REMA - Ficha Resumo Do Tema-4 - 2019
REMA - Ficha Resumo Do Tema-4 - 2019
REMA - Ficha Resumo Do Tema-4 - 2019
A superfície em que actuam somente tensões normais, designam-se superfícies principais. As tensões
normais que actuam nas superfícies principais designam-se por tensões principais.
O estado de tensão no qual a tensão principal actua na direcção em dois eixos, designa-se por estado de
tensão biaxial ou estado de tensão planar (figura 4.4 a). Estas tensões actuam, por exemplo, nos vasos sob
pressão de líquidos e gazes (figura 4.4 b).
Estuda-se vários tipos de estados de tensão para obter a relação entre as tensões principais e a tensão no
ponto, actuante em qualquer plano que passe no ponto em análise. Estas relações permitem determinar a
maior tensão normal e tangencial no ponto e a posição da superfície na qual elas actuam.
𝟏
𝝉𝜶 = 𝝈 𝒔𝒆𝒏 𝟐𝜶
𝟐
Substituindo 𝝈 por 𝝈𝟏 teremos:
𝝈𝜶 = 𝝈𝟏 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜶 (4.1)
𝟏
𝝉𝜶 = 𝝈 𝒔𝒆𝒏 𝟐𝜶 (4.2)
𝟐 𝟏
onde
𝝈𝜶 = 𝝈𝟏 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜶 + 𝝈𝟐 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶 (4.3)
𝟏
𝝉𝜶 = (𝝈 − 𝝈𝟐 ) 𝒔𝒆𝒏 𝟐𝜶 (4.4)
𝟐 𝟏
Analisemos as formulas (4.3) e (4.4) e formulemos a máxima tensão normal e a máxima tensão
tangencial assim também, a posição do plano da secção péla qual elas actuam.
Coloquemos na fórmula (4.3) a relação trigonométrica já conhecida
𝟏 𝟏
𝒄𝒐𝒔𝟐 𝜶 = (𝟏 + 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜶); 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶 = (𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝜶),
𝟐 𝟐
teremos:
𝟏 𝟏
𝝈𝜶 = (𝝈 + 𝝈𝟐 ) + (𝝈𝟏 − 𝝈𝟐 )𝒄𝒐𝒔 𝟐𝜶.
𝟐 𝟏 𝟐
se
𝜶=𝟎 𝝈𝜶 = 𝝈𝟏 = 𝝈𝒎𝒂𝒙
(4.5)
Se
𝜶 = 𝟗𝟎° 𝝈𝜶 = 𝝈𝟐 = 𝝈𝒎𝒊𝒏
Conclui-se que a tensão principal tem o seu valor máximo e mínimo em todos tensões normais
que actuam por superfície de planos que passa por um ponto.
Da fórmula (4.4) conclui-se que
𝜶 = 𝟎 𝒆 𝜶 = 𝟗𝟎° 𝝉𝜶 = 𝟎,
Se
𝜶 = 𝟒𝟓°
𝟏 (4.6)
𝝉𝜶 = 𝝉𝒎𝒂𝒙 = (𝝈 − 𝝈𝟐 )
𝟐 𝟏
Note-se que na superfície perpendicular a 𝜶 ,
Se for seleccionada num dos pontos do corpo que se encontre em estado de tensão volumétrica um cubo
elementar no qual nas faces actuam tensões principais 𝝈𝟏 ≥ 𝝈𝟐 ≥ 𝝈𝟑 . Determinemos a tensão normal e
tangencial duma das áreas paralelas a uma das tensões principais (figura 4.10)
Da condição de equilíbrio das superfícies das partes do cubo pode se definir que a tensão que actua na
superfície não depende da tensão principal paralela que realizada na superfície.
Fig. 4.10
Conclui-se que para o estado de tensão volumétrico podemos determinar a tensão que actua por superfície
paralela a uma das tensões principais pélas formulas (4.2) e (4.3), resultantes do estado de tensão biaxial.
A tensão máxima tangencial para o estado de tensão volumétrico é calculada péla fórmula:
𝟏 (4.7)
𝝉𝒎𝒂𝒙 =
(𝝈 − 𝝈𝟑 )
𝟐 𝟏
A força 𝝈𝟐 que actua na superfície e normal a superfície forma 𝟒𝟓° com a tensão 𝝈𝟏 (figura 4.11)
Fig. 4.11
Fig. 4.12
Ou
Em que
𝝈𝒙 = 𝝈𝟏 𝒆 𝝈𝒚 = 𝝈𝟐
𝝉𝒙𝒚 𝒂 𝒕𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒂𝒄𝒕𝒖𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒏𝒐 𝒑𝒍𝒂𝒏𝒐
Se não forem conhecidas as tensões principais, mas, forem conhecidas as tensões normais e as tensões
tangenciais na secção transversal da barra, então coloquemos na equação (4.20) as expressões 𝝈𝟏 e 𝝈𝟑 da
fórmula (4.11), teremos: (4.21)
𝝈𝒆𝒒𝒖𝒗. = √𝝈𝟐 + 𝟑𝝉𝟐 ≤ [𝝈𝒕 ]
A hipótese de energia é muito boa e sujeita-se aos materiais experimentalmente dúcteis que possuem as
mesmas características de resistência a tracção e compressão.
Note-se que entre a hipótese de máxima tensão (4.14 ) a hipótese de energia (4.20) diferenciam-se em que
na forma de energia tomam-se em consideração todas tensões principais e na máxima tensão não contamos
com a tensão 𝜎2 .
Hipóteses de resistência Mohr
As hipóteses de resistência por máxima tensão tangencial e energia são muito utilizadas para os materiais
dúcteis, mas eles não tomam em consideração algumas características de resistência dos materiais a tracção
e compressão. Para materiais frágeis, que possuem existentes resistência a tracção e compressão, as
hipóteses apresentadas podem induzir aos cálculos alguns acréscimos.
No resultado de experiências gerais, feitas em diferentes estados de tensão, Mor propôs hipóteses tomando
em consideração diferenças na resistência dos materiais sob tracção e compressão.
A condição de resistência segundo a hipótese de Mor tem a seguinte forma:
𝝈𝒆𝒒𝒖𝒗. = 𝝈𝟏 − 𝒌 𝝈𝟑 ≤ [𝝈𝒕 ], (4.22)
Onde
𝜎𝑅
𝒌= − Para materiais frágeis
𝝈𝒄𝑹
𝜎𝑒
𝒌= 𝒄− Para materiais dúcteis
𝝈𝒆
A fórmula é usada para o cálculo de qualquer vaso (reservatório) de parede fina, de qualquer forma de
revolução com eixo simétrica.
Os reservatórios usuais na técnica são de forma cilíndrica e esféricas.
Fig. 4.15
Em qualquer secção transversal que passa por qualquer ponto, actua a mesma tensão norma de tracção. A
tensão tangencial não existe. Logo:
𝝈𝟏 = 𝝈𝟐 = 𝜎𝑚 = 𝜎𝑡 ; 𝝈𝟐 = 𝟎.
𝐷
O raio de curvatura 𝜌𝑚 = 𝜌𝑡 = .a equação de Laplace (4.24), para um vaso esférico de paredes
2
finas fica:
2𝜎1 2𝜎1 𝑝
+ =
𝐷 𝐷 𝛿
Donde
𝑝𝐷 (4.25)
𝜎1 = 𝜎2 =
4𝛿
A condição de resistência (4.16 ) e (4.20 ) toma-se a seguinte
𝑝𝐷 (4.26)
𝜎𝑒𝑞𝑢𝑣. = ≤ [𝝈𝒕 ]
4𝛿
Para vasos cilíndricos de paredes finas (figura 4.16);