Malheiros-2011 - Metodologia-V.3.2
Malheiros-2011 - Metodologia-V.3.2
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Resumo/resenha
Apresentação
Estrutura da obra
O livro é composto por doze capítulos, distribuídos por 244 páginas, seguindo to-
dos os mesmos passos de desenvolvimento que passam por: contextualização, estudo de
caso, conceitos para entender a prática, exercício de aplicação, sugestão de debate, resu-
mo executivo e teste de conhecimento.
Índice
Apresentação................................................................................................................................2
Estrutura da obra..........................................................................................................................2
1 Descrição do conteúdo..............................................................................................................3
1.1 Capítulo 1 – As Diversas Formas de Compreender o Mundo..............................................3
1.2 Capítulo 2 – A Pesquisa Científica em Educação................................................................4
1.3 Capítulo 3 – Construindo um Problema de Pesquisa...........................................................7
1.4 Capítulo 4 – O Projeto de Pesquisa.....................................................................................9
1.5 Capítulo 5 – Procedimentos Técnicos de Pesquisa............................................................10
1.5.1 Pesquisa bibliográfica.................................................................................................10
1.5.2 Pesquisa documental...................................................................................................11
1.5.3 Pesquisa de levantamento...........................................................................................12
1.5.4 Pesquisa narrativa.......................................................................................................12
1.5.5 Estudo de caso............................................................................................................12
1.5.6 Estudo de campo.........................................................................................................13
1.5.7 Pesquisa experimental.................................................................................................13
1.5.8 Etnografia...................................................................................................................14
1.5.9 Estudo de coorte..........................................................................................................14
1.5.10 Pesquisa ex-post facto...............................................................................................15
1.5.11 Pesquisa-ação............................................................................................................15
1.5.12 Pesquisa participante.................................................................................................16
1.6 Capítulo 6 – Construção do Referencial Teórico...............................................................16
1.7 Capítulo 7 – Coletando Dados Quantitativos....................................................................19
1.8 Capítulo 8 – Analisando Dados Quantitativos...................................................................22
1.8.1 Escalas de dados.........................................................................................................22
1.8.2 Estatística....................................................................................................................23
1.8.3 Apresentação de dados................................................................................................23
1.9 Capítulo 9 – Coleta de Dados Qualitativos........................................................................24
1.9.1 Observação.................................................................................................................24
1.9.2 Entrevista....................................................................................................................26
1.10 Capítulo 10 – Analisando Dados Qualitativos.................................................................27
1.11 Capítulo 11 – Elaborando o Relatório Final....................................................................29
2 Capítulo 12 – Resumo das Principais Normas da ABNT.........................................................30
3 Análise crítica da obra.............................................................................................................31
4 Recomendação da obra............................................................................................................31
5 Identificação do autor..............................................................................................................32
6 Bibliografia..............................................................................................................................32
Há diferenças enormes na forma de perceber uma mesma questão por diferentes grupos
sociais, havendo influência de senso comum, ciência, religião.
Neste capítulo, o autor destaca como objetivos: 1. Compreender o que são formas
de leitura da realidade; 2. Conhecer os principais modelos usados para explicar a reali-
dade; 3. Diferenciar conhecimento oriundo do senso comum do conhecimento científi-
co; 4. Perceber que a ciência não pode dar todas as respostas, mas é o caminho adotado
pela cultura ocidental para explicar fenômenos e fundamentar avanços tecnológicos.
A ciência busca relacionar causas e consequências dos fenômenos por métodos ri-
gorosos, sendo que a leitura do mundo pela ótica da ciência está ligada ao chamado mé-
todo científico e ao rigor da linguagem científica. O autor cita e explica as etapas do
método científico: observação do fenômeno, formulação de hipóteses, experimentação e
generalização.
A pesquisa em educação – bem como nas demais ciências humanas e sociais – ca-
racteriza-se pela compreensão genuína do fenômeno, não das aparências.
Sendo a educação uma área muito abrangente, o que pesquisamos são seus cam-
pos específicos de investigação – filosofia da educação, sociologia da educação, psico-
logia da educação, história da educação e didática.
O pesquisador da educação deve ser uma pessoa curiosa e criativa (atributos pes-
soais), estando além disso envolvido academicamente com o tema (atributos profissio-
nais), sendo indispensável para o desenvolvimento do trabalho uma atitude séria, o cum-
primento de métodos e a capacidade de encarar e aceitar a eventual negação de seus va-
lores e crenças.
4. Método Dialético: tem por princípio a contradição de ideias, sendo seus prin-
cipais elementos - a tese (uma afirmação), a antítese (negação da tese) e a
síntese (resultante do confronto entre tese e antítese).
O trabalho científico pode ser avaliado pela perspectiva política (busca compreen-
der a importância do estudo e seus impactos na sociedade) e pela perspectiva formal (o
trabalho científico é analisado pela ótica de seu rigor metodológico).
1. Científico – isto é, passível de ser resolvido pela razão, por métodos ade-
quados
Assuntos, temas e problemas são termos diferentes mas mantêm estreita relação:
Entende-se por objetivo final o próprio propósito da pesquisa, onde se espera che-
gar ao final do trabalho. Os objetivos específicos representam os passos a serem cumpri-
dos para se chegar ao objetivo final.
2. verificabilidade
3. simplicidade
4. relevância
5. apoio teórico
6. especificidade
7. clareza
Relevância do problema – razão de ser da pesquisa. Deve explicar por que o pro-
blema tem importância e merece ser estudado.
1. definição do problema
4. desenho da metodologia
6. construção do cronograma.
5. Cronograma: como a pesquisa será construída na linha do tempo. Deve ser apre-
sentado de forma gráfica ou em tabela, facilitando o entendimento.
7. Anexos: não são obrigatórios, mas podem ser incluídos no projeto. Ex. : questio-
nários, roteiros de entrevistas, relação de entrevistados, lista de fontes de docu-
mentos a serem usados, processos de trabalho.
Procedimentos técnicos relacionam-se com a forma pela qual os dados serão cole-
tados. Uma pesquisa pode usar diversos procedimentos técnicos, que devem ser explici-
tados na metodologia do trabalho.
1. Definir o problema
2. Identificar os documentos
3. Analisar os documentos
Podem surgir limitações, como: falta de tempo para a coleta de informações; difi-
culdade de acesso a pessoas ou lugares; necessidade de investimento financeiro para
deslocamento; possibilidade de falta de colaboração de pessoas que possam fornecer in-
formações.
Estudo de caso é um tipo de pesquisa que se tem tornado popular em ciências so-
ciais. Surgiu na década de 1920 como um método de ensino em que os alunos eram con-
vidados a chegar a uma conclusão com base num problema real ou hipotético. É tam-
bém conhecido como “método baseado em problemas”. Consiste em pesquisar uma si-
tuação específica para compreender determinada relação de causa e efeito.
Pesquisa experimental – precisa criar e controlar a situação que trará seus dados
para trabalho. Uma experiência é realizada com todas as possíveis variáveis controladas,
sendo que seu resultado deve responder ao problema proposto. Como consequência do
positivismo que orientou a ciência até meados do século passado, a experimentação é
uma técnica que tem alcançado resultados notáveis, reconhecidos pelas sociedades, de
modo especial nas ciências exatas e naturais. Espera-se que a pesquisa experimental ex-
plique as causas e consequências de determinadas questões. Há autores que afirmam
que não existe ciência sem experimentação, o que é refutado por Chizzotti (2008), citan-
do o exemplo da Astronomia.
1.5.8 Etnografia
Foi usada por antropólogos para estudo de sociedades específicas (tribos indíge-
nas, grupos isolados das comunidades conhecidas). Passou a incorporar há pouco o ar-
cabouço teórico-metodológico das pesquisas em educação.
Pesquisa ex-post facto – (ex-post facto = “após o fato passado”) trabalha com
acontecimentos passados, procurando entender a relação entre causas e consequências.
O pesquisador não tem controle algum sobre as variáveis, já que os fatos ocorreram
quando do levantamento de dados. Característica mais forte: total impossibilidade de in-
tervenção do pesquisador. Na verdade, toda pesquisa ex-post facto é também um estudo
de caso.
Há autores que acreditam ser possível realizar esse tipo de pesquisa sem se basear
em inferências, especialmente em ciências naturais e exatas. Outros já consideram que,
como o fato já ocorreu, qualquer proposta de esclarecimento é uma inferência em maior
ou menor grau, com maior ou menor probabilidade de estar correta.
1.5.11 Pesquisa-ação
O referencial teórico é um resgate de tudo o que for mais relevante e atual na área
a ser pesquisada. Lendo o referencial teórico, o pesquisador – ou quem se interessa
pela pesquisa – deve entender o “estado da arte” daquele assunto, não somente pela cita-
ção coordenada de pontos de vista, mas pelo confronto de ideias.
Há três tipos possíveis de fichas que podem ser elaboradas para auxiliar o proces-
so de pesquisa:
1. ficha bibliográfica
2. ficha de assunto
Critérios para escolha de fontes bibliográficas – deve-se prezar pela qualidade das
fontes. As principais são: livros; artigos publicados em revistas científicas ou em sites
especializados; dissertações de mestrado; teses de doutorado.
Para evitar tais erros, pode-se retornar à ficha bibliográfica apresentada no capítu-
lo 5, estruturando uma matriz de concordância e discordância por assunto.
Malheiros cita que Moreira e Caleffe (2008) destacam quatro grandes benefícios
no emprego de questionários: uso eficiente do tempo; anonimato do participante; possi-
bilidade de grande retorno; padronização de perguntas.
3. Questões por escala (possuem duas formas de serem desenvolvidas: pelo grau de
concordância com uma informação ou pela avaliação de uma informação). Nor-
Frequentemente, é inviável trabalhar com toda uma população, sendo então possí-
vel utilizar amostras. População é o grupo específico na totalidade; amostra é parte re-
presentativa desse grupo.
É importantíssimo considerar que nem todos os dados poderão ser analisados se-
gundo um único modelo. Deve-se identificar a maneira mais adequada para a análise
das questões, dentro da realidade da pesquisa e da pergunta formulada.
Nesse tipo de pesquisa, os dados colhidos são muitas vezes convertidos em esca-
las, que podem ser nominais, ordinais, intervalares ou de razão.
• Escalas ordinais: como o nome diz, as variáveis podem ser ordenadas, porém
não explicitam a distância entre elas.
1.8.2 Estatística
• Média: é a soma dos valores apresentados dividida pelo seu número total.
• Mediana: é o ponto que separa 50% dos valores mais baixos dos 50% mais altos.
Apresentação de dados de questões com apenas uma opção – pode-se usar somen-
te o percentual, destacando a participação de uma opção no todo.
A escala Likert não permite interpretação por análises estatísticas, pois não é pos-
sível identificar o intervalo entre as opções. Já a escala numérica permite.
A análise desses dados pode ser feita de várias maneiras: a descritiva (descreve
detalhadamente os dados), a categórica (inclui os dados em categorias) e a relacional
(busca a lógica nas respostas ou a relação que se estabelece entre elas).
A coleta de dados qualitativos não se deve levar pela subjetividade. Por isso, exige
muito rigor do pesquisador, que deve procurar a maior neutralidade e isenção possíveis.
Neste tipo de pesquisa, os dados tendem a ser mais impregnados da história pessoal de
quem coleta os dados do que na pesquisa quantitativa.
1.9.1 Observação
Vianna (2007) cita cinco dimensões para a observação: oculta x aberta; participan-
te x não participante; sistemática x não sistemática; in natura x em laboratório; auto-
observação x observação de outros.
Moreira e Caleffe citam quatro métodos que facilitam a futura análise de dados:
narrativa ou registro contínuo; contagem frequente; método do intervalo; método de du-
ração.
A parte descritiva da observação procura relatar o que foi visto realmente, sem im-
pressões do pesquisador. As impressões constituirão a parte reflexiva da observação.
Na parte descritiva, devem ser coletados dados para: descrição dos sujeitos; re-
construção de diálogos; descrição de locais; descrição de eventos especiais; descrição de
atividades.
Há cinco questões que não podem deixar de ser coletadas numa observação: a des-
crição da ocorrência; os elementos esquecidos e relembrados posteriormente; as análises
e inferências; as impressões e os sentimentos; as notas para futuras informações.
Deparando-se com dados coletados por observação, o leitor deve ser capaz de di-
ferenciar a descrição do fato das impressões do pesquisador.
1.9.2 Entrevista
A entrevista é uma das técnicas mais usadas para coletar dados, tanto em educação
como em todas as ciências humanas e sociais. Mas a entrevista científica não pode ser
feita ao acaso: exige método rigoroso para que se possa analisar os dados.
Moreira e Caleffe (2007) sugerem outros tipos: entrevista informal, entrevista et-
nográfica (orientada para entender um grupo específico) e entrevista pela história oral.
O registro da entrevista pode ser feito por anotação pelo próprio pesquisador, por
gravação ou por filmagem, cada qual com pontos a favor e contra.
Principais desvantagens de uma entrevista: tempo, que pode ser longo demais; di-
ficuldade de encontrar local adequado; receio do entrevistado em se expor; possibilida-
de de o entrevistador dar as respostas que julga que o pesquisador gostaria de ouvir.
Uma mesma realidade objetiva pode ser interpretada de maneiras diferentes por
diferentes pessoas. E é a interpretação que compõe os dados de uma pesquisa qualitati-
va.
O método mais usado para este tipo de análise é a análise de conteúdo, fortemente
ligada ao estabelecimento da psicologia como ciência autônoma – ambas procuram en-
tender a essência do fenômeno pela perspectiva do sujeito. Analisar o conteúdo é enten-
der o que está por trás do que é explicitado nos dados.
Para se realizar uma análise de conteúdo, devemos considerar: quem emite a men-
sagem, para quem se emite a mensagem, qual o meio usado, qual a intenção empregada
e qual o objetivo alcançado.
O relatório final deve apresentar todos os passos dados para a realização do traba-
lho e como se chegou ao resultado.
A estrutura do relatório final: deve estar organizado, de forma geral, em três gran-
des partes:
Para evitar erros de linguagem: utilizar o corretor do editor de texto, ler o trabalho
no mínimo umas três vezes, solicitar revisão de outra pessoa – colega ou revisor profis-
sional.
O autor cita algumas sugestões interessantes para a redação, destacando que o pa-
rágrafo é uma unidade do discurso que tem por finalidade atingir um objetivo e relacio-
na alguns exemplos: parágrafo que explora características espaciais; parágrafo que ex-
Em Anexo, Malheiro apresenta vários modelos que serão de grande utilidade aos
estudantes: modelo de capa, de folha de rosto, de errata, de ficha catalográfica, de folha
de aprovação, de dedicatória, de agradecimentos, de epígrafe, de resumo (com palavras-
chave), de resumo em inglês (com keywords), de sumário, de lista de quadros e figuras,
de bibliografia.
4 Recomendação da obra
Ao longo dos doze capítulos, o autor cumpre apropriadamente a tarefa que se pro-
pôs realizar, atingindo o objetivo desejado.
5 Identificação do autor
6 Bibliografia
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 9a. ed. São Paulo:
Cortez, 2008.