MEMÓRIA

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Alguns Modelos de Funcionamento da Memória Humana

A memória humana é um sistema de processamento de informações, nesse sentido,


muitos autores desenvolveram alguns modelos de funcionamento da memória humana,
para a sua compreensão. De seguida, iremos apresentar alguns modelos na concepção de
alguns autores, nomeadamente: Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968, 1971),
Baddeley (1990) e, por fim, o modelo de Modelo de Tulving (1984). Mas antes de
abordarmos sobre os modelos, iremos definir o conceito de memória na perspectiva de
alguns autores.

Conceitos
Para O’HARA et al., (2006, p. 351), o termo “memória” é usado de diversas maneiras
e tem várias definições técnicas. No dia-a-dia, por exemplo, memória se refere ao ato
de trazer à mente uma informação que foi retida a partir do passado.

A memória é também entendida como o local que conserva um


conteúdo armazenado. Essa perspectiva indica que, da mesma forma
como uma história pode ser armazenada, se for escrita ou registrada, o
conteúdo de nossos estados mentais podem ser armazenados na
memória. (VORGERAU, 2010).

Após essa explanação, considera-se a memória como a memorização, retenção,


reprodução ou reconhecimento do cérebro humano de coisas experimentadas, e é a base
para actividades psicológicas avançadas, como pensamento e imaginação.

A memória conecta as actividades psicológicas das pessoas e é a função básica


do estudo, trabalho e vida das pessoas.

O processo básico da memória é composto por três elos: reconhecimento, retenção,


evocação e reconhecimento. A memorização é o início do processo de memória, o
processo de reconhecer e lembrar coisas e formar certas impressões. A retenção é um
processo intensivo de memorização de conteúdo para torná-lo uma melhor experiência
humana. Recordação e reconhecimento são duas formas diferentes de representação da
experiência passada. Esses três links no processo de memória estão inter-relacionados e
se restringem. A memorização é a premissa da retenção. Sem retenção, não haverá
recordação e reconhecimento, e recordação e reconhecimento são indicadores para
testar a eficácia da memória e da retenção.

Modelo de Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968, 1971)


Na década de 60 do passado século, o estudo da memória humana sofreu avanços
consideráveis. Um dos primeiros modelos de memória a ser alvo de consenso foi o de
Richard Atkinson e Richard Shiffrin, que propuseram um modelo em 1968, denominado
modelo dual, pois representava modelos similares propostos na década de 1960. O
modelo dual está pautado em uma abordagem da memória baseada no processamento da
informação (BADDELEY, 2011).

O modelo Atkinson-Shiffrin é uma hipótese sobre como o armazenamento de memória


funciona no cérebro. Foi proposto em 1968 por Richard Atkinson e Richard Shiffrin.
Ainda os meamos autores apresentam que a memória é constituída em um sistema de
três estágios que são:

 Memória sensorial;
 Memória de curta duração e;
 Memória de longa duração.

1.1. Memória Sensorial


Quando os sentidos detectam um estímulo do ambiente, as informações sobre esse
estímulo ficam brevemente disponíveis no que Atkinson e Shiffrin chamam de registros
sensoriais. Embora muitas vezes referido no singular (registo sensorial ou memória
sensorial), na verdade são múltiplos registos, um para cada sentido.

Os registos sensoriais não processam as informações dos estímulos, mas apenas as


detectam e as guardam para uso a curto prazo. Por esta razão Atkinson e Shiffrin
também chamaram os registadores de "reguladores", pois evitam sobrecarregar os
processos cognitivos superiores com imensas quantidades de informações, ou seja,
regulam o que vale a pena guardar na memória definitiva e o que não vale. A
informação só é transferida para armazenamento de curto prazo quando chama a
atenção, caso contrário, o interesse rapidamente perde o interesse e é esquecido.

Embora haja um consenso geral de que existe um registo de memória para cada
sentido, a maioria das pesquisas sobre memória sensorial tem se concentrado nos
sistemas visual (memória icónica) e auditivo (memória ecóica).

1.4. Memória icónica de incapacidade


A memória icónica, que está associada ao sistema visual, é provavelmente a mais
pesquisada registos sensoriais. A evidência original sugerindo estoques sensoriais que
são separados para curto e longo prazo a memória de termo foi demonstrada
experimentalmente para o sistema visual usando um taquistoscópio.

Memória icónica é limitada apenas pelo campo visual, isso implica que,
assim que um estímulo entra no campo de visão, não há limite para a
quantidade de informações que a memória icónica pode conter em um
determinado momento. Os registos sensoriais não permitem que toda a
informação seja processada (é regulatória) e é irónico que essa memória
mantenha registadas informações sobre estímulos visuais como forma,
tamanho, cor e localização, mas não seu significado semântico.
Badgley, 1998 p. (158-73).

Os registos sensoriais não processam a informação por isso Atkinson e Shiffrin também
chamaram os registadores de "buffers", pois evitam imensas quantidades transportado
pelo estímulo, mas sim detecta e retém essa informação para uso na memória de curto
prazo. Por de informações de processos cognitivos de nível superior esmagadores. As
informações são transferidas apenas para a memória de curto prazo quando se presta
atenção a ela, caso contrário ela decai rapidamente e é esquecida.

1.5. Memória ecóica


O sistema auditivo. Assim como a memória icónica, a memória ecóica contém apenas
aspectos superficiais do som. (por exemplo, tom, andamento ou ritmo) e tem uma
capacidade quase ilimitada. A memória ecóica é geralmente citada como a memória
ecóica, cunhada por Ulric Neisser, refere-se à informação que é registada por os 20
segundos na ausência de informações concorrentes. Tendo uma duração entre 1,5 e 5
segundos, dependendo do contexto, mas demonstrou durar até a 20 segundos na
ausência de informações concorrentes.

1.6. Memória de curto prazo


O segundo estágio da memória apresentado no modelo do processamento da informação
de Atkinson e Shiffrin (1971) é a memória de curta duração ou Memória de Curto Prazo
(MCP). Esta se refere “à retenção temporária de pequenas quantidades de material sobre
breves períodos de tempo.

Enquanto grande parte da informação na memória sensorial decai e é esquecida,


algumas são atendidas. Portanto, a informação que é atendida é transferida para o
armazenamento de curto prazo (também a memória de curto prazo, memória de
trabalho

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