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Ana Raquiela
Manuel Francisco Marques

Problemas Ambientais: Naturais e Antropogénicos, Poluição Atmosférica, Sonora, da


Água e dos Solos

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
1

Ana Raquiela
Manuel Francisco Marques

Problemas ambientais: Naturais e Antropogénicos, Poluição Atmosférica, Sonora, da


Água e dos Solos

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Educação Ambiental e Saúde
Pública, a ser apresentado ao
Departamento de Ciência, Tecnologia,
Engenharia e Matemática, sob orientação
da docente: Msc. Ancha Uazir

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................4

1.1. Objectivos.....................................................................................................................4

1.1.1. Geral......................................................................................................................4

1.1.2. Específicos............................................................................................................4

1.2. Metodologia.................................................................................................................4

2. Conceito do meio ambiente.................................................................................................5

2.1. Tipos de meio ambiente...............................................................................................5

2.2. Problema ambiental......................................................................................................5

2.3. Características dos problemas ambientais....................................................................6

2.3.1. Características de valor.........................................................................................6

2.3.2. Características de ordem.......................................................................................6

2.3.3. Características espaciais........................................................................................6

2.3.4. Características temporais ou dinâmicas................................................................7

2.4. Problema ambiental natural..........................................................................................7

2.5. Problema ambiental antropogénicos...........................................................................7

2.6. Poluição........................................................................................................................8

2.7. Tipos de poluição.........................................................................................................8

2.7.1. Poluição atmosférica.............................................................................................8

2.7.1.1. Causas................................................................................................................9

2.7.1.2. Consequências...................................................................................................9

2.7.1.3. Prevenção........................................................................................................11

2.7.2. Poluição sonora...................................................................................................11

2.7.2.1. Causas..............................................................................................................11

2.7.2.2. Consequências.................................................................................................12

2.7.2.3. Prevenção........................................................................................................13

2.7.3. Poluição da á gua................................................................................................13


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2.7.3.1. Classificação dos poluentes da água...............................................................13

2.7.3.2. Causas..............................................................................................................14

2.7.3.3. Prevenção........................................................................................................14

2.7.4. Poluição dos solos...............................................................................................15

2.7.4.1. Causas..............................................................................................................15

2.7.4.2. Consequências.................................................................................................15

2.7.4.3. Prevenção........................................................................................................16

3. Conclusão..........................................................................................................................17

4. Bibliografia........................................................................................................................18
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1. Introdução
Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão e a
sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas, destacando-se as
seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a difusão da tecnologia
industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a população, o avanço nas
comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de idéias que tem possibilitado o
desenvolvimento dos meios de comunicação social.
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da pressão
das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Em todo o planeta, praticamente não
existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou indireta do homem, como
por exemplo, contaminação dos ambientes aquáticos, desmatamentos, contaminação de lençol
freático e introdução de espécies exóticas, resultando na diminuição da diversidade de habitats
e perda da biodiversidade. As maiores causas de problemas ambientais são: crescimento
populacional, uso insustentável e ineficiente de recursos, a pobreza e a não inclusão dos
custos ambientais da utilização dos recursos nos preços de mercado de bens e serviços.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Descrever os problemas ambientais.
1.1.2. Específicos
 Definir os problemas ambientais;
 Caracterizar os problemas ambientais;
 Diferenciar os problemas ambientais naturais dos antropogénicos;
 Mencionar os tipos de poluição ambiental;
 Listar as causas, consequências e prevenção de cada tipo de poluição ambiental.
1.2. Metodologia
Para a realização deste trabalho baseou-se na consulta de manuais de formato electrónico,
artigos científicos e sem deixar de fora a internet para compilação de informações para o
desenvolvimento do mesmo.
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2. Conceito do meio ambiente

No contexto da Ecologia o meio ambiente refere-se aos “arredores de um organismo


(incluindo as plantas, os animais, micróbios) e factores abióticos em interação” (Ricklefs et
al., 2003)
2.1. Tipos de meio ambiente
Fiorillo (2008), classifica alguns tipos de meio ambiente em natural, artificial, cultural e do
trabalho.
 O meio ambiente natural é aquele que envolve aspectos físicos, como o solo,
subsolo, os mares, rios, a fauna e flora;
 O meio ambiente artificial são “as cidades”, se refere aos espaços urbanos
construídos, que é formado pelo conjunto de edificações e pelos equipamentos
públicos.
2.2. Problema ambiental
Entende-se por impacto ambiental, qualquer alteração significativa no meio ambiente, em um
ou mais de seus componentes provocada pela ação antrópica. Um impacto ambiental é sempre
consequência de uma ação (Peralta, 1997).
No Artigo 1 da Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente do Brasil (CONAMA) No
01 de 1986 impactos ambientais são definidos como “qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das actividades humanas que, direta ou indirectamente, afectam:
 A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 As actividades sociais e econômicas;
 A biota;
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
 A qualidade dos recursos ambientais” (CONAMA, 1986).
Porém, alguns estudiosos do tema criticam essa definição, por ser semelhante à definição de
poluição ambiental. Deve-se ter em mente que a poluição causada por ações antrópicas gera
impactos ambientais, mas nem toda alteração do meio ambiente é causado pela poluição
(Sanchez, 2008).
Segundo a ISO 14001 é toda modificação no meio ambiente, tanto adversa quanto benéfica,
total e ou parcial resultante dos aspectos ambientais de uma organização.
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Os impactos ambientais podem ser entendidos como as alterações que o ser humano provoca
no meio ambiente, sejam elas advindas da inserção, supressão e/ou sobrecarga de elementos
no meio (Sanchez, 2008).
No Glossário de Ecologia da ACIESP (1987), define impacto ambiental como... toda ação ou
atividade, natural ou antrópica, que produz alterações bruscas em todo meio ambiente ou
apenas em alguns de seus componentes. De acordo com o tipo de alteração, pode ser
ecológico, social ou econômico...
2.3. Características dos problemas ambientais
De acordo com Almeida et al. (2017) Os problemas ambientais apresentam varias
características dentre elas destacam–se:
2.3.1. Características de valor
Segundo Peralta (1997), existem dois tipos de características de valor, a saber:
 Impacto positivo ou benéfico: quando uma ação é o resultado de uma melhoria na
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
 Impacto negativo ou adverso: quando uma ação é o resultado de um dano à
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental.
2.3.2. Características de ordem
Em conformidade com Almeida et al. (2017), há dois grandes tipos de impactos ambientais:
os impactos diretos e os indiretos de uma dada ação.
 Impactos diretos são as modificações ambientais que exibem uma relação inicial, de
primeira ordem, com um fator importante. Uma mortandade de peixes, devido a um
derrame de produto tóxico num rio, é um exemplo de impacto direto.
 Impactos indiretos são aqueles que actuam através de uma série de componentes
intermediários do ambiente físico e biológico. Como exemplo poderíamos lembrar as
chuvas ácidas, decorrentes de poluição atmosférica, por óxidos de enxofre, de
nitrogênio, por flúor.
2.3.3. Características espaciais
Segundo Peralta (1997) existem três tipos de características espaciais:
 Impacto local: quando uma ação afeta apenas o próprio local e as proximidades.
 Impacto regional: quando o efeito se propaga por uma área maior à do local onde se
dá a ação.
 Impacto estratégico: quando é afetado um componente ambiental de importância
coletiva ou nacional.
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2.3.4. Características temporais ou dinâmicas


Segundo Peralta (1997), existem quatro tipos de características temporais ou dinâmicas:
 Impacto imediato: quando o efeito surge no instante em se executa a ação e
desaparece com o término dela (por exemplo: o ruído das máquinas).
 Impacto a médio ou longo prazo: quando o efeito manifesta-se após certo tempo de
efetuada a ação (eutrofização das águas).
 Impacto temporal: quando o efeito permanece por um determinado período depois
de efetuada a ação (período de adaptação de um ecossistema a outro, por exemplo, de
águas lódicas -águas correntes- a águas lênticas águas represadas-).
 Impacto permanente: quando uma vez terminada a ação os efeitos não cessam de se
manifestar em um horizonte temporal conhecido (modificação do leito de um rio).
2.4. Problema ambiental natural
O problema ambiental natural é a denominação preferida para fazer referência aqueles riscos
que não podem ser facilmente atribuídos ou relacionáveis à ação humana.
Rebelo (2003), apresenta a seguinte tipologia de riscos naturais: riscos tectônicos e
magmáticos; riscos climáticos; riscos geomorfológicos, os mais típicos, tais quais
ravinamento, de movimentações de massa, como desabamento ou deslizamento e outros
riscos geomorfológicos como os decorrentes da erosão eólica e do descongelamento de neves
de altitude e os riscos hidrológicos.
2.5. Problema ambiental antropogénico
Os problemas ambietais antropogênicos (de anthropos, homem; e gênico, gênese, origem),
são aqueles originados a partir da condição humana de ser social (cultura) e ser econômico
(produção/reprodução da natureza). O homem é responsável por uma série de impactos
ambientais que afetam drasticamente o mundo em que vivemos. Os problemas mais comuns
estão relacionados ao consumo de recursos naturais e produção excessiva de resíduos, o que
resulta na destruição de habitats, poluição e escassez de substâncias essenciais para a vida
como a água. (Dagnino & Junior, 2017)
Uma das consequências mais conhecidas dos impactos causados pelo homem é o aquecimento
global, resultante da emissão de gases associados ao efeito estufa. A queima em larga escala
de petróleo, carvão e gás natural para gerar combustível e eletricidade é um dos principais
causadores do que pode ser o mais grave dos problemas ambientais enfrentados pelo planeta,
o descarte de resíduos proveniente de processos industriais, agricultura, mineração e das
atividades domiciliares. Em geral, parte dos detritos vai parar nos rios, enquanto o restante se
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acumula em lixões e aterros. Em ambos os casos, o lixo contamina solo e água, afetando o
consumo e as plantações. (Dagnino & Junior, 2017)

A atividade humana está relacionada a diversos outros impactos ambientais


negativos, como a erosão, redução da biodiversidade, esgotamento de
recursos, poluição. Por conta disso, é necessário adotar atitudes sustentáveis e
conscientes, que visam preservar a vida e minimizar a destruição do planeta.

2.6. Poluição
Segundo Watanabe (2011), o termo poluição deriva do latim polluere, que significa “sujar”.
Desde os tempos mais remotos, a humanidade polui o planeta dispondo inadequadamente os
resíduos de suas atividades. Contudo, quando a densidade demográfica mundial era pequena
os efeitos dessas interferências sobre a saúde humana eram quase imperceptíveis e o ritmo de
regeneração da natureza era maior que o ritmo da degradação ambiental. Com o acelerado
crescimento populacional, a desordenada expansão urbana, o aumento da produção industrial
e do consumo, os impactos sobre o meio ambiente foram ampliados no mundo todo.
2.7. Tipos de poluição
Existem vários tipos de poluição, dentre os quais destacam-se os seguintes:
2.7.1. Poluição atmosférica
Poluente atmosférico é toda forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade,
concentração, tempo, ou características, e que torne ou possa tornar o ar impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora
ou prejudicial à segurança, ao uso egozo da propriedade e às atividades normais
dacomunidade” . (Noguerira, 2018)
Segundo Nogueira (2018) , os poluentes atmosféricos podem ser classificados da seguinte
forma:
 Poluentes primários: lançados diretamente da fonte de emissão, sendo eles
responsáveis por mais de 98% da poluição do ar dos principais centros urbanos do
mundo.
Exemplos: Monóxido de carbono (CO), óxidos de enxofre (SOx), hidrocarbonetos (HC),
material particulado (MP), e óxidos de nitrogênio (NOx).

 Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera pela reação química entre


poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.
Exemplos: Ozônio (presente em baixas altitudes, troposférico), Ácido sulfúrico (H2SO4),
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Nitratos de peroxiacila(PAN) .
2.7.1.1. Causas
De acordo com Naftal (2017), a poluição atmosférica é o efeito provocado na atmosfera por
diferentes elementos sólidos, líquidos, ou gasosos, provenientes sobretudo da actividade do
Homem. Os problemas mais graves de contaminação do ar surgem nas cidades e áreas com
um grande nível de industrialização, embora cada vez mais se generalizem por todo o planeta,
facto que merece a nossa preocupação. A poluição do ar nas áreas urbano-industriais, ocorre
devido ao:
 Facto de estas regiões serem as que possuem mais focos de poluição, como os escapes
dos automóveis (que emitem grandes quantidades de gases poluentes), os
aquecimentos domésticos, os fumos industriais e outros, os incêndios florestais e as
pulverizações com pesticidas.
 As características climáticas de cada região, a posição geográfica e os ventos
dominantes são outros factores que tambem contribuem para a poluição atmosferica.
2.7.1.2. Consequências
Em conformidade com Naftal (2017), são consequências da poluição atmosférica:
 O smog: surge em situações de nevoeiro, a sua formação é favorecida pelos focos de
poluição, que aumentam o número de núcleos de condensação (poeiras ou partículas
diversas) na atmosfera saturada ou quase saturada. Este fenomeno pode causar
inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em condições de
grande arrefecimento noturno, provoca directamente nas pessoas asma, bronquite,
problemas respiratórios e cardíacos e aumenta a concentração de fumos à superfície.
 As chuvas ácidas: formam-se com a libertação de dióxido de enxofre e de óxido de
azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Esses gases que foram
libertados na atmosfera são levados pelos ventos para as nuvens. A combinação destes
gases com o oxigénio e o vapor de água contido nas nuvens, dá origem a ácido
sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, formam-se as chuvas ácidas.
 O efeito de estufa: uma das consequências da poluição atmosférica é o Efeito de
Estufa. O sol é constituído por radiações ultravioletas, infravermelhos, entre outras
que atravessam a atmosfera, mas nem todas chegam à superfície, pois a mesma
absorve, difunde e reflecte parte dessa radiação (função de filtro). A crescente emissão
de dióxido de carbono é prejudicial, pois o dióxido de carbono, permite a passagem da
radiação solar para terra mas depois funciona como uma barreira, não deixando sair o
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calor que é reflectido pela superfície terrestre, então o calor fica concentrado formando
o efeito de estufa.
 A destruição da camada de ozono: a existência de ozono na estratosfera é vital para
a Terra, pois absorve grande parte da radiação ultravioleta. O ozono é assim
indispensável, protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta, embora ao nível do
solo seja prejudicial para a saúde e para o ambiente. A destruição da camada de ozono
provocada pelo cloro origina variações do clima (aquecimento global) e poderá acabar
com a vida na terra. Actualmente tenta-se substituir os CFC (muito prejudiciais para a
camada de ozono), por outros que não provoquem danos ambientais, pois se a camada
de ozono for destruída será o fim da vida na terra.
 Alterações climáticas: durante as últimas décadas o homem tem transformado as
paisagens e a própria natureza. A poluição atmosférica está a conseguir alterar o clima
do planeta. Toda esta cadeia de problemas põe em perigo o planeta e o próprio
Homem.
 Eutrofização: causado pelo aumento exagerado da concentração de nutrientes e
fertilizantes nas águas, provenientes das indústrias e lavouras, provocando a
proliferação exagerada de organismos aquáticos. As marés vermelhas causadas pelos
dinoflagelados (pirrófitas) se enquadram nesse processo. O excesso de nutrientes
causa a superpopulação de algas e outros organismos aquáticos, ocasionando um
consumo exagerado de oxigênio e redução desse gás nas águas profundas.
 Magnificação trófica: alguns produtos, por não serem biodegradáveis, permanecem
nos ecossistemas e entram nas cadeias alimentares, passando dos produtores aos
consumidores dos diversos níveis. Como apenas cerca de 10% da matéria e energia de
um determinado nível trófico são efetivamente aproveitados pelo nível imediatamente
superior, os componentes de um certo nível trófico têm que consumir uma biomassa
dez vezes maior do que a sua própria. Assim, produtos tóxicos não-biodegradáveis,
como o dimetil-difenil-tricloroetano e o mercúrio, vão passando do ambiente para os
produtores e desses para os consumidores,sempre numa concentração acumulativa e
crescente.
 A Inversão térmica: a camada de ar próxima à superfície do globo terrestre é mais
quente. Sendo ela menos densa ,sobe e à medida que atinge alturas maiores vai
esfriando. Com o movimento do ar as partículas nelas contidas sofrem dispersão. No
inverno podem ocorrer a inversão térmica, isto é, nas camadas próximas do solo fica o
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ar frio e acima dessa camada, o ar quente. Os poluentes liberados na camada de ar frio


não se dispersam. É por isso que, nessas condições, a poluição fica aumentada.
2.7.1.3. Prevenção
De acordo com Naftal (2017), os cientistas têm vindo a apelar para a intervenção dos
governantes e das populações em geral, devido ao agravamento dos problemas relacionados
com a atmosfera. Para combater o smog, as chuvas ácidas, o aumento do efeito de estufa, a
destruição da camada de ozono e alterações climáticas, foram adoptadas medidas de
preservação da natureza, tais como:
 A redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera;
 A utilização de filtros nas chaminés das fábricas;
 A promoção de energias alternativas, não poluentes;
 A utilização de tecnologias limpas;
 A promoção da reciclagem;
 A reutilização de determinados produtos, como por exemplo a utilização de garrafas
de vidro em substituição das de plástico descartáveis;
 A redução na utilização de determinados produtos mais poluentes, como o plástico.
2.7.2. Poluição sonora
A poluição sonora ambiental é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a
forma mais dominante de poluição na sociedade industrializada. “Para fins práticos, o som é
medido pela pressão que ele exerce no sistema auditivo humano. Na medida em que essa
pressão provoca danos à saúde humana, comportamentais ou físicos, ela deve ser tratada
como poluição” (Braga et. al., 2005, p. 208).
2.7.2.1. Causas

Segundo Polon (2021), são algumas das principais causas da poluição sonora:

 Atividades produtivas em locais inadequados, como a instalação de mecânicas,


metalúrgicas, fábricas em locais próximos a moradias;
 Expansão das cidades em direção aos espaços industriais, de modo que as pessoas
ouçam os barulhos das atividades das indústrias;
 Uso de instrumentos antigos, os quais produziam mais barulho ou que já estão gastos
pelo tempo;
 Instalação de bares, escolas, igrejas em locais próximos de moradias;
 Intenso fluxo de veículos por vias urbanas específicas, tornando mais constantes os
ruídos;
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 Equipamentos de segurança devem ser utilizados por pessoas que se expõem aos
ruídos constantemente em suas atividades, como os protetores auriculares.
2.7.2.2. Consequências

De acordo com Polon (2021), esse problema pode trazer muitos transtornos para as pessoas
que estão expostas a ele, inclusive conflitos com aqueles que estão produzindo os ruídos.
Algumas das principais consequências da exposição à poluição sonora são:

 Insônia: a dificuldade de dormir pode estar associada aos ruídos emitidos por ruas
movimentadas, bares, vizinhos, etc;
 Estresse: a exposição constante aos ruídos, bem como as noites mal dormidas, pode
trazer um quadro de estresse para a pessoa;
 Depressão: um processo somatório de exposição aos ruídos, conflitos com as pessoas
que produzem os ruídos, insônia, podem provocar um desgaste tão grande ao ponto de
criar um quadro depressivo;
 Agressividade: assim como ocorre com a depressão, a exposição constante aos ruídos
pode criar um quadro de tensão que desencadeará reações agressivas, chegando até a
violência;
 Perda de atenção e concentração: os barulhos podem tirar o foco da pessoa que está
exposta, causando baixo rendimento no trabalho ou na escola;
 Dores de Cabeça: os barulhos, constantes ou não, podem gerar quadros de dor de
cabeça, especialmente em pessoas mais sensíveis ao som;
 Aumento da pressão arterial: pode ser uma consequência das noites mal dormidas,
somadas ao estresse, e que elevam a pressão da pessoa exposta aos barulhos, causando
adoecimento;
 Cansaço: uma pessoa que não dorme adequadamente pode estar sempre cansada;
 Gastrite e úlcera: podem ser também consequências derivadas dos quadros de
estresse pela exposição aos ruídos;
 Perda de audição e surdez: são situações mais raras, mas que também acontecem.
2.7.2.3. Prevenção

Em conformidade com Polon (2021), todos podem fazer sua parte para que a poluição sonora
seja menor e afecte menos a qualidade de vida das pessoas. Algumas medidas são:

 Perceber quando o barulho emitido pode atrapalhar as pessoas próximas;


 Cuidar com horários limites para produção de ruídos;
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 Não usar instrumentos ou equipamentos antigos ou gastos e que produzam mais


barulho;
 Fechar os vidros do carro ao andar por vias com muito barulho de veículos;
 Ao frequentar locais com música alta, evitar de ficar próximo da caixa de som;
 Se trabalhar em locais com ruído, sempre usar EPI;
 Escolher locais para morar onde não haja indústrias nas proximidades;
 Respeitar o direito ao silêncio das outras pessoas.
2.7.3. Poluição da água

A poluição da água é resultado das alterações de sua qualidade e que a tornam imprópria para
o consumo e prejudicial aos organismos vivos que nela habitam. Como as suas propriedades
são alteradas, a água poluída traz prejuízos ao ambiente natural e ao homem. (Magalhães,
2021)

2.7.3.1. Classificação dos poluentes da água


Segundo Naftal (2017), os poluentes da água são classificados, usando vários critérios, que
são abordados mais abaixo:
De acordo com a origem, pode ser:
 Pontual: no caso de esgotos urbanos, industriais, mistos, de minas.
 Difusa: no caso de drenagem agrícola, águas fluviais, escorrimento de lixeiras.
Segundo a natureza dos contaminantes:
 Agentes químicos : Orgânicos (biodegradáveis ou persistentes): proteínas, gorduras,
hidratos de carbono, ceras, detergentes, óleos, tintas, pesticidas, solventes.
Inorgânicos: ácidos, álcoois, tóxicos, sais solúveis ou inertes.
 Agentes físicos: calor, radioatividade, modificação do sistema terrestre, através de
movimentação de terras ou afins.
 Agentes Biológicos: vírus, algas, bactérias, protozoários e elmintos (platelmintos e
nematelmintos).
2.7.3.2. Causas
Magalhães (2021), afirma que as principais fontes de poluição da água são as actividades
agrícolas, domésticas e industriais.

 Atividades agrícolas: são potencialmente poluidoras porque o uso de pesticidas e


fertilizantes químicos pode infiltrar no solo e atingir o lençol freático; as substâncias
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utilizadas na composição dos fertilizantes e pesticidas podem ser dissolvidas na chuva


e gerar impactos ambientais significativos no ecossistema.
 Atividades industriais: derramamento de petróleo; o derramamento de petróleo pode
afetar espécies animais; a atividade das indústrias gera diversos tipos de resíduos
poluentes que podem ser lançados nos rios e no mar; a exploração petrolífera em
águas subterrâneas ocorre, principalmente, pelo vazamento do petróleo no mar e
geram desastres ecológicos;além do vazamento na fase de exploração, a contaminação
pode ocorrer no transporte ou pelo mau estado dos equipamentos de captação
 Atividades domésticas: esgoto doméstico despejado em corpo da água; uso de
detergentes, os quais potencializam o crescimento do fitoplâncton e algas que, quando
morrem, esgotam a oferta de oxigênio; a contaminação da água também ocorre pelos
resíduos de aterros sanitários mau instalados, lixões a céu aberto e lançamento de
esgoto doméstico nas águas; infiltração do chorume no lençol freático. O chorume é o
lixo em estado líquido, que penetra no solo ou corre diretamente em direção aos rios; a
falta de saneamento básico é outro fator responsável pela poluição das águas. Esgoto
doméstico despejado em corpo da água.
2.7.3.3. Prevenção

Segundo Magalhães (2021), cada cidadão é responsável pelos impactos, positivos ou


negativos, de suas atitudes. Para não contaminar ainda mais as águas, é importante mudar
algumas acções como:

 Não descarte o óleo de cozinha no ralo, guarde o produto em uma garrafa e entregue
para uma cooperativa para que possa ser transformado em sabão;
 Não utilize pesticidas ou herbicidas nas plantas;
 Jogue o lixo sempre em local adequado e amarre bem os sacos antes de pôr na lixeira;
 Não jogue nenhum tipo de material, como sacolinhas plásticas e embalagens, em rios,
lagos e mares;
 Não descarte medicamentos ou outros materiais no vaso sanitário. Algumas farmácias
fazem a coleta de remédios vencidos;
 Reduza o desperdício de água fechando as torneiras ao escovar os dentes, o chuveiro
durante o banho, entre outras;
 Evite a erosão do solo promovendo a cobertura vegetal nos locais com essa tendência;
 Use menos produtos químicos para limpar a casa. Opte por produtos biodegradáveis.
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2.7.4. Poluição dos solos

O solo é considerado poluído quando contém substâncias que, nele introduzidas, alteram as
suas propriedades. Essas substâncias prejudicam a vida das plantas, dos animais e do homem.
São denominadas poluentes e podem ser originadas de resíduos de todo tipo de atividade
humana. (Bardin, 2021)

2.7.4.1. Causas

Segundo Bardin (2021), as causas mais visíveis de poluição do solo são:

 A deposição direta de lixo e outros dejectos humanos e animais, sem qualquer tipo de
cuidado;
 Os resíduos industriais levados pelo ar e pela água podem também ser absorvidos pelo
solo, causando poluição e problemas graves de saúde à população envolvida;
 O uso de insecticidas agrícolas provoca poluição do solo;
 Utilização indiscriminada de insecticidas e adubos químicos altamente tóxicos na
lavoura, prejudicando seres humanos, animais e plantas.
2.7.4.2. Consequências

Após a aplicação de alguns tipos de agrotóxicos na lavoura, como os insecticidas clorados, o


solo se torna contaminado. As minhocas, ao se alimentarem de folhas mortas e partículas de
solo, acumulam essas substâncias em seus organismos. Ao servirem de alimento para as aves,
como as galinhas, por exemplo, transferem grandes quantidades desse veneno. O lixo
contamina o solo, principalmente porque com ele chegam muitas substâncias químicas
misturadas que, aos poucos, infiltram-se no solo, acumulando-se por longos períodos. Quando
vêm as chuvas, as coisas pioram; o lixo e os produtos químicos serão transportados por longas
distâncias, contaminando o solo e a água por onde passam. (Bardin, 2021)

O lixo acumulado libera gás metano, que é inflamável e de cheiro desagradável. Algumas
pessoas queimam o lixo para tentar eliminá-lo, mas isso produz gases poluentes e não é uma
boa solução. (Bardin, 2021)

2.7.4.3. Prevenção

Cabe às autoridades manter campanhas educativas permanentes, que esclareçam a população


sobre os perigos implicados e os hábitos de higiene, além de, por seu lado, adotar medidas de
destinação correcta do lixo e dos esgotos, com o devido tratamento. (Bardin, 2021)
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Actualmente, materiais como papel, vidro, alumínio e plástico estão sendo retirados do lixo
para serem reciclados e transformados em objectos úteis, mas nem todas as pessoas têm o
hábito de separar esse material do lixo orgânico e, por isso, muito se perde nas lixeiras. O
maior problema da humanidade é dar fim ao lixo, como garrafas, copos e utensílios de
plástico, pilhas, baterias e outros materiais que demoram muito para se decompor. Muitas
pesquisas têm sido realizadas visando evitar ou pelo menos diminuir bem a utilização de
insecticidas na lavoura e a consequente poluição do solo. (Bardin, 2021)
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3. Conclusão

Acerca dos impactos ambientais, podemos evidenciar que estes são consequências de atitudes
não pensadas por parte do homem. O ser humano actua como grande transformador da
natureza, ocasionando inúmeros entraves para o meio ambiente, que são chamados de
impactos ambientais. Podemos evidenciar ainda que estes são responsáveis por grande
destruição tanto da fauna, quanto da flora, infelizmente.

Qualquer actividade que o homem exerção no meio ambiente provocará um impacto


ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na grande
maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do ambiente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão directamente relacionados com o aumento
crescente das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos
recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo. Percebemos,
portanto, que não apenas as grandes empresas afectam o meio, nós, com pequenas atitudes,
provocamos impactos ambientais diariamente. Dentre os principais impactos ambientais
negativos causados pelo homem, podemos citar a extinção de espécies, inundações, erosões,
poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do
efeito estufa e destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, o aumento do número
de doenças na população e em outros seres vivos e afecta a qualidade de vida.

Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor


quantidade, também acontecem. Ao construirmos uma área de proteção ambiental,
recuperarmos áreas degradadas, limparmos lagos e promovermos campanhas de plantio de
mudas, estamos também causando impacto no meio ambiente. Essas medidas, no entanto,
provocam modificações e alteram a qualidade de vida dos humanos e de outros seres de uma
maneira positiva.
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4. Bibliografia

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