Apostila Hidroterapia
Apostila Hidroterapia
Apostila Hidroterapia
Através de nossa história a utilização da água como meio de cura vem sendo
descrita desde a civilização grega (por volta de 500 a.C.). Escolas de medicina
foram criadas próximas as estações de banho e fontes, desenvolvendo, assim, as
técnicas aquáticas e suas utilizações no tratamento físico específico. Hipócrates já
utilizava a hidroterapia para pacientes com doenças reumáticas, neurológicas,
icterícia, assim como tratamento de imersão para espasmos musculares e doenças
articulares (460-375 a.C.).
Já os romanos utilizavam os banhos para higiene e prevenção de lesões nos
atletas. Esses banhos de temperatura variada evoluíam desde muito quentes
(caldarium) a mornos (tepidarium) até mais frios (frigidarium). Com o tempo, esses
banhos deixaram de ser de uso exclusivo dos atletas e se tornaram centros para a
saúde, higiene, repouso e atividades intelectuais, recreativas e de exercícios, de
acesso a coletividade. Em meados de 330 d.C., a finalidade principal dos banhos
romanos era curar e tratar doenças reumáticas, paralisias e lesões.
Com o declínio do Império Romano, o uso do célebre sistema de banhos
caíram em ruína ao longo de décadas e por volta do ano 500 d.C. foram extintos. Na
idade média, com a influência da religião que considerava o uso das forças físicas e
os banhos de água um ato pagão, teve um declínio ainda maior, persistindo até o
século XV, quando houve um ligeiro ressurgimento.
O uso terapêutico da água, no entanto, começou a aumentar gradualmente no
início dos anos de 1700, quando um médico alemão Sigmund Hahn e seus filhos
defenderam a utilização da água para tratamento de úlceras de pernas e outros
problemas médicos. Essa nova conduta médica passa a chamar-se hidroterapia
que, conforme a definição de Wyman e Glazer, consiste na aplicação de água sob
qualquer forma para o tratamento de doenças.
Baruch cita a Grã-Bretanha como o lugar de nascimento da hidroterapia
científica, com a publicação dos primeiros trabalhos em 1697 por Sir John Floyer
(“AnInquiry into the right use and abuse of hot, cold and temperate buths” – Uma
investigação sobre o uso correto e o abuso dos banhos quentes, frios e
temperados). Baruch acreditava que o tratamento de Floyer tenha influenciado
os ensinamentos da “Heidelberg University”, através do professor Fridrich Hoffmann,
que incluía as doutrinas de Floyer nos seus ensinamentos. Esses ensinamentos
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foram levados para a França e Inglaterra pelo professor Currie, que elaborou vários
trabalhos científicos sobre a hidroterapia. Embora o trabalho de Currie tenha sido
pouco aceito na Inglaterra, o inverso aconteceu na Alemanha. John Wesley, o
fundador do metodismo, escreveu um livro em 1747, enfocando a água como um
meio curativo (“An easy and natural way of curing most diseases” – Uma maneira
fácil e natural de curar a maioria das doenças). Os banhos de vapor quente,
seguidos por banhos frios foram popularizados e se tornaram tradição, na cultura
escandinava e na russa, durante muitas gerações.
Em meados do século XIX o professor austríaco Winterwitz (1834-1912)
fundou uma escola de hidroterapia e um centro de pesquisa em Viena, onde
realizava estudos científicos que estabeleceram uma base fisiológica aceitável para
a hidroterapia naquela época. Seus discípulos, particularmente Kelogg, Brixbaum e
Strasser, trouxeram contribuições importantes para o estudo dos efeitos fisiológicos
do calor e frio e sobre os termorreguladores do corpo na aplicação da hidroterapia
clínica. Tais pesquisas serviram de impulso na instalação dos banhos de turbilhão e
exercícios subaquáticos que entraram em uso regular só no começo do século XX.
Um dos primeiros norte-americanos a dedicarem seus estudos a hidroterapia
foi o dr. Simon Baruch. Realizou seus trabalhos a partir de estudos que fez com o dr.
Wintirwitz, na Europa. Publicou livros como “O uso da água na medicina moderna” e
“Princípios e prática da hidroterapia”. Foi o primeiro professor na Columbia
University a ensinar a hidroterapia.
A partir desta época, a água deixa de ser utilizada de uma forma passiva,
através de banhos de imersão, e começa a ser utilizada de uma forma mais ativa,
empregando a propriedade de flutuação para a realização de exercícios. Em 1898 o
conceito de hidroginástica, que implica o uso de exercícios dentro da água, foi
recomendado por von Reyden e Goldwater. Em 1928, o médico Walter Blount
descreveu o uso de um tanque com turbilhão ativado por motor que ficou conhecido
como “tanque de Hubbard”. Tal invenção foi criada para a execução de exercícios
pelos pacientes na água e, por sua vez, trouxe para a Europa grande
desenvolvimento de técnicas de tratamentos aquáticos, como o método dos
anéis de Bad Ragaz e o método Halliwick(2). No Brasil a hidroterapia científica teve
início na Santa Casa do Rio de Janeiro com banhos de água doce e salgada. Na
época, a entrada principal da Santa Casa era banhada pelo mar (em meados de
1922).
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2.1 Piscina
2.2 Vestiários
Uma instalação bem planejada concede até 1,8 m² de vestiário por pessoa.
Pia, toalete, tomadas para secadores de cabelo, balcões, bancos e armários são
considerados comodidades mínimas. O piso indicado para estas áreas é o
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Este equipamento não tem flutuabililidade, atuam de acordo com sua área de
superfície frontal
1. Devem ser utilizados como auxílio para clientes com muita flutuabilidade ou
na transferência para a terapia em terra.
2. . Para resistência – os movimentos devem ser realizados contra a ação da
gravidade.
3.2 Flutuação
. 3.4 Viscosidade
da resistência periférica, e por essa razão uma queda de PA. Logo, quanto maior a
temperatura da água, menor deve ser o tempo de exposição.
Sistema cardiorespiratorio.
• Reeducação respiratória;
5.1 Indicações:
• Edemas de extremidades
• Desvios da marcha
• Diminuição da mobilidade
• Contraturas articulares
• Disfunções posturais
• Habilidades diminuídas
• Infecções transmitidas pela água tais como febre tifóide, cólera, poliomielite,
bem como as doenças infecciosas especialmente relacionadas com crianças (
SKINNER)
• Clientes com capacidade vital inferior a 1 litro
• Incontinência fecal e urinária
• Epilépticos não controlados
• Qualquer tipo de feridas, ulceras aberta, etc devem ser cobertas por
bandagem apropriada para o meio.
• Insuficiência cardíaca não controlada
• Doenças vasculares periféricas
• Doenças renais nas quais o paciente tenha dificuldade de ajustar-se a perdas
hídricas.
6.1 Características:
• Uso das propriedades da água como turbulência e flutuações são usadas
como suporte.
• Executar movimentos anatômicos, biomecânicos e fisiológicos das
articulações e músculos em padrões funcionais.
• Trabalhar com o paciente individualmente.
6.2 Equipamentos:
• Colar cervical
• Flutuador pélvico
• Flutuador de tornozelos.
6.3 Objetivos
6.6 Técnica
6.6.1 Isotônica
6.6.2 Isocinética
6.6.3 Passiva
6.6.4 Isométrica
6.7.1 Indicações:
• Condições ortopédicas e neurológicas, por exemplo pré e pós operatório,
após fratura artrite reuamatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante.
• Pacientes de cirurgias torácica, cardíaca e mamária. - Condições
neurológicas Paraplegia
• Hemiplegia - Parkinson (com cautela).
• Condições neuromusculares - fortalecimento leve. - Lesões M.M.S e M.M.I.
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7.1.1 Indicações
8.1 Objetivos
• Relaxamento.
• Questões relacionadas aos músculos, como dores e também no aumento do
desempenho muscular.
• Questões relacionadas a problemas na coluna vertebral.
• Questões psicológicas, como ansiedades e estresse possuem grandes
resultados com a watsuterapia, aliado a psicologia.
• O trabalho com a gestação é muito interessante, proporcionando uma
gestação tranqüila, segura e reforçando o auxilio e o resgate do trabalho
natural do parto - gestantes. Obs: Atualmente desenvolvo um trabalho de
pesquisa a respeito da gestação natural e parto natural.
• O trabalho com crianças vêm para demonstrar a sabedoria e facilitar no
desenvolvimento físico e psicológico da criança.
• O trabalho com idosos, só vem reforçar os benefícios do watsu, já que está
ajuda no condicionamento e em diversas questões da saúde que se faz
presente na dita 3º idade.
8.2 Técnica
O Watsu foi criado inicialmente para fins de relaxamento, sendo hoje utilizada
também para auxiliar o tratamento de várias desordens neuromusculares e músculo-
esqueléticas. A técnica tem como objetivo geral promover o profundo relaxamento,
aliviando as tensões físicas e psíquicas geradas pelo estresse do cotidiano.
Podemos citar também alguns objetivos específicos, como o alivio da dor muscular e
articular, aumento da flexibilidade, funcionalização do tônus muscular, entre outros.
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A água aquecida junto da flutuação faz com que a noção de limite e da forma
do corpo esteja alterada, o que promove o relaxamento. Observando os princípios
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físicos da água, como por exemplo, as seguintes leis: densidade, empuxo, pressão
hidrostática, inércia, ação e reação e flutuação. Analisando esses princípios e unindo
suas características, entendemos as qualidades terapêuticas da água. Um dos
principias conceitos é a flutuação, que facilita o relaxamento muscular, a perda de
tônus muscular, a descompressão da articulação e reduz a exigências do oxigênio,
já que no estado de leveza que se atinge dentro da água, as exigências de oxigênio
do corpo são diminuídas drasticamente, o que induz ao estado de calma e
meditação.
9.1 Osteoporose
9.1.1 Objetivos
1. Alívio da dor;
2. Melhora da mobilidade;
3. Auxílio para enfrentar os efeitos psicossociais da doença;
4. Prevenção de perdas ósseas adicionais, tendo em vista a redução do risco de
fratura.
9.2 Osteoartrite
10.2 Fibromialgia
• Alongamento muscular;
• Fortalecimento de grupos musculares específicos;
• Relaxamento;
• Exercícios respiratórios;
• Reeducação postural.
11.2 Técnica
11.3 Indicações
• Febre acima de 38 º;
• Traumas recentes em músculos e ligamentos;
• Tendência para labirintitis, hiper sensibilidade no canal auditivo;
• Incontinência intestinal e da bexiga;
• Feridas abertas;
• Doença contagiosa através da água e do ar;
• Hiper sensibilidade a produtos químicos utilizados na manutenção da água da
piscina;
• Infecção grave no sistema gênito urinário;
• Serio comprometimento do sistema cardiovascular.
REFRÊNCIAS
http://www.aquabrasil.info/hidroterapia.shtml
http://www.fisiovale.com.br/hidroterapia.html
http://www.pucrs.br/reabilitacao/fisio-aqua.php