o
ventrículo esquerdo mostra o yang do yang.
Coração — angina de peito
O território, na nossa vida de hoje, é representado pelas raízes:
casa, carro, família, gestão financeira da família, o meio onde a
pessoa se sente bem (o seu clube de amigos) e, claro, o lar,
pais, filhos, lugar de trabalho, colegas, empregados, dinheiro.
Alguém que se intrometa no território da pessoa sem que a
pessoa lho tivesse solicitado é alguém que atenta ao território
da pessoa. É um intruso.
A angina de peito é claramente um aperto do coração do ponto
de vista físico devido a um conflito de território. Esta pessoa
precisa de se soltar. De se deixar em paz. De relaxar.
A oxigenação é insuficiente. Vulgarmente, trata-se de uma
insuficiência coronária. Pode ser violento. A pessoa esquece-se
de si própria e focaliza demasiado nas guerras de território, no
dever, nos negócios, nas responsabilidades, nas guerras do
divórcio...
Em função da violência do conflito de território, a pessoa pode
ter uma arritmia, uma angina de peito, um enfarte ou mesmo um
enfarte mortal. Dependerá de como a pessoa sentiu o conflito
psicológico de intrusão no território ou de perda desse território.
Coração - arritmias
Alterações do ritmo do coração. E próprio de alguém que está
constantemente a querer enfrentar. Não se deixa viver o seu
lado yin, o seu lado interior, a sua paz interior.
Coração — comunicação entre aurículas
Durante a gravidez, a subdivisão do coração entre lados
esquerdo e direito não existe, porque a criança vive em total
unidade com a Mãe. Só passa a existir quando a criança inspira
pela primeira vez após o nascimento, que é quando ela se
separa da Mãe biológica e é nesse momento que a parede
divisória do coração se fecha para sempre.
Se o sintoma que uma criança tem é a comunicação entre as
duas aurículas do coração, o que não deveria existir, então há
que ver o que se passou no parto, na gravidez ou na concepção,
e aí é preciso olhar para a relação entre o Pai e a Mãe. (Veja
Bebés). E provável que o Pai da criança se anulasse na guerra
entra a sua mulher (Mãe da criança) e a sua mãe (avó da
criança e sogra da mulher), preferindo não intervir.
Se o fenómeno da comunicação entre aurículas se dá num
adulto, é provável que seja numa mulher e é preciso olhar para
o que se passa (uma tensão, seguramente) entre duas
mulheres. Provavelmente, olhar para o que se passa entre a
sogra e a pessoa. De facto, o sintoma de comunicação entre
aurículas é um sintoma tipicamente feminino, yin.
Coração - enfarte
O território, na nossa vida de hoje, é representado pelas raízes:
casa, carro, família, gestão financeira da família, o meio onde se
sente bem (o seu clube de amigos) e, por conseguinte, o lar,
pais, filhos, o lugar de trabalho, colegas, empregados. Alguém
que se intrometa no território da pessoa sem que a pessoa lho
tivesse solicitado é alguém que atenta ao território da pessoa. É
um intruso.
O território é essencial na vida na Terra.
Nele estão incluídos os conflitos de ordem sexual e a
desvalorização na vida animal. O enfarte está, nos animais,
ligado à defesa do território.
O processo sempre foi o mesmo. Em primeiro lugar, marquei o
território, em segundo, levei para lá alguém e agora, em terceiro,
há gente que quer o meu território.
O enfarte resulta de um conflito de território.
O exemplo do veado no reino animal é muito interessante.
O veado é um animal tipicamente territorial. Em 90 por cento
dos casos, na sociedade dos cervos, veados, gamos, renas, os
velhos machos morrem de enfarte do miocárdio e, em 10 por
cento dos casos, morrem de depressão.
O cervo põe na rua todos os outros que não são do seu clã. Tem
as suas fêmeas e as suas crias e não quer lá mais ninguém.
Nada de novo, muitos animais também o fazem.
Há um momento no ano em que o seu território fica em perigo. É
na estação prévia à dos amores, no Outono. E dura três
semanas.
Os jovens machos têm três semanas para ganhar ou perder a
luta contra o velho cervo. E combatem pelo domínio do clã.
E enfrentam-se. Nada de novo também.
E vamos dar um exemplo:
O cervo velho aplica uma pressão de mil quilos e o jovem opõe
uma força de oitocentos quilos. O velho ganha a luta e aguenta-
se no poder. Mantém o seu território. O jovem perde, mas
também não sofre nenhuma consequência. Ambos ficam sãos.
No ano seguinte, o velho cervo volta a aplicar a sua força de mil
quilos e o jovem, já mais crescido e mais possante, opõe uma
pressão também de mil quilos. Aqui, com as forças físicas
iguais, o cervo velho tem muito a perder, enquanto o jovem
afinal só tem a ganhar. Então, o velho faz um derradeiro esforço
e põe mais força e passa para mil e cem quilos. A artéria aorta e
as coronárias incham imenso (lado yang, guerreiro, masculino
do coração a funcionar ao máximo). O velho ganha o combate.
Mantém o seu território. O jovem perde apenas o combate e não
ganha nada. Ambos ficam sãos.
No ano seguinte, o velho já está mais enfraquecido e aplica uma
pressão de oitocentos quilos e o jovem opõe a mesma força de
mil quilos. O velho faz um derradeiro esforço, incha as
coronárias e a aorta e passa para novecentos quilos. Mas não
chega. E perde. O jovem expulsa-o do território. O jovem fica
são, torna-se o senhor do clã e começa a acasalar e a procriar
para a manutenção da espécie.
Mas o velho cervo que perdeu o combate, porque sente uma
emoção de frustração enorme, uma desvalorização, por ter
perdido o seu território, quando as coronárias que incharam
muito durante o combate começam a voltar ao lugar após o
enorme esforço cardíaco, sofre um enfarte do miocárdio. E esta
característica é típica de todos os cervos.
Noventa por cento dos cervos machos morrem de enfarte de
miocárdio ao perder o seu território. Quando não perdem, as
coronárias voltam ao lugar sem danos. Os 10 por cento que não
morrem sentem-se desvalorizados e acabam por morrer de
depressão. Voltam a entrar em empate hormonal (veja Sistema
endócrino — empate hormonal).
O enfarte dá-se sempre algum tempo depois de um conflito de
território. Pode ser alguns meses após. Em função da tensão
psicológica que a pessoa sentiu, pode vir a ter uma arritmia,
uma angina de peito, um enfarte ou mesmo um enfarte mortal.
Dependerá de como a pessoa sentiu o conflito psicológico de
intrusão no território ou de perda desse território.
O enfarte é, antes de tudo, uma doença cerebral. Nesta fase do
enfarte, há enormes edemas. É o cérebro a exprimir-se ao nível
do lobo temporal masculino (as têmporas masculinas). A pessoa
tem edemas cerebrais, e isso provoca dores de cabeça,
náuseas, sensibilidade relativamente à luz.
A dor do enfarte é cerebral. É o cérebro que sente a dor. Não se
morre do coração, mas do edema cerebral.
Não se morre das coronárias, mas de um edema cerebral
monstruoso.
O enfarte não é um sintoma que acontece durante o stress. Dá-
se sempre quando o período de stress já está resolvido. Ele é
consequência do stress. Só vem depois do stress, não durante.
E uma enorme ressaca.
O enfarte acontece às pessoas muito territoriais, pessoas muito
yang, muito guerreiras, muito controladoras, muito machistas.
Para terminar, é importante relembrar que as questões
territoriais nos animais prendem-se com a reprodução. Os
animais defendem o território porque para eles, acima do
indivíduo, está a perenidade da espécie. Assim, o território
manifesta-se ligado à espécie, à reprodução e às crias. Este
sentimento ancestral animal faz que hoje em dia, nos humanos,
nós sintamos os conflitos territoriais também no colo do útero,
nas mulheres e na próstata nos homens.
Os enfartes são mais propícios ao meio-dia.
Corcunda
A corcunda revela uma problemática semelhante à da coluna
muito hirta. É uma humildade não assumida que é forçada pelo
corpo.
Veja Coluna vertebral
Cordas vocais
Veja Laringe e Afonia
Coronárias
Problemas nas coronárias revelam atitude guerreira, pouco
sensível às emoções, muito yang, muito mental, muito egotista.
Consulte Arteriosclerose, Trombose e Coração.
Corpo pineal
Veja Pineal
Costas
Nas costas, pode haver problemas de coluna, de omoplatas, de
vértebras, musculares e de pele.
Consulte Coluna Vertebral, Músculos, Omoplatas e Vértebras.
As borbulhas na pele mostram uma inflamação dos folículos
pilosos e se-báceos, sobretudo nos ombros, cara, costas e
peito.
São uma erupção, uma expulsão de uma tensão que se prende
com dificuldades de comunicação.
As borbulhas nas costas mostram grandes problemas de
comunicação no lar, com a família, com os pais e, muito
provavelmente, com o cônjuge.
As borbulhas nas costas acontecem como resultado da
repressão da sexualidade e/ou das emoções da pessoa. E
provável que as emoções, o desejo sexual, o fulgor sexual ou
mesmo as fantasias sexuais que a pessoa tem precisassem de
ser exteriorizadas, contadas a alguém muito próximo e que a
pessoa não se autorize a fazê-lo.
A pessoa não se sente com força, com espinha dorsal para o
fazer. Ora é justamente a pele a fronteira que há que ultrapassar
para ir até ao outro, para conseguir comunicar e estar com o
outro. E o que não sai pela comunicação sai através do corpo,
pela pele.
Costelas
Costela vem do latim de costa, que quer dizer lado.
As costelas são ossos longos e curvos da parede do tórax e
cujas extremidades posteriores articulam com as vértebras. A
sua função é, tal como a do esterno e a das omoplatas, de
protecção da zona do coração e dos pulmões.
A zona do coração representa as emoções e a zona dos
pulmões representa a relação com o exterior. Fracturas nas
costelas, que são ossos, mostram que a pessoa sentiu uma
desvalorização mas que, ao quebrá- -las, sentiu também um
alívio na tensão grande que estava a viver. Ora esta
desvalorização foi sentida nos ossos que protegem a zona
torácica. Quer dizer que a pessoa, neste caso, sentiu uma
agressão por parte de alguém relativamente às suas emoções.
Alguém agrediu a pessoa relativamente àquilo que ela sentia. A
pessoa sente que alguém não a quer autorizar a sentir o que
sente. Normalmente, a pessoa ou a coisa com quem o embate
físico que levou à quebra das costelas se deu não tem muito que
ver com a vida da pessoa. Essa pessoa, um terceiro, é apenas
um veículo para tornar a tensão que a pessoa sentia consciente.
É por isso necessário perceber se esse terceiro tem algo em
comum com alguém da vida do magoado, ou se corresponde a
algum modelo de pessoa que faça parte do núcleo com quem a
pessoa magoada se dá.
Em princípio, as costelas do lado direito são yang, masculinas e
as do lado esquerdo são yin, femininas. Para canhotos e
dextros. Mas esta polaridade não é de todo óbvia, devendo por
isso ser tomada com cuidado.
Lesão nas costelas yang mostra sensação de ser agredido (ou
agressão) por um homem e, do lado yin, por uma mulher.
Cotovelo
O cotovelo representa a capacidade de mudança de direcção
radical no que fazemos na nossa vida no que diz respeito ao
nosso caminho, às nossas metas. Representa a mudança de
orientação profissional ou relativa aos nossos objectivos.
E o joelho do braço, mas mais flexível para todos os lados
excepto para trás. Aqui mede-se a capacidade de flexibilidade
relativamente à vontade de acção.
Mais uma vez neste caso, por se tratar de uma articulação, as
palavras-chave são inflexibilidade e desvalorização.
É habitual que os problemas no cotovelo sejam no tendão ou no
osso. Em ambos os casos falaremos de desvalorização. Quando
é no tendão, trata-se de uma tendinite. No ténis, atribui-se-lhe
um nome bem conhecido: tennis elbow.
O tendão é muito inextensível. Ele agarra o osso ao músculo. E
o lugar onde o osso passa a ser músculo e onde o músculo
passa a ser osso. Aqui conjugam-se duas realidades. Fala-se da
desvalorização do gesto no momento em que ele começa. Ê a
paragem da imagem. A desvalorização na acção, no presente.
A tendinite mostra que a pessoa sente uma tensão quanto à
acção que tem de empreender ou à que acabou de fazer. “Ele é
melhor do que eu” ou “Não consigo ganhar-lhe.”
Esta lesão pode ser durante a prática de um desporto ou na
perseguição de qualquer objectivo na vida da pessoa. De
qualquer modo, prende-se com a vida da pessoa e os seus
objectivos.
O cotovelo direito é yang, masculino, e o esquerdo é yin,
feminino. No canhoto como no dextro, embora esta polaridade
não seja óbvia e deva ser tomada com cuidado, pois, de facto,
estamos no aparelho locomotor.
Problemas no cotovelo yang mostram desvalorização e
inflexibilidade [devidas à influência de um terceiro (um homem?)
ou a crenças obsessivas da pessoa]. A pessoa quer chegar mais
longe do que o razoável. No cotovelo está a capacidade de
mudança de direcção radical. A inflexibilidade, a insistência e a
teimosia, o comportamento guerreiro contradizem a função do
cotovelo e o problema surge. Os objectivos cegam a pessoa.
Com este tipo de crenças, a pessoa cai muito depressa na
desvalorização, pois tem um padrão de pensamento consigo
própria de uma enorme exigência. E sente-se desvalorizada por
não ter conseguido o que queria.
A pergunta a fazer-se é: “Por que me deixo desvalorizar por
isto? Serei flexível no meu modo de pensar e viver?” “Que
homem me influencia(ou)?”
Problemas no cotovelo yin mostram desvalorização e
inflexibilidade [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças da pessoa]. A sensibilidade da pessoa
sente-se ferida no seu percurso para alcançar o objectivo. Os
objectivos cegam a pessoa e violam a sua sensibilidade. No
cotovelo está a capacidade de mudança de direcção radical. A
inflexibilidade, a susceptibilidade e o comportamento de vítima
contradizem a função do cotovelo e o problema surge. Com este
tipo de crenças, a pessoa cai muito depressa na desvalorização,
pois tem um padrão de pensamento consigo própria de uma
enorme exigência. E sente-se desvalorizada por não ter
conseguido o que queria. A pergunta a fazer-se é: “Por que me
deixo desvalorizar por isto? Serei flexível no meu modo de
pensar e viver?” “Que mulher me influencia(ou)?”
Veja também Braços como membros superiores e Epicondilite
crónica
Coxa
As coxas fazem parte dos membros inferiores do corpo. Os
membros inferiores têm um papel fundamental no aparelho
locomotor. São eles que nos permitem caminhar, correr, saltar,
empurrar, mudar de direcção na nossa deslocação.
São eles que nos permitem aguentar de pé, mobilidade,
flexibilidade e actividade, mas também firmeza.
Tensões nos membros inferiores são tensões com o mundo ou
com pessoas. À medida que descemos da coxa para o pé, a
energia vai-se densificando.
O fémur é o maior osso do corpo humano e está na coxa. A
estrutura óssea representa as crenças mais profundas.
Qualquer problema na coxa pode ser no músculo, no osso
(fémur) ou na pele. Se for no músculo, mostra desvalorização e
inflexibilidade. Se for na pele, mostra dificuldade de
comunicação ou tensão de separação.
Partir o fémur é um sério abalo para qualquer pessoa. O corpo
diz: “Pára, vai por outro caminho.”
Problemas na coxa mostram desvalorização devida a uma
inflexibilidade no modo de pensar da pessoa relativamente à sua
vida, aos seus alicerces, às suas raízes, às suas crenças
profundas, ao trabalho, ao lar, à família, ao dinheiro. A firmeza
da pessoa foi totalmente abalada.
A coxa direita, à partida, é yang, masculina e a esquerda é yin,
feminina, para canhotos e dextros. Estamos no aparelho
locomotor. No entanto, a polaridade yinlyang em função dos
lados do corpo neste aparelho não é óbvia.
Assim, problemas na coxa yang mostram obstinação com o
modo de viver e de pensar, sobretudo com o trabalho e os
projectos profissionais e a provável influência (nefasta) do modo
de pensar de um homem (talvez o Pai ou o modelo de homem
no lar ou no casal). Problemas na coxa yin mostram obstinação
com o modo de viver e de pensar, sobretudo no lar, em família e
a provável influência (nefasta) do modo de estar e pensar de
uma mulher (a Mãe ou o modelo de mulher do casal ou do lar).
Em ambos os casos, a firmeza da pessoa foi posta em questão.
Coxartrose
Artrose da anca. Acontece depois de uma desvalorização.
Veja Anca
Crânio (traumatismo craniano)
O crânio é o osso mais duro do corpo humano. Problemas no
crânio mostram uma grande desvalorização na relação da
pessoa com o seu Pai biológico ou com o modelo de homem que
teve. Mostram obstinação e teimosia. Quanto maior a lesão no
crânio, maior a tensão que a pessoa sente na sua vida quanto à
incapacidade de levar avante o seu pensamento cartesiano e a
sua obstinação controladora.
Diz-se, por vezes, quando a pessoa tem escoriações mais ou
menos profundas no crânio, sobretudo no caso das crianças,
que a pessoa partiu a cabeça. Esta expressão muito comum não
é exacta, pois de facto, na maior parte dos casos, não há lesão
do osso. Estes problemas no crânio devem ser encarados como
provenientes de pequenas tensões com o Pai biológico. O Pai é
provavelmente muito controlador e exigente.
Crescimento (problemas de crescimento)
Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema
endócrino. Há três glândulas que participam do crescimento
equilibrado da pessoa. A pituitária, a tiróide e o timo.
Numa criança que considere que não vale a pena crescer, o
corpo encarrega-se de mostrar essa tensão do ponto de vista
físico. E ela não cresce.
E por que terá uma criança a ideia de que não vale a pena
crescer? Pode ser por várias razões, mas todas vão ter aos pais
dessa criança ou aos modelos masculino e feminino que teve:
“Se a vida de adulto é isto que eu vejo entre os meus pais, então
eu prefiro ficar pequenina...”
O timo tem um papel muito importante na criança até à
adolescência. Ele participa no crescimento e no metabolismo,
assim como na imunidade da criança. Ora no timo está a
memória do ser humano e essa memória está entranhada pelas
experiências que a criança fez com a vida e com os pais
(sobretudo com os pais), assim como com os modelos de
homem e de mulher que foi encontrando na sua vida. E a
criança conclui: “Se os adultos são assim, então eu não quero
crescer.” O conflito é silencioso e profundo. Este é o modo que a
criança descobre para se imunizar contra a vida dos adultos.
A tiróide é uma glândula essencialmente feminina. Regula todo o
metabolismo do corpo, o crescimento, o peso, toda a harmonia
do corpo. E mostra a capacidade que a pessoa tem de se
expressar e de se fazer entender. E na tiróide que o corpo
mostra o calculismo daquele que aprendeu a saber quando vale
a pena dizer alguma coisa ou quando é melhor calar-se.
E a criança não autorizada a expressar-se, ou que percebeu que
ninguém faz qualquer esforço para a entender, desiste de si
própria, desiste de acelerar o metabolismo e trava-o. E pára de
manifestar-se e de expressar os seus gritos emocionais. E o
crescimento não se dá. A tensão que o corpo mostra é: “Não
consigo criar o meu espaço neste mundo de adultos. Não vale a
pena crescer. Não quero vir a ser o que eles são.” Quando esta
tensão se dá durante a gravidez, então a criança nasce com
sintomas de pequenez, de nanismo.
A pituitária/hipófise é o chefe de orquestra das glândulas. Tem
funções múltiplas. Actua também no sistema de crescimento.
Mas não tanto no sentido da pequenez, mas mais no sentido do
gigantismo.
Uma das hormonas segregadas pela pituitária é a hormona do
crescimento, que influencia o factor de crescimento e de
maturação da pessoa.
A nível da pituitária, a tensão que existe é a de um
desalinhamento entre o ser interior (a voz interior da pessoa, a
sua intuição) e o ser exterior (a vida que ela leva no dia-a-dia e
o que pretende fingir que é).
A pessoa pode ficar muito maior do que a família, muito alta,
com extremidades muito longas. Aqui, a tensão é: “Não sou
suficientemente grande para...”, e então cresce muito. (Aqui
fala-se das pessoas altas que vêm de famílias bastante mais
pequenas.)
Numa criança que acha que precisa de crescer muito para ser
válida, o corpo sobe-a ao topo.
Isto costuma vir dos pais. Mais uma vez, do exemplo dos pais. E
provavelmente do Pai ou do modelo de homem da família que
queria chegar sempre mais longe, sempre mais acima. E o
miúdo cresceu para colher a recompensa.
Cúbito
Osso situado na parte interna do antebraço. Partir este osso
mostra um sentimento de desvalorização forte.
Veja Antebraço
Culpa
Emoção que não existe no mundo animal. É uma emoção
inventada pelos seres humanos e é uma ferramenta de controlo
que causa enormes desequilíbrios, normalmente no que diz
respeito à autoestima.
Daltonismo
Veja Olhos
Dedos das mãos
Os dedos das mãos têm muitas funções: Apoderar-se (agarrar);
comunicar (escrever, fazer sinais, chamar a atenção, prevenir,
pedir silêncio, apontar pessoas e coisas, acusar); manifestar
emoções (apertar, acariciar); praticar um instrumento de música;
coçar...
São autênticas ferramentas. Poderíamos resumir que os dedos
servem para coisas delicadas, para comunicar e para manter o
que conseguimos obter.
No entanto, os dedos sem as mãos não são úteis e as mãos
sem os dedos também não. Por isso, convém analisar o
conjunto.
Problemas nas mãos e nos dedos mostram pessoas que
consideram não merecer o que recebem, o que obtêm. Ou
mostram também pessoas com pouca delicadeza.
Não há sempre um denominador comum quanto à polaridade
yin/yang dos dedos quando se trata do aparelho locomotor
(ossos e músculos). No entanto, é bom partir da hipótese de
que, tanto para dextros como para canhotos, os dedos da mão
direita são yang (masculinos) e os da mão esquerda são yin
(femininos).
Dedos das mãos — articulações (artrose)
As articulações conferem mobilidade à pessoa.
Problemas nas articulações mostram grande desvalorização na
identidade do gesto (ocorre muito na prática de desportos — a
pessoa não gostou da performance do seu gesto) e/ou
inflexibilidade. As palavras-chave de todos os problemas de
articulações são, pois, inflexibilidade e desvalorização.
Rigidez, inflamações, torções, distensões, luxações, tendinites
ou roturas de ligamentos nas articulações dos dedos mostram
falta de flexibilidade da pessoa quanto àquilo que pensa, quanto
ao seu padrão mental. E, claro, a inflamação de uma articulação
impede o movimento. Obriga a parar.
A desvalorização pode ser sentida com raiva, ira, cólera.
Quando se dá nos dedos das mãos, mostra que a pessoa sentiu
desvalorização por não ter conseguido manter o que conseguira
obter.
Problemas na articulação do dedo polegar, que é o dedo com
que sinalizamos o nosso estado de espírito, a alegria, a tristeza
e a derrota mostram desvalorização e inflexibilidade porque a
pessoa sentiu-se indefesa perante um terceiro e não conseguiu
manter o seu estado de espírito alegre e vitorioso. Se for no
polegar yang, a tensão é com um homem e, se for no polegar
yin, a tensão é com uma mulher.
Problemas na articulação do dedo indicador, que é o dedo com
que apontamos, mostram desvalorização e inflexibilidade porque
a pessoa não conseguiu manter qualquer coisa que se prendia
com alguém do lar e sentiu infâmia, nojo da pessoa com quem
teve o problema. Se for no indicador yang, a tensão é com um
homem e, se for no indicador yin, a tensão é com uma mulher.
Problemas na articulação do dedo médio, que é o dedo com que
manifestamos a nossa raiva, o nosso repúdio, imitando um
pénis, mostram desvalorização e inflexibilidade porque a pessoa
não conseguiu manter qualquer coisa e sentiu raiva para com
quem teve o problema. Se for no médio yang, a tensão é com
um homem e, se for no médio yin, a tensão é com uma mulher.
Problemas na articulação do dedo anelar, que é o dedo da
união, onde usamos a aliança do casamento, mostram
desvalorização e inflexibilidade porque a pessoa não conseguiu
manter qualquer coisa que se prendia com o cônjuge, um(a)
namorado(a), alguém do foro íntimo. Se for no anelar yang, a
tensão é com um homem e, se for no anelar yin, a tensão é com
uma mulher.
Problemas na articulação do dedo mínimo, que é o dedo com
que coçamos o ouvido, mas que representa sobretudo o lado
fino (é neste dedo que se usa o anel de brasão), mas também a
aparência e a superficialidade, mostram desvalorização e
inflexibilidade porque a pessoa não conseguiu manter a sua
imagem de vaidade ou de superficialidade. Se for no mínimo
yang, a tensão é com um homem e, se for no mínimo yin, a
tensão é com uma mulher.
Dedos das mãos - ossos e músculos
Lesão no osso ou no músculo num dedo yang, masculino,
mostra desvalorização quanto à delicadeza da comunicação
entre a pessoa e uma pessoa próxima masculina ou com um
papel masculino (pode ser uma chefe). Lesão no osso ou no
músculo num dedo yin, feminino mostra desvalorização quanto à
delicadeza da comunicação entre a pessoa e uma pessoa
próxima feminina ou com um papel feminino. No caso de
amputação, deu-se uma separação de facto devida a uma
enorme desvalorização. Num àtào yang, a tensão foi com um
homem e, num dedo yin, com uma mulher.
Problemas no osso do dedo polegar, que é o dedo com que
sinalizamos o nosso estado de espírito, a alegria, a tristeza e a
derrota, mostram desvalorização porque a pessoa sentiu-se
indefesa perante um terceiro. Se for no polegar yang, a tensão é
com um homem e, se for no polegar yin, a tensão é com uma
mulher.
Problemas no osso do dedo indicador, que é o dedo com que
apontamos, mostram desvalorização porque a pessoa não
conseguiu manter a comunicação com alguém próximo, com
alguém do lar e sentiu infâmia, nojo. Se for no indicador yang, a
tensão é com um homem e, se for no indicador yin, a tensão é
com uma mulher.
Problemas no osso do dedo médio, que é o dedo com que
manifestamos a nossa raiva, o nosso repúdio, imitando um
pénis, mostram desvalorização porque a pessoa não conseguiu
manter a comunicação com alguém e sentiu raiva. Se for no
médio yang, a tensão é com um homem e, se for no médio yin, a
tensão é com uma mulher.
Problemas no osso do dedo anelar, que é o dedo da união, onde
usamos a aliança do casamento, mostram desvalorização
porque a pessoa não conseguiu manter a comunicação com o
cônjuge, um(a) namorado(a), alguém do foro íntimo. Se for no
anelar yang, a tensão é com um homem e, se for no anelar yin,
a tensão é com uma mulher.
Problemas no osso do dedo mínimo, que é o dedo com que
coçamos o ouvido mas que representa sobretudo o lado fino (é
neste dedo que se usa o anel de brasão), mas também a
aparência e a superficialidade, mostram desvalorização porque
a pessoa não conseguiu manter a sua imagem de vaidade ou de
superficialidade. Se for no mínimo yang, a tensão é com um
homem e, se for no mínimo yin, a tensão é com uma mulher.
Dedos das mãos — verrugas
É um endurecimento localizado de uma zona da pele.
Aqui estamos num sintoma de frustração, desvalorização.
Prende-se com a pele e com o sistema nervoso.
A pessoa sente desvalorização e frustração porque nutre uma
necessidade de agradar a outros e também de agradar si
própria. É por isso uma pessoa que se compara e que se torna
muito competitiva. Esta pessoa tem alguma falta de autoestima
e deixa-se influenciar por questões de imagem.
A verruga pode demorar anos até aparecer.
Vejamos um exemplo.
Na escola, o professor critica a escrita. E a criança conclui que
são os dedos dela que escrevem mal. “Dou- -me conta de que
os meus dedos não escrevem bem.” E a criança cria uma
verruga nos dedos. A criança vai em busca da perfeição para
satisfazer outros e para fugir da possível avaliação negativa de
outros que ela teme poder vir a desvalorizá-la. É um fenómeno
não consciente. É importante falar com a criança e fazê-la
verbalizar a sua desvalorização, nomeadamente através da
comunicação com a pessoa implicada. Convém aqui ajudar a
pessoa, pois ela não está consciente da sua tensão de
desvalorização, nem da incapacidade de comunicar e dirá,
provavelmente, que não sentiu nada de importante.
Dedos dos pés
Os dedos dos pés dificilmente se dissociam dos pés. E os pés
mostram a qualidade do nosso contacto com a Mãe-Terra.
Mostram a nossa consciência de estar na Terra. A nossa
implantação. O sentir da gravidade e da contragravidade.
Os pés têm de ser dinâmicos. São o lugar do diálogo entre
levitação e gravitação.
Pessoas com problemas nos pés e nos dedos dos pés são
pessoas mal enraizadas na terra. Têm problemas seja com o
local onde vivem, seja com a Mãe biológica ou mesmo com a
sua própria encarnação. Neste último caso, veja Parto.
Os dedos dos pés são os acessórios que permitem ao pé
implantar-se e equilibrar-se. Uma pessoa sem dedos dos pés
tem mais dificuldade para caminhar e para se aguentar em
equilíbrio e muitíssima mais dificuldade para correr quando for
preciso fugir.
Os dedos dos pés são assim os pormenores dos pés, o aspecto
final das nossas posições.
Não há sempre um denominador comum quanto à polaridade
yin/yang dos dedos quando se trata do aparelho locomotor
(ossos e músculos). No entanto, é bom partir da hipótese de
que, tanto para dextros como para canhotos, os dedos do pé
direito são yang (masculinos) e os do pé esquerdo são yin
(femininos).
Lesão no osso ou no músculo num dedo yang mostra
desvalorização quanto à sua firmeza e à sua auto- -estima no
lar, entre a pessoa e uma pessoa próxima masculina. Lesão no
osso ou no músculo num dedo yin mostra desvalorização quanto
à capacidade de comunicação entre a pessoa e uma pessoa
próxima feminina ou com um papel feminino. No caso de
amputação, deu-se uma separação de facto devido a uma
enorme desvalorização. Num dedo yang, a tensão foi com um
homem e, num dedo yin, com uma mulher.
Dedos dos pés - articulações
As articulações conferem mobilidade à pessoa.
Problemas nas articulações mostram grande desvalorização na
identidade do gesto (ocorre muito na prática de desportos — a
pessoa não gostou da performance do seu gesto) e/ou
inflexibilidade. As palavras- -chave de todos os problemas de
articulações são pois inflexibilidade e desvalorização.
Rigidez, inflamações, torções, distensões, luxações, tendinites
ou roturas de ligamentos nas articulações dos dedos mostram
falta de flexibilidade da pessoa quanto àquilo que pensa, quanto
ao seu padrão mental. E, claro, a inflamação de uma articulação
impede o movimento. Obriga a parar.
Problemas na articulação do dedo grande estão basicamente
ligados aos joanetes, que são o resultado de uma inflamação e
de um espessamento da bolsa que envolve a articulação (bur-
sa) na base do dedo grande do pé, causando uma projecção da
articulação para fora e a rotação do dedo para dentro. Pode
tornar-se muito doloroso quando uma bolsa de líquido da
articulação se inflama (bursite). Pode ocorrer também uma
dilatação óssea. É um sintoma muito mais frequente nas
mulheres do que nos homens. De facto, a parte do dedo onde
incide o joanete é a do meridiano do baço e os sintomas no baço
são fruto de comportamentos muito yin, muito femininos,
demasiado passivos. Problemas de baço mostram que a pessoa
dá pouco espaço para o divertimento e o prazer. O dever e o
profissional (mesmo que o profissional seja ser dona de casa)
são o importante. A vida carece de alegria. A pessoa faz uma
manutenção e um cultivo do passado excessivos, apenas por
medo a não saber lidar com o presente. A pessoa é demasiado
reguladora, normativa, rígida, radical, obsessiva com o dever.
Ainda por cima, quando estas mulheres são casadas ou vivem
com alguém, o marido ou esse alguém gostam da festa e fazem-
na, e elas assistem, passivas, e concentram-se no único foro
que têm da sua vida, as regras.
Se a lesão for no dedo grande yang, a tensão é com um homem
e, se for no dedo grande yin, a tensão é com uma mulher ou
com a Mãe biológica.
Problemas na articulação do segundo dedo estão basicamente
ligados a questões materiais, muito terra a terra que a pessoa
não consegue digerir e, por isso, sente-se desvalorizada.
Se a lesão for no segundo dedo yang, a tensão material está
ligada a um homem (do lar?) ou ao trabalho e, se for no segundo
dedo yin, a tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou com o
casal ou com a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro do
orçamento familiar.
Problemas na articulação do terceiro dedo estão basicamente
ligados a emoções fortes devidas a uma sensação de
incoerência que a pessoa sente por parte do outro, mostrando-
se muito inflexível e desvalorizada.
Se a lesão for no terceiro dedo yang, o sentimento de
incoerência prende- -se com um homem do lar ou com o
trabalho e, se for no terceiro dedo yin, a tensão é com uma
mulher, ou com o lar, ou com o casal ou com a Mãe biológica ou
mesmo com o dinheiro do orçamento familiar.
Problemas na articulação do quarto dedo estão basicamente
ligados a sentimentos de injustiça que provocam raiva na
pessoa. A pessoa fica muito inflexível e desvalorizada pela
infâmia.
Se a lesão for no quarto dedo yang, o sentimento de injustiça
prende-se com um homem do lar ou com o trabalho e, se for no
quarto dedo yin, a tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou
com o casal ou com a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro
do orçamento familiar.
Problemas na articulação do dedo mínimo estão basicamente
ligados a questões ligadas a mudanças que envolvem crenças
antigas, hábitos incrustados, e com as quais a pessoa se mostra
muito inflexível e desvalorizada.
Se a lesão for no mínimo yang, a tensão da mudança está ligada
a um homem do lar ou ao trabalho e, se for no mínimo yin, a
tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou com o casal ou com
a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro do orçamento
familiar.
Dedos dos pés — ossos e músculos
Lesão no osso ou no músculo num dedo yang, masculino,
mostra desvalorização na relação com um homem do lar ou com
o trabalho. Lesão no osso ou no músculo num dedo yin,
feminino, mostra desvalorização com uma mulher do lar ou com
o casal ou com a Mãe biológica ou o dinheiro do orçamento
familiar. No caso de amputação, deu-se uma separação de facto
devida a uma enorme desvalorização.
Problemas no osso do dedo grande mostram desvalorização
devida a uma falta de discernimento da pessoa, talvez até a uma
megalomania. Se a lesão for no dedo grande yang, a tensão é
com um homem do lar ou com o trabalho e, se for no dedo
grande yin, a tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou com o
casal ou com a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro do
orçamento familiar.
Problemas no osso do segundo dedo mostram desvalorização
basicamente ligada a questões materiais, muito terra a terra,
que a pessoa não consegue digerir e, por isso, sente-se
desvalorizada.
Se a lesão for no indicador yang, a tensão material está ligada a
um homem do lar ou ao trabalho e, se for no indicador yin, a
tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou com o casal ou com
a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro do orçamento
familiar.
Problemas no osso do terceiro dedo estão basicamente ligados
a emoções fortes devidas a uma sensação de incoerência que a
pessoa sente por parte do outro, ficando assim muito
desvalorizada.
Se a lesão for no terceiro dedo yang, o sentimento de
incoerência prende- -se com um homem do lar ou com o
trabalho e, se for no terceiro dedo yin, a tensão é com uma
mulher, ou com o lar, ou com o casal ou com a Mãe biológica ou
mesmo com o dinheiro do orçamento familiar.
Problemas no osso do quarto dedo mostram desvalorização
ligada a sentimentos de injustiça que provocam raiva na pessoa.
Se a lesão for no quarto dedo yang, o sentimento de injustiça
prende-se com um homem do lar ou com o trabalho e, se for no
quarto dedo yin, a tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou
com o casal ou com a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro
do orçamento familiar.
Problemas no osso do dedo mínimo mostram desvalorização
ligada a questões ligadas a mudanças que envolvem crenças
antigas, hábitos incrustados, e com os quais a pessoa se sente
desvalorizada.
Se a lesão for no mínimo yang, a tensão da mudança está ligada
a um homem do lar ou ao trabalho e, se for no mínimo yin, a
tensão é com uma mulher, ou com o lar, ou com o casal ou com
a Mãe biológica ou mesmo com o dinheiro do orçamento
familiar.
Demência
Pessoa que quis e não conseguiu impor o seu padrão mental
cartesiano aos outros. Isolamento.
Veja Isolamento
Dentes
Trincar é um acto de firmeza, expressão da capacidade de
agarrar, ou de subjugar, de atacar e de se nutrir. Uma má
dentição é atributo da pessoa que tem dificuldade em mostrar a
sua firmeza, ou mesmo a sua agressividade e também da
pessoa que tem dificuldade em decidir, pois decidir é criar uma
cisão. É cortar.
Ora nós sabemos que uma das coisas reprimidas com toda a
força pela sociedade onde vivemos é a nossa firmeza e
sobretudo a nossa agressividade, embora ela seja uma coisa
profundamente natural. Quanto mais dermos azo à aceitação
das nossas emoções agressivas, menos teremos de lidar com
os nossos próprios comportamentos agressivos ou mesmo com
alguns sintomas que são, afinal, o sinal de uma agressividade
controlada e castigada. O ranger dos dentes é um processo
que se dá sobretudo à noite e é o símbolo de uma agressividade
contida e náo expressada. E é preciso perceber que a
agressividade só se tornou agressividade porque a expressão
firme e clara de um sentimento de incómodo nunca foi
autorizada, ou pelo próprio, ou pelos que o rodeavam.
Por outro lado, os dentes são também uma mostra da nossa
vitalidade. Aliás, quando sonhamos que perdemos um dente, o
significado é o da perda de energia e de vitalidade.
Uma das funções vitais dos dentes é a nutrição. Os dentes
servem para se apropriar da comida e também para a reter.
Aqui, estamos a falar do alimento sólido e já não do alimento
emocional. É preciso olhar para os dentes antes de se tornar
vegetariano.
Dentes - cáries
A pessoa que tem problemas no esmalte é a pessoa que acha
que não tem o direito de morder. O osso desta pessoa é mais
duro do que o esmalte. O maxilar tem mais força do que o dente.
“Não tenho potência suficiente na dentada!” E isto provoca
cáries.
Os jovens ambiciosos, nas empresas, muitas vezes são
aniquilados. E têm cáries: “Não tenho a potência de dentada que
julgava.”
Os problemas de cáries só têm que ver com um conflito
psicológico, o de não conseguir morder. Morder constitui uma
decisão, tanto no sentido real como no figurado.
A desvitalização do dente consiste num caso extremo de
incapacidade de morder. Mostra a incapacidade da pessoa de se
impor.
Se a criança gosta de morder, dá-se lhe uma maçã. É a criança
que se sente em perigo. Comer maçãs é muito bom para as
crianças.
Só existe polaridade yinlyang nos dentes quando se trata do
esmalte, ou seja, de cáries, basicamente. O esmalte mostra
problemas de comunicação e é regido pelos dois hemisférios
cerebrais. Assim, o esmalte dos dentes do lado direito é yang
(masculino) e o dos do lado esquerdo é yin (feminino), seja para
dextros seja para canhotos.
Cáries nos dentes do lado yang são um sintoma de
desvalorização da pessoa e mostram impotência da pessoa
relativamente a um homem e, do lado yin, são um sintoma de
desvalorização da pessoa e mostram impotência da pessoa
relativamente a uma mulher.
Dentes - espaço entre os molares
Quanto mais espaço houver entre os dentes, mais a pessoa
deverá ser carnívora. Ser activa. Ser predadora. Ser yang, ser
masculina. Dentes muito próximos são próprios dos ruminantes.
Dentes caninos (os 4)
Se a pessoa tem infecções nos caninos (que podem obrigar a
removê- -los), o corpo está a dizer à pessoa que tem uma
tensão ligada ao discernimento e à sensação de falta: “O
alimento não vai chegar; preciso de mais!” Este alimento pode
ser o afecto, considerado como alimento emocional. As
infecções mostram também raivas, rancores, incapacidade de se
ser livremente quem se é.
Dentes da frente adiantados (roedor)
Estes dentes não são eficazes para reter a comida. Como não o
são, o roedor tem de estar sempre a reincidir, a roer, a insistir no
mesmo, para chegar ao seu fim, que é o de conseguir comer.
Por isso, estas pessoas são pessoas muito determinadas. E
muito persistentes. São pessoas que levam as coisas até ao fim.
Não deixam nada a meio. São teimosas e persistentes.
Dentes da frente inclinados para trás (carnívoros)
Este tipo de dentes é próprio dos carnívoros, dos predadores. O
carnívoro, ao contrário do roedor, precisa de agarrar e manter a
sua presa. Estes dentes são próprios das pessoas que se
comportam como predadores. Não largam. “Agarrei-te e não te
largo!”
E preciso ser muito rápido quando se lida com estas pessoas. E
preciso surpreendê-las. E o único modo de as fazer soltar a
pressão.
Dentes direitos e alinhados
São próprios dos ruminantes. Neste caso, os caninos são quase
como os molares. São pessoas bastante equilibradas na vida.
Vivem bem o lado yang, masculino e o lado yin, feminino.
Dentes incisivos do lado direito (2 em cima e 2 em baixo)
Infecções ou problemas nestes incisivos (que podem obrigar a
removê- -los) mostram tensões relativas aos antepassados, a
crenças profundas sociais, a crenças do clã, ao parto e à
relação da pessoa com os pais e entre os pais da pessoa. Seja
para as crianças, seja para os adultos.
Dentes incisivos do lado esquerdo (2 em cima e 2 em baixo)
Infecções ou problemas nestes incisivos (que podem obrigar a
removê- -los) mostram tensões relativas aos antepassados, a
crenças profundas sociais, a crenças do clã, ao parto e à
relação da pessoa com os pais e entre os pais da pessoa. Seja
para as crianças, seja para os adultos.
Mostram também dificuldade em aceitar a sua feminilidade, para
uma mulher, e a sua masculinidade, para um homem. Mostram
igualmente a passagem do material genético de uma geração
para a seguinte.
Dentes molares inferiores direitos
Infecções ou problemas nestes molares (que podem obrigar a
removê- -los) mostram contrariedades familiares, problemas no
lar, uma sensação que a pessoa tem de que o que lhe fizeram é
nojento, infame.
Dentes molares inferiores esquerdos
Infecções ou problemas nestes molares (que podem obrigar a
removê- -los) mostram contrariedades familiares, problemas no
lar, uma sensação que a pessoa tem de que o que lhe fizeram é
nojento, infame.
Dentes molares superiores direitos
Infecções ou problemas nestes molares (que podem obrigar a
removê- -los) mostram tensões ligadas à digestão das emoções
e a sensações de se ter sido injustiçado.
Dentes molares superiores esquerdos
Infecções ou problemas nestes molares (que podem obrigar a
removê- -los) mostram tensões ligadas à digestão das emoções
e também que a pessoa dá pouco espaço para o divertimento e
o prazer. Que o dever e o profissional (mesmo que o profissional
seja ser dona de casa) são o importante. Que a vida carece de
alegria.
Dentes pré-molares inferiores direitos
Infecções ou problemas nestes pré- -molares (que podem
obrigar a remo-vê-los) mostram tensões ligadas à digestão das
emoções e a sensações de se ter sido injustiçado.
Dentes pré-molares inferiores esquerdos
Infecções ou problemas nestes pré- -molares (que podem
obrigar a re-movê-los) mostram tensões ligadas à digestão das
emoções e também que a pessoa dá pouco espaço para o
divertimento e o prazer. Que o dever e o profissional (mesmo
que o profissional seja ser dona de casa) são o importante. Que
a vida carece de alegria.
Dentes pré-molares superiores direitos
Infecções ou problemas nestes pré- -molares (que podem
obrigar a removê-los) mostram tensões ligadas a agressões
exteriores e ao mesmo tempo ao medo da morte. Seja ela a
morte física ou a morte de um ciclo. Pode ser apenas o medo de
perder uma relação, uma pessoa querida. O medo de morrer é o
medo de soltar o último sopro. A pessoa tem um enorme medo
de asfixiar.
Dentes pré-molares superiores esquerdos
Infecções ou problemas nestes pré- -molares (que podem
obrigar a re-movê-los) mostram tensões ligadas a agressões
exteriores e ao mesmo tempo ao medo da morte. Seja ela a
morte física ou a morte de um ciclo. Pode ser apenas o medo de
perder uma relação, uma pessoa querida. O medo de morrer é o
medo de soltar o último sopro. A pessoa tem um enorme medo
de asfixiar.
Dentes, último molar direito inferior e superior
Infecções ou problemas neste último molar (que podem obrigar
a removê-los) mostram tensões com a vivência emocional da
pessoa relativamente à aceitação das suas emoções, à sua
sensibilidade feminina, para uma mulher ou, se for um homem,
ao seu lado feminino. Mostram também que a pessoa sente que
tudo vai depressa de mais: “Estarei no bom ritmo? Não sei se
assimilo bem.” Questão de ritmo. A pessoa não consegue
assimilar as emoções nem aceitá-las. O mundo exterior é
demasiado grande e compacto para que a pessoa o possa
assimilar.
A pessoa não encontra a sua identidade neste mundo.
Sobretudo no lar.
Dentes, último molar esquerdo inferior e superior
Infecções ou problemas neste último molar (que podem obrigar
a removê-los) mostram que a pessoa considera as emoções
como uma fraqueza. Mostram também que a pessoa sente que
tudo vai depressa de mais: “Estarei no bom ritmo? Não sei se
assimilo bem.” Questão de ritmo. A pessoa não consegue
assimilar as emoções nem aceitá-las. O mundo exterior é
demasiado grande e compacto para que a pessoa o possa
assimilar.
Assim, neste molar, estamos perante um padrão de não vivência
das emoções. Problemas neste molar mostram enorme controlo
das emoções e também a negação da tomada de consciência de
que algo vai mal no lar. A pessoa chuta para a frente. Não
analisa. Não constata. Esconde as fragilidades.
Dependência
Toda a dependência constitui uma fuga. Fuga essa que começou
por ser uma busca. O que se passa é que a pessoa projecta
literalmente o objectivo da sua busca em alguma coisa que
descobriu no caminho e dá por concluída a busca. Contenta-se
com o que encontrou. Fica presa no medo e na comodidade.
Qualquer coisa provoca dependência: álcool, drogas, sexo,
tabaco, jogo, comida (bulimia, anorexia), mas também, e aliás
em maior percentagem, dinheiro, poder, regras, fama, influência,
conhecimento, divertimento, isolamento, ascetismo, culto,
tradição, crenças ancestrais, religião...
O viciado é aquele que fica pelo caminho da busca. Por isso
sente-se vazio. E, como se sente vazio, procura preencher o
vazio com substâncias exteriores que lhe dêem a ilusão de estar
equilibrado.
Basicamente, na humanidade, poderíamos dizer que todos
somos dependentes. A diferença entre o dependente doente e o
consumidor não doente está na qualidade da auto-observação,
ou seja, na tomada de consciência de si próprio, dos seus
sentimentos e do seu caminho. A dependência é uma forma de
apego. O consumidor não viciado, não doente, é aquele que tem
consciência dos seus apegos e que procura a solução dentro de
si e não na substância de que depende.
'Veja Alcoolismo, Drogas, Sexo, Tabagismo.
Depressão
Depressão vem do latim de deprimo, que quer dizer subjugar e
reprimir. Depressão é culpa. Manifesta-se com um sortido de
sintomas, possam eles ser cansaço, insónias, obstipação, dores
de cabeça, taquicardia, dores de costas, alteração menstrual,
falta de tónus muscular. (Poderá consultar alguns destes temas
em separado.)
Uma culpa, que é o mesmo que dizer uma violência virada para
dentro, tem como causa alguma coisa que se passou fora da
pessoa, com alguém ou alguma coisa (normalmente, com
pessoas muito próximas). E, como a pessoa não consegue
resolver nem sequer confrontar-se com esse conflito que tem
com o exterior, culpabiliza essa necessidade de agressividade
que sente para com os outros e vira-a para dentro. A depressão
é uma forma subtil de suicídio. Ao mesmo tempo que está
deprimida, a pessoa consegue esquivar-se e demitir-se das suas
responsabilidades e não agir, apenas vegetar.
O indivíduo depressivo enfrenta renúncia, solidão, isolamento,
velhice (se for um velho) e mesmo morte (a morte de uma
pessoa próxima pode provocar este tipo de atitude depressiva
de alguém), mas fá-lo sempre de um modo reprimido.
A depressão, afinal, é um sinal fabuloso do corpo que mostra à
pessoa claramente que ela não sabe nem quer enfrentar a vida,
e sobretudo os vivos, e também que não sabe enfrentar a morte,
ficando assim num limbo difícil de descrever e dentro do qual
muita gente procura refúgio.
Uma rapariga que perde o namorado e que se culpabiliza pode
criar um sentimento de desvalorização e culpa. Vira-se para
dentro. E fica deprimida. A depressão é resultado de
desvalorização e culpabilidade em conjunto.
Claro que não estamos a falar de depressão associada a
qualquer doença mas da depressão em si própria.
A pessoa depressiva pode ter problemas na glândula pineal. É
uma pessoa com graves distúrbios ao nível do sentido da
direcção, do rumo que deve dar à sua vida, do sentido da
humildade e da autoridade. Esta pessoa tem um grande
problema com a relação com o seu Pai biológico ou com o
modelo de homem, ou com o namorado, o marido, o(a) chefe. É
uma pessoa muito mental, muito racional, que quer resolver tudo
por ela, que acha que sabe as respostas e que considera que
ela é que deveria estar no posto de comando. Não deixa lugar à
intuição.
O cúmulo da depressão é o orgulho. Dá-se quando a pessoa
está muito orgulhosa do que fez ou faz e não do que é. A
pessoa que se define apenas pelo que fez ou faz e não pelo que
é, de facto, está num processo de desvalorização enorme, mas
sem ter consciência dele. Pois, de facto, ela não valoriza nada
do que é. Só o que faz. Neste caso, podem ser os familiares
desta pessoa a ter de acarretar com o peso da desvalorização
daquele que está a desvalorizar-se. Porquê? Porque sentem
culpa por não conseguir ajudá-lo, ou porque se sentem
cúmplices do processo, criando eles um enorme sentimento de
culpa, ficando também eles, e não só o desvalorizado,
deprimidos.
As pessoas depressivas são os falsos amáveis.
O estado de depressão é, resumindo, um estado de tristeza
crónica. Para que se torne crónica, ou seja, para que a tristeza
se mantenha contínua, é porque o doente encontra vantagens
nesse estado de tristeza. São essas vantagens que é preciso
descobrir no doente depressivo. Pode ser o prazer de ter alguém
a tratar de si, ou o prazer de impedir o outro de ir à sua vida e
ficar amarrado a ele.
Veja Autoridade e Pineal
Derme
Veja Pele
Derrame cerebral
Veja Acidente vascular cerebral
Descolamento da retina
Veja Olhos
Desleixo
A pessoa voluntariamente desleixada é a pessoa que precisa
que alguém trate dela. Não consegue tratar de si sozinha. Não
se basta a si própria. Tem dificuldade em arrumar a casa, em
arrumar as ideias, em estabelecer prioridades. O desmazelo da
pessoa, no seu carro, na sua casa, nos seus papéis, na sua
roupa, enfim, na matéria, é espelho do que se passa dentro da
cabeça da pessoa.
Desmaio
“Tirem-me daqui! Não consigo lidar com este problema. Tenho
medo! Tirem-me daqui. Não quero enfrentar isto. Prefiro
desaparecer, prefiro morrer.” O desmaio simboliza uma forma de
morte momentânea. A pessoa não tem consciência de que se
está a anular. É próprio das pessoas cujo lar está a atravessar
momentos difíceis, de falta de entendimento, ou de mentira. Mas
é também próprio das pessoas que abandonam a sua vida, que
se anulam porque estão agarradas a crenças poderosas que
não funcionam para elas. Podem ser crenças religiosas,
familiares, do clã, de boa educação, etc.
Desmancho
Aborto e Parto
Dextro e canhoto
Veja Cérebro
Diabetes
Veja Pâncreas
Diarreia
A pessoa solta sem sequer digerir. Mostra medo, rejeição, fuga.
A pessoa não quer olhar e perde discernimento. A tensão
prende-se com pessoas chegadas.
Veja todo o detalhe em Intestino
Digestão difícil
Veja Estômago
Discos intervertebrais
Veja Vértebras
Disenteria amebiana
Veja Intestino grosso — disenteria amebiana
Disenteria bacilar
Veja Intestino grosso — disenteria bacilar
Dislexia
Veja Olhos
Dismenorreia
A dismenorreia é uma menstruação difícil e dolorosa. Acontece
às mulheres muito rigorosas e exigentes com os outros e com
elas próprias. São mulheres com dificuldade em ser femininas e
em viver a sua feminilidade. Aprofunde a questão em
Menstruação.
Dispepsia
Para dispepsia gástrica, veja Azia e para dispepsia intestinal,
veja Intestino delgado.
Distensão muscular
Os músculos representam o que se passa durante, antes e
depois de uma acção.
O antes da acção é caracterizado por tudo o que tem a ver com
o projecto. Dúvidas e medos.
O depois da acção tem a ver com remorsos.
A distensão muscular dá-se em plena acção. Quando a pessoa
acha que não está a ser suficientemente boa na sua acção.
Costuma ser durante uma actividade física. O cérebro empurra-a
para fazer mais (o cérebro só vê o instante seguinte) e é claro
que a pessoa acaba com distensões musculares. E sempre uma
demonstração da desvalorização que a pessoa sente.
A pergunta que nos podemos fazer é: por que será que essa
pessoa precisa de mostrar mais performance? O que a leva a
sentir-se desvalorizada se não conseguir chegar à performance
desejada? O que a leva a danificar uma parte do seu corpo? O
que se passa com o equilíbrio de vida da pessoa?
É que, de facto, todos os problemas do aparelho locomotor e,
em particular, os dos músculos, têm origem na desvalorização
da pessoa.
Os problemas nos músculos podem ser nos músculos dos
órgãos internos ou nos músculos do aparelho locomotor.
A polaridade do aparelho locomotor não é sempre óbvia. No
entanto, é importante começar por considerar que os músculos
pertencentes ao aparelho locomotor que estão do lado direito do
corpo são yang (masculinos) e que os do lado esquerdo são yin
(femininos). Para os canhotos e para os dextros.
Problemas nos músculos yang mostram desvalorização e
inflexibilidade [devidas à influência de um terceiro (um homem?)
ou a crenças da pessoa demasiado rígidas, inflexibilidade], A
pessoa quer chegar mais longe do que o razoável. Insiste, é
teimosa, guerreira, algo bruta. E esforça o corpo sem se
preocupar com ele.
O facto de a pessoa se querer definir pelo que faz e alcança
mostra que a pessoa não dá valor ao que é, o que constitui em
si uma desvalorização.
Problemas nos músculos yin mostram desvalorização e
inflexibilidade [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças da pessoa rígidas, inflexibilidade]. A
sensibilidade da pessoa sente-se ferida no seu esforço. A
pessoa tem medo de esforçar o corpo e sente-se frágil. Sente-se
sem o valor necessário para fazer ou chegar. Mostra
desvalorização.
Distrofía muscular
Embora nem todas as distrofias musculares correspondam
tecnicamente à miopatia, as tensões na consciência são iguais.
Consulte Miopatia e veja Crescimento — problemas de
crescimento.
Doença
Doença, como tal, não existe. Existe, isso sim, a pessoa que
está doente, ou seja, que está desequilibrada. O mais difícil de
resolver não são as doenças, são as pessoas.
Tudo parte da minha consciência. Tudo o que me acontece foi
criado por mim. Pertence-me ver onde ando a criar
desequilíbrios que acabam por se manifestar através das
minhas emoções e do meu corpo físico.
A doença não é mais do que a manifestação, a nível do corpo,
daquilo que eu andei a criar com o meu modo de viver e de
pensar.
Estar doente equivale a estar distante de si. Estar doente quer
dizer que a pessoa está a criar um distanciamento entre a sua
natureza profunda e a existência que, por qualquer motivo, anda
a levar. A cura não é mais do que um processo de alinhamento
da minha consciência. Equilibra-se o doente e a suposta doença
desaparece.
Um sintoma é um sinal que atrai a nossa atenção, o nosso
interesse e, sobretudo, a nossa energia e que impede o decurso
rotineiro da nossa vida.
Doença de Addison
Hipofunção das supra-renais.
Veja Suprarenais — hipoactividade
Doença de Bechterew
A coluna está demasiado hirta, a coluna adquire a forma típica
do bambu. Revela um ego muito grande não consciente e uma
enorme falta de flexibilidade que a pessoa não reconhece. Com
o tempo, a coluna dorsal calcifica de cima a baixo e a cabeça
pende para a frente. A sinuosidade (o S) da coluna desaparece
ou inverte-se. E o corpo a mostrar à pessoa o que ela nunca
quis ver. Quando o S se inverte, o corpo está a mostrar à
pessoa que anda a viver ao contrário do que deveria.
Veja Coluna vertebral
Doença de Berger
Veja Rins — Insuficiência renal (glomerulonefrite)
Doença de Bright
Inflamação dos rins.
Veja Rins — Insuficiência renal (glomerulonefrite)
Doença de Conn
Hiperfunção das supra-renais.
Veja Suprarenais — hiperactividade
Doença de Crohn
Veja Intestino delgado — doença de Crohn e Intestino grosso —
doença de Crohn
Doença de Cushing
Hiperactividade das glândulas su-pra-renais.
Veja Suprarenais
Doença de Duchenne
Veja Miopatia
Doença de Friedreich
A chamada ataxia de Friedreich é caracterizada por dificuldades
de coordenação dos movimentos associada a outros sinais
neurológicos (perda de reflexos, diminuição da sensibilidade
profunda), pés cavos, escoliose, mio-cardiopatia e, por vezes,
diabetes. Seria demasiado longo estar a explicar o significado
de todos estes sintomas. Eles estão detalhados em Miopatia,
Pés cavos, Diabetes, Escoliose.
Este problema, embora raro, dá-se mais frequentemente nas
crianças e nos adolescentes. Está directamente e intensamente
ligado à relação que existe entre os pais desta pessoa e também
entre a pessoa e o seu Pai e a pessoa e a sua Mãe. O projecto
de encarnação na Terra foi violado, adulterado, enfim, nascer foi
um logro. Mas a pessoa não está consciente de todas estas
tensões que tem na consciência.
Doença de Hodgkin
Linfoma de Hodgkin
Veja Sistema linfático
Doença de Kahler
Dá-se quando a pessoa tem mielomas múltiplos.
Veja Mieloma e Medula óssea
Doença de Schuller
Osteoporose só do crânio.
Veja Crânio e Veja Osteoporose
Veja Mononucleose
Doenças auto-imunes
Veja Sistema Imunitário
Doenças paralisantes
Estas doenças afectam sempre o aparelho locomotor e
nomeadamente os músculos e/ou os nervos. Prendem-se com
um enorme sentimento de desvalorização. Esta é a primeira
palavra-chave. A segunda palavra- -chave é a do sentimento de
ideias, de impulsos, contrários.
A pessoa auto-impõe-se duas ordens contraditórias no que
respeita a movimento. A pessoa tem desejos contrários. No caso
da miopatia, vai afectar os músculos, no caso da esclerose vai
afectar a mielina dos neuró-nios do sistema nervoso central.
Estas duas ideias contrárias que criam a tensão podem dar-se,
por exemplo, se a pessoa desejou muito fazer alguma coisa, fê-
la e depois arrependeu-se muito. Empurrei uma pessoa para o
barranco e depois ela ficou muito magoada e eu sentime muito
culpado, incapaz de me perdoar. Aqui afecta os músculos. O
remorso é uma desvalorização que afecta o músculo.
No caso de se dar com um recém- -nascido, estamos perante
uma criança que encarnou, mas que tem dúvidas sobre se o
deveria ter feito, pois náo sente equilíbrio nem harmonia na sua
vida para crescer livremente. Aqui, é indispensável olhar para o
que se passou entre os pais durante a gravidez, o parto, ou a
pequena infância da pessoa.
Veja Esclerose múltipla, Gaguez, Miopatia, Paralisia, Paralisia
geral, Paralisia infantil (Poliomielite anterior aguda), Paralisia
parcial, Parkinson (paralisia agitante), Poliomielite, Tiques
nervosos, Torcicolo
Doenças venéreas
A pessoa sente que foi má, sente culpa, sente que precisa de
ser castigada. A pessoa precisa de se afastar de qualquer
contacto sexual. Mostra uma certa violência e, sobretudo, culpa.
Pode dar-se, por exemplo, quando a pessoa sente a enorme
responsabilidade de ter de cumprir com um papel muito exigente
na relação sexual com o (a) parceiro (a). A pessoa não
consegue a performance à medida da expectativa do (a)
parceiro (a) e desenvolve assim uma tensão de culpabilidade
relativamente à exigência do outro. E o corpo afasta-a do
contacto sexual criando a doença venérea.
Pode dar-se também com a pessoa que prevaricou (teve
relações sexuais fora do casal), que teve remorsos e que
desenvolveu culpa também relativamente ao facto de se ter
desviado e também que culpou o terceiro que contribuiu para a
desviar.
Ou pode ser ainda porque a pessoa recusa totalmente o(a)
companheiro (a), mas a um nível não consciente. E o corpo
encarrega-se de tornar esse sentimento consciente através do
sintoma. E os dois deixam de poder tocar-se.
As tensões na consciência mencionadas são válidas para
qualquer doença venérea, quer tenha sido contraída por
contacto físico com outrem, quer tenha sido no contacto fortuito
com uma retrete pública. A tensão está lá. Os acidentes não
acontecem por acaso.
Veja Gonorreia
Dor de cabeça
A dor que sentimos na cabeça mostra-nos que o nosso modo de
viver e pensar não funciona para nós, que perseguimos
objectivos que não são bons para nós, que há que parar com a
obsessão, a insistência, o fanatismo e perguntar-se o que temos
de mudar na nossa vida.
A pessoa que sente dores de cabeça na parte frontal da cabeça
está contrariada. Dá-se frequentemente o caso de a pessoa
estar óptima, chegar ao emprego e começar a sentir uma
enorme dor de cabeça frontal, ou de chegar ao lar e sentir o
mesmo. Quer dizer que a pessoa, nesses locais, com as
pessoas que lá estão, não consegue ser ela própria. Anda a
desempenhar um papel, tem um comportamento fingido. A
pessoa está muito contrariada.
As dores de cabeça, em suma, representam o desalinhamento
entre o nosso equilíbrio interior e a vida que levamos no dia-a-
dia. Dores de cabeça nas têmporas, e mesmo nos olhos, estão
frequentemente ligadas a problemas de incapacidade de se
manifestar o que se sente a alguém (raiva?) e também o facto
de se sentir impotente perante uma certa situação. Dores de
cabeça no topo da cabeça, abrangendo a parte occipital
também, mostram dificuldade para entender qualquer coisa que
já se passou ou que se está a passar. A dor de cabeça no topo
da cabeça está ligada ao chamado chakra violeta, ou chakra da
coroa, e prende-se com desejos, medos ou intuições que a
pessoa tem. A pessoa anda a sentir coisas que não percebe e
que a incomodam. É provável que brevemente alguma coisa
venha a acontecer no seu envolvimento mais próximo. Quando a
pessoa descobre o que é, a dor de cabeça desaparece.
Não estamos a falar da dor de cabeça devida a um tumor no
cérebro.
Há muitas dores de cabeça que desaparecem quando a pessoa
vomita ou mesmo quando a pessoa tem um orgasmo. São as
enxaquecas.
Veja Enxaquecas
Dorsais
Veja Vértebras dorsais
Drogas
Toda a dependência constitui uma fuga. Fuga essa que começou
por ser uma busca. O que se passa é que a pessoa projecta
literalmente o objectivo da sua busca em alguma coisa que
descobriu no caminho e assim dá por concluída a busca.
Contenta-se com o que encontrou. Fica presa no medo e na
comodidade.
Qualquer coisa provoca dependência: álcool, drogas, sexo,
tabaco, jogo, comida (bulimia, anorexia), mas também, e aliás
em maior percentagem, dinheiro, poder, regras, fama, influência,
conhecimento, divertimento, isolamento, ascetismo, culto,
tradição, crenças ancestrais, religião...
O viciado é aquele que fica pelo caminho da busca. Por isso,
sente-se vazio. E, como se sente vazio, procura preencher o
vazio com substâncias exteriores que lhe dêem a ilusão de estar
equilibrado.
Basicamente, na humanidade, poderíamos dizer que todos
somos mais ou menos dependentes. A diferença entre o
dependente doente e o consumidor não doente está na
qualidade da auto-observação, ou seja, na tomada de
consciência de si próprio, dos seus sentimentos e do seu
caminho. A dependência é uma forma de apego. O consumidor
não viciado, não doente, é aquele que tem consciência dos seus
apegos e que não procura preencher-se com substâncias
exógenas, mas prefere olhar para dentro, para os seus
desequilíbrios.
O consumo de drogas é sempre uma demonstração de procura
de amor. A vida da pessoa é vazia de sentido. A pessoa está
muito carente.
A droga é um catalisador de um processo de busca que acabou
por ficar pelo caminho. De facto, o drogado quer resultados
concretos e depressa. Tem um problema com a noção de tempo
e com a noção de agora. Custa-lhe viver o momento presente. E
verdade que o facto de não viver o momento presente se torna
angustiante para qualquer pessoa. E o drogado acaba com esta
angústia muito rapidamente, atirando-se para outro patamar e
tendo a ilusão de que chegou ao resultado pelo qual ansiava.
Perante estas pessoas, convém perguntar-lhes como será ou
terá sido a sua relação com o Pai, ou com o símbolo do homem,
do masculino que conheceram. Ou também com a Mãe, se o
coronel lá em casa fosse a Mãe e não o Pai.
Todas as drogas consumidas sob forma de dependência são
bengalas.
O haxixe suaviza a pessoa e dá-lhe uma maior capacidade de
aceitação de um modo imediato, dando-lhe portanto o efeito
desejado de calma quase de súbito. CooH... Resolveu o efeito.
A cocaína é um estimulante, como os conhecidos remédios com
anfeta-minas, mas com consequências piores. Tem o efeito
oposto do haxixe. Aumenta artificialmente o rendimento e pode
contribuir para chegar mais depressa a determinados êxitos
materiais (cá está outra vez o desejo de resultado imediato
saciado). Como se chega mais depressa ao objectivo, a
ansiedade diminui. Mas o problema de não conseguir viver o
momento presente subsiste. Por isso o consumo continua.
A heroína, essa, permite deixar de lado ou mesmo para trás os
problemas do mundo. Produz alienação. E fá-lo, aqui também,
com resultados imediatos. Pode até ser definitivamente (e
sempre rapidamente), através da morte.
Os alucinógenos, cogumelos, mes-calina, LSD, os ácidos, aquilo
a que alguns chamam drogas psicadélicas, têm outro propósito.
Elas permitem às pessoas que as consomem fazer experiências
de transcendência ao nível da consciência.
E assim mudam num ápice o mundo em que vivem, tendo
acesso a níveis de consciência mais elevados. O desejo de
resultado rápido ficou saciado. Mas, quando aterram após a
viagem, não gostam nada do mundo em que vivem e decidem
voltar a elevar-se e o consumo continua.
O conhecido ecstasy é mistura entre um estimulante e um
alucinógeno.
Mas chegar à transcendência é possível através de outros
métodos. Só que o drogado tem muita pressa.
E a droga sacia-lhe a pressa. O resultado é imediato.
Seja qual for o tipo de estupefaciente que se consuma de modo
crónico, quer dizer sob a forma de dependência, o que a pessoa
procura sempre é preencher o vazio que tem dentro de si. Este
vazio vem de duas coisas que, aliás, estáo interligadas: A
dificuldade de viver o momento presente e a dificuldade de ser
paciente. Por isso, para o drogado, torna-se insuportável viver
num mundo que não o preenche, que está às avessas e que
precisa urgentemente de mudar.
Duodeno
Veja Intestino delgado — duodeno
Eczema
O corpo mostra uma separação vivida de facto.
Estive separado. E não gostei nada.
Quando a pessoa está a viver a tensão da separação, a pele fica
seca e ru-gosa, escamada, e as mãos ficam frias e ásperas. O
corpo, basicamente, cria um buraco na pele, para que a pessoa
se possa voltar a aproximar do outro. Ou seja, o corpo diminui
fisicamente a distância que o separa do outro, criando o buraco.
Quando o conflito psicológico de separação desaparece (o
contacto foi retomado), aí então o corpo cria uma massa em
relevo, como que para aumentar a superfície de contacto da
pele. É a cicatrização. “Nunca mais quero a separação!”
O eczema não se dá só quando há separação física. Pode ser
simplesmente provocado pelo sentimento de separação.
Se o eczema é em todo o corpo, a pessoa sente-se separada de
tudo e de todo o mundo. Se é só em certos sítios, esses sítios
são normalmente locais de contacto habitual.
Se, durante a gravidez do bebé, os pais estiveram em
separação (pode ser até que só se tenham unido para ter a
relação sexual que deu origem à criança), a criança gravou tudo.
Ao nascer, cobre-se de eczema.
No bebé, o líquido amniótico proporciona-lhe ar para respirar. A
sua sobrevivência depende da ajuda da Mãe. O contacto da Mãe
com o bebé é indispensável, se não ele morre, pois é esse
contacto, essa ternura, esse amor que representa segurança
para o bebé, sobrevivência. Abraçá-lo é muito importante.
A pele é muito rápida a reagir. Muito mais rápida, aliás, do que,
por exemplo, o fígado.
Cuidado, porque ser abandonado nada tem que ver com
separação nem com eczema. Não é o mesmo conflito. Não é a
mesma tensão. O abandono leva, ele, à obesidade.
No abandono, a identidade do que é abandonado mantém-se,
mas a do que abandona desaparece. Aqui, a iniciativa é só de
um.
No caso da separação, são duas identidades que se separam. A
iniciativa é dos dois.
Duas amigas separadas geograficamente podem ter eczema.
Edemas
São inchaços devidos à retenção de líquidos. Veja Retenção de
líquidos. Veja Rins.
No caso de edemas cerebrais, veja Coração — enfarte.
Ejaculação precoce
A ejaculação é atributo de uma força masculina, yang.
Transporta com ela um conjunto de espermatozóides, que são
semente que dá vida. Ela constitui também um momento de
orgasmo externo no homem. É um momento em que o homem
se entrega totalmente e se solta. E também um momento em
que perde toda a sua energia. A ejaculação precoce é típica do
adulto que, durante a relação sexual, vira yin, vira passivo cedo
de mais. Torna-se feminino cedo de mais. Pois, de facto, o
homem que ejacula fica com uma energia mais feminina, mais
passiva, mais de entrega.
Pode acontecer por muitas razões. Por exemplo, dá-se quando a
pessoa quer acabar com o acto sexual o mais depressa
possível, seja conscientemente ou não conscientemente, pois é
afinal no seu orgasmo externo que sente prazer e não no
contacto com o parceiro com quem se encontra naquele
momento. A pessoa, neste caso, quer despachar a coisa.
Pode ser também porque a pessoa procura um enorme alívio,
procura soltar uma tensão que sente, através da expulsão de
energia que o orgasmo externo constitui. E procura esse alívio o
mais depressa possível.
É também o atributo do adulto com pouca prática sexual ou com
pouca autoestima e com algum medo de não conseguir
preencher de prazer a sua parceira. É resultado de alguma
timidez. É, neste caso, um processo totalmente natural e
constitui, aliás, um bom teste para o amor da parceira por ele,
pela capacidade que ela terá de aceitar o fulgor precoce do
companheiro e a sua consequente necessidade de pausa para
recuperação de energia para o coito seguinte.
Nos adolescentes e nos jovens cheios de testosterona e com
uma vitalidade enorme, é típico conseguir-se ejacular várias
vezes muito rapidamente numa mesma relação sexual. E é
normal. E não deve ser considerado um problema. Apenas um
enorme fulgor. Aqui não se fala propriamente de ejaculação
precoce. Aliás, a repetição frequente da ejaculação permite-lhes
conseguir satisfazer a parceira, o que lhes permite também
ganhar confiança, ganhar perícia e dissipar o medo e a timidez
que sentiam.
O adulto que tem ejaculação precoce, por ter menos vitalidade,
tem mais dificuldade do que o jovem para reavivar a
testosterona. Demora muito mais tempo a voltar a ter excitação,
se é que chega mesmo a voltar a tê-la durante a mesma relação
sexual. Por isso, o adulto tem muito mais tendência a criar culpa
com a ejaculação precoce. Daí a grande maioria dos adultos
culpabilizar tanto a ejaculação precoce.
Muitos adultos, e também alguns jovens, culpabilizam por terem
ejaculações precoces, pois passam a considerar-se machos
pouco eficazes.
Quando esta culpa se instala, instala-se também o círculo
vicioso da ejaculação cada vez mais precoce. De facto, o corpo
mostra à pessoa o que ela acha que é ao ejacular
imediatamente: Um macho que vira fêmea demasiado depressa.
Esta pessoa precisa de trabalhar a autoestima e de se aceitar
como é, sem procurar ser outra coisa.
Embolia cerebral
É uma forma de Acidente vascular cerebral (AVC).
Veja Acidente vascular cerebral
Embolia pulmonar
Trombo (coágulo sanguíneo) que obstrui uma veia e que se
desloca para uma artéria pulmonar.
Veja Trombose
Encefalite
Inflamação do encéfalo, do cérebro e da medula espinal, que é
acompanhada de défices cognitivos e de convulsões.
A encefalite mostra o receio da pessoa de não ser
suficientemente eficaz (performant) do ponto de vista cerebral. O
nível de exigência do Pai (ou de quem desempenha esse papel)
é muito alto. E implacável para com os erros.
A encefalite mostra que a pessoa se sentiu atacada, agredida,
mas não fisicamente, intelectualmente, por alguém muito
próximo. Se não for o Pai, é alguém que desempenha o papel.
Pode até ser a Mãe.
Encefalomielite
Veja Encefalite
Encefalomielite miálgica (Síndrome da fadiga crónica)
Veja Astenia
Enfarte
Veja Coração — enfarte
Enfisema
O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidade do tecido
pulmonar, ficando os tecidos demasiado distendidos, dando
origem à destruição das estruturas que suportam os alvéolos e à
destruição dos capilares que nutrem os alvéolos. E uma forma
obstrutiva de doença pulmonar.
A pessoa sente falta de ar e pode entrar em hipoventilação. Os
sintomas incluem a falta de ar e o peito expandido. Distensão do
pulmão.
A pessoa tem medo da morte de um ciclo e de começar outro.
Ve o fim de ciclo como uma pequena morte. E teme-a. Tem
medo de acolher a nova vida. Não se considera digna de viver. A
pessoa precisa de muito ar. Asfixia-se no tipo de vida que leva
e, por isso, pede mais ar. A pessoa leva uma vida tristonha, sem
grandes alegrias. Dá-se muitas vezes com as pessoas forçadas
a mudar de vida, nomeadamente, por exemplo, porque se
reformaram.
Enjoo
Veja Náuseas
Entorses
São devidas a um problema de ligamentos. Os ligamentos são
os pensos das articulações.
Aqui está em questão a ligação entre dois ossos e não entre o
osso e o músculo, como é o caso do tendão.
A luxação do ligamento dá-se quando a pessoa está à procura
da melhor posição para o gesto. A pessoa está à procura e, de
repente, o ligamento bloqueia. E aí dá-se a entorse. Acontece
também quando a pessoa faz uma entorse ao regulamento, uma
transgressão relativamente ao clã, prevarica relativamente ao
seu casamento.
De qualquer modo, este sintoma mostra inflexibilidade e
desvalorização.
É conveniente procurar em que articulação se deu a entorse
para perceber a tensão a que está ligada.
Enurese (urinar muito, sobretudo à noite)
A enurese prende-se com marcação do território.
Todos sabemos que certas situações de desconforto, como
medos, stress, pressão, nos levam a ter de ir urinar, ou seja, a ir
aliviar a bexiga. Aliás, em muitos casos, a pressa para ir urinar é
um pretexto para sair de uma situação em que nos
encontrávamos desconfortáveis.
A enurese é precisamente um modo de soltar a pressão, que
pode também ser considerado como um choro interno.
A enurese mostra a perda absoluta de referências. A criança faz
chi-chi para chamar a atenção dos pais. E consola-se com o seu
próprio cheiro. É um marcar desesperado do território. Um dos
pais está ausente ou simplesmente não consegue marcar o seu
território. Muito provavelmente, é o Pai. A criança sente-se sem
Pai. Este Pai submete-se às ideias e à força, provavelmente
muito masculina, da Mãe. E a criança sente a ausência de Pai.
O Pai não se afirma. Acontece nos casais em que, devido a
alguma crença, o Pai entende que é mais importante fazer o
casal funcionar anulando-se. O Pai é mole. Mas as crianças
fazem-no imediatamente notar através dos sintomas que criam.
“O que se passará se o nosso território for agredido? Quem o
defenderá? Marca o território! Eu dependo de ti! Olha, se tu não
marcas o território, marco-o eu! Eu estou aqui! Eu existo!” E
urina.
A pessoa com enurese está desesperada, chama a atenção e
urina.
A enurese (sobretudo nocturna) dá-se sobretudo nos jovens
rapazes.
Um truque pode consistir em dar à criança um pano com o
cheiro do Pai quando ela vai dormir. Ela sente- -se mais segura.
Veja Bexiga e Cistite
Envenenamento
Veja Intoxicação alimentar
Enxaqueca
Há uma tendência para distinguir as enxaquecas das dores de
cabeça, as enxaquecas sendo acompanhadas de perturbações
visuais ou digestivas (vómitos e diarreia).
A enxaqueca desaparece com o orgasmo. Ela é uma tensão
emocional/ sexual deslocada para a cabeça. Os bloqueios que
sente a pessoa com dores de cabeça têm que ver com a
incapacidade de se soltar, de deixar que as suas emoções
venham à superfície, de conseguir viver os seus impulsos. O
orgasmo é uma manifestação emocional muito forte. Esta
pessoa tem de aprender a soltar-se na sua vida do dia-a-dia
sem precisar de ser sempre na cama, com um parceiro sexual.
A pessoa que vomita também alivia a enxaqueca. Neste caso, o
vomitar constitui um alívio para a pessoa e a dor também alivia.
A pessoa com enxaquecas deve estar mais à escuta das
emoções e deixar de ser orientada para o raciocínio, o
pensamento cartesiano, o cálculo das consequências.
Veja também Dores de cabeça
Epicondilite crónica
A Epicondilite crónica é uma inflamação dos tendões do cotovelo
que obriga a pessoa a manter a mão fechada.
E causada pela inflamação das pequenas protuberâncias dos
ossos do cotovelo, os chamados epicôndilos, e causa dor.
O tendão é muito inextensível. Ele agarra o osso ao músculo.
Quando há problemas de tendão, fala-se da desvalorização do
gesto.
A desvalorização na acção no presente: “Ele é melhor do que
eu.” “Não consigo ganhar-lhe.” “Não sou suficientemente
poderoso.” “Não consigo lá chegar.” Pode dar-se aquando de
uma prática desportiva ou apenas a atravessar uma rua, ou
mesmo a cozinhar ou a ler. E que o gesto poderia ser também o
gesto de enfrentar o outro, de ir para o outro, talvez de mão em
riste. Ou seja, dá-se na pessoa que acha que tem pouco valor
relativamente a outra ou que considera que tem pouco valor por
não ter conseguido expressar alguma coisa a outra, ou ainda
que tem pouco valor porque não conseguiu afirmar-se quanto a
objectivos que quer alcançar.
No caso da epicondilite crónica, em que a mão se fecha em
forma de punho devido à inflamação dos tendões, a pessoa
revela que reteve a sua agressividade e que se sentiu
desvalorizada por não poder expressar a sua agressividade. A
imagem do punho cerrado fala por si (“devia ter-lhe dado um
murro!” — eis o gesto). De facto, a pessoa não considerou útil
explodir no momento certo. A pessoa deixou- -se desvalorizar
relativamente à rigidez das normas, dos valores, das regras que
se impôs/impõe a si própria. E, ainda por cima, esta inflamação
causa dor. É uma forma de autoviolência. E resultado de grande
controlo.
Veja Raiva
Epidemias
Aqui estamos ao nível do inconsciente colectivo.
As epidemias, os surtos, são fruto da consciência colectiva de
um rebanho.
O surto é uma coisa muito arcaica, que vem desde a noite dos
tempos, e que serve para separar o trigo do joio. Na natureza,
as epidemias são úteis para a sobrevivência da espécie. São um
instrumento “divino” para separar o trigo do joio. O joio serve à
reciclagem e o trigo guarda-se e come-se.
A cólera, a peste, serviram sempre para separar a humanidade.
Claro que os humanos de hoje não podem achar isto moral.
No inconsciente colectivo, alguns são portadores da semente de
trigo (e permanecem e continuam) e outros são o joio (e são
reciclados). Claro que não é moral para a mente humana. Mas é
dual, portanto natural, embora não aceitável por grande parte da
humanidade. (Se quiser saber mais sobre concriação, pode
consultar o meu livro “Es um índigo, um Criador, ou não passas
de um Repetidor?”).
Qualquer surto é uma separação biológica. É o rebanho que é
objecto da epidemia, não o indivíduo. É o cérebro colectivo que
entra em doença colectiva.
Repare-se que hoje em dia existem muitos holocaustos no
planeta. São sinais de entrada numa nova era, num novo modo
colectivo de pensar. Alguns chamam-lhe a Era de Aquário.
Chame-se- lhe o que se quiser. Estamos em cheio numa
epidemia. A consciência colectiva humana precisa de mudar,
dramaticamente. E aparecem velhos e novos fenómenos que se
tornam recorrentes: As guerras, os riscos de pandemia, a
tristeza crónica das populações por todo o mundo e as invasões
de certo tipo de animais aos milhões, as pragas, que dizimam
partes inteiras de alguns países...
Veja Peste, Peste pulmonar, Cólera, Sida
Epiderme
Veja Pele
Epidural
Veja Parto
Epífise
Veja Pineal
Epilepsia
A epilepsia é como que uma desligação entre o sistema nervoso
autónomo e o sistema nervoso central.
A pessoa precisa de se elevar e de mergulhar no seu nível
profundo interior.
O estilo de vida desta pessoa é muito distante do desejado. A
pessoa tem a sensação de ser perseguida. A vida é uma luta. E
a pessoa exerce violência contra si própria, pois não arreda pé
de onde está e não se autoriza a ter maus pensamentos sobre o
Pai, se for uma criança, ou sobre o marido, se for uma mulher
casada. E é verdade que a criança dificilmente arreda pé de
perto do Pai. Não tem grande escolha. Mas o adulto tem. E
muitos não arredam pé devido a crenças que os impedem de
viver livres. Em todos os casos, há que observar de muito perto
a relação dessa pessoa com o homem, com o masculino, com o
Pai biológico.
Quando a epilepsia surge nas crianças, é impreterível perceber
o que se passa entre a criança e o Pai, o padrasto ou o homem
que trata da sua educação. E aí que reside a causa.
Equilíbrio — falta de equilíbrio
Pessoas que têm uma falta de equilíbrio manifesta (e não
estamos a falar de pessoas muito idosas ou com dificuldades
motrizes) são pessoas com alguma dificuldade de manter
discernimento. São pessoas desatentas ao que é bom para elas.
São pessoas obstinadas com as suas ideias que, ainda por
cima, não funcionam bem na vida delas. São pessoas afectadas
por um desequilíbrio das raízes. Nas raízes encontra-se a Mãe
biológica, o modo de pensar e de agir da família, do clã, e o lar.
As pessoas com problemas de rins também são pessoas com
manifesta falta de equilíbrio, o que é comum, pois os rins, por
serem filtros, estão directamente ligados ao discernimento.
Equimoses
Veja Hematomas
Erecção — falta de erecção
Veja Impotência e Pénis
Escarlatina
A escarlatina é uma doença infecciosa que atinge sobretudo as
crianças.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
As crianças vivem mal com o tipo de repressão contínua que
uma grande parte da nossa sociedade e das famílias lhes impõe
recorrentemente.
A erupção mostra à criança algo que, até então, permanecia
invisível. O controlo e o desejo da criança de esconder o que
sente foram atraiçoados pelo seu corpo.
A par de toda a doença infantil costuma brotar algo de novo na
criança, um avanço significativo para o seu desenvolvimento.
Quanto mais virulenta a erupção, mais rápido será o processo
de desenvolvimento da criança. Veja outras doenças infantis,
como Papeira e Varicela.
Veja também Pele
Esclerodermia
A separação vivida de facto.
E o eczema elevado a dez. A pessoa viveu uma tensão de
separação que durou ao longo de toda a vida. A epiderme foi
desaparecendo durante toda a vida. E acabou por desaparecer
mesmo e por chegar à derme. A pessoa fica completamente
enrugada. É como se a pele se apertasse.
Trata-se de uma pessoa que nunca viveu de facto a vida. Nunca
conseguiu de facto soltar a pessoa de quem se separou.
Protegeu-se sempre de si própria e da vida. Faltou-lhe auto- -
estima e confiança em si. Não tomou conta de si. Não esteve
presente. Anulou-se. Esta pessoa tem de mudar de modo de
pensar, absolutamente.
Esclerose múltipla (esclerose em placas)
A esclerose múltipla é uma forma de paralisia. As doenças
paralisantes afectam sempre o aparelho locomotor e
nomeadamente os músculos e/ou os nervos. Prendem-se com
um enorme sentimento de desvalorização e um problema de
comunicação. A pessoa tem um sentimento de ideias, impulsos,
contrários.
A pessoa auto-impõe-se duas ordens contraditórias no que
respeita a movimento. A pessoa tem desejos contrários. A
pessoa com esclerose múltipla (ou em placas) é geralmente
um(a) jovem adulto(a) que tem uma destruição da mielina, que é
o invólucro protector dos nervos do sistema nervoso central.
Os músculos não respondem devido à falta de condutividade
nervosa e a pessoa pode ter paralisia, nistagmo (pupilas sempre
a tremer), tremores, perturbações sensitivas, incontinência,
perturbações psíquicas. Evolui lentamente e com surtos
irregulares. Por placas.
E indispensável olhar para a relação dessa pessoa com o seu
Pai biológico.
É provável que a pessoa tenha rigidez mental, insensibilidade,
vontade de ferro, inflexibilidade e medo não consciente do Pai.
Tem muito que ver com a relação que a pessoa tem com o Pai
ou com o modelo de homem. Pode ser com o marido.
Na esclerose em placas, estamos perante três problemas
associados.
Um problema de deslocação. A pessoa vai gradualmente sentir
a sua capacidade de deslocação diminuir.
Um problema de desvalorização, pois a pessoa sente-se
profundamente desvalorizada pelo grupo (e sobretudo pelo Pai).
É um problema de verticalidade. A pessoa tem dificuldade em
guardar a verticalidade nos seus mais variados aspectos, ou
seja,'em ter uma postura direita e, se for homem, em ter uma
erecção.
Assim, o corpo faz que a pessoa deixe de se deslocar. A pessoa
gostaria de ter algum reconhecimento e poder descansar. Não
se sente reconhecida e isso desvaloriza-a. E por isso a pessoa
tem medo da socialização. E isola-se. Repare-se que a pessoa
tem medo, o que quer dizer que ainda não se deu qualquer
acontecimento que provasse de facto a falta de reconhecimento,
mas a pessoa antecipa, baseada nas suas crenças do passado,
o que lhe pode vir a acontecer. E contrai a esclerose múltipla.
Aqui, trata-se de uma projecção mental. As crenças desta
pessoa não funcionam para ela.
Além disso, esta pessoa dá demasiada importância às ideias e
às atitudes do Pai, seja para as seguir, seja para as combater.
Veja Isolamento
Escoliose
A escoliose dá-se durante a puberdade. É um desvio da coluna
da criança que se prende com a relação entre os modelos do
Pai (eixo dos ombros) e da Mãe (eixo das ancas). A criança não
quer crescer, não quer deixar subir os ombros e então obriga a
coluna a ter de se curvar algures entre os dois eixos. A coluna
do miúdo cresce, mas ele não aumenta em altura. “Não quero
ser adulto se é para ser assim.” Este fenómeno só se dá durante
a puberdade. Pára a seguir à puberdade.
Escoriações
Veja Pele
Esgotamento nervoso
O esgotamento nervoso é próprio da pessoa que tem uma
enorme rigidez mental, que só quer fazer as coisas à sua
maneira e que gostaria que toda a gente fizesse o que ela quer.
O que não acontece, como é óbvio, e a pessoa esgota-se nos
seus esforços inglórios. E uma pessoa com grande falta de
humildade e muito controladora. Quer tratar de tudo. A sua
verdadeira vontade é de tudo largar, pois já não aguenta, e de
se isolar. E, de facto, acaba isolada, em depressão, sem poder
ver ninguém e em descanso.
Se se trata de uma mulher, então é provável que ela não se
entenda com o marido. O facto de não se entender com o
modelo de homem com quem vive estende-se, provavelmente
também, à figura do seu chefe na empresa, quer seja mulher ou
homem. A função de chefe é uma função masculina, yang. Este
tipo de esgotamento acontece de facto muito mais
frequentemente com as mulheres. Caso se dê num homem, há
que procurar o seu padrão de homem. Talvez o seu Pai.
Veja Isolamento e Depressão
Esmalte
Veja Dentes — cáries
Esófago
O esófago constitui a terceira etapa do tubo digestivo. A faringe,
etapa anterior, bifurca-se em laringe, que vai em direcção aos
brônquios (função respiratória) e em esófago, que leva os
alimentos ao estômago.
O primeiro terço do esófago é do domínio do comunicacional.
Tem a ver mais com o que o outro disse ou fez do que com o
digestivo. Os outros dois terços já são do domínio do digestivo.
Ora os problemas de esófago costumam ser no primeiro terço.
Aqui estamos, portanto, em cheio nos conflitos sociais e na
comunicação com o exterior.
Nos problemas do primeiro terço do esófago, a pessoa nem
sequer quer ter de digerir o problema. Por isso, nem sequer
deixa entrar. “O que ele/ela me disse ficou aqui. Não vai para
baixo.” Aqui, a tensão é: “Malandra(o), nem sequer quero ter de
digerir isto!”
No cancro do esófago, a pessoa sente uma violência enorme no
que lhe fizeram e esta tensão projecta-se literalmente num
entupimento do esófago. O corpo manifesta o que a pessoa
sente. Nada vai para baixo. A pessoa não consegue verbalizar a
intensidade do sentimento que sente relativamente ao que lhe
fizeram e recusa literalmente alimentar-se porque, se o fizesse,
teria de digerir o impossível. O cancro no esófago é muito duro.
De facto, a pessoa deixa de conseguir engolir, emagrece
muitíssimo, passa fome e acaba por morrer após muito
sofrimento.
A nutrição prende-se com a Mãe biológica. Por isso, a tensão
ligada ao cancro deste primeiro terço do esófago tem que ver
com a relação com a Mãe desta pessoa ou com o modelo de
mulher da família.
Para qualquer problema nos últimos dois terços do esófago, veja
Estômago, pois a tensão é a mesma que a dos problemas de
estômago. Aqui, a pessoa deixa entrar, mas depois não
consegue digerir.
Espasmos
O espasmo é uma contracção involuntária súbita e transitória de
um ou mais músculos. Nestes casos de contracção muscular,
pode dar-se a diminuição súbita e transitória de um canal ou de
um orifício. Pode ser nos músculos dos órgãos internos ou nos
músculos regidos pelo sistema nervoso central.
Consulte o lugar do corpo em que os espasmos ocorreram.
Espinal medula
Veja Medula espinal
Espinha bífida
Veja Coluna vertebral
Esterilidade
Veja Infertilidade
Esterno
Osso espesso e achatado situado na parede anterior do tórax
que se articula com a clavícula e com as sete primeiras costelas.
Protege o coração e os pulmões. A zona do coração representa
as emoções e a zona dos pulmões representa a relação com o
exterior. A fractura no esterno, que é um osso, mostra que a
pessoa sentiu uma enorme desvalorização. Ora esta
desvalorização foi sentida no osso que protege a zona torácica.
Quer dizer que a pessoa, neste caso, sentiu uma agressão por
parte de alguém relativamente às suas emoções. Alguém
agrediu a pessoa relativamente àquilo que ela sente. Como se a
pessoa não fosse autorizada a sentir o que sente.
O esterno, e também a anca, assim como os ossos longos do
corpo, são o lugar do corpo onde se dá a maturação dos
glóbulos vermelhos, dos brancos e das plaquetas. Ora os
glóbulos e plaquetas estão directamente ligados ao sangue, ou
seja, à identidade da pessoa.
Quando há um problema no esterno, a pessoa sente (embora
disso não tenha consciência) a identidade em questão. E
importante a pessoa tentar descobrir com quem sente estes
problemas e verbalizá-los. Deve procurar em primeiro lugar no
casal e depois no lar. E, por último, no trabalho.
Veja Osso
Estômago
O estômago constitui a quarta fase do tubo digestivo. Armazena
a comida recém-ingerida e condu-la ao duodeno.
Pertence ao elemento terra dos cinco elementos orientais.
A primeira função do estômago é de servir de recipiente, por
quanto poderíamos dizer que o estômago representa a
capacidade de acolhimento do outro. Receber implica
abnegação, passividade, entrega. O estômago é portanto um
pólo yin, feminino, deste ponto de vista.
A segunda função do estômago, esta mais masculina, mais
yang, é a de produzir ácidos que ataquem, corroam e
decomponham os alimentos, pois o estômago é o órgão que se
encarrega de digerir em primeira instância a matéria. O
estômago digere assim os sentimentos e as emoções da
pessoa. Problemas no estômago representam em primeiro lugar
uma dificuldade em se deixar sentir os sentimentos e as
emoções e, em segundo lugar, uma dificuldade para os digerir.
No estômago mora o conflito de não conseguir digerir o naco
(digerir o que me aconteceu) seja virtual ou real.
Quando o conflito emocional está muito activo, o estômago
precisa de mais suco gástrico, para digerir melhor. A pessoa fica
a ruminar, a ruminar, a ruminar o que lhe fizeram. Aqui, a tensão
emocional é: “Malandro, não consigo digerir!”
O doente de estômago não gosta de confrontos. O seu
estômago pede papas.
Uma pessoa que sofre um desgosto dirá: “Estou amargurada.” O
doente de estômago não consegue lidar com o seu furor, com o
seu desgaste emocional, seja para o transformar em agressão
verbal, seja para apenas verbalizar a emoção que sente.
Emoção vem de ex-movere, que quer dizer mover para fora. O
doente de estômago vê-se assim obrigado a engolir a sua má
disposição, a sua raiva, ou seja, literalmente, a engolir a bílis e
então sente os ácidos estomacais sob a forma de azia, porque o
estômago, tendo de digerir tudo isto, produz mais suco gástrico.
A secreção gástrica está directamente ligada à mente.
E estas emoções não manifestadas, e com as quais o doente de
estômago lida mal, prendem-se com assuntos ligados a
problemas materiais, profissionais, de dinheiro, judiciais,
escolares. Os problemas de estômago são muito terra a terra.
Têm muito que ver com a matéria e com as raízes da pessoa
(trabalho, lar, Mãe, local onde vive, dinheiro).
O arroto (veja Aerogastria) é uma libertação de ar, de tensão do
estômago e produz alívio.
A úlcera, ela, também está ligada às raízes, mas exclusivamente
ao seu lado relacional. No casal, no lar.
A pessoa que não se entende com alguma das pessoas com
quem vive, que tem constantemente a sensação de não
conseguir digerir as tensões que sente com essa pessoa, mas
que por alguma razão permanece perto dela (seja porque as
suas crenças não lhe autorizam a saída, seja porque não tem
possibilidade material ou maturidade para poder sair do meio em
que está) e é continuamente obrigada a enfrentar a pessoa,
pode vir a ter uma úlcera. A princípio, quando a tensão estiver
activa, sentirá ardor de estômago e depois sangrará.
A úlcera é o resultado desta agressão contínua que a pessoa vai
fazendo contra si própria, por ter medo de confrontar de modo
eficaz os outros ou por não se autorizar a sair. A úlcera está
directamente ligada aos relacionamentos.
E como se o corpo dissesse que precisava de mais espaço para
digerir e então faz um buraco (a úlcera).
Estrabismo
Veja Olhos
Estrabismo convergente
Veja Olhos
Estrabismo divergente
Veja Olhos
Estrias
As estrias são cicatrizes cutâneas da pele, relacionadas com
pequenas fracturas causadas à derme por fenómenos de
distensão.
As tensões que provocam sintomas na derme são baseadas em
protecção e agressão num sentido mais primário. São próprias
das pessoas que sentem o seu território invadido, que se
sentem agredidas num sentido mais primário do termo e que
sentem uma tensão muito forte relativa à sujidade. Que se fale
da sujidade material propriamente dita, ou de alguém que fez
alguma coisa nojenta. Pode ser sexual, uma trafulhice nojenta,
etc.
Resumindo, os conflitos de protecção mais primários são na
derme.
A derme não tem que ver com separação, mas mais com a ideia
de que o outro me domina, que sinto o meu território invadido.
Veja em que parte do corpo tem estrias.
Estrutura óssea
Veja Ossos
Excitação
Alternância entre grande choro e grande alegria. Pode parecer
uma pessoa muito feliz por vezes, mas é uma pessoa que está
desequilibrada por andar à procura das respostas para a sua
vida fora dela, no exterior, na sociedade, nos amigos, e não
dentro dela. Desalinhamento entre o ser interior e o ser exterior.
A pessoa com bipolaridade tem este tipo de tensões.
O bipolar é uma pessoa dificilmente previsível. Vive em
alternância.
É geralmente uma pessoa que viveu durante muito tempo entre
um Pai e uma Mãe que não se entendiam ou entre um modelo
de homem e um de mulher não compatíveis. Ou seja, entre
comportamentos yang t yin não compatíveis.
É
É necessário perceber que modelo de homem e de Pai esta
pessoa teve, sobretudo na relação que mantinha com os
familiares próximos. São normalmente familiares muito mentais,
muito teimosos e com a necessidade de controlar tudo e de
querer ter razão.
A causa deste processo está sempre ligada à relação com o
homem (o Pai, o Avô), enfim, um modelo de homem que teve na
família e que era muito determinante e muito dominante.
O bipolar é também, normalmente, uma pessoa que, por ser
muito mental, por querer explicar e controlar tudo, tem muita
falta de afecto, de carinho, e que chora por necessidade de ser
mimado, pegado ao colo.
É uma pessoa que chora mais por pena de si do que porque se
solta ou se desapega.
De qualquer modo, os sintomas da bipolaridade não vêm sós.
São sempre corroborados por outros sintomas no corpo.
É o exemplo da pessoa que tem bipolaridade e psoríase. Se
consultar Psoríase, verá que a tensão na consciência da pessoa
também se prende com alternância.
Fadiga
Veja Astenia
Família
Do projecto parental (consciente e inconsciente) nasce o bebé, a
pessoa.
Encarna um ser. É esse nascimento que dá sentido ao projecto
dos pais.
Pais esses que, ao nascer, também deram sentido ao projecto
dos avós.
E não esqueçamos que a criança, ao nascer, já sabe para que
pais e para que família vem. E traz consigo um profundo
conhecimento do tipo de antepassados e do tipo de pensamento
do clã que esta família tem. A criança transporta na alma a
sabedoria sobre a linhagem genealógica. A sabedoria do clã.
O conjunto dos cérebros de um rebanho criou um cérebro
colectivo com a sua própria identidade. O cérebro do clã.
A concepção e o nascimento constituem uma criação a três, que
só produz fruto se todos estiverem de acordo (todos, sendo o
Pai, a Mãe e o futuro bebé) e concriarem essa epifania que é a
encarnação de um novo ser.
Assim que a criança nasce, essa memória que trazia da
linhagem torna-se não consciente. De facto, ela esquece toda a
bagagem que trazia e vai precisar das suas vivências e da
comunicação com a família para se ir apercebendo devagarinho
do padrão de pensamento, do modo de estar e de sentir da sua
árvore genealógica. É, portanto, crucial que a criança oiça falar
dos membros da sua família, que ela se inteire dos
acontecimentos do passado, mas não só dos bons e dos épicos.
De todos! Das emoções, das guerras intrafamiliares, dos
escândalos vedados, da informação escondida.
Um dos graves problemas que vive muita gente hoje em dia é o
de se deparar com um padrão familiar que esconde o passado e,
sobretudo, as emoções do passado, o que obriga o próprio
corpo da pessoa a ter de o revelar sob forma de sintoma à
medida que ela for vivendo. De facto, como já foi dito na
introdução, o corpo não mente. E revela sempre o que está
escondido.
Problemas familiares vedados, escondidos, podem vir a surgir
duas gerações depois, nos netos, psicologicamente e
fisicamente, sempre sob forma de sintoma físico ou emocional.
Na sociedade camponesa, os rancores, as vergonhas, as
culpabilidades vão de geração em geração e aparecem sob
forma de sintoma.
Nas religiões, na tradição, no patriotismo, em todos os ismos, o
dogma passa de geração em geração, através de um mesmo
modo de pensar, de um padrão comum de encarar a vida.
Um avô que perdeu todos os seus terrenos, por exemplo, pode
fazer que a neta possa ter um conflito de território, criando
assim problemas no colo do útero ou problemas no coração.
Há mulheres que, desde há gerações e gerações, personalizam
um padrão de mulher sofrida, enganada, espancada, culpada,
tendo vivido recorrentemente todas as gerações dessas
mulheres os mesmos sintomas ou sintomas parecidos nos
órgãos representando a feminilidade, mama, ovário, trompa,
útero, colo do útero, vagina.
As famílias com problemas de fígado têm um padrão de
funcionamento bem sedimentado no comportamento de toda a
gente. E todos têm problemas de fígado.
As famílias em que muita gente tem cancro são famílias em que
a maior parte da informação é secreta, em vez de ser dada a
conhecer a todos os membros do clã, pois a não verbaliza-ção
de sentimentos pode dar origem a cancro.
Doenças dos bebés são o resultado do que os pais tinham na
cabeça no momento exacto da concepção ou durante a
gravidez.
Se os pais só quiseram uma relação sexual sem amor (uma
queca) e nasceu um rebento, é possível que esse rebento tenha
eczema (problemas de pele), pois esse bebé é originário de
separação no amor. Não nos esqueçamos de que, durante a
gravidez, a criança está durante nove meses ligada às emoções
da Mãe e que a gravidez, o modo de viver da Mãe e o modo de
viver dos pais entre eles influenciam a criança.
Por tudo isto, por toda esta influência que a família e a linhagem
têm na pessoa, convém sempre respeitar o rebanho, o grupo, o
clã, não destruí- -lo. É criando um novo rebanho, um novo
grupo, e não criticando o original, que se avança. Afastar-se,
não aceitar o clã e isolar-se dele é negar a origem da concriação
a três, é negar a razão por que se nasceu naquela família e é
não chegar a perceber a mensagem que a família tem para a
pessoa. Afastar-se do clã sem o aceitar e viver o oposto do clã
não resolve.
Alguns nascem no seio de famílias que pouco ou nada têm que
ver com o que eles têm para fazer nesta vida. E essa é a
mensagem que devem perceber. Mas nascemos nelas para
aprendermos a amá-las, ou seja, a aceitá-las, a perceber o que
devemos esquecer das crenças delas, sem violência, e
seguirmos o nosso caminho, muitas vezes na solidão mas não
no isolamento. Pode não gostar do modo de viver dos seus
familiares e afastar-se. E está muito bem. Mas não mate o clã,
não o destrua, não lhe faça mal, aceite-o. Mas afaste-se. E
deixe-os viver como eles querem e você viva como quer.
O bisavô (quarta geração — avô do Pai) corresponde à missão
da pessoa na vida dela, se for um homem.
Muita gente tem tendência a viver exactamente como o clã
manda ou exactamente do modo oposto. E nenhuma das
soluções é boa. Ambas fogem de si próprias e da escuta do seu
corpo.
Partir a ligação com os antepassados cria separação para si e
para os outros descendentes desse mesmo antepassado.
Na sua vida, a criança, desde que nasce, vai vivendo um
projecto inconsciente que, um dia, acaba por dar origem a uma
tensão e talvez a um sintoma físico. E esse problema de saúde
que a pessoa tem está sempre correcto, pois corresponde a uma
criação que foi feita por ela (embora não a tenha feito
conscientemente). Os sintomas são de facto oriundos do modo
de pensar e de viver.
Para sair do sintoma e encontrar o caminho da saúde, a pessoa
tem de tornar o seu projecto consciente e perceber o que
funciona e o que não funciona na sua maneira de viver e o que
funciona e não funciona para ela no modo de pensar da sua
família e do seu clã.
Alguém que deseje a cura, mas que não tenha projecto, morrerá
de qualquer forma. E preciso mudar o projecto (que é o
objectivo) para que a cura (que não é um objectivo em si) se dê.
É preciso pegar nas rédeas da sua vida. Para uma pessoa com
insuficiência renal, mudar de um projecto inconsciente para um
projecto consciente é uma necessidade. Precisa mesmo de
deixar de viver os arquétipos dos pais e da família. Tem de se
desligar das crenças do clã. Se o não fizer, não conseguirá
manter o rim que lhe foi transplantado, por exemplo. Os rins
pertencem às águas do corpo, a parte mais profunda e mais
enraizada do cérebro colectivo do clã.
Pode-se agir sobre quatro níveis para descobrir o equilíbrio da
pessoa. Nas memórias dos antepassados, nos nove meses de
gravidez, no parto e na própria vida da pessoa.
Se eu me curo, todos os outros membros da família,
descendentes do mesmo velho bisavô encontrar-se-ão também
a curar-se. Mas isto não tem de ser um objectivo. É apenas uma
consequência positiva.
Quando se cura, cura-se também os descendentes, os
transversais e os antepassados (através do inconsciente
colectivo: planeta, raça, tribo, clã, família).
A Bíblia diz: “Sereis malditos até à 77.a geração. Um de vós
descodificará e sereis benditos até à 7.a geração.”
Todos deveríamos fazer a nossa árvore genealógica. A partir do
que sabemos, do que perguntamos aos vivos e do que nos
lembramos. E, depois, é preciso juntar as doenças de todos, os
divórcios, os acidentes. Importa também acrescentar as
profissões de cada um, se nos lembrarmos.
Cada um perceberá a sua genealogia à sua maneira.
O indivíduo conta para a espécie e é por isso que a espécie tem
um programa para o indivíduo. O clã chama sempre a si a
pessoa que dele se afastou. E é muito poderoso.
O ser humano é gregário. O que aparece com ideias novas é a
ovelha ranhosa, a ovelha negra. Perante a ovelha negra, o clã
sente a sua segurança posta em questão. Por isso, procura
domá-la e alinhá-la. É comum.
É muito importante aceitar os antepassados e a família. Aceitar
não quer dizer viver com eles. Pode-se mudar de clã. A cada
vez que estou entre dois clãs, a vida entra em crise.
A independência não se vive no isolamento.
Independência quer dizer poder escolher o seu rebanho, o seu
grupo. A segurança de reencontrar um grupo, que pode ser um
novo ou o antigo, devolve a energia à pessoa. A pessoa volta a
redescobrir um estado de ser positivo. Posso mudar de projecto
e deixar de viver os arquétipos dos pais e da família. Mas, se
fizer isso, não posso continuar a ter roupa lavada pela Mãe e a
comer em casa dos pais, pois isso não é independência.
Faringe
A faringe constitui a segunda etapa do tubo digestivo e do
aparelho respiratório. Ela é uma via de acesso comum aos
alimentos e ao ar. Ela envia os alimentos para o esófago e o ar
para a laringe.
A bifurcação dá-se pelo fecho da epiglote (pequena válvula)
quando engolimos, o que impede que os alimentos vão parar à
laringe. A faringe é por isso uma encruzilhada do ar que entra e
que sai e da comida que entra e que, por vezes, também sai.
A faringe tem uma conotação vital de sobrevivência.
E a chamada boca primitiva (entre a boca e o esófago). É um
funil. E um precipício. A pessoa que tem um problema na
faringe, uma faringite, é uma pessoa que tem uma tensão ligada
a sofreguidão. “Vou engolir antes que alguém me roube o naco,
porque não há para todos.” É própria da pessoa com uma
consciência de escassez. Na faringite, o corpo mostra que a
pessoa deseja apropriar-se, tanto no plano físico como no
abstracto. Esta necessidade sôfrega de se querer apropriar
revela uma consciência de escassez e também alguma falta de
discernimento para poder separar o que deve entrar do que não
deve entrar em si e também o que entra do que sai de si.
Febre
A febre é salutar porque é o modo de o corpo nos dizer que está
a arder. A nossa obsessão em querer fazer baixar a febre tem
graves riscos de nos não permitir chegar a entender qual o grito
que a nossa consciência está a dar através do sintoma. Baixar a
febre de modo artificial é ter a ilusão de fazer baixar os conflitos
na nossa consciência.
Pode dar-se uma aspirina, mas não sem primeiro falar com a
pessoa sobre o que a põe a arder na sua vida. E provável que
as tensões sejam no lar ou no trabalho.
Veja também Infecções
Febre - gripe
O corpo reage e expele o excesso de toxinas, de fadiga, de
tensão. E mais normal que aconteça no Outono e à entrada da
Primavera. Também significa que a pessoa tem mais dificuldade
em defender-se do exterior. Ou seja, a pessoa não está
centrada. Sente tensões internas fortes que a debilitam e tornam
mais frágil perante as condições climatéricas exteriores
adversas.
A gripe prende-se com agressões psicológicas. No lar e no
trabalho.
Febre dos fenos
Veja Alergias
Febre glandular ou ganglionar
Veja Mononucleose
Fémur
O fémur, que está na coxa, é o maior osso do corpo humano. A
estrutura óssea representa as crenças mais profundas.
Problemas de descalcificação óssea ou de fractura na cabeça
do fémur ou de fractura do fémur mostram uma enorme
desvalorização da pessoa, cujos alicerces foram completamente
abalados.
Há um exemplo no reino animal de lesão da cabeça do fémur. É
no caso dos embates frontais fortíssimos entre os machos dos
bois almiscarados do Canadá, na estação dos amores, quando
disputam a liderança do clã. Os choques de cabeça baixa são
violentíssimos. E a força de pernas para permanecer e empurrar
com a maior força possível é enorme. O macho que perde a luta
sente uma forte desvalorização, ficando com uma enorme
descalcificação da cabeça do fémur.
O tempo vai passando, o que permite ao macho reparar a lesão.
Forma- -se então um calo de osso mais forte e mais resistente
que lhe permitirá, no ano seguinte, voltar a disputar a liderança
contra um rival.
Este processo repetitivo, animal, instintivo, muito determinado, é
muito yang, muito masculino, muito guerreiro.
Partir um osso é libertar uma imensa energia, mas partir o fémur
é um sério abalo para qualquer pessoa.
O corpo pede, com violência, que se rompa com uma crença do
passado e que se mude. A fractura é normalmente resultado de
uma actividade dinâmica, seja física, seja mental. Acontece às
pessoas hiperactivas, mentalmente e fisicamente. O corpo diz:
“Pára, vai por outro caminho.”
Mas é também uma característica dos idosos que se sentem
desvalorizados.
Problemas de fémur ou de cabeça de fémur existem para que a
pessoa retire ilações.
Actuar como o bovídeo e mostrar demasiada determinação e
obstinação com as mesmas sempiternas crenças não é um acto
de inteligência. A pessoa que fractura um osso é uma pessoa
que se tornou muito rígida e inflexível no que andava a pensar.
Problemas no fémur mostram, portanto, desvalorização devida a
uma inflexibilidade no modo de pensar da pessoa relativamente
à sua vida, aos seus alicerces, às suas raízes, às suas
crenças profundas, ao trabalho, ao lar, à família, ao dinheiro.
O aparelho locomotor não é muito claro quanto às certezas da
polaridade yin/yang em função dos lados do corpo. E importante
partir do princípio de que o fémur direito é yang, masculino, e o
esquerdo yin, feminino, para dextros e canhotos.
Assim, problemas no fémur yang mostram obstinação com o
modo de viver e de pensar, sobretudo com o trabalho e os
projectos profissionais, e a provável influência (nefasta) do
modo de pensar de um homem (talvez o Pai ou o modelo de
homem no lar ou no casal). Problemas no fémur yin mostram
obstinação com o modo de viver e de pensar, sobretudo no lar,
em família, ou com o dinheiro do orçamento familiar e a provável
influência (nefasta) do modo de estar e pensar de uma mulher (a
Mãe ou o modelo de mulher do casal ou do lar).
Feridas
Veja Pele
Fibromialgia (Síndrome de fadiga crónica)
A pessoa tem dores pelo corpo todo, cansaço extremo e
perturbações no sono. Tem também problemas nos músculos,
na pele, no cólon e dificuldades de concentração.
O enorme cansaço (astenia) é devido à falta de referências e à
perda do rebanho, do grupo. Dá-se ao nível do inconsciente
individual e do inconsciente colectivo.
Para descrever melhor o processo pelo qual passa a pessoa que
está em cansaço extremo (astenia), vamos recorrer a um
exemplo do mundo animal.
Ao contrário do que acontece com os lobos, em que cada lobo,
na alcateia, não é essencial (um lobo que sai do grupo não
afecta a alcateia), nas ovelhas, mais concretamente no rebanho
de ovelhas, qualquer redução do número de ovelhas cria uma
situação de perigo. As ovelhas dependem (e por isso apostam
nele) do grupo. O rebanho não pode agredir nem fugir. Apenas
unir-se. Os predadores não atacam um rebanho. O que eles
vêem no rebanho parece-lhes ser uma enorme ovelha. A ovelha
que se perde é que se transforma na presa.
Para a ovelha perdida, a única direcção válida é a direcção que
a leva de volta ao rebanho. Por isso, a ovelha perdida, que não
sabe para que lado deve correr, porque de facto não sabe onde
está o rebanho, não se mexe. Ela fica quietinha para não dar
nenhum sinal aos lobos. A ovelha perdida tem de se centrar. Por
isso o seu corpo tem de criar um mecanismo que a acalme.
Então o que o corpo faz é agir sobre as supra-renais. Acalma-as
e esvazia as supra-renais literalmente. O efeito que isto produz
é a ovelha ficar de rastos. Fica estafada. E deita-se, imóvel.
Quando se vê uma ovelha neste estado, é porque está perdida.
Procura não se afastar ainda mais do rebanho. Ela espera que o
rebanho apareça. Quando vê o rebanho a começar a aparecer,
então, aí, corre muito rapidamente para se unir ao rebanho e se
sentir de novo em segurança. Um animal em stress é muito
activo.
Ora bem, enquanto a ovelha está separada do grupo, existem
mecanismos naturais pelos quais o rebanho lhe vai enviando
sinais. De cérebro para cérebro. Como a ovelha perdida está
muito calma e em astenia, ela está muito apta a receber este
tipo de sinais de radar do rebanho e então poder começar a
dirigir-se para onde ele está. Se a ovelha não estivesse em
astenia, não conseguiria discernir os sinais de radar que o
rebanho lhe enviaria. Com os elefantes acontece o mesmo. Eles
giram em rotação e em translação. E muito rápido.
A pessoa em astenia está só e tem de parar. Por isso o cérebro
cria a fadiga.
A pessoa que está muito cansada é porque está perdida.
Gostaria de encontrar o seu antigo grupo, família, rebanho, clã
ou de descobrir um novo. A pessoa que está em astenia é
porque precisa de parar com o seu reboliço mental, com a sua
vida apressada e muito lógica, muito yang, muito masculina,
muito controlada. Quanto mais se luta contra a fadiga, mais ela
se instala. É preciso aceitá-la e não se mexer.
Já falámos do cansaço que caracteriza a fibromialgia.
w
Icterícia
Veja Fígado — icterícia
Idosos
Uma questão que surge frequentemente sobre os sintomas dos
idosos prende-se com o facto de eles terem sintomas relativos a
tensões na consciência com o Pai biológico ou com a Mãe
biológica. Mas se eles já não têm Pai nem Mãe, como podem ter
tensões com eles?
Quando se fala de Pai e de Mãe em idosos, referimo-nos
sobretudo ao modelo masculino ou ao modelo feminino. Esse
modelo deve ser procurado nas crenças deles, no modo de
pensar e, caso tenham cônjuge, é provável que se encontre as
respostas para as tensões no marido ou na mulher deles. De
qualquer modo, podem também ser tensões que as pessoas
transportaram durante muito tempo, desde a altura em que
tinham Pai e Mãe biológicos.
Ílio
Veja Osso ilíaco
Imagem - conflitos de imagem (silhueta)
Veja Obesidade, Celulite, Magreza, Bulimia, Anorexia
Impotência
A energia sexual é a que dá a vida. É a energia vital do ser
humano.
A impotência é a incapacidade masculina de concretizar o acto
sexual, por falta de erecção. A erecção dá-se pelo
endurecimento do pénis, causado pela pressão sanguínea das
veias, provocada ela pelos músculos que rodeiam essas veias.
Ora a circulação do sangue representa a distribuição da vida
e/ou da alegria de viver pelo corpo.
Problemas circulatórios mostram falta de alegria de viver, falta
de amor por tal ou tal parte da minha vida e de mim próprio.
A impotência mostra então a incapacidade de o homem
conseguir viver o seu lado masculino na relação sexual. A
erecção e o consequente acto sexual proporcionam ao homem a
vivência do prazer. Seu e da parceira.
A impotência mostra também a falta de vitalidade do homem em
questão, a sua falta de autoestima, a sua falta de alegria. As
palavras-chave da impotência são a falta de autoestima e um
problema com o seu lado masculino.
Assim, a impotência pode dar-se por várias razões.
Pode tratar-se de um homem que se tenha assumido como
mulher, que tenha desenvolvido o seu lado feminino totalmente,
passando a ter o papel de submetido em cada relação. Dá-se o
caso com alguns homossexuais.
Pode também dar-se se com o homem que sente a enorme
responsabilidade de ter de cumprir com um papel muito exigente
na relação sexual, de não conseguir estar à altura das
expectativas que a parceira tem e desenvolver assim uma
tensão de culpabilidade.
Pode dar-se também com o homem que prevaricou (teve
relações sexuais fora do casal), que teve remorsos e que
desenvolveu culpa.
Ou pode ser porque o homem recusa totalmente a companheira,
mas a um nível não consciente. E o corpo encarrega-se de
tornar esse sentimento consciente através do sintoma.
Por último, pode também dar-se o caso, muito raro, de a pessoa
ter tido uma tal elevação espiritual que o corpo deixou de a
interessar. É o caso da pessoa que renuncia ao sexo, não por
decisão, por vontade ou imposição, mas apenas porque assim
aconteceu espontaneamente com a sua elevação espiritual.
Veja também Priapismo (Erecção permanente)
Imunidade
Veja Sistema imunitário
Inchaços
Se forem inchaços devido a pancadas, veja Hematomas.
Caso seja por retenção de líquidos, então são Edemas. Neste
caso, veja Retenção de líquidos, Rins ou Coração.
Incontinência
A pessoa com incontinência é uma pessoa que perdeu o
domínio de si. As coisas escapam-se-lhe. A pessoa tem
dificuldade em estruturar a sua gestão interior.
A incontinência pode ser urinária ou intestinal. A incontinência
urinária prende-se com o funcionamento da bexiga, seja devido
à bexiga, seja devido ao sistema nervoso central. Neste caso,
acontece sobretudo por senilidade.
A incontinência urinária é uma forma de enurese permanente. E
um marcar desesperado do território. A incontinência urinária
mostra a perda absoluta de referências. A pessoa urina para
chamar a atenção dos familiares. E consola-se com o seu
próprio cheiro. E um marcar desesperado do território. E a
pessoa a dizer “Eu também conto! Eu estou aqui. E marco o
meu território. Vejam!”
Esta pessoa voltou à tenra infância. As tensões que sente são a
da falta de discernimento e a da necessidade de marcação do
território.
Acontece muito com os idosos.
A incontinência intestinal prende-se com o esfíncter anal, no
recto inferior. E o esfíncter é uma fronteira. Aqui, os conflitos são
vividos de modo feminino. A pessoa solta, solta, solta. Nunca
mais pára de soltar e apenas solta. E não consegue fazer nada
para parar o corrimento. A pessoa está tremendamente yin,
tremendamente passiva.
A incontinência intestinal mostra uma revelação constante do
submundo da pessoa, do seu inconsciente, do seu lado
escondido, das emoções escondidas, da sua verdadeira
identidade.
Aqui, nesta parte do intestino, é a função do Pai que marca a
fronteira.
Se a atitude do Pai foi de demasiado laxismo, a pessoa não
conhece os seus limites e pode ter incontinência. Ou seja, se o
Pai teve uma atitude muito feminina, então a pessoa não teve
modelo de travão, de fronteira.
A pessoa com incontinência não consegue posicionar-se do
ponto de vista da identidade.
Numa mulher (ou num homem muito yin, muito feminino),
quando ela não sabe até onde pode ir, o funcionamento do seu
esfíncter deixa de ser eficaz. E uma reacção que nos vem do
nosso inconsciente colectivo. De facto, na pré-história, o homem
impunha os limites à mulher.
A incontinência intestinal dá-se nos idosos por senilidade, por
perda do controlo do seu lado masculino, do seu lado yang, mas
dá-se também nalguns homens homossexuais e nalgumas
mulheres, ambos com preferências pelo sexo anal de
submissão. Não é por praticarem o sexo anal, é por serem
demasiado submissos, demasiado yin, demasiado passivos. São
pessoas que desenvolvem muito o seu lado feminino em total
detrimento do seu lado masculino.
A incontinência também pode acontecer, pontualmente, devido a
um grande medo.
No medo, a pessoa sente que o outro a pode vir atacar. Por
isso, o sistema nervoso simpático prepara-se para a fuga. Aqui,
ao contrário da energia da raiva, que sobe para a cintura
escapular, a energia do medo desce aos membros inferiores. As
pernas preparam-se para correr. O facto de ter de correr muito
pode dar origem a que a pessoa tenha de vazar os sacos de
urina e de fezes que carrega para poder correr mais depressa. E
assim que, por vezes, com medo, a pessoa pode fazer
incontinência urinária ou intestinal.
Indigestão
Veja Estômago
Infecção
É um dos sintomas mais comuns que existem.
Na terminologia, reconhece-se a infecção pelo sufixo ite: colite,
flebite, conjuntivite, hepatite, encefalite, poliomielite...
A infecção é, afinal de contas, o resultado do contacto de
bactérias, vírus ou toxinas com o nosso corpo. E frequentemente
acompanhada de febres, inchaços e dores.
Dá-se uma inflamação, palavra que vem do latim, de jlama, que
quer dizer chama. Estamos a arder.
A infecção não depende tanto dos agentes infecciosos, que
sempre estão por aí, mas mais da disposição que o corpo tem
para os acolher ou não e para conviver com eles ou não.
Viver num mundo estéril, puro, não resolve o problema. Há que
perceber o que se passa na consciência da pessoa para se
sentir agredida por agentes que, afinal, só agridem alguns.
Porquê ela?
A pessoa que prefere ignorar os conflitos ao nível da
consciência ar-risca-se a ter de olhar para eles já materializados
no seu corpo. E o corpo não mente. O local onde se dá a
infecção dir-lhe-á onde está o conflito na sua consciência.
A teorização dos nossos conflitos jamais impedirá que eles se
cheguem a manifestar no nosso corpo sob a forma de sintomas,
uns mais graves e outros menos graves. É preciso verbalizá-los,
enfrentá-los.
Veja também Alergias
Infecção ocular
Veja Olhos — Conjuntivite e Olhos
—Glaucoma
Infecções cutâneas
Veja Pele
Infecções por fungos
Veja Fungos
Infecções urinárias
Veja Cistite
Infertilidade
O corpo não mente. Basicamente, uma mulher ou um homem
infértil encontram prazer inconsciente nisso. Não querem
conceber. Por variadíssimas razões, quase todas materiais e/ou
ligadas à relação entre os dois. E o corpo encarrega-se de
mostrar essa tensão escondida.
É comum encontrar-se um dos membros de um casal infértil que
se separa do parceiro e que passa a ser fértil no contacto com
outro parceiro. As razões materiais podem prender-se apenas
com o momento da procriação, julgado inapropriado por um dos
dois (ou mesmo pelos dois), por questões monetárias, ou por
qualquer outra razão. Há ainda as questões que se prendem
com um preconceito negativo sobre a relação sexual, sobre a
cópula, o que permite à pessoa conseguir procriar através da
fecundação in vitro, mas não pelo contacto. Ou seja, a pessoa
era apenas estéril quando procriava naturalmente.
A pessoa infértil raramente aceita que se lhe diga que é infértil
por decisão própria. A decisão é não consciente, mas partiu de
facto da sua própria consciência. Na mulher, pode prender-se
com o padrão de mulher do clã donde é originária. Há famílias
em que o padrão de pensamento da mulher passa de geração
para geração e em que é normal (dizem elas!) que algumas
mulheres de cada geração sejam inférteis. Não faz qualquer
sentido. É apenas um padrão mental.
Certas mulheres são inférteis, embora tenham o período
menstrual. Mas há mulheres que são inférteis e que nem sequer
têm o período menstrual. Neste caso, veja Menstruação.
Inflamação
Veja Infecção
Insanidade
Fuga da família, da realidade e isolamento. Separação violenta
da vida. E uma forma de isolamento.
Veja Isolamento
Insónia
A vida no sono é tão real como a vida em vigília. Durante o
sono, voltamos à fonte, ou seja, voltamos à nossa essência, ao
Eu, à nossa alma, ao nosso espírito, ao nosso ser interior.
Chame-lhe o que quiser. Mas, de facto, ao dormir, e ao sonhar,
liga-mo-nos à intuição. No sono, embora nem sempre o
aceitemos, passam-se filmes que são tão reais como a nossa
vida. Aí, a sinceridade expulsa a mentira. E, por isso, a pessoa é
posta perante a sua verdade, a genuinidade, a sua essência.
A vontade de não querer olhar para determinados conflitos que
temos na nossa vida é atraiçoada pela inquietação nocturna.
Surgem respostas, insights, que não colam com a nossa vida de
todos os dias. E o nosso ego acorda-nos, não nos deixa voltar a
adormecer, de medo de ter de enfrentar a verdade. O ego não
quer parar de pensar.
A maior parte das pessoas, durante o dia, estimula o ego, o seu
lado masculino, o seu hemisfério esquerdo cerebral, que é
cartesiano, lógico, usa o seu intelecto, está preocupada com o
que está bem, anula o que está mal, procura viver
conscientemente. De noite, aparece o reverso da medalha. A
pessoa tem acesso ao inconsciente, ao irracional, ao
sentimento, à intuição, à morte, reconhece o que apagou
durante o dia.
E entre as duas e as quatro da manhã que o corpo está a voltar
ao mais profundo do ser.
É precisamente entre as duas e as quatro da manhã, durante o
sono, que o efeito da serotonina segregada pela glândula pineal
pára e dá lugar à secreção da melatonina, que tem um efeito
positivo sobre o sistema imunitário, sobre a qualidade do sono e
sobre o ânimo, a boa disposição e o bom humor da pessoa. Este
momento da noite é muito importante, pois é um momento muito
yin, muito calmo, muito zen, de regeneração da pessoa. As
insónias acontecem muitas vezes por volta deste espaço de
tempo entre as duas da manhã e as quatro da manhã.
Algumas insónias são acompanhadas de dores de cabeça ou de
enxaquecas.
Veja Dores de cabeça e Enxaquecas
Veja também Sonhos
Insuficiência renal
Veja Rins
Intestino delgado (diarreias e cancro)
O intestino delgado pertence ao elemento fogo dos cinco
elementos orientais.
Constitui a quinta e penúltima etapa do tubo digestivo.
Divide-se em duodeno, jejuno e íleo.
O intestino delgado é auxiliado no seu trabalho digestivo pelas
secreções produzidas pelo fígado (bílis) e pelo pâncreas (suco
pancreático) que são injectadas para o duodeno. O intestino
grosso (cólon) absorve basicamente líquidos.
É no intestino delgado que se faz a digestão propriamente dita.
O intestino delgado divide os componentes e procede à
assimilação dos nutrientes. O intestino analisa, discerne, divide,
tal como, aliás, todo o sistema de eliminação (transpiração, rins,
intestinos). O intestino delgado, na sua função de assimilação,
representa a nutrição e, por isso, a relação com a Terra e,
portanto, com a Mãe biológica, que a representa. No intestino
delgado estão os problemas com pessoas do lar, da família, do
dinheiro do orçamento familiar ou do trabalho. As raízes.
As pessoas com cancro no intestino delgado são pessoas que
não gostam de olhar de frente para os constrangimentos que
têm. Têm medo de olhar. Como a pessoa tem medo, não olha. E
é por não olhar que a pessoa perde discernimento. E, então, não
consegue assimilar, porque quem não olha tem de assimilar tudo
sem distinção, o que é totalmente impossível. Sim, é impossível
assimilar tudo sem distinção. E, assim, estas pessoas soltam
sem sequer digerir, sem sequer olhar. “Não quero olhar para
isto.” E concluem: “Não posso assimilar tudo, por isso prefiro
não olhar.” É um círculo vicioso.
As pessoas com cancro são aquelas que não são capazes de
verbalizar estes medos e esta impotência para discernir. Por
isso são geralmente pessoas opinativas que têm sempre alguma
coisa para dizer. São pouco humildes, pessoas magras, secas,
algo amargas. Estão sempre em negação.
Aqui moram as patologias da assimilação e do discernimento
ligadas ao medo.
As diarreias (estou acagaçado) são resultado de angústias. De
medos.
Pode morrer-se de fome, se não se assimila. Na diarreia, a
pessoa perde muito líquido e pode até vir a desidratar, símbolo
de inflexibilidade. A pessoa tem muitos medos e precisa de
alguma flexibilidade na sua vida. Por isso tem de beber muita
água.
O corpo, ao criar a diarreia, está a dizer-nos: “Não te agarres às
consequências, não tenhas medo do que possa acontecer. Não
te agarres, não te apegues.” E o corpo não mente. O corpo
obriga a pessoa a soltar.
O aluno que precisa de assimilar tudo o que aprendeu e que não
o consegue fazer, com medo de discernir o que deve assimilar
do que não precisa de assimilar, não assimila. E tem uma
enorme diarreia.
As tensões na consciência relativas aos problemas de intestino
são menos conscientes do que as relativas aos problemas de
estômago. Muitas vezes manifestam-se por espasmos. Cólicas e
espasmos: “Ou solto ou controlo.” Há também as pessoas que
nunca têm opinião e/ou que carecem de opinião crítica, as
pessoas vulgarmente chamadas de moluscos, de invertebrados,
sem carácter, que podem ter problemas de intestino delgado.
Mas, neste caso, a razão encontra-se mais no pâncreas na sua
função digestiva e não tanto no intestino delgado.
Todas as tensões que a pessoa sente no intestino delgado
prendem-se com as suas raízes e, particularmente, o lar, o
cônjuge, o trabalho e o modelo de mulher (a Mãe biológica).
Intestino delgado – doença de Crohn
Esta inflamação crónica afecta sobretudo o intestino, mas pode
afectar qualquer parte do tubo digestivo.
É uma inflamação do íleo, que é a parte final do intestino
delgado. Mas também se pode dar no cólon. Os sintomas mais
comuns são a dor abdominal, a diarreia, a perda de peso, a
febre, espasmos dolorosos, perdas de sangue e fístulas anais.
Podem ainda surgir problemas de pele e de articulações.
Apesar de os sintomas serem semelhantes aos da colite
ulcerosa, a doença de Crohn afecta todas as camadas da
parede intestinal, enquanto a colite ulcerosa afecta apenas a
camada mais interna.
Em vários países da Europa utilizam-se expressões que
exprimem a tensão na consciência que corresponde à doença
de Crohn: “Fulano que se rebola nas fezes de outro”, “fulano que
lambe cus”. Mostram o padrão de pensamento da pessoa que
pretende absolutamente ganhar os favores de outrem. E a
pessoa que sacrifica a sua própria vida, entregando-se ao outro.
E o hipócrita, ou o engraxador, o adulador.
O indivíduo com a doença de Crohn perde sangue e
mucosidades, entre outros sintomas. Ora o sangue e as
mucosidades são substâncias básicas da vida. São substâncias
vitais. O corpo mostra que a pessoa renuncia à sua identidade,
à sua vida, por medo de estar só. Precisa do outro, precisa de
estar acompanhada, nem que seja entregando a sua identidade.
Pode dar-se por uma questão relativa ao cônjuge (ou a alguém
do lar) ou também a um empregador.
A pessoa oferece ao outro a sua vida. E sangra e transpira pelo
ânus.
A pessoa pode ter problemas de pele e de articulações. Ora os
problemas de pele mostram o medo que a pessoa sente da
separação, o que mais uma vez demonstra que a pessoa não
consegue estar só, de facto. E os problemas de articulações
prendem-se com inflexibilidade no modo de pensar e
desvalorização. Ora isto também vem corroborar a ideia de que
a pessoa se anula, oferece a sua vida ao outro, desvaloriza-se
totalmente. E fá-lo mercê de uma grande inflexibilidade quanto
aos padrões de pensamento que adopta, que não funcionam
para ela, mas que ela persiste inflexivelmente em manter, seja
porque é uma pessoa muito agarrada a crenças do passado ou
da família, ou porque alguém do lar ou do clã não a autoriza a
mudar de modo de pensar. A pessoa com doença de Crohn
enferma de uma enorme falta de discernimento e de sensatez.
Intestino delgado – duodeno
A palavra duodeno quer dizer “doze dedos de longitude”, o que
não se torna esclarecedor quanto à função do duodeno, mas sim
quanto ao tamanho.
O duodeno faz parte do tubo digestivo. É a primeira parte do
intestino delgado.
O duodeno está fixado de um modo muito forte. Aqui chegam os
canais que vêm do pâncreas e do fígado. E aqui que começa a
triagem. A vigilância. O duodeno está colado à coluna dorso
lombar. E neste sítio que existe o ponto de inflexáo da coluna. O
duodeno representa pois um ritmo.
“Estarei no bom ritmo? Se tudo vai depressa de mais, não sei se
assimilo bem.” Já vimos que os problemas de intestino delgado
se prendem com medo, assimilação e discernimento. Aqui,
junta-se-lhes uma questão de ritmo.
A úlcera gastroduodenal tem que ver com a relação da pessoa
com os outros. E estes outros são pessoas próximas. Pessoas
do lar, o cônjuge, o trabalho e o modelo de mulher (a Mãe
biológica).
A pessoa não consegue assimilar. O mundo exterior é
demasiado grande e compacto para que a pessoa o possa
assimilar. A pessoa não encontra a sua identidade no seu
pequeno mundo.
A imagem a utilizar para a pessoa com problemas de duodeno é
a da mangueira na boca. “Não consigo lidar com tantas
emoções.” A pessoa está sempre a dar voltas às coisas para ver
se consegue digerir o que se passa. É importante olhar para o
seu envolvimento tanto íntimo como profissional. Mas sobretudo
para o íntimo, para o lar.
Um bebé que nasce com estenose hipertrófica do piloro, piloro
fechado (o piloro é a válvula que regula a passagem do alimento
semidigerido do estômago para o duodeno), é um bebé que
nasce sem o ritmo adequado à família para onde vem morar. A
criança não consegue adaptar-se e recusa assimilar o amor, a
nutrição da vida. É uma criança que sentiu falta de amor
aquando do seu estágio em gravidez. É uma pessoa propensa a
ter problemas de fígado, pois no fígado moram as tensões
ligadas com a sensação de falta de alimento, de falta de amor.
Intestino grosso
Constitui a sexta e última parte do tubo digestivo. Pertence ao
elemento metal dos cinco elementos orientais. Divide-se em
cólon ascendente, cólon transversal, cólon descendente,
sigmóide, recto superior, recto inferior e ânus.
O intestino grosso é o nível do submundo, do inconsciente, onde
se dá a fermentação e a morte dos alimentos para serem
enterrados a seguir (evacuados). Problemas do intestino grosso
mostram o corpo a revelar o submundo da pessoa. São
resultado do corpo a mostrar a sua verdadeira identidade.
Ao defecar, a pessoa está a marcar a sua identidade, não o seu
território. (Ao urinar está a marcar o território.)
Os sintomas do intestino grosso estão quase todos nesta
rubrica.
A Aerofagia está contemplada à parte. A Ténia, os Vermes e as
Lombrigas também estão contemplados à parte.
Intestino grosso - ânus
O ânus é o ponto de eliminação. É o fim do terreno de despejo.
Os problemas no ânus prendem- -se sempre com questões
relacionais com pessoas próximas. Os sintomas que se dão no
ânus prendem-se com tensões femininas, ou seja, com
comportamentos femininos, passivos, com medos ou com
mulheres.
Um abcesso no ânus mostra raiva relativa a algo que a pessoa
não deseja soltar, deixar ir. O abcesso mostra-nos que uma
inflamação ou uma infecção da nossa vida precisa de ser
rebentada para que o pus podre possa sair. Mostra-nos que uma
situação de paz podre deveria ser enfrentada, mas que a pessoa
está demasiado passiva para o fazer.
Dor no ânus mostra culpa, desejo consciente ou inconsciente de
ser castigado. “Eu mereço isto, não fui suficientemente bom.”
Uma fístula no ânus mostra libertação incompleta do lixo.
Agarro-me ao refugo, ao lixo do passado.
O prurido anal (comichão no ânus) mostra remorso, culpa em
relação ao passado.
As hemorróidas consistem no sangramento do ânus acrescido
de dor aquando da defecação. A evacuação das fezes é
dolorosa. De facto, a pessoa tem medo de deixar sair. Nas
hemorróidas, dá-se a dilatação das veias no sítio mesmo da
evacuação. Aparecem varizes no ânus por excessiva
contracção, o que mostra insegurança para soltar. A variz é uma
dilatação venosa. As varizes são o resultado de uma
acumulação de sangue nas veias, sangue esse que deveria ter
voltado devidamente ao coração e não o fez.
A pessoa tem dificuldade em soltar. As hemorróidas mostram
medo do futuro, por falta de autoestima e também perda de
alegria. A pessoa tem tanto medo do que possa vir a acontecer
que, para soltar, tem de o fazer com dor e vertendo alegria,
sangue.
As pessoas com hemorróidas são pessoas normalmente
sobrecarregadas, com grande tensão quanto a prazos finais no
que diz respeito a projectos materiais. Pensam muito em
consequências. A tensão pode prender-se com a relação
material que têm com o cônjuge. Ou mesmo com a possibilidade
da morte de um ciclo (a relação com o cônjuge termina) ou a
morte de alguém.
Intestino grosso - cólicas
As tensões na consciência relativas aos problemas de intestino
são menos conscientes do que as relativas aos problemas de
estômago. Muitas vezes manifestam-se por espasmos. Cólicas e
espasmos: Ou solto ou controlo.
Estas tensões que a pessoa sente no intestino prendem-se com
as suas raízes e, particularmente, com o lar, o cônjuge, o
trabalho e o modelo de mulher (a Mãe biológica).
Intestino grosso — colite ulcerosa
A colite ulcerosa dá-se aquando de uma inflamação do intestino
grosso, que pode ser aguda ou tornar-se crónica. Em vários
países da Europa utilizam-se expressões que exprimem a
tensão na consciência que corresponde à colite ulcerosa:
“Fulano que se rebola nas fezes de outro”, “fulano que lambe
cus”. Mostram o padrão de pensamento da pessoa que pretende
absolutamente ganhar os favores de outrem. É a pessoa que
sacrifica a sua própria vida, entregando-se ao outro É o
hipócrita, ou o engraxador, o adulador.
O indivíduo com colite ulcerosa tem dores, diarreia e perde
sangue e mucosidades. Ora o sangue e as mucosidades são
substâncias básicas da vida. São substâncias vitais. O corpo
mostra que a pessoa renuncia à sua identidade, à sua vida, por
medo de estar só. Precisa do outro, precisa de estar
acompanhada, nem que seja entregando a sua identidade. Pode
dar- -se por uma questão relativa ao cônjuge (ou a alguém do
lar) ou também a um empregador.
A pessoa oferece ao outro a sua vida. E sangra e transpira pelo
ânus.
Intestino grosso - cólon
No intestino grosso, a digestão já terminou. Estamos no caixote
do lixo. E o cólon que permite que o organismo não se obstrua
nem se intoxique com aquilo de que não precisa. Por isso
contribui para a respiração do corpo (complementar do pulmão).
Aqui, o corpo extrai e recupera a água dos alimentos que não
digeriu e que vai deitar fora. É onde se começa a juntar o lixo,
ainda que ainda haja um pouco de assimilação.
A dúvida entre o que devo guardar e o que devo eliminar
também existe aqui, sobretudo no cólon ascendente, tal como
no intestino delgado.
Na natureza, o defecar é considerado uma dádiva de
excremento, um fertilizante para a terra. Várias são as
associações dos excrementos ao dinheiro. Por exemplo,
popularmente, em muitos países da Europa diz-se que pisar
excremento dá sorte e dinheiro.
Se o intestino delgado está ligado ao processo de discernimento
para poder assimilar bem, o intestino grosso está, ele, ligado ao
submundo, ao inconsciente, ao reino dos mortos. É, de facto, no
intestino grosso que a putrefacção se dá. Simboliza o lado
nocturno do corpo.
A obstipação (prisão de ventre) é resultante de não querer dar,
de não querer oferecer. A pessoa agarra-se ao que tem. E
próprio das pessoas agarradas ao dinheiro. É um desejo de
apego ao material. São pessoas que olham demasiado para o
seu umbigo.
O cancro do cólon está, como todos os cancros, ligado a uma
enorme tensão que a pessoa viveu e guardou para si, bem
fechadinha. Esta tensão prende-se com uma contrariedade
familiar, a problemas no lar, a uma sensação que a pessoa tem
de que o que lhe fizeram é nojento, infame.
O cancro do cólon é mais comum no cólon ascendente, no
sigmóide, no recto superior e no recto inferior.
As tensões do cólon são quase sempre tensões femininas,
excepto no cólon ascendente, em que são claramente
masculinas e no recto inferior em que se prendem com a relação
entre o masculino e o feminino.
Intestino grosso - cólon ascendente
Aqui dá-se a fermentação. A pessoa que tem problemas neste
local esforça- -se para descobrir se deve guardar ou largar. A
fermentação dá-se por causa do açúcar. Quando a pessoa
duvida do seu discernimento sobre soltar ou largar pode ter
flatulência e dores. A pessoa com problemas no cólon
ascendente pode ter problemas na sua relação com o Pai ou
com o modelo de homem. Pode ser um sócio, um chefe, um
namorado, enfim, um modelo de comportamento masculino.
O ânus e as outras partes do cólon mostram tensões femininas,
ao passo que o cólon ascendente mostra tensões mais
masculinas.
O cancro do cólon está, como todos os cancros, ligado a uma
enorme tensão que a pessoa viveu e guardou para si, bem
fechadinha. Esta tensão prende-se com uma contrariedade
familiar, a problemas no lar, a uma sensação que a pessoa tem
de que o que lhe fizeram é nojento, infame.
As tensões do cancro do cólon ascendente são claramente
masculinas, yang, já vimos, relativas ao Pai, ao homem, ao
comportamento masculino.
Procure-se quem foi o homem que fez uma coisa que a pessoa
sentiu como uma infâmia, ou como nojenta, ou mesmo como
trafulhice.
Intestino grosso - cólon descendente
Aqui podemos olhar para a relação com a Mãe e já não com o
Pai. Ou seja, o modelo feminino, o comportamento feminino,
mais yin.
Aqui estão as heranças e as coisas que se deve soltar. Os
apegos aos temas ligados às raízes. Dinheiro, objectos de
família, casa.
O cancro do cólon está, como todos os cancros, ligado a uma
enorme tensão que a pessoa viveu e guardou para si, bem
fechadinha. Esta tensão prende-se com uma contrariedade
familiar, a problemas no lar, a uma sensação que a pessoa tem
de que o que lhe fizeram é nojento, infame.
É no sigmóide e no recto que é mais frequente haver cancros do
cólon descendente.
A pessoa está passiva perante o que lhe fizeram. Está
demasiado yin.
Intestino grosso - cólon descendente - sigmóide
O sigmóide é o local do cólon descendente (antes do recto)
onde se acumulam as fezes antes de serem eliminadas. Situa-se
no fim do cólon esquerdo ou descendente. Seguem-se lhe o
recto e o ânus.
E curto nos carnívoros (predadores) e comprido nos herbívoros
(quase todos presas).
Os humanos com sigmóide curto são mais carnívoros. Os
humanos com sigmóide longo são mais vegetarianos.
Um humano carnívoro, ou seja, com um sigmóide curto, não
deve fazer vegetarianismo.
O cancro do cólon está, como todos os cancros, ligado a uma
enorme tensão que a pessoa viveu e guardou para si, bem
fechadinha. Esta tensão prende-se com uma contrariedade
familiar, a problemas no lar, a uma sensação que a pessoa tem
de que o que lhe fizeram é nojento, infame.
Qualquer inflamação do sigmóide prende-se com a Mãe. É no
sigmóide e no recto que é mais frequente haver cancros do
cólon descendente.
A pessoa está passiva perante o que lhe fizeram. Está
demasiado yin.
Intestino grosso — cólon transversal
Uma ponte entre o ascendente e o descendente.
Intestino grosso — disenteria amebiana
Tensão na consciência equivalente à da colite ulcerosa.
Veja Intestino grosso — colite ulcerosa
Intestino grosso — disenteria bacilar
Tensão na consciência equivalente à da colite ulcerosa.
Veja Intestino grosso — colite ulcerosa
Intestino grosso - doença de Crohn
Esta inflamação crónica afecta sobretudo o intestino, mas pode
afectar qualquer parte do tubo digestivo.
Inflamação do cólon, mas que também pode ser do íleo, que é a
parte final do intestino delgado. Os sintomas mais comuns são a
dor abdominal, a diarreia, a perda de peso, a febre, espasmos
dolorosos, perdas de sangue e fístulas anais. Podem ainda
surgir problemas de pele e de articulações.
Apesar de os sintomas serem semelhantes aos da colite
ulcerosa, a doença de Crohn afecta todas as camadas da
parede intestinal, enquanto a colite ulcerosa afecta apenas a
camada mais interna.
Em vários países da Europa utilizam-se expressões que
exprimem a tensão na consciência que corresponde à doença
de Crohn: “Fulano que se rebola nas fezes de outro”, “fulano que
lambe cus”. Mostram o padrão de pensamento da pessoa que
pretende absolutamente ganhar os favores de outrem. É a
pessoa que sacrifica a sua própria vida, entregando-se ao outro.
E o hipócrita, ou o engraxador, o adulador.
O indivíduo com a doença de Crohn perde sangue e
mucosidades, entre outros sintomas. Ora o sangue e as
mucosidades são substâncias básicas da vida. São substâncias
vitais. O corpo mostra que a pessoa renuncia à sua identidade,
à sua vida, por medo de estar só. Precisa do outro, precisa de
estar acompanhada, nem que seja entregando a sua identidade.
Pode dar-se por uma questão relativa ao cônjuge (ou a alguém
do lar) ou também a um empregador.
A pessoa oferece ao outro a sua vida. E sangra e transpira pelo
ânus.
A pessoa pode ter problemas de pele e de articulações. Ora os
problemas de pele mostram o medo que a pessoa sente da
separação, o que mais uma vez demonstra que a pessoa não
consegue estar só, de facto. E os problemas de articulações
prendem-se com inflexibilidade no modo de pensar e
desvalorização. Ora isto também vem corroborar a ideia de que
a pessoa se anula, oferece a sua vida ao outro, desvaloriza-se
totalmente. E fá-lo mercê de uma grande inflexibilidade quanto
aos padrões de pensamento que adopta, que não funcionam
para ela, mas que ela persiste inflexivelmente em manter, seja
porque é uma pessoa muito agarrada a crenças do passado ou
da família, ou porque alguém do lar ou do clã não a autoriza a
mudar de modo de per.sar.
A pessoa com doença de Crohn enferma de uma enorme falta
de discernimento e de sensatez.
Intestino grosso - recto inferior (incontinência)
Esta parte do recto é vivida pela consciência de um modo
diferente da do recto superior. Tem que ver com o domínio do
esfíncter. E o esfíncter é uma fronteira. Aqui os conflitos são
vividos de modo feminino, mas devido a uma característica
específica.
É importante perceber que a tensão éjyin, feminina, mas por
ausência de marcação das fronteiras pelo Pai. Ou seja, se a
atitude do Pai foi de demasiado laxismo, a pessoa não conhece
os seus limites, torna-se demasiado passiva, tem um
comportamento demasiado feminino e pode ter incontinência.
Se a pessoa sentir uma tensão enorme e não a verbalizar,
poderá ter cancro.
Aqui os conflitos são vividos de modo feminino. A pessoa solta,
solta, solta. Nunca mais pára de soltar e apenas solta. E não
consegue fazer nada para parar o corrimento. A pessoa está
tremendamente yin, tremendamente passiva.
A incontinência intestinal mostra uma revelação exagerada e
constante do submundo da pessoa, do seu inconsciente, do seu
lado escondido, das emoções escondidas, da sua verdadeira
identidade. A pessoa com incontinência não consegue
posicionar- -se do ponto de vista da identidade.
Numa mulher (ou num homem muito yin, muito feminino),
quando ela não sabe até onde pode ir, o funcionamento do seu
esfíncter deixa de ser eficaz. É uma reacção que nos vem do
nosso inconsciente colectivo. De facto, na pré-história, o homem
impunha os limites à mulher.
A incontinência dá-se nos idosos por senilidade, por perda do
controlo do seu lado masculino, do seu lado yang, mas dá-se
também nalguns homens homossexuais e nalgumas mulheres,
ambos com preferências pelo sexo anal de submissão. Não é
por praticarem o sexo anal, mas por serem demasiado
submissos, demasiado yin, demasiado passivos. São pessoas
que desenvolvem muito o seu lado feminino em total detrimento
do seu lado masculino. A incontinência também pode acontecer,
pontualmente, devido a um grande medo.
Com efeito, no medo, a pessoa sente que o outro a pode vir
atacar. Por isso, o sistema nervoso simpático prepara-se para a
fuga. Aqui, ao contrário da energia da raiva, que sobe para a
cintura escapular, a energia do medo desce aos membros
inferiores. As pernas preparam-se para correr. O facto de ter de
correr muito pode fazer a pessoa ter de vazar os sacos de urina
e de fezes que carrega para poder correr mais depressa. E
assim que, por vezes, com medo, a pessoa pode fazer
incontinência urinária ou intestinal.
■
■
Intestino grosso — recto superior
Situa-se logo a seguir ao sigmóide. Prende-se com decisão.
“Evacuo ou não evacuo? Solto ou não solto?” E aqui estamos a
falar de decisões terminais. Estamos no fim do intestino.
Problemas de prazos e/ou problemas de possíveis
consequências graves.
Problemas na junção entre o sigmóide e o recto superior
mostram que a pessoa percebeu que ia ter de soltar alguma
coisa, que tinha mesmo de largar e que deveria tomar uma
decisão. Só que a pessoa hesita em decidir porque não está
segura de que soltará o que devia. E aí dá-se o cancro do recto,
quando esta tensão é sentida de um modo muito forte pela
pessoa e não a partilha, não a verbaliza. O cancro mostra por
isso que a pessoa vive uma grande tensão de indecisão e de
apego. A tensão aqui é a da falta de força para decidir.
Intolerância ao leite
Veja Leite — intolerância
Intoxicação alimentar
A intoxicação alimentar é uma questão acidental e pontual,
normalmente, mas não acontece por acaso. Ela mostra um
grande desequilíbrio ao nível da nutrição da pessoa e, por
conseguinte, ao nível das suas raízes, da sua posição no mundo
e ao nível de com quem se dá e porquê.
Quando a intoxicação acontece a um grupo de pessoas, isso é
porque elas têm uma tensão na consciência que é similar,
embora possa ser por diferentes razões.
Aliás, há quase sempre alguém do grupo que escapa. Porquê?
Porque não tem a mesma tensão na cabeça, não sente o
mesmo que os outros. E safa-se.
A intoxicação, de facto, não constitui um acaso, mas mais uma
concriação com alguém. É importante perguntar-se: “Quem
procurou enve-nenar-me? Quem comprou estes pastéis que
deram origem a isto? Quem escolheu este restaurante? Como
me sentia eu antes de ir jantar ali com eles? Fui contrariado?
Por que estava eu ali, naquele sítio, naquele dia, àquela hora,
com aquelas pessoas?”
É comum a pessoa com intoxicação alimentar ter uma
gastroenterite, o que pode mostrar uma tensão ligada à
sensação de ter perdido tudo de uma vez. Este tudo é
subjectivo. O tudo pode ser produto de um exagero, mas é
assim que a pessoa sente o que lhe aconteceu. Afinal, pode ter
perdido uma relação, dinheiro, um ente querido e considerar que
já não é muito importante viver assim, porque sente que perdeu
tudo. É uma sensação de desmoronamento pontual. A pessoa
com gastroenterite tem problemas no estômago e no intestino.
Os alimentos saem compulsivamente pela boca, vomitando, e
pelo ânus, pela diarreia. O corpo mostra à pessoa que perdeu
tudo. E esvazia-a por ambos os orifícios.
O estômago prende-se com a digestão das emoções,
nomeadamente no que toca às raízes (lar, cônjuge, dinheiro,
trabalho, lugar onde vive e Mãe biológica).
O intestino delgado prende-se com falta de discernimento. A
pessoa evacua sem sequer separar o que é bom do que é mau.
Aqui também, como no estômago, as tensões prendem-se com
raízes.
Isolamento
Quando se fala de isolamento, tem de se falar de grupo,
absolutamente, de família, de clã. Todos somos originários de
uma família e de um clã. É difícil desenraizar os valores desse
clã. Normalmente agimos totalmente de acordo com a família
e/ou o clã ou totalmente em oposição deles, mas quase sempre
em função deles.
O grupo chama sempre a si a pessoa que dele se afastou. E é
muito poderoso.
Pode mudar-se de grupo, de clã. A cada vez que estou entre
dois clãs, dois grupos, a vida entra em crise. Estou perdido,
gostaria de encontrar um grupo/clã. Mas não precisa de ser
sempre o mesmo grupo ou o mesmo clã, o mesmo rebanho. Mas
o ser humano é de facro gregário e náo gosta de viver isolado.
Quando a pessoa se sente perdida do grupo, deve agradecer
esta perda do grupo, esta perda de referências e centrar-se, ou
seja, deixar-se ganhar pela intuição, parar com o reboliço diário
que nada resolve. Pôr-se à escuta do sonar que a dirigirá para
um clã, para um rebanho. Para um grupo com quem possa
relacionar-se.
A independência não se vive no isolamento. Independência quer
dizer poder escolher o seu rebanho, o seu clã.
A segurança de reencontrar um grupo revigora a pessoa. O
indivíduo conta para a espécie e é por isso que a espécie tem
um programa para o indivíduo.
A solidão não deve ser confundida com o isolamento. A pessoa
em solidão está sozinha por decisão própria e consegue sair da
solidão para ir para o grupo sempre que lhe apetece. Ela não
está isolada. A pessoa isolada, quando está sozinha gostaria de
estar acompanhada e fica à espera que alguém lhe ligue, mas
nunca pega no telefone para ir para o outro. E, quando está
acompanhada, anseia por estar só porque se sente mal com o
grupo. No isolamento, aquilo de que a pessoa padece é, de
facto, de uma obstrução dos canais de comunicação.
Um dos modos de viver o isolamento é o da obstrução total da
comunicação com todos, o modo mais rápido sendo o da
descida ao pó através do suicídio. É o encurtar do caminho. É a
chegada ao destino imediata. É o isolamento radical. Existe o
modo rápido do suicídio que acabámos de ver, mas há também
muitos modos lentos e muito dolorosos, seja física, seja
emocionalmente, como Alzbeimer, Esclerose múltipla, Perda de
memória, Esgotamento nervoso, Insanidade, Paralisia cerebral,
Demência, Parkinson, Senilidade, Coma.
Qualquer destas vias e destes modos tem solução através da
tomada de consciência. Ela é suficiente para restaurar o
equilíbrio e desbloquear, mas é preciso aceitar chorar as
lágrimas e tomar-se consciência do que se sentiu e do que
provocou este bloqueio.
Se costuma trabalhar com chakras, diz-se que a pessoa em
isolamento tem um problema com o chakra da coroa. Tem um
problema com o sentido de humildade.
As pessoas que têm os sintomas acima citados, que aliás estão
explicados cada um por si neste livro, são pessoas muito
mentais, muito cartesianas, muito yang, controladoras, querendo
ter razão e querendo domar as pessoas próximas ou, se não
domá-las, pelo menos domar-lhes as ideias. As pessoas em
isolamento têm um problema com o sentido de autoridade.
Veja Autoridade.
Joanetes
Os joanetes são o resultado de uma inflamação e de um
espessamento da bolsa da articulação na base do dedo grande
do pé, causando uma projecção da articulação para fora e a
rotação do dedo para dentro.
Pode ocorrer também uma dilatação óssea. É um sintoma muito
mais frequente nas mulheres.
A parte do dedo onde incide o joanete é a do meridiano do baço.
O baço é um regulador do sangue. E os sintomas no baço são
fruto de comportamentos muito yin, muito femininos, demasiado
passivos. Problemas de baço mostram que a pessoa dá pouco
espaço para o divertimento e o prazer. O dever e o profissional
(mesmo que o profissional seja ser dona de casa) são o
importante. A vida carece de alegria. A pessoa faz uma
manutenção e um cultivo do passado excessivos, apenas por
medo a não saber lidar com o presente. A pessoa é demasiado
reguladora, normativa, rígida, radical, obsessiva com o dever.
É implacável. O joanete pode tornar-se muito doloroso e mostra
impotência e passividade, desvalorização, vontade de bater em
alguém sem o conseguir ou sem se autorizar a fazê-lo.
Joelho
O joelho é uma articulação. As articulações conferem mobilidade
à pessoa.
Os ossos de uma articulação são mantidos em posição
adequada por ligamentos e tendões que permitem apenas os
movimentos normais. Os músculos são também determinantes
na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta
encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu
(mucosa da cápsula da articulação) produz permanentemente
uma pequena quantidade de líquido, designado como líquido
sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem.
Numa articulação como o joelho, os topos dos ossos que a
compõem estão cobertos por uma “capa” de material elástico
esbranquiçado, a cartilagem (menisco), que permite o
deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada que
absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na
carga.
A artrose resulta da destruição progressiva dos tecidos que
compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo
à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos
movimentos. No estabelecimento da artrose, começa por ocorrer
uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e
elasticidade, o que diminui a sua eficácia.
Na ausência de parte ou da totalidade da “almofada” da
cartilagem, os ossos roçam directamente entre si, causando
sensação de atrito, inflamação, dor e limitação de movimentos.
Em fase evolutiva bastante avançada, fragmentos da cartilagem
ou do osso subjacente podem soltar-se para o interior da
articulação e limitar ou mesmo bloquear os seus movimentos.
As ancas, os joelhos, os ombros, os pés e os dedos das mãos
são os mais frequentemente atingidos pela artrose.
A cartilagem articular situa-se no meio das articulações, onde os
ossos se confrontam, já vimos. No joelho, por exemplo, é onde o
fémur dialoga com a tíbia e designa-se por menisco.
Problemas nas articulações mostram grande desvalorização na
identidade do gesto (ocorre muito na prática de desportos — a
pessoa não gostou da performance do seu gesto).
Os joelhos têm um papel essencial de flexibilidade na vida da
pessoa. Mostram a sua flexibilidade interior. As palavras-chave
aqui, como em todas as articulações, são inflexibilidade e
desvalorização.
Rigidez, inflamações, torções, distensões, luxações ou roturas
de ligamentos nas articulações indiciam falta de flexibilidade
quanto ao padrão mental da pessoa, inflexibilidade essa que
acaba por violentar claramente a própria pessoa. Esta pessoa é
inflexível com ideias que não funcionam para ela, mas que ela
persiste em manter. Ao não respeitar-se a pessoa está de facto
a desvalorizar-se. E como se não estivesse contente com a sua
performance e se forçasse a produzir mais, desrespeitando-se
totalmente, castigando o seu próprio corpo. E, claro, a
inflamação de uma articulação impede o movimento. Obriga a
parar.
As lesões das articulações podem ser nos ligamentos, nos
tendões ou no osso.
O joelho é um local propício a problemas de ligamentos.
No futebol e noutros desportos que desgastam muito as
articulações, os joelhos estão muitas vezes em questão nas
lesões dos praticantes destas modalidades. Mas as lesões num
joelho não precisam de ocorrer sempre durante um esforço
físico. Podem dar- -se ao atravessar uma rua. De facto, o que
conta é a tensão na consciência e qualquer movimento pode
catalisar o sintoma. Pode tratar-se de um conflito com o Pai,
com a Mãe, com um professor, com a espiritualidade, com a
autoridade. E muito frequente nos adolescentes.
Além da flexibilidade, no joelho vê-se também a humildade, a
aceitação da autoridade do Pai e da Mãe. Quando se faz uma
vénia, põe-se um joelho no chão em sinal de humildade. Quem
reza costuma pôr um ou dois joelhos no chão, em sinal de
humildade e respeito.
Muitas práticas orientais, como ioga, judo, aikido e muitas outras
começam com os praticantes de joelhos no chão em sinal de
humildade.
O joelho direito é yang (masculino) e o esquerdo é yin
(feminino). Para canhotos e dextros. Não podemos esquecer-
nos de que estamos no aparelho locomotor e que neste aparelho
a polaridade não é sempre óbvia.
Problemas no joelho yang mostram desvalorização e
inflexibilidade [devidas à influência de um terceiro (um homem?)
ou a crenças obsessivas da pessoa] e mostram falta de firmeza
por a pessoa ser demasiado dependente do Pai ou de um
homem e, ao mesmo tempo, falta de humildade para com um
homem. A pessoa não se sente confiante, mas prefere ignorar
esse sentimento. E esforça o corpo. A pessoa pode estar a viver
uma guerra com o seu Pai ou com algum homem.
Problemas no joelho yin mostram inflexibilidade e
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças obsessivas da pessoa] e mostram falta
de firmeza por a pessoa ser demasiado dependente da Mãe ou
de uma mulher e, ao mesmo tempo, falta de humildade para
com uma mulher. A pessoa viola a sua sensibilidade e não
percebe que não sente confiança em si própria no que diz
respeito a uma questão ligada à casa, ao lar, à Mãe ou mesmo
ao dinheiro do orçamento familiar. E vai-se abaixo.
O padrão mental da pessoa que a torna inflexível ou pouco
humilde pode prender-se com o facto de a pessoa se deixar
influenciar por alguém que lhe afecta os alicerces, fazendo-a
viver uma vida pouco adaptada a si.
Procure-se um homem ou uma mulher ligados às raízes da
pessoa (trabalho, lar, família, local onde vivo).
O montanhista é um idealista que se eleva da Mãe ao Pai, da
Terra ao Céu. Quando sente desvalorização, o sintoma é no
joelho.
Lábios
A boca mostra a boa disposição para o acolhimento.
Existe um grande paralelismo entre os lábios da boca e os da
vagina. Os lábios têm uma função sexual e uma representação
sexual também. E nos lábios das mulheres que se consegue
detectar a sua feminilidade, a quantidade de estrogénios, o
fulgor sexual. A função principal dos lábios, do ponto de vista
relacional, é a do beijo. As tensões nos lábios prendem-se então
com o desejo ligado à relação.
Veja Aftas e Herpes
Laringe (laringite, afonia, rouquidão)
A laringe pertence ao aparelho respiratório. A etapa anterior
deste aparelho, a faringe, bifurca-se em laringe, que leva o ar
em direcção aos brônquios, através da traqueia (função
respiratória) e em esófago, que leva os alimentos ao estômago
(função digestiva). A laringe é pois o primeiro órgão do aparelho
respiratório que não é comum com o aparelho digestivo. E na
laringe que se produz o som das cordas vocais. A laringe está
ligada ao cérebro feminino, yin. A laringite é um conflito
feminino. O aparelho respiratório prende-se com contacto e
relacionamento.
Através da laringite, o corpo mostra que a pessoa tem um medo
enorme. E que é na laringe que estão as cordas vocais, para
que os sons agudos dos gritos subam bem alto. O papel da
fêmea, na natureza, é de prevenir as crias e chamar protecção,
gritando. O homem, de um modo geral, não cria laringites, parte
directamente para a agressividade. O homem materializa este
conflito nos brônquios e fica com a voz mais grossa.
O bebé chora nos agudos. Isso comove sobretudo os homens, a
menos que tenham o cérebro masculino bloqueado.
No caso da afonia, aí o medo é tão grande tão grande que o
melhor é ficar caladinho para não chamar a atenção do
predador.
A rouquidão é um fenómeno muito mais leve do que a afonia.
Aqui, trata-se de um arrependimento quanto ao que se disse, ou
de arrependimento quanto ao que se deveria ter conseguido
dizer e não se disse.
A pessoa que fica rouca depois de uma noite de festa, de copos
e de cantoria não deve considerar este fenómeno como
sintomático. O corpo precisa de encontrar a harmonia após um
excesso da noite anterior. Nada de alarmante. Mas se a pessoa
está continuamente a sair à noite e a voltar rouca no dia
seguinte, aí a rouquidão já deve ser considerada como sintoma.
Está, nestes casos, aliás, associada à dependência de precisar
de sair e gritar para se sentir equilibrado.
Lateralizarão do corpo
A polaridade do corpoyin-yang em função de cada lado do corpo
está explicada em detalhe na Introdução (capítulo Polaridade) e
em cada um dos Aparelhos, na letra A.
Leite — intolerância
A intolerância ao leite materno deve ser entendida do mesmo
modo que a intolerância ao leite de vaca. A intolerância ao leite
de vaca é, no entanto, muito mais frequente.
É natural e desejável que toda a criança seja amamentada pelo
leite da Mãe. É através da amamentação pela mama da Mãe
que a criança vive com maior harmonia a passagem do mundo
da unidade, de onde veio, para o mundo da dualidade, da
encarnação terrestre. A criança esteve nove meses na barriga
da Mãe, ao abrigo, a ser totalmente nutrida, protegida,
acarinhada, amada, num ambiente totalmente escuro e sem
intervenções exteriores. Ela fez literalmente parte da Mãe. O
parto é um momento violento de descida ao mundo dual. E um
momento de adaptação difícil para a criança. Desligar a criança
do contacto físico da amamentação regular com a Mãe consiste
num processo violento para a criança. Quando isto acontece,
então a passagem entre os dois mundos faz-se sem fase de
transição, sem habituação progressiva. Além de que o leite
materno constitui um maravilhoso imunizante para a criança. E,
neste caso, a criança fica privada dele.
A criança que se torna intolerante ao leite é uma criança que, de
cada vez que está perante o leite, se recorda que a Mãe se
afastou dela aquando daquele que deveria ter sido um processo
de amamentação harmonioso. Nesse momento, cria problemas
de pele. Ora os problemas de pele mostram sempre que houve
separação. E foi disso mesmo que se tratou. A criança sentiu a
separação da Mãe. E a intolerância ao leite não é mais do que a
memória da criança quanto à separação que sentiu da Mãe.
O leite, em todo o reino animal, simboliza a Mãe e a relação com
a Mãe.
Falemos agora do caso contrário, do adolescente, do jovem ou
mesmo do adulto que continua a beber leite. Também demonstra
um problema com a Mãe biológica, mas, neste caso, mostra a
incapacidade da pessoa de cortar o cordão umbilical. Continua a
precisar da mãezinha.
Se se trata de mulheres, terão dificuldade em assumir-se como
Mães, caso venham a ter crianças, pois se afinal elas ainda se
consideram apenas como filhas.
Se se trata de homens, terão tendência para escolher as suas
mulheres à imagem da Mãe, antecipando assim vários
problemas de relacionamento com a cônjuge, a quem tratarão
como se fosse sua Mãe e não sua mulher.
Lepra
Na lepra, a pele faz buracos e os nervos da derme escondem-
se. A pessoa perde a sensibilidade. Este buraco que acontece
na pele simboliza o fosso entre pessoas. A separação. E, mais
do que a separação vivida de facto, simboliza sobretudo o medo
da separação.
E chega mesmo à derme, o que mostra um conflito relativo a
algo que era sujo. Que meteu nojo à pessoa. E dói.
A lepra representa o medo de estar separado para sempre.
Há que ver a lepra na história do contexto em que a igreja
pretendia unir o humano e o divino. A igreja impunha-se como
passagem obrigatória. Ora isto tornava-se intolerável para
pessoas da época com capacidades mediúnicas, paranormais. O
risco de ser queimado era muito grande. O medo era enorme. A
ansiedade era enorme quanto à possível separação profunda da
comunidade e de deus (visto que os padres diziam que eles
representavam deus e que eram passagem obrigatória) através
da morte.
Acabava quase sempre por chegar à amputação (separação de
facto).
Leucemia
A leucemia é frequentemente acompanhada de febres, cansaço,
inchaço dos gânglios linfáticos. A pessoa com leucemia está
pálida, magra, diminuída, sem defesas.
A leucemia tem origem na medula óssea e no sistema linfático.
Ora a medula óssea é o lugar do corpo onde se dá a maturação
dos glóbulos vermelhos, dos brancos e das plaquetas. Glóbulos
e plaquetas estão directamente ligados ao sangue, ou seja, à
identidade da pessoa. E esta identidade está em permanente
evolução (maturação). Está em perpétuo movimento. Pode-se
mudar o que se é! De facto, estes glóbulos e plaquetas mudam
a cada cento e vinte dias.
O sangue mostra a identidade única da pessoa que encarnou na
dualidade terrestre, mas mostra também a pertença a uma
família, a uma linhagem, a um clã.
Portanto, aqui está em jogo a pertença da pessoa a uma linha
de antepassados e a sua relação com essa linhagem (através do
contacto com a família), procurando respeitar sempre a sua
identidade única.
Aqui na medula assiste-se ao conflito de desvalorização
máximo.
“Aos olhos dos meus, não valho nada!”
Quando a pessoa sente esta enorme desvalorização, os três
tipos de componentes do sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos
brancos e plaquetas diminuem em número (e este fenómeno não
tem nada a ver com anemia) para, pouco tempo depois, se dar a
explosão de crescimento, o restabelecimento, uma tendência
exagerada para voltar ao equilíbrio que afinal a pessoa não
encontrou e então dá-se a leucemia. A pessoa fica com mais
glóbulos brancos e menos vermelhos. A pessoa sente mais
agressão e menos oxigénio, menos vida. A pessoa autodestrói-
se e deseja matar uma parte de si própria.
É um processo não consciente e a tensão enorme de
desvalorização que a pessoa sente nunca é verbalizada por si.
Porque toma origem na medula óssea e no sistema linfático,
pode dizer-se que as estruturas profundas da pessoa foram
abaladas. E, de facto, foram, pois a tensão é relativa à
linhagem, à família, ao clã. (É aconselhável ler Família.) A
leucemia é considerada uma forma de cancro no sangue. A
leucemia está assim intimamente ligada à falta de autoestima.
Uma pessoa que se desvaloriza quer ser assistida. Quer que
tratem dela como de uma criança.
Mas não se deve mimá-la se não nunca chegará a
responsabilizar-se. Deve ajudar-se a pessoa a sentir-se
valorizada. Ajudá-la a tratar de si própria. Se tratarmos da
pessoa com leucemia como se fosse um bebé, estaremos a dar-
lhe razão e a reforçar a sensação de desvalorização que tem de
si própria.
É indispensável que a pessoa com leucemia se sinta autorizada
a manifestar o que sente como tensão na sua vivência com a
sua família. Precisa urgentemente de verbalizar a sensação de
ser impedida de ser ela própria.
Ora, quando a pessoa tem leucemia, é precisamente a família
quem pretende ajudá-la. E fá-lo, sobretudo, através de mimo, de
protecção e de sentimento agudo de pena. O que é
compreensível, mas que não ajuda a pessoa. A família tem
grande dificuldade em entender que o problema reside
precisamente no modo de pensar da própria família. Por isso,
não ajuda a pessoa doente a verbalizar o que sente
relativamente à família e ao seu padrão de pensamento.
Esta família, impotente, acaba, aliás, por entregar a pessoa a
um tratamento extremamente agressivo, o da quimioterapia, que
raras vezes ajuda e que aumenta a irresponsabilidade da
pessoa, pois tornou-se ainda mais dependente dos outros, em
vez de se assumir como responsável. De facto, continua a
receber a mensagem, agora também dos médicos e já não só
dos familiares, de que está em boas mãos e que eles cuidam
dela e conclui que, de facto, não precisa de cuidar de si.
A pessoa com leucemia precisa muitíssimo de tornar a enorme
tensão que vive consciente e de a verbalizar a todos os
implicados e, sobretudo, aos membros da família, da linhagem.
Raramente se consegue que a pessoa tome consciência disto
quando a pessoa está muito agarrada às crenças familiares,
religiosas e ancestrais do clã.
Leucopenia
Diminuição do número de leucócitos.
Veja Sistema imunitário
Leucorreia
Perda de excreções brancas pela vagina (corrimento).
Mostra sentimentos como: “Nós, as mulheres, não temos
qualquer poder sobre os homens. Mas que raiva sinto
relativamente ao meu companheiro!”
É como se a vagina estivesse a lacrimejar de raiva.
Veja Vagina
Ligamentos
Os ligamentos são os pensos das articulações.
Aqui fala-se da ligação entre dois ossos (o osso e o osso da
articulação) e não entre o osso e o músculo, como é o caso do
tendão. Quando há problemas de ligamentos, isso mostra que a
pessoa está à procura da melhor posição para o seu gesto e
que, de repente, o ligamento bloqueia. E aí dá-se a entorse ou
a rotura do ligamento.
Também podemos falar de entorses em sentido figurado, quando
fazemos uma entorse ao regulamento, a uma transgressão
relativamente ao grupo ou à família, ou uma entorse em relação
ao casamento.
A rotura de um ligamento mostra falta de elasticidade e
representa uma rotura na vida da pessoa. Convém ver em que
local do corpo se deu a rotura de ligamentos. A tensão
subjacente prende-se com duas palavras-chave: Inflexibilidade e
desvalorização.
Os ligamentos lassos vêm de nascença. É a busca ansiosa de
conseguir ser muito eficaz no futuro. Não tem nada que ver com
os músculos. Aqui, convém olhar para a relação entre os pais e
de cada um dos pais com a criança. E para a gravidez. (Veja
Bebé, Parto, Gravidez, Família.)
Os problemas de ligamentos dão- -se com mais frequência nos
joelhos e nos tornozelos. Veja estas duas articulações.
Limpezas — maníacos da limpeza
São pessoas que têm necessidade vital de se bastar a si
próprias. São pessoas orgulhosas que recusam a ajuda dos
outros, que se enojam bastante com várias coisas,
nomeadamente com o sexo ou com o que vêem ou mesmo com
o que ouvem de pessoas próximas. São pessoas com maior
tendência para o cancro da derme.
Linfa
Veja Sistema linfático
Linfoma
Veja Sistema linfático
Língua
Nos animais, a primeira coisa a contactar com o alimento é a
língua.
A língua saboreia os alimentos. A língua é um canal para ingerir
o líquido, a água. É a língua que permite reconhecer o alimento.
Problemas de língua estão ligados à capacidade de diferenciar o
que é bom do que é mau e a viver a vida com gosto, com
paladar.
A princípio, bastava distinguir o doce do amargo. Hoje, tudo se
complicou. Os sabores já não são naturais. O trabalho de
diferenciação é mais difícil em todos os âmbitos.
A língua capta também a palavra dita. A língua serve ainda
socialmente, cada vez mais, como um utensílio do beijo. O
chamado linguado. Representa a capacidade de saborear os
sabores da vida com alegria.
Problemas de língua mostram falta de discernimento para saber
distinguir o que é bom do que não o é. Morder a língua mostra
que a pessoa se violenta no seu modo de viver e se impede de
desfrutar dos sabores da vida.
Lipoma
Tumor benigno do tecido adiposo.
O tecido adiposo está presente em toda a superfície da pele. A
sua função é isoladora para manter o calor do corpo. É uma
importante reserva de energia que protege os vários órgãos.
Este tecido adiposo armazena os triglicéridos, as chamadas
gorduras neutras. O lipoma mostra um conflito ligeiro de
desvalorização da pessoa quanto à sua silhueta. Não sou
suficientemente apetecível. Aparece em vários sítios do corpo.
Quando a pessoa toma consciência da tensão, o lipoma deixa
de crescer.
Líquido sinovial
Os ossos de uma articulação são mantidos em posição
adequada por ligamentos e tendões que permitem apenas os
movimentos normais. Os músculos são também determinantes
na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta
encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu
(mucosa da cápsula da articulação) produz permanentemente
uma pequena quantidade de líquido, designado como líquido
sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem
articular.
Assim, o líquido sinovial é o lubrificante das articulações.
Quando a pessoa sente uma grande desvalorização na
identidade do gesto, ou seja, quando acha que o seu gesto é
desajeitado e que se sente mal com isso, dá-se a constipação
das articulações e o líquido sinovial escorre. Tal como no nariz.
Uma entorse é mais grave quando tem este líquido que escorre.
Lombalgia
Veja Lumbago ou Ciática
Lombares
Veja Vértebras lombares
Lombrigas
As lombrigas são parasitas que se alojam no intestino da
pessoa, mas que podem acabar por infestar todo o corpo.
A pessoa com lombrigas é uma pessoa que se sente indefesa
perante alguns dos que a rodeiam e que ela considera estarem
a infestá-la. A pessoa deixa-se invadir por atitudes de pessoas
que não são boas para ela. E são pessoas chegadas. O facto de
a lombriga se alojar no intestino mostra falta de discernimento
na vida da pessoa e falta de vontade para olhar para a
informação escondida que não quer enfrentar. É uma pessoa
que prefere vedar o seu submundo, o seu lado escondido. Em
resumo, é uma pessoa que não enfrenta a sua vida.
Lordose
Barriga avançada e forte reentrância da coluna a nível lombar.
Veja Coluna vertebral
Loucura
E uma forma de isolamento.
Veja Isolamento
Lumbago
r
É
pessoa demasiado magra. É uma pessoa cujos pais são muito
exigentes ou então que precisa de se soltar das garras de uma
família, ou de um cônjuge, que ocupa demasiado espaço. Por
ser incapaz de manifestar o que sente e por ter pouca
autoestima, provavelmente devido ao modo como é tratada
pelos pais ou pela família, com quem ela não consegue lidar, a
única solução, para ela, é desaparecer. E o corpo mostra-lhe o
que ela sente.
Veja Anorexia
Malária
Veja Paludismo
Mama
Qualquer problema de mama é sempre próprio de uma mulher
com dificuldade em viver a sua feminilidade. Por várias razões.
Ou porque se esquece de que é mulher e acha que só é Mãe, ou
porque leva uma vida ou um modo de pensar muito regrado,
muito controlado, muito yang.
A seguir estão cinco situações comuns de sintomas nas mamas.
Cada uma com a sua particularidade, mas todas se prendem
com essa feminilidade que a mulher se recusa a viver.
Resolver os efeitos do cancro da mama sem ir às suas causas
tem por consequência o aparecimento dessas causas, através
de outros sintomas, noutra parte feminina da mulher.
Mama - cancro nos canais de leite
Aqui estamos em presença de um cancro ligado a tensões de
separação do cônjuge ou de um membro da família e/ou a
tensões de falta de comunicação dentro do lar, seja entre o
casal, seja com um(a) filho(a).
Palavras-chave: separação, comunicação e lar.
A pessoa estaria desejosa de poder abraçar essa pessoa que
está distante do lar e aninhá-la no seu peito, mas não o pode
fazer porque o outro se afastou. Pode ser apenas uma
separação geográfica durante algum tempo, seja do marido, seja
do(a) filho(a). Pode ser o caso do(a) filho (a) ter ido estudar para
fora ou de o marido ter ido para outro país em missão. Pode
tratar-se também de uma separação definitiva.
Este cancro dá-se nos canais que conduzem o leite. Aqui, o
cancro ocorre na pele interior destes canais. O canal aumenta e,
assim, dá mais leite. O caudal é enorme. O leite do cancro da
mama é muito mais nutriente quando a pessoa tem cancro.
Aqui, o diálogo interior na consciência da pessoa poderia ser: “O
miúdo só cá está durante o fim-de-sema-na, tenho de o nutrir em
suficiência.” Ou “o meu marido só cá está neste fim-de-semana,
tenho de o nutrir (no sentido figurado ou no sentido físico) em
suficiência”.
A polaridade da mama, neste caso, é regida pelos hemisférios
cerebrais do córtex. Assim, para canhotas e dextras, a mama
direita é yang (masculina) e a mama esquerda é yin (feminina).
A mama direita, yang, masculina, é atingida quando se trata de
um problema com o marido, com o homem. Para dextras e
canhotas.
Se a tensão for relativa a um(a) filho(a), o conflito será na mama
esquerda. O problema com um(a) filho(a) incide na mama yin.
Para dextras e canhotas.
Poderíamos perguntar porque é que os filhos incidem na
mamajyin. A resposta é simples. Para estas mulheres que
contraem cancro de mama, os filhos, no modo de pensar delas,
são sempre crianças, são sensíveis, são tenros, são yin, sejam
eles filhos ou filhas. Por isso é a mamajyin que é alcançada no
caso dos filhos, a mama da sensibilidade. Mesmo quando os
filhos já são adultos, esta mulher continua a tratá-los como se
fossem crianças ainda muito tenrinhas, pré-púberes.
Se for um pequeno conflito na consciência, a mulher faz só
eczema, mas se for um grande conflito, ela cria um tumor nos
canais. E só cria o tumor porque não consegue verbalizar a
intensidade do que sente.
Mama - carcinoma (cancro no mamilo)
A mama nutre e protege (“pôr a criança no seu seio”).
As mulheres que protegem um filho adulto, as mães-galinha, as
chamadas mães prioritárias, correspondem ao padrão das
mulheres com problemas de mama no mamilo. Usam mais o seu
lado mãe do que o seu lado mulher.
O mamilo representa na mulher tudo aquilo pelo que ela
considera ser responsável de modo prioritário. A pessoa sente-
se como indispensável aos outros seres da família. Aos filhos e
ao marido em particular.
Na percepção dela, se estiver ausente (e aqui já não se trata da
sensação de estar separada porque o outro se ausentou, mas
mais da sensação devida ao facto de ela não poder estar
presente — é ela que está ausente) o outro não pode senão
anular-se. E ela quem nutre. E ela quem sabe. É uma emoção
completamente aberrante. E é um pensamento muito yang,
muito masculino.
Trata o marido e os filhos como se fossem deficientes mentais.
Aqui a polaridade tem outras razões. Aqui existe diferença entre
dextros e canhotos: O problema que se prende com protecção
excessiva dos filhos ou do marido manifesta-se sempre na
mama yin, feminina, sensível, ou seja, na mama esquerda da
dextra e na mama direita da canhota. Dá-se na mama esquerda
para a dextra porque é com o braço direito que ela leva a
criança ao seio para mamar. E vice-versa na canhota.
Pertence também a este padrão a Mãe que se sente largada
pelo filho que está farto de ter a galinha em cima dele. Ela vê
isso como um arrancar. E esta tensão na consciência pode ser
sentida relativamente a filhos virtuais. Por exemplo, quando se
trata de alguém de quem essa pessoa cuida como de um filho,
mesmo não o sendo.
Pode também acontecer à mulher que não foi amada, que não
foi protegida, que não foi envolvida pela sua própria Mãe
biológica ou mesmo não amamentada pelo seio materno.
Os animais também podem ter cancro da mama, mas neles a
situação é passageira e desaparece naturalmente quando
voltam a engravidar. Nos humanos é mais complicado devido às
nossas crenças, aos nossos pensamentos.
Quando intervém alguém que possa representar uma agressão
para o ninho da pessoa, aí a a lesão é na mama yang e já não
na yin. Pode ser uma tensão com o marido, por exemplo, mas já
não na sua função de protegido mas na sua função de agressor.
Passa a estar em questão a mama direita da dextra e a
esquerda da canhota. Ou seja, a mama yang, masculina, relativa
ao homem. Pois, no que diz respeito a protecção, é essa a
mama que está mais próxima da mão que se estende à criança
quando é preciso deitar-lhe a mão para a proteger.
Os agressores do ninho podem ser, por exemplo, o Pai que sai
de casa com outra ou o Pai que engana a Mãe. Aqui fala-se da
mulher com a sensação de ser enganada, traída, atraiçoada. E
por alguém muito próximo (quase sempre o marido).
Se a causa da agressão for a sogra que quer tudo separar no
casal, também será a mama yang que será afectada. Mesmo
que o agressor seja uma mulher. O agressor, seja homem seja
mulher, é sempre percebido como uma força yang, masculina,
guerreira, agressiva.
A mama é um órgão exclusivamente feminino. O mamilo é
masculino e feminino, ainda que o do homem, do ponto de vista
hormonal, não esteja preparado para dar leite. Embora raro, há
homens que contraem cancro no mamilo. As razões são as
mesmas que para as mulheres. Só que aqui estamos em
presença de um homem que bloqueou completamente o seu
cérebro masculino, que se feminizou de tal modo que chegou a
criar os mesmos sintomas que uma mulher, relativamente aos
seus filhos ou, mais provável, àqueles que considera seus filhos
(virtuais) na vida. Se se tratar de um homossexual, pode ser
uma tensão que criou relativamente ao seu namorado.
Mama - mastite
A mastite é uma inflamação das glândulas da mama causada
pelo acúmulo de leite e acontece com maior frequência no pós-
parto, principalmente na primeira gestação. A mastite pode
ocorrer numa mama ou nas duas e as características são
mamas vermelhas, endurecidas, doloridas e quentes.
Veja Amamentação
Mama - melanoma (cancro na derme)
Aqui, a tensão está ligada a sujidade, a nojo, a uma agressão
contra a identidade da pessoa. Mulher violada ou apalpada.
“Sujaram-me, conspurcaram-me, fui lesada, fui violada! Meteu-
me nojo!” Aqui, não é possível descobrir qual é a mama que foi
afectada em função do lado direito ou do lado esquerdo. O
sintoma deu-se numa das mamas. Aliás, nem sequer é
interessante procurar qual é yin e qual é. yang, pois a pessoa
identifica de imediato quem foi a pessoa com quem sentiu a
tensão.
Mama — neurofibromatose
Problema nas terminações nervosas. A tensão aqui é a de um
desejo de deixar de ser tocada ou mesmo de um desejo de
separação física, nem que seja apenas temporária, devido a
uma incapacidade de comunicação.
Na fase activa da tensão que a pessoa sente, são bolas
gelatinosas ou manchas que se formam nas mamas que depois
mais tarde transformam- -se em bolas duras.
As bolas impedem a pessoa de sentir o contacto. De facto, as
carícias tornam-se dolorosas. A mulher conseguiu afastar o
marido do contacto com os seus seios. Pode também dar- -se o
caso de a mulher querer afastar- -se dos médicos que lhe
mexem nas mamas ou que lhe fazem, por exemplo, tratamentos
de radioterapia. Enfim, é um afastar do contacto.
Neste caso, costuma tratar-se de uma mulher que recusa o seu
lado feminino de mulher e que apenas deseja usar as mamas
para nutrir os filhos. É uma senhora que tem nojo do sexo e que
não entende o uso dos seios como objecto de prazer feminino
sexual. Recusa-se a alimentar o seu Eu feminino. É uma mulher
demasiado masculina, talvez não na aparência, mas no modo
muito controlado e regrado de pensar.
Neuro vem de nervos, fibro vem de fibra e matose quer dizer
substância fabricada. A mama tem muitas terminações
nervosas.
As terminações nervosas são as que permitem à mãe ter a
sensibilidade de que a criança está a ser nutrida
convenientemente e que o leite corre.
O endurecimento das terminações nervosas mostra grande
dificuldade de comunicação. Na mama direita, a dificuldade de
comunicação é com um homem e na mama esquerda a
dificuldade de comunicação é com uma mulher. Para dextras
como para canhotas. Estes nódulos, quistos, fibroses, apenas
benignos, nas mamas, desaparecem quando a pessoa
engravida. O seu conflito está resolvido. A causa não está
resolvida, mas o efeito está. Estas mulheres que anulam a sua
feminilidade vão ter outras manifestações noutras partes
femininas do corpo. Por exemplo, pode dar-se o caso de
menopausas precoces. Neste caso, veja Menopausa.
Manchas nos olhos
Veja Olhos
Manchas vermelhas
São vasos capilares que rebentam. São pequenas hemorragias
localizadas.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida. Neste
caso, a tensão é muito pequena. Não deve ser considerado
forçosamente como um sintoma.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
Toda a perda de sangue representa uma contrariedade e uma
falta de respeito pela própria pessoa. Talvez um excesso de
exigência consigo e com os outros. Em todo o caso, é
testemunho de uma atitude algo yang, guerreira, masculina não
consciente. As hemorragias podem dar-se em muitos locais do
corpo.
Maníacos das limpezas
Veja Limpezas
Mão
As mãos, no seu conjunto com os dedos, têm muitas funções:
Apoderar-se (agarrar — capacidade para manter o que se
obteve); comunicar (cumprimentar, escrever, fazer sinais,
chamar a atenção, prevenir com um toque suave, pedir silêncio,
apontar pessoas e coisas, acusar, mostrar compreensão);
manifestar emoções (apertar, acariciar, dar e receber carinho);
praticar um instrumento de música (delicadeza); coçar; cavar.
São autênticas ferramentas. Poderíamos resumir que as mãos
com os dedos servem para coisas delicadas, para comunicar e
para manter o que conseguimos obter.
No entanto, os dedos sem as mãos não são úteis e as mãos
sem os dedos também não. Por isso, convém analisar sempre o
conjunto.
Problemas nas mãos e nos dedos mostram pessoas que
consideram não merecer o que recebem, o que obtêm. Mostram
desvalorização.
A mão direita é yang (masculina) e a esquerda é yin (feminina),
em quase todos os casos, para canhotos e dextros. Problemas
na mão yang mostram problemas com um homem, com alguém
de comportamento muito masculino, algo inva-sivo, duro,
guerreiro. Mostram também um comportamento demasiado
guerreiro por parte da pessoa, mas sempre com sentimento de
desvalorização. Onde terá ido buscar o seu modelo? A uma
pessoa muito guerreira, seguramente. Problemas na mão yin
mostram problemas com uma mulher, com alguém que nos toca
na sensibilidade e mesmo com alguém que é demasiado
passivo, mas sempre com sentimento de desvalorização.
Mostram também que a pessoa tem um comportamento
demasiado passivo. Porquê? Será por influência de alguém?
A amputação de uma mão mostra que a pessoa considera não
ser merecedora de receber ou de manter algo para ela.
As pessoas com as mãos frias são pessoas com medo de não
agir correctamente. Têm problemas de circulação nas mãos. A
vida não chega a essas partes do corpo.
Para a pessoa que transpira muito das mãos, veja Transpiração.
A verruga é um endurecimento localizado de uma zona da pele.
Aqui estamos num sintoma de frustração e de sensação de
desvalorização. Prende-se com a pele e com o sistema nervoso.
A pessoa sente desvalorização e frustração porque nutre uma
necessidade de agradar a outros e também à imagem de si
própria. É por isso uma pessoa que se compara e que se torna
muito competitiva. Esta pessoa tem alguma falta de autoestima
e deixa-se influenciar por questões de imagem.
A verruga pode demorar anos até aparecer.
Vejamos alguns exemplos.
Na escola, o professor critica a escrita. E a criança conclui que
são os dedos dela que escrevem mal. “Dou- -me conta de que
os meus dedos não escrevem bem.” E a criança cria uma
verruga nos dedos. A criança vai em busca da perfeição para
satisfazer outros e para fugir da possível avaliação negativa de
É
outros que ela teme poder vir a desvalorizá-la. É um fenómeno
não consciente. É importante falar com a criança e fazê-la
verbalizar a sua desvalorização, nomeadamente através da
comunicação com a pessoa implicada. Convém aqui ajudar a
pessoa, pois ela não está consciente da sua tensão de
desvalorização, nem da incapacidade de comunicar e dirá,
provavelmente, que não sentiu nada de importante.
Quando é nas costas da mão, a pessoa considera que não é
suficientemente boa no que faz. A sua desvalorização aqui
torna-se visível para todos. Todos vêem uma verruga nas costas
da mão. O corpo mostra a frustração através de uma culpa e de
uma crença na fealdade (desvalorização acentuada).
Quando é na palma da mão, é só para os que trabalham com as
mãos, seja trabalho manual ou desporto ligados à qualidade do
trabalho com a mão. Mostra uma pequena desvalorização.
No caso da epicondilite crónica, em que a mão se fecha em
forma de punho devido à inflamação dos tendões, a pessoa
revela que reteve a sua agressividade e que se sentiu
desvalorizada por não poder expressar a sua agressividade. A
imagem do punho cerrado fala por si. De facto, a pessoa não
considerou útil explodir no momento certo. A pessoa deixou-se
desvalorizar relativamente à rigidez das normas, dos valores,
das regras que se impôs/ impõe a si própria. E, ainda por cima,
esta inflamação causa dor. É uma forma de autoviolência. É
resultado de grande controlo. É verdade que a causa está nos
tendões do cotovelo, mas tem de facto um efeito sobre a mão.
Mastoidite
Veja Ouvidos — otites
Maxilares
Os maxilares são ossos que permitem a mastigação dos
alimentos pelos dentes. Eles são os ossos em que se apoiam os
dentes.
Ora é na boca que começa o aparelho digestivo. É na boca que
começa a nutrição.
Quem parte um maxilar não pode mastigar. Só pode beber
líquidos. Fica impedido de usar os dentes, de tomar decisões,
de afirmar e decidir as rupturas que precisa de assinalar para
evoluir na sua vida. Além de que a boca tem de ficar
imobilizada, o que dificulta largamente a respiração e o que
impede também a pessoa de se movimentar muito rapidamente
para não sentir a sensação de asfixia. O maxilar impede a
pessoa de tomar decisões e de se movimentar muito.
Este osso só parte aquando de acidentes, de cenas de
pancadaria ou da prática de desportos muito violentos, muito
masculinos.
Ora a rotura de um osso representa uma desvalorização forte da
pessoa, mas também um alívio, porque finalmente pode estar
quieta.
Problemas nos maxilares mostram desvalorização e também
dificuldade em procurar apoio para tomar certas decisões.
Acontecem à pessoa que está num cruzamento da sua vida.
Está perdida e sem sentido de direcção, mas mesmo assim
mantém um comportamento demasiado masculino, enfrenta os
outros e é guerreira, em vez de se deixar estar e de soltar a
tensão que sente na sua vida.
Medo
No medo, por oposição à raiva, a pessoa sente que o outro pode
vir ata-cá-la. Por isso, o sistema nervoso simpático prepara-se
para a fuga. Aqui, ao contrário da energia da raiva, que sobe
para a cintura escapuiar, a energia do medo desce aos membros
inferiores. As pernas preparam-se para correr. O facto de ter de
correr muito pode fazer a pessoa ter de vazar os sacos de urina
e de fezes que carrega para poder correr mais depressa. E
assim que, por vezes, com medo, a pessoa pode fazer
incontinência urinária ou intestinal.
Se a fuga não for possível, então a energia fica retida a meio
das costas, carregando o ânus e a uretra e muitas vezes
também os olhos.
O medo profundo, ou seja, o medo ligado a uma sensação de
perigo, de gravíssimas consequências, está directamente ligado
aos rins.
Os problemas de bexiga são provocados por stress. Os de rins
são provocados por medos obsessivos.
Se o medo for reprimido, então pode dar origem a cólera ou
raiva, ou mesmo ao pânico.
Medula espinal
E a parte do sistema nervoso central contida no canal
raquidiano, desde o orifício occipital (no crânio) até à segunda
vértebra lombar (L2), de onde partem vários pares de nervos.
Os tumores na espinal medula podem ser benignos ou malignos.
Poucos têm origem nas células nervosas da própria medula
espinal. Grande parte deles tem origem nas meninges que
cobrem o cérebro e a medula espinal (veja Meningiomas) ou nas
células que cobrem os nervos cérebro-espinhais.
A medula espinal é parte integrante do sistema nervoso central.
Qualquer sintoma neste local mostra dificuldade de actuar e de
aproximação aos outros.
O que se passa com o símbolo do Pai, ou mesmo do homem? O
que se passa com o sentido de humildade? Qual o meu
caminho? Para onde devo dirigir-me?
No caso do cancro, o corpo está a mostrar que a pessoa tem
uma grande tensão relativamente à figura masculina (Pai,
marido...) mas que não consegue verbalizar.
No caso de uma inflamação, mielite, o corpo da pessoa mostra
que está a ferver e começa a ficar dormente desde os pés,
subindo pelo resto do corpo acima. O que se passa entre a
minha Mãe e um homem (o meu Pai?)? A pessoa não tem
consciência de estar a ferver e de ter os seus alicerces
estruturais a abanar.
Medula óssea
Existem três níveis, quando se fala dos ossos.
O osso propriamente dito, a medula óssea e o periósteo (a pele
do osso).
A medula óssea, sobretudo nos ossos longos, no esterno e na
anca, é o lugar do corpo onde se dá a maturação dos glóbulos
vermelhos, dos brancos e das plaquetas. Glóbulos e plaquetas
estão directamente ligados ao sangue, ou seja, à identidade da
pessoa. E esta identidade está em permanente evolução
(maturação). Está em perpétuo movimento.
Pode-se mudar o que se é!
Estes glóbulos e plaquetas mudam todos os cento e vinte dias.
Portanto, aqui está em jogo a nossa pertença a uma linhagem
de antepassados e a nossa identidade como seres únicos.
Aqui, na medula, os problemas mostram o conflito de
desvalorização máximo. A medula representa as convicções
mais profundas a propósito de si próprio. O modo como a
pessoa toma conta de si própria e se apoia. O modo como a
pessoa lida com as suas crenças mais profundas. Aqui reside a
capacidade que a pessoa tem de dizer que não às crenças do
seu clã e da sua família que lhe fazem mal. Aqui, os problemas
mostram pura falta de autoestima.
O mieloma, o mieloma múltiplo e a leucemia são todos formas
de cancro com origem na medula óssea.
São próprios da pessoa que se deixa vampirizar^Ao padrão de
pensamento da família e que considera que, aos olhos da sua
família, não vale nada. Uma pessoa que se desvaloriza quer ser
assistida. Quer que tratem dela como de uma criança. Mas não
se deve mimá-la, se não nunca chegará a responsabilizar-se.
Deve ajudar-se a pessoa a sentir-se valorizada. Se tratamos
dela como se fosse um bebé, estaremos a dar-lhe razão e a
reforçar a sensação de desvalorização que tem de si própria.
Veja Leucemia
Meninges
São um conjunto de membranas que protegem o cérebro e a
medula espinal.
Pertencem ao grupo dos envelopes do corpo, das bolsas que
servem para ataque e defesa. Ataques verbais sobretudo de
pessoas chegadas.
Aqui estão as tensões com o envolvimento imediato, com os que
são chegados. E, sobretudo, com as figuras do Pai ou da Mãe.
Meningioma
Tumor com origem nas meninges. Pode ser benigno ou maligno.
Embora tecnicamente um meningioma não seja o mesmo que
uma meningite, a tensão a nível da consciência é a mesma.
Veja Meningite
Meningite
Há meningites cerebrais, espinais ou cérebro-espinais.
A meningite é uma inflamação das meninges. Dá febres, dores
de cabeça e perturbações motoras e psíquicas. Pode ser só no
encéfalo, só na espinal medula ou em ambos. A meningite
mostra o receio da pessoa de não ser suficientemente eficaz
(performant) do ponto de vista cerebral. O nível de exigência do
Pai ou da Mãe é muito alto. Alguém é implacável para com os
erros da pessoa.
Problemas nas meninges mostram que a pessoa se sentiu
atacada, agredida, mas não fisicamente, intelectualmente, por
alguém muito próximo. Procure-se em primeiro lugar a relação
com o Pai. Se não for o Pai, é alguém que desempenha o seu
papel. Pode ser uma Mãe muito masculina ou uma Mãe sob a
influência do Avô materno.
Mostram também que algo meteu nojo à pessoa. Que algo sujo
aconteceu. “Esta pessoa mete-me nojo!” É possível que a
pessoa sinta raiva. Ê um sintoma cuja causa tem muito que ver
com a relação com o Pai da pessoa, ou com o modelo de
homem que teve/tem.
O corpo encarrega-se de mostrar o que a pessoa sente como
tensão relativamente ao Pai, ou a quem tem o papel de pai, mas
que não se atreve a pensar ou a verbalizar conscientemente.
Quando digo que a pessoa tem um problema com o Pai, pode
ser porque não o vê com a frequência que desejaria devido à
intervenção de alguém que lho proíbe. Pode também ser o caso
da criança a quem dizem coisas horríveis sobre o Pai e que, por
isso, se sente agredida a cada vez que está com ele.
Menisco
Cartilagem articular que separa dois ossos. Veja Joelho
Menopausa
A menopausa significa uma grande mudança hormonal.
A menopausa é uma fase de reavaliação do projecto de vida da
mulher.
Perfazer cinquenta anos, em hebreu, quer dizer jubileu, alegria.
A menopausa assinala à mulher a perda da capacidade de
procriar e, portanto, a perda de uma capacidade que é
exclusivamente feminina. Mas assinala também uma passagem
para uma fase mais sábia.
O passado sexual e o modo como a mulher viveu a sua
sexualidade são relevantes para a forma como irá enfrentar esta
situação de mudança no corpo. É, aliás, uma mudança de corpo
tão dramática como a que sofreu aquando do início da
puberdade.
É costume ver as mulheres ficar ansiosas, instáveis e com perda
de energia. Faz parte da adaptação a esta nova fase da vida. É
também hábito as mulheres terem acessos de calor e algumas
últimas hemorragias. Fazem parte dos últimos sobressaltos do
corpo e da consciência da mulher antes de aceitar esta nova
fase da sua vida.
Os acessos de calor mostram o ainda desejo sexual do corpo
(que permanece) que deve ser contemplado e vivido e que náo
tem nenhuma razão para desaparecer.
A menopausa é um processo de perda de uma parte da sua
feminilidade e, portanto, é um processo yanguizante, ou seja, a
mulher torna-se mais masculina.
Aliás, o que faz a própria pílula anticoncepcional, que muitas
mulheres tomam, é bloquear o seu cérebro feminino (bloquear
os estrogénios), ou seja, actuar como uma espécie de pequena
menopausa.
Na menopausa importa que a mulher compense esta perda de
feminilidade por uma atitude de vida mais feminina, mais suave
e que, sobretudo, se aperceba de que o seu fulgor sexual em
nada ficou minimizado. A mulher em menopausa deve viver a
sua sexualidade em pleno.
O sintoma de osteoporose das mulheres com menopausa não
tem nada que ver com o próprio processo da menopausa, mas
sim com a desvalorização da pessoa. Certas mulheres que
chegam à menopausa consideram que já não servem para nada
e desvalorizam-se. São mulheres cujo passado foi baseado na
função de mãe mais do que de mulher, deixando o seu papel de
mulher feminina para segundo plano. Outras são mulheres cuja
actividade sexual sempre foi reprimida, pois, para elas, a
sexualidade estava apenas prevista para procriar.
A mulher africana, quando deixa de ser fértil, pode deixar de ser
reprodutora e assim começar a fazer parte do conselho dos
sábios. O clã volta a interessá-la. Ela passa a poder funcionar
com os seus dois cérebros e já não só com o feminino. Esta
mulher não tem osteoporose porque não sente desvalorização.
Sente até valorização.
Certos profissionais de saúde tratam a menopausa como se
fosse uma doença. Mas ela não o é. É um processo muito
natural e não tem por que criar sintomas na mulher.
Este momento de mal vivência da menopausa pode ser também
uma porta de entrada para o cancro da mama.
Veja Mama
Menstruação
A menstruação acompanha o ciclo da lua. Quando a ovulação se
dá na fase de lua cheia, a menstruação dá-se na de lua nova.
Os nascimentos dão-se mais na lua cheia.
O processo de ovulação dá-se de fora para dentro. E um
processo yang. Concentra. O processo de menstruação dá-se
de dentro para fora. E um processo yin. Solta. O mais natural é
ter a menstruação na lua nova (momento mais yin) e a ovulação
na fase de lua cheia (momento mais yang). Mas pode acontecer
o contrário. Hoje em dia, as mulheres têm tendência a ter o
período na lua cheia, pois estão a tornar-se mais yang, mais
masculinas.
O fluxo menstrual é uma pura expressão feminina de fertilidade
e de receptividade. A mulher está sujeita a este ritmo contínuo.
Ela não tem outra escolha a não ser a de se moldar a este ritmo
e aceitá-lo. Esta aceitação e esta entrega a este ritmo
constituem uma atitude muito yin, muito feminina. A entrega é
um processo yin.
A menstruação mostra à mulher que o seu papel é yin, não
yang. Quanto mais yang for o seu estilo de vida, pior conviverá a
mulher com o período menstrual.
A amenorreia (ausência de menstruação) acontece à mulher que
está muito yang, à mulher que tem aversão a si mesma ou ao
padrão de mulher. Não deseja ser mulher, ser feminina. O
modelo de mulher representado pela sua Mãe biológica tem um
papel muito importante nesta questão. Esta mulher ainda não
deixou de ser filha. Não consegue passar a ser mulher adulta. E
bom olhar para o que foi e o que é o sentimento que essa
mulher tem relativamente ao comportamento da Mãe biológica
para com ela.
A menstruação faz parte dos líquidos, dos corrimentos, das
águas do corpo. Ora a água não tem forma própria, molda-se.
Este é o papel da mulher feminina. Moldar-se.
Com o seu sangue, a mulher sacrifica, ou seja, oferece uma
parte da sua vitalidade. O período é uma pequena gravidez e um
pequeno parto.
Veja-se agora o caso da dismenorreia, que é uma menstruação
difícil e dolorosa. São dores que aparecem na região do baixo-
ventre, na cabeça, nos seios, na região lombar, nas pernas. Por
vezes, alguma ansiedade surge também.
Acontece às mulheres muito rigorosas e exigentes com os
outros e com elas próprias. São mulheres com dificuldade em
ser femininas e em viver a sua feminilidade. São mulheres com
um bloqueio não consciente relativamente a si próprias como
mulheres ou ao lado feminino da mulher do seu clã. São
mulheres duras.
Podem ser mulheres que pertencem a uma família com um
acentuado padrão de dor nas mulheres, seja devido a crenças
sociais, religiosas, ancestrais ou a modos de pensar colectivos
da família.
Pertencem a uma família que castiga a feminilidade e a potência
feminina, que tem preconceitos quanto à pureza da capacidade
de lavagem da mulher, quanto à capacidade de regeneração da
mulher. É verdade também que, desde há muitos séculos, em
muitíssimas culturas, a mulher foi objecto de submissão, de
anulação, de abuso, de castigo, de proibição, de mutilação
genital. Este passado histórico pesa no inconsciente colectivo da
humanidade e na capacidade de a mulher se erguer desta
pesada herança violenta e castradora da feminilidade.
Uma mulher que vive muito bem a entrega sem travões ao acto
sexual, e sobretudo ao orgasmo, terá menos perturbações
aquando das suas menstruações.
A mulher muito yang, cuja vida é uma luta, cujo raciocínio leva a
melhor sobre a sensibilidade, cujo ego é dominante, procurará
lutar contra os “incómodos” da menstruação. Mas é uma luta
que ela perderá sempre.
Micose
Afecção parasitária provocada por um fungo.
Veja Fungos
Micose fungóide
Trata-se de um linfoma cutâneo maligno. A pele é infiltrada por
placas e nódulos de linfócitos.
O linfoma é um quisto maligno nos gânglios linfáticos e dá-se
quando a pessoa sente uma tensão que se prende com a
sensação de precisar de se defender, de se justificar, para não
se sentir desvalorizada.
O linfoma é, pois, um tumor dos gânglios linfáticos. Embora
tecnicamente a questão seja diferente da questão da leucemia,
a tensão que a pessoa sente a nível da consciência é do mesmo
tipo: Falta de autoestima, dependência da família, incapacidade
de distinguir o que lhe faz bem do que lhe faz mal. A pessoa
submete-se ao julgamento de outros. E deixa que esses outros
(os familiares, os próximos) lhe comandem a vida. Além de ter
uma grande dificuldade de discernimento para distinguir o que
lhe faz bem do que lhe faz mal, a pessoa tem também
dificuldade em afastar-se de coisas (e sobretudo de pessoas)
que a sugam, que a parasitam, que lhe metem nojo.
É indispensável ajudar a pessoa a tomar consciência das
crenças da família que não lhe convêm. Algumas delas metem-
lhe nojo.
Este problema é, tal como o da leucemia, um paradoxo que
constitui um círculo vicioso do qual a pessoa tem muita
dificuldade em tomar consciência e, por conseguinte, em
libertar-se.
Mielite
Inflamação da medula espinal. Afecta os músculos.
A condução dos impulsos nervosos ascendentes e
descendentes fica totalmente bloqueada em um ou mais
segmentos. No caso de uma inflamação o corpo da pessoa
mostra que está a ferver e começa a ficar dormente desde os
pés subindo pelo resto do corpo acima. O que se passa entre a
minha Mãe e um homem (o meu Pai?)? A pessoa não tem
consciência de estar a ferver e de ter os seus alicerces
estruturais a abanar.
Veja Poliomielite e Poliomielite anterior aguda
Mieloma
Tumor, quase sempre maligno, desenvolvido à custa da medula
óssea.
Veja Medula óssea e Leucemia
Mieloma múltiplo
E um tipo de cancro da medula óssea. As tensões na
consciência são as mesmas do que as da leucemia. Veja por
isso Leucemia
Miopatia
A miopatia é uma forma de doença paralisante. Estas doenças
afectam sempre o aparelho locomotor e nomeadamente os
músculos e/ou os nervos. Prendem-se com um enorme
sentimento de desvalorização. Esta é a primeira tensão-chave. A
segunda tensão-chave é a do sentimento de ideias, impulsos,
contrários.
A pessoa auto-impõe-se duas ordens contraditórias no que
respeita a movimento. A pessoa tem desejos contrários. Estas
duas ideias contrárias que criam a tensão podem dar- -se, por
exemplo, se a pessoa desejou muito fazer alguma coisa, fê-la e
depois arrependeu-se muito.
No caso de se dar com um recém- -nascido, estamos perante
uma criança que encarnou, mas que tem dúvidas sobre se o
deveria ter feito (sentimentos contrários), pois não sente
equilíbrio nem harmonia na sua vida para crescer livremente.
Aqui, é indispensável olhar para o que se passou entre os pais
durante a gravidez, o parto, ou a pequena infância da pessoa.
A Miopatia é uma doença degenerativa do tecido muscular com
diversas localizações. Mostra grande desvalorização da pessoa,
já vimos.
A miopatia de Duchenne (pseudo hipertrófica) começa pelos
membros inferiores, continua com os membros superiores e
chega à musculatura do tronco. E muito rápida e a perda do
movimento dá-se muito cedo na criança. Segundo a medicina, é
transmitida devido ao cromossoma X. A criança começa por
mostrar hipertrofia na barriga das pernas (o músculo é
substituído por tecido adiposo) e evolui para uma retracção
muscular, com as consequentes e habituais complicações
cardio-respiratórias a prazo.
A miopatia de Tipo Becker consiste numa distrofia muscular
tardia. É mais tardia a instalar-se do que a de Duchenne (a
perda da marcha só se dá cerca dos trinta anos), mas a origem
também se prende com o cromossoma X.
A miopatia de tipo Emery-Drei- fúss é outra variante da
miopatia de Duchenne, caracterizada por retracções tendinosas
(tendões) que se instalam desde a infância, afectando
essencialmente os membros superiores, os músculos da barriga
da perna e os extensores da nuca (coluna vertebral rígida).
Todas elas são doenças do foro do aparelho locomotor. Ora no
aparelho locomotor moram muitas contradições. Os problemas
de estrutura. O aguentar-se de pé.
Aqui estão os problemas na relação com o mundo.
Está em questão o sentimento de individualidade, de autoestima
e o sentimento de desvalorização.
O que penso de mim próprio e o que faço neste mundo. A minha
firmeza e também a minha flexibilidade. Que parte da minha
consciência é que está obscura, na minha relação com o
mundo? Os conflitos de valor pessoal.
As doenças acima citadas e outras de degeneração dos
músculos dão-se, sobretudo, em crianças, e mesmo em muito
jovens crianças, e têm origem no processo concepcional. O
cromossoma X, acima falado, prende-se com a fecundação, com
a concepção do novo ser. O aparecimento de um novo ser
prende-se com a relação entre os pais e com a família, a
linhagem, o clã.
Assim, a miopatia (e as outras degenerações musculares)
mostram uma criança que nasce e que já sente culpabilidade,
que já sente desvalorização (sentimentos contrários). O corpo
da pessoa mostra-o ao começar a destruir os músculos
responsáveis por certas funções. Afecta as pernas (ligação à
Mãe biológica, cintura feminina), afecta os braços (ligação ao
Pai biológico, cintura masculina), afecta todos os músculos do
tronco ou mesmo da nuca. E acaba por destruir as funções
cardíacas e respiratórias. A pessoa castiga-se. Como se
sentisse remorso.
O acontecimento já se deu. “Já nasci!”
“O que faço aqui? Haverá espaço para mim?”
É
É muito importante perceber que aqui estamos em presença de
um sintoma que se prende de facto com o clã e com os seus
representantes, os pais biológicos.
A concepção e o nascimento constituem uma criação a três, que
só produz fruto se todos estiverem de acordo (todos sendo o
Pai, a Mãe e o futuro bebé) e concriarem essa epifania que é a
encarnação de um novo ser.
Assim que a criança nasce, essa memória que trazia da
linhagem torna-se não consciente. De facto, ela esquece toda a
bagagem que trazia e vai precisar das suas vivências e da
comunicação com a família para devagarinho se ir apercebendo
do padrão de pensamento e do modo de estar e de sentir da sua
árvore genealógica. É, portanto, crucial que a criança oiça falar
dos membros da sua família, que ela se inteire dos
acontecimentos do passado, mas não só dos bons e dos épicos.
De todos! Das emoções, das guerras intrafamiliares, dos
escândalos vedados, da informação escondida.
Um dos graves problemas que vive muita gente hoje em dia é o
de se deparar com um padrão familiar que esconde o passado e,
sobretudo, as emoções do passado, o que obrigará o próprio
corpo da pessoa a ter de o revelar à medida que ela for vivendo.
De facto, como já foi dito na introdução, o corpo não mente. E
revela sempre o que está escondido.
Miopia
Veja Olhos
Mononucleose
Tem os mesmos sintomas que a leucemia, mas não é
cancerígena e é muito menos intensa.
Só o sistema linfático fica afectado e não a medula óssea, o que
quer dizer que não são estruturas tão básicas, as estruturas
afectadas. Por vezes, tem consequências hepáticas.
É frequentemente chamada a doença do beijo. Dá-se com mais
frequência nos adolescentes, embora possa também atingir os
adultos. É fruto de pessoas com a autoestima diminuída
pontualmente, devido a um sentimento de culpa de alguma coisa
que se terá passado. Dá-se quando o jovem, por ser salta
pocinhas e saltar de uma relação para outra, sente remorso e
desenvolve uma enorme tensão de culpabilidade. O jovem está
a castigar-se. Esta pessoa pôs o outro à frente e deixou de se
importar consigo própria.
No adulto pode dar-se, sobretudo, quando sente raiva por não
receber amor e reconhecimento. Em todo o caso, no caso do
adulto, o cônjuge e a relação do casal estão em questão.
O adulto com mononucleose quer esconder essa tensão, essa
raiva que sente por não ser reconhecido, e o corpo encarrega-se
de lha mostrar. O adulto tem a ilusão de considerar que
consegue esconder do seu corpo o que está a sentir.
Os jovens aceitam muito mais facilmente as causas da
mononucleose do que os adultos. Os adultos mantêm- -se mais
profundamente no padrão de culpa.
Mordidelas de animais
A pessoa tem tanta raiva interiorizada que o animal vem
mostrar-lhe que ela se anda a castigar, a violentar- -se. E o
animal castiga-a. O instinto dos animais não falha. Os animais
reconhecem, através das nossas hormonas, qual é a emoção
que estamos a sentir. E concriam connosco.
Mordidelas interiores
Podem ser nas paredes da boca ou na língua.
A boca é a porta de aceitação, de acolhimento do alimento, seja
ele comida ou alimento afectivo, emocional. Uma pessoa que se
morde por dentro é uma pessoa que está insatisfeita. Morde no
sítio errado. Toma decisões no sítio errado da sua vida. Não
gosta do que lhe propõem como estilo de vida e também não
gosta do que anda a fazer. Morder a língua mostra que a pessoa
se violenta no seu modo de viver e se impede de desfrutar dos
sabores da vida.
É, normalmente, um fenómeno pontual.
Morte súbita em recém-nascidos
A morte súbita nos recém-nascidos tem origem nas apneias
prolongadas que certas crianças fazem.
Quando este sintoma se dá nos bebés recém-nascidos, e dá-se
sobretudo quando estão a dormir, pode ocorrer a morte súbita.
Neste caso, a apneia demonstra que o bebé não se encontra
nada bem na relação que existe entre os pais. A criança tem um
desejo não consciente de desencarnar. E indispensável que,
neste caso, os pais assumam a responsabilidade.
Veja Bebés
Músculos
Os músculos pertencem ao aparelho locomotor, que inclui
ossos, articulações, ligamentos, tendões e músculos.
No aparelho locomotor moram as contradições. Os problemas
de estrutura. O aguentar-se de pé. Ele é a correia de
transmissão entre o animal primário e o ser relacional.
Aqui estão os problemas na relação com o mundo. O que me
parece indispensável e também o que devo fazer pela família. E
aqui que se mede a qualidade das realizações práticas.
Está em questão o sentimento de individualidade, de
autoestima.
O que penso de mim próprio e o que faço neste mundo. A minha
firmeza e também a minha flexibilidade. Os conflitos do meu
valor pessoal. Que parte da minha consciência é que está
obscura, na minha relação com o mundo?
Só se pode existir através dos outros. Como é que o mundo
exterior influencia a minha estrutura e como é que eu influencio
o mundo exterior?
Os músculos representam a capacidade de movimento na vida,
a flexibilidade e a actividade, a dinâmica.
Em todos os casos, problemas de músculos mostram um
sentimento de desvalorização da pessoa. Mostram que ela se
deixa desvalorizar porque vive uma vida que não flúi
naturalmente. E não flúi naturalmente porque a pessoa presta
demasiada atenção ao que outros lhe dizem (e/ou lhe exigem),
acabando assim por ser influenciada por pensamentos que não
funcionam bem para ela.
Problemas de músculos mostram desvalorização, mas também
resistência a novas experiências. Mostram alguma obstinação,
inflexibilidade.
Há músculos que obedecem ao sistema nervoso central, que
são músculos de controlo voluntário, que estão ligados ao
esqueleto e cuja função é a de produzir movimento nos ossos do
corpo, no esqueleto humano. São músculos estriados.
Inserem-se nos ossos para permitir o movimento do esqueleto.
E há músculos que estão ligados ao sistema nervoso autónomo,
que são músculos de controlo involuntário e que se encontram
nas paredes tanto dos vasos sanguíneos como dos órgãos
internos. A sua função é a de produzir movimento automático
nos órgãos internos. São músculos lisos.
Parece haver apenas duas excepções: Os músculos da bexiga
são lisos, embora sejam de movimento voluntário e os músculos
do coração são estriados, embora sejam de controlo
involuntário.
Os problemas musculares são sempre, sem dúvidas, um desejo
do corpo de parar. É um grito interior para a não acção, pelo
menos naquelas condições.
As tensões vividas ao nível dos músculos estriados são
diferentes das vividas ao nível dos músculos lisos. Nos
músculos estriados temos tensões de desvalorização
relativamente ao movimento. Nos músculos lisos, teremos
tensões ligadas ao órgão a que dizem respeito, que podem
significar desvalorização relativamente à função do órgão. E,
nesse caso, não se fala dos músculos mas dos órgãos em
questão.
Os músculos do aparelho locomotor representam o que se
passa antes, durante e depois da acção.
O antes da acção é caracterizado po; tudo o que tem a ver com
o projecto que se vai empreender, seja ele qual for. Dúvidas e
medos.
O depois da acção tem a ver com remorsos sobre a acção que
se empreendeu.
O durante a acção prende-se com o que a pessoa está a pensar
no momento da acção que está a empreender.
A cãibra é uma contracção involuntária. É como uma bola. O
músculo faz grandes contracções, como se estivesse no
momento mais forte da acção.
Pode dar-se em repouso, depois da acção.
Mas também se dá em repouso, antes da acção. Neste caso, a
pessoa ainda está em repouso e o cérebro já lhe está a mandar
os seus medos e dúvidas mais fortes à cara. “Tens de dar tudo
por tudo! Não podes falhar!”
Mas a cãibra também se dá durante a acção. Quando a pessoa
pensa que não está a correr com suficiente velocidade, o
cérebro empurra-a para correr mais (o cérebro só vê o instante
seguinte, não mede consequências, e quer ir mais depressa) e é
claro que a pessoa acaba com cãibras na acção.
A pessoa com cãibras é aquela que se exige a si própria muita
eficácia na acção. Tem um comportamento de predador. A cãibra
surge porque o corpo quer mostrar-nos que estamos a fazer
subir o stress. Mostra-nos que não ouvimos a intuição e que
queremos tudo resolver com o raciocínio, com um
comportamento muito yang.
Toda a cãibra é assim o resultado de um comportamento
demasiado yang, pouco respeitador do corpo e do seu
metabolismo.
Se a pessoa faz um desporto para se provar algo, mas que
afinal não é desse desporto que gosta, então estará a
comportar-se como um predador, em vez de aceitar que não é
disso que gosta e passar a ser mais yin, menos masculinizado,
menos yang. Mais centrado.
Para estas pessoas, que afinal se estão a comportar como
predadores devido ao seu ego, para querer mostrar quem afinal
não são na realidade, um regime alimentar sem carne para não
ter cãibras fará muito sentido. E resulta. As cãibras cessam de
facto. É verdade, o predador é yang. É caçador, é determinado.
A impa-la, herbívora, é mais feminina, mais yin. A pessoa que
deixa de comer carne e continua a fazer o mesmo desporto, mas
desta vez sem cãibras, tem nesse resultado uma demonstração
clara do tipo de comportamento que deveria passar a adoptar na
sua vida de todos os dias. Deveria deixar de ser um predador
para passar a ser mais yin, mais sensível, mais uma presa
(entregar-se mais). Não só no desporto. Em tudo.
A distensão muscular dá-se em plena acção. Mostra que a
pessoa acha que não está a ser suficientemente boa, eficaz, na
sua acção. Costuma ser durante actividade física. O
pensamento empurra-a para fazer mais e é claro que a pessoa
acaba com distensões musculares. A pessoa está num processo
mental muito yang e não ouve o seu corpo. E ele manifesta-se.
É uma pessoa que anda no caminho de vida errado. Procura
aprovação e procura mostrar que é quem na verdade não é.
A desvalorização que a pessoa sente no aparelho locomotor em
geral e nos músculos em particular prende-se com o facto de
não conseguir fazer aquilo que lhe meteram na cabeça. Será
que esta pessoa pertence a um grupo ao qual deseja agradar
para por ele ser totalmente aceite? Seja qual for a colectividade,
o grupo de que estejamos a falar. Pode ser do clã familiar, do
desportivo, do clã dos amigos, etc.
A partida, mas sem esta ser uma afirmação taxativa, os
músculos pertencentes ao aparelho locomotor que estão do lado
direito do corpo são yang (masculinos) e os do lado esquerdo
são yin (femininos). Para dextros e canhotos.
Problemas nos músculos yang mostram inflexibilidade e
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (um
homem?) ou a crenças da pessoa] . A pessoa quer chegar mais
longe do que o razoável. Insiste, é teimosa, guerreira, algo
bruta. E esforça o corpo sem se preocupar com ele.
O facto de a pessoa se querer definir pelo que faz e alcança
mostra que ela não dá valor ao que é, o que constitui em si uma
desvalorização.
Problemas nos músculos yin mostram inflexibilidade e
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças da pessoa]. A sensibilidade da pessoa
sente-se ferida no seu esforço. A pessoa sente-se frágil. Sente-
se sem o valor necessário para fazer ou chegar. Mostra
desvalorização.
Nádegas
As nádegas são a parte posterior do ser humano. Em muitos
idiomas chama-se-lhes o posterior. Outras vezes, designam-se
como as bochechas do rabo. Os franceses dão-lhes o nome de
fesse, cuja origem etimológica é fenda. As nádegas situam-se
na cintura feminina da pessoa. As pessoas com nádegas mais
largas são pessoas mais femininas. Aliás, hoje, com a
masculinização das mulheres, estas têm cada vez as nádegas
mais finas, mais masculinas. Elas são um símbolo de
feminilidade, de entrega, mas também um símbolo sexual.
Problemas de nádegas revelam tensões a nível da aceitação do
lado feminino da pessoa e/ou a nível sexual. A celulite que
possa afectar as nádegas mostra uma protecção cerrada de
tudo o que é sexual.
Se tiver problemas com o osso que se sente na nádega, esse é
o osso ilíaco. Veja então Sacro-ilíaco e bacia.
Nanismo
Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema
endócrino.
Numa criança que considere que não vale a pena crescer, o
corpo encarrega-se de mostrar essa tensão do ponto de vista
físico. E ela não cresce.
E porque terá uma criança a ideia de que não vale a pena
crescer? Pode ser por várias razões, mas todas vão ter aos seus
pais.
A tiróide é uma glândula essencialmente feminina. Regula todo o
metabolismo do corpo, o crescimento, o peso, toda a harmonia
do corpo. E mostra a capacidade que a pessoa tem de se
expressar e de se fazer entender. É na tiróide que o corpo
mostra o calculismo da pessoa que aprendeu a saber quando
vale a pena dizer alguma coisa e quando vale a pena calar-se.
E a criança não autorizada a expressar-se, ou que percebeu que
ninguém faz (ou fará) qualquer esforço para a entender, desiste
de si própria, desiste de acelerar o metabolismo e trava-o. E o
crescimento não se dá. A tensão que o corpo mostra é: “Não
consigo criar o meu espaço neste mundo de adultos. Não vale a
pena crescer. Não quero vir a ser o que eles são.” Quando esta
tensão se dá durante a gravidez, então a criança nasce com
sintomas de pequenez, de nanismo.
Narcolepsia
A tensão na consciência subjacente à narcolepsia é a mesma
que está subjacente ao desmaio.
“Tirem-me daqui! Não consigo lidar com este problema. Tenho
medo! Tirem-me daqui. Não quero enfrentar isto. Prefiro
desaparecer, prefiro morrer.” O desmaio simboliza uma forma de
morte momentânea.
Nariz — fractura
O corpo pede que se rompa com uma crença do passado e que
se mude o comportamento. A fractura é normalmente resultado
de uma actividade dinâmica física ou mental. Acontece às
pessoas hiperactivas. O corpo diz: “Pára, vai por outro caminho.”
A pessoa que fractura o osso do nariz é uma pessoa que se
tornou muito rígida e inflexível no que andava a fazer como
actividade. Vale a pena olhar para o que se passa no lar ou na
relação da pessoa.
Fracturar o nariz mostra problema de raízes, problema no lar,
problema sexual. O lar está muito abalado.
Nariz - olfacto, entupimento e corrimento nasal.
O nariz assimila o lado subtil das coisas e mostra a relação com
o sopro, o ar, o céu. O nariz está em estreita relação com a vida
através do olfacto.
O olfacto dá volume e cor ao gosto e dele é indissociável, tal
como os dois olhos são indissociáveis um do outro. Problemas
de olfacto (crónico, não momentâneo) representam medo de
deixar entrar em nós as coisas subtis da vida por falta de
autoestima.
A perda de olfacto também pode ser provocada pelo medo de
reconhecer o animal que há em nós. De facto, no mundo animal,
o olfacto é uma óptima ferramenta de reconhecimento hormonal
e portanto sexual. O nariz prende-se com a sexualidade. A
pessoa que tem problemas de olfacto é também a pessoa que
trava os seus impulsos sexuais.
O entupimento é outra manifestação desta tensão. A pessoa que
tem sempre o nariz entupido, ou meio entupido, costuma ter
também problemas de olfacto. Mostra dificuldade da pessoa
para aceitar informações íntimas que lhe chegam do exterior ou
do interior. Não quer sentir os sinais. É muito provável que a
relação no seu lar não flua como gostaria. Mas não quer olhar
para os detalhes.
O que estará a apodrecer na relação e que a pessoa não quer
cheirar? A falta de olfacto revela a dor, a amargura, ou mesmo o
desejo de vingança que deixamos apodrecer em nós próprios.
Este tipo de sintomas é muitas vezes acompanhado de um
corrimento nasal posterior para a boca, o que revela um choro
interior silencioso e uma forma de impotência para mudar as
coisas.
Nariz — sangramento
Necessidade de reconhecimento. A pessoa sente-se ignorada e
menosprezada. Perda de alegria não consciente.
Auto-exigência enorme. E também falta de confiança em si
próprio. Não se dá oportunidade ao erro. A pessoa perde
alegria. Sofre. E sangra. Perde vitalidade. Mas não tem
consciência disso. É um processo natural. Dá-se, sobretudo, nas
crianças que são au-to-exigentes e que, por sinal, já têm muito
sucesso. Pode ser que esta auto-exigência seja resultado de um
Pai ou de uma Mãe muito exigentes.
Náuseas e vómitos
Este fenómeno é típico das pessoas que atarefam a mente e
que depois não conseguem digerir os pensamentos e a sua vida.
Complicaram a sua própria vida ao usarem tanto a mente.
Torna-se difícil de digerir. E como se tivéssemos uma pedra no
estômago. E a expressão da confusão e da negação, da
incerteza (muito comum nas gravidezes). Os ansiosos têm mais
náuseas.
“Só de pensar nisso, fico logo enojado”, “tirou-me o apetite”,
“deu-me a volta ao estômago” são expressões bem conhecidas
que traduzem esta difícil digestão daquilo em que se pensa. As
náuseas acontecem muito quando alguém enjoa a pessoa. “Este
enjoa-me!”
A náusea fica por aqui. Representa o enjoo de algo que se está
a passar na vida da pessoa.
O vómito é uma expressão ainda mais categórica de repúdio e
de defesa. Vomitar é simplesmente não aceitar. “Não digiro isto.”
Dá-se, por vezes, durante a gravidez.
De qualquer modo, tanto a náusea como o vómito são um modo
de soltar o controlo e, portanto, após um vómito, a pessoa
sente-se aliviada.
No caso de certas enxaquecas, o facto de vomitar elimina a
enxaqueca, descontrai a pessoa e o alívio é imenso.
Nefrite
Veja Rins — insuficiência renal (glomerulonefrite)
Nervos
Representam a comunicação
Veja Sistema nervoso
Neurofibromatose de Recking Hauser (NFR)
Neuro vem de nervos, fibro vem de fibra e matose quer dizer
substância fabricada.
Problema nas terminações nervosas. A tensão aqui é a de um
desejo de deixar de ser tocada(o) ou mesmo um desejo de
separação. Na fase activa da tensão que a pessoa sente, são
bolas gelatinosas ou manchas que se formam e depois
transformam-se em bolas duras. São nódulos duros que rebolam
por debaixo da pele. A pessoa sente uma tensão de separação
e/ou uma enorme dificuldade de comunicar. É uma tensão que a
pessoa sente relativamente a alguém muito próximo. O cônjuge,
por exemplo.
As bolas impedem a pessoa de sentir o contacto. De facto, as
carícias tornam-se dolorosas.
Veja Mama — neurofibromatose
Nevralgia
O termo nevralgia (neuralgia) é formado pela palavra neuron,
que quer dizer nervo, e a palavra algo, que quer dizer dor.
Basicamente, são dores nervosas que se podem dar em várias
partes do corpo. São frequentemente dores que afectam os
nervos periféricos. Podem dar-se em várias partes do corpo. Na
zona lombar, nas costelas, no rosto. Mostram dificuldade de
comunicação com alguém próximo. Seja no lar (provavelmente
no lar), seja com outros membros da família, seja no trabalho.
Nistagmo
Veja Olhos
Nódoas negras
Coagulação de sangue resultante de um traumatismo. Quando a
pessoa faz uma nódoa negra por tudo e por nada, é porque tem
uma debilidade no chamado tecido conjuntivo.
Mostra falta de elasticidade interna e alguma obstinação mental.
Controlo. Não deixar fluir.
Veja cada um dos locais onde a nódoa negra se deu.
Nuca
A nuca é a parte de trás e lateral do pescoço que é mais
masculina, mais yang do que a parte dianteira, que é yin.
Problemas nesta parte do pescoço são próprios de pessoas que
estão numa atitude de controlo, de guerra. Mostram alguma
obcecação da pessoa que anda a guerrear para conseguir
alguma coisa. O corpo mostra que está na altura de se entregar
e de soltar.
Veja Torcicolo e Vértebras cervicais
Obesidade
Antes de tudo, obesidade nada tem a ver com celulite.
A obesidade é caracterizada por ser um excesso de gordura em
várias partes do corpo. A celulite (ou adiposidade) caracteriza-
se por ser um excesso de gordura celular subcutânea
circunscrita a certas regiões do corpo. A celulite é na derme.
A gordura serve de reserva e também de protecção do açúcar,
da identidade da pessoa. A gordura representa os valores e as
crenças. A obesidade é mais do que tudo uma questão mental,
uma questão de crenças.
A obesidade tem várias causas.
Primeira causa: O abandono. A pessoa tem de se fazer notar
para ser avistada.
Pode ser após uma separação que a pessoa sentiu como um
abandono. “Ele (ela) deixou-me, sinto-me abandonada (o).”
Repare-se que é separação causada apenas por uma das partes
e que por isso é abandono, não é separação provocada por
ambos. “Eu não era importante para ele (ela)” e então engorda
(pode não ter nada a ver com bulimia). Estas pessoas são as
obesas esféricas, muito ligeiras, muito rápidas e que correm
depressa. Ser visto!
Cuidado, a separação nada tem que ver com obesidade. A
separação nota-se na pele. A obesidade prende- -se com
sensação de abandono.
Segunda causa: Medo da falta (e aqui, junta-se também o
fígado). Bulimia (ansiedade de fazer reservas). Pode ser por
falta de amor. A pessoa enche-se para preencher uma falta. É
com a nutrição que a pessoa tem a ilusão de preencher o vazio
da sua vida.
Estas pessoas, se são mulheres, engordam sobretudo nos locais
femininos e nas pernas. Se são homens, engordam sobretudo
ao nível dos ombros e da cintura escapuiar. E o homem que tem
receio de perder a pujança, que tem medo de perder o território.
Tem medo de perder os seus recursos. Pode ser do ponto de
vista sexual. Veja Dependência.
Terceira causa: Impressionar o adversário. No dia em que eu
for como o elefante, já ninguém me vai incomodar. Incho para
ser respeitado. Ganhar o respeito do outro. O gato faz isto.
Entre estas pessoas encontram-se os culturistas. Não se trata
forçosamente de gordura, mas também pode ser. São sobretudo
músculos que estão cheiinhos de água. Acabam, depois, por ser
recobertos de gordura. Aqui fala-se da necessidade de defesa
absoluta do inimigo.
Curiosamente, nestas pessoas, as omoplatas são muito frágeis
(zona do coração, das emoções). De facto, este tipo de
obesidade é próprio de pessoas que precisam de mostrar muita
pujança por fora porque se sentem muitos frágeis por dentro e
porque têm alguma dificuldade com o lado relacional e as
emoções.
Quarta causa: Sucesso na vida material (cultural).
Pessoas com grandes estômagos, com a barriga pendurada. Os
suspensórios mantêm e asseguram a imagem de sucesso. E
cultural.
O que impede o obeso de emagrecer é que ele olha para o que
gostaria de vir a ser em vez de olhar para o que é hoje.
Primeiro, é necessário aceitar-se como se é. Aceitar o conflito
de imagem, de aparência. Amar- -se em tudo o que se é. Vibrar
numa vibração genuína.
Por exemplo, um gordo a quem se reconhece competência,
começa a emagrecer. Porquê esperar que os outros lha
reconheçam? Por que náo começar consigo próprio?
As pernas de elefante (pernas gordíssimas) são próprias das
pessoas que têm medo do futuro. Preferem ficar inertes. As
mães diziam lhes sempre para ter muito cuidado.
Obstipação
A obstipação (prisão de ventre) é resultante de não querer dar,
de não querer oferecer, de não querer soltar. Mostra apego. A
pessoa agarra-se ao que tem. Pode ser a uma pessoa. Um
comportamento avarento reflecte-se no intestino grosso da
pessoa.
É muito próprio das pessoas agarradas ao dinheiro. Desejo de
apego ao material.
São pessoas que olham demasiado para o seu umbigo.
O intestino grosso está ligado ao submundo, ao inconsciente, ao
reino dos mortos. E, de facto, no intestino grosso que a
putrefacção se dá. Simboliza o lado nocturno do corpo.
A obstipação pode ser o corpo a mostrar que a pessoa tem
medo de deixar o seu inconsciente revelar-se à luz do dia. É a
tentativa de continuar a esconder e a reprimir informação sobre
certas crenças.
Veja Intestino grosso
Olfacto
O nariz assimila o lado subtil das coisas e mostra a relação com
o sopro, o ar, o céu. O nariz está em estreita relação com a vida
através do olfacto.
O olfacto dá volume e cor ao gosto e dele é indissociável, tal
como os dois olhos são indissociáveis um do outro. Problemas
de olfacto (crónico, não momentâneo) representam medo de
deixar entrar em nós as coisas subtis da vida, por falta de
autoestima.
A perda de olfacto pode ser provocada pelo medo de reconhecer
o animal que há em nós. De facto, no mundo animal, o olfacto é
uma óptima ferramenta de reconhecimento hormonal e portanto
sexual. O nariz prende-se com a sexualidade. A pessoa que tem
problemas de olfacto é também a pessoa que trava os seus
impulsos sexuais.
Olheiras
Olheiras permanentes indiciam cansaço dos rins. Podem
também ser o resultado de uma noite de alguns excessos e
então não constituem sintoma. Apenas uma relação de causa- -
efeito directa.
Olheiras frequentes no canto interior do olho, junto ao nariz,
falam de muita actividade das glândulas supra-renais.
Veja Rins e Suprarenais
Olhos
Muitas pessoas insistem que existe uma polaridade yin!yang em
função do lado da cara em que se encontra o olho. Do ponto de
vista da constituição da pessoa, é verdade que o olho direito é
yin (lado da Mãe) e o olho esquerdo éyang (lado do Pai) para
todos, canhotos e dextros. No entanto, do ponto de vista da sua
actividade, do seu funcionamento e da sua condição, no olho
não existe qualquer denominador comum para se saber se um
sintoma no olho se prende com o lado yang ou o lado yin.
Mas todos temos um olho director que é o olho da acção, que é
o olho yang, masculino. O outro é o olho do afectivo, do medo
do perigo, que é mais passivo e que é o olho yin, feminino. É o
que recebe.
Um exercício interessante seria observar qual é o nosso olho
director, se o direito se o esquerdo e depois de saber em qual
deles se tem mais sintomas.
No olho não vamos falar de problemas com o Pai ou a Mãe, mas
sim de comportamentos masculinos e de comportamentos
femininos.
Olhos - astigmatismo
Curvatura irregular da córnea. A pessoa deforma a realidade
mas não diz nada às pessoas à sua volta. Guarda isso para si.
Não aceita a realidade tal como está.
A pessoa está num mundo que ela se criou. E descobre o
melhor método de deformar o que não quer ver, criando o
astigmatismo.
Olhos - cataratas
A catarata embacia o cristalino e torna a visão turva. Torna-se
difícil ver com nitidez. E aquilo que se vê com alguma nitidez
parece ter um perfil aguçado, cortante, agressivo.
A pessoa corre uma cortina para não ter de ver o que a
incomoda. A pessoa tem a ilusão de afastar a perigosidade. Mas
isto torna-se perigoso, porque pode levar à cegueira.
Dá-se a pacificação do cristalino. Acontece nos idosos. Com a
presbitia começaram por tomar distância. Mas, agora, sentem-se
impotentes perante a morte. Pode ser a morte física como pode
ser a morte óbvia de um ciclo das suas vidas. E assim correm a
cortina. E aparece a catarata.
E a fatalidade. Compreendo, mas não quero ver. A pessoa pode
ter a sensação de: “Os meus filhos já não querem estar comigo”
ou “já não aguento estar com o(a) meu(minha) marido (mulher)
”.
Corre a cortina perante a realidade, põe um véu, não deforma,
mas resigna-se. São, normalmente, pessoas perspicazes a
caminho da sabedoria, mas que não conseguem sublimar o
sentimento de perigosidade. Acham que não podem fracassar.
A operação às cataratas consiste em retirar o cristalino, o que
não resolve a tensão, resolve o efeito, e assim o conflito irá
estender-se a outro lugar do corpo.
Olhos - cegueira
A cegueira é a expressão última, e muito traumatizante, da
pessoa muito mental, muito racional, que não quer ver outra
coisa senão a realidade que ela criou. Assim, o corpo obriga-a a
olhar para dentro. Seja através de um glaucoma ou de uma
catarata, por exemplo, ou mesmo através de um acidente. E
muito difícil fazer compreender esta tensão a alguém que ficou
cego. A cegueira de nascença prende- -se com a relação entre
os pais. Não é tão traumatizante como a cegueira em vida, pois
a pessoa não chegou a conhecer o sentido da visão. A criança
cega de nascença é uma criança que veio para trabalhar os
outros sentidos. E sobretudo a intuição.
A cegueira pode ainda dar-se devido a uma enorme elevação
espiritual da pessoa, que renuncia naturalmente ao corpo e, por
conseguinte, à visão, pois é com a intuição que ela governa a
sua vida.
Veja Glaucoma & Acidentes
Olhos — conjuntivite
A conjuntivite só acalma quando fechamos os olhos. Os olhos
estão magoados, estão inflamados. O corpo está a mostrar-nos
que há um conflito que nos magoa e ao qual fechamos os olhos,
ou seja, que não queremos enfrentar. E essa tensão prende-se
com o facto de a pessoa ter visto uma coisa que lhe meteu nojo,
que lhe pareceu suja. É preciso limpar. É preciso lavar o que se
viu.
A pessoa tem alguma dificuldade em aceitar e em soltar, em
centrar-se.
O sol representa a autoridade e as pessoas que têm conjuntivite
no contacto com o sol são pessoas que têm problemas com a
autoridade.
O vento representa a comunicação e as pessoas que têm
conjuntivite ao vento são pessoas com dificuldade de
comunicação.
Também existe a conjuntivite alérgica. Este fenómeno é
catalizado por uma alergia. Neste caso, veja Alergias
Olhos - daltonismo
Cegueira em relação à diversidade e ao colorido da vida. Afecta
as pessoas que tendem a ver tudo pardo, com indiferença e que
procuram varrer as diferenças. São as pessoas cinzentas.
É frequentemente problema do filho mais velho e só se dá nos
homens.
Em sociedade, os humanos transmitem o nome, o sangue. O
filho mais velho sempre teve o papel de representar o sangue, a
linhagem. Ele é o primogénito.
Mas o daltonismo não se dá obrigatoriamente no filho mais
velho.
A pessoa que não quer ver sangue pode não distinguir o
encarnado. Confunde o encarnado com outras cores.
A pessoa que se dá mal com a linhagem, com o sangue do seu
clã, pode ter problemas com a cor vermelha.
Também acontece com outras cores, mas é costume ser com o
vermelho.
Com os aristocratas, pode ser com o azul (sangue azul).
Olhos - descolamento de retina
Qualquer coisa demasiado horrível aconteceu para poder ser
vista. Não quero olhar. Choque muito grande.
A pessoa procura arrancar essa visão que teve e aí dá-se o
descolamento da retina. O corpo mostra o que a pessoa quis
ocultar.
A pessoa permanece incomodadís-sima com o que viu, não
consegue arrancá-lo e vive-o em silêncio.
Se se explica a alguém com os olhos saudáveis que algo foi um
horror, e que essa pessoa até então não tinha tomado
consciência disso, nessa altura, a pessoa pode criar um
descolamento da retina.
São quase sempre os idosos que têm este fenómeno.
Para manter o descolamento, basta a pessoa continuar a ver
coisas horríveis, seja mantendo-se em contacto com as pessoas
que protagonizaram o que ela viu, ou mesmo, por exemplo,
vendo horrores na tv, coisas que a pessoa não aguenta, mas
que não diz a ninguém. Assim, o descolamento permanece. A
tensão permanece.
Algumas pessoas com enorme miopia têm tendência a fazer
descolamentos de retina. As visões horríveis têm um efeito
imediato e forte nelas.
São pessoas mais sujeitas aos descolamentos de retina.
A visão de um horror cria destrutu-ração na vista. O laser é uma
luz coerente, estruturante. Por isso se cura o descolamento da
retina com laser.
Olhos — dislexia
Quando o Pai e a Mãe da pessoa não se entendem, quando
existe confusão entre o lado masculino e o lado feminino da
pessoa. A pessoa tomou para si, em silêncio, a tensão que
sentia pelo desentendimento entre os pais. O corpo encarrega-
se de mostrar essa tensão.
Olhos — estrabismo
Para podermos ver um objecto em toda a sua dimensão,
precisamos de duas imagens.
Mas, se os eixos visuais dos dois olhos não estiverem
alinhados, os olhos desviar-se-ão para dentro (estrabismo
convergente) ou para fora (estrabismo divergente), porque na
retina de um e do outro olho se formam duas imagens não
coincidentes. Assim, o cérebro opta por nos mostrar apenas
uma. E mostra-nos a do olho cujo eixo está certo.
E assim tudo fica plano, sem relevo nem profundidade. A pessoa
passa a ter uma visão distorcida, unilateral.
A pessoa com estrabismo é a que toma a decisão de ver a vida
de um só ângulo, seja o paterno, seja o materno.
Olhos — estrabismo convergente
Dá-se na pessoa que tem de ter debaixo de olho algo muito,
muito preciso.
A pessoa é muito controlada e procura evitar que algo aconteça.
“Estou de olho em ti!” “Não posso deixar a Mãe ir-se embora.”
Ou “não posso deixar o Pai ir-se embora”.
Começa por vezes mesmo antes do divórcio dos pais. Estou de
olho em vocês!!!
É o problema do vigilante. Mostra crispação, perigo muito
localizado. O problema ainda não aconteceu.
Olhos — estrabismo divergente
Um dos dois pais foi-se embora. Já aconteceu. Para olhar para
ambos os pais, tenho de olhar para dois sítios diferentes,
opostos.
Há animais que têm olhos laterais, as presas, que têm visão de
360°.
Os predadores têm os olhos frontais.
O estrábico divergente é a presa. A pessoa que tem medo de
ser agredida pelo que é. Sou vítima potencial. Acho-me uma
presa.
“Depois desta separação, o que me vai acontecer a mim?”
Olhos - glaucoma
Ao glaucoma, alguns também lhe chamam a catarata verde, por
oposição à catarata comum, à que chamam catarata cinzenta. E
devido a uma hipertensão no olho. A pressão interna ocular
aumenta.
Os olhos ficam vermelhões. Começou a destruição do olho. É
uma urgência oftalmológica e é um sintoma doloroso!
O olho funciona como uma lupa. A pessoa focaliza, concentra os
raios de luz. Neste caso, a pessoa tem uma contracção
progressiva do campo visual até se atingir a visão tubular, ou
seja, até se perder a visão de conjunto. Só se vê a zona que se
foca. O glaucoma mostra o medo obsessivo que a pessoa sente
de não conseguir alcançar o (aquele) objectivo a tempo.
A pessoa projecta a solução para cima de si com muito vigor,
numa situação que ela considera de perigo excessivo. E acaba
por precisar de procurar refúgio na falta de visão.
É uma atitude aberrante, pois nenhum objectivo pode ser tão
importante que seja necessário ficar cego por causa dele. O que
será mais perigoso afinal? Não alcançar o objectivo ou ficar
cego?
A pessoa com tendência para glaucoma sente uma enorme
insegurança e uma obstinação com a matéria. É uma pessoa
que precisa de tirar o pé do acelerador e fazer um ponto de
situação da sua vida. As suas prioridades estão completamente
invertidas. A pessoa está num círculo vicioso de comportamento
yang, muito guerreiro. E esse comportamento yang dá-se devido
à enorme insegurança que a pessoa sente.
Olhos - hipermetropia
A pessoa com hipermetropia vê mal de perto e vê bem ao longe.
E o oposto da miopia. Aqui, o perigo está longe. Está no futuro.
As sentinelas, por exemplo, podem vir a ter hipermetropia. A
pessoa está atenta ao perigo que vem de longe.
O hipermétrope, ao contrário do míope que tem, ele, os
músculos da nuca contraídos, muito hirtos (a nuca é a parte
yang do pescoço), tem a nuca dobrada para a frente. A cabeça
pendura-se-lhe, como numa ligeira corcunda.
O hipermétrope precisa de calma para ver bem. Aquele que quer
ver bem ao longe, tem de permanecer calmo.
Para o hipermétrope, a preocupação de poder ter de vir a mudar
é permanente. Uma mudança é sempre possível. Ele está
sempre à espreita, tal a sentinela.
O míope, ao contrário, quando o perigo se dá, já não tem tempo
para reagir. O hipermétrope antevê o perigo que vem de longe.
O hipermétrope tem futuro a mais na sua vida. Vive em
ansiedade.
O hipermétrope vive em apreensão, em ansiedade porque tem
medo de vir a ser apanhado. Por isso se diz que tem futuro a
mais na sua vida. Não gosta nada de surpresas. Está sempre
alerta para saber como lidar com elas.
O míope tem passado a mais na sua vida. Vive com medos.
O míope tem medo. Já foi apanhado uma vez. Não pode voltar a
acontecer. E por isso se diz que tem passado a mais na sua
vida.
O hipermétrope está atento para saber donde poderá (no futuro)
vir o perigo. Anda ansioso.
Para o míope, o perigo é imediato. O presente é perigoso. Anda
cheio de medo.
A hipermetropia não deve ser confundida com a presbiopia ou a
presbitia (vista cansada). O presbíope, ou presbita, precisa de
se distanciar e fazer um balanço.
Por experiência, conheço muitas pessoas que se livraram da
miopia. Sobretudo jovens. Livrar-se da hipermetropia é muito
mais complexo.
Olhos - manchas nos olhos
Opacidades variáveis no olho, com manchas cinzentas ou
brancas no interior do olho.
Estas manchas, estas sombras, são pessoas do passado da
pessoa que desapareceram (pessoas mortas ou apenas
pessoas que não voltou a ver) e cujo desaparecimento a pessoa
ainda não aceitou.
Mas não é apenas pena. E mesmo sofrimento.
Não se trata do mesmo sintoma do que as pintas nos olhos.
Caso precise, veja Olhos — pintas nos olhos.
Olhos - miopia
Dá-se quando a pessoa vê mal ao longe e bem ao perto. Ver
bem ao perto é que é importante para a pessoa. Ao perto é que
é preciso não falhar, para poder ver muito bem os perigos que
se aproximam. E costuma começar na adolescência ou mesmo
antes.
Os míopes vêem o mundo mais do que o ouvem. O essencial da
vida chega-lhes pela vista. O míope vê mal ao longe porque não
pode estar disponível senão para o que está perto. E deforma o
globo ocular.
A pessoa que vai passar a ser míope, vai sê-lo porque sentiu
que no passado foi pouco atenta, pouco vigilante. Recebeu uma
bofetada mas não a viu chegar. A bofetada já estava perto de
mais dela quando ela se apercebeu. Tarde de mais!
É a pessoa que virou uma esquina e foi surpreendida por um
perigo repentino, muito próximo, e cheio de movimento (a miopia
tomou origem numa dinâmica).
Algumas crianças viram míopes cerca dos seis anos quando
aprendem a ler.
E não é por esforçarem os olhos. Tem mais a ver com o
comportamento que elas consideram perigoso da(s) pessoa(s)
com quem aprendem a ler. Basicamente, o míope aos seis anos
tem medo das pessoas que estão perto de si.
O míope traz as coisas para perto de si. “O perigo está próximo
de mim!”
No míope, o cristalino está sempre em esforço. O míope está
sempre em esforço relativamente a qualquer coisa. Ele tem de
estar em dinâmica. Não é uma coisa espontânea. Está sempre
pronto para algo dinâmico.
Tem medo de tudo. Quando está confiante, pode retirar os
óculos.
O míope precisa de ser tranquilizado. Ele vê muito bem o que
está perto, mas detesta o que vem de longe e não quer prestar-
lhe nenhuma atenção por enquanto.
A miopia revela, portanto, uma enorme subjectividade e um
desconhecimento de si próprio. O que é que não quero ver?
Basicamente, o míope não quer ver- -se a si próprio, não quer
olhar para dentro. Quanto menos a pessoa se vê como é, mais
dioptrias terá.
Os jovens só costumam ver o imediato, faltando-lhes alcance e
visão de conjunto. A miopia começa na tenra idade. O indivíduo
recusa-se a ver-se a si próprio como um todo. Torna-se assim
susceptível e irritável ou defensivo, não querendo ser
surpreendido por nada que o possa surpreender. A miopia
obriga o jovem a olhar para o seu envolvimento de mais perto.
Para um dos pais, por exemplo.
O facto de o míope usar óculos desde bastante cedo faz que ele
se habitue a eles e que passe a julgar que ve tudo muito bem.
Mas não é verdade, é uma ilusão. As lentes de contacto são
ainda piores, porque se tornam invisíveis. As lentes e os óculos
apagam o chamamento do corpo.
A miopia pode muitas vezes ter sido programada (não
conscientemente) pelos pais. Mesmo quando se dá aos seis,
sete anos. Quanto mais cedo ela surge, mais isso tem a ver com
o programa dos pais (veja Família e Bebés).
O míope é intelectual. Ele precisa de muita informação, porque
está sempre em alerta.
O míope tem os músculos da nuca muito tensos. É aí que estão
os músculos que mandam na visão. E a nuca é a parte yang do
pescoço. O míope tem um comportamento yang para compensar
o seu enorme medo. E não sabe relaxar-se.
O míope tem passado a mais na sua vida. Vive com medos.
O míope tem medo (já foi apanhado uma vez. Não pode voltar a
acontecer) e por isso se diz que tem passado a mais na sua
vida.
Ao contrário, o hipermétrope vive em apreensão, em ansiedade.
(Posso vir a ser apanhado) por isso se diz que tem futuro a mais
na sua vida.
O hipermétrope está atento para saber de onde poderá vir o
perigo. Anda ansioso. O hipermétrope não se quer sequer deixar
apanhar. O míope já foi apanhado.
Para o míope, o perigo é imediato. O presente é perigoso. Ele
anda cheio de medo do futuro próximo.
A operação cirúrgica à miopia resulta e elimina os efeitos da
miopia, mas se a pessoa não resolver as tensões na
consciência, a miopia voltará a surgir muito rapidamente.
Por experiência, conheço muitas pessoas que se livraram da
miopia. Sobretudo jovens e jovens adultos. Livrar-se da
hipermetropia é muito mais complexo.
Olhos — nisfagmo
Quando a pupila está sempre a mexer.
O corpo mostra a incapacidade da pessoa de se afirmar: “Quero,
mas afinal não quero.” “Tenho o direito, mas afinal não tenho.” E
um problema ligado ao sistema nervoso. Mostra a incapacidade
de decisão da pessoa. E um sintoma que não vem só. Vale a
pena perguntar-se como estão, por exemplo, os dentes desta
pessoa. O nistagmo mostra uma tensão de duas ideias
contrárias que assaltam a pessoa, sem que esta se consiga
decidir por uma.
Olhos - olho seco
Pessoa que está numa fase muito yang, muito masculina. “Um
homem não chora.” Pessoa que endureceu a sua vida quanto
aos sentimentos e às emoções. Pessoa que pode ser maldosa.
Prefere morrer a perdoar. Mostra uma recusa de ver com amor.
A pessoa está muito zangada.
Olhos - opacidade no centro do olho
Os olhos têm, por um lado, bastone-tes (pauzinhos) que são
especializados na visão no escuro e na luminosidade. Estão na
parte lateral do olho. Nos animais, as presas têm olhos laterais.
Por outro lado, os olhos têm cones, que estão ao centro do olho
e que permitem a visão muito precisa. Os predadores têm este
tipo de visão.
O programa mental de vida dos seres humanos, na sociedade
de hoje, é o de não ser esmagado, de ser predador. A sociedade
decide que a pessoa tem de ter sucesso a qualquer preço, se
não é esmagada.
As pessoas que aderem ao tipo de programa da sociedade só
vêem o que têm mesmo em frente dos olhos (cones). E vêem
muito mal no crepúsculo (pauzinhos não funcionam).
O homem tem medo do escuro. Só quer viver na claridade, na
luz.
A pessoa que tem opacidades no centro do olho, ou seja, que só
vê com visão lateral, é a pessoa a quem o corpo está a dizer:
“Tens sido demasiado yang, demasiado predador. Pára de ser
tão yang?
Olhos - pintas nos olhos
Pressão arterial nos olhos.
A pessoa precisa de estar vigilante em relação a um stress.
Não é a mesma coisa que manchas nos olhos. Caso precise,
v&)a.Manchas nos olhos. Também não é o mesmo do que
glaucoma, embora o glaucoma também se caracterize por
pressão ocular alta.
Olhos - presbitia
Também se lhe chama vista cansada.
A pessoa que tem presbitia precisa de alongar os braços para
ver bem. Para ver ao perto, precisa de se afastar do objecto.
Toma distância, afasta-se. Faz um balanço. Está mais perto da
morte.
Está tudo bem, mas que fiz eu da minha vida?
Começa geralmente no princípio da segunda parte da vida da
pessoa.
E a busca de um sentido. “Só me faltam x anos. E tenho ainda
tanto para fazer. Ah!, se eu pudesse recuar este prazo...”
O idoso deveria ser mais sábio e adquirir visão de conjunto. E
pena que muitos só consigam ver bem à distância quando a
presbitia os impede de ver bem ao perto. O que o corpo mostra
ao presbita é que ainda tem muito caminho para andar pela
frente. Que pode ver muito bem ao longe. Só que, para o obrigar
a isso, diminui-lhe a capacidade de olhar para perto, para o
detalhe.
Na nossa sociedade ocidental, o velho não cultiva a sabedoria e
arrepende-se de ser velho e de não ter vivido o suficiente.
Nostalgia. “Ah, se estivéssemos alguns anos antes!”
Aliás, é comum que a memória dos idosos seja incapaz de
recordar os acontecimentos mais recentes, mas que se recorde
com exactidão dos do passado.
A hipermetropia não deve ser confundida com a presbitia.
O presbita precisa de se distanciar e fazer um balanço.
O hipermétrope vive em apreensão, em ansiedade: “Posso vir a
ser apanhado!”
Olhos - retinite pigmentaria
Pigmentação intensa do olho, o que leva a pessoa a ficar na
obscuridade. E uma conjuntivite elevada à potência dez. A
melanina serve para proteger. É como o sinal na pele. Protege.
Mas deve proteger quanto baste e não deixar a pessoa na
obscuridade.
Ora, de facto, quando falámos da conjuntivite, dissemos que só
acalma quando fechamos os olhos. Os olhos estão magoados,
estão inflamados. O corpo está a mostrar-nos que há um conflito
que nos magoa e ao qual fechamos os olhos, ou seja, que não
queremos enfrentar. E essa tensão prende-se com o facto de a
pessoa ter visto uma coisa que lhe meteu nojo, que lhe pareceu
suja. Só que aqui, em vez de lavar, a pessoa tapa com
pigmentação.
Quando a pessoa precisa de se proteger, isso mostra que a
pessoa presenciou alguma sujidade, algo que lhe meteu nojo.
É o conflito da sujidade mas localizado na visão.
A pessoa gostaria de tornar a retina opaca para que não ficasse
suja.
A pessoa vai cegando progressivamente.
Olhos - treçolho
A pessoa precisa de deitar fora qualquer coisa que viu. E de que
não gostou. Está zangada com alguém. Normalmente, é com o
parceiro.
A aliança (símbolo da união, do parceiro) cura o treçolho.
“Falta-me uma parte de mim.” E a aliança pode dar a sensação
de devolver a parte de si que a pessoa sente que perdeu.
Ombro
É a articulação mãe dos membros superiores.
Eixo yang, eixo masculino, eixo da vontade, simbolizado pelo
Pai.
Uma pessoa com ombros grandes é uma pessoa mais
masculina, com mais hormonas masculinas. Hoje em dia, com a
masculinização da mulher, as mulheres têm ombros muito mais
largos, em alguns casos muito específicos.
As pessoas com os ombros descaídos são pessoas, regra geral,
inofensivas, pouco agressivas, embora por vezes o seu
comportamento queira demonstrar o contrário, mas sem
sucesso.
As mudanças de ritmo na acção estão no ombro. Por exemplo,
no ténis, no movimento de serviço e no golfe, no swing, ou no
andebol, no remate à baliza, a chicotada que o ombro imprime
acelera o ritmo.
A pessoa precisa de imprimir velocidade a alguma coisa que
deve ser feita. E é com o ombro que o faz, seja no desporto ou
na sua vida de todos os dias. Quando a pessoa não consegue
esta aceleração, sente-se desvalorizada e acontece o problema
no ombro. Os problemas das articulações prendem-se sempre
com desvalorização.
A pessoa com problemas de ombros tem a sensação de que o
futuro não chega suficientemente depressa ou então que os
seus objectivos são a demasiado longo prazo. Os ombros
representam o que vem do passado para se projectar no futuro.
Terei o braço suficientemente comprido para lá chegar?
Problemas de ombros mostram desvalorização porque a pessoa
tem falta de flexibilidade quanto ao seu padrão mental. Se a
pessoa tem lesões, isso mostra que o seu padrão mental não
funciona.
Em quase todos os casos, o ombro direito é yang (masculino) e
o esquerdo é yin (feminino). Num canhoto como num dextro.
Problemas no ombro yang mostram inflexibilidade e também
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (um
homem?) ou a crenças obsessivas da pessoa]. A pessoa quer
chegar mais longe do que o razoável. Insiste, é teimosa,
guerreira, algo bruta e só quer perseguir o seu objectivo. Os
objectivos cegam a pessoa. O modelo de Pai (no caso de a
pessoa ser Pai) é capaz de estar a ser tomado demasiado à
letra. Ora, como a pessoa tenta alcançar o inalcançável, as suas
crenças mais profundas relativamente à sua capacidade de
materializar a sua vontade e os seus objectivos são postas em
questão ou abaladas e a pessoa sente-se desvalorizada.
Problemas no ombro yin mostram inflexibilidade e também
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças obsessivas da pessoa]. A sensibilidade
da pessoa sente-se ferida no seu percurso para alcançar o
objectivo. Mostram um comportamento que viola a sensibilidade
e a fragilidade da pessoa também no que diz respeito a
objectivos. Talvez o modelo de Mãe (no caso de a pessoa ser
Mãe) esteja a ser tomado demasiado à letra.
Problemas de ombros prendem-se com o facto de a pessoa
querer intervir em questões que não lhe dizem respeito, seja
para acelerá-las, seja para as mudar. Enfim, a pessoa estica-se
para chegar onde não pode. Neste caso, são comuns os
problemas de tendão no ombro que são, aliás, muito dolorosos e
que obrigam a pessoa a estar quieta.
Não conseguir mexer o ombro é não ver qualquer futuro na sua
acção. E permanecer inflexível na sua maneira de pensar e na
fixação dos seus objectivos, na obstinação de que as coisas
ocorram como a pessoa quer.
As fracturas do ombro representam um choque a nível das
crenças profundas relativas à dificuldade de actuar e ao mesmo
tempo um enorme alívio da pressão que a pessoa sentia.
Pessoas que têm raiva acumulada têm tensões crónicas nos
ombros, no pescoço e nos braços.
Borbulhas nos ombros mostram tensão de separação e,
sobretudo, dificuldades de comunicação com o Pai, ou com o
homem, ou com alguém que desempenhe uma função
tipicamente masculina.
Veja também Clavícula.
Para consultar ombros curvados, ci-fose, corcunda, veja
Vértebras dorsais.
O ombro é uma articulação. Os ossos de uma articulação são
mantidos em posição adequada por ligamentos e tendões que
permitem apenas os movimentos normais. Os músculos são
também determinantes na manutenção da estabilidade da
articulação, sendo esta encerrada numa cápsula fibrosa, no
interior da qual um fino véu (mucosa da cápsula da articulação)
produz permanentemente uma pequena quantidade de líquido,
designado como líquido sinovial, que actua como lubrificante e
nutriente da cartilagem. Numa articulação normal, os topos dos
ossos que a compõem estão cobertos por uma “capa” de
material elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o
deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que
absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na
carga.
A artrose resulta da destruição progressiva dos tecidos que
compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo
à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos
movimentos. No estabelecimento da artrose, começa por ocorrer
uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e
elasticidade, o que diminui a sua eficácia. Na ausência de parte
ou da totalidade da “almofada” da cartilagem, os ossos roçam
directamente entre si, causando sensação de atrito, inflamação,
dor e limitação de movimentos. Em fase evolutiva bastante
avançada, fragmentos da cartilagem ou do osso subjacente
podem soltar-se para o interior da articulação e limitar ou
mesmo bloquear os seus movimentos.
As ancas, os joelhos, os ombros, os pés e os dedos das mãos
são os mais frequentemente atingidos.
Omoplata
Ômo vem do latim e quer dizer ombro, espádua. Plate vem
também do latim e quer dizer chato, plano. A omoplata é,
portanto, o osso plano do ombro.
É um osso largo e plano situado na parte posterior do tórax
superior.
Protege, pela parte de trás, o coração e os pulmões, órgãos
contidos na cavidade torácica, que são órgãos de comunicação,
de sentimentos e emoções bastante frágeis. A zona do coração
representa as emoções e a zona dos pulmões representa a
relação com o exterior. Fracturas nas omoplatas, que são ossos,
mostram que a pessoa sentiu uma desvalorização forte, mas
que, ao quebrá-las, sentiu também um alívio na tensão grande
que estava a sentir. Ora esta desvalorização foi sentida nos
ossos que protegem a zona torácica pela parte de trás. Quer
dizer que a pessoa, neste caso, sentiu uma agressão por parte
de alguém relativamente às suas emoções. Alguém agrediu a
pessoa relativamente àquilo que ela sentia. Como se a pessoa
não fosse autorizada a sentir o que sente. Mas a particularidade
aqui é que a agressão foi à traição, pelas costas.
Em quase todos os casos, a omoplata direita é yang (masculina)
e a esquerda é yin (feminina). Em canhotos e dextros.
Problemas na omoplata yang mostram que a pessoa se sentiu
agredida nas suas emoções, à traição, por um homem e, na yin,
mostram que a pessoa se sentiu agredida nas suas emoções, à
traição, por uma mulher.
Orelhas
Na orelha vê-se todo o corpo e o tamanho dos rins.
Quanto maiores as orelhas, mais fortes os rins, do ponto de
vista da sua constituição, e mais forte também toda a
constituição física da pessoa. Quanto mais grossas e grandes,
melhor para a boa constituição da pessoa.
A forma da orelha é a forma invertida de um feto. Aliás, a
acupunctura na orelha (a auricupunctura) parte do princípio de
que a orelha representa o corpo todo.
A parte inferior da orelha representa assim a parte de cima do
corpo. Ter um lóbulo caído, solto e comprido, é muito bom. É
sinal de boa constituição.
A parte de cima da orelha representa os órgãos interiores.
Uma má formação de uma orelha pode indiciar um problema de
rins. Se for na orelha direita, será no rim direito. Mostra uma
propensão, não uma obrigação. Uma lesão na parte de baixo da
orelha pode revelar tensões na parte superior do corpo (na
cabeça) e uma lesão na parte superior da orelha pode mostrar
tensões emocionais fortes.
Veja Ouvidos
Osso (fracturas)
A estrutura óssea representa as crenças mais profundas. É a
carcaça, a armação sobre a qual se apoiam todos os tecidos do
corpo. O esqueleto e os ossos representam a nossa estrutura
interior.
No osso existe uma consciência de si.
A estrutura óssea é onde se encontra a desvalorização profunda
do ser. “O meu acto não foi adequado.”
A pessoa que deseja, após a morte, fazer-se incinerar porque
considera que não vale nada e que não vale a pena ficar a
ocupar espaço e a incomodar os outros que cá ficam, pode estar
a fazê-lo por pura desvalorização. E aí os ossos podem ser
afectados.
Um homem enganado que sente uma grande desvalorização vai
ter problemas de ossos. Uma mulher, não. A mulher sentirá esta
tensão num dos seus órgãos femininos. Para um homem muito
masculino, muito macho, o facto de se sentir enganado constitui
um desfalecer total dos seus alicerces e das suas crenças. Por
isso, afecta-lhe os ossos.
A estrutura óssea mostra firmeza e realização. A desvalorização
específica e intensa aparece nos ossos. Um osso que partiu,
quando calcifica, não volta a partir no mesmo local. Tornou-se
mais forte.
Partir um osso é libertar uma imensa energia. Quando a
fractura se dá, o stress diminui. E depois póe-se gesso para
imobilizar o osso e a pessoa acalma, liberta-se e sorri.
Quando se dá uma fractura num osso, de facto é o corpo que
pede que se rompa com uma crença do passado e que se mude.
A fractura é normalmente resultado de uma actividade dinâmica,
física ou mentalmente. Acontece às pessoas demasiado activas.
O corpo diz: “Pára, vai por outro caminho.” A pessoa que
fractura um osso é uma pessoa que se tornou muito rígida e
inflexível no que andava a fazer como actividade.
Quando se fala de ossos, é importante distinguir os três níveis:
O osso propriamente dito, a medula óssea e o periósteo (a pele
do osso).
Por exemplo, quando fracturamos um osso, a dor é no periósteo.
É na pele do osso. É aqui que o osso se liga à consciência,
através da dor. Aqui está o contacto. Aqui dá-se a separação na
acção, a partir do que fiz mal ou do que simplesmente não fiz.
Esta parte do osso, a pele do osso, é mais dinâmica do que a
pele do corpo.
A dor no osso apela à imobilidade. Devo parar para repensar as
minhas acções. Dor contínua leva à paragem.
A dor é noventa por cento periostática e pode por conseguinte
ser trabalhada pelo psíquico, dez por cento é, no entanto,
verdadeiramente física e aqui é muito mais difícil lidar com ela e
portanto tem de se recorrer ao analgésico.
O osso pertence ao aparelho locomotor. O lado direito do corpo
é yang, masculino, e o lado esquerdo é yin, feminino. No
canhoto como no dextro, mas esta polaridade não é sempre
assim. É, pois, importante olhá-la com cuidado.
Observe cada parte do corpo em particular.
Veja Medula óssea
Osso ilíaco
O ílio é o osso par que sentimos quando sentamos cada uma
das nádegas numa superfície dura. Encontra- -se por
debaixo/detrás de cada uma das nádegas e faz parte da bacia.
Costuma falar-se do sacro-ilíaco, que é a zona que abrange as
vértebras sacras e os ossos ilíacos.
Veja Vértebras sacras
Osso púbico
É um osso transversal que se encontra na parte inferior da
barriga. É uma das protecções da pélvis, que é onde reside o
nosso não consciente relacional.
Protege, pela parte da frente, a bexiga, a parte inferior do
intestino grosso e a parte genital, órgãos contidos na cintura
pélvica, que são órgãos de eliminação e de reprodução.
Fracturas no osso púbico mostram que a pessoa sentiu uma
enorme desvalorização. Ora esta desvalorização foi sentida nos
ossos que protegem a bexiga, o cólon e as partes genitais. A
bexiga está ligada a conflitos de marcação de território. O cólon
prende-se com uma contrariedade familiar, a problemas no lar, a
uma sensação que a pessoa tem de que o que lhe fizeram é
nojento, infame. As partes genitais prendem-se com a
capacidade de viver as impulsões sexuais e a capacidade de
procriação. O lar desta pessoa está a desfazer-se. O que se
passa com a vida íntima desta pessoa?
Osteomielite
Do grego osteos, que quer dizer osso e myélos, que significa
medula.
Inflamação da medula óssea, usualmente causada por infecção
por bactéria ou por fungo, que pode permanecer localizada ou
difundir-se, comprometendo a medula, a parte cortical do osso e
o periósteo.
Segundo alguns médicos, este termo é incorrecto, pois este
sintoma corresponde a uma inflamação não da medula óssea,
mas apenas da parte cortical do osso.
Mostra dor emocional. Raiva e frustração relativamente à própria
vida. “Sinto-me sem apoio”, desvalorização, anulação de si
próprio.
Veja Medula óssea
Osteoporose
Quando se tem poros (buracos) nos ossos. A osteoporose é
provocada por um forte sentimento de desvalorização da
pessoa. É comum encontrá-la nalgumas pessoas mais idosas,
em pessoas acamadas por muito tempo e nas mulheres com
menopausa.
Ora cada uma destas categorias de pessoas sofre à sua
maneira de uma tensão de desvalorização, criando as condições
necessárias para que a osteoporose apareça: “Não presto para
nada. Estou a ficar caduco(a).”
E, ainda por cima, esta pessoa considera que não merece apoio
na sua vida inútil.
Os médicos tratam a menopausa como se fosse uma doença. A
menopausa significa uma grande mudança hormonal, mas é um
fenómeno natural (veja Menopausa).
A mulher africana, quando deixa de ser fértil, pode deixar de ser
reprodutora e assim fazer parte do conselho dos sábios. O clã
volta a interessá-la.
Ela passa a poder funcionar com os seus dois cérebros e já não
só com o feminino. Esta mulher não tem osteoporose porque
não sente desvalorização.
A menopausa é uma fase de reavaliação do projecto de vida da
mulher.
Cinquenta anos, em hebreu, quer dizer jubileu, alegria.
Uma mulher que vive bem a sua menopausa não tem
osteoporose. Uma mulher que vive bem a velhice também não.
Otites
Veja Ouvidos
Ouvidos (otites, surdez)
Na natureza, os sentidos dos animais são essenciais, o olfacto,
o tacto, o paladar, a visão e a audição. A audição é
extremamente desenvolvida nas presas para que o animal possa
fugir às agressões.
As otites ocorrem normalmente na trompa de Eustáquio. Ora a
trompa de Eustáquio faz parte do aparelho digestivo. Vai da
orelha à boca. A trompa de Eustáquio é o intermediário entre o
som que oiço e o naco (o alimento físico ou virtual, afectivo) de
que devo apropriar-me, ou seja, entre o que oiço e como me
alimento. A tensão da pessoa é “não digiro o que oiço”.
Normalmente, é o que se ouve dos pais ou o que se ouve sobre
os pais ou sobre um dos pais.
As otites e as dores de ouvidos ocorrem sobretudo na tenra
idade das crianças, idade em que devem alinhar-se, obedecer. É
também nesta idade que as crianças ouvem coisas de que não
gostam, que as incomodam, dos pais ou dos adultos. A criança
que se sente magoada com o que ouve mostra essa dor através
da otite.
Convém procurar o que se passa entre os pais, o que terceiros
dizem deles, o que dizem um ao outro, o que dizem da criança,
se gritam, etc.
A faculdade de escutar é uma expressão corporal de humildade,
de sabedoria, de disciplina.
Adultos com problemas de audição são pessoas que se
protegem do que ouvem. Pessoas surdas, ou que ouvem mal,
são pessoas que não ouvem porque não querem ouvir o que
não lhes agrada para não se sentir agredidas. Porque, de facto,
sentem-se agredidas com quem náo concorda com elas. São
pessoas egocêntricas. É muito difícil explicar isto a alguém com
surdez, precisamente porque a pessoa não quererá escutar.
A surdez ocorre com mais frequência com os velhos muito
mentais, muito obstinados, que só querem fazer o que têm na
cabeça e que acabam por maçar todas as pessoas à sua volta.
Os velhos na sociedade ocidental, dita civilizada, têm tendência
a tornar-se intolerantes e inflexíveis. A velhice apenas póe a nu
todos os problemas que a pessoa não resolveu durante a sua
vida.
O corpo do surdo está a dizer-lhe “olha para dentro, escuta o
que vem de dentro, não sejas casmurro...”. Se a pessoa olhar
para dentro, também estará mais apta a ouvir os outros. De
facto, quem olha para dentro centra- -se e comunica com a sua
intuição. Ao comunicar com a intuição, terá mais capacidade
para ouvir os sinais que gravitam à sua volta. Ora o que os
outros nos dizem são sempre sinais para nós.
Há bebés que nascem surdos. Neste caso, é indispensável olhar
e perceber a relação entre os pais durante a gravidez ou mesmo
durante o parto. Uma criança que vem ao mundo surda é uma
criança que já vem bloqueada relativamente à comunicação com
os outros. Veja Bebés, Gravidez e Parto.
Se um dos pais faleceu durante a tenra idade da criança, é
importante também perceber o que a criança ouviu dizer sobre o
pai após a morte.
A criança que não pode fugir dos seus agressores verbais tem
de desligar os ouvidos.
Nos ouvidos, a polaridadeyinlyang de qualquer sintoma em
função do lado direito ou do lado esquerdo não é possível de
determinar a priori.
Muitas pessoas insistem que existe uma polaridade yinlyang em
função do lado da cara em que se encontra o ouvido. No
entanto, não existe qualquer denominador comum para se saber
qual o ouvido yin, feminino, e qual o ouvido yang, masculino, em
função do lado em que o problema surge.
Não é possível deduzir se, quando a criança tem uma otite do
lado esquerdo, ou quando ensurdece do lado esquerdo, tem um
problema com o Pai ou com a Mãe.
De facto, a criança pode sentir-se magoada pelo que ouve do
Pai (o que o Pai lhe diz) e aí é provável que tenha um problema
com o Pai, ou sentir-se magoada pelo que ouve sobre o Pai (por
exemplo, pelo que a Mãe lhe diz sobre o Pai) e aí é provável
que o seu problema seja com a Mãe e náo com o Pai.
Ovários
Os ovários constituem as gónadas femininas.
São o reservatório da força da Terra, yin, feminina. São a
essência da Feminilidade. Os homens não têm ovários. Os
ovários são para as mulheres o que os testículos são para os
homens. Tirar os ovários a uma mulher provoca-lhe o mesmo
efeito energético que tirar os testículos a um homem.
As hormonas destas glândulas controlam as características
sexuais como crescimento de pêlos, de mamas, etc. Tanto o
homem como a mulher possuem hormonas masculinas
(testosterona) como femininas (estrogénios), mas em
proporções diferentes.
Problemas nos ovários mostram a perda ou a sensação de
perda de um ente querido. Pode ter sido de um namorado ou de
um filho, etc.
A polaridade dos ovários não é óbvia, mas, por questões de
diagnóstico, deve começar-se por considerar que o ovário direito
é yang e que o esquerdo é yin para todas, dextras como
canhotas, mas sem certezas. Problemas no ovário yang
mostram a perda de um ente querido masculino e, no ovário yin,
de um ente querido feminino.
Assim, o ovário yang mostra a perda de um enorme amigo
masculino, de um namorado, de um filho, ou de alguém do sexo
masculino de quem a pessoa gostava muito. O ovário yin mostra
a perda de uma grande amiga, de uma namorada, de uma filha
ou de alguém feminino de quem a pessoa gostava muito.
Mas esta polaridade do ovário, de qualquer modo, não é muito
importante, pois a pessoa rapidamente identifica com qual ente
querido sentiu a perda.
O cancro nos ovários torna-os muito mais produtivos. Como se o
corpo estivesse a mostrar a ânsia que a pessoa tem de criar, de
gerar um novo ente querido para substituir o que desapareceu.
Aqui estamos em presença da típica necessidade de proteger a
espécie antes do indivíduo. Porque, de facto, eis uma pessoa
que oferece uma parte do seu corpo para conseguir virtualmente
(essa é a ilusão) recuperar uma pessoa que desapareceu da sua
vida.
Quando a tensão que a pessoa sente é enorme e não é
verbalizada, não é exteriorizada, a pessoa contrai um cancro.
Quando não é tão grave, a pessoa contrai um quisto.
Os quistos nos ovários duram cerca de nove meses a formar-se.
Não deixa de ser curioso demorar nove meses, pois é o tempo
da gestação normal antes de um parto.
4
Paladar
O paladar depende directamente da acção da língua.
Nos animais, a primeira coisa a contactar com o alimento é a
língua.
A língua saboreia os líquidos. A língua é um canal para levar o
líquido, a água. E a língua que permite reconhecer o alimento.
Problemas de paladar estão ligados à capacidade de reconhecer
o que é bom do que é mau e a viver a vida com alegria. Com
gosto. Com paladar.
A princípio, bastava distinguir o doce do amargo. Hoje, tudo se
complicou.
Os cheiros e sabores artificiais dificultam-nos o paladar.
O paladar é muito próximo do olfacto. O olfacto dá volume e cor
ao gosto e dele é indissociável, tal como o são os dois olhos
entre si. Frequentemente, quem não tem olfacto também fica
com o paladar muito diminuído.
Tanto o paladar como o olfacto estão ligados à nossa
capacidade de deixar entrar em nós as coisas subtis da vida e
de as saber distinguir das que não são boas para nós. A pessoa
sem paladar não está muito interessada em sentir os sinais
subtis.
Veja Olfacto
Palato
O palato é a parte superior da boca, que a separa das fossas
nasais. É também chamado o céu-da-boca. Ora é na boca que
se digere a matéria, oriunda da força da Terra, que nós
ingerimos sob a forma de alimento. O palato é o que impede a
matéria, que estava ao nível inferior, de ser levada para cima
(para o cérebro), para o céu, para o nível superior. Ora a força
da Terra é representada na família pela Mãe e a força do Céu
pelo Pai. Problemas no palato mostram a confrontação da
pessoa com a memória do que se passou na família. “Não
engulo isto! Preciso de uma boca muito maior!”
Uma criança que nasce sem palato mostra que existe um
conflito entre os dois pais. O que o corpo mostra é que o palato
da criança é pequeno de mais. Que a pessoa tem de conseguir
engolir um naco bem maior para poder sobreviver. Que a pessoa
tem de ter muito, muito espaço para o que tem de digerir.
Paludismo
E provocado pela picada de mosquito (de mosquito fêmea,
segundo parece) que habita as zonas tropicais ou subtropicais.
A partir da picada dá-se o desenvolvimento de parasitas no
sangue, nos órgãos internos, destruindo pouco a pouco os
eritrócitos (glóbulos vermelhos). A pessoa tem febre com
intermitência, anemia, o baço incha e, por vezes, o fígado
também. Em primeiro lugar, é preciso dizer que as pessoas
citadinas, habituadas a um distanciamento do campo e da vida
natural, podem sentir algum desequilíbrio em relação à natureza
selvagem e à vida. Este dado incita as autoridades a tornar os
tratamentos preventivos para este tipo de picadas de mosquito
obrigatórios para quem se desloque a zonas tropicais e
subtropicais do planeta.
Nem todas as pessoas apanham paiudismo após as picadas
destes mosquitos nas zonas tropicais. Mas há quem apanhe
paiudismo. As palavras que há que reter aqui são picada e
parasita.
Quando a pessoa é picada regularmente por insectos isolados, o
corpo está a mostrar que a pessoa é dura com ela própria, que
precisa de se castigar e que provavelmente sente culpa em
relação a coisas pequenas. Não está em questão aqui ser
picado por um enxame de mosquitos. Aí, todas as pessoas são
picadas.
Se a pessoa citadina resolveu ir para uma zona subtropical
infestada de mosquitos, onde todos os citadinos são picados, há
que perguntar-se por que razão se lá foi enfiar. Por que se
expôs a ser picada? O que se passa na vida da pessoa para ela
precisar de ser picada?
Quando a pessoa se deixa invadir por parasitas, isso mostra que
a pessoa não está centrada, que não tem um alinhamento entre
o ser interior e o ser exterior e que, embora não
conscientemente, está a entregar o poder aos outros. Está a
aceitar que os outros controlem a sua vida. Deixa-se sugar por
É
outros. A pessoa tem falta de autoestima. É incapaz de dizer
Não com firmeza.
A pessoa que apanha paludismo é assim a pessoa que
procurou, por alguma razão, ir para um lugar onde se sentia
indefesa e, ainda por cima, fê-lo por ter pouca autoestima.
Estaria descentrada, com pouca firmeza para dizer Não,
abdicando assim do seu poder pessoal. Porquê? O que se
passa na vida dessa pessoa para precisar de se anular assim?
Pancardite
Inflamação do pericárdio (saco que reveste o coração e as
raízes dos grandes vasos), do miocárdio (músculo responsável
pelo bombeamento do coração) e do endocárdio (camada
interna do coração). Pan quer dizer total.
Eis uma pessoa que não consegue de todo lidar com as suas
emoções e que se sente profundamente agredida por alguém
chegado, alguém próximo, seja do casal ou da família As
emoções alteram o coração. Tudo o que tem a ver com paixão,
com emoção na relação, é no coração que se passa. É o
sintoma dos amores, das paixonetas. “Destroçou-me o coração!”
Parece que me arrancou o coração. Tenho o coração aos pulos.”
Mas, quando o indivíduo controla (ou seja, quando o indivíduo
faz intervir o processo mental, o cérebro, nas emoções) as suas
emoções naturais, medos, alegrias, paixões, tristezas, invejas,
os problemas começam. A mente começa a controlar estas
emoções naturais, mercê de crenças ou de outro tipo de regras
que a pessoa se impõe, consciente ou inconscientemente. De
facto, quando o processo mental cartesiano intervém, desregula
o coração (e desregula também outros órgãos).
A pessoa com problemas de coração é uma pessoa que não
aceita nem vive as suas emoções. É uma pessoa muito yang,
com um comportamento muito masculino, é uma pessoa
guerreira.
Problemas emocionais de longa data que a pessoa não enfrenta,
falta de alegria, crença na necessidade de esforço e stress, são
bons ingredientes para criar problemas de coração.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula com duas funções.
Tem uma função exócrina, pela secreção externa do suco
pancreático que é enviado para o duodeno. E uma função
digestiva. Digere as gorduras.
E tem uma função endócrina, pela secreção interna da insulina
que actua na absorção do açúcar pelas células do corpo e que
regula os níveis do açúcar no sangue. Assim, na sua função de
regulador do sangue, o pâncreas é uma glândula endócrina e
faz parte do sistema endócrino.
O lado exócrino não tem de ter influência no lado endócrino
forçosamente.
O pâncreas é um órgão trabalhador e atarefado. É o órgão
interno mais yang, mais masculino, do corpo humano. Faz
parelha com o baço, que é um órgão mais feminino. Aliás, na
medicina chinesa, chama-se-lhes o baço-pâncreas.
Ambos pertencem ao elemento terra dos cinco elementos
orientais.
Pâncreas quer dizer, literalmente, “feito de carne”.
Pan significa o todo, o universo, o deus da criação. Crea quer
dizer carne.
Aqui projecta-se tudo o que diz respeito ao valor da alma. A
carne é perecível mas a alma perdura. Aqui manifesta-se muito
a relação com a força do Céu, ou seja com o Pai biológico, ou
com o marido, ou com o modelo de homem que a pessoa
tem/teve na sua vida.
Uma escalada de sintomas físicos termina normalmente com
sintomas no pâncreas.
Pâncreas — glândula endócrina (diabetes)
A pessoa, antes de ter sintomas de diabetes, tem uma sensação
de não poder fazer reservas de açúcar. Em tempos, chamava-se
à diabetes, em certos países, “diarreia de açúcar”, o que, afinal,
quer dizer “diarreia de amor”.
Ao diabético, o açúcar escapa-se lhe pela urina.
O diabético é incapaz de assimilar e armazenar açúcar nas suas
próprias células. O corpo do diabético está a mostrar à pessoa
que ela se priva de amor. A palavra diabetes deriva do grego,
que significa atirar ou passar através de algo.
Ora o pâncreas secreta um açúcar que é muito alcalino. Por isso
a diabetes provoca a hiperacidulação do corpo. A pessoa fica
avinagrada, ácida, agressiva.
O corpo está a mostrar à pessoa que quem não ama se torna
azedo. Que quem se afasta do açúcar, da doçura, do amor, se
torna ácido.
Ou seja, aquele que não sabe diver-tir-se torna-se insuportável.
O diabético deseja amor, mas não se atreve a procurá-lo. Fica
eternamente à espera. Ele não aprendeu o que era o amor.
Aqui, a palavra-chave é amor. Receber amor ou afastar-se do
amor.
Peguemos agora num exemplo animal.
Quando um animal morre, o cheiro é nauseabundo. O animal
que ficou compreende que o cheiro é mau e não fica por perto.
Vai-se embora. E repugnante. E nojento. É assim que a natureza
faz que, por instinto, o animal se afaste da morte e então
sobreviva. Pelo cheiro nauseabundo.
A imagem da diabetes é a do animal que fica perto do que é
nauseabundo e não se vai embora. E por que ficaria um animal
perto de outro que morreu? Só acontece de facto no caso de
uma cria cuja mãe morreu. E que a cria não sabe para onde ir. E
permanece ao pé do cadáver nauseabundo e nojento. E cria a
diabetes.
Na diabetes, a tensão da pessoa tra-duz-se por: “Não consigo
opor-me ao destino. E não recebo a minha quantidade correcta
de açúcar (de amor, de afecto). Gostaria de sair disto porque me
repugna, mas não consigo.”
Assim, da palavra-chave amor, chegámos a outra: nojo
(repugnância).
Aqui, a tensão prende-se com: “E meu dever ficar ao pé de uma
pessoa que cheira a cadáver.” A pessoa fica perto de alguém
que lhe mete nojo. E fica. E procura resistir.
Ora já vimos que pâncreas vem de Pan (que quer dizer o todo, o
universo, o deus da criação) e de Crea (que quer dizer carne).
A pessoa com diabetes revolta-se contra o deus criador. Ora
quem representa a relação com a força divina, com a força do
céu, é precisamente o Pai biológico.
A pessoa que mete nojo ao doente de diabetes é o seu Pai, ou o
seu marido, ou o seu modelo de homem.
É muito importante procurar o que se passou na relação da
pessoa com o Pai, que a repugnou e lhe meteu nojo e que, na
percepção da pessoa, nunca lhe deu o amor, o açúcar de que
precisava.
Aqui, é importante fazer a pessoa trabalhar a aceitação e o amor
por si própria e pelo outro.
O pâncreas temporiza a nossa glicemia. Põe em reserva o
nosso açúcar, para quando dele mais tarde precisarmos. A
secreção interna da insulina actua na absorção do açúcar pelas
células do corpo. E a insulina que põe o açúcar de reserva.
A falta de insulina, o açúcar do sangue não é adequadamente
consumido pelas células, acumulando-se, portanto, de modo
irregular. Esse acumular caracteriza a diabetes. O tratamento
médico da diabetes consiste precisamente em injectar insulina
para o corpo da pessoa.
Já vimos, o açúcar do diabético foge pela urina, o que o impede
de ter uma taxa de açúcar suficiente no sangue.
Por isso o diabético bebe muito, come muito e mesmo assim
emagrece.
Ele pode ter crises de hiperglicemia e de hipoglicemia.
“Tenho de virar esta página.” E a pessoa resiste e entra em
hiperglicemia. E come muitos doces e muitos açúcares. E o
cérebro responde-lhe: “Baixa a resistência.” E a pessoa entra
em hipoglicemia.
O cérebro faz os dois em alternância, por isso a pessoa tem
hipoglicemia e hiperglicemia em alternância. Não consegue
equilibrar os açúcares da sua vida, os açúcares no sangue.
O diabético passa a vida a resistir muito (hiper) e depois acaba
por abandonar (hipo) perante tudo o que o repugna e lhe mete
nojo.
O diabético tem disfunções cerebrais e grandes perdas de
contacto com a realidade.
Quando a glicemia está equilibrada, o diabético permanece
perfeitamente funcional.
Pâncreas - glândula endócrina (hiperglicemia)
A pessoa com hiperglicemia tem demasiado açúcar no sangue.
Na sua vida, e provavelmente na sua educação, a pessoa sente,
e sentiu, pouca doçura. É provável que tenha um Pai que lhe dá
pouca doçura.
A pessoa está conscientemente, ou não conscientemente, a
destruir progressivamente as suas crenças afectivas. E procura
compensar a falta de amor, a falta de doçura, a falta de açúcar.
E, por isso, vai à procura de apoio na Mãe, que é representada
pelo alimento. Come doces, come muito, engorda e aumenta o
peso.
Veja Obesidade — segunda causa. Veja também Pâncreas —
glândula endócrina (diabetesj.
Pâncreas - glândula endócrina (hipoglicemia)
A pessoa com hipoglicemia tem falta de açúcar no sangue. Aqui,
estamos no fenómeno oposto ao da hiperglicemia. E a pessoa
que tem o sentimento contrário da diabética.
A pessoa, neste caso, é ela própria que não se crê merecedora
da doçura, do carinho, do amor. Anda numa procura incessante
das normas, das regras que não teve. Neste caso, o Pai foi
basicamente inexistente na sua função de Pai. O Pai era um
mole. Pode ter a ver com a família e/ou com o padrão dos
homens do clã. Estas pessoas são pessoas com um tipo de
corpo muito seco, com muitas arestas, pouco redondo, pouco
doce. São pessoas áridas.
A gordura serve de reserva e também de protecção do açúcar,
da identidade da pessoa. A gordura representa os valores e as
crenças.
Pâncreas - glândula exócrina (cancro do pâncreas e
pancreatite)
O cancro no pâncreas está ligado à função exócrina.
As pessoas com problemas na função digestiva do pâncreas são
pessoas com pouco espaço para o divertimento e o prazer. O
dever e o profissional são o importante. A vida carece de
alegria. A influência do Pai biológico existe, tal como nos casos
anteriores, mas sobretudo quanto às crenças e aos valores a
seguir. São pessoas regradas, sérias, chatas!
Estas pessoas fazem uma grande manutenção do passado. Mas
fazem- -na apenas por não saber lidar com o presente.
O cancro do pâncreas mostra que a pessoa sente que precisa
de digerir até ao mais profundo o que aconteceu. Que a infâmia
foi fortíssima. O conflito na consciência é o do sentimento de
uma enorme injustiça. O que lhe fizeram foi profundamente
injusto. E foi injusto sobretudo porque infringiu regras. As tais
regras de que a pessoa é tão fã.
A pessoa digere-se a si própria com as enzimas digestivas que
produz porque sente uma enorme raiva que decidiu reprimir.
Sente dúvida, confusão, incapacidade de ser feliz. Mas não
verbaliza nada. E guarda tudo para si. E vai moendo e vai sendo
devorada pelas suas próprias enzimas.
Neste cancro estamos em presença da ignomínia das
ignomínias. Mas a pessoa só tem este sentimento devido às
suas crenças e não devido ao que lhe fizeram. E um cancro
rapidíssimo. A pessoa descasca-se como uma cebola.
Note-se a diferença entre os diferentes problemas de pâncreas:
A pessoa com hiperglicemia e a pessoa com diabetes sentem
que não receberam amor, que foram mal- -amadas; A pessoa
com hipoglicemia sente que não é merecedora do amor dos
outros; a pessoa com cancro é a pessoa muito séria, muito
chata, muito agarrada a regras, que acha que foi objecto da
ignomínia das ignomínias e que não dá espaço à palavra amor
no seu vocabulário.
A pancreatite é uma inflamação do pâncreas na sua função
digestiva. Por vezes, é observada em pessoas com HIV devido
aos medicamentos anti- -HIV. A pancreatite é mais comum nas
pessoas que ingerem demasiado álcool.
Os sintomas incluem enjoo e dor. Fica em questão a capacidade
digestiva do pâncreas, que deixa de trabalhar apropriadamente,
a comida não é digerida adequadamente, o que pode causar
perda de peso, gorduras não digeridas e diarreia.
Aqui estamos em presença da pessoa que detesta a sua vida,
que a considera aborrecida e que procura resolver os problemas
que sente através do alcoolismo.
Neste caso, veja Alcoolismo
Pancreatite
Veja Pâncreas — glândula exócrina
Pânico
Falta de reconhecimento dos medos. Pessoa que não se
enfrenta. Não vivência de medos durante muito tempo. Problema
de raízes. O que se passa com o padrão de vida das mulheres
do clã? Existe informação escondida na família. Estamos em
presença de uma pessoa que faz parte de um clã que veda
informação aos seus descendentes, informação essa que seria
muito útil à pessoa para poder enfrentar-se a si própria.
Informação escondida é a chave aqui. O que se passou com o
parto, a gravidez e a concepção. A Mãe não lhe contou tudo.
Esta pessoa precisa de ir falar com a sua Mãe biológica. Se a
Mãe já tiver falecido, esta pessoa tem de se centrar e voltar à
ligação com a sua intuição. Assim, estará apta a captar todos os
sinais que lhe permitirão descobrir o que se passou de facto
com as mulheres do seu clã. Ou, então, terá de ir perguntar às
pessoas da família e do clã sobre o passado da sua linhagem e
das mulheres da sua linhagem.
Veja Família
Papeira
Veja Glândulas salivares
Paralisia
As doenças paralisantes afectam sempre o aparelho locomotor e
nomeadamente os músculos e nervos. Prendem-se com um
enorme sentimento de desvalorização. Esta é a primeira
palavra-chave. A segunda palavra-chave é a do sentimento de
ideias contrárias.
A pessoa auto-impõe-se duas ordens contraditórias no que
respeita a movimento. A pessoa tem desejos contrários. Estas
duas ideias contrárias que criam a tensão podem dar- -se por
exemplo se a pessoa desejou muito fazer alguma coisa, fê-la e
depois arrependeu-se muito. Empurrei uma pessoa para o
barranco e depois ela ficou muito magoada e eu senti- -me muito
culpado, incapaz de me perdoar. Aqui, afecta os músculos. O
remorso é uma desvalorização que afecta o músculo.
No caso de se dar com um recém- -nascido, estamos perante
uma criança que encarnou, mas que tem dúvidas sobre se o
deveria ter feito, pois não sente equilíbrio nem harmonia na sua
vida para crescer livremente. Aqui, é indispensável olhar para o
que se passou entre os pais durante a gravidez, para o parto, ou
para a pequena infância da pessoa.
As paralisias são próprias do aparelho locomotor e do sistema
nervoso, acabamos de o ver.
Está assim em questão o sentimento de individualidade, de
autoestima.
O que penso de mim próprio e o que faço neste mundo. A minha
firmeza e também a minha flexibilidade.
Aqui moram os conflitos do meu valor pessoal. Que parte da
minha consciência é que está obscura na minha relação com o
mundo?
Na paralisia, os pensamentos da pessoa prendem-na. Deixou de
poder mover-se, seja parcialmente, seja por inteiro. Se a
paralisia for parcial, convém analisar que parte do aparelho
locomotor está afectada.
Veja Paralisia cerebral, Paralisia geral, Poliomielite anterior
aguda (Paralisia infantil), Paralisia parcial, Paralisia de Bell e
Parkinson
Paralisia agitante
Veja Parkinson.
Paralisia cerebral
A pessoa com paralisia cerebral, na sua maneira de pensar,
deixa pouco espaço à fluência e procura controlar tudo à sua
volta. Até procura controlar as pessoas que passam a tomar
conta dela. É uma pessoa implacável com os outros e consigo
também. A pessoa criou uma prisão para si, através do seu
modo demasiado regrado de viver.
Por isto, é uma pessoa que se sente isolada e que sente que
precisa de unir a família num acto de amor colectivo. E cria a
paralisia cerebral. É um processo muito violento. Só pode ser
orquestrado por uma pessoa que sempre foi muito mental e que
sempre teve um foco centrado nela própria. Se a paralisia se der
numa mulher adulta, é necessário olhar para o relacionamento
com o marido ou com o homem da vida dela. Se se der num
homem adulto, é preciso que se pergunte qual foi a
representação de modelo masculino que ele quis impor aos
descendentes e que não funcionou Quando a paralisia cerebral
se dá à nascença, então há que procurar o que se passa entre o
Bebé e o Pai e entre o Pai e a Mãe. O que se passa com o modo
como os homens se comportam no clã? Os animais, e entre eles
o ser humano, nascem do Céu para a Terra. Neste caso, houve
um hiato aquando da descida. Provavelmente já na gravidez.
Ora a força do céu, cá na Terra, é representada pelo Pai. O que
se passou entre o Pai e a Mãe?
Veja Gravidez e Bebé.
A pessoa com paralisia fica isolada do mundo.
Veja Isolamento
Paralisia de Bell
Paralisia de um dos lados da cara. Problema de
enfraquecimento do músculo de um dos lados do rosto da
pessoa. O rosto mostra a nossa identidade aos outros, à
sociedade. A pessoa que enfraquece os músculos é a pessoa
que sentiu desvalorização na sua identidade na sua relação com
alguém. A pessoa tem vergonha (sente desvalorização) de uma
parte da sua identidade. A pessoa sente que uma parte de si é
feia, mas não o diz a ninguém. E o corpo encarrega-se de o
mostrar a toda a gente.
Paralisia geral
Tecnicamente, é um problema me-ningoencefálico (meninges e
cérebro).
Traduz-se por perturbações neurológicas e psíquicas. Costuma
ser progressiva.
As meninges são um conjunto de membranas que cobrem o
cérebro e a medula espinal.
Aqui estão as tensões com o envolvimento imediato, com os que
são chegados. E, sobretudo, com a figura do Pai, ou com o
modelo de homem. A comunicação com o exterior não funciona.
A pessoa não entende nem se faz entender. Mostra um enorme
isolamento.
Uma paralisia geral mostra à pessoa que ela deve parar. Que
assim não pode continuar. É um processo enorme de
autoviolência. Revela um grande problema da pessoa para
entender o sentido de autoridade.
A paralisia geral resulta de uma vida demasiado cartesiana,
demasiado longe do seu lado sensível, de medos quanto à
capacidade de conseguir controlar tudo e todos. É fruto de um
comportamento muito yang, muito guerreiro, muito masculino. E
fruto de problemas com o sentido de humildade. A pessoa cria
um fenómeno de autoconvencimento de que as suas ideias
estão certas, com uma enorme quantidade de obstinação, sem
ter consciência das enormes consequências de pensar assim.
Mas é uma pessoa que se sente triste e só. As contradições da
sua vida foram fortes de mais para que ela se aguentasse. E o
corpo parou o aparelho locomotor.
E fruto da repetição de um padrão de pensamento demasiado
masculino e cartesiano que existe na família. E fruto de a
pessoa se sentir agredida por tudo e todos os que não
concordam com o seu processo mental e com as suas ideias.
Veja Autoridade
Paralisia infantil
Veja Poliomielite anterior aguda.
Paralisia parcial
Aqui estão as tensões com o envolvimento imediato, Com os
que são chegados. E, sobretudo, com as figuras do Pai, ou com
o modelo de homem e/ou com a figura da Mãe ou do modelo
feminino.
Uma paralisia parcial mostra à pessoa que existe uma tensão
profunda na parte do corpo que paralisou. Que assim não pode
continuar. É um processo enorme de autoviolência. Revela um
grande problema da pessoa para entender o que as suas
emoções lhe revelariam se não as controlasse e aproveitasse
para as constatar e observar.
A paralisia parcial resulta de uma grande desvalorização e de
um remorso, de um arrependimento relativamente a alguma
coisa que já está feita. A pessoa não suporta a contradição que
vive na sua vida. E não consegue verbalizar. Convém analisar
que parte do aparelho locomotor está afectada. A pessoa com
paralisia é uma pessoa inflexível, estática no modo de pensar e
que sente desvalorização e medo.
Se a paralisia se der somente nos membros inferiores mostra
muitos medos na vida do lar, do casal, da família e uma grande
ausência (e/ou separação) da Mãe biológica. Pode mostrar que
a pessoa tem um padrão de pensamento igual ao da Mãe
biológica. “Não posso fugir, não encontro saída, não sei o que
fazer.” É, de qualquer forma, uma grave crise que a pessoa
sente nas suas raízes mas que guarda para si em silêncio e sem
confrontar as pessoas com quem tem problemas. É importante
procurar perceber o que se passou com o parto desta pessoa e/
ou com a sua gravidez.
Se a paralisia se der nos membros superiores, mostra que a
pessoa sente desvalorização e que não se sente merecedora
nem dos outros, nem da matéria e que, sobretudo, não
consegue parar a agressão que sente por parte dos outros. Do
cônjuge?, da família?
A pessoa com paralisia, na sua maneira de pensar, dá pouco
espaço à fluência e vive a dor em silêncio. Criou uma prisão
para si, através do seu modo demasiado regrado de viver. A
pessoa obedece a crenças que não fazem sentido para ela.
É fruto da repetição de um padrão de pensamento que existe na
família, mas que não funciona para ela. É fruto de a pessoa se
sentir agredida pelas suas ideias.
Veja as partes do corpo afectadas pela paralisia.
Parasitas
A pessoa que tem parasitas é a pessoa que entrega o poder aos
outros. Aceita que os outros controlem a sua vida.
Deixa-se sugar por outros. É uma pessoa não centrada. Tem
falta de autoestima. É incapaz de dizer Não com firmeza. Tem
um desalinhamento entre o ser interior e o ser exterior. “Quem,
na minha vida, me tem andado a sugar e a servir-se de mim?”
A palavra parasita é essencial. Se a pessoa se deixa afectar por
parasitas, isso quer dizer que não está centrada, que não sabe
ser firme com as pessoas que a envolvem e que alguém, na sua
vida, é um parasita que se cola a ela, seja no lar, seja no
trabalho, seja entre amigos. Pode ser também a sua Mãe.
Ora bem, porque a pessoa está agarrada ao passado e às suas
crenças, não consegue lidar com a pessoa parasita com a
firmeza com que deveria fazê- -lo e sente-se frustrada por achar
que não será aceite por essa pessoa caso mude de atitude
relativamente a ela. A pessoa sente-se incapaz de avançar com
tranquilidade.
Paratiroideias
São glândulas endócrinas.
Trata-se de quatro pequenos botões situados ao lado da tiróide.
Segregam o paratormónio que regula o nível de cálcio do
sangue, com efeitos sobre o aparelho locomotor e o aparelho
circulatório.
Do ponto de vista das tensões na consciência, as das
paratiroideias são iguais às da tiróide.
Veja Tiróide
Parkinson
A paralisia agitante Parkinson é caracterizada pela afecção das
células dopaminérgicas. A pessoa tem um défice de dopamina.
As células dopaminérgicas são neurotransmissores que regulam
a adrenalina, responsável pela aceleração do ritmo cardíaco,
pelo aumento da pressão arterial, pela dilatação dos brônquios e
das pupilas e pela elevação do nível de açúcar do sangue.
A dopamina está ligada à noradrenalina. E é a noradrenalina
que distribui pelo corpo os efeitos da adrenalina.
Assim, a doença de Parkinson mostra uma inibição de um
processo de agitação, de cólera, a inibição de um processo de
reacção. As pessoas que tiveram de aceitar durante muito
tempo o controlo dos outros sem poder reagir, ou sem se
autorizarem a explosão, podem vir a contrair Parkinson.
A doença de Parkinson é própria da pessoa que se sente
profundamente contrariada no que faz e sobretudo relativamente
às pessoas ou à colectividade com quem lida.
É uma tensão relativa à motricidade e que é vivida em
alternância, com fases mais activas e outras mais passivas. Está
ligada ao chakra da coroa.
Foi o caso do papa João Paulo II desde que chegou ao
Vaticano, onde permaneceu mais de vinte anos. Provavelmente,
não lidava nada bem com a colectividade com a qual convivia.
A pessoa que tem a doença de Parkinson tem medo do
isolamento mas não o quer admitir. É, por exemplo, o caso do
marido velhote que tem medo de perder a mulher ou da mulher
velhota que tem medo de perder o marido.
Parto (parto natural e complicações no parto)
O processo da vida oscila entre dois verbos, entre duas acções:
aceitar e soltar.
Ora é no próprio nascimento, no próprio parto, que se começa a
falar de vida no seu sentido literal do termo.
Um parto retardado tem de ser provocado por cesariana, na
maioria dos casos.
Toda a criança que não tenha um parto natural, ou seja, para o
parto da qual se tenha recorrido à cesariana, ou à epidural, ou
mesmo ao parto dentro de água, será uma criança que terá mais
propensão a uma imunidade mais débil. De facto, a passagem
pela vagina da Mãe, que contrai fortemente o bebé, obriga-o a
um esforço, a uma yanguização, a um fortalecimento, que lhe
confere uma constituição mais forte e, por conseguinte, uma
maior imunidade.
Os animais nascem do Céu para a Terra, da cabeça para os pés.
Os animais são trazidos para a Terra pela força do Céu. Os
vegetais nascem dos pés para a cabeça. Os vegetais são
levados para o Céu pela força da Terra.
O sentido do Céu para a Terra mostra uma encarnação. Um
desejo de descer à Terra. É o propósito dos animais.
O bebé está nove meses no escuro e, depois, nasce para a
dualidade, onde vai encontrar noite e dia, luz e escuridão. Vai da
unidade (do Céu) para a dualidade (a Terra).
O nascimento consiste na primeira concriação (criação conjunta)
entre três consciências. Para que um ser encarne é preciso a
confluência de três desejos. O do Pai, o da Mãe e o do Bebé. O
parto é uma manifestação de fluência na natureza. E um
processo que deveria acontecer sem complicações. Em
qualquer tipo de parto não natural, seja por cesariana, seja com
epidural ou dentro de água, seja com ventosa ou mesmo com
fórceps, a energia que impele o nascimento teve um hiato
algures. Alguma coisa se complicou. E complicou-se entre os
pais ou entre os pais e as famílias de um e de outro. E provável
que estejam a passar por um desentendimento. Ou é provável
que um deles, ou mesmo os dois, sintam alguma coisa perra na
sua vida a dois. O corpo da Mãe mostra a tensão em que está.
A cesariana consiste num parto com cirurgia. Ora a cirurgia é
sempre uma forma de agressão. A Mãe precisa de ser cortada e
aberta para poder dar à luz. E a descida não se faz pela vagina.
Este parto não tem dor física, mas a dor psíquica está bem
presente. E a recuperação da cirurgia não é assim tão imediata.
Na cesariana pode dizer-se que o nascimento do bebé constitui
uma forma de agressão para a Mãe. O corpo mostra à pessoa
que o facto de parir não é um fenómeno natural para a pessoa.
O corpo mostra que a pessoa tem reticências quanto ao
acolhimento deste novo ser no seu lar.
A epidural consiste numa forma de recusa da dor do parto. E
também uma fuga ao nascimento natural. A Mãe que pede a
epidural está a recusar sofrer e a recusar entregar-se pelo filho.
O parto deve ter dor. Aliás, a dor é para ambos. Para a Mãe e
para o Bebé. Poucos pensam nesta questão do bebé. Para o
bebé, o parto é um momento traumático de passagem de uma
vida num casulo dourado para uma vida de dualidade, onde
deverá criar o seu espaço e para a qual deverá estar bem forte,
bem yanguizado. Ora já vimos que os partos como a cesariana,
a epidural e dentro de água omitem a compressão vaginal da
Mãe e o consequente esforço de yanguização da criança.
A Mãe que pede a epidural não está consciente da epifania que
vai surgir. Ela julga que a única a sofrer, a entregar-se, é ela.
Mas não é.
O parto com fórceps ou com ventosa mostra que a criança não
quer sair. Não quer aterrar no meio de uma confusão. Mostra
uma espécie de arrependimento da criança quanto ao facto de
nascer. Mais uma vez, olhe-se para a relação entre os pais. A
dualidade para onde a criança vai não está muito em harmonia:
“Deixa-me cá ficar no casulo...”
Quando o parto se atrasa, isso de-ve-se à necessidade da Mãe
de reter o bebé, de não o querer largar, de não conseguir largar
o cordão umbilical. A Mãe não quer aceitar a morte de um ciclo,
o da gravidez. Estas mães podem vir a ter o mesmo tipo de
dificuldades de soltar os filhos quando estes, já adultos, saem
de casa e decidem ir viver a sua própria vida. Custa-lhes então
também deixar voar os filhos.
Quando o parto é prematuro, há que distinguir entre duas
situações:
A primeira é aquela em que a criança fica em perfeita saúde e
não necessita de cuidados maiores do que os cuidados normais
de um nascimento, e aí a tensão na consciência da Mãe ou do
Bebé não é propriamente relevante.
A segunda é aquela em que o bebé é prematuro e pode ficar em
risco de vida, caso não seja assistido com cuidados
excepcionais para um nascimento. Aqui, a Mãe precisou de
expulsar o bebé com alguma pressa. Qual será a tensão, a
urgência (que nada tem que ver com o parto) que a Mãe estará
a viver para sentir a necessidade de apressar o parto de modo a
poder ocupar-se dessa outra coisa urgente? Esta Mãe está
inquieta com alguma coisa que já existe neste mundo, e está
com medo de manter a criança durante mais tempo na sua
barriga. Porquê?
Se o parto foi com o bebé com os pés primeiro e não de
cabeça primeiro, como seria natural, isso quer dizer que é um
bebé bastante yin. A sua constituição é menos forte. E mostra
que, no lar para onde vai, quem faz de Pai é a Mãe e que o lar
para o qual vai está muito confuso no seu modo de viver em
harmonia.
Quando o bebé traz o cordão umbilical à volta do pescoço, isso
quer dizer que o bebé procurou enforcar-se ao nascer. É o
mesmo tipo de tensão que a do aborto, só que se dá ao nascer.
Corre o risco de ser um nado-morto: “Se é para vir aturar isto, é
melhor enforcar-me já. Estes meus pais têm de perceber que
este não foi o plano que foi programado para mim!”
Quando o bebé é um nado-morto, a tensão é a mesma que a do
aborto. A criança recusou entrar no lar (veja Aborto).
Quando o bebé traz o cordão umbilical à volta dos pés, aí o risco
de morte não é iminente. Há, no entanto, aqui também,
complicações, embora menores. É um bebé que traz uma
tensão, uma apreensão quanto à possibilidade de movimento
que vai ter na sua vida. Será que a Mãe se sente
suficientemente livre de movimento com aquele Pai? “Será que
eu me poderei encaixar livremente?”
É
É importante que estes bebés originários de partos mais difíceis
ou menos naturais, quando forem crescidos, possam falar sobre
o seu nascimento menos fácil ou menos natural. Ser-lhes-á
muito útil. E que possam procurar perceber porque foi tão pouco
natural o parto. Indagar sobre o que se passou psicologicamente
na família nessa altura, e sobretudo na relação entre os pais, é
indispensável.
Para todas as mães que vão dar à luz, é muito importante
indagar também sobre o seu próprio parto: “O que se passou
com a minha Mãe aquando do meu parto? Como nasci?
Que complicações houve? O que ouvi as pessoas dizer?”
Pedras na vesícula
Veja Vesícula - cálculos na vesícula
Pedras nos rins
Veja Rins — cálculos nos rins
Pelada
Veja Cabelo
Pele
Todos os órgãos internos se reflectem na pele. E o que acontece
na pele reflecte-se nos órgãos internos. Basta pensar em
shiatsu, reflexologia, acupunctura, massagem, etc.
A função principal da pele é a de assegurar a protecção da
pessoa. A pele delimita e protege. Permite também a ventilação
cutânea e por isso é parte do aparelho respiratório, porque ajuda
os pulmões na sua relação com o ar. Tem milhares de sensores
que nos permitem captar sinais do exterior pela via das
emoções, do tacto e da temperatura. Transpira e regula a
temperatura. A pele cria contacto, é porta para a expressão, é
estímulo sexual. É multidisciplinar. É o maior órgão do corpo
humano. A pele é o local onde se dá a cicatrização.
Quando os rins, o fígado e também o intestino grosso e os
pulmões estão presos, a pele toma-lhes a vez e começa a
eliminar as toxinas que o organismo não consegue eliminar de
outro modo, pela transpiração, pelos cheiros e pelas
dermatoses. Por último, é importante saber que a pele dos
músculos (Aponeuroses) e a dos órgãos (Pericárdio, Pleura,
Peritoneu, Meninges, Epiderme) memoriza as experiências e
emoções. Por isso as massagens tipo shiatsu têm um efeito tão
grande a nível psicossomático e emocional.
A pele pode estalar do interior para o exterior (abcesso,
furúnculo, inflamação, erupções como acne, seborreia, psoríase,
eczema, urticária, prurido, comichão, sarampo, rubéola,
escarlatina, sarna, varicela) como do exterior para o interior
(ferida, escoriação, cirurgia). É sempre resultado de uma
agressão.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
A pele é constituída pela Derme e pela Epiderme.
A pele tem também um papel social.
Pele - Derme (cancro da pele)
É
A derme é a camada profunda da pele dos vertebrados. É nesta
camada que estão as raízes do pêlo do animal (e das escamas
nos peixes), além das glândulas sebáceas e sudoríferas (ou
sudoríparas) e das unhas. É na derme que se localizam os
vasos sanguíneos e linfáticos que vascularizam a epiderme e
também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados.
Tensões na pele têm sempre a ver com agressão e protecção.
Mas as tensões que causam os sintomas na derme são
diferentes das que causam os sintomas na epiderme.
As tensões que provocam sintomas na derme são baseadas em
protecção e agressão num sentido mais primário. São próprias
das pessoas que sentem o seu território invadido, que se
sentem agredidas num sentido mais primário do termo e que
sentem uma tensão muito forte relativa à sujidade. Que se fale
da sujidade material propriamente dita ou de alguém que fez
alguma coisa nojenta. Pode ser sexual, uma trafulhice nojenta,
etc.
Resumindo, os conflitos de protecção mais primários são na
derme.
A derme não tem que ver com separação, mas mais com a ideia
de que o outro me domina, que sinto o meu território invadido.
Conflitos de relação, de comunicação e de separação são na
epiderme. Também existe aqui agressão e necessidade de
protecção, como na derme, mas são mais sociais e relacionais,
mais ligadas à comunicação.
As protecções servem para ataque e defesa. Sejam ataques
verbais ou físicos.
Uma pessoa que sentiu profundamente uma coisa agressiva e
suja do estilo “ele mete-me nojo” ou “aquilo mete-me nojo” e que
não consegue verbalizar a enorme sensação de nojo que sente,
pode contrair cancro de pele. O cancro de pele é na derme.
A pessoa precisa de se afastar, de sair do pé dessa pessoa ou
dessa coisa que lhe mete nojo. A pessoa com cancro de pele
costuma dizer que já tem tudo resolvido, que já deixou de ser
agredida. Diz que não tem importância, que já resolveu, que já
se afastou, ou que sublimou a coisa e faz de conta que não foi
nada. E guarda tudo para ela. E não verbaliza nada. Mas essa é
a sua ilusão. Ela não se afasta do outro, de facto, porque
simplesmente as suas crenças não a autorizam ou porque não
tem liberdade física para o fazer. Como não consegue afastar-se
do outro, o corpo mostra-lhe esse distanciamento do ponto de
vista físico e o corpo cria uma massa, um volume, que a
“distancia” do agressor. E a pessoa com cancro na pele vive
toda esta tensão em silêncio, sem a conseguir verbalizar. Esta
pessoa precisa de verbalizar o que sente, absolutamente.
As pessoas com a mania das limpezas, picuinhas com questões
de higiene, são mais propensas a ter cancro na pele. Sentem-se
agredidas por coisas que, afinal, são inócuas.
Pele - epiderme
A epiderme é a protecção da derme. A pele da pele. A derme
está debaixo da epiderme. A epiderme é um envelope, um saco,
uma protecção que envolve a derme. Mas a derme já é, ela, um
saco, uma protecção, um envelope do corpo.
Tensões na pele têm sempre a ver com agressão e protecção.
Mas as tensões que causam os sintomas na epiderme são
diferentes das que causam os sintomas na derme.
Na epiderme estão os sintomas ligados a tensões de separação
vivida de facto, a tensões de medo da separação e a tensões de
problemas de comunicação. São questões relacionais e sociais
ligadas à comunicação.
A derme não tem que ver com separação, mas mais com a ideia
de que o outro me domina, que sinto o meu território invadido.
Conflitos de relação e de separação são na epiderme. Também
existe aqui agressão e necessidade de protecção, como na
derme, mas são mais sociais e relacionais, mais ligadas à
comunicação.
Quando estamos em contacto com alguém, é sempre através da
pele.
Na consciência, a separação manifesta-se na pele. O contacto
com um bebé é sempre através da pele.
Muito frequentemente, as pessoas que vivem na separação
tornam-se pessoas distraídas. São pessoas com pouco foco de
atenção.
A pessoa possessiva é uma pessoa que tem medo de estar
separada. Pode ser medo físico de estar separado fisicamente
de uma pessoa, pode ser de estar separado de um lugar, pode
ser de um animal ou mesmo de um grupo, de uma família, de
um rebanho, de um clã.
Há três grandes causas para os problemas de epiderme:
Os Eczema, Psoríase, Esclerodermia, Verruga, Vitiligo
pertencem ao grupo de sintomas causados por uma separação
vivida de facto. (Veja cada um destes sintomas.)
A Lepra pertence ao grupo de sintomas causados pelo medo da
separação. Este medo da separação alimenta-se a si mesmo e
cria uma úlcera varicosa e perdas de memória ao mesmo tempo,
o que caracteriza a lepra.
Os Zona, Varicela, Neurofibromatose de Recking Hauser (nfr),
Herpes, Acne, Urticária, Transpiração, problemas de Cabelos e
problemas de Unhas (veja cada um destes sintomas) pertencem
ao grupo de sintomas causados por problemas de comunicação.
A separação através da comunicação.
Os nervos sensitivos são os que comunicam (sensações
epidérmicas).
Estas pessoas até gostariam de se abrir e comunicar, mas isso,
para elas, magoa.
“Tenho de me proteger! Ele(s) pode(m) fazer-me mal.”
As pessoas que comem as peles são pessoas ansiosas por
causa da possível separação. As que roem as unhas já não,
pois as unhas têm mais a ver com protecção.
Pêlo
Os cabelos, os pêlos e as unhas são excreções cutâneas
produzidas por uma proteína, a queratina. Todas estas
excreções têm função de protecção.
As unhas, os pêlos e os cabelos são anexos da pele.
Podem ser antenas, meios de sedução, ter um carácter
sexual/social, de protecção, de reflexo de saúde, de fidelidade
ao clã, de força.
O pêlo é um atributo mais masculino.
O pêlo é criado pela força do Céu (yang). O cabelo é criado pela
força da Terra (yin). É um atributo mais feminino.
Pénis
Nos animais, o pénis revela poder e utilidade. Não num sentido
social do termo, mas no sentido de ter a capacidade de procriar
e permitir a manutenção e a perenidade da espécie. Problemas
de funcionamento do pénis mostram falta de capacidade de
afirmação da masculinidade.
Cada vez mais, nos nossos dias, se vai dando ao pénis um
significado social que não faz sentido. Diz-se muito
frequentemente que o tamanho do pénis mostra mais poder. O
pénis revela poder de masculinidade e não mais poder do que
outra pessoa. Aliás, nas relações sexuais, só importa o tamanho
do pénis para as pessoas com dependência sexual, que têm a
ilusão de que, através da prática do sexo, podem preencher o
vazio que têm na sua vida e que, por isso, consideram que
quanto maior o pénis, maior o poder dominador.
Os problemas na glande do pénis prendem-se com tensões
ligadas a uma sensação de inutilidade, a uma frustração sexual
ou a problemas de comunicação com a parceira e sobretudo a
uma ligação à Mãe biológica (o cordão umbilical não foi
devidamente cortado — a pessoa continua dependente da Mãe
biológica).
Problemas com o freio provocam dor, por vezes. Problemas com
a pele têm por efeito estrangular a cabeça do pénis em erecção,
o que torna o acto pouco escorreito e algo doloroso por vezes.
Mostram sentimento de culpa. Mas são questões que vêm de
nascença. São questões de constituição. Por isso, cabe à
pessoa perguntar-se porque nasceu com sentimento de culpa
relativamente ao acto sexual. Quem na sua família, Pai, Avô,
obedecia a crenças que castigavam o sexo? Esta pessoa tem de
tomar consciência desta questão. De qualquer modo, é fácil de
operar.
Aliás, a ciscuncisão em jovens ou adultos mostra o corte
definitivo do cordão umbilical que a pessoa não conseguiu fazer
antes. Mostra um novo começo no caminho de vida da pessoa.
O herpes na glande pode ser doloroso. É a doença do contacto
da ternura. É típica dos casais que se adoram mas que andam
sempre às turras. A pessoa quer muito sentir o contacto, tem por
isso o nervo muito vivo, mas depois, como a relação não
funciona e a pessoa passa muito tempo às turras, o corpo
encarrega-se de mostrar essas turras criando um herpes, que é
doloroso e que acaba por impedir o próprio acto sexual. O
herpes mostra que a relação de contacto com o parceiro é
dolorosa.
As pessoas com tendência para ter herpes são pessoas com
dificuldade em estar sozinhas e em dar ternura a si próprias.
São dependentes no amor.
O herpes mostra autoviolência na relação. Se a pessoa se
violenta na relação é porque sente culpa de alguma coisa.
Veja Impotência e Sexo
Perdas brancas
Veja Leucorreia
Pericárdio
É uma bolsa que protege o coração.
Pericardite
Afecção do pericárdio.
A pericardite dá-se quando há uma ameaça para o coração, seja
física ou apenas simbólica, por parte de uma pessoa chegada.
Acontece muitas vezes após um enfarte ou uma angina de peito,
quando a tensão é: “Preciso de proteger o meu coração.”
Quando a pessoa tem receio de que o seu coração seja
agredido.
O pericárdio pertence ao grupo dos invólucros do corpo, das
bolsas que servem para ataque e defesa. Sejam ataques verbais
ou físicos. Ora sabendo que o coração é o centro das nossas
emoções e dos nossos sentimentos, podemos dizer que a
pessoa se sentiu ameaçada por parte de alguém, relativamente
às suas emoções. Alguém ameaçou a pessoa relativamente
àquilo que ela sente. Como se a pessoa não fosse autorizada a
sentir o que sente. E essa pessoa é chegada. Faz parte da
família com certeza. Provavelmente até do lar. Será o cônjuge?
Periodontite (piorreia)
Gengivas que se retraem.
Veja Gengivas
Periósteo
Existem três níveis quando se fala dos ossos
O osso propriamente dito, a medula óssea e o periósteo (a pele
do osso).
O periósteo é a pele do osso. É aqui que dói quando
fracturamos um osso. É aqui que o osso se liga à consciência
através da dor. Tem que ver com comunicação.
Aqui está o contacto. Aqui dá-se a separação na acção, a partir
do que fiz mal ou do que simplesmente não fiz.
A dor no osso apela à imobilidade. Devo parar para repensar as
minhas acções. Dor permanente obriga a parar.
A dor no osso é noventa por cento periostática, ou seja,
emocional, e pode por conseguinte ser trabalhada pelo psíquico
e dez por cento é mesmo física e aqui é muito mais difícil de
resolver e, portanto, tem de se recorrer ao analgésico.
Veja Osso
Peritoneu
Pertence ao grupo dos invólucros do corpo, das bolsas que
servem para ataque e defesa. Aqui estão os conflitos com os
que são chegados. Ataques verbais ou físicos. O peritoneu é
uma membrana muito vascularizada e com muitos nervos. Muito
sensível.
Peritonite
A peritonite é muito forte! Dói muitíssimo! É uma inflamação do
peritoneu.
Dentro do peritoneu encontram-se as tripas. Aqui não há ossos.
Chega logo ao sítio. É uma parte do corpo muito vulnerável.
A perfuração intestinal é muitíssimo perigosa. Um intestino
oprimido reage imediatamente. A barriga fica em perigo. Na
barriga está o triplo aquecedor da medicina chinesa. Ê na
barriga que se faz a transmutação das coisas, ou seja, a
assimilação dos conhecimentos.
As crianças queixam-se sempre muito da barriga em tempo de
escola (assimilação dos conhecimentos).
Problemas no peritoneu mostram que a pessoa se sentiu
atacada, agredida, por alguém chegado. Mostram também que
algo meteu nojo à pessoa. Que algo de sujo aconteceu. Pode
ser sujidade na matéria ou alguém que fez alguma coisa
nojenta. “Esta pessoa mete-me nojo.”
A peritonite acontece por vezes no seguimento de uma
apendicite. Neste caso, veja Apendicite.
A peritonite também acontece com certos doentes dialisados
que usam o método da diálise peritoneal. Neste último caso,
veja Rins.
Perna (do joelho ao pé)
É a zona do membro inferior que vai do joelho ao pé.
O sentido da concretização vai do joelho para o pé (do menos
concreto ao mais concreto). Por isso a perna mostra que, depois
de integrar e aceitar alguma coisa que temos, há que pô-la em
prática e integrá-la no estilo e no modo de viver no que diz
respeito ao trabalho, ao lar, ao local geográfico onde nos
encontramos, ao dinheiro, à matéria e ao contacto com os
outros.
As pernas de elefante (pernas gordíssimas) são próprias das
pessoas que têm medo do futuro. Preferem ficar inertes. As
mães destas pessoas diziam-lhes sempre para ter muito
cuidado.
Qualquer problema na perna pode ser no músculo (barriga da
perna), no osso (tíbia ou perónio) ou na pele. Problemas na pele
mostram uma tensão de separação ou de dificuldade de
comunicação. Problemas no músculo mostram falta de
flexibilidade mental e desvalorização. Problemas no osso
mostram desvalorização forte: “Não sou bom nisto. Não valho
grande coisa nisto.” Falta de firmeza.
Não existe uma polaridade yinlyang no aparelho locomotor em
função dos lados afectados que se possa afirmar taxativamente.
A tensão é uma tensão que se prende com desvalorização e
inflexibilidade, seja qual for o lado do corpo afectado. No
entanto, pode considerar-se, a priori, para as questões
relacionais, que o lado direito é yang, masculino e o esquerdo é
yin, feminino. Para todos, dextros como canhotos. Mas sem
certezas. Convém, em função da lesão, aprofundar em Ossos-
fractura, Músculos ou Pele.
Veja Pernas como membros inferiores
Veja também Amputação, Paralisia e Paralisia parcial se for
caso disso.
Pernas (como membros inferiores)
As pernas asseguram mobilidade, flexibilidade, actividade e
firmeza.
Os membros inferiores têm um papel fundamental no aparelho
locomotor. São eles que nos permitem caminhar, correr, saltar,
mudar de direcção na nossa deslocação e enraizar- -nos na
Terra.
São os alicerces do nosso corpo e o prolongamento das ancas.
As ancas são a articulação mãe dos membros inferiores. É na
bacia que começam as pernas. Elas fazem parte do eixo yin,
eixo feminino, eixo da feminilidade, simbolizado pela Mãe. Nas
ancas e nas pernas começa a verticalidade da pessoa. É onde
se passa de quadrúpede a bípede.
As pernas mostram a relação com a autonomia e a capacidade
de mobilidade interna e externa. Mostram a assunção da pessoa
como responsável por empreender um projecto pessoal de vida.
Com alicerces!
O sentido da concretização vai da anca para o pé (do menos
concreto ao mais concreto).
Tensões nos membros inferiores são tensões na relação com o
mundo ou com pessoas. Os membros inferiores permitem-nos
caminhar para os outros. Têm um sentido social muito marcado.
São também uma boa ferramenta para quando precisamos de
fugir. Permitem-nos correr. Aqui moram os problemas de raízes,
ligados à Mãe biológica, ao trabalho, à realização material, ao
dinheiro, ao lar, ao cônjuge, ao local onde se vive, enfim às
raízes. São, de facto, as pernas que nos ligam à terra. É aqui
que se mede a qualidade das realizações práticas. O que penso
de mim próprio e o que faço neste mundo. Nas pernas está a
nossa ligação com o que temos.
Procure a parte do membro inferior que foi afectada.
Veja também Paralisia, Paralisia parcial e Amputação
Perónio
A fractura do perónio mostra desvalorização forte.
Veja Perna (do joelho ao pé)
Pés
Os pés representam o contacto com a Mãe Terra. Por isso, em
muitas culturas, as pessoas andam descalças para sentir a
energia da Terra, para sentir a gravidade e a contragravidade.
Os pés têm de ser dinâmicos. Mostram a nossa consciência de
estar na Terra, de ter encarnado. Permitem-nos caminhar para
avançar e aguentar. São o lugar do diálogo entre levitação e
gravitação. O mundo das nossas posições e da afirmação das
nossas atitudes. Representam os critérios de vida, a
concretização dos ideais.
Crianças que nascem com malformações nos pés são crianças
com dificuldade em encarnar, em contactar com a terra. Veja
Parto, neste caso.
As pessoas com os pés frios são pessoas com dificuldade de
implantação. Mostram medo de não fazer as coisas
correctamente ao nível das raízes (lar, trabalho, dinheiro, ligação
à terra ou ao local onde se vive, Mãe biológica). A vida não
chega a essas partes do corpo.
Não existe propriamente uma certeza de que um pé éyang
(masculino) e o outro yin (feminino). Pode, no entanto, a priori,
enveredar-se pela ideia de que o direito é yang e o esquerdo
jyin, em quase todos os casos, seja para canhotos seja para
dextros. De qualquer modo, problemas nos pés mostram sempre
que o papel da Mãe biológica na vida da pessoa é um papel
enfraquecido. Pode ser porque a Mãe se anula perante o Pai ou
porque a Mãe não permitiu à pessoa uma boa nutrição e/ou um
bom enraizamento. Convém ver o historial das mulheres do clã.
Os problemas de pés podem ser nos Ossos, na Articulação ou
na Pele. No osso mostram desvalorização forte sentida pela
pessoa. Nas articulações mostram inflexibilidade mental e
desvalorização e na pele mostram tensões de separação ou de
comunicação difícil com alguém.
Para a pessoa que transpira muito dos pés e que, por
conseguinte, tem mau cheiro dos pés, veja Transpiração.
Veja Dedos dos pés
Veja também, se for caso disso, Amputação
Pés - pé cavo
E o sintoma oposto ao do pé chato. A curvatura do arco plantar
é maior do que o normal, devida a uma hipertrofia muscular. A
tensão é a mesma que a da pessoa que tem o pé chato. É uma
questão de encarnação. Mas, neste caso, a pessoa afasta-se da
terra. Aqui, é o músculo que está em questão. Os músculos
representam a capacidade de movimento na vida, a flexibilidade
e a actividade, a dinâmica e sobretudo a desvalorização
Problemas de músculos mostram resistências a novas
experiências. Mostram, neste caso, uma contradição, reticências
É
quanto ao facto de estar encarnado na Terra. É preciso olhar
para o lar em que a pessoa encarnou.
Veja Pés
Pés - pé chato
É quando o pé não tem elevação no arco plantar. Todas as
crianças têm o pé plano até cerca dos três, quatro anos. Após
essa idade, a gordura que preenchia o arco plantar desaparece.
O pé, pelo facto de andar, fortalece as fibras do arco plantar e o
pé deixa de estar plano. A pessoa com o pé chato é a pessoa
com algum desejo de permanecer criança, pois tem medo de
não conseguir enraizar-se sozinha. E o corpo mostra o desejo
de enraizamento. É uma pessoa dependente da Mãe biológica.
Veja Pés
Pés - pé-de-atleta
É uma micose nos pés.
A pessoa estagnou em crenças que não funcionam. O passado
controla o seu dia-a-dia. Está agarrada ao passado. E apanha
fungos. Cria musgo. As infecções por fungos são afecções
parasitárias. A palavra parasita é essencial neste contexto. Se a
pessoa se deixa afectar por parasitas, isso quer dizer que não
está centrada, que não sabe ser firme com as pessoas que a
envolvem e que alguém, na sua vida, é um parasita que se cola
a ela, seja no lar, seja no trabalho, seja entre amigos. Pode ser
também a sua Mãe. Ora bem, porque a pessoa está agarrada ao
passado e às suas crenças, não consegue lidar com esta
pessoa com a firmeza com que deveria fazê-lo e sente-se
frustrada por achar que não será aceite por essa pessoa caso
mude de atitude relativamente a ela.
Veja Pés.
Pesadelo
Veja Sonhos
Pescoço
E o suporte para a cabeça e também a ligação entre a cabeça e
o tronco.
Corresponde à passagem do conceptual, da ideia, do desejo, da
vontade (vindos do cérebro) para a realização (acção,
realização, expressão, relação).
O pescoço é uma passagem. Ainda não é o acto. É prévio ao
acto e é a formação mental da acção.
O pescoço representa a flexibilidade e a capacidade de olhar à
volta e de olhar para trás, respeitando-se a si próprio.
A parte de trás do pescoço, a nuca, é a parte mais yang do
pescoço, mais afectada pelos comportamentos demasiado yang,
e a parte da frente, onde se encontram a laringe, a traqueia, a
garganta, as cordas vocais, é afectada pelos comportamentos
demasiado yin.
Pessoas que têm raiva acumulada têm tensões crónicas nos
ombros, no pescoço e nos braços. Se quiser, pode consultar
Raiva.
Qualquer problema no pescoço pode ser no músculo (veja
Torcicolo), no osso (veja Vértebras cervicais) ou na pele (veja
Pele).
Peso (aumento ou perda de peso)
Veja Obesidade, Magreza, Bulimia e Anorexia
Peste
É transmitida pelos ratos. Ainda hoje existe em muitos países.
Acontece quando os humanos perdem a noção da boa gestão
dos recursos naturais.
Existe uma correlação entre os ratos e o comportamento
humano. Na Idade Média, após uma grande fome, havia peste.
Quando os humanos já perderam o medo de morrer de fome,
quando o acontecimento já passou, logo a seguir vem a peste,
como uma espécie de ressaca.
Os homens são capazes de matar pela gestão dos recursos
naturais. Logo depois, aparece a peste.
Hoje em dia, nos EUA, os ratos já começaram a surgir em
grande quantidade.
Nos hipermercados de todo o mundo, onde se esbanja muito,
também.
Os ratos funcionam em simbiose com os humanos. São
claramente um indicador da má gestão dos recursos naturais.
Os ratos são a típica imagem do egoísmo humano. Por isso os
detestamos tanto.
O rato é o símbolo de uma deusa hindu que quer dizer morte e
reconstrução.
Veja Epidemias
Peste pulmonar
E parecida com a tuberculose. Mas é colectiva. Faz parte das
epidemias.
Mostra que a colectividade sentiu um enorme medo colectivo de
morrer. Mas ocorre sempre só a seguir a um acontecimento. Por
exemplo, depois de uma guerra.
Veja Epidemias
Picadas de insectos
Quando a pessoa é picada regularmente por insectos, o corpo
está a mostrar que a pessoa é dura com ela própria, que precisa
de se castigar e que provavelmente sente culpa em relação a
coisas pequenas. Não está em questão aqui ser picado por um
enxame de mosquitos. Aí, todas as pessoas são picadas.
Veja Paludismo
Picores
Veja Herpes, Eczema e/ou Prurido
Pineal/Epífise (corpo ou glândula pineal)
É uma glândula endócrina relativamente desconhecida que se
situa entre os dois hemisférios cerebrais. Está encaixada no
centro do crânio. Para os que trabalham com chakras, está
directamente ligada ao chakra da coroa, o sétimo chakra, o
chakra violeta. Ela está no enfiamento do canal que vai do
sétimo chakra ao primeiro. Está directamente ligada ao ciclo
solar de um dia. Secreta a serotonina e a melatonina. A
serotonina permite ao corpo ter vida, ter dinâmica, ter pedalada.
E uma hormona que produz ayanguização (reforça a estrutura)
da pessoa. Torna a pessoa activa. É entre as duas e as quatro
da manhã, durante o sono, que a produção da serotonina pára e
dá lugar à secreção da melatonina, que tem um efeito sobre o
sistema imunitário, sobre a qualidade do sono e sobre o ânimo,
a boa disposição e o bom humor da pessoa. Este momento da
noite é muito importante, pois é um momento muito yin, muito
calmo, muito zen, de regeneração da pessoa.
As pessoas depressivas têm muitas vezes um défice de
serotonina.
As insónias acontecem muitas vezes por volta deste espaço de
tempo entre as duas da manhã e as quatro da manhã.
Quando, devido a um modo de estar demasiado yang, ou
demasiado regrado, a pessoa não deixa que se sempre mais
acima. E o miúdo cresceu para colher a recompensa. É uma
questão de constituição que se prende com a carga energética
que a criança já traz desde a concepção.
Numa criança que pense que precisa de crescer muito para ser
válida, o corpo sobe-a ao topo.
Existe uma hipófise anterior e uma posterior.
A Hipófise anterior segrega as hormonas que vão desencadear o
modo de funcionamento das outras glândulas endócrinas.
A Hipófise posterior é a neuro- -hipófise. Serve para equilibrar o
rim e o pâncreas.
Quando o seu funcionamento está perturbado, a pessoa pode
ter diabetes insípidas. Bebe muito e urina muito. Recicla os seus
líquidos. É a pessoa que lava em muita água. “Há dinheiro sujo
pelo meio.” “Há líquido para lavar.” (Dinheiro = líquido.)
Os tumores na pituitária (adenomas e fibromas) costumam ser
benignos. São chamadas de atenção para que a pessoa
perceba que está com saudades de si, que está a trilhar um
caminho que está longe de ser o que lhe convém. A pessoa vive
obcecada com alguma coisa na matéria que a anda a violar
profundamente. A pessoa não respeita a sua essência profunda.
Pleura
Pertence ao grupo dos invólucros do corpo, das bolsas que
protegem os órgãos. Neste caso, a pleura protege o pulmão.
Serve para prevenir ataques e permitir a defesa. Ataques
verbais ou físicos. Aqui estamos a falar somente dos ataques
dos que são chegados. No pulmão fala-se de todo o tipo de
ataques, de pessoas chegadas ou não.
Convém aqui relembrar mais uma vez que o que queremos dizer
com ataques não é uma coisa objectiva. Trata-se do que a
pessoa sentiu como ataques.
Pleuresia (pneumotórax)
É uma afecção da pleura. A pessoa sente uma ameaça para a
sua vida. A pleuresia mostra emoções negativas. A pessoa
sente sobretudo medo pelo que existe dentro da pleura (o
pulmão). Mas não é um medo consciente. Por isso o corpo tem
de o mostrar através do sintoma da pleuresia. A pessoa apenas
sente a grande necessidade de se proteger da agressão.
Problemas na pleura mostram que a pessoa se sentiu atacada,
agredida. A grande diferença da pleura para o pulmão é que os
sintomas na pleura, além da agressão, mostram também que
algo meteu nojo à pessoa. Que algo sujo aconteceu. E tem que
ver com pessoas chegadas. Pode ser sujidade na matéria ou
pode ter que ver com alguém que fez alguma coisa nojenta.
“Esta pessoa mete-me nojo!” O facto de a pleuresia ser dolorosa
é apenas uma metáfora da dor que a pessoa sente ao nível do
nojo. Quase a impede de fazer tudo, até de respirar. Em resumo,
a pessoa protege-se de ataques e de coisas que lhe metem
nojo.
Aqui, pouco importa se se trata da protecção do pulmão
esquerdo ou do direito. A metáfora para o processo de defesa
ligado à pleura é a de pôr as mãos à frente para se proteger.
Não há tempo para pensar com que lado a pessoa se defende.
Pneumonia
Inflamação do pulmão por germes infecciosos. Caracteriza-se
por febre alta, tosse, dor no tórax, mal-estar generalizado, falta
de ar, confusão mental e alteração da pressão arterial.
Mostra sentimento de agressão externa grave, muito doloroso. A
pneumonia mostra que a pessoa está sem defesas próprias.
“Preciso que me protejam! Quem me protege? Tenho um
problema de comunicação grave. Não consigo fazer-me
entender. Não me compreendem. Quem me protege e quem me
entende no meu sofrimento?”
Pode dar-se quando uma pessoa sente que a pessoa ideal para
a proteger perante as agressões que está a sofrer está ausente.
O pulmão direito mostra o lado yang, masculino e o esquerdo
mostra o lado yin, feminino. Para dextros e canhotos.
Pneumonia do lado yang mostra sensação de ser agredido por
um homem e/ou incapacidade de ser protegido por um homem
e, do lado yin, sensação de ser agredido por uma mulher e/ou
incapacidade de ser protegido por uma mulher.
Veja Pulmão
Pneumotórax
Veja Pleuresia
Polaridade do corpo
A polaridade do corpo yin-yang está explicada em detalhe na
Introdução (capítulo Polaridade) e em cada um dos Aparelhos,
na letra A.
Poliartrite
Artrite que afecta várias zonas do corpo.
Dá-se uma alteração dolorosa dos tecidos das articulações e
dos músculos, mais conhecida por reumatismo. A palavra-chave
aqui para a causa do sintoma é agressividade contida.
Quando há poliartrite, existe sempre uma inflamação. Uma
chama arde. A pessoa está a ferver. Provoca um inchamento
dos tecidos e dos músculos e a deformação das articulações. A
dor é tão intensa que a pessoa tem de reduzir ao máximo os
movimentos, mas não pode parar porque é em situações de
repouso que a dor se faz sentir mais. O corpo está a dizer-lhe
que tem/teve excesso de movimento e abranda-lhe a cadência e
mostra à pessoa que toda a sua actividade, ou mesmo
hiperactividade, escondia uma rigidez no seu modo de pensar
que ela não queria ver. E o corpo encarrega-se de lha mostrar
agora. De facto, a pessoa com poliartrite costuma ser rígida,
teimosa, inflexível, meticulosa e perfeccionista. Também pode
ser uma pessoa com um enorme espírito de sacrifício, quase
masoquista, melancólica e muito moralista. Enfim, trata-se de
pessoas de comportamento muito masculino, muito yang, muito
mandão.
As pessoas que têm este tipo de sintoma foram pessoas muito
activas, muito dinâmicas, desportistas. Ora, a hiperactividade
muscular, como por exemplo a da competição desportiva, pode
ser um meio que a pessoa encontrou de canalizar a sua
agressividade com o comportamento. E fez coisas, muitas
coisas. Mas nunca quis reconhecer, constatar, observar nem
aceitar a sua agressividade. Como nunca soube admitir a sua
agressividade, nunca a soube viver e deixou assim a energia de
agressividade dentro de si. Resolveu sempre o efeito mas não a
causa. E a agressividade até cresceu. E acumulou-se nas
articulações, provocando a poliartrite.
A pessoa com reumatismo sente culpa não consciente por essa
sempiterna agressividade contida. E assim dedica- -se à
benevolência, à abnegação, como para se redimir dessa culpa.
A poliartrite afecta muito mais as mulheres do que os homens,
pois as mulheres têm muito menos facilidade, na nossa
sociedade, em assumir os seus impulsos agressivos.
A poliartrite é acompanhada muitas vezes de dores de estômago
ou de intestinos, de frigidez, de impotência, de angústia, de
depressão e até de distúrbios cardíacos. Veja Raiva
Poliartrite crónica evolutiva (mulheres adultas)
Também chamada reumatismo poliarticular crónico ou poliartrite
reumatóide.
E própria dos adultos. Prende-se com desvalorização.
É no adulto o que o reumatismo articular agudo é na criança.
Trata-se do adulto que centra a sua vida na seguinte questão:
“Sou hábil ou não? Tenho jeito ou não?” As articulações
envelheceram, mas estas pessoas, sendo adultas, ainda se
comportam como miúdos.
Atinge apenas as mulheres.
Isto está frequentemente ligado a problemas de tiróide.
“Gostaria de manter o lado juvenil. Gostaria de ter a
espontaneidade do gesto. Tenho de ser perfeita à primeira.”
Poliartrite reumatóide
Veja Poliartrite crónica evolutiva
Poliomielite
A poliomielite é uma inflamação ao nível da medula espinal.
A medula espinal é a parte do sistema nervoso central contida
no canal raquidiano, desde o orifício occipital (no crânio) até à
segunda vértebra lombar (L2), de onde partem vários pares de
nervos.
Qualquer sintoma que parta da medula espinal mostra
dificuldade de actuar e de aproximação aos outros. As doenças
paralisantes afectam sempre o aparelho locomotor e
nomeadamente os músculos e/ou os nervos. Prendem- -se com
um enorme sentimento de desvalorização. Esta é a primeira
palavra-chave. A segunda palavra-chave é a do sentimento de
ideias contrárias.
A pessoa auto-impõe-se duas ordens contraditórias no que
respeita a movimento. A pessoa tem desejos contrários. Estas
duas ideias contrárias que criam a tensão podem dar-se, por
exemplo, se a pessoa desejou muito fazer alguma coisa, fê-la e
depois arrependeu-se muito.
O remorso é uma desvalorização que afecta o músculo.
No caso de se dar com um recém- -nascido, estamos perante
uma criança que encarnou, mas que tem dúvidas sobre se o
deveria ter feito, pois não sente equilíbrio nem harmonia na sua
vida no seio da sua família para crescer livremente. Aqui, é
indispensável olhar para o que se passou entre os pais durante
a gravidez, durante o parto, ou durante a pequena infância da
pessoa. (Veja Poliomielite anterior aguda — paralisia infantil.)
As paralisias são próprias do aparelho locomotor e do sistema
nervoso, acabámos de o ver. Está assim em questão o
sentimento de individualidade, de autoestima. O que penso de
mim próprio e o que faço neste mundo. A minha firmeza e
também a minha flexibilidade.
Aqui moram os conflitos do meu valor pessoal. Que parte da
minha consciência é que está obscura na minha relação com o
mundo?
Na paralisia, os pensamentos da pessoa prendem-na. Deixou de
poder mover-se, seja parcialmente, seja por inteiro.
Aqui, temos de analisar as partes do corpo atingidas.
Veja Paralisia parcial e veja as partes do corpo afectadas.
Poliomielite anterior aguda (paralisia infantil)
Tal como na poliomielite, trata-se de um problema de inflamação
ao nível da medula espinal que provoca a atrofia dos músculos
atingidos.
É uma doença do foro da medula espinal e do aparelho
locomotor. Está em questão o sentimento de individualidade, de
autoestima.
Ora, esta doença dá-se em crianças, por isso é chamada
paralisia infantil. O aparecimento de um novo ser prende-se com
a relação entre os pais e com a família, a linhagem, o clã.
A poliomielite mostra uma criança que nasce e que já sente
culpabilidade. O corpo da pessoa mostra-o ao começar a
destruir o músculo responsável por certas funções. A pessoa já
chega ao mundo desvalorizando-se.
A pessoa castiga-se. Como se sentisse remorso. O
acontecimento já se deu. O bebé já nasceu e sente: “Se calhar
não deveria ter nascido. O que faço aqui? Haverá espaço para
mim?”
E muito importante perceber que neste caso estamos em
presença de um sintoma que se prende, de facto, com o clã e
com os seus representantes, os pais biológicos.
A concepção e o nascimento constituem uma criação a três, que
só produz fruto se todos estiverem de acordo (todos sendo o
Pai, a Mãe e o futuro bebé) e concriarem essa epifania que é a
encarnação de um novo ser.
Assim que a criança nasce, essa memória que trazia da
linhagem torna- -se não consciente. De facto, ela esquece toda
a bagagem que trazia e vai precisar das suas vivências e da
comunicação com a família para se ir apercebendo devagarinho
do padrão de pensamento, de modo de estar e de sentir da sua
É
árvore genealógica. É, portanto, crucial que a criança oiça falar
dos membros da sua família, que ela se inteire dos
acontecimentos do passado, mas não só dos bons e dos épicos.
De todos! Das emoções, das guerras intrafamiliares, dos
escândalos vedados, da informação escondida. Da figura de
homem, do modelo masculino.
Os animais, e entre eles o ser humano, nascem do Céu para a
Terra.
Aqui surgiu um hiato aquando da descida. Provavelmente já na
gravidez. Ora, a força do Céu cá na Terra é representada pelo
Pai. O que se passou entre o Pai e a Mãe?
Veja Paralisia parcial
Veja Gravidez, Bebé e Família
Pontualidade
A falta de pontualidade crónica pode ser vista como um sintoma.
Seja das pessoas que estão sempre atrasadas, seja das que
apressam toda a gente ao seu redor e andam sempre a correr
para não chegar atrasadas, vivendo um enorme stress com o
tempo certo e fazendo os seus próximos viver um enorme stress
com o tempo.
Estas pessoas têm um problema. De facto, raramente estão no
momento certo, com a pessoa certa, no sítio certo. São pessoas
muito mentais, que não deixam espaço à intuição, que acham
que resolvem tudo à maneira delas, que pensam muito, que
raciocinam muito e que acabam por ter muito pouco sentido
prático. Além do mais, são pessoas que põem os seus chegados
numa pilha de nervos, o que mostra que, para elas, o seu
processo de raciocínio mental é mais importante do que a
relação de entrega ao outro.
Postura
Veja Coluna vertebral
Preocupação
Veja Ansiedade
Presbiopia (vista cansada)
Presbiopia é sinónimo de Presbitia
Presbitia (vista cansada)
Veja Olhos
Presbitismo (vista cansada)
Presbitismo é sinónimo de Presbitia
Pressão arterial
Veja Hipertensão e Hipotensão
Priapismo
O priapismo é uma erecção permanente e dolorosa que ocorre
sem estimulação sexual e persiste após 4-6 horas. Dá-se sem
desejo sexual e sem prazer. Os programas de auto-injecção e
de tratamento da impotência transformaram esta outrora rara
situação numa relativamente vulgar.
Inicialmente, tratava-se de um problema apenas dos doentes
com formas raras de doenças do sangue como certo tipo de
anemias. E quase sempre oriunda da medicação. Neste caso, o
priapismo mostra que o corpo está em ressaca relativamente a
um exagero de medicação contra a impotência.
Prisão de ventre
Veja Obstipação
A próstata é uma glândula anexa do aparelho genital masculino.
O seu produto de secreção contribui para formar o esperma,
misturando-se com os espermatozóides provindos dos
testículos. A sua secreção é uma substância alcalina que
estimula o movimento dos espermatozóides. A próstata é,
portanto, do ponto de vista da energia, um catalisador sexual.
A tensão-chave para os problemas de próstata é sentir-se útil.
E importante relembrar que as questões territoriais nos animais
se prendem com a reprodução. Para eles, acima do indivíduo
está a perenidade da espécie. Assim, o território manifesta-se
ligado à espécie, à reprodução e às crias. Aquilo a que
chamamos as nossas raízes. No conceito animal de território
estão incluídos os conflitos de ordem sexual dos machos e a sua
consequente desvalorização quando perdem o território. O
animal que contribui para a perenidade da espécie sente-se útil.
A sua utilidade é, aliás, indispensável.
Este sentimento ancestral animal faz que, nos humanos, nós
sintamos os conflitos territoriais no colo do útero nas mulheres e
na próstata nos homens. Assim, do ponto de vista animal, é na
próstata que o homem sente os seus conflitos de território. Os
problemas de próstata são próprios das pessoas que perderam
um parceiro sexual ou que têm medo de o perder. São pessoas
que se sentem desvalorizadas, sem utilidade alguma e sem
possibilidade de marcar território do ponto de vista animal. Mas
não só. Porque, de facto, na sociedade em que vivemos, a
utilidade masculina é também marcada pela capacidade que se
tem de empreender coisas, de se tornar útil fazendo coisas. E
comum encontrar homens reformados com problemas de
próstata. Não por frustração sexual ou por impossibilidade de
procriar, mas por serem homens que costumavam centrar a sua
vida na profissão e que consideravam que o que não era
profissional nas suas vidas não era importante. Ao reformar-se,
passaram a considerar-se como inúteis, vazios.
Assim, a causa dos problemas de próstata, e nomeadamente do
cancro da próstata, é muitíssimo yang. É típica dos homens
muito masculinos, muito regrados, muito trabalhadores, pouco
sensíveis, que bloquearam o seu lado feminino, o seu lado
sensível, o outro lado da sua vida que não o profissional. Não
sabem viver sem o seu lado masculino, profissional, activo.
Todos os problemas de próstata correspondem ao mesmo tipo
de tensão na consciência: “Sinto-me inútil!” Quanto mais
agravada a tensão e quanto mais silenciosamente for vivida,
mais grave o sintoma.
Os tumores benignos na próstata (adenomas e fibromas) não
são cancros, mas consistem em chamadas de atenção não
violentas para algo profundo que não está a funcionar bem no
homem relativamente à sensação de ser útil.
A hipertrofia da próstata (demasiado grande) impede a
evacuação urinária normal. A pessoa tem dificuldades em soltar
as águas do seu corpo, pois tem medos profundos sobre o seu
poder, a sua força para dar a vida, leia-se, para ser útil.
Prurido ou comichão
Pode aparecer com a urticária, por exemplo, ou sozinho.
A comichão, com os seus ardores, formigueiros e irritações, é
dos foros sexual, agressivo e amoroso.
Do latim prurigo, que quer dizer comichão, alegria e prurire, que
quer dizer picar, irritar. Ou seja, há sempre uma excitação prévia
ao prurido. Pode ser agradável ou desagradável.
Através da comichão, o corpo vem revelar uma excitação que
passou ao lado da pessoa, que a pessoa descurou, mas que
existiu. Fosse ela boa ou má.
Coçar tem um simbolismo: A pessoa esgaravata, cava, o que
representa, em suma, ir à procura.
A pessoa vai se coçando até perceber que tensão tinha na
consciência.
A sarna entra aqui nas tensões ligadas ao prurido. A
característica peculiar da sarna é uma intensa comichão que
piora sobretudo durante a noite. Os sulcos são mais frequentes
e a co-micháo é mais intensa nos espaços entre os dedos das
mãos, nos pulsos, nos cotovelos, nas axilas, à volta dos
mamilos das mulheres, nos órgãos genitais masculinos (pénis e
escroto), à volta da cintura e na parte inferior das nádegas. A
cara é raramente infestada, excepto em crianças pequenas,
onde as lesões aparecem sob a forma de bolhas cheias de
água. Com o passar do tempo, os sulcos podem tornar-se
difíceis de ver, pois ficam camuflados pela inflamação provocada
pelo coçar. A sarna é devida a um fungo. A pessoa estagnou em
crenças que não funcionam. O passado controla o seu dia-a- -
dia. Está agarrada ao passado. E apanha fungos. Cria musgo.
As infecções por fungos são afecções parasitárias. A palavra
parasita é essencial neste contexto. Se a pessoa se deixa
afectar por parasitas, isso significa que não está centrada, que
não sabe ser firme com as pessoas próximas que a envolvem e
que alguém se comporta como um parasita e se cola a ela. E é
porque a pessoa está agarrada ao passado e às suas crenças
que não consegue lidar com esse parasita com a firmeza com
que deveria fazê-lo.
Psoríase
É um dos sintomas cuja origem está na separação vivida de
facto. Só que, na psoríase, a pessoa sente dois conflitos, duas
tensões de separação.
A psoríase provoca altos e baixos na pele. Cria massa e buracos
alternadamente. Certos focos da pele ficam inflamados e
cobrem-se de escamas esbranquiçadas.
A pessoa vive duas coisas ao mesmo tempo. Uma das duas está
sempre em falta. E o conflito da dupla separação. Seja como for,
a pessoa está sempre em tensão por uma das duas coisas estar
em falta.
É muito difícil convencer alguém que tem psoríase das razões
da doença. A pessoa não percebe.
E como se a pessoa estivesse a fabricar uma carapaça
alternadamente. Põe uma couraça blindada entre ela e os
outros. A pessoa tem medo de ser magoada. E muito sensível.
Só que, mais uma vez, aparece o círculo vicioso: Quanto maior
a couraça, maior o medo e a sensibilidade à agressão. Porque,
de facto, a couraça não deixa entrar nada. Nem sequer o amor.
E a pessoa fica ainda mais vulnerável e só tem uma solução:
Entregar-se e soltar-se. E preciso trabalhar a aceitação dessa
pessoa sobre a ferida que a(s) separação (ões) deixou (aram).
A psoríase chega a criar úlceras da pele e infecções, o que é o
cúmulo do círculo vicioso. A pessoa agride-se a si própria para
não ser agredida pelos outros.
Pulmão (cancro, pneumonia, tuberculose)
Pertence ao elemento metal dos cinco elementos orientais.
Na respiração, tal como no coração, encontra-se a máxima
expressão da dualidade. Se só inspira, morre. Se só expira,
morre. Precisa das duas. A inspiração é uma contracção e a
expiração uma descontracção. A respiração encerra a
polaridade do acolhimento (receber) ou do dizer não (não querer
receber o que não é bom para mim) e a do dar ou não dar.
A função principal dos pulmões é proteger-nos do exterior. Os
pulmões filtram o pó, expulsam o dióxido de carbono e
respondem, reagem, às agressões do meio ambiente.
A respiração une-nos, através da sua dualidade, ao
sobrenatural, ao universo, à fonte da criação, ao metafísico. A
respiração permite-nos a união com a vida. Por isso, a
respiração impede o isolamento ao ser humano.
Respiração é, portanto, contacto e relacionamento. Este
contacto com o que vem de fora faz-se através dos alvéolos
pulmonares.
O contacto que temos com o outro através da pele é voluntário.
Ou quero tocar ou não. Mas o contacto através da respiração já
não é voluntário. Dá- -se, e ponto.
O primeiro sopro dá a vida. O último sopro solta-a.
O primeiro sopro desliga-nos da Mãe. Passamos a ser uma
entidade individual.
Aqui exprime-se mais uma dualidade própria do aparelho
respiratório cujas palavras-chave são: liberdade e aperto.
Contacto, libertação e comunicação.
Pessoa com problemas respiratórios é pessoa com dificuldade
em deixar-se viver a vida ou com dificuldade em proteger-se do
exterior ou mesmo em expressar-se perante as pessoas que a
agridem. As tensões nos pulmões estão assim ligadas à
sensação de ser agredido por alguém e, ao mesmo tempo, ao
medo da morte. Seja ela a morte de um ciclo ou a morte física.
Pode ser apenas o medo de perder uma relação. E pode ser o
medo de morrer, que é o medo de soltar o último sopro. A
pessoa tem um enorme medo de asfixiar.
Convém aqui relembrar mais uma vez que o que queremos dizer
com ataques não é uma coisa objectiva. Trata-se do que a
pessoa sentiu como ataques.
O pulmão é regido pelos hemisférios cerebrais do córtex. Por
isso, o pulmão do lado direito é yang, masculino, representa o
homem, o Pai, o marido. O do lado esquerdo é yin, feminino,
representa a Mãe, a mulher. Tanto para canhotos como para
dextros.
Se a pessoa sente que um homem a agrediu, o pulmão do lado
direito é que fica afectado. Se se sentir agredida por uma
mulher, é o pulmão do lado esquerdo que fica afectado.
No pulmão, contrariamente ao que se passa na pleura, estamos
a falar de pessoas de todo o tipo. Podem ser chegadas ou não.
Pode ser um estranho, pode ser a professora da escola, pode
ser um professor no desporto, um transeunte e pode ser uma
pessoa chegada. A pleura prende-se apenas com pessoas muito
chegadas. Uma outra diferença da pleura para o pulmão é que
os sintomas na pleura, além de a agressão ser sentida
unicamente a partir dos próximos, mostram também que algo
meteu nojo à pessoa e no pulmão não.
A sensação de agressão que afecta o pulmão prende-se,
sobretudo, com questões de comunicação e de agressividade.
No caso da pneumonia, que consiste numa inflamação do
pulmão por germes infecciosos, a tensão está ligada a uma
sensação de agressão externa grave, muito dolorosa, e significa
também que a pessoa está sem defesas próprias. “Preciso que
me protejam. Quem me protege? Tenho um problema de
comunicação grave. Não consigo fazer-me entender. Não me
compreendem. Quem me protege e quem me entende no meu
sofrimento?”
No caso do cancro do pulmão, o corpo começa a criar tumores
nos alvéolos pulmonares, tornando assim o pulmão mais eficaz.
De facto, um pulmão com cancro funciona com mais rendimento
do que um pulmão são. A pessoa precisa de mais ar para
sobreviver e o corpo concede à pessoa um pulmão mais eficaz.
Aqui, a tensão ligada à agressão ou ao medo da morte de um
ciclo, é enorme e, sobretudo, a pessoa não a verbaliza e
guarda-a para ela. O corpo acaba sempre por mostrá-la.
A tuberculose aparece após algum problema de pulmão. Só
aparece quando a pessoa já não sente a tensão de agressão
que vivia na sua consciência. A tuberculose dá-se, pois, em fase
de recuperação da pessoa, quando esta já não se sente
agredida mas ainda está muito fragilizada.
As emoções da pessoa com tuberculose são solidão,
melancolia, pena, tristeza. Perda de esperança, de confiança
para continuar a viver. Pode ser uma manifestação não
consciente de uma tristeza de infância reprimida.
Pulso
E a articulação do corpo com a mobilidade mais completa. O
pulso permite a ligação entre o antebraço (que representa a
capacidade de começar a realizar algo que já foi aceite após ter
enfrentado a dificuldade de escolher os meios para actuar) e a
mão (que representa a compreensão, a delicadeza, a
capacidade para manter o que se obteve, para dar e receber
carinho).
O pulso é assim a articulação que permite transmitir a acção à
mão, que permite apoiar o gesto e decidir da afinação desse
gesto antes da decisão para realizar a acção o melhor possível
e obter o melhor resultado para a pessoa.
O pulso é, pois, uma articulação que permite à destreza das
mãos manifestar-se com a maior afinação e o maior apoio. Aqui
entram, tal como nas outras articulações, as palavras- -chave
inflexibilidade e desvalorização. Se o apoio para o gesto não foi
bom, a pessoa sente-se desvalorizada. Pode ser o caso da
pessoa se ouvir criticar o seu gesto e se sentir humilhada,
desvalorizada. Se a pessoa for inflexível relativamente a si
própria e à qualidade de apoio que conseguiu para afinar o
gesto, seja na sua destreza delicada, seja num desporto, seja no
gesto delicado que deva fazer a alguém, pode criar um problema
no pulso.
Qualquer problema no pulso pode ser no osso, no tendão ou na
pele. Problemas na pele mostram uma tensão de separação ou
de dificuldade de comunicação com alguém. Problemas no osso
mostram desvalorização forte: “Não sou bom nisto. Não valho
grande coisa nisto.” Problemas no tendão mostram também
desvalorização e inflexibilidade.
A partida, embora nem sempre assim seja, quando se fala de
polaridade yinlyang nas articulações do aparelho locomotor, o
lado direito é yang (masculino) e o lado esquerdo é yin
(feminino). Para todos, canhotos como dextros. De qualquer
modo, estamos perante uma tensão que se prende com
desvalorização e inflexibilidade, seja qual for o lado do corpo
afectado. Problemas no pulso yang mostram problemas com um
homem (ou falta de flexibilidade de si como homem, no caso de
se tratar de uma pessoa masculina). Problemas no pulso yin
mostram problema com uma mulher (ou falta de flexibilidade de
si como mulher, no caso de ser uma pessoa feminina).
Veja também Amputação ou Paralisia se for caso disso.
Queimaduras
A pessoa está queimada por dentro. O que o agente exterior que
queima a pessoa vem fazer é mostrar-lhe como está por dentro.
E interessante ver em que parte do corpo se deu a queimadura.
De qualquer modo, estamos em presença de um sentimento de
agressão forte que a pessoa sentiu relativamente a alguém. A
pessoa tem grande dificuldade de comunicação com alguém que
lhe é chegado. Se a queimadura for nas pernas, isso mostra
tensão no lar, com a Mãe biológica ou com o modelo de mulher.
Se for na parte superior do corpo, mostra tensão com o Pai
biológico, com o modelo de homem e com os objectivos a
alcançar.
Uma Mãe que, na concepção e/ou na gravidez da criança,
esteve sempre a pensar que se ia queimar e que vivia com esse
medo e não o verbalizava, pode ter levado a que o bebé, ao
nascer, tornasse essa tensão da Mãe aparente, queimando-se
ele.
Neste caso, veja Família.
Queixo
Veja Maxilares
Procure o órgão em que o quisto se dá. O quisto é um tumor
benigno.
Rádio
Osso externo do antebraço. Partir o rádio mostra desvalorização
forte. “Não valho grande coisa.”
Veja Antebraço
Raiva
Energia que concentra. Energia yang. Quando sinto raiva, sinto
que posso vir a atacar o outro. Por isso, o sistema nervoso
simpático prepara-se para o efeito, para a luta, recorrendo à
adrenalina e a energia sobe em direcção ao pescoço, aos
ombros, às costas e aos braços e irriga muito o cérebro. A
pessoa perde o tino.
Pessoas que têm raiva acumulada têm tensões crónicas nos
ombros, no pescoço e nos braços.
Existem três soluções para lidar com a raiva:
1)Anular-se e fingir que tudo está bem, acarinhando a ilusão de
que se resolveu a causa.
2)Enveredar por um canal ainda mais yang, exercendo
comportamento desportivo do tipo de bater em sacos de boxe,
jogar râguebi ou mesmo bater em alguém.
3)Enveredar por um canal yin e chorar convulsivamente,
tomando assim totalmente consciência do que sente.
A primeira solução não resolve nada e leva a pessoa a acumular
uma raiva que lhe pode vir a dar problemas.
A segunda solução resolve o efeito mas não resolve a causa e
faz que a pessoa fique cada vez mais dependente dessa
actividade violenta, que lhe dá a ilusão de fazer escoar a sua
agressividade. O que a pessoa não percebe é que a
agressividade está a ser alimentada e que, por isso, está a
crescer.
A terceira solução resolve a causa. A pessoa vaza os cartuchos
de raiva que tem em si, através da constatação e da observação
de si própria, tornando-se mais genuína e muito mais senhora
de si própria. A tendência para a raiva vai diminuindo.
Quando a raiva é crónica e nunca é vivida, o sistema nervoso
parassimpático (sistema que regula o funcionamento automático
de grande parte dos órgãos internos) tem poucas oportunidades
para entrar em acção, pois o sistema simpático (sistema que
regula a adrenalina) está muito activo. O parassimpático não
consegue assim regular o funcionamento dos sistemas vitais do
corpo que dele dependem.
A raiva está directamente ligada aos problemas na vesícula e,
por acréscimo, por consequência, o fígado também fica
implicado.
Os sintomas podem ser: dores de cabeça, dores de olhos,
ciática, dores de pernas, dores de ombros, falta de energia, falta
de determinação, falta de energia sexual, irritabilidade,
impaciência e distúrbios digestivos.
Raquitismo
Ao contrário do nanismo, este sintoma não se dá à nascença,
mas durante a infância ou a adolescência.
Estamos em presença de um problema de subnutrição
emocional. Falta de amor e falta de segurança. É importante
olhar para o ambiente familiar em que a criança cresceu.
É comum estas pessoas terem problemas com a exposição
solar.
Os problemas desta criança estão ligados ao Pai e à Mãe
biológicos.
Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema
endócrino. Píá duas glândulas que participam do crescimento
equilibrado da pessoa. A tiróide e o timo.
Numa criança que considere que não vale a pena crescer, o
corpo encarrega-se de mostrar essa tensão do ponto de vista
físico. E ela não cresce.
E por que terá uma criança a ideia de que não vale a pena
crescer? Pode ser por várias razões, mas todas vão ter aos
pais.
O timo tem um papel muito importante na criança até à
adolescência. Ele participa no crescimento e no metabolismo,
assim como na imunidade da criança. Ora, no timo está a
memória do ser humano e essa memória está impregnada das
experiências que a criança fez com a vida e com os pais
(sobretudo com os pais) assim como com os modelos de homem
e de mulher que foi encontrando na sua vida. E a criança
conclui: “Se os adultos são assim, então eu não quero crescer.”
O conflito é silencioso e profundo. É o modo que a criança
encontra para se imunizar contra o modo de viver dos pais.
A tiróide é uma glândula essencialmente feminina. Regula todo o
metabolismo do corpo, o crescimento, o peso, toda a harmonia
do corpo.
E mostra a capacidade que a pessoa tem de se expressar e de
se fazer entender. E na tiróide que o corpo mostra o calculismo
da pessoa que aprendeu a saber quando é melhor dizer alguma
coisa ou calar-se.
E a criança não autorizada a expressar-se, ou que percebeu que
ninguém faz qualquer esforço para a entender, desiste de si
própria, desiste de acelerar o metabolismo e trava-o. E o
crescimento não se dá. A tensão que o corpo mostra é: “Não
consigo criar o meu espaço neste mundo de adultos. Não vale a
pena crescer. Não quero vir a ser o que eles são.”
Recém-nascidos
Veja Bebés
Recto inferior
Veja Intestino grosso — recto inferior
Veja Intestino grosso — recto superior
Ressonar
Quando respiramos, o ar passa livremente pelo nariz e pela
boca, desce pela faringe, passa por detrás da base da língua e
vai até à laringe. No fundo da boca, por detrás da língua, o
espaço para o ar passar é reduzido. Durante o sono, os
músculos desta zona relaxam, o que reduz ainda mais a
passagem. A vibração dos tecidos desta zona é que produz o
ressonar. Porque esta passagem fica ainda mais reduzida, a
base da língua cria um fenómeno de válvula que chega a
bloquear completamente a entrada do ar. Nesse momento, os
esforços de inspiração do ar da pessoa que está a dormir
acentuam ainda mais o bloqueio, como uma rolha, e dá-se então
a chamada apneia obstrutiva, em que a pessoa acaba por fazer
roncos enormes. Não é propriamente um sintoma que afecte a
saúde da pessoa, mas afecta claramente a sua relação social e
familiar à noite. Aqui, a inspiração é dificultada.
A tensão ligada ao ressonar prende-se com a dificuldade de
acesso ao ser interior. A pessoa durante o dia anda muito
mental, muito acelerada, muito controlada, muito masculina,
demasiado dinâmica, come comida muito pesada, muito forte,
muito yang. Quando se deita, está estafada, completamente
exausta, e ressona muito mais.
A pessoa precisa de relaxar a sua vida. Deve deixar de ser tão
mental e tão atarefada. Deve cuidar mais de si e assim cuidará
também, indirectamente, das pessoas perto de quem dorme.
Retenção de líquidos
A pessoa retém secreções ou excreções que deveriam ter sido
eliminadas e que permanecem nas diferentes cavidades do
organismo. Os edemas devidos à retenção de líquidos podem
ocorrer devido a insuficiência renal (veja Rins), a problemas
linfáticos e/ ou vasculares (veja Veias, veja Sistema linfático) ou
a problemas hormonais (veja Tiróide). Acontecem também às
mulheres que têm tensão pré-mens- trual (veja Menstruação).
Retinite pigmentaria
Veja Olhos
Reumatismo
Alteração dolorosa inflamatória dos tecidos das articulações e
dos músculos Dá-se nas cartilagens articulares, onde os ossos
se confrontam. Por exemplo, onde o fémur dialoga com a tíbia
(joelho). Aqui estamos ao nível do gesto. Se o gesto não está
certo, temos problema articular.
Aqui estamos em presença da qualidade do gesto. Uma pessoa
pode desvalorizar-se pelo gesto.
O desporto é um óptimo exemplo disto, assim como o trabalho
manual.
O cirurgião, o dentista, o pianista, o secretário. Seja no desporto
ou em qualquer gesto. Pode dar-se em qualquer acção da nossa
vida que implique mudança de direcção e/ou flexibilidade. Aliás,
todos os sintomas são o espelho da nossa consciência. Um
gesto amável, ou de protocolo, ou de cortesia, ou de mostra de
violência ou de caridade, podem ser considerados como gestos
de mudança de direcção ou de flexibilidade na vida de alguém,
tal como no desporto ou no trabalho manual.
As doenças articulares são devidas a tensões de
desvalorização. Dão-se, por exemplo, quando a pessoa pensa:
“Já não sou tão bom como costumava ser. Já não sou tão bom
neste gesto de fazer isto.”
Uma chama arde dentro da pessoa e esta está a arder. O
reumatismo provoca um inchamento dos tecidos e dos músculos
da articulação e, por isso, a sua deformação. A dor é tão intensa
que a pessoa tem de reduzir ao máximo os movimentos, mas
não pode parar. Ou seja, é em situações de repouso que a dor
se faz mais sentir. E o caso, por exemplo, da poliartrite.
Veja Poliartrite
Reumatismo articular agudo (crianças)
As cartilagens das articulações são desgastadas.
É nas crianças o que a poliartrite crónica evolutiva é nos
adultos.
O corpo mostra pequenos conflitos de infância. Acontece
sobretudo nas crianças devido à competição diária e aos
desportos competitivos na escola, que são quase todos muito
nocivos para as crianças.
A criança pré-púbere está naturalmente em empate hormonal, o
que quer dizer que, naturalmente, nenhuma hormona sobressai
sobre as outras (veja Sistema endócrino — empate hormonal).
Mas a criança vê-se obrigada a sair deste empate hormonal
para competir.
Desporto é bom, mas a competição não o é, pois contribui para
a desvalorização da criança. O reumatismo articular agudo
mostra que a criança não foi respeitada na sua energia mais
profunda. Esta criança faz-se violência, o que não é
absolutamente nada natural. Por que se fará uma criança
violência a si própria? Só pode ser devido à sua relação com os
seus pais, amigos ou professores. Mesmo que seja o professor
da escola que imponha um comportamento incómodo para a
criança, os pais é que são responsáveis por ter posto essa
criança nessa escola. Por que a puseram lá? Porque no clã
sempre foi assim? Porque o Pai quis isto e/ou a Mãe aquilo? O
que se passa com a vida familiar desta criança?
Se este reumatismo articular agudo vai até ao coração ou aos
rins, torna- -se muito perigoso. Se vai para os rins, isso mostra
que o sistema de valores da criança se desmantelou. E só aí
que a criança e os paizinhos se dão conta de que o desporto
não era bem aquilo, ou que a escola não era bem aquela, ou
que o pensamento mais equilibrado para a criança não era bem
o do clã. Quando a criança se apercebe de que o seu sistema
de crenças desmoronou, pode ter uma decepção cruel e amarga
profunda e arranjar uma glomerulonefrite (proteínas na urina).
Neste caso veja Insuficiência renal-glo- merulonefrite.
Reumatismo poliarticular crónico
Veja Poliartrite crónica evolutiva
Rinite
A rinite é uma inflamação da membrana mucosa do nariz,
caracterizada por um corrimento contínuo e uma congestão
nasal.
A rinite pode ser aguda (de curta duração) ou crónica (de longa
duração).
O nariz faz parte do aparelho respiratório e, portanto, prende-se
com a relação com o exterior. O nariz assimila o lado subtil das
coisas e mostra a relação com o sopro, o ar, o céu. O nariz está
em estreita relação com a vida através do olfacto.
Convém perceber se a pessoa se sente agredida por alguma
coisa ou, sobretudo, por alguém. A constipação mostra
pequenas mágoas e alguma desordem mental. É provável que
haja um problema com alguém que vive próximo da pessoa. Lar,
marido, mulher, namorados, professor, trabalho, Mãe biológica.
O olfacto dá volume e cor ao gosto e dele é indissociável, tal
como o são os dois olhos entre si. Problemas de olfacto
(crónico, não momentâneo) representam medo de deixar entrar
em nós as coisas subtis da vida, por falta de autoestima.
A perda de olfacto também pode ser provocada pelo medo de
reconhecer o animal que há em nós. De facto, na natureza, o
olfacto é uma óptima ferramenta de reconhecimento hormonal e,
portanto, sexual. O nariz prende-se com a sexualidade. Assim, a
pessoa que tem problemas de olfacto pode ser também a
pessoa que trava os seus impulsos sexuais.
O entupimento é outra manifestação desta tensão. A pessoa que
tem sempre o nariz entupido, ou meio entupido, costuma ter
também problemas de olfacto. Mostra dificuldade da pessoa
para aceitar informações íntimas que lhe chegam do exterior ou
do interior. Não quer sentir os sinais. É muito provável que a
relação no seu lar não flua como gostaria. Mas não quer olhar
para os detalhes.
O que estará a apodrecer na relação e que a pessoa não quer
cheirar? A falta de olfacto revela a dor, a amargura, ou mesmo o
desejo de vingança que deixamos apodrecer em nós próprios.
Este tipo de sintomas é muitas vezes acompanhado de um
corrimento nasal posterior para a boca, o que revela um choro
interior silencioso e uma forma de impotência para mudar as
coisas.
Rins
Todas as substâncias que entram no corpo humano passam pelo
sangue. Os rins são um filtro. Precisam de saber distinguir o que
é aproveitável pelo organismo do que é resíduo, e portanto
tóxico, que deve ser eliminado.
Uma primeira operação de filtragem dos rins (uma espécie de
peneira mecânica) retém a albumina. A albumina não passa nos
poros dessa primeira peneira e, portanto, fica retida, o que é
bom para o corpo. A segunda operação de filtragem tem por
objectivo reter os sais vitais para o corpo, dos quais depende,
entre outras coisas, o equilíbrio entre ácidos (yang) e alcalinos
(yin) no corpo (o PH do sangue) e expulsar a urina para a
bexiga.
A função dos rins é de filtrar o sangue, removendo quantidades
variáveis de águas e substâncias orgânicas e inorgânicas.
Assim, mantêm o equilíbrio da composição e do volume dos
líquidos no corpo.
O rim é o órgão das estruturas fundamentais do organismo
humano. Aliás, o rim produz a hormona eritropoitina, que
estimula a medula óssea para aumentar a produção de glóbulos
vermelhos.
No rim reside o equilíbrio entre as necessidades vitais e a
necessidade de explorar o mundo e também a necessidade de
estruturar e equilibrar os constrangimentos.
O sistema urinário evacua as águas residuais e o intestino
grosso evacua a matéria orgânica.
As águas subterrâneas do corpo estão ligadas intimamente às
memórias ancestrais: Fecundidade, parto, memória do clã. Ou
seja, ao efeito do clã e dos seus descendentes na pessoa. Os
rins têm muito que ver com a missão e o caminho de vida da
pessoa nesta terra. Os rins regulam o sono e os sonhos da
pessoa.
E indispensável ao doente de rins conhecer o padrão de
pensamento da sua família, dos seus pais, dos pais e avós dos
seus pais (em suma, do clã), nomeadamente relativamente à
vida do casal, à vida a dois. Deverá olhar com especial cuidado
para o que se passou com a vida do seu bisavô paterno na
Terra, com as suas ideias, as suas paranóias, a sua enorme
exigência, o seu desejo de perfeição. O doente de rins tem de
autorizar-se a recusar os ideais e as paranóias dogmáticas que
lhe vêm de toda a linhagem divulgadas pelos descendentes de
um clã possessivo, de geração em geração.
Neste tipo de clãs, a vinda ao mundo de uma criança é vivida
como uma epifania e o parto dessa pessoa está carregado de
significado, sobretudo no que diz respeito à relação entre o Pai
e a Mãe biológicos. É importante o doente renal conhecer o seu
parto e as suas circunstâncias.
O doente de rins odeia a sensação de se sentir encurralado,
sem saída, a sensação de desmoronamento das suas crenças,
da sua vida. Tem um enorme medo de mudanças profundas.
Nos quistos e no cancro dos rins, tal como nos cálculos, a
lateralização é importante, mas não é óbvia.
Para dextros e canhotos, o rim direito será o rim yang
(masculino), e o rim esquerdo o rim yin (feminino).
No caso da insuficiência renal, a polaridade yinlyang não existe.
Rins - cálculos nos rins
São devidos à cristalização de substâncias da urina, como o
ácido úri-co, os fosfatos e os oxalatos de cálcio. A falta de
líquidos ingeridos também pode interferir nesta cristalização. A
tentativa de expulsão dos cálculos pelo corpo causa dores
enormes, comparadas, segundo algumas pessoas, às de um
parto. Estes cálculos, estas pedras, são compostos de
substâncias que deveriam ter sido eliminadas. Isto quer dizer
que o indivíduo se agarra a um certo número de temas da sua
vida que há muito devia ter deixado de lado, pois não são bons
para ele. A pessoa insiste em ficar empedernida em crenças
antigas que não funcionam para ela no que toca ao convívio e à
relação a dois. E convém não esquecer que esta teimosia da
pessoa lhe causa uma tremenda dor. E uma forma de
autoviolência.
O cálculo renal é mais próprio de um comportamento masculino
do que de um comportamento feminino. O cálculo biliar
(vesícula) é mais próprio de um comportamento feminino do que
de um comportamento masculino.
A polaridade yang/yin interessa quando se fala de sintomas
como quistos, cancros, cálculos nos rins, mas não é óbvia. E,
nesse caso, convém começar por considerar que, para todos,
dextros como canhotos, o rim direito será o rim yang (masculino)
e o rim esquerdo o yin (feminino). Problemas no rim yang
mostram problemas de relacionamento com o(a) parceiro(a)
porque a pessoa tem uma atitude demasiado yang, obcecada,
provavelmente vinda do modelo de homem (o Pai biológico?)
que adoptou, que não funciona para ela mas de que a pessoa
não abdica. Problemas no rim yin mostram problemas de
relacionamento com o(a) parceiro(a) porque a pessoa tem uma
atitude demasiado yang, também, provavelmente vinda do
modelo de mulher (a Mãe biológica?) que adoptou, que não
funciona para ela mas de que a pessoa não abdica.
Rins — cancro e quistos
Aqui também a tensão central da pessoa que tem cancro de rim
é ligada a duas palavras-chave: desmoronamento e medo
enorme.
O corpo, do ponto de vista biológico, é composto de setenta por
cento de água. A pessoa com cancro é a pessoa que vive um
grande conflito relativamente a líquidos e que não verbaliza o
enorme medo que sentiu, tenha ele vindo de problemas com
água (risco de se afogar), com neve (avalanche), com gasolina,
leite, per-fusões ou dinheiro (este último chamado liquidez em
muitos casos).
A pessoa sente um medo tão grande que é como se tivesse
medo de perder as suas águas que são vitais. E assim a pessoa
bloqueia a saída das águas do organismo (retenção de líquidos).
Quando chega a resolver a tensão e o medo intenso já passou,
forma-se então um grande quisto renal, que consiste num
reforço do tecido renal que o corpo cria para reforçar a acção do
rim, que tinha perdido a sua eficácia durante a retenção, de
modo a que a sua funcionalidade interrompida durante a tensão
seja reposta com um caudal de urina bem superior ao que
existia antes do choque emocional. O corpo quer recuperar o
seu equilíbrio quanto à expulsão das águas retidas, criando um
caudal de urina maior. É assim que se formam os quistos e o
cancro.
Um cancro do rim tem como palavra-chave um medo atroz,
gigante, ligado a questões líquidas, não verbalizado.
Em qualquer cancro, o órgão atingido torna-se mais produtivo.
Assim, ao contrário do que se passa com o rim do insuficiente
renal, o rim com cancro produz altos valores da hormona
eritropoitina, estimulando a medula óssea a produzir muito mais
glóbulos vermelhos, chegando a níveis anormalmente altos. Tal
como o insuficiente renal, a pessoa com cancro no rim também
tem hematúria (sangue) na urina. O cancro de rins dá dores nas
costas e febre. A insuficiência renal, ao contrário, não dá dores.
A tensão essencial ligada ao cancro do rim é a do medo atroz
que provoca também tensão de desmoronamento da vida da
pessoa. Quanto maior o conflito, maior a probabilidade de o
quisto ser maligno e se transformar num cancro. De qualquer
modo, para que seja um cancro, é necessário que a pessoa
tenha mantido esta enorme tensão de medo para si, para dentro,
que a tenha escondido.
No reino animal, há exemplos de animais com problemas de
retenção de líquidos. É o caso do salmão que volta à nascente
do rio para desovar, por volta do mês de Setembro. O caminho é
duro e tem os ursos à espreita a fazer uma enorme carnificina.
Os saltos que os salmões dão são absolutamente enormes. E
eis que um deles consegue passar a rocha mas cai ao lado do
rio. Na margem. Em seco. Está fora de água. O risco de vida é
imenso. O peixe precisa da água para sobreviver. E faz retenção
de líquidos. Bloqueia todas as águas dos rins para guardar a
maior reserva de água disponível, à espera que uma onda aterre
perto dele. E acaba também por bloquear as glândulas supra-
renais (associadas aos rins) para evitar a produção de cortisona
e entrar em astenia (enorme cansaço) para não se mexer e não
dar nas vistas ao urso. É a sua única oportunidade de
sobreviver.
Nos quistos e no cancro dos rins, tal como nos cálculos, a
lateralização é importante.
Para dextros e canhotos, o rim direito será o rim yang
(masculino), e o rim esquerdo o rim yin (feminino), mas sem
grande certeza.
Problemas no rim yang mostram medo atroz na relação com
líquidos que se prende com crenças oriundas, provavelmente,
do modelo de homem (o Pai biológico?) que adoptou, que não
funciona para a pessoa mas de que a pessoa não abdica.
Problemas no nm yin mostram medo atroz na relação com
líquidos que se prende com crenças oriundas, provavelmente,
do modelo de mulher (a Mãe biológica?) que adoptou, que não
funciona para ela mas de que a pessoa não abdica.
Rins - insuficiência renal (glomerulonefrite)
Os rins defeituosos mantêm os venenos, os lixos, dentro do
corpo e expelem as proteínas, e o que é bom para o organismo,
para fora do corpo, pela urina. Funcionam ao contrário. Estes
lixos acabam por apodrecer dentro da pessoa. Rapidamente se
pode depreender que a pessoa, cheia de podres, começa a
cheirar a podre. E, de facto, o cheiro típico da pessoa com
problemas de rins é o cheiro a podre.
No caso do insuficiente renal, voltamos às tensões medo e
desmoronamento. Mas, neste caso, a pessoa tem sobretudo um
medo enorme que a sua relação a dois desmorone.
Se se tratar de uma criança ou de um adolescente, que não
vivem uma relação a dois, então o problema de rins prende-se
com um medo atroz de que a relação dos pais desmorone. No
caso de isso acontecer, esta criança sente que a sua vida
também desmoronará. Este problema de insuficiência renal das
crianças prende-se com uma forte dependência da Mãe.
Podemos ainda acrescentar, sobre a sensação de
desmoronamento na criança, que ela pode sentir
desmoronamento na sua vida devido às competições que faz na
sua escola ou no desporto que pratica.
Desporto é bom, mas a competição não o é, pois contribui para
a desvalorização da criança (Veja Reumatismo articular agudo).
Quando a criança se apercebe de que o seu sistema de crenças
desmoronou, pode ter uma decepção cruel e amarga profunda e
arranjar uma glomerulonefrite.
Aqui, nos rins, gere-se as tensões recíprocas (glomérulos dos
rins). Trata- -se dos conflitos relativos à individualidade e à
autoestima, ao sentimento de valor próprio e de integridade na
relação a dois.
O par de rins representa a convivência. Problemas de
insuficiência renal são problemas de convivência e de
relacionamento. Não tanto de relações sexuais, mas mesmo da
capacidade de relacionamento com os seus semelhantes na
generalidade, na forma como a pessoa enfrenta os outros,
especialmente nas relações conjugais ou de parelha.
O indivíduo completo consegue fundir por completo o seu lado
masculino e o seu lado feminino. É uno, embora o seu corpo
mantenha o seu sexo, seja mulher ou homem. O indivíduo
completo, de facto, deixa de dar importância ao que é, seja
mulher seja homem. Ser homem ou ser mulher deixa de ser
importante para ele. Torna-se de facto bissexual ou assexual.
Ora bem, nós, os humanos, na nossa sociedade, fugimos do
equilíbrio yin/yang, masculino/feminino. O homem tem tendência
para esconder o seu lado yin feminino (o seu lado sombra) e a
mulher tem tendência para fazer o mesmo com o seu lado yang
masculino.
É necessário cada um de nós ter consciência do seu lado
escondido (do seu lado sombra) e contactar com ele. Vivê-lo.
Quando nos atiramos para uma relação a dois é porque
procuramos no outro, no parceiro, a representação do pólo
oposto que, afinal, já se encontra em nós. O sen-tir-se atraído
pelo sexo oposto é normal, pois é aquilo que nos falta.
Assim, a mulher toma consciência da sua parte masculina
quando a projecta sobre um homem e o homem toma
consciência da sua parte feminina quando a projecta sobre uma
mulher.
Quando encontro uma pessoa que exibe qualidades que
residem na superfície do meu lado sombra (se sou homem, no
meu lado feminino, no meu lado yin), apaixono-me por essa
pessoa. Mas, de facto, não me apaixono só por ela. Apaixono-
me também pela minha parte sombra (neste caso, pelo meu lado
yin).
O que amamos ou abominamos nos outros está em nós.
Odiamos o outro quando ele nos mostra um aspecto do nosso
lado sombra que já não é superficial, que é tão profundo que
não o queremos ver. Por isso, todas as dificuldades que temos
com o parceiro são dificuldades que temos connosco mesmos.
E todos já sabemos que nas relações com o parceiro, amamo-lo
em certas coisas e, noutras, ele irrita-nos. E isso é sempre
porque andamos em círculos à volta da nossa sombra.
Gostamos da parte superficial da nossa sombra, mas não da
parte profunda.
Uma relação entre duas pessoas muito diferentes tem muito
mais crescimento, pois crescemos com o lado sombra que o
outro nos mostra em nós. Pessoas muito parecidas têm uma
relação mais suave, mais confortável e pacífica, mas o
crescimento é menor. Torna-se monótona. Neste último caso, os
dois acham-se maravilhosos mutuamente, projectam a sombra
comum sobre os que os envolvem e tratam de evitá-los.
A projecção da minha sombra no outro e a do outro em mim tem
algo de misterioso e de fabuloso. Mas tem momentos difíceis.
O casal torna-se completo quando nenhum dos dois precisa do
outro. Aí, a relação é pura para sempre. Há aceitação total do
outro. Já nada nos repele ou atrai no outro.
Quando nenhum dos dois se torna independente, a relação é de
caixão à cova, de uma dependência doentia, tornando a
separação, sob qualquer forma que seja, dolorosa. Quando um
dos dois se torna independente do outro, esse outro fica de
coração destroçado. Parece-lhe que lhe arrancaram uma parte
de si próprio, pois ele continua a projectar a sua sombra no
outro. E tem a sensação de a sua vida desmoronar por
completo. A pessoa tem a sensação de ter tudo a perder, de que
já não tem ninguém. Que se encontra no vazio. Que tudo o que
tem que ver com o contexto familiar lhe cai em cima nos
sentidos próprio e figurado. “A vida é muito dura! Demasiado é
demasiado! Estraguei os meus melhores anos!” A pessoa tem a
sensação de já não conseguir enfrentar a sua vida.
O homem com problemas de rins (glomerulonefrite, insuficiência
renal, doença de Berger), além de sentir um enorme
desmoronamento da sua vida, ainda põe as culpas da má
relação na mulher. Se o homem põe as culpas da má relação na
mulher, então não vai de certeza conseguir olhar para a sua
parte sombra (feminina). Continua a projectar e não vive na
aceitação da parte feminina da mulher que, afinal, lhe está a
mostrar a sua própria parte feminina, de que ele próprio não tem
consciência. Deveria aproveitar para crescer com essa parte
feminina do outro. Por exemplo, um homem que ache que a sua
mulher é muito yang, muito masculina, deve tentar perceber que
a atraiu para perceber que a sua própria parte feminina também
é muito yang, muito dura, pouco sensível.
A mulher com problemas de rins (glomerulonefrite, insuficiência
renal, doença de Berger), além de sentir um enorme
desmoronamento da sua vida, ainda põe as culpas da má
relação no marido. Se a mulher põe as culpas da má relação no
marido, então não vai de certeza conseguir olhar para a sua
parte sombra (masculina). Continua a projectar e não vive na
aceitação da parte masculina do marido que, afinal, lhe está a
mostrar a sua própria parte masculina, de que ela própria não
tem consciência.
Deveria aproveitar para crescer com essa parte masculina do
outro. Por exemplo, uma mulher que ache que o seu marido é
muito yin, muito feminino, deve tentar perceber que o atraiu para
perceber que a sua própria parte masculina também é muito yin,
muito sensível, pouco firme.
Ao não discernir o que deve aceitar na relação com o outro, este
homem ou esta mulher alteram o funcionamento da filtragem dos
seus rins, que acabam deixando passar as substâncias vitais e
retendo as substâncias tóxicas. A pessoa perde discernimento e,
em vez de reconhecer como seus os problemas da relação, faz
que o outro carregue com as culpas. Aqui, a falta de aceitação
da pessoa e a necessidade de culpar o parceiro tiram
discernimento à pessoa. E o corpo mostra-o através do
funcionamento perverso dos rins.
O doente de rins tem de facto problemas crónicos com o
parceiro (seja cônjuge, namorado) a quem culpa sempre da
pobre existência a dois que leva.
Além do mais, o insuficiente renal tem tendência a julgar o outro
e ao mesmo tempo a não conseguir falar- -lhe com voz firme e
clara, no local certo, na hora certa, com doçura. O insuficiente
renal tem uma enorme dificuldade em confrontar as pessoas,
embora esteja convencido do contrário (e essa é a sua grande
ilusão, ilusão essa que acaba por dar cabo dele). Não confronta
com firmeza através da voz firme e clara no local certo, na hora
certa, com doçura, amor e respeito, mas, sim, fica a digerir o
mal que o outro fez, culpando o outro, e sentindo a mostarda a
subir-lhe ao nariz, acabando por, quando realmente tem de ir ao
confronto, reagir com violência, exaltação e raiva, o que não
traduz nenhuma voz firme nem clara e só cria conflitos.
E esta dificuldade de confronto firme e simples, atributo simples
do quotidiano de cada um, dá-se, sobretudo, no insuficiente
renal, com a enorme dificuldade que tem para proferir a palavra
Não.
O insuficiente renal é, de facto, por excelência, a pessoa que
tem medo de dizer Não. Mas está convencido de que é um
valente e que diz Não perfeitamente.
O insuficiente renal acobarda-se por calcular as consequências
do seu Não. E por isso não o diz e deixa tudo em vazio turvo. E
depois cobra.
O insuficiente renal teve um modelo de um dos pais,
provavelmente a Mãe, de necessidade de ser amado pelos
outros. Precisa que os outros o achem simpático, afável,
altruísta, com o coração na mão.
Tem de aprender a dizer Não mais vezes, com firmeza,
delicadeza, claramente, imediatamente e, então, a hipertensão
(o vulcão em potência — o fogo da água) acabará por chegar ao
equilíbrio (o vulcão acabará por virar fumarola).
Deve praticar o Não firme, doce, claro e oportuno, imediato.
Não deve querer agradar aos outros.
O insuficiente renal deve procurar descobrir se a sua Mãe,
durante a gravidez, não quis agradar loucamente a seu Pai. E
provavelmente o caso, mas a culpa não será nem da mãe, nem
do pai, nem da pessoa. Não é de ninguém. A responsabilidade,
essa, no caso do insuficiente renal, é apenas dele próprio. Se
não a assumir, não conseguirá resolver a insuficiência renal.
O insuficiente renal pode ter várias tensões com o dinheiro. De
facto, as águas do corpo são líquidos. E o dinheiro é
considerado também como liquidez. E terá problemas de
dinheiro por não conseguir dizer que Não aos que lhe solicitam
dinheiro, seja sob que forma for.
O insuficiente renal costuma ser o generoso burro. Mata-se a si
para salvar os outros e para ter a sua aprovação. De que serve
pedir aprovação quando se está a apodrecer por dentro?
Em resumo: poderíamos dizer que o insuficiente renal tem
problemas crónicos com o parceiro, a quem julga e culpa, a
quem não aceita como é porque ele próprio não se aceita a si
mesmo como é, e que, por isso, perde discernimento. Tem
medos fortes de não cumprir com as crenças do clã, tem medo
que a sua relação a dois desmorone. Tem também medo de
dizer Não, quase sempre, nomeadamente quando lhe pedem
dinheiro, o que o pode levar a grandes encrencas financeiras e a
um desmoronamento da sua vida financeira. É uma pessoa com
necessidade de ser amada pelos outros. Precisa que os outros a
achem simpática, afável, altruísta, com o coração na mão. E, por
isso, foge do confronto. Não consegue ser flexível e firme ao
mesmo tempo. Não confronta com firmeza através da voz firme
e clara no local certo, na hora certa, com doçura, amor. E,
assim, acaba guerreando. É uma pessoa muito impregnada das
memórias ancestrais do clã, veiculadas até ele pelos pais ou
pelos avós, perdendo assim a noção do que é bom para ele e do
que não o é. Ou seja, o padrão da falta de discernimento volta a
estar presente. A sua concepção, e sobretudo o seu parto,
devem ser analisados com detalhe e transparência. O
insuficiente renal tem dificuldade em escolher o melhor para si.
Pensa sempre antes nos outros. Mas não por altruísmo, por
necessidade de aprovação. Se tivéssemos de escolher a
palavra-chave única para o problema de rins seria
desmoronamento. Quando se fala de sensação de
desmoronamento é o mesmo que falar-se de medo profundo, ou
seja, do medo ligado a uma sensação de perigo com
gravíssimas consequências.
E esta sensação única, pessoal, que o insuficiente renal sente
que caracteriza o seu padrão de pensamento de insuficiente
renal. Pois, de facto, há pessoas que passam por episódios
duríssimos nas suas vidas, mas sem nunca sentir o
desmoronamento que o insuficiente renal sente e, portanto, sem
ter problemas de insuficiência renal.
O rim do insuficiente renal deixa de produzir a hormona
eritropoitina, que tem como função estimular a medula óssea à
produção de glóbulos vermelhos. De facto, de um ponto de vista
físico, o desmoronamento, neste caso, é visível no corpo. A
pessoa fica anémica e sem forças.
Há uma categoria de pessoas com bastante propensão a ter
insuficiência renal. A dos desterrados, exilados, asilados e
emigrados. Pode dar-se o caso de sentirem que a sua vida, as
suas raízes, desmoronaram por completo. É comum encontrar
emigrantes nas salas de diálise.
A degeneração do rim atinge o seu ponto culminante quando
todas as funções do rim cessam e a tarefa vital da purificação do
sangue tem de ser assegurada por uma máquina de diálise. A
máquina é o parceiro perfeito. À falta de relações boas, porque
para o insuficiente renal elas foram todas más, a máquina
converteu-se no parceiro perfeito. “Enfim, o parceiro ideal!” No
entanto, como é sabido, fica totalmente dependente. É uma
forma violenta de o corpo mostrar à pessoa o que ela nunca quis
enfrentar.
O insuficiente renal tem mais facilidade em comunicar ajudado
pelo álcool, pelo café ou pelo chá, pois são diuréticos que
estimulam o rim. E assim, o rim sendo um órgão de
comunicação no relacionamento, a pessoa melhora o seu
relacionamento. O tabaco estimula os pulmões e os brônquios,
outros órgãos de contacto e comunicação com os outros. Por
isso, em reuniões de amigos, bebe-se e fuma-se, para criar
contacto e estimular os órgãos de contacto, os brônquios, os
pulmões e os rins. E os insuficientes renais costumam gostar
destes momentos, e com algum protagonismo. Mas beber e
fumar não resolvem causas. Resolvem sintomas, efeitos. E as
questões centrais permanecem.
Na insuficiência renal, pouco importa saber qual dos rins éyangz
qual éyin. De facto, ambos são apanhados pela insuficiência
renal. É que se trata de uma relação a dois.
A polaridade yang/yin interessa quando se fala de sintomas
como quistos, cancros, cálculos.
Os problemas de bexiga são provocados por stress. Os de rins
são provocados por medos obsessivos.
Roer as unhas
Veja Unhas
Rouquidão
Veja Laringe
Rubéola
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
A par de toda a doença infantil costuma brotar algo de novo na
criança, um avanço significativo para o desenvolvimento da
criança. Quanto mais virulenta a erupção, mais rápido será o
processo de desenvolvimento da criança.
Todo o sintoma de pele manifesta uma agressão e uma
dificuldade de comunicação. Ora, a entrada neste mundo, assim
como o crescer da criança não são de todo fáceis, de tal modo é
forte a identificação da sociedade e das famílias com o ego, as
crenças religiosas, as crenças ancestrais do clã e a absurda
necessidade incansável de obediência a regras que vão
contranatura. A criança está a começar a criar defesas
relativamente à sociedade e à família. A rubéola prende-se com
o aparelho respiratório, ou seja, com o intercâmbio com o
exterior e a defesa da criança. A criança está a desenvolver o
seu sistema imunitário.
Aliás, a contracção da rubéola confere imunidade permanente à
criança.
Além disso, a rubéola é contagiosa, o que quer dizer que a
criança quer pôr as pessoas à distância.
Veja Bebés
Sacro
Sacro quer dizer sagrado. Aqui estão as tensões que se
prendem com o testemunho de quem sou. São cinco vértebras
fundidas. O sacro articula-se com os ossos dos quadris, os
ossos ilíacos, formando com eles a bacia.
Veja Vértebras sacras
Sacro-ilíaco
Os dois ossos ilíacos, que são laterais, articulam-se com o sacro
e formam a bacia.
Veja Vértebras sacras
Sangue
A identidade encontra-se no sangue. O sangue mostra a
pertença a uma linhagem, a um clã e, ao mesmo tempo, mostra
o carácter único e completo da própria identidade da pessoa. A
identidade também surge na sexualidade (capacidade de estar,
de se dar com o outro).
Isto supõe que, por todos termos sangue, todos saibamos o que
somos. O sangue é, pois, a identidade, a vitalidade e também a
pertença a uma linhagem sanguínea.
O motor do sangue é o coração, que rege o lado emocional das
nossas vidas.
A medula óssea é o lugar do corpo onde se dá a maturação dos
glóbulos vermelhos, dos glóbulos brancos e das plaquetas.
Glóbulos e plaquetas estão directamente ligados ao sangue, ou
seja, à identidade da pessoa. A identidade da pessoa está em
permanente evolução. Está em perpétuo movimento. Pode-se
mudar o que se está a ser! Os glóbulos e plaquetas do sangue
mudam todos os cento e vinte dias.
Portanto, no sangue está em jogo a capacidade da pessoa de
perceber o que é bom para si. E de saber o que é bom para si
na relação com as coisas, com as pessoas em geral, com os
familiares, com as pessoas do clã e com o padrão de
pensamento destes últimos, de maneira que a pessoa perceba o
que é bom para si e o que não funciona para si.
Aqui o corpo mostra a capacidade que a pessoa tem de
conseguir ser ela própria sem procurar aprovação dos outros.
A nossa autoestima mora aqui. No sangue.
Veja Coração e Aparelho circulatório Sarampo
Estado inflamatório do nariz, da garganta e dos olhos, sobretudo
nas crianças.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida. A
erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
A par de toda a doença infantil costuma brotar algo de novo na
criança, um avanço significativo para o seu desenvolvimento.
O sarampo manifesta-se em orifícios que têm a ver com o
exterior (aparelho respiratório) e demonstra a capacidade de
reacção e defesa da criança. Na aparição das manchas
encarnadas, a criança está a desenvolver o seu sistema
imunitário.
Aliás, a contracção do sarampo confere imunidade permanente
à criança. Veja Bebés
Sarna
Veja Prurido
Seborreia
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
A seborreia é um tipo de eczema que se dá nos bebés devido a
tensões de separação.
A Mãe tem pouco contacto com a criança ou não cuida dela
adequadamente no aspecto emotivo. Por isso, a criança tenta
romper a parede invisível que existe entre ela e a Mãe. E cria a
seborreia.
Acontece que estas mães costumam justificar o seu afastamento
do bebé devido à seborreia. Mas é o contrário. Foram elas que
provocaram a seborreia na criança.
Veja Bebés
Seios
Veja Mama
Senilidade
Recusa de lidar com o mundo tal como está. Desespero e
abandono. Isolamento.
Retorno à chamada segurança da infância. Exigência de carinho
e de enorme atenção. As pessoas que querem mudar os seus
familiares ou o modo de pensamento deles, numa ânsia de
controlo, são pessoas muito mentais, muito cartesianas e pouco
abertas a questões que se prendam com sensibilidade. São
pessoas que fogem à realidade para não olhar para dentro. São
pessoas que foram grandes controladoras e com desejo de
domínio durante as suas vidas.
Veja Isolamento
Septicemia
Do grego septikos, que quer dizer que causa putrefacção, e
haíma, que significa sangue.
É uma infecção geral do organismo. Pode desenvolver-se a
partir de qualquer infecção grave do organismo. Seja
pneumonia, seja meningite, seja infecção urinária.
Consulte por isso o órgão de onde é oriunda a infecção e
consulte também Infecção.
Sexo — dependência
Toda a dependência constitui uma fuga. Fuga essa que começou
por ser uma busca. O que se passa é que a pessoa projecta
literalmente o objectivo da sua busca em alguma coisa que
descobriu no caminho e dá por concluída a busca. Contenta-se
com o que encontrou. Fica presa no medo e na comodidade.
Qualquer coisa provoca dependência: álcool, drogas, sexo,
tabaco, jogo, comida (bulimia, anorexia), mas também, e aliás
em maior percentagem, dinheiro, poder, regras, fama, influência,
conhecimento, divertimento, isolamento, ascetismo, culto,
tradição, crenças ancestrais, religião.
O viciado é aquele que fica pelo caminho da busca. Por isso,
sente-se vazio. E, como se sente vazio, procura preencher o
vazio com substâncias exteriores que lhe dêem a ilusão de estar
equilibrado.
Basicamente, na humanidade, poderíamos dizer que todos
somos mais ou menos dependentes. A diferença entre o
dependente doente e o consumidor não doente está na
qualidade da auto-observação, ou seja, na tomada de
consciência de si próprio, dos seus sentimentos e do seu
caminho. A dependência é uma forma de apego. O consumidor
não viciado, não doente, é aquele que tem consciência dos seus
apegos.
A prática do sexo é resultado de impulsos naturais, de impulsos
hormonais do corpo humano. Começa na adolescência, com o
desempate hormonal do adolescente. A energia sexual é a que
dá a vida. A energia sexual é a que confere a vitalidade ao ser
humano. A energia sexual é a que permite a manutenção da
espécie animal. A energia sexual estimula os nossos centros
nervosos de prazer. Aprender a entregar-se à energia sexual é
aprender a entregar-se às suas emoções, é viver a emoção (ex-
movere•), ou seja, é um modo de deixar o corpo soltar-se.
A maior parte dos problemas físicos que temos por todo o corpo
são devidos a tensões de controlo, de apego, de não deixar
soltar. A vivência da emoção é um processo totalmente natural e
altamente necessário. A sociedade muito regrada em que
vivemos hoje castiga o impulso sexual e os adolescentes são
ensinados a considerar que o comportamento sexual não é um
comportamento socialmente aceitável. Ora, o facto de o
considerar um comportamento não aceitável não pára só por si o
processo hormonal, como é óbvio. Ao contrário, acelera-o.
Todo o indivíduo que procura outro num acto sexual vai à
procura do seu oposto dentro de si. Castigar a vivência sexual é
castigar a integridade, a genuinidade, a honestidade do ser.
Uma pessoa que controle os seus impulsos sexuais terá
seguramente problemas em várias partes do corpo. Desde logo,
as mulheres que se comportam apenas como mães e não como
mulheres com pleno direito ao prazer sexual têm tendência a
penalizar profundamente os seus órgãos femininos.
A pessoa que não pratica sexo devido a um controlo, a uma
proibição, estará a perder vitalidade, equilíbrio e harmonia, do
mesmo modo que a pessoa que se define através do sexo e que
entende que tudo na sua vida passa pela prática contínua de
sexo também está a perder vitalidade, equilíbrio e harmonia.
Tanto o excessivo controlo, redutor de prática sexual, como o
comportamento de dependência sexual têm a mesma tensão
como pano de fundo. Ambos são dependentes. Os primeiros são
dependentes de crenças religiosas, familiares, culturais, étnicas
e, portanto, não são genuínos, são viciados nas regras, e
apenas procuram repetir as ideias de outros. Os segundos são
dependentes do prazer sexual e não conseguem viver sem ele.
São viciados no sexo.
Sida
Síndrome de imunodeficiência adquirida. Deficiência da
imunidade. A sida prende-se com um sentimento de exclusão e
com falta de discernimento.
A imunidade consiste na capacidade de distinguir o que é de
mim do que não é de mim. Isto é indispensável à nossa
identidade e à da nossa espécie.
Quando a imunidade diminui, isso quer dizer que o corpo
enfraqueceu a capacidade da pessoa de dizer Eu Sou. A pessoa
deixou de ser testemunha de si própria.
A sida prende-se com a sensação de exclusão do grupo e com a
falta de autoestima. Propaga-se, segundo se julga, pelo sangue
e pelo contacto sexual. A identidade do ser humano encontra-se
precisamente no sangue e na sexualidade (capacidade de estar
e de se dar com o outro), o que supõe que eu saiba o que Sou
Eu. A pessoa que se encontra bem consigo, na sua pele e na
sua identidade, não contrai a sida.
As pessoas que se sentem excluídas são pessoas que têm de
perceber que a exclusão não é causa de sida. O modo como
elas sentem a exclusão é que o pode ser. E o que leva as
pessoas a sentir o enorme sentimento de exclusão prende-se
mais com as suas crenças, o seu modo de pensar, os seus
padrões mentais, do que propriamente com o facto de ser
excluído. Sentem-se excluídas porque são pessoas com enorme
necessidade de aprovação. São pessoas sem autoesti- ma. Ou
seja, têm um problema com o respeito da sua identidade.
A sida não tem origem no simples contacto sexual, nem na
frequência ou na intensidade com que se vive a vida sexual.
Tem origem na dependência sexual. Essa dependência sexual
faz com que, vulgarmente, o dependente sexual tenha relações
sexuais com vários parceiros. Ter vários parceiros sexuais pode
mostrar uma falta de respeito por si próprio. De facto, na nossa
vida, há pessoas que nos fazem crescer, que são positivas para
nós, e outras de quem nos deveríamos afastar, pois não nos
fazem crescer e por isso não nos fazem bem. Ir para a cama
com todos é não saber distinguir o que me convém do que não
me convém. E uma negação do Eu. Mostra uma enorme falta de
autoestima. Se não sei distinguir o que é Eu, não sei dizer o que
Sou Eu. E a imunidade diminui. O consumidor sexual activo e
não dependente escolhe os seus parceiros e distingue
perfeitamente os que são bons para ele dos que o não são.
Torna-se selectivo na escolha dos parceiros sexuais.
Alguns grupos, como os homossexuais de Nova Iorque,
contraíram sida. Sentiram-se excluídos da sociedade e tinham
também muitos parceiros sexuais. Sentir-se excluído e ter
muitos parceiros por dependência sexual podem, de facto,
contribuir ambos para a sida.
O sistema imunitário não consiste num exército pronto a fazer
guerra a tudo o que dele se aproxime e que lhe pareça
ameaçador. Essa noção é uma noção contrária ao processo de
fluência natural de todo o universo. Não estamos em guerra com
ninguém. É a mente que gosta de alimentar a ideia de que a
vida é uma guerra, de que o cancro é uma guerra para vencer,
de que temos de atacar as doenças.
Enfim. A vida não é uma luta. E uma entrega.
O que o sistema imunitário faz é procurar um equilíbrio suave
entre o interior e o exterior da pessoa. É uma espécie de porta
que se abre para deixar passar os micróbios que são úteis à
reparação dos desequilíbrios, dos danos do corpo e que se volta
a fechar quando o seu trabalho foi cumprido.
Há pessoas que foram excluídas da sua família, do seu grupo de
amigos, enfim, do seu clã, que souberam criar ou encontrar
outro grupo, outro clã (por não precisar da aprovação dos
outros) e que não são portadoras do HIV, nem contraíram sida.
Afinal, nunca se sentiram excluídas.
Há pessoas que têm relações sexuais selectivas, embora com
vários parceiros, que são selectivas de facto, ou seja, que estão
conscientes de que há relações que são boas para elas e de
que há relações nefastas que devem recusar e que também não
são portadoras do HIV nem têm sida.
E há ainda pessoas que são portadoras do vírus HIV, que vivem
perfeitamente e por muito tempo, apenas porque ignoram que o
transportam. A tónica posta na luta contra o HIV e na agressão
do HIV é uma tónica mental, psicológica, que causa uma enorme
tensão na pessoa quando sabe que transporta o vírus. A tensão
vem mais do diagnóstico do que do próprio HIV, que, afinal,
nunca importunou a pessoa até então.
Não são por isso nem o sexo, nem a exclusão que causam sida.
São, isso sim, o sentimento que a pessoa tem de ser excluída e
a dependência sexual.
Veja Sistema imunitário, Família e Epidemias
Sífilis
Veja Gonorreia
Sigmóide
Veja Intestino grosso — sigmóide
Silhueta
Veja Obesidade, Celulite, Magreza, Anorexia, Bulimia
Síndrome de...
Veja Doença de...
Sinusite
Inflamação da mucosa que reveste as bochechas da cara.
A pessoa está muito irritada em relação a uma determinada
pessoa que lhe é próxima, mas não está consciente dessa
irritação. Quando se diz isto à pessoa, ela toma consciência e
identifica imediatamente de quem se trata. É claramente um
sintoma ligado a questões familiares ou relacionais. Por isso é
regido pelos hemisférios cerebrais. Assim, o lado direito dos
sinuses éyang, masculino, e o esquerdo é yin, feminino. Para
todos, dextros como canhotos. Problemas no sinus yang
mostram problema de relacionamento com um homem e no
sinus yin com uma mulher.
Sistema arterial
Veja Aparelho circulatório
Sistema auditivo
Veja Ouvidos
Sistema circulatório
Veja Aparelho circulatório
Sistema digestivo
Veja Aparelho digestivo
Sistema endócrino
Este sistema é composto pelas glândulas pineal/epífise,
pituitária/hipófise, tiróide, timo, pâncreas, supra-renais e
Gónadas. Tumores benignos nos tecidos glandulares
(adenomas ou fibromas) dão-se na próstata, na tiróide e na
pituitária/hipófise.
Consulte cada uma destas glândulas em separado.
Os animais, através do processo hormonal, sabem desenvolver
comportamentos que os põem no chamado empate hormonal.
Quando está em empate hormonal, o animal torna-se incapaz de
marcar um território.
Com o ser humano passa-se o mesmo. Uma criança pré-púbere
não pode marcar o seu território. Está em empate hormonal.
Quando o humano está em empate hormonal, a
pituitária/hipófise, a tiróide, as córtico-supra-renais e as gónadas
estão todas ao mesmo nível. Quer dizer que nenhuma é mais
influente do que as outras. Estão em empate hormonal. No
empate hormonal, nenhuma hormona é mais forte, mais
preponderante.
A pessoa tem a sua dinâmica, mas não age em nenhum sentido
em particular.
Tudo está em suspenso.
Vamos analisar os casos de uma criança, de um idoso, de um
doente, de um adulto e de uma mulher grávida.
Uma criança pré-púbere está em empate hormonal. Esta
criança não está preparada para marcar o seu território.
Se a criança não estiver em empate hormonal, não conseguirá
aprender. Hoje em dia, não se deixa as crianças ficar em empate
hormonal. Pede- -se-lhes que sejam adultas e/ou que compitam
constantemente com as outras crianças na escola. A sociedade,
as famílias e a escola promovem isto. Aliás, a puberdade das
crianças de hoje em dia chega por volta dos onze, doze anos, às
vezes dez, embora a idade sempre tenha sido a dos treze ou
mesmo catorze anos.
Quem não se põe em empate hormonal está sempre a dizer: “Eu
sei, eu sei” e só faz disparates. Torna-se arrogante e deixa de
crescer com a autoridade.
Quanto ao idoso, ele só tem vantagens em estar em empate
hormonal, se não começa a incomodar todos os seus
descendentes, que acabam por ter de o neutralizar de algum
modo, como, por exemplo, mandando-o para um asilo. O velho
patriarca e a velha matriarca recusam-se a entrar em empate
hormonal. No entanto, seria em empate hormonal que eles
seriam mais sábios, o que é, aliás, o papel deles.
O chefe da tribo primitiva vai acon-selhar-se com os velhos, os
antigos, embora seja ele quem toma a decisão. Os anciãos em
empate hormonal são símbolo de sabedoria. Os anciãos que
não sabem entrar em empate hormonal acabam por sentir
isolamento e por conseguinte acabam por criar muitos dos
sintomas ligados ao isolamento.
Quanto ao doente, também ele tem de estar em empate
hormonal para permitir que os cuidados sejam ministrados.
Todo o doente, para a cura, tem de estar em empate hormonal.
Deve entregar-se.
O caso do adulto é bem diferente. Não deve estar em empate
hormonal, pois é aquele que tem de tratar dos outros. O adulto é
quem assegura a sobrevivência da espécie. No entanto, o adulto
deve autorizar-se o empate hormonal, sobretudo quando está
cansado ou doente. O adulto tem de aceitar ser acarinhado de
vez em quando. Tem de tirar férias, descansar, deixar que
cuidem dele.
A mulher grávida também não está em empate hormonal. Está
alerta, para proteger o território. Enquanto grávida, nunca estará
em empate hormonal. Só se já estava depressiva antes de estar
grávida. Aliás, as mulheres grávidas congelam os seus sintomas
enquanto estão grávidas, se não sentirem tensões quanto ao
processo de gravidez ou de parto.
O motor do empate hormonal é o amor. Nos animais, é natural.
Nos humanos também o deveria ser. Mas não é. E cada vez é
menos. O amor deu lugar à luta, à guerra, ao comportamento
demasiado yang.
Na vida animal, a sociedade dos lobos é paradigmática do
empate hormonal. Não poderia nunca funcionar sem o empate
hormonal. Os lobos lutam para determinar quem é o chefe. Um
dos lobos então, o dominante, põe-se em panache (pêlo hirsuto)
para mostrar o cheiro das suas hormonas. Ele é o lobo
dominante. Os outros lobos ficam em empate hormonal, para
esconder o seu cheiro hormonal e para se deixar impregnar do
cheiro do dominante. No entanto, para reconhecerem a sua
hierarquia, quem é o número dois, o três, o quatro, etc., eles
escondem cada vez mais o seu odor do dois para o quatro.
É importante perceber que eles estão em empate hormonal mas
não depressivos.
O lobo dominante reproduz-se. Os outros, não. No clã dos lobos,
tudo depende da linhagem do macho dominante.
Uma das portas de entrada para a homossexualidade é estar em
empate hormonal. E, aliás, a única coisa que resta aos lobos
machos dominados. Os lobos dominados são homossexuais.
Assim que o lobo dominante morre, o lobo número dois sai
imediatamente do empate hormonal.
Há também uma loba dominante e as outras dominadas.
Mas enquanto estiver a loba dominante, continuará a ser a única
a procriar. Se alguma cria nasce de uma das outras lobas, a
dominante mata-a logo.
Esta é a lei do clã lobo. Tudo se organiza em volta do cérebro
dominante.
O comportamento da loba em empate hormonal é um pouco
como o comportamento das famílias em que um dos membros
femininos não tem filhos e trata muito bem de sobrinhos e
sobrinhas. Torna-se tia a tempo inteiro.
O empate hormonal é muito bom no momento certo.
O motor do empate hormonal é, sem dúvida, o amor.
Sistema Imunitário
A imunidade consiste na capacidade de evolução do ser humano
na harmonia, na capacidade de adaptação ao meio ambiente,
mantendo a evolução. Às vezes consiste no facto de a pessoa
ter de andar no meio de algumas feras sem se transformar numa
delas e continuar a seguir o seu processo de evolução em
harmonia.
Quando encarnamos, vimos de um mundo de unidade para
encarnar num mundo de dualidade, onde toda a matéria precisa
do seu oposto para ser total, íntegra. O próprio corpo é
manifestação dual de matéria.
Embora cada um deva sempre recordar que pertence ao todo,
na realidade dual cada um deve saber interpretar o que lhe é
nocivo e o que lhe é propício. A imunidade serve para a pessoa
saber aquilo que deve recusar e aquilo que deve deixar entrar
para conseguir prosseguir o seu caminho de evolução. Aquilo
que devo recusar não é uma agressão, nem deve ser
considerado como tal, é apenas uma energia, um modo de estar
ou ser que não me convém para a minha evolução em harmonia.
Não assinalar a dualidade na nossa vida é morrer. É recusar a
encarnação.
As pessoas que andam aos abraços a todos não perceberam o
que é a imunidade. Dão abraços a todos porque acreditam
naquilo a que chamam amor incondicional. Mas amor
incondicional não é gostar incondicional. Amar é aceitar, não é
gostar. É verdade que a aceitação acentua a união e que a
rejeição acentua a separação. Mas não gostar não quer dizer
rejeitar. Esse é que é o erro de muitos. Não gostar não é criar
separação. E assinalar a dualidade. E perfeitamente normal não
gostar de uma coisa ou de alguém. E para isso que existe a
dualidade. Para eu poder escolher com quem me quero dar.
Gostar de toda a gente é não se aceitar a si próprio. Não gostar
de alguém não é rejeitar. Mas não aceitar essa pessoa como ela
é é que é rejeitar. E erguer uma barreira.
Aceitar é baixar as defesas. É amar, mesmo que não goste do
outro. Aceitar é reconhecer que, na origem, somos todos um. A
rejeição consolida o ego separado. A aceitação consolida o
todo. Por isso o ser humano dos nossos dias tem mais facilidade
em rejeitar do que em aceitar, pois o seu propósito é alimentar o
ego. E o ego precisa de sentir as suas fronteiras. E cada vez
que o ego rejeita alguém, consegue sentir as suas fronteiras. Os
humanos confundem a emoção de gostar com o sentimento de
aceitar e amar.
Amor incondicional não quer só dizer aceitar os outros
incondicionalmente, mas também aceitar-me a mim próprio
incondicionalmente. Isto implica não dar um abraço ou nem
sequer querer aproximar-me de uma pessoa de quem não gosto.
O facto de a aceitar não implica ter de lhe dar um abraço. É que,
de facto, há pessoas neste mundo que não fazem parte da
minha evolução. Fazem talvez parte da evolução do vizinho.
Quando as pessoas de quem não gostamos se cruzam
connosco, fazem-no para que nós possamos dizer-lhes Não
normalmente, com amor e suavidade. Tornar-se imune é não se
deixar influenciar pelo que não é bom para nós. Não é matar
tudo o que está à nossa volta que possa ser susceptível de nos
atacar. Esta vida não é uma luta. E uma entrega com
discernimento. As pessoas com sintomas auto-imunes, ou com
alergias, ou com intolerâncias, são pessoas que se sentem
agredidas, na maior parte dos casos, por coisas inofensivas. O
papel do sistema imunitário não é o de levar a cabo uma guerra
sem tréguas. Essa ideia não faz sentido.
Os alérgicos, por exemplo, são pessoas que se defendem de
muitas coisas que são quase todas inofensivas. O alérgico está
continuamente a aumentar a noção de inimigo potencial e
constrói uma enorme armadura defensiva. O alérgico é uma
pessoa com um comportamento agressivo, mas que não tem
consciência de o ter. Ou seja, uma pessoa dócil, mas de
agressividade reprimida, é tão propensa a alergias como uma
pessoa agressiva.
A leucopenia é uma descida dos leucócitos e portanto uma
descida da imunidade da pessoa.
Na leucemia e no lúpus eritematoso, as tensões vividas pela
pessoa também se prendem com o sistema imunitário.
Os problemas de timo também se prendem com o sistema
imunitário.
Sistema linfático
O corpo humano, do ponto de vista biológico, é, em grande
parte, água, líquidos. Esses líquidos precisam de se manter em
circulação e fazem-no através dos vasos linfáticos.
A linfa ocupa os espaços interce-lulares e também circula pelos
vasos linfáticos.
O linfócito é um glóbulo branco, que é produzido nos gânglios
linfáticos, na medula óssea e no baço, que desempenha um
papel importante no sistema imunitário na produção e no
transporte de anticorpos. Muitos dos linfócitos fazem a sua
maturação no timo.
Os vasos linfáticos deixam escoar para dentro das veias os
líquidos do corpo que não pertencem à corrente sanguínea, ou
seja, que não se encontram dentro do sistema vascular, mas
que devem voltar para dentro desses vasos, para dentro da
corrente sanguínea, antes de voltarem ao coração (através das
veias). Os vasos linfáticos são, portanto, auxiliares das veias na
sua função de drenagem.
Como não têm um coração que lhes imprima movimento, os
vasos linfáticos dependem dos músculos que se encontram
perto deles para realizarem a sua função.
As inflamações dos gânglios linfáticos (adenite, adenopatia),
assim como os quistos nos chamados gânglios linfáticos
(linfomas) dão-se quando a pessoa sente uma tensão que se
prende com a sensação de precisar de se defender, de se
justificar, para não se sentir desvalorizar.
O linfoma é um tumor dos gânglios linfáticos. Embora
tecnicamente a questão seja diferente da da leucemia, a tensão
que a pessoa sente a nível da consciência é do mesmo tipo que
a da leucemia.
Veja Leucemia, Timo e Sistema imunitário.
Sistema locomotor
Veja Aparelho locomotor
Sistema nervoso
O Sistema nervoso divide-se basicamente em dois sistemas.
O Sistema nervoso central (SNC) e o Sistema nervoso
autónomo (SNA), também chamado neurovegetativo.
O nervo é um cordão que liga um centro nervoso a um órgão.
Há nervos ligados ao sistema nervoso central, os chamados
nervos cere-broespinhais, que incluem os nervos raquidianos
(ligados à medula espinal) e os nervos cranianos.
Há nervos ligados ao sistema nervoso autónomo, os nervos
vegetativos parassimpáticos e (ortos)simpáticos.
O sistema nervoso periférico é composto por todos os nervos
que estão fora do sistema nervoso central. Fazem parte do
sistema nervoso periférico os nervos cranianos, que conectam a
cabeça e a face directamente ao cérebro, os nervos que
conectam os olhos e o nariz ao cérebro e todos os nervos que
conectam a medula espinal ao resto do corpo. O cérebro
comunica-se com a maior parte do corpo através dos 31 pares
de nervos espinais, que emergem da medula espinal. Cada par
de nervos espinais inclui um nervo na parte anterior da medula
espinal, o qual transmite informações do cérebro aos músculos,
e um nervo na parte posterior da medula, que transmite
informações sensitivas ao cérebro. Os nervos espinhais
conectam-se entre si através de plexos localizados no pescoço,
no ombro e na pelve e, em seguida, dividem-se novamente para
inervar as partes mais distantes do corpo.
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela
espinal medula. Rege os movimentos voluntários do corpo.
Problemas nesta parte do sistema nervoso central estão
tratados em separado no livro.
O sistema nervoso autónomo controla a vida vegetativa, que é
autónoma: aparelhos circulatório, digestivo, respiratório,
reprodutor e urinário e sistema endócrino.
Rege os movimentos autónomos do corpo.
Dele fazem parte o sistema parassimpático, regulador e o
sistema (ortos)simpático, estimulante.
O sistema simpático prepara a pessoa para a luta ou a fuga.
Reage a situações inesperadas. Ele é activado pela adrenalina.
Quando isto acontece, o coração bate mais rápido ou dispara a
pressão arterial, a traqueia dilata-se, o ritmo de respiração
aumenta, a pupila dilata-se, a transpiração começa, o sangue
flúi para os músculos voluntários do esqueleto (ligados ao
sistema nervoso central) e os sistemas digestivo e sexual são
desactivados.
O chamado tronco simpático, que está junto à coluna, é
composto por um agrupamento de células nervosas que não
fazem parte do SNC a que se chama gânglios.
Há músculos que obedecem ao sistema nervoso central, que
são músculos de controlo voluntário, os quais estão ligados ao
esqueleto e cuja função é a de produzir movimento nos ossos do
corpo, no esqueleto humano. São músculos estriados. E há
músculos que estão ligados ao sistema nervoso autónomo, que
são músculos de controlo involuntário e que se encontram nas
paredes tanto dos vasos sanguíneos como dos órgãos internos.
A sua função é a de produzir movimento automático nos órgãos
internos. São músculos lisos.
Parece haver apenas duas excepções: Os músculos da bexiga
são lisos, embora sejam de movimento voluntário, e os
músculos do coração são estriados, embora sejam de controlo
involuntário.
O sistema nervoso é, de todos os aparelhos do corpo humano, o
mais lento a reagir, pois é o mais profundo. E o sistema mais
yang que há. E, como a cura se dá de fora para dentro, demora
a chegar.
Sistema nervoso autónomo
Veja Sistema nervoso
Sistema nervoso central
Veja Sistema nervoso
Sistema nervoso parassimpático
Veja Sistema nervoso
Sistema nervoso simpático
Veja Sistema nervoso
Sistema ósseo
Veja Osso
Sistema reprodutor
Veja Aparelho reprodutor
Sistema respiratório
Veja Aparelho respiratório
Sistema urinário
Veja Aparelho urinário
Sistema venoso
Veja Aparelho circulatório
Sonhos
Há vários tipos de sonhos: O sonho do que fizemos durante o
dia; o sonho de um conflito activo; o sonho de uma fase de
reparação de uma tensão e de cura de um sintoma; o sonho ou
insight de alguma coisa que se passou, que se está a passar ou
que se irá passar. E há também o sonho acordado, a
visualização criativa.
Suicídio
Veja Cérebro bloqueado
Suor
Veja Transpiração
Suprarenais
Localizam-se sobre os rins. São glândulas endócrinas.
As glândulas supra-renais segregam a adrenalina, que afecta o
organismo no seu modo de consumir energia para consumo
imediato. A adrenalina eleva os ritmos cardíaco e respiratório.
As supra-renais segregam também hormonas essenciais ao
metabolismo e hormonas sexuais.
Estas glândulas estão directamente ligadas à energia da
pessoa.
Quem tem problemas de hipoactividade nas supra-renais tem
cansaço, falta de energia e falta de libido. É a pessoa que anda
completamente perdida, desorientada e longe dos seus. E tem
muitos medos. Não se entrega. E demasiado controladora. Tem
um comportamento muito yang. Se consultar Família, verá que
cada ser humano precisa do seu grupo, do seu rebanho para
poder viver. Mas não precisa que o rebanho seja sempre o
mesmo. Quando se perde a pertença a uma colectividade, a um
grupo, a uma família, a um clã, pode pertencer-se a um outro
que se encontrou. Se encontrar outro clã, a pessoa deixará de
ter problemas nas supra-renais.
Há dois exemplos animais que elucidam muito bem o problema
da hipoactividade das supra-renais. O dos carneiros e o dos
salmões. Comecemos pelo dos carneiros.
No clã dos lobos, cada lobo, na alcateia, não é essencial. Um
lobo que sai do grupo não está em perigo. Mas, nas ovelhas, no
entanto, quando o rebanho se reduz porque uma ovelha se
perde e sai do grupo, existe enorme perigo para ela.
As ovelhas dependem (e por isso apostam nele) do grupo. O
rebanho não pode agredir o lobo nem fugir dele. Apenas unir-se.
Os predadores não atacam um rebanho. O que eles vêem é uma
mancha que lhes parece ser uma enorme ovelha. A ovelha que
se perde é que se transforma na presa.
Para a ovelha perdida, a única direcção válida é a direcção que
a leva de volta ao rebanho. Por isso, a ovelha perdida não se
mexe. A ovelha perdida tem de se centrar. Por isso o seu
cérebro tem de criar um mecanismo que a acalme. Então, o que
o sistema nervoso faz é agir sobre as supra-renais. Acalma-as.
O corpo esvazia as supra- -renais literalmente. O efeito que isto
produz é a ovelha ficar de rastos. Fica estafada. E deita-se,
imóvel. Quando se vê uma ovelha neste estado, é porque está
perdida. Procura não se afastar ainda mais do rebanho. Ela
espera que o rebanho apareça. Quando vê o rebanho aparecer,
as supra-renais voltam a funcionar a toda a velocidade para que
ela possa correr muito rapidamente para se unir ao rebanho. Um
animal em stress é muito activo. As supra-renais de um animal
em stress são muito activas.
Palavras-chave para os problemas de hipoactividade das supra-
renais são: Perdido do grupo, da família, do rebanho, do clã e
cheio de medo. Sintomas-chave: Muito cansaço, falta de
vitalidade.
E agora o caso do salmão que volta à nascente do rio para
desovar, por volta do mês de Setembro. O caminho é duro e tem
os ursos à espreita a fazer uma enorme carnificina. Os saltos
que os salmões dão são absolutamente enormes. E eis que um
deles consegue passar a rocha mas cai ao lado do rio. Na
margem. Em seco. Está fora de água. O risco de vida é imenso.
E bloqueia todas as águas dos rins (retenção de líquidos) para
guardar a maior reserva de água disponível, à espera que uma
onda aterre perto dele. Ao fazê-lo, bloqueia também as
glândulas supra-renais (associadas aos rins) para evitar a
produção de cortisona e entrar em astenia (cansaço extremo)
para não se mexer e não dar nas vistas ao urso. É a sua única
oportunidade de sobreviver longe do clã, em situação de perigo.
Os problemas de hiperactividade das supra-renais (doença ou
síndro-me de Cushing) são também provocados por medos. Mas
por medos excessivos de coisas que ainda não aconteceram e
que a pessoa receia que venham a acontecer.
Surdez
Veja Ouvidos
Surtos
Veja Epidemias
Tabagismo
Toda a dependência constitui uma fuga. Fuga essa que começou
por ser uma busca. O que se passa é que a pessoa projecta
literalmente o objectivo da sua busca em alguma coisa que
descobriu no caminho e dá por concluída a busca. Contenta-se
com o que encontrou. Fica presa no medo e na comodidade.
Qualquer coisa provoca dependência: álcool, drogas, sexo,
tabaco, jogo, comida (bulimia, anorexia), mas também, e aliás
em maior percentagem, dinheiro, poder, regras, fama, influência,
conhecimento, divertimento, isolamento, ascetismo, culto,
tradição, crenças ancestrais, religião...
O viciado é aquele que fica pelo caminho da busca. Por isso,
sente-se vazio. E, como se sente vazio, procura preencher o
vazio com substâncias exteriores que lhe dêem a ilusão de estar
equilibrado.
Basicamente, na humanidade, poderíamos dizer que todos
somos mais ou menos dependentes. A diferença entre o
dependente doente e o consumidor não doente está na
qualidade da auto-observação, ou seja, na tomada de
consciência de si próprio, dos seus sentimentos e do seu
caminho. A dependência é uma forma de apego. O consumidor
não viciado, não doente, é aquele que tem consciência dos seus
apegos.
O tabaco estimula os pulmões e os brônquios, que são órgãos
de contacto e comunicação com os outros. O fumador que trava
o fumo está a estimular os brônquios. É uma atitude masculina.
E uma forma de marcar o território. Os brônquios têm, de facto,
que ver com os conflitos de território que são conflitos
masculinos. Esta necessidade de marcar o território é própria da
pessoa que não consegue expressar-se como gostaria, em casa
como na escola ou no trabalho. A altura em que mais de
noventa e cinco por cento das pessoas começa a fumar é na
adolescência, momento em que o jovem anda atordoado com o
seu desenvolvimento hormonal e humano e não consegue ter
uma comunicação boa com os seus pais e professores. E
esconde-se no tabaco. Procura estimular a comunicação e
marcar o território através do tabaco. É um movimento cujas
causas ele desconhece. Além do mais, a exalação do fumo
afasta quem está por perto. E mais um modo de o jovem marcar
o seu território que ele sente ameaçado. Uma mulher que fuma
está a marcar o seu território. As mulheres fumadoras são mais
agressivas, mais yang, mais masculinas.
r
O tabaco estimula a comunicação. E o álcool, o café ou o chá,
que são diuréticos, estimulam o rim, que é também um órgão
ligado à comunicação.
Por isso, em reuniões de amigos, bebe-se e fuma-se, para criar
contacto e estimular os órgãos de contacto, os pulmões e os
rins. Nestas reuniões entre fumadores, eles conseguem
comunicar muito bem entre eles.
Mas beber e fumar não resolvem causas. Resolvem sintomas,
efeitos, apenas.
Tacto
O tacto é, dos nossos sentidos, aquele que é mais castigado
pela sociedade em que vivemos. Tocar é perigoso. Pode
representar sexo. Mas o toque nada tem que ver com o sexo.
Tem que ver com a sensibilidade e com a capacidade de
aceitação das suas próprias emoções. A qualidade do nosso
toque está directamente ligada à qualidade da nossa autoesti-
ma e à nossa capacidade de entrega ao outro. O tacto dá-se
pela pele e é uma forma de comunicação.
Uma pessoa que perdeu o sentido do tacto é uma pessoa que
se quer distanciar dos outros. É uma pessoa cujas regras de
vida soam mais alto do que a sua capacidade de entrega. A
pessoa que perde o sentido do tacto é a pessoa com um
comportamento demasiado yang, demasiado masculino,
demasiado controlador.
Tendão
Onde o osso passa a ser músculo e onde o músculo passa a ser
osso.
Aqui conjugam-se duas realidades.
O tendão é muito inextensível. Ele agarra o osso ao músculo.
Aqui fala-se da desvalorização do gesto no momento em que ele
começa.
É a paragem da imagem.
A desvalorização na acção no presente: “Ele é melhor do que
eu.” “Não consigo ganhar-lhe.” “Não sou suficientemente
poderoso.” “Não consigo lá chegar.” Pode dar-se aquando de
uma prática desportiva ou apenas a atravessar uma rua, ou
mesmo a caminhar. Ou seja, dá-se na pessoa que acha que tem
pouco valor.
Ao problema de tendão chama-se- -lhe Tendinite.
Há diferenças entre os tendões e os ligamentos. Caso precise,
consulte ligamento.
E comum haver problemas de tendões no Ombro, no Cotovelo,
no Tornozelo e nos Pulsos e Dedos. Consulte cada um deles,
pois cada um mostra tensões na consciência diferentes.
Ténia
Trata-se de um verme parasita que se aloja no intestino da
pessoa.
A pessoa com ténia é uma pessoa que se sente indefesa
perante alguns dos que a rodeiam e que ela considera estarem
a infestá-la. A pessoa deixa- -se invadir por atitudes de pessoas
que não são boas para ela. E são pessoas chegadas. O facto de
a ténia se alojar no intestino mostra falta de discernimento na
vida da pessoa e falta de vontade para olhar para a informação
escondida que não quer enfrentar. E uma pessoa que prefere
vedar o seu submundo, o seu lado escondido. Em resumo, é
uma pessoa que não enfrenta a sua vida no que diz respeito ao
lar, ao casal, ao trabalho ou à Mãe biológica.
Tensão arterial
Veja Hipertensão e Hipotensão.
Testículos
Os testículos constituem as gónadas masculinas.
São o reservatório da força do céu, yang, masculina. Tirar os
testículos a um homem provoca o mesmo efeito energético que
o de tirar os ovários a uma mulher. Os testículos são a essência
da masculinidade. Os homens não têm ovários. Os ovários são
para as mulheres o que os testículos são para os homens.
As hormonas destas glândulas controlam as características
sexuais tais como crescimento dos pêlos e do pénis. Tanto o
homem como a mulher possuem hormonas masculinas
(testosterona) como femininas (estrogénios), mas em
proporções diferentes.
Problemas nas gónadas mostram a sensação da verdadeira
perda de um ente querido. Pode ter sido de uma namorada ou
de um namorado, de um filho, enfim, de uma pessoa próxima
com quem a pessoa se relacionava de muito perto.
O cancro nos testículos torna-os muito mais produtivos. Como
se o corpo estivesse a mostrar a ânsia que a pessoa tem de
criar, de gerar um novo ente querido. Aqui estamos em presença
da típica necessidade de proteger a espécie antes do indivíduo.
Porque, de facto, eis uma pessoa que oferece uma parte da sua
vida para conseguir virtualmente (essa é a sua ilusão) recuperar
uma pessoa que desapareceu da sua vida.
Quando a tensão que a pessoa sente é enorme e não é
verbalizada, não é exteriorizada, a pessoa contrai um cancro.
Quando não é tão grave, a pessoa contrai um quisto.
A polaridade do testículo não é determinante, pois a pessoa
rapidamente identifica com qual ente querido sentiu a sensação
de perda. A polaridade dos testículos não é óbvia, mas por
questões de diagnóstico, deve começar-se por considerar que o
testículo direito éyange. o esquerdo é yin para todos, canhotos e
dextros, mas sem certezas. Problemas no testículo yang
mostram a perda de um ente masculino e, no testículo yin, de
um ente feminino. O testículo yang mostra a perda de um
enorme amigo masculino, de um filho, ou de alguém do sexo
masculino de quem a pessoa gostava muito. O testículo yin
mostra a perda de uma enorme amiga, de uma namorada, de
uma filha ou de alguém do feminino de quem a pessoa gostava
muito.
Tíbia
É o maior dos dois ossos que constituem a perna. Fractura da
tíbia mostra dificuldade de aceitação de uma experiência de vida
mais dolorosa e desvalorização forte.
Veja Perna (do joelho ao pé)
Timo
E uma glândula que se situa na parte superior do tórax, acima e
na frente do coração. Actua nos sistemas linfático e imunitário.
Após a puberdade, a sua actividade abranda. O timo diminui
com a idade.
De facto, o timo tem uma grande função durante o crescimento
da criança como um órgão capaz de maturar certos linfócitos
(espécie de pequenos leucócitos — glóbulos brancos).
O timo tem um papel muito importante na criança até à
adolescência. Ele participa no crescimento e no metabolismo,
assim como na sua imunidade. Aqui mora a universidade dos
glóbulos brancos. Está ligado ao crescimento e ao metabolismo
da criança (chama-se metabolismo ao conjunto das reacções
químicas através das quais o organismo assimila o que lhe é
necessário e elimina aquilo de que não precisa). No timo está a
memória do ser humano e essa memória está impregnada das
experiências que a criança fez com a vida e com os pais
(sobretudo com os pais), assim como com os modelos de
homem e de mulher que foi encontrando na sua vida.
Os problemas de timo prendem- -se com a relação da pessoa
com o mundo dos adultos, representado em primeiro lugar pelos
pais da pessoa. A tensão que cria os problemas do timo é
silenciosa e profunda. E um processo não consciente. Portanto,
aqui está em jogo a pertença da pessoa a uma família,
procurando respeitar sempre a sua identidade única. (E
aconselhável ler Família). E indispensável que a pessoa com
problemas de timo se sinta autorizada a manifestar o que sente
como tensão na sua vivência com a sua família.
Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema
endócrino. Há três glândulas que participam do crescimento
equilibrado da pessoa. A pituitária, a tiróide e o timo.
Numa criança que considere que não vale a pena crescer, o
corpo encarrega-se de mostrar essa tensão do ponto de vista
físico. E ela não cresce.
E por que terá uma criança a ideia de que não vale a pena
crescer? Pode ser por várias razões, mas todas vão ter aos pais
dessa criança.
Tinha
Infecção da pele por fungos.
Veja Fungos
Tiques nervosos
São perturbações motoras que são próprias das pessoas que
gostam de mostrar aos outros que estão muito seguras, mas
que, afinal, não o estão nada. Aliás, os tiques desmentem-nas.
A pessoa tem medo e tem a sensação de estar a ser observada.
A pessoa tem medo das descomposturas do Pai. E sente-se
observada. E trava- -se. É claramente uma perturbação muito
ligada à relação com o Pai. Os tiques na cara mostram que a
pessoa perdeu a cara (lost face) perante o Pai ou a Mãe (caso a
Mãe desempenhe o papel de Pai).
Tiróide
Situa-se na parte baixa do pescoço por debaixo da laringe (onde
está o chakra da garganta, para os que trabalham com chakras).
Produz a tiroxina, que tem um efeito estimulante para o
metabolismo. A tiroxina facilita o consumo de oxigénio pelos
tecidos do corpo. A tiróide regula a utilização do oxigénio, o
metabolismo das células, o crescimento e o desenvolvimento do
ser humano. Tem um papel relevante no metabolismo do cálcio e
no metabolismo das gorduras e dos carbo-hidratos (chama-se
metabolismo ao conjunto das reacções químicas através das
quais o organismo assimila o que lhe é necessário e elimina
aquilo de que não precisa).
A tiróide acelera todos os metabolismos. Todo o funcionamento
interno do corpo. É o nosso acelerador.
A pessoa com hipertiroidismo (bócio) é uma pessoa que não
consegue expressar-se no momento certo com a pessoa certa,
no sítio certo. Não consegue confrontar o outro. Ela não
consegue expressar-se quando deve e acha que o(s) outro(s)
não a entende(m). Torna-se assim numa pessoa pouco directa e
pouco frontal. Como não foi firme nem directa, acha-se vítima de
imposições e passa a vida a queixar-se e a refilar com todos.
Sente-se frustrada na vida. Não se realiza.
E uma pessoa que está permanentemente em fuga dos outros e,
mais especificamente, em fuga do confronto directo e firme com
os outros. A pessoa está permanentemente a enganar- -se a si
própria.
Está sempre a pensar em fazer alguma coisa. É uma pessoa
atarefadíssima. Não pára. Mas não tem forçosamente um
sentimento de falta ou de medo da falta, por isso não tem
obrigatoriamente nenhum problema de fígado.
Há que perguntar-lhe: “De que é que tens tanto medo que
passas a vida a fugir a grande cadência?” E uma pessoa
aceleradíssima e inquieta. Tem a sensação de ter de se
despachar em tudo. Tem sempre a sensação de ter demasiado
que fazer. Tem de se despachar!
Como a tiróide é o nosso acelerador, o corpo mostra-lhe a
aceleração e acelera a tiróide, criando o hipertiroidismo. Quando
este conflito é muito grande e não é verbalizado, dá- -se o
cancro na tiróide. Os tumores de tiróide podem ser benignos
(adenomas e fibromas), quando a tensão na consciência é mais
leve.
Esta pessoa nunca vive o momento presente. Não vive de todo
no agora.
O problema de tiróide é um sintoma feminino. Dá-se sobretudo
nas mulheres. Convém olhar para o padrão das mulheres do clã.
Quando a tiróide abranda, hipo-tiroidismo, caso oposto, é
porque o corpo conclui que passar a vida a fugir não serve de
nada e a pessoa passa para o outro extremo e torna-se apática,
mas não asténica (astenia quer dizer cansaço extremo). Está na
indiferença perante o mundo. Não está cansada, mas
indiferente.
Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema
endócrino. Há três glândulas que participam do crescimento
equilibrado da pessoa. A pituitária, a tiróide e o timo.
A tiróide, já vimos, mostra a capacidade que a pessoa tem de se
expressar e de se fazer entender. É na tiróide que o corpo
mostra o calculismo da pessoa que aprendeu a saber quando
vale a pena dizer alguma coisa ou calar-se.
E a criança não autorizada a expressar-se, ou que percebeu que
ninguém faz qualquer esforço para a entender, desiste de si
própria, desiste de acelerar o metabolismo e trava-o. E o
crescimento não se dá. A tensão que o corpo mostra é: “Não
consigo criar o meu espaço neste mundo de adultos. Não vale a
pena crescer. Não quero vir a ser o que eles são.” Quando esta
tensão se dá durante a gravidez, então a criança nasce com
sintomas de pequenez, de nanismo.
Tonturas
A tontura é parecida com a vertigem. Só que é uma vertigem
que se dá, não quando a pessoa está nas alturas, mas
simplesmente quando está de pé no chão.
O que se passa, de facto, é uma perda do enraizamento da
pessoa. A pessoa sente-se insegura na sua vida, nas suas
raízes, ou seja, no que diz respeito ao lar, ao trabalho, ao local
onde vive ou à Mãe biológica. As pessoas com problemas de
rins têm tendência para perder mais facilmente o equilíbrio e são
mais propensas a problemas de tonturas. O que de facto faz
sentido, pois estas pessoas têm problemas graves de
relacionamento com a pessoa com quem vivem.
Torcicolo
O pescoço é o suporte para a cabeça e também a ligação entre
a cabeça e o tronco.
Corresponde à passagem do conceptual, da ideia, do desejo, da
vontade (vindos do cérebro) para a realização (acção,
realização, expressão, relação).
O pescoço é uma passagem. Ainda não é o acto. E prévio ao
acto e à acção.
O pescoço representa a flexibilidade e a capacidade de olhar à
volta e de olhar para trás.
Qualquer problema no pescoço pode ser no músculo (Torcicolo),
no osso (Vértebras cervicais) ou na pele.
A parte de trás do pescoço, a nuca, é a parte mais yang do
pescoço. É aí que incidem os torcicolos. Podem consistir em
contracções musculares ou em problemas de cervicais.
O torcicolo mostra, em primeiro lugar, que a pessoa está
demasiado yang, que enfrenta muito, que está demasiado
guerreira, talvez até obstinada. O torcicolo mostra que a pessoa
sente uma desvalorização de si própria do ponto de vista
intelectual. Sente- -se contrariada por alguém. E a pessoa sente
alguma raiva ou algum desconforto. (As pessoas com raiva
acumulada têm tensões crónicas nos ombros, no pescoço e nos
braços.)
O que o torcicolo faz é yinizar a pessoa à força. Torna a pessoa
passiva à força. A pessoa quer virar a cabeça para encarar o
outro, mas não consegue fazê-lo porque é doloroso. Foi
obrigada a reter a agressividade. A pessoa sente-se obrigada a
abster-se de olhar o outro nos olhos. É impedida pelo seu
próprio corpo de ir à guerra.
Tornozelos
O tornozelo é a articulação que permite o equilíbrio e a
adaptação ao terreno. Quando surge a entorse, quer dizer que
não estou bem adaptado. O tornozelo é um local propício a
entorses (problema de ligamentos) e a tendinites (problema de
tendões). Qualquer rotura neste local, qualquer entorse ou
tendinite, tem que ver com um desequilíbrio na vida da pessoa.
Como o tornozelo é uma articulação, aqui fala-se de
inflexibilidade e de desvalorização. Inflexibilidade em relação à
adaptação ao mundo em que vivo, às raízes, ao lar, ao trabalho,
ao local onde vivo, às crenças da minha Mãe, inflexibilidade
relativamente às decisões que devo ou não tomar para manter a
harmonia e o equilíbrio em mim. O tornozelo é um dos símbolos
da nossa capacidade de decidir no concreto em total
consciência: “Afinal, o outro não me percebe e o que eu deveria
fazer era ir-me embora” ou “não posso atrever-me a fazer esta
entorse à minha vida de casado(a)”.
O problema no tornozelo mostra por isso desequilíbrio no lar
e/ou com o cônjuge ou com o trabalho.
A partida, em questões de polaridade, o tornozelo direito éyang,
masculino e o esquerdo é yin, feminino. Para canhotos e
dextros.
Problemas no tornozelo yang mostram inflexibilidade e
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (um
homem?) ou a crenças obsessivas da pessoa] e mostram falta
de firmeza da pessoa relativamente a um homem (pode ser
relativamente a si próprio se for um homem), provavelmente ao
marido ou ao Pai, ou pode ser relativamente a um ofício
predominantemente masculino, ou por exemplo ao chefe, no
trabalho ou ao treinador no desporto. A pessoa não quer ouvir o
que lhe diz o corpo. E o corpo sente que não é capaz de fazer o
que lhe é pedido no que diz respeito ao trabalho. Mas a pessoa
insiste. E causa desgaste no corpo. A pessoa não se sente
confiante, mas prefere ignorar esse sentimento. Não se aceita
como é. Desvaloriza-se. E esforça o corpo.
Problemas no tornozelo yin mostram inflexibilidade e
desvalorização [devidas à influência de um terceiro (uma
mulher?) ou a crenças obsessivas da pessoa] e mostram falta
de firmeza da pessoa para com uma mulher (pode ser
relativamente a si própria, se for uma mulher), provavelmente à
mulher ou à Mãe, ou falta de firmeza relativamente a uma
questão ligada à casa, ao lar ou mesmo ao dinheiro do
orçamento familiar. E a pessoa vai-se abaixo.
A pessoa viola a sua sensibilidade e não percebe que não sente
confiança em si própria no que diz respeito às questões
familiares ou relacionais, mas prefere ignorar esse sentimento.
Não se aceita como é. Desvaloriza-se. E vai-se abaixo.
O padrão mental da pessoa que a torna inflexível pode prender-
se com o facto de a pessoa se deixar influenciar por alguém que
lhe afecta os alicerces, levando assim uma vida pouco adaptada
a si.
Procure-se o modelo do Pai na relação, no caso de um homem,
e o modelo de Mãe na relação, no caso de uma mulher.
Nos problemas de tornozelo, a primeira coisa para onde se deve
olhar é para o casal, se a pessoa vive numa relação.
Qualquer problema no tornozelo pode ser no ligamento, no
tendão, no osso ou na pele. No ligamento e no tendão, o corpo
mostra desvalorização e inflexibilidade. No osso, mostra
desvalorização forte. Na pele, mostra tensões de dificuldade de
comunicação e/ou de separação.
Veja também Gota.
Tosse
Expulsão de um entrave à respiração por via da expiração.
A tosse seca mostra que a pessoa sente uma irritação e uma
reacção violentas. Mas mostra também que a pessoa não
consegue exteriorizar o problema. Não consegue verbalizar.
A tosse húmida quer dizer que o agente agressor já começou a
sair.
É um bom sinal. Alguma coisa começou a resolver-se dentro da
pessoa.
Consulte Aparelho respiratório
Transpiração
A transpiração dá-se na pele e prende-se com problemas de
comunicação.
A transpiração tem cheiro, é pegajosa e viscosa. No mundo
animal, estas são as características da rã e do peixe.
Agarrar um peixe ou uma rã é difícil. Escorrega.
A pessoa que transpira sem ter feito qualquer esforço físico é a
pessoa que não se quer deixar apanhar. E um sabonete, uma
enguia. Uma criança que quer escapar ao Pai ou à Mãe, ou a
qualquer adulto, transpira mais.
A transpiração é urina muito diluída. E muda de pessoa para
pessoa.
Antigamente, os médicos provavam a urina ou o suor dos
doentes: “Diz-me qual o teu odor e dir-te-ei quais as tuas
emoções (medo, rancor, raiva...).” Os cães detectam o odor
imediatamente, o que os pode pôr muito rapidamente em estado
de enervamento.
A transpiração dos pés mostra que a criança quer escapar ao
controlo da Mãe. As mãos transpiradas mostram pessoas que
querem escapar ao contacto social.
Suor nos ombros mostra desejo de fugir do Pai.
Suor na cabeça mostra desejo de fugir de certas ideias.
O bebé que sua da cabeça é porque não se quer deixar apanhar
pelas ideias dos pais. Para ele, não fazem sentido.
Suor nas axilas mostra que a pessoa entende que não lhe é
permitido o direito ao imaginário. Gostaria de dar à asa, de voar,
como Pégaso.
Tal como as pessoas com cheiros muito intensos estão a
mostrar o estado emocional em que estão, as senhoras e os
homens que se perfumam muito estão, eles, a marcar o
território.
Traqueia
A traqueia é o canal comprido que dá continuação à laringe
(aparelho respiratório), que está situado à frente do esófago e
que termina no tórax, ao nível da quinta vértebra dorsal e do
esterno, por dois ramos de bifurcação que conduzem a cada um
dos brônquios. É a traqueia que conduz o ar das vias aéreas
superiores aos brônquios e pulmões.
A traqueíte é uma inflamação da traqueia.
A pessoa sentiu-se agredida por alguém. É uma inflamação que
não vem só.
Se há inflamação da traqueia, isso quer dizer que há outra parte
do aparelho respiratório afectada.
Veja Laringe e Brônquios.
Traumatismo craniano
Veja Crânio
Treçolho
Veja Olhos
Tremores
Tremores, sobretudo na cabeça, mostram uma inibição de um
processo de agitação, de cólera, de um processo de reacção. As
pessoas que tiveram de aceitar durante muito tempo o controlo
dos outros sem poder reagir ou sem se autorizarem a explosão,
podem vir a ter tremores.
São próprios da pessoa que se sente profundamente contrariada
no que faz e, sobretudo, relativamente às pessoas ou à
colectividade com quem lida. E, sobretudo, relativamente a um
homem (marido ou Pai biológico) ou ao modelo do homem.
Esta tensão está ligada ao chakra da coroa. Parkinson é um
exemplo deste tipo de sintomas.
Tromboflebite
Veja Trombose
Trombose
As tromboses ocorrem em qualquer vaso sanguíneo, seja
artéria, veia ou capilar, ou mesmo numa cavidade cardíaca. Um
trombo é um coágulo de sangue. A trombose é a obstrução de
um vaso por um coágulo. O perigo da trombose é que, se o
trombo se solta, pode ir para o pulmão ou para o cérebro e
causar uma embolia pulmonar ou cerebral. O sangue que
coagula é porque está demasiado espesso. Não é escorreito
como deveria.
As tromboses nas artérias, e nomeadamente nas coronárias,
mostram um comportamento muito yang, muito masculino, muito
guerreiro da pessoa. Dão-se mais frequentemente na parte
superior do corpo, no tronco, nos braços e na cabeça, que são
as partes mais yang, mais masculinas do aparelho circulatório.
As tromboses que afectam a zona pélvica ou os membros
inferiores são normalmente as tromboses venosas profundas
(afectam as veias).
Problemas de veias mostram uma vida pouco alegre, uma
anulação da pessoa, uma vida demasiado passiva que deixa a
alegria passar ao largo. Nas veias podem dar-se tromboses,
flebites, varizes, hemorróidas.
A flebite é uma trombose numa veia superficial. Normalmente
criada a partir de varizes. Também se lhe chama a tromboflebite.
Tromboses venosas profundas, flebites (tromboflebites) e
varizes dão se no sistema venoso. Ora o sistema venoso é a
parte yin do sistema circulatório. Leva o sangue usado para o
fígado e para os rins para o filtrar e para os pulmões para
evacuar o dióxido de carbono e substituí-lo por oxigénio.
A pessoa com varizes impede o sangue venoso de circular (veja
Varizes).
A criação de tromboflebites (afecção das veias mais superficiais)
ou de tromboses venosas profundas é a maneira de o corpo
mostrar que a pessoa está farta da vida que leva, que está
enfurecida mas passiva, demasiado yin.
Mostra raiva, frustração e impotência. A pessoa culpa os outros
pelas suas limitações e pela sua falta de alegria e não faz nada.
Fica demasiado passiva. Mostra que a pessoa tem opiniões
fixas, ideias fixas e sentenças inflexíveis.
As pessoas que por qualquer razão ficam muito tempo
acamadas têm tendência a criar tromboses devido à sua
imobilização.
A vida deve fluir. Se a vida da pessoa fluir, o sangue também
fluirá.
Trombose coronária
Veja Trombose e Coração — enfarte do miocárdio
Trompa de Eustáquio
Veja Ouvidos
Trompa de Falópio
É pela trompa de Falópio que o óvulo maduro, libertado do
ovário, é conduzido até ao útero.
A inflamação da trompa de Falópio pode conduzir à sua
obstrução. Estamos em presença de um entupimento da
feminilidade da pessoa na sua função genital. Não propriamente
ligada ao sexo ou ao acto sexual, mas sobretudo ligada a uma
tensão, a um conflito ou mesmo a uma forte agressão que a
pessoa sente na sua comunicação com alguém. Esta pessoa
sente-se agredida. A agressão que a pessoa sente, quase
sempre verbal, comunicacional, pode vir de um homem ou de
uma mulher. É contudo mais provável que provenha de um
homem, ou de uma mulher muito masculina, muito guerreira,
muito yang, ou seja, de alguém que simbolize o papel de macho,
de modelo masculino. A inflamação de trompas pode dar origem
a pequenas perdas de sangue.
O entupimento ou a inflamação de uma trompa de Falópio não
impede forçosamente a concepção de uma criança. Pode
conceber-se um bebé com uma trompa apenas.
Não há qualquer razão concreta que possa fazer afirmar qual
das trompas é yin feminina, ou yang, masculina. É, no entanto,
aconselhável, aquando do diagnóstico, começar por considerar
que a trompa direita é yang e a esquerda éyin, para todas,
dextras e canhotas, mas sem grandes certezas.
Tuberculose
Veja Pulmão
Tuberculose cutânea
Veja Lúpus
Tumores
Veja Cancro
Tumor no cérebro
Veja Cérebro — tumor
Veja Estômago e Intestino delgado — Duodeno
Úmero
Osso do braço (do ombro ao cotovelo). A fractura do úmero
mostra desvalorização forte. “Não valho grande coisa nisto.”
Veja Braço (do ombro ao cotovelo)
Unhas
Os cabelos, os pêlos e as unhas são excreções cutâneas
produzidas por uma proteína, a queratina. Todas estas
excreções têm função de protecção.
As unhas, os pêlos e os cabelos são anexos da pele.
As unhas nos humanos são as garras nos animais. As unhas
servem para se agarrar e para se defender. São instrumentos de
agressão. Para defender ou para atacar.
Nos humanos, os problemas de unhas mostram dificuldades de
comunicação.
Roer as unhas é proibir-se de se defender e sobretudo de
agredir alguém. Roer mostra que a pessoa não se acha no
direito de ser o predador. A pessoa que rói as unhas anda a
castrar a sua própria agressividade. A pessoa teme a sua
própria agressividade e não é consciente disso. “Tenho medo de
mostrar as minhas garras.” Quem será que a pessoa não quer
magoar?
A pessoa tem pena de alguém. Mas não consegue comunicar
com esse alguém. Normalmente, nas crianças e nos jovens, eles
roem as unhas porque um dos pais reprime fortemente o
comportamento deles. Ou seja, na percepção deles, um desses
pais é agressivo com eles, mas eles não se sentem autorizados
a mostrar a mesma agressividade com esse pai através da
simples comunicação. E assim o corpo mostra ao jovem que não
está a respeitar a sua agressividade.
Basicamente, esta criança não se respeita e tem medo de ferir
um dos pais através da comunicação. Mas isso não funciona
para ela. Precisa de reconhecer que anda a conter a sua
agressividade, seja relativamente a um dos pais, seja
relativamente a um terceiro, o que é mais raro. Esse terceiro
pode ser um professor ou um qualquer educador da criança.
Um pai que se lamenta do comportamento agressivo de um filho
convida-o a roer as unhas.
Esta questão de roer as unhas pode dar-se também na pessoa
que se proíbe de comandar, mesmo que seja o chefe.
Roer o anelar é roer a união (dedo da aliança). Ou seja, a
pessoa não quer agredir o cônjuge, provavelmente por ter pena
dele.
As unhas compridas são atributo de quem sabe defender-se.
Unhas com verniz mostram o desejo da pessoa de estar bonita e
atraente.
A unha encravada mostra preocupação e culpa sobre o próprio
direito de ir em frente. A pessoa faz-se violência a si própria.
Uremia
A uremia mostra excesso de ureia no sangue. A ureia é uma
substância que os rins devem eliminar. Se se encontra no
sangue, quer dizer que o rim não está bom, porque não eliminou
o que deveria ter eliminado. Mostra dificuldade do indivíduo em
filtrar correctamente.
Veja Rins — insuficiência renal
Ureterite
Infecção de um uréter, ou dos dois. As infecções dos ureteres
prendem- -se com as mesmas tensões que as dos rins.
Veja Rins
Uretrite
Infecção da uretra.
As infecções da uretra prendem-se com as mesmas tensões que
as infecções da bexiga.
Veja Bexiga
Urticária
A urticária faz parte dos sintomas ligados aos problemas de
comunicação. A pessoa sente-se separada da família. Tenta
fazer parte de um grupo, de uma colectividade, ou mesmo do lar
(sobretudo do lar), mas, quando lá está, aquilo enerva-a
sobejamente. Aqui, os sintomas da urticária estendem-se aos
problemas de comunicação no que diz respeito às raízes. O
problema, aqui, pode ser, em primeiro lugar, o ambiente do lar e
nomeadamente a atitude de um dos pais, a escola da pessoa ou
o seu trabalho. A pessoa sente dificuldade em ter de pertencer
àquela colectividade devido ao modo como ela actua e,
sobretudo, ao modo de actuar de um dos seus elementos. A
urticária é sempre acompanhada de prurido.
Veja Prurido
Útero (endométrio, fibroma e cancro)
Aqui está um órgão que expressa a feminilidade da mulher como
Mãe.
O útero é onde o bebé permanece, no casulo, ao abrigo.
Problemas de útero mostram pena-lização do lado feminino da
mulher no que diz respeito ao seu lado de Mãe. Os problemas
do colo do útero não se prendem com a mesma tensão na
consciência e estão tratados à parte (veja Colo do útero).
Aqui, a tensão da Mãe é a da perda potencial de uma criança.
Perda potencial! Ou seja, o sentimento de perda é que está em
questão, não a perda propriamente dita. A sensação de perda
de facto afecta o ovário (veja Ovários), não o útero.
Vamos analisar três problemas de útero: O fibroma, o
espessamento do endométrio e o cancro. Em qualquer dos
casos, a sensação de perda potencial da criança existe, mas
com nuan-ces. Mas é sempre um problema de Mãe, não de
mulher.
A questão do bem conhecido fibroma (tumor benigno) dá-se no
tecido muscular e fibroso do útero, tal como o cancro nesta
zona, de que falaremos um pouco mais adiante. A tensão
prende-se com desvalorização. Começa por ser um buraco na
musculatura uterina, devido à desvalorização e, só depois, com
a cicatrização, é que se transforma num fibroma.
Pode dar-se quando a pessoa sente uma grande tensão ligada à
incapacidade de ter crianças. A frustração, a desvalorização,
neste caso, pode ser enorme.
A mulher que sente que perdeu aquele que iria ser o futuro pai
para os seus filhos também pode ter um fibroma.
Ou pode dar-se aquando da primeira gravidez da pessoa a
quem tinham dito que não poderia ter crianças. “Disseram-me
que não poderia ter filhos, mas afinal sempre posso. Deixa cá
cuidar bem deste que aí vem.” A pessoa agarra-se literalmente à
criança que finalmente conseguiu ter em gestação e procura
criar-lhe o maior espaço possível. E o corpo faz o buraco (para
criar mais espaço) que virá a ser o fibroma após a cicatrização.
Também se dá (e é frequente) quando a pessoa volta a
engravidar após ter tido um desmancho ou após ter tido um
aborto. Com efeito, a pessoa, com o desmancho ou o aborto,
sentiu a frustração de não ter tido aquele bebé que desejava,
que já estava em gestação e que acabou por desaparecer.
Quando engravida de novo, agarra-se a ele e dá-lhe o máximo
de espaço que consegue. E o corpo cava o buraco e depois o
fibroma aparece.
Basicamente, é simples, a Mãe sofreu uma sensação de
desvalorização e o corpo está a tentar resolver a tensão, ao
criar mais espaço para a criança (fazendo um buraco, cavando o
músculo).
O cancro no músculo do útero, muitíssimo mais raro do que o
cancro do colo ou o do endométrio, deve ser analisado, do ponto
de vista da tensão que a pessoa sentiu, como um fibroma
maligno, ou seja, mostra a mesma tensão que um fibroma, mas
com um sentimento muito mais intenso e nada verbalizado.
O endométrio é a parede mucosa interna do útero.
Durante o período de ovulação da mulher, a parede mucosa
incha para acolher o óvulo pronto para ser fecundado. Após o
período de ovulação da mulher, se o óvulo não foi fecundado, o
espessamento da parede do útero volta à sua espessura normal
inicial pela via da hemorragia (menstruação). O espessamento
do endométrio numa Mãe mostra-lhe que ela sente que a(o)
sua(seu) filha(o), ou a(o) sua(seu) nora(genro), ou alguém que
ela trata como filho(a) se afastou. Não sumiu, mas afastou-se e
a pessoa tem grandes problemas de comunicação com essa
pessoa. E sente uma perda potencial dessa pessoa. Vive um
enorme conflito de frustração de não conseguir voltar a
aproximar-se desse(a) filho(a) verdadeiro(a) ou por afinidade. O
facto de o endométrio não desinchar mostra que a pessoa
gostaria, de um modo não consciente, de estar grávida de novo,
para criar então uma nova pessoa (embora a(o) filha(o) nunca
tenha de facto desaparecido). Esta mulher precisa de ajuda para
aprender a soltar o seu ego, o seu lado guerreiro que lhe destrói
a feminilidade. É uma mulher muito possessiva que se sente
muito magoada.
O cancro do endométrio e o cancro do colo do útero (veja Colo
do útero) são os mais frequentes. O cancro no endométrio
mostra que a tensão foi muito grande, que envolveu ignomínia
num drama familiar, seja com uma(um) filha(o) verdadeira(o) ou
com um(a) filho(a) virtual e que não foi de todo verbalizada.
O drama pode ter sido relativo à sexualidade dessa(e) filha(o)
virtual ou verdadeira(o). Essa pessoa pode ter tido um problema
sexual ignóbil. Por exemplo, foi violada. Aqui a tensão é: “Que
pouca vergonha! Isto não se faz!”. O “isto não se faz!” é muito
importante. É um grito interior (não verbalizado) que expressa o
sentimento de ignomínia. Se a pessoa não verbaliza, não
exterioriza o que sentiu e o guarda para si, a tensão que sente
projecta-se no útero, o casulo protector das crianças, como um
cancro.
Esta tensão de ignomínia num drama familiar pode também ser
relativa à violação no sentido figurado dessa(e) filha(o). Por
exemplo, se a pessoa sentiu que alguém castrou a liberdade
desse(a) filho(a) de poder ser quem é. O facto de a Mãe não
conseguir evitar que isso tivesse acontecido, ficando como
espectadora impotente, criou uma tensão enorme na Mãe.
E importante fazer a pessoa verbalizar a tensão que sentiu.
Quando o começar a fazer, a expressar a sua dor a alguém, é
normal que a pessoa tenha hemorragias.
Para problemas sobre o colo do útero, veja Colo do útero.
Vagina
Nos animais, a vagina revela a capacidade de entrega, não num
sentido social do termo, mas no sentido de ter a capacidade de
receber o sémen e se entregar à procriação da cria. Problemas
na vagina mostram falta de capacidade de entrega,
incapacidade de vivência da feminilidade da mulher, do seu lado
yin e também frustração sexual ou problemas de comunicação.
A mucosa é a parte íntima de mim mesma. A mucosa na vagina
é o lugar do corpo em que por um momento a mulher abole as
suas fronteiras por completo e se entrega totalmente.
O cancro da vagina é pouco frequente. Este cancro surge, na
maior parte dos casos, em mulheres pós-me- nopausa. O cancro
da vagina mostra uma grande frustração da mulher na vivência
da sua feminilidade, sobretudo sexual. É verdade que a mulher,
ao envelhecer, fica mais yang, mas masculina. A prova disso é a
perda natural da fertilidade. Mas este processo de
masculinização deveria ser amenizado pela capacidade de a
mulher viver totalmente o seu lado sexual feminino. Uma mulher
que já entrou em menopausa é uma mulher que deve viver o seu
lado feminino, o seu lado sensual. O cancro da vagina mostra
precisamente que a mulher castigou o seu lado sensual.
O herpes vaginal está ligado a questões nervosas e à pele.
Dá-se nas junções cutâneas mucosas. Na junção entre a pele e
a mucosa, nos lábios da vagina, frequentemente, que são o local
em que o contacto é feito com mais ternura.
Mostra uma tensão relativamente à comunicação com o
parceiro, seja cônjuge, namorado, marido.
O herpes pode ser doloroso. É a doença do contacto da ternura.
É típica dos casais que se adoram mas que andam sempre às
turras.
A pessoa quer muito sentir o contacto, tem, portanto, o nervo
muito vivo, mas depois, como a comunicação não funciona e a
pessoa passa muito tempo às turras, o corpo encarrega-se de
mostrar essas turras criando um herpes, que é doloroso e que
acaba por impedir o próprio acto sexual. O herpes mostra que a
relação de contacto com o parceiro é dolorosa.
As pessoas com tendência para ter herpes são pessoas com
dificuldade em estar sozinhas e em mostrar ternura a si próprias.
São dependentes no amor.
O herpes mostra autoviolência na relação. Se a pessoa se
violenta na relação é porque sente culpa de alguma coisa. Ora a
culpa não existe, de facto. É uma emoção totalmente fabricada
pela mente da pessoa A leucorreia, perda de excreções brancas
pela vagina (corrimento), mostra sentimentos como: “Nós, as
mulheres, não temos qualquer poder sobre os homens. Mas que
raiva sinto relativamente ao meu companheiro!” É como se a
vagina estivesse a lacrimejar de raiva.
A candidíase é uma micose provocada por um fungo chamado
Cândida que afecta as mucosas da boca e da vagina.
As infecções por fungos são afecções parasitárias. A palavra
parasita e essencial neste contexto. Se a pessoa se deixa
afectar por parasitas, isso quer dizer que não está centrada, que
não sabe ser firme com as pessoas que a envolvem e que
alguém, na sua vida, é um parasita que se cola a ela. E é
porque a pessoa está agarrada ao passado e às suas crenças
que não consegue lidar com esta pessoa que a suga, que a
vampiriza, com a firmeza com que deveria fazê-lo.
O facto de se dar na boca como na vagina tem muito significado.
Na verdade, tanto a boca como a vagina são locais que
simbolizam a entrega e o acolhimento relativamente ao outro.
Veja Gonorreia
Varicela
Estamos aqui nos problemas de comunicação e, mais
vulgarmente, das crianças. A varicela é marcada por febres
altas, tensão alta, borbulhas que, se coçadas, deixarão marcas
com cicatrizes. É mais própria das crianças e indica um
desgaste e uma tensão/ irritação quanto ao exterior.
Toda a erupção é sinal de que alguma coisa foi reprimida.
A erupção mostra-nos algo que, até então, permanecia invisível.
A par de toda a doença infantil costuma brotar algo de novo na
criança, um avanço significativo para o seu desenvolvimento.
Quanto mais virulenta a erupção, mais rápido será o processo
de desenvolvimento da criança.
Todo o sintoma de pele manifesta uma agressão. Ora a entrada
neste mundo, assim como o crescer da criança, não é de todo
fácil, de tal modo é forte a identificação da sociedade e das
famílias com o ego, as crenças religiosas, ancestrais, o clã, e a
absurda necessidade incansável de obediência a regras que vão
contranatura. A criança está a começar a criar defesas
relativamente à sociedade. Aliás, a contracção da varicela
confere imunidade permanente à criança.
A criança faz o luto da comunicação não verbal (sai do mundo
mágico — entra no ego).
A criança resigna-se à realidade verbal das palavras.
Quando se dá mais cedo, é provável que tenha havido uma
separação entre os pais.
Neste caso, veja Bebés.
Varíola
Se a varicela é considerada uma doença benigna pela medicina,
a varíola é considerada mortal. A medicina considera-a
desaparecida desde finais dos anos setenta do século XX. A
tensão na consciência ligada à varíola é a mesma que a que
está ligada à varicela, mas à potência dez. Aqui estamos mesmo
em presença de uma criança que teve seriíssimos problemas de
comunicação com os pais.
Veja Varicela
Varizes
A variz é uma dilatação venosa que se dá, quase sempre, nos
membros inferiores. As varizes são o resultado de uma
acumulação de sangue nas veias da superfície das pernas,
sangue esse que deveria ter voltado devidamente ao coração e
não o fez.
Existe, portanto, uma preponderância da circulação na parte
inferior do corpo. Tal como na hipertensão e na anemia, trata-se
de pessoas que são incapazes de se confrontar com quem as
incomoda. São pessoas que acabam por se tornar apáticas,
cobardes e por vezes mandrionas. São pessoas que estão
incomodadas, mas que não conseguem manifestar as suas
emoções à pessoa certa, no momento certo, no local certo e que
acabam assim por ter um comportamento demasiado passivo,
impotente. As hemorróidas são varizes no ânus.
Vegetações
Veja Adenóides
Veias
Veja Aparelho circulatório — sistema venoso e veja Tromboses,
Flebites, Varizes e Hemorróidas
Velhos
Veja Idosos
Verme solitário
Ténia.
Veja Vermes
Vermes
Os vermes ou lombrigas são parasitas que se alojam no
intestino da pessoa, mas que podem acabar por infestar todo o
corpo.
A pessoa com vermes é uma pessoa que se sente indefesa
perante alguns dos que a rodeiam e que ela considera estarem
a infestá-la. A pessoa deixa-se invadir por atitudes de pessoas
que não são boas para ela. E são pessoas chegadas. O facto de
o ver- -me se alojar no intestino mostra falta de discernimento
na vida da pessoa e falta de vontade para olhar para a
informação escondida que não quer enfrentar. É uma pessoa
que prefere vedar o seu submundo, o seu lado escondido. Em
resumo, é uma pessoa que não enfrenta a sua vida.
Verruga
É um endurecimento localizado de uma zona da pele.
Aqui estamos num sintoma de frustração e de uma sensação de
desvalorização. A verruga prende-se com a pele e com o
sistema nervoso.
A pessoa sente desvalorização e frustração porque nutre uma
necessidade de agradar a outros e também uma necessidade de
manter a imagem que tem de si própria. É por isso uma pessoa
que se compara e que se torna muito competitiva. Esta pessoa
tem alguma falta de autoestima e deixa-se influenciar por
questões de imagem.
A criança que vai em busca da perfeição para satisfazer outros e
para fugir da possível avaliação negativa de outros, que ela
teme poder vir a acontecer, está de facto a desvalorizar-se e a
criar um terreno fértil para uma verruga. É um fenómeno náo
consciente. E importante falar com a criança e fazê-la verbalizar
a sua desvalorização, nomeadamente através da comunicação
com a pessoa implicada. Convém aqui ajudar a pessoa, pois ela
não está consciente da sua tensão de desvalorização, nem da
incapacidade de comunicar e dirá, provavelmente, que não
sentiu nada de importante.
Vejamos alguns exemplos.
Na escola, o professor critica a escrita. E a criança conclui que
são os dedos dela que escrevem mal. “Dou- -me conta de que
os meus dedos não escrevem bem.” E a criança cria uma
verruga nos dedos.
Quando é nas costas da mão, a pessoa considera que não é
suficientemente boa no que faz. A sua desvalorização aqui
torna-se visível para todos. Todos vêem uma verruga nas costas
da mão. O corpo mostra a frustração através de uma culpa e de
uma crença na fealdade (desvalorização acentuada).
Quando é na palma da mão, é só para os que trabalham com as
mãos, seja trabalho manual ou um desporto ligados à qualidade
do trabalho com a mão. Mostra uma pequena desvalorização.
Quando é na planta dos pés, também é só para os manuais ou
os desportistas e trata-se de momentos de desvalorização
pequena, sobretudo a propósito de gestos. Não me sinto
suficientemente bom relativamente ao que vejo os outros fazer.
A minha falta de performance afastame do grupo. É o exemplo
típico de uma corrida a pé em que o corredor só vê arpianta dos
pés dos outros, por ir precisamente na retaguarda deles.
E, ainda por cima, a verruga é feia. Ou seja, não me sinto
suficientemente bom relativamente ao que deveria e, ainda por
cima, isto é feio.
Cá está a desvalorização em prol de uma comparação e de um
desejo de imagem para agradar e ser aprovado.
Vértebras - discos
Os discos são a parte móvel da coluna. Têm uma função
correctiva na coluna.
A hérnia discai pode ser intermitente ou permanente. Veja em
que discos de que vértebras se deu a hérnia para poder
perceber a que tipo de tensão da vida da pessoa se deve este
problema. De qualquer modo, pode dizer-se que a estrutura da
pessoa foi fortemente abalada por um acontecimento na sua
vida e que perdeu toda a mobilidade nessa parte lesada da sua
coluna.
Veja também Coluna vertebral
Vértebras cervicais
São sete vértebras. Situam-se no pescoço. E o pescoço é o
suporte para a cabeça e também a ligação entre a cabeça e o
tronco. Corresponde à passagem do conceptual, da ideia, do
desejo, da vontade (vindos do cérebro) para a realização
(acção, realização, expressão, relação).
O pescoço é uma passagem. Ainda não é o acto. É prévio ao
acto e é a formação mental da acção. O pescoço representa a
flexibilidade e a capacidade de olhar à volta e de olhar para trás.
Pessoas com raiva acumulada têm tensões crónicas no
pescoço.
Qualquer problema no pescoço pode ser no músculo, na pele ou
no osso. Mas aqui estamos nos ossos do pescoço. Ora os ossos
fazem parte do aparelho locomotor. O denominador comum aqui
é desvalorização.
Esta zona das cervicais prende-se com o que a pessoa é. As
vértebras cervicais mostram o que sou.
Quando tenho problemas nestas vértebras, é quando me sinto
julgado.
O conflito é o da injustiça. “Só fui amado pelo que tinha ou fazia
e não pelo que era.” Para os que trabalham com chakras, o
pescoço, tal como a clavícula e os ombros, está na zona do
chakra azul, o chakra de ligação ao metafísico, o chakra através
do qual se trabalha a entrada da energia no corpo.
É preciso cuidar das cervicais, mimá-las.
A vértebra Cl suporta o crânio. E como uma anilha. A C2 é uma
ponta óssea que entra pela anilha da Cl. Cl e C2 correspondem
à chamada forma do Buda. Se se fracturam, pode morrer-se.
Elas mostram o que a pessoa pensa da qualidade do seu ser ao
nível mais elevado.
Os problemas da C3 à C7 mostram o que a pessoa sente que é
o lado abominável da vida (a guilhotina incidia na C3). E aqui
que se dá a maior parte das lesões cervicais relativas ao
sentimento de injustiça: “E injusto! E abominável. Como é que
me podem ter feito isto a mim?”
Entre a C7 e a D1 há uma lomba, uma curva. A primeira curva, o
primeiro S da coluna vertebral. E a charneira entre o que sou e o
que tenho.
Nas cervicais está a desvalorização, a humilhação intelectual e
moral. Não foi reconhecido à pessoa o valor que ela achava que
tinha e teve de baixar a cabeça.
Vértebras dorsais
São doze vértebras. Estão logo a seguir às dorsais. Aqui fala-se
de Dl a D12.
Mostram a minha relação com o que tenho e com o que alcanço.
Estão ligadas aos órgãos do ritmo: Coração, pulmões, diafragma
e duodeno. São as vértebras que começam no primeiro S da
coluna vertebral.
Aqui estamos mais uma vez nos ossos. Ora os ossos fazem
parte do aparelho locomotor. O denominador comum é
desvalorização.
Quando a pessoa tem problemas nestas vértebras é quando se
sente apegada. O apego consiste numa desvalorização nada
consciente da pessoa. A pessoa define-se pelo que tem e não
pelo que é.
Tenho e devo soltar. Dou e recebo. Dar e receber à Terra. E isto
é difícil. As dorsais tornam-se rígidas rapidamente, quando a
pessoa sente dificuldade com esta dualidade do dar e receber.
No serviço militar, onde os soldados são chamados a ter uma
posição recta, rectíssima, em sentido, o paradoxo entre a
postura interior e a postura exterior é quase permanente.
Porque, afinal, o que lhes ensinam é a vergar-se às ordens, sem
discutir, de um modo submisso, mas ao mesmo tempo obrigam-
nos a estar hirtos. Ê fácil de entender a confusão que se
manifesta naquelas cabeças e naqueles corpos. Cultivar apenas
a firmeza exterior só engana o próprio, pois o corpo encarregar-
se-á de nos mostrar onde não somos tão rectos, através dos
sintomas.
Aquela que deveríamos cultivar seria a firmeza interior. A coluna
dorsal mostrá-la-ia normalmente.
As pessoas doentes adoptam posturas que nunca assumiriam
voluntariamente.
A pessoa que caminha de cabeça muito erguida revela mais
frequentemente altivez, orgulho, inacessibilidade e
intransigência do que equilíbrio.
A acentuação da curva para fora na zona dorsal, dá-se lhe o
nome de cifose. Forma uma pequena marreca e a pessoa fica
com os ombros curvados. A cifose mostra que a pessoa sente o
peso do mundo sobre os seus ombros. A vida não é fácil para
ela. E curva-se em vez de perceber que está a tomar para ela o
que não lhe está destinado. Dá-se frequentemente nas pessoas
muito mentais que gostariam a todo o custo de mudar o (seu)
mundo e que não o conseguem fazer.
A coluna demasiado hirta, a coluna que adquire a forma típica
do bambu (Doença de Bechterew), revela um ego muito grande
não consciente e uma enorme falta de flexibilidade que a pessoa
não reconhece. O ego prende-se com o que a pessoa tem e não
com o que verdadeiramente é. Com o tempo, a coluna dorsal
calcifica de cima a baixo e a cabeça pende para a frente. A
sinuosidade (o S) desaparece ou inverte-se. E o corpo a
mostrar-lhe o que a pessoa nunca quis ver. Que se definia mais
pelo que tinha do que pelo que era.
As pessoas que sentem o peso da Terra, a densidade da Terra,
que sentem que o mundo se abate sobre elas, são meio
marrecas, meio corcundas A pessoa corcunda, prostrada, é uma
pessoa que perdeu o seu ideal na vida, mas que não abdica da
teimosia das suas ideias. A corcunda revela uma problemática
semelhante à da coluna muito hirta. É uma humildade não
assumida e que é forçada pelo corpo.
A estatura das dorsais é dada pela generosidade da pessoa.
Os animais não mexem as dorsais. Só os humanos o fazem.
Vértebras lombares
São cinco vértebras. Estão no seguimento das dorsais. Aqui
fala-se de L1 a L5.
Mostram a minha relação com o que faço. Estão directamente
ligadas aos problemas de raízes, i.e., lar, relacionamento,
família, parceiro, afecto, trabalho e dinheiro, local onde a pessoa
vive, o material, a casa, o espaço e a mobilidade. Aqui estamos
outra vez nos ossos. Ora os ossos fazem parte do aparelho
locomotor. O denominador comum, aqui, é desvalorização. E é a
desvalorização vivida no sentido da frustração que a pessoa
sente relativamente a tudo o que se passa nas suas raízes. Aqui
moram as chamadas dores nas cruzes. A ligação com o cônjuge
e com a matéria.
Aqui está a nossa evolução individual e a nossa relação com o
mundo.
A L1 mostra a capacidade de individualização. A pessoa começa
a tornar-se autónoma. Já tem capacidade de acção individual. O
peso da família, do clã, das crenças e da sociedade está todo
aqui. A assunção de responsabilidade: “Sou o pilar de um clã.
De mim dependem os outros. Será que aguento?”
A L4 e a L5 são afectadas quando a pessoa tem a sensação de
estar fora das normas da família ou mesmo do clã e se sente
incomodada por isso.
A acentuação exagerada da curva da lordose nas lombares dá-
se lhe o nome de lordose. São pessoas que têm a barriga muito
puxada para a frente. São pessoas com problemas em casa.
Vértebras sacras
O sacro é composto por cinco vértebras fundidas que estão no
seguimento directo das vértebras lombares. Articula-se com os
ossos dos quadris, os ossos ilíacos, formando com eles a bacia.
Chama-se a esta zona a zona sacro-ilíaca.
Aqui está, como nas vértebras cervicais, o testemunho de quem
sou.
O que a pessoa interpreta como sendo justo e como não o
sendo. As tensões são muito parecidas com as das vértebras
cervicais, só que, aqui, estão restringidas ao lado familiar e de
pertença ao clã.
Aqui estamos nos ossos. Ora os ossos fazem parte do aparelho
locomotor. O denominador comum, aqui, é, como nas outras
vértebras, desvalorização.
Quando tenho problemas nestas vértebras, é quando me sinto
julgado em minha casa.
As vértebras sacras estão directamente ligadas ao eixo yin da
pessoa, ao eixo feminino, eixo da feminilidade, simbolizado pela
Mãe.
É É
É onde começa a verticalidade da pessoa. É onde se passa de
quadrúpede a bípede. Mostra a relação com a autonomia. A
capacidade de mobilidade interna e externa. “Aceito fazer um
projecto pessoal de vida.”
Problemas de vértebras sacras mostram sentimento de injustiça
da pessoa quanto ao modo como a sua família e o seu clã
olham, com censura, para o modo como vive a sua vida.
Vértebras terminais - Cóccix
É formado por pequenas vértebras fundidas, cujo número
normalmente varia em torno de quatro. Está no seguimento das
vértebras sacras. E o “rabinho” do ser humano. A cauda que já
não existe. Problemas no cóccix estão directamente ligados ao
eixo yin da pessoa, ao eixo feminino, eixo da feminilidade,
simbolizado pela Mãe.
Aqui estamos nos ossos das costas. Ora os ossos fazem parte
do aparelho locomotor. O denominador comum, aqui, é, como
nas outras vértebras, desvalorização. A pessoa sente-se
afectada e perde autoestima.
Problemas no cóccix representam medo da homossexualidade
imposta, medo de um excesso de comportamento feminino
imposto, ou mesmo até, submissão obrigatória (no mundo
animal, este é o caso do lobo não dominante com a cauda para
baixo, mostrando submissão).
Convém perceber o que se passa na relação desta pessoa com
o seu cônjuge, com o seu modelo de Mãe ou com o modelo de
mulher. Se for o homem quem tem um problema no cóccix, é
sem dúvida um problema relacional com a mulher com quem
vive que lhe cria a enorme tensão que sente. Se for a mulher
quem tem um problema no cóccix, tem de perceber porque tem
tanto medo do marido, ou do homem, e procurar o tipo de
padrão de mulher vivido pelo seu clã.
Vertigem
A vertigem tem a particularidade de se dar apenas quando a
pessoa está nas alturas, mas ligada à terra. Num avião, a
pessoa não tem vertigens. A pessoa com vertigens não
consegue olhar para baixo. É relativamente normal ter vertigens
do alto de um arranha- -céus para muita gente. Aqui falamos das
pessoas que têm vertigens de qualquer altura superior a dois
metros. As sensações que marcam a vertigem são a sensação
de rotação e a perda de equilíbrio.
O que se passa, de facto, é uma perda do enraizamento da
pessoa, embora esteja ligada à terra. A pessoa sente-se
insegura na sua vida, nas suas raízes, ou seja, no que diz
respeito ao lar, ao trabalho, ao local onde vive ou à Mãe
biológica. As pessoas com problemas de rins têm tendência
para perder mais facilmente o equilíbrio e são mais propensas a
problemas de vertigens.
Vesícula biliar — cálculos na vesícula
A vesícula biliar pertence ao elemento árvore (madeira) dos
cinco elementos orientais.
Está directamente relacionada, no seu funcionamento, com o
fígado.
Do fígado recolhe a bílis, armazena-a e concentra-a e depois
expele-a para o duodeno. A bílis permite a melhor digestão,
sobretudo das gorduras. É um saquinho muito irrigado pelos
nervos.
A vesícula é, portanto, um interveniente que ajuda a digerir.
Trata-se de uma ajuda psicológica à digestão. A tensão que a
pessoa sente, aqui, é a de raiva, de rancor, daquilo que deixou
um gosto amargo.
Problemas da vesícula mostram dificuldades em manejar
sentimentos e sobretudo em aclará-los. “Qual é o meu lugar?
Estarei a ser reconhecido devidamente?” A pessoa tem grandes
acessos de cólera, mas não manifesta o que sente. E, por isso,
não expele a bílis e, ao contrário, retém-na.
A pessoa com problemas de vesícula é uma pessoa que se
sente invadida por alguém próximo sem conseguir manifestar o
que sente.
Quando sinto raiva ou agressividade, sinto que posso vir a
atacar o outro. Por isso, o sistema nervoso simpático prepara-se
para o efeito, para a luta, recorrendo à adrenalina e a energia
sobe em direcção ao pescoço, aos ombros, às costas e aos
braços e irriga muito o cérebro. A pessoa perde o tino. Pessoas
que têm raiva acumulada têm tensões crónicas nos ombros, no
pescoço e nos braços.
Existem três soluções para lidar com a raiva:
1)Anular-se e fingir que tudo está bem, acarinhando a ilusão de
que se resolveu a causa.
2)Enveredar por um canal ainda mais yang, exercendo
comportamento desportivo do tipo de bater em sacos de boxe,
jogar râguebi ou mesmo de bater em alguém.
3)Enveredar por um canal yin e chorar convulsivamente,
tomando assim totalmente consciência do que se sente.
A primeira solução não resolve nada e leva a pessoa a acumular
uma raiva que lhe pode vir a dar problemas.
A segunda solução resolve o efeito, mas não resolve a causa e
faz com que a pessoa fique cada vez mais dependente dessa
actividade violenta que lhe dá a ilusão de fazer escoar a sua
agressividade. O que a pessoa não percebe é que a
agressividade está a ser alimentada e que, por isso, está a
crescer.
A terceira solução resolve a causa. A pessoa vaza os cartuchos
de raiva que tem em si, através da constatação e da observação
de si própria, tornando-se mais genuína e muito mais senhora
de si própria. A tendência para a raiva vai diminuindo.
Quando a raiva é crónica e nunca é vivida, o sistema nervoso
parassimpático (sistema que regula o funcionamento automático
de grande parte dos órgãos internos) tem poucas oportunidades
para entrar em acção, pois o sistema simpático (sistema que
regula a adrenalina) está muito activo. O parassimpático não
consegue assim regular o funcionamento dos sistemas vitais do
corpo que dele dependem.
A raiva está directamente ligada aos problemas na vesícula e,
por acréscimo, por consequência, o fígado também fica
implicado.
Os sintomas podem ser:
Dores de cabeça, dores de olhos, ciática, dores de pernas,
dores de ombros, falta de energia, falta de determinação, falta
de energia sexual, irritabilidade, impaciência e distúrbios
digestivos.
O cálculo na vesícula é mais próprio de um sentimento rezingão
e raivoso, não deixando, no entanto, de ser acompanhado por
um comportamento yin, feminino, demasiado passivo, impotente.
Basicamente, a pessoa sente-se impotente e furiosa.
Os cálculos biliares são agressividade petrificada. Acontece
muito nas mães de família, pois muitas destas mulheres sentem
a família como uma estrutura que as impede de dar livre curso à
sua energia e à sua agressividade, mas não se autorizam a
fazer nada. Apenas padecem e vivem com uma raiva que
petrifica.
A bílis simboliza agressividade. Os cálculos na vesícula
simbolizam assim agressividade não resolvida na sua fonte, nas
suas causas.
Vesícula biliar - hepatite
Na hepatite, temos um problema conjunto de fígado e vesícula
biliar.
Os canais biliares começam no fígado.
A hepatite mostra as sensações de discernimento e de falta
aliadas a uma grande raiva, a um rancor. O rancor e a raiva têm
que ver com a vesícula e não com o fígado. (Veja Vesícula biliar)
A Hepatite A é alimentar. Aqui ainda não entra a raiva, o rancor.
E um conflito de falta de comida, de nutrição. Pode ser
sensação de falta de nutrição concreta (comida) ou virtual
(afecto). Pode ser, por exemplo, porque a pessoa não recebeu a
pensão alimentar. E pode ser por sentir a falta de amor que, nas
crianças, é um modo de nutrição.
O contágio dá-se pelo inconsciente colectivo. É o cérebro do
rebanho a funcionar. É frequente em crianças com um Pai ou
uma Mãe muito exigente e incapaz de amar verdadeiramente.
É frequente que a tensão esteja ligada à relação com o Pai
biológico ou a uma Mãe muito masculina no seu comportamento.
A Hepatite B é, ela, um conflito de rancores derivado de uma
sensação de falta. Por exemplo, pode dar-se quando uma
pessoa é deserdada ou é excluída do grupo, do clã, e sente
raiva. Ou então quando a pessoa sente a perda dos pais, por
exemplo. Ou pode ser mesmo o caso do jovem que é posto fora
de casa pelos pais e sente raiva, rancor. Aqui juntam-se a
sensação do medo da falta, a falta de discernimento e também
uma forma de megalomania. A pessoa estava à espera de ter
muito mais do que aquilo que afinal recebeu. E sente-se
enraivecida.
Aqui também é importante perceber qual a relação com o Pai
biológico.
A Hepatite C é um conflito de rancor ligado à sensação de falta
e ao desconhecido. Aconteceu no escuro. Há alguma
informação vedada.
Pode ser porque a pessoa, por ter saído do lar, sente a
sensação de falta dos filhos (a falta, como vimos em Fígado,
pode ser afectiva, não precisa de ser só material) e tem medo
do desconhecido (é uma sensação que a pessoa nunca pensou
ter de enfrentar). “Não sei viver assim. O que vai acontecer aos
miúdos? Não consigo lidar bem com o que não conheço.” Por
vezes, ainda por cima, algo de pouco claro aconteceu.
Outro exemplo é quando se dá na pessoa nascida de pai
desconhecido.
A hepatite C é comum nas pessoas toxicodependentes. De
facto, os toxicodependentes não vivem na realidade, vivem no
desconhecido, noutra dimensão. E a droga dá-lhes essa
dimensão diferente, desconhecida. E apanham hepatite C por
raiva a não conseguir ter acesso (sensação de falta) a esse
mundo de outra dimensão obscuro, oculto, desconhecido, sem
ter de recorrer à droga.
A hepatite C também pode ser provocada, por exemplo, quando
um jovem que é toxicodependente é posto fora de casa. O facto
de ele ser posto fora de casa, ou de ser posto simplesmente à
margem do clã, pode fazer com que a pessoa tenha a sensação
de enfrentar uma situação totalmente desconhecida. E isto não
precisa forçosamente de acontecer a uma pessoa drogada.
Pode acontecer com qualquer pessoa.
No caso da hepatite C, é também importante procurar o modelo
de homem que a pessoa conheceu. O Pai, o marido, os homens
do clã.
Vício
Veja Dependência
Visão
Veja Olhos
Vista cansada
Veja Olhos — Presbitia
Vitiligo
O vitiligo consiste numa despig-mentação da pele em vários
locais do corpo. Aqui estamos numa tensão ligada a uma
separação vivida de facto. Estamos perante um conflito de
separação e de sujidade. Alguma coisa se passou que a pessoa
precisa de lavar, de branquear. “É preciso lavar!” E a pele
branqueia.
Por exemplo, quando a pessoa quer lavar o que os outros
dizem, tem vitiligo à volta da boca. Quando a pessoa precisa de
lavar as aparências, tem vitiligo na face. Quando precisa de
lavar o que se passou com o Pai, tem vitiligo nos braços e/ou no
tronco. Quando precisa de lavar o que alguém (o Pai?, a Mãe?)
fez, aproprian-do-se do que lhe não pertencia, cria vitiligo nas
mãos. Quando a pessoa precisa de lavar o que se passou com a
sua Mãe (talvez na sua relação com o Pai?), tem vitiligo nas
pernas.
Pode ter-se vitiligo nas pernas, nas mãos, em qualquer parte do
corpo.
O branqueamento é um desejo de purificação e por isso retira a
melanina.
Pode dar-se também com questões ligadas a branqueamento de
dinheiros.
A relação com o sol prende-se com a relação com o Pai.
Algumas pessoas nunca estão bem com o Pai.
No caso de se dar num recém-nas- cido, é importante procurar
perceber o que se passou durante a concepção e a gravidez.
O que foi preciso lavar?
Neste caso, veja Bebé.
Vómitos e náuseas
Este fenómeno é típico das pessoas que atarefam a mente e
que depois não conseguem digerir nem os pensamentos nem a
sua vida. Complicaram a sua própria vida ao usarem tanto a
mente. Torna-se difícil de digerir. E como se tivessem uma pedra
no estômago. E a expressão da confusão e da negação, da
incerteza (muito comum nas gravidezes). Os ansiosos têm mais
náuseas.
“Só de pensar nisso, fico logo enjoado”, “Tirou-me o
apetite”,”Deu- -me a volta ao estômago”, são expressões bem
conhecidas que traduzem esta difícil digestão daquilo em que se
pensa.
A náusea fica por aqui. Representa o enjoo de algo que se está
a passar na vida da pessoa. Alguém ou alguma coisa enjoa a
pessoa.
O vómito é uma expressão ainda mais categórica de repúdio e
de defesa. Vomitar é simplesmente não aceitar. “Não digiro isto.”
Dá-se por vezes na gravidez.
De qualquer modo, tanto a náusea como o vómito são um modo
de soltar o controlo e, portanto, após um vómito, a pessoa
sente-se aliviada.
No caso de certas enxaquecas, o facto de vomitar elimina a
enxaqueca, descontrai a pessoa e o alívio é imenso.
Zona
E a varicela do adulto, localizada numa zona, mas com a
agravante de ter muita dor. Afecta, sobretudo, a zona dos olhos,
das faces do rosto e a zona intercostal. Prende-se com
problemas de comunicação.
Numa primeira fase, a pessoa sente dor (nervos). Sente-se
muito quente e chega a sentir essa parte do corpo a queimar.
Numa segunda fase, as vesículas da pele saem (é água), como
sinal de protecção do corpo.
Às vezes, nunca se chega à segunda fase e a pessoa continua
em fase um.
Cura-se a zona pela comunicação. Aqui, a comunicação faz
milagres.
Há que procurar o que se passa entre essa pessoa e o cônjuge,
ou entre essa pessoa e quem vive muito perto dela. Tem um
grande problema de comunicação com essa pessoa e há falta
de transparência na relação e na comunicação.
Zumbido
Recusa em ouvir a voz interior. Recusa de reconhecimento do
chamamento da intuição. Pessoa muito teimosa, muito mental e
cartesiana.