O Papel Da Auditoria Interna Nas Instituicoes Publicas
O Papel Da Auditoria Interna Nas Instituicoes Publicas
O Papel Da Auditoria Interna Nas Instituicoes Publicas
Índice
LISTA DE TABELAS...............................................................................................................v
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................vi
LISTA DE GRAFICOS...........................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS...............................................................................................viii
DECLARAÇÃO.......................................................................................................................ix
DEDICATÓRIA........................................................................................................................x
AGRADECIMENTO................................................................................................................xi
RESUMO.................................................................................................................................xii
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO..............................................................................................13
1.1 Introdução.......................................................................................................................13
1.2 Objectivos do Trabalho..................................................................................................14
1.2.1 Objectivo geral.........................................................................................................14
1.2.2 Objectivos específicos.............................................................................................14
1.3 Justificativas...................................................................................................................14
1.4 Definição do Problema de Pesquisa...............................................................................15
1.5 Estudo de Hipóteses.......................................................................................................15
1.6 Estrutura do trabalho......................................................................................................15
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................17
2.1 Introdução.......................................................................................................................17
2.2 Auditoria.........................................................................................................................17
2.2.1 Evolução Histórica da auditoria...............................................................................17
2.3 Auditoria interna.............................................................................................................18
2.3.1 Evolução histórica da auditoria interna...................................................................18
2.3.2 Conceitos.................................................................................................................19
2.3.3 Normas de auditoria interna.....................................................................................19
2.3.4 Objectivo da Auditoria interna................................................................................20
2.3.5 Papel, e Importância da auditoria interna................................................................21
2.3.6 Princípios do auditor interno....................................................................................23
2.3.7 Fases do processo de auditoria interna....................................................................23
2.4 Tipos de auditoria interna...............................................................................................26
2.5 A estrutura organizativa do serviço de Auditoria Interna..............................................28
2.6 Independência em auditoria interna................................................................................29
iv
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRAFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, resulta da minha investigação
e sob orientação do meu Supervisor. Esta é a primeira vez que submeto numa instituição
Académica para obter o grau Académico de Licenciatura em Contabilidade com habilitação
em Auditoria.
Nampula, aos ______ de Abril de 2015
Nome do Autor
______________________________________________
(Sergio Alfredo Macore)
Nome do Supervisor
x
_____________________________________________
(--------------------------------)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe e meu irmão, por acreditarem na minha capacidade
profissional e me dar todo o apoio emocional para o desenvolvimento e conclusão deste
curso.
xi
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar agradeço à Deus por me dar o dom de vida e a capacidade de superar todas
as dificuldades e barreiras encontradas.
Aos meus pais, pela dedicação e confiança durante toda a caminhada.
Aos meus irmãos, cunhados tios e sobrinhos e primos que de uma forma ou outra me
transmitiram força e confiança em todos os momentos.
Aos meus parentes, amigos e colegas que lutamos juntos durante todo o percurso sempre com
o mesmo objectivo.
Ao meu supervisor pela sua orientação e todos os professores que contribuíram para que o
meu objectivo fosse atingido.
A todos que deram o seu contributo, respondendo os questionários.
xii
RESUMO
A auditoria interna é uma actividade independente ancorada à administração da empresa, com
vista a acrescentar valor à organização nela inserida, observando o funcionamento dos
controlos internos existentes. É uma actividade importante para qualquer empresa, por ser a
única que tem acesso a todas as outras áreas da empresa.
Cada vez ela torna-se mais importante, pois o mundo encontra-se em constante
desenvolvimento e as empresas acompanham esse desenvolvimento ampliando as suas
actividades, ou dimensão.
O objectivo do estudo foi analisar o papel da auditoria interna nas instituições públicas,
identificando os seus benefícios e importância.
Realizou-se um estudo bibliográfico e estudo de caso no gabinete do Governador de
Nampula, através de questionários que foram distribuídos aos responsáveis de cada
departamento.
xiii
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
Baseado nos esclarecimentos feitos, pode-se ainda destacar como objectivos específicos:
1.3 Justificativas
Em uma organização moderna, em que se exige que seus vários sectores façam parte de um
único todo, reunindo esforços colectivos para alcançar melhores resultados, torna-se
inconcebível a inexistência de um sector atento às oportunidades de melhorias que possam,
eventualmente, surgir. Os administradores responsáveis pelos seus sectores, porém, sem
tempo disponível ou mesmo condições técnicas para verificar in loco o que se passa com as
pessoas, procedimentos e valores sob sua supervisão, necessitam se certificar de que tudo
funciona de acordo com o planejado. Por estas razões, a actividade de auditoria interna
passou a fazer parte de uma organização moderna.
Os auditores internos podem estar numa situação única para ajudar as suas empresas a
eliminar desperdícios, simplificar tarefas e reduzir custos, e também avaliar as políticas,
planos, procedimentos e normas legais em vigor e detectar os desvios de sua aplicação pela
organização. É neste contexto que a auditoria interna se constitui como uma função de apoio
à gestão, auxiliando a organização a alcançar seus objectivos.
Contudo, o controle administrativo ficou mais complexo com o crescimento das empresas,
tanto em tamanho como em diversificação de actividades. Em face disto, aumentou a
xvi
H0: É provável que, a auditoria interna fortalece o posicionamento das instituições, além de
permitir uma efectiva transformação organizacional para melhor.
H1: A auditoria interna tende a harmonizar o processo de gestão, pois serve como um suporte
estratégico para tomadas de decisões gerências.
Para uma melhor percepção e análise, o trabalho está estruturado em cinco capítulos. Sendo
que a parte pré-textual do trabalho apresenta primeiro a lista de tabelas, abreviaturas, depois a
declaração, dedicatória, agradecimentos e resumo do trabalho. No capítulo introdutório é
apresentada a introdução, os objectivos do estudo: geral e específicos que se esperam
alcançar e a justificativa. Depois, é apresentada a definição do problema de pesquisa, a
hipótese de estudo e a delimitação do estudo. No segundo capítulo é apresentada a revisão da
literatura, onde diferentes autores apresentam os principais delineamentos acerca do papel da
auditoria interna nas Instituições públicas. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia
da pesquisa, onde foi evidenciada a classificação da pesquisa, fontes de dados, universo e
amostra, dados da pesquisa, o plano de colecta de dados e por fim instrumentos usados para a
colecta de dados. O quarto capítulo apresenta uma breve apresentação do cenário actual da
empresa em análise e faz análise, apresentação e interpretação dos dados dos inquiridos, e
avaliação das hipóteses formuladas para a pesquisa. No último capítulo é apresentada
xvii
2.1 Introdução
Este é o capítulo no qual se abordam tópicos relacionados com a auditoria interna entre os
quais o seu conceito, caracterização, importância, objectivos, normas, entre outros.
Sendo que a auditoria interna é uma ramificação da auditoria externa inicia-se com a
auditoria externa, seus conceitos e evolução, e assim se enfocar na auditoria interna.
xviii
2.2 Auditoria
2.2.1 Evolução Histórica da auditoria
Segundo Pinheiro (2010, p. 23) a palavra auditoria deriva do Latim “Audire”, aquele que
ouve. O verbo “to audire”, quer dizer examinar, certificar
Segundo Costa (2010, p.55) a auditoria surgiu na Grã-Bretanha no século XIX (como
consequência da revolução industrial) onde publicaram as primeiras normas de relato
financeiro e de auditoria. Em 1854 foi criada The Society of Accountants in Edinburgh que
em 1951 deu origem ao actual The Institute of Chartered Accountants of Scotland, primeiro
organismo profissional de contabilistas e auditores a nível mundial.
Segundo Attie (1998, p.25), auditoria interna é uma especialização contábil voltada a testar a
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de expressar uma
opinião sobre determinado dado.
Segundo Morais e Martins (2003, p. 60) o conceito da auditoria interna tem evoluído ao
longo dos anos devido ao seu rápido crescimento e fácil aceitação.
Morais e Martins (2003, p.60) evidencia que existem indícios de que se praticavam certas
formas de auditoria interna nas antigas civilizações e que nos estados feudais e herdades
privadas já existia uma pessoa que tinha por missão inspeccionar os rendimentos das contas
de funcionários e agentes.
“Em 1164, existiam em Itália, auditores profissionais ao serviço da Catedral de Milão, e em
1581, foi criada em Veneza a primeira associação de auditores profissionais com carácter
oficial” (Morais e Martins, 2003, p.60).
2.3.2 Conceitos
A auditoria interna é uma actividade que esteve em constante evolução o que faz com que
haja várias formas de a conceituar e por diferentes autores:
O Institute of Internal Auditors (2009, p. 10) define auditoria interna da seguinte forma:
xx
De acordo com Attie (1992, p.28): “A auditoria interna é uma função independente de
avaliação, criada dentro da empresa para examinar e avaliar suas actividades, como um
serviço a essa mesma organização.”
2.3.3 Normas de auditoria interna
Lello, E. e Lello, J. (1993, p. 825 apud Morais e Martins, 2003, p.32) define norma como:
“princípio que serve de regra; regra; lei; modelo.”
Morais e Martins (2003, p.34) refere que as normas para a prática profissional de auditoria
interna são emanadas pelo IIA que foi fundado em 1941 nos Estados Unidos da América.
Marçal e Marques L. (2011, p. 62) declaram que as normas para a prática profissional de
auditoria interna têm como finalidade aclarar o papel e as responsabilidades dos auditores
internos perante todos os interessados, assim como estabelecer uma base para a orientação e
avaliação da auditoria interna e desenvolver a sua prática.
IIA (2009, p.14) refere:
Segundo Attie (1992, p.29) os objectivos da auditoria interna se resumem nos seguintes:
Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e
os meios utilizados para aferir, localizar classificar e comunicar essas informações;
Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos,
leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios,
e determinar se a organização está em conformidade com as directrizes;
Examinar os meios usados para a protecção dos activos e, se necessário, comprovar
sua existência real;
Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e económica;
xxii
Pode-se claramente verificar que pelas diferentes funções que cada autor atribui a auditoria
interna tem sempre por objectivo final acrescentar valor a organização e ajudar na melhoraria
do funcionamento da organização. Ou seja a preocupação primordial da auditoria interna é
ajudar o máximo a organização onde se encontra inserida.
2.3.5 Papel, e Importância da auditoria interna
Apesar da auditoria interna ter evoluído bastante são ainda poucas as organizações que
compreendem a sua real importância, pois muitas organizações só relacionam a auditoria
interna com os custos e não levam em conta os benefícios.
M. Marques (1997, p.77) afirma:
“(…) a auditoria pode desempenhar um papel muito importante e
constituir um precioso instrumento ao serviço da gestão, atendendo ao
conhecimento profundo e à visão global que podem ter da unidade
económica (da qual também faz parte) e aos contributos que pode dar
para o aperfeiçoamento e modernização sistemática da sua
organização e funcionamento, dos métodos e processos utilizados, da
gestão e, consequentemente, para a melhoria da sua capacidade
competitiva.”
necessidade de delegar essas funções para outras pessoas, auditores internos, que constituem
um cargo de grande relevância.
Segundo Nelson e L. Marques (2011, p.70) a auditoria interna assume particular importância
por observância às seguintes funções:
Concepção, implementação e acompanhamento do sistema de controlo interno;
Avaliação das performances da gestão;
Análise de investimento;
Avaliação de mercado;
Organização de planos estratégicos e previsionais e avaliação de desvios;
Outras análises e estudos económico-financeira;
Auditorias externas.
Morais e Martins (2003, p. 63) definem outras funções da auditoria interna tais como:
Examinar e apreciar a razoabilidade, a suficiência e aplicação dos controlos
contabilísticos, financeiros e operacionais e promover um controlo eficaz a um custo
razoável- relação custo/benefício com base na avaliação do risco;
Verifica até que ponto os activos da entidade estão justificados e livres de ónus bem
como se os processos de governação são adequados;
Avaliar a qualidade e eficácia do trabalho desenvolvido pelos trabalhadores;
Recomendar melhorias no sistema.
A auditoria interna é considerada importante para a organização por ser uma actividade de
suporte a alta administração na perspectiva de acrescentar valor a organização nela inserida.
A melhoria da administração depende de um bom funcionamento da auditoria interna, pois
quanto melhor for o funcionamento mais credibilidade terão as sugestões feitas por ela.
A auditoria interna se torna importante pelo facto de ser uma actividade que tem poder
analisar, apreciar, recomendar e comentar sobre às actividades de negócio que seja útil para
os membros da administração. É ela que verifica o cumprimento das normas e não só,
também identifica áreas que estão sujeitas às correcções ou melhorias.
xxiv
Para um adequado processo de auditoria interna, Morais e Martins (2003,p.91 a 128), indica
as fases que os auditores internos devem seguir:
1 Planeamento
9 Avaliacao da 2 Preparacao
auditoria da auditoria
8 Follow - Up 3 Exame
preliminar
4 Descricao,
analise e
7 Comunicacao
avaliacao do
dos resultados
controlo
interno
5 Exame e
6 Conclusoes e
avaliacao da
recomendacoes
informacao
xxv
2.3.7.1 Planeamento
É necessário para melhor conhecimento da entidade ou área sujeita a auditoria. Para isso o
auditor terá que efectuar deslocações, observações, reuniões, recolha de documentos, pois
essas deslocações dão ao auditor a oportunidade de conhecer as pessoas, a natureza das
operações, ambiente de trabalho, etc. A primeira reunião deve ser com a direcção e no local a
auditar a fim de efectuar o primeiro esboço do trabalho a executar, sem esquecer de fazer
recolha e verificação dos documentos básicos que permitam conhecer e descrever o sistema,
bem como a adequação e eficácia da gestão de risco (Morais e Martins, 2003, p.99).
2.3.7.4 Descrição, Análise e Avaliação do controlo interno
É necessário efectuar uma análise muito detalhada dos procedimentos e sistemas de controlo
da entidade da forma mais racional possível ao realizar a auditoria interna. A auditoria interna
xxvi
estuda e avalia de controlo interno existentes em cada área serve como base de confiança e
para determinar os procedimentos de auditoria a serem aplicados.
É executada após se ter avaliado o controlo interno e se ter avaliado novamente o risco e
reajustado o programa de auditoria preliminar (Morais e Martins, 2003, p.101).
2.3.7.6 Conclusões e recomendações
Após ter efectuado a avaliação da eficácia do controlo interno, tendo sempre presente a
análise do risco e na posse da prova adequada o auditor interno estará em condições de
elaborar conclusões e efectuar recomendações (Morais e Martins, 2003, p.101).
2.3.7.7 Comunicação dos resultados
2.3.7.8 Follow-up
Tipos Descrição
Direct
or
Gestores
Pessoal Senior
Pessoal Junior
O auditor tem que depender directamente do órgão de gestão e deve estar posicionado ao
mais alto nível e com autoridade suficiente dentro da empresa para garantir a credibilidade do
trabalho realizado. A independência permite ao auditor emitir juízos imparciais e sem
preconceitos, que é essencial para adequada realização do trabalho de auditoria interna, o
protegerá de assumir compromissos que prejudiquem os objectivos da auditoria. O
posicionamento ao mais alto nível reflectirá directamente sobre a qualidade do trabalho
executado e sobre os resultados que este proporciona à empresa. Outra razão para esta linha
de vinculação é que, estando o auditor vinculado a um director, isso poderá afectar a
credibilidade do seu trabalho, na medida em que possa ser visto pelas demais directorias
como um membro daquela direcção.
Conselho de
Administracao
Direccao da
auditoria interna
Direccao de
Direccao
Recursos Direccao B Direccao C Direccao D
financeira
Humanos
Crepaldi (2000, p.54) diz: “É fundamental que os auditores internos tenham total
independência para movimentar-se dentro da entidade, emitir opinião, dar sugestão etc., sem
preocupação de que, com tais actividades, possam desagradar a alguém e ser despedidos. Ao
mesmo tempo, os auditores internos não devem lembrar que os auditados são colegas e que “
a crítica pela crítica é um posicionamento irracional.”
A independência apresenta uma condição essencial para que o trabalho da auditoria interna
seja feito da melhor forma possível e garantir a fiabilidade do seu trabalho, isto porque
quando o auditor não tiver nenhuma relação com a área a ser auditada haverá menos
possibilidade para conluio.
A auditoria interna e auditoria externa devem comunicar-se entre elas de forma clara e franca
para permitir que o trabalho tenha melhor qualidade e seja útil para à entidade. Ambas
trabalham para o bem da entidade, precisam de informações para garantir a credibilidade do
trabalho e para isso precisam colaborar-se entre elas. Essa colaboração deve haver tanto do
auditor interno com externo como do externo com interno. Morais e Martins (2003, p. 28)
indica os pontos de colaboração entre eles:
“Dos internos com externos:
O intercâmbio de pontos de vista e opiniões profissionais no desenvolvimento das
respectivas funções;
A entrega de informações e conhecimentos acerca da entidade;
A utilização dos papéis de trabalho e outras informações de auditoria interna, como
meio de avaliar e reduzir o alcance e profundidade dos testes em determinadas áreas
de trabalho, pelo auditor externo;
A participação na revisão das demonstrações financeiras.
Dos externos com internos:
Assessoria profissional em matérias que, pela sua índole e variação contínua dos
trabalhos, permite ao auditor externo uma actualização profissional e formação
contínuas;
A utilização de programas e papéis de trabalho que coordenam e dirigem em
colaboração com os auditores internos;
A ratificação das conclusões e recomendações formuladas pelos auditores internos, o
que reforça a sua independência profissional dentro da entidade.”
2.7.2 Diferença entre auditoria interna e externa
Auditoria
Características
Externa Interna
Objectivo principal
Destinatários
Âmbito
Metodologia
Normas de referência
Frequência
Independência
Dar a conhecer aos órgãos de gestão se as metas planificadas estão a ser alcançadas;
Dar a conhecer aos órgãos de gestão se a informação que se utiliza, obtida através de
sistema de informação da organização, é completa, precisa e fiável, com especial
atenção a vertente financeira e operacional;
Garantir que a gestão do risco é adequada a fim de obter a consecução dos objectivos.
Alves e dos Reis (p.842) enunciam que a importância da auditoria interna aumenta quando a
actuação é no sector público, sendo que o património público é propriedade colectiva e deve
ser vigiado por todos. E ainda que a auditoria interna serve como meio de identificação de
que todos os procedimentos internos, políticas definidas e a própria legislação estão sendo
devidamente seguidos e também para constatação de que todos os dados registados merecem
a verdadeira confiança fazendo com que os órgãos públicos alcancem a transparência na
aplicação dos recursos públicos.
Segundo Pradas et al. (1999, apud Costa, Anabela, 2008, p. 20) no Sector Privado verifica-se
uma evolução das funções da auditoria interna de uma mera verificação de saldos e detecção
de erros e fraudes, para objectivos mais ambiciosos, como manter um controlo interno eficaz,
conseguir um bom funcionamento da organização, dos seus sistemas operativos e uma
adequada utilização dos seus recursos, assegurar o cumprimento das políticas, normas e
instrumentos.
Souza (2007, p. 18) diz que na iniciativa privada o objectivo é a optimização de lucros e de
respostas, onde a empresa depara-se com novas situações que levam a preocupação com a
eficiência e eficácia dos recursos enquanto no sector público, o objectivo é a busca da
eficiência, eficácia e economicidade das acções administrativas desenvolvidas pelos gestores
públicos.3
xxxvi
A auditoria interna se relaciona com o controlo interno pelo facto de que o controlo interno
oferece uma perspectiva dinâmica e valorizadora, isto é tem em mão todos os dados que
permitem manter o domínio, a auditoria avalia o grau de domínio atingido. A auditoria
interna é uma função de supervisão e controlo interno tem carácter preventivo. (Morais e
Martins, 2003, p. 21)
xxxvii
De acordo com Pinheiro (2010, p. 109) os auditores internos desempenham um papel muito
importante na avaliação da eficácia do sistema de controlo e contribuem para a sua
manutenção (funcionando como segundo nível de controlo).
O controlo interno é bastante importante para auditoria interna, pois para que ela consiga
atingir os seus objectivos (salvaguarda e conservação de bens; impedir desembolsos
indevidos de fundos;…) é necessário a implementação do dos procedimentos de controlo
interno e comprovar a exactidão com que trabalha a contabilidade (Barata, 1999).
Alves, e dos Reis (nd, p. 842) dizem: “Pode-se considerar que a auditoria interna faz parte da
pirâmide do controle interno, sendo ela o ponto mais alto, uma vez que a mesma avalia,
supervisiona e fiscaliza o nível de credibilidade dos controles internos.”
3.1 Introdução
A elaboração da presente pesquisa foi delineada com base nas seguintes abordagens:
Quanto ao problema, o estudo contempla uma abordagem qualitativa, uma vez que está
relacionado com a compreensão do impacto da reavaliação de activos tangíveis. Assim sendo,
o presente trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica e foi usado o
método de observação directa participativa. Pesquisa do tipo qualitativa permite mergulhar na
complexidade dos acontecimentos reais e indaga não apenas o evidente, mas também as
xxxviii
Esse trabalho envolveu pesquisa de levantamento que se caracteriza pelo questionamento das
ferramentas da auditoria interna, cujo objectivo é saber a sua utilização dentro do Gabinete do
governador.
Os dados necessários para a realização terão fonte primária, uma vez que serão obtidos a
partir das observações feitas directamente no Gabinete, sem a necessidade de consultar
documentos, pastas ou arquivos armazenados. Os dados primários, são aqueles colhidos
directamente na fonte.
Como parte prática de colecta de dados, para o presente trabalho, a pesquisa teve como foco
analisar o papel da auditoria interna no gabinete do Governador e com isso a colecta de dados
ocorreu com visitas ao Gabinete, foi usada a observação direita participativa em que o
proponente participou na colecta de dados observando directamente, o questionário e a
entrevista com alguns funcionários responsáveis pelo controlo das actividades do gabinete e
para análise dos dados colectados usou-se o método comparativo percentual.
a) Questionário
Na recolha das informações referentes ao problema em estudo normalmente é imprescindível
o questionário. O uso desta técnica prende-se no facto de querer colher opiniões e ideias das
individualidades escolhidas como amostra mediante uma série de perguntas elaboradas pelo
autor de forma clara, coerente e concisa.O questionário foi dividido em duas partes com o
intuito de observar dois aspectos: primeiro, a aderência das características da auditoria interna
e segundo, o grau de relevância dada por cada Responsável gabinete.
Para o presente trabalho, foi elaborado um questionário dirigido a oito (8) individualidades
dos quais gestores e pessoal de departamento de administração e finanças.
b) Entrevistas
Aentrevista da pesquisa foi realizada de uma maneira formal (entrevista semi-estruturadas) ao
qual foi concedida pelos colaboradores do gabinete do Governador, responsáveis pela
auditoria interna do gabinete. Neste caso, a entrevista foi dirigida ao pessoal de administração
e finanças que apresentou-se numa amostra de cinco (5) indivíduos.
7%
29%
64%
A auditoria interna não deixa nunca de ser uma actividade importante para uma empresa.
Apesar de que nem todas as empresas dispõem do serviço de auditoria interna mais de
metade reconhecem a sua importância para um bom funcionamento, isto é, 64% responderam
que a auditoria é muito importante, 29% consideram a auditoria importante e apenas 7% não
atribuíram nenhuma importância à auditoria interna.
xli
50%
25%
80 75
60
40
25
20 12.5
25%
75%
4.1 Introdução
As auditoras internas confirmaram que participam no trabalho dos auditores externos, uma
vez que isso lhes servirá de prática de experiências. Também com o objectivo de minimizar
horas de trabalho, pois o trabalho da auditoria externa é facturada por horas e com a
colaboração da auditoria interna o gabinete minimiza os seus custos com a auditoria externa.
De acordo com a auditora interna que acompanhou várias evoluções da auditoria interna
dentro do gabinete, explica que no começo a auditoria interna era vista como um trabalho de
polícia e tinham medo de falar ou até estar onde os auditores internos estavam por pertos,
xlvi
mas agora reconhecem a sua real função no gabinete e sua importância para a melhoria do
funcionamento da organização. Os auditores internos tentam ser dialogantes ao máximo antes
do início da sua actividade reunindo todas as pessoas da área sujeita a auditoria interna e
explicando qual é realmente o objectivo e importância da actividade. Inicialmente a auditoria
interna era visto como um processo de controlo das pessoas.
Conclusão
A auditoria interna tem evoluído cada vez mais desde o seu surgimento até hoje, deixando de
lado o seu papel de polícia e voltar mais para o controlo interno ajudando a organização na
sua melhoria ou substituição quando necessário.
Conseguiu-se atingir os objectivos do trabalho, analisando os dados recolhidos na pesquisa e
responder as perguntas de partidas. Afinal, no gabinete em causa considera importante o
serviço da auditoria interna e também que a auditoria interna permite aperfeiçoar as
operações de uma empresa, através da melhoria do sistema do controlo interno e uma maior
rigorosidade quanto ao cumprimento das normas que são os benefícios predominantes da
implementação da auditoria interna segundo o inquérito.
No decorrer da pesquisa constatou-se que mesmo as empresas que não dispõem dos serviços
de auditoria interna compreendem a sua importância para um bom funcionamento da
empresa. O motivo verificado nas empresas que não dispõem deste serviço é o alto custo para
algumas e desnecessário para outas normas. O que nunca deve ser considerado, pois a
auditoria interna é sempre necessário.
Conclui-se ainda que a maioria das empresas públicas sediadas na cidade da Praia realizam
auditoria interna, pois ela acrescenta valor às empresas, melhora o controlo interno e fomenta
maior rigorosidade quanto ao cumprimento das normas.
Com o estudo feito no gabinete do Governador, deu para verificar que a auditoria interna é
muito importante para qualquer empresa que queira ter um controlo mais eficaz dos seus
regulamentos e normas. O pessoal do gabinete fez o possível para que todos os colaboradores
tenham ideias positivas sobre a auditoria interna, pois no início foi difícil compreender o real
significado da auditoria interna. A única falha verificada no departamento da auditoria interna
do gabinete é a questão do posicionamento, pois, além de não estar exposta no organograma,
encontra-se mal posicionada. A auditoria interna depende do departamento de Gabinete de
estratégia, planeamento e controlo quando deveria depender do conselho do gabinete.
xlix
Recomendações
Durante a pesquisa foi verificada várias deficiências no que tange a auditoria interna no
sector público na cidade de Nampula, entre elas, o posicionamento da auditoria interna no
gabinete o desconhecimento deste pelos colaboradores. Isso quando é definida no
organograma, pois há empresas que não apresenta esse departamento no organograma do
gabinete. Apesar de a maioria das empresas realizar auditoria interna, ainda assim não é
suficiente, pois 43 % é uma percentagem significativa. Aconselha-se às empresas que não
dispõem deste serviço a pensar num projecto de implementação pois a auditoria interna tem
os seus benefícios que é muito maior que os custos.
Ainda aconselha-se às empresas que não têm o posicionamento adequado da auditoria interna
a reformular o organograma posicionando o departamento de auditoria interna ao mais alto
nível.
Dificuldades encontradas
A maior dificuldade encontrada foi o facto de falta de documentos que abarca a auditoria
interna especificamente no sector público, impedindo uma melhor monografia na parte
teórica do trabalho. O tempo estipulado para a entrega da monografia também dificultou por
ser curto.
l
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, M. C. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo (5ª ed.). S. Paulo:
Atlas.SA.1996.
ALVES, A. L. Z. S. & DOS REIS, J. A. G.(nd) Auditoria. Interna No Sector Público
(consultado em 28 de Março de 2013).
ATTIE, W. Auditoria Interna (1ª ed.). S. Paulo: Atlas S.A. 1987.
__________ Auditoria interna. São Paulo: Atlas S.A.1992.
___________Auditoria: Conceitos e aplicações (3ª ed.). São Paulo: Atlas S.A.1998.
BARATA, A. S. Contabilidade, auditoria e ética nos negócios (2ª ed.). Lisboa: Editorial
Notícias.1999.
BARBIER, Etienne (1999). Manual de Auditoria (2ª ed.).Cetop
COSTA, Anabela Carreira (2008). Auditoria interna nos municípios portugueses. Mestrado
em Contabilidade e Finanças Acesso em 23 de Abril de 2013.
COSTA, Carlos Baptista (1985). Auditoria Financeira: Teoria e Prática (1ª ed.). Lisboa: Rei
dos Livros.
COSTA, Carlos Baptista (2010). Auditoria Financeira: Teoria e Prática (9ª ed.). Lisboa: Rei
dos Livros.
CREPALDI, Sílvio Aparecido (2000). Auditoria Contábil: Teoria e Prática (2ª ed.). Atlas
S.A.
MARÇAL, Nelson e MARQUES, Fernando Luís (2011). Manual de Auditoria e Controlo
Interno no Sector Público (1ª ed.). Lisboa: Sílabo lda.
MARQUES, Madeira (1997).Auditoria e Gestão (1ª ed.). Lisboa: Editora Presença.
MORAIS, Georgina e MARTINS, Isabel (2003) Auditoria Interna: Função e Processo (2ª
ed.). Lisboa: Áreas Editora
PINHEIRO, Joaquim Leite (2010). Auditoria Interna- Auditoria Operacional: Manual
Prático para Auditores Internos (2ª ed.). Rei dos livros, Letras e conceitos lda.
SOUZA, Sérgio dos Santos (2007). Auditoria interna no sector público: Sistemática de
priorização das actividades de auditoria interna por intermédio da elaboração de matriz de
risco.
THE INSTITUTE OF INTERNAL AUDITORS (2009): enquadramento internacional de
práticas profissionais de auditoria interna.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
li
______. Auditoria contábil: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
JUND, S. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos: teoria e 800 questões. 6.
ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2004.
LINS, L. dos S.. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa. São
Paulo: Atlas, 2011.
FRANCO, H. & MARRA, E. Auditoria contábil. 2. ed. São Paulo: Futura, 2000.
______. Auditoria contábil. 3. ed. São Paulo: Futura, 2002.
APÊNDICES
liii
Questionários
11. As recomendações feitas pelo departamento de auditoria interna são construtivas para
o Gabinete?
Caros colaboradores
Este questionário enquadra-se no âmbito do trabalho de fim de curso sob o tema “Papel de
auditoria interna nas Instituições públicas”, com o objectivo de recolher dados para
realizar o trabalho proposto, visando a conclusão do curso de licenciatura em contabilidade e
Auditoria na Universidade Pedagógica. Para isso contamos com a vossa colaboração no
preenchimento dos questionários marcando um X à opção adequada.
2. Se não, porquê?
1 Altos Custos_____ 2 É desnecessário_____
ANEXOS