Renascimento - Textual
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Renascimento - Textual
I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
II. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 2
1. Conceito de Renascimento ................................................................................................... 2
1.1 Principais Características .............................................................................................. 2
1.2 Fases do Renascimento ................................................................................................. 4
2. Principais Modalidades de Renascimento ........................................................................... 6
2.1 Renascimento Cultural ................................................................................................. 6
2.2 Renascimento Urbano................................................................................................... 6
2.3 Renascimento Comercial .............................................................................................. 7
2.4 Renascimento Científico............................................................................................... 8
2.5 Renascimento Artístico............................................................................................... 10
3. Humanismo ........................................................................................................................ 10
3.1 Características do Humanismo ................................................................................... 11
3.2 O Humanismo Renascentista ...................................................................................... 12
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 14
ANEXO......................................................................................................................................... 15
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I. INTRODUÇÃO
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II. DESENVOLVIMENTO
1. Conceito de Renascimento
O termo Renascimento foi criado no século XVI para descrever o movimento artístico que
surgiu um século antes. Posteriormente acabou designando as mudanças económicas e políticas
do período também e é muito contestado hoje em dia.
➢ Humanismo
O movimento humanista surge como mote para a valorização do ser humano e da natureza
humana, onde o antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi sua principal característica.
O humanismo foi uma corrente intelectual que se destacou na filosofia e nas artes e que
desenvolveu o espírito crítico do ser humano.
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➢ Racionalismo
Ao defender a razão humana, essa corrente filosófica foi importante para desenvolver
diversos aspectos do pensamento renascentista em detrimento da fé medieval. Com ele, o
empirismo ou a valorização da experiência, foram essenciais para a mudança de mentalidade no
período do renascimento. Esta corrente afirmava que os fenómenos humanos e da natureza
deveriam ser comprovados diante de experiências racionais.
➢ Individualismo
➢ Antropocentrismo
Desta maneira, reforçado pelo individualismo, o homem passa a ter uma posição
centralizada e isso o impulsiona a ousar no aprendizado e em descobertas científicas ou de novas
terras.
➢ Cientificismo
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❖ Andreas Vesalius: médico, “pai da anatomia”;
❖ Francis Bacon: filósofo e cientista;
❖ René Descartes: filósofo e matemático;
❖ Leonardo da Vinci: artista, cientista, matemático, inventor;
❖ Isaac Newton: astrônomo e cientista.
➢ Universalismo
Vale ressaltar que no período renascentista, houve uma expansão de escolas, faculdades e
universidades, bem como a inclusão de disciplinas relacionadas às humanidades (línguas,
literatura, filosofia, dentre outras.).
➢ Antiguidade Clássica
A retomada dos valores clássicos foi essencial para o estudo dos humanistas. Um dos fatos
que facilitou muito o estudo dos clássicos foi a invenção da imprensa, uma vez que a rápida
reprodução das obras auxiliou na divulgação do conhecimento. Segundo os estudiosos da época,
a filosofia e as artes desenvolvidas durante a Grécia e a Roma antiga possuíam grande valor
estético e cultural, em detrimento daquelas da Idade Média.
Essas fases estão intimamente relacionadas com o renascimento artístico e cultural que
começou na Itália no século XIV, mais precisamente na cidade de Florença. Ainda que elas
apresentem características em comum, por exemplo, o humanismo e a inspiração na arte clássica,
se diferem em alguns aspectos. Vejamos abaixo as características de cada período.
• Trecento
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A primeira fase do renascimento recebe esse nome uma vez que foi desenvolvido nos anos
1300 em Florença, Itália. É um momento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna em
que se nota o despontar de questões humanistas, além das inspirações clássicas.
Os artistas mais proeminentes dessa fase foram: o pintor Giotto, e os literatos Dante
Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Bocaccio.
• Quatrocento
Os mecenas, ricos (reis, príncipes, condes, duques, bispos, nobres e burgueses) que
financiavam as artes, foram essenciais para o desenvolvimento da arte renascentista desse período.
• Cinquecento
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2. Principais Modalidades de Renascimento
No último período da Idade Média, denominado Baixa Idade Média (século X ao século
XV), a Europa passava por diversas transformações nos campos político, económico e social, de
forma que a queda de Constantinopla, em 1493, representou o fim da Idade Média e o início da
Idade Moderna.
Esse período esteve marcado pela decadência do sistema feudal, formado basicamente de
dois grupos sociais: os senhores (proprietários de terras, os feudos) e os servos (trabalhavam e
viviam nos feudos). A sociedade feudal era estamental, posto que não possuía mobilidade social,
ou seja, se nasceu servo, morrerá servo.
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Acima do senhor feudal estavam o Rei, a Nobreza e o Clero, os três grupos que detinham
o poder. Dessa forma, o Rei representava o poder supremo, seguido da nobreza (importante
figuras) e o Clero, associado ao poder religioso da Igreja Católica. Esse último grupo dominante
possuía claros privilégios em relação ao povo, de modo que somente eles tinham acesso aos
assuntos políticos, econômicos e religiosos, bem como ao conhecimento dos livros, posto que
representavam a parcela mínima que sabia ler e escrever.
Além disso, a abertura do Mar Mediterrâneo foi essencial para o aumento das rotas
comerciais entre os países, levando ao fim do período da Idade Média e o início da Idade Moderna.
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social que, mais tarde, substituirá o sistema anterior, detendo os meios de produção e o acúmulo
de capital: a burguesia.
Ainda que as cidades italianas de Veneza, Florença e Gênova se destacaram com a abertura
do Mar Mediterrâneo, no século XV e XVI, posto que utilizaram o mar como rota marítima de
comércio, sobretudo de especiarias vindas do Oriente, a expansão ultramarina tornou o mar uma
nova rota comercial, substituindo, dessa maneira, o eixo comercial do Mediterrâneo para o Oceano
Atlântico, com a descobertas das terras no novo mundo.
A partir deste saber e descobertas dos estudiosos, esse período possibilitou o avanço de
diversos campos do conhecimento que, mais tarde, inauguraria a Ciência Moderna. Os
renascentistas estavam preocupados em estudar a natureza através da experimentação e da
segmentação de informações. Vários homens e até mulheres realizaram pesquisas e, entre tantos,
podemos citar Leonardo da Vinci. Embora tenha sido um dos nomes mais importantes do
Renascimento Cultural e Artístico, ele também se destaca no Renascimento Científico, ao lado de
Nicolau Copérnico.
Apesar de muito estendido, hoje em dia a palavra "Renascimento" é usada com ressalva.
Afinal, este vocábulo dá impressão que não se pesquisava, nem se fazia ciência durante a Idade
Média, o que é inexato.
Nesse contexto, poucos indivíduos tinham acesso ao conhecimento, o qual era transmitido
por meio dos livros e trancados nas bibliotecas, tal qual tesouros. Durante esse período de
transição, a Europa passava por diversas transformações como a expansão marítimo comercial, o
surgimento da imprensa e da burguesia.
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Nicolau Copérnico (1473-1543): astónomo e matemático polonês, considerado o “Pai da
Astronomia Moderna”. Foi criador da Teoria Heliocêntrica (sol como centro do Universo),
na qual contradiz a Teoria Geocêntrica medieval (adotada pela Igreja Católica), em que a
Terra seria o centro do Universo.
Galileu Galilei (1564-1642): astrônomo, físico, matemático e filósofo italiano, Galileu foi
defensor da Teoria Heliocêntrica de Copérnico, sendo considerado um dos fundadores da
geometria moderna e da física. Além disso, aperfeiçoou o telescópio, inventou o microscópio
com duas lentes e o compasso geométrico.
Francis Bacon (1561-1626): filósofo, político e alquimista inglês, Bacon foi o criador do
“Método Científico” (nova maneira de estudar a natureza), sistematizando o conhecimento
humano, sendo considerado o fundador da “Ciência Moderna”.
René Descartes (1596-1650): filósofo, físico e matemático francês, segundo seus estudos,
Descartes foi considerado o “Pai do Racionalismo e da Matemática Moderna” e ainda, o
fundador da Filósofo a Moderna. Sua obra mais representativa é o “Discurso sobre o
Método”, tratado filosófico e matemático propondo as bases do racionalismo.
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2.5 Renascimento Artístico
Foi a partir do avanço científico, social e cultural que surge o movimento do renascimento,
o qual foi marcado sobretudo pelo caráter humanista. Assim, o teocentrismo medieval dá lugar ao
antropocentrismo renascentista, com a chegada da Idade Moderna.
Outros aspectos, não menos importantes, explorados pelos artistas do renascimento, foram
o equilíbrio das formas e a busca da harmonia, fundamentadas na arte clássica.
Vale lembrar que o renascimento artístico incluiu a evolução da pintura, escultura, arquitetura e
literatura, valorizando aspectos humanos e da natureza.
Ainda que muitos temas explorados pelos artistas do renascimento estejam associados ao
plano religioso e espiritual, a mudança de mentalidade da época proporcionou incluir uma
variedade de temáticas. Os assuntos abordados variavam desde os costumes, a mitologia, as
paisagens, dentre outros.
3. Humanismo
Originado na Itália durante o século XV, esse movimento ficou conhecido por criar
rupturas na forte influência da igreja católica e da lógica religiosa na Idade Média. Assim, as
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crenças de que o Deus deveria ser o centro do universo transformaram-se na aceitação de que o
ser humano é o foco de interesse de todos.
Essa transformação do paradigma social, cultural e econômico contribuiu para uma enorme
mudança nos padrões sociais da época, tanto que a população mundial passou por modificações
ao longo da transição entre a Idade.
Com essa grande valorização da figura humana e, por consequência, de todos os assuntos
que dizem respeito à nossa existência e formas de relação interpessoal, a maneira como a
população percebia a sociedade se modificou. Afinal, as explicações para a nossa realidade
deveriam partir da lógica racional em vez da religiosa e sobrenatural.
O movimento foi tão intenso que a ciência começou a ser desenvolvida para sustentar as
hipóteses antropocentristas, assim como as Artes e a Literatura foram afetadas a fim de separar o
contato com a religião. Assim, aos poucos a visão religiosa começou a perder sua força e a
concepção do ser humano como foco ficou fortalecida.
Isso porque os comerciantes iniciaram uma disputa territorial e de poder com os nobres,
ganhando importância na região e marcando o decaimento do feudalismo. Alinhado a isso, a
Europa começou a viver uma crise de saúde pública em função da Peste Negra, que fomentou
ainda mais a oposição contra a monarquia que, inclusive, era auxiliada pela igreja católica.
É por isso que o sistema antropomórfico foi tão difundido socialmente, visto que a
população não estava satisfeita com a fome e a miséria em que vivia, enquanto os burgueses
queriam ascender socialmente a fim de fortalecer o início do seu capital. Por outro lado, a
monarquia desejava manter o seu status quo e continuar governando os países europeus.
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É aqui que surgem, então, duas características fundamentais do Humanismo:
➢ Racionalismo;
➢ Naturalismo.
Isso quer dizer que todos os fenômenos físicos, biológicos e químicos precisam apresentar
uma explicação pautada na própria natureza, evitando um esclarecimento sobrenatural e, é claro,
religioso. Portanto, o racionalismo tomou força e permitiu o desenvolvimento do pensamento
científico que se consolidou na Idade Moderna.
Além desses tópicos, existem outras características fundamentais que determinam o que
foi o Humanismo e como ele contribuiu para o mundo científico que vivemos atualmente, como:
distinção entre música e poesia, marcando uma nova forma de fazer arte; descrição detalhada da
figura humana; descentralização do conhecimento e do poder, que eram controlados pela igreja e
pela monarquia após o sistema feudal.
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CONCLUSÃO
Constitui uma reconquista dos valores da Antiguidade Clássica, podendo ser definido,
enquanto filosofema, como um conjunto de ideais e princípios que, emanando do imo do ser
humano, orientam e valorizam as suas ações nas mais diversas áreas, através de alteados valores
doutrinais, mormente a arte, a ética, a moral, o respeito, a justiça, a honra, o amor, a liberdade e a
responsabilidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rémond, R. (1994). Introdução à História do Nosso Tempo: Do Antigo Regime aos Nossos Dias.
Lisboa: Gradiva Publicações, S.A.
Russ, J. (1997). A Aventura do Pensamento Europeu: Uma História das Ideias Ocidentais. Lisboa:
Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Ltdª.
Machado, A. Tópicos sobre o Pensamento Europeu. [Em Linha]. Lisboa: Universidade Católica
Portuguesa.
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ANEXO
Renascimento Urbano
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