Leia Atentamente o Capítulo III

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Leia atentamente o Capítulo III (DANDO CONTA DA VERDADE DE DEUS) do Documento

"Teologia hoje: Perspectivas, Princípios e Critérios" (Comissão Teológica Internacional).


Após a leitura, responda:
1. Quais fatores contribuem para a pluralidade moderna das "teologias"? Explique cada
fator.
 Especialização interna da Teologia em disciplinas diferentes. Por exemplo, estudos
bíblicos, liturgia, patrística, história da Igreja, teologia fundamental, teologia sistemática,
teologia moral, teologia pastoral, espiritualidade, catequese e direito canônico. Esse
desenvolvimento é inevitável e compreensível por causa da natureza científica da
teologia e das demandas de pesquisa.
 Diversificação dos estilos teológicos por causa da influência externa de outras ciências.
Por exemplo, filosofia, história e ciências sociais, naturais e da vida. coexistem formas
muito diferentes de pensar. Por exemplo, teologia transcendental e teologia da história da
salvação, teologia analítica, renovada teologia escolástica e metafísica, teologia política e
teologia da libertação.
 No que diz respeito à prática da teologia, cresce constantemente a multiplicidade de
temas, lugares, instituições, intenções, contextos e interesses, e uma nova valorização
da pluralidade e variedade das culturas
2. Explique a seguinte afirmação: "A teologia não é somente uma ciência, mas também
uma sabedoria, com um papel especial a desempenhar na relação entre todo o conhecimento
humano e o Mistério de Deus" (Teologia Hoje, n. 86).
A Teologia preocupa em levar ao cristão uma autonomia, um discernimento entre o Mistério de
Deus e a sabedoria racional humana que pode levar a pessoa à experiência espiritual do divino
nas coisas terrestres.
Somos seres inacabados, incompletos em busca da plenitude e que esta busca nunca poderá
ser plenamente compreendida ou conhecida na dimensão terrena em que vivemos. A presença
da Teologia proporcionará ao ser humano a compreender os mistérios da fé e buscar seu
próprio equilíbrio mediante a fé e a razão.

3. Segundo o Documento, "Teologia Hoje", qual é o objeto da teologia?


O objeto da teologia é o Deus vivo, e a vida do teólogo não pode deixar de ser marcada pelo
esforço constante para conhecer o Deus vivo. O teólogo não pode excluir da sua própria vida o
esforço para compreender toda a realidade em relação a Deus. A obediência à verdade purifica
a alma (cf. 1Pd 1,22), e “a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica,
indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, isenta de parcialidade e de
hipocrisia” (Tg 3,17). Em consequência, a busca teológica deve purificar a mente e o coração do
teólogo. [154] Essa característica especial do trabalho teológico não viola de modo algum o
caráter científico da teologia; pelo contrário, é profundamente concorde. Assim, a teologia é
caracterizada por uma espiritualidade distinta, cujos elementos integrais são: um amor à
verdade, uma prontidão para a conversão do coração e da mente, um esforço para com a
santidade e um compromisso de comunhão eclesial e de missão.

4. Defina o que é a teologia catafática e a apofática.

A teologia negativa não é de todo uma negação da teologia. A via negativa simplesmente


destaca os limites de tal abordagem intelectual do Mistério de Deus. Esta via é uma dimensão
fundamental de todo discurso autenticamente teológico, mas não pode ser separada da via
affirmativa e da via eminentiae. O espírito humano, passando dos efeitos à Causa, das criaturas
ao Criador, começa por afirmar a presença de Deus por meio da autêntica perfeição descoberta
nas criaturas (via affirmativa); então nega que estas perfeições estão em Deus na forma
imperfeita que assumem nas criaturas (via negativa); finalmente, afirma que elas estão em Deus
de uma maneira propriamente divina, que escapa à compreensão humana (via eminentiae). A
teologia, justamente, pretende falar verdadeiramente do Mistério de Deus, mas, ao mesmo
tempo, sabe que o seu conhecimento, embora verdadeiro, é insuficiente em relação à realidade
de Deus, que nunca poderá “compreender”. Como disse Santo Agostinho: “Se eu compreendi,
não é Deus”. 

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