Teologia Sistemática - Bereanos

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CAPÍTULO - I

Natureza e importância da Teologia Sistemática

O estudo da Teologia Sistemática é o estudo mais significativo que se pode


considerar. A pessoa mias importante no universo é Deus. O fato mais básico da
realidade é que a raça humana está dependente desta pessoa para existência e
todas as coisas. O homem é normalmente religioso. Ele possui um desejo natural
de adorar a Deus e aprender sobre Ele que Se posiciona no topo de toda vida.
Não é surpresa encontrar, portanto, que o estudo de Deus e Sua relação com o
universo constitui o mais profundo pensamento que preenche a mente humana.

I - Definição de Teologia

Teologia é a ciência que trata do estudo de Deus e Suas relações com o


universo. O termo "teologia" é derivado das palavras gregas: theos, Deus e logos,
linguagem, razão ou expressão.
Num sentido geral, teologia refere-se a todas as doutrinas cristãs. De modo
específico, Teologia é a primeira das setes divisões da Teologia Sistemática,
chamada, a doutrina de Deus .

II - Que é Teologia Sistemática

Teologia Sistemática é um estudo intensivo e organizado de fatos revelados


com respeito a Deus e Seus planos de salvação para a humanidade. A Teologia
Sistemática considera todas as doutrinas bíblicas arranjadas e estudadas de modo
científico e ordenado.
W. Lindsay Alexander disse que a Teologia Sistemática é "um resumo das
verdades religiosas cientificamente arranjadas" . Lewis Sperry Chafer escreveu:
"Teologia Sistemática pode ser definida como uma coleção cientificamente
arranjada, comparativa, exibitiva e defensora de todos os fatos e de toda e
qualquer fonte no que diz respeito a Deus e à Sua obra" (Systematic Theology.
Dallas; Dallas Seminary Press, 1947. Vol. I, pág. 6).
Deus fez a mente humana de forma que é natural para o homem desejar
organizar as informações adquiridas. Este instinto de organização inerente ao
homem estabelece a necessidade por um estudo sistemático de teologia.
Sistema e ordem são características de Deus e Suas obras. Deus sempre
trabalha de forma ordenada. Pode-se observar o sistema o ordem através da
natureza desde a estrutura dos átomos até o movimento das estrelas. A obra de
Deus na criação, registrado no primeiro capítulo de Gênesis, revela a realização
progressiva de um plano e programa definidos. Deus instruiu Noé a construir a
arca de maneira ordenada e de acordo com dimensões específicas. A construção
do tabernáculo foi conforme a definição do projeto divino. O insondável plano de
salvação de Deus tem sido progressivo, ordenado e sistemático. Um estudo
sistemático da teologia, desta forma, encontra sua base e necessidade não
apenas no instinto de organização do homem, mas também na natureza e
trabalho de Deus. Paulo exortou: "Mas faça-se tudo decentemente e com ordem"
(1Coríntios 14:40)

O estudo da Teologia Sistemática é possível porque Deus tem se revelado


através do Sua palavra inspirada, a Bíblia. A Bíblia é a oficina do teólogo e sua
arca do tesouro. É o laboratório para sua paciente pesquisa, uma mina de onde
escava riquezas, uma janela aberta para o universo da verdade. A Bíblia é para o
estudante de teologia o que a planta é para o botânico, o que a química é para o
químico, o que as estrelas são para o astrônomo.

III - Outros cinco ramos da Teologia

Teologia Sistemática é um dos seis maiores ramos da Teologia Cristã. Os


outros cinco ramos são: Teologia Natural, Exegética, Bíblica, Histórica e Prática.
Teologia Natural é o estudo daqueles fatos relativos a Deus e Seu universo,
que estão revelados na natureza.
Teologia Exegética é um estudo da Bíblia em suas linguagens originais -
Hebraico, Aramaico e Grego.
Teologia Bíblica é o estudo de fatos revelados sobre Deus e Suas obras,
conforme apresentadas na Bíblia, livro por livro e escritor por escritor.
Teologia Histórica é dividida em duas partes: História da doutrina e História
da Igreja. História da doutrinas traça a história de várias doutrinas da teologia.
História da Igreja traça a história da Igreja em suas mudanças internas e
externas. Alguns observam que a história da doutrina é a história do pensamento
da Igreja, enquanto que a história da Igreja é a história da vida da Igreja.
Teologia Prática é o estudo da aplicação das verdades teológicas às
necessidades dos homens. Está dividida em duas partes: Homilética e Teologia
Pastoral. Homilética refere-se à preparação exposição de sermões. Teologia
Pastoral refere-se a todas as fases do trabalho do pastor.
De muitas maneiras a Teologia Sistemática tem sido o mais importante ramo
da Teologia. Ela resume o trabalho das outras divisões. Congrega as verdades
reveladas pelos vários ramos da Teologia e os apresenta num sistema unificado
da verdade.

IV - Importância da Teologia Sistemática

1. Verdades Bíblicas Vistas Como Um Todo. O estudo da Teologia


Sistemática habilita o estudante a ver tudo o que se refere à Bíblia, como um
conjunto. Dá-lhe uma visão total da verdade da escritura. Neste estudo deve-se
ter sempre em mente a estrutura principal e esboçar através das sete divisões da
Teologia Sistemática.
2. Todas as Doutrinas Bíblicas Incluídas. Um estudo exaustivo da Teologia
Sistemática inclui todas as doutrinas da Bíblia. Às vezes alguém fica tão fascinado
com alguma doutrina que se esquece da existência de outras verdades bíblicas.
Desta forma doutrinas vitais são frequentemente negligenciadas ou omitidas de
alguma opinião. A Teologia Sistemática procura considerar todas as doutrinas
bíblicas para estudá-las de forma ordenada.
O fato de alguém crer em poucas doutrinas bíblicas não é suficiente.
É mister conhecer todos os ensinamentos da Palavra de Deus. Quando
alguém falha em aceitar todas as doutrinas bíblicas, sua teologia é incompleta e
inadequada. Homenss que enfatizam alguma verdade bíblica em exclusão de
todas as outras verdades, não são teólogos; são dogmáticos. Deve-se, não
somente crer e pregar a verdade, mas crer e pregar toda a verdade.
3. Reconhecimento da Relação Entre as Doutrinas. A Teologia
Sistemática procura descobrir todas as doutrinas bíblicas e apresentá-las em suas
relações apropriadas. Como a história é mais do que datas, eventos e estatísticas,
assim Teologia é mais do que uma compilação de verdades religiosas. Como a
história descreve as causas e relações associadas com eventos passados, assim
a Teologia revela a inter-relação entre as doutrinas bíblicas. As sete divisões da
Teologia Sistemática são interdependentes e inter-relacionadas entre si.
O estudante de Teologia Sistemática reconhecerá, por exemplo, a relação
entre a Santidade de Deus, o pecado do homem, o sacrifício de Cristo e a
justificação pela fé. Observará o relacionamento entre a imortalidade de Deus, e a
natureza física do homem, a ressurreição de Cristo e a crença na ressurreição
futura. Notará a inter-relação entre o ministério terreno de Cristo como Sacrifício,
seu ministério celestial como Senhor e seu novo ministério terreno como futuro
Rei. Estas inter-relações entre doutrinas constituem-se em linhas douradas da
Teologia Sistemática.
4. Plataforma para um Pensamento Ordenado. A Teologia Sistemática é
importante porque treina o estudante a estudar doutrinas bíblicas de modo
ordenado. Ela cria uma estrutura verdadeira para pensar.Ela fornece um canal por
meio do qual as riquezas das verdades bíblicas podem fluir para a mente e o
coração. Este estudo propicia um meio pelo qual as informações concernentes às
doutrinas podem ser classificadas, arranjadas cientificamente e arquivadas. As
sete divisões da Teologia Sistemática providenciam categorias pelas quais os
fatos bíblicos podem ser propriamente agrupados.
5. Contesta Doutrinas Pervertidas. A Teologia Sistemática é importante
porque serve como uma resposta para a teologia pervertida e sistemas de
pensamentos filosóficos.

V - A Teologia Sistemática e a ciência

A Teologia Sistemática é uma ciência. É muito mais importante do que o


estudo das ciências naturais tais como a Astronomia, Química, Física, Geologia,
Botânica, Zoologia e Psicologia. As ciências naturais orientam os pensamentos do
homem na direção do universo material; a Teologia centraliza sua atenção para o
Criador do universo. A ciência busca descobrir as leis da natureza, a Teologia
contempla aquele que é o Legislador, Juíz e Rei. Toda ciência natural se dedica
ao estudo de uma porção limitada daquilo que Deus criou. A Teologia por outro
lado considera aquele que é a fonte de toda a criação. Ela apresenta uma eterna e
completa visão de Seu plano para o universo.
Através dos séculos como Henry C. Thiessen observou, a Teologia tem sido
como a rainha das ciências e a Teologia Sistemática como a coroa desta Rainha.
Quando alguém dedica sua vida ao estudo de fatos revelados com respeito a
Deus, este está engajado na mais importante obra sobre a terra. Sendo de maior
importância que qualquer outro campo de pesquisa, o estudo da Teologia
Sistemática deve ser um notável desafio de vida para os homens de hoje.
O estudo da Teologia Sistemática requer a mesma disciplina, paciência,
precisão e consagração ao trabalho conforme qualquer estudo de ciências
naturais. Os estudantes de ciências naturais gastam anos em pacientes e
cansativos estudos para descobrir novos dados relativos ao universo material. Da
mesma forma estudantes de Teologia deveriam dedicar-se zelosamente ao seu
trabalho.
Em adição ao estudo paciente e cansativo, os estudantes de Teologia devem
ter atitude de humildade para com Deus, em seu estudo concernente a Ele.
Precisam reconhecer a inspiração e autoridade da Bíblia. Devem ter o desejo de
aceitar a verdade quando ela é descoberta. Precisam possuir santa afeição para
com Deus e devem preencher suas vidas com fervorosas orações. Sugerimos ao
estudante de Teologia e aqueles interessados em uma vida de estudos da
Teologia Sistemática, que organizem um sistema de arquivos teológicos para
preservar notas, artigos, recortes, livretos e referências sobre várias doutrinas
bíblicas. Manter pastas de arquivos de acordo com as sete divisões da Teologia
Sistemática e as principais doutrinas relativas em cada divisão. Pode-se também
ter um sistema de arquivos adicionais para material sobre outros estudos de
Teologia: História da Igreja , História da doutrina e estudos da Bíblia livro por livro.
Assegure-se de conservar o sistema dentro da Teologia Sistemática.

CAPÍTULO - II

As sete divisões da Teologia Sistemática

As sete divisões da Teologia Sistemática são: Teologia, Antropologia,


Hamartiologia, Cristologia, Soteriologia, Eclesiologia e Escatologia.
Da mesma forma que as ciências naturais, as sete divisões da Teologia
Sistemática são designadas por nomes derivadas de palavras gregas. O estudo
de Deus chamado Teologia, da palavra grega theos, Deus; o estudo do homem
chamado Antropologia, da palavra grega anthropos, homem; o estudo do pecado
chamado Hamartologia, da palavra grega hamartia, pecado; o estudo de Cristo
chamado Cristologia, da palavra grega Christos, O Ungido; o estudo da salvação
chamado Soteriologia, da palavra grega soteria, salvação; o estudo da Igreja
chamado Eclesiologia, da palavra grega ecclesia, Igreja, e o estudo do futuro
conhecido por Escatologia, da palavra grega eschatos, as últimas coisas.
A Teologia Sistemática começa com a doutrina de Deus e conclui com a
doutrina do futuro. Uma divisão da Teologia Sistemática naturalmente é a linha
principal e põe-se como alicerce para divisões ordenadamente sucessivas.
Nossos pensamentos viajam numa ordem lógica de doutrina para doutrina: Deus,
homem, pecado, Cristo, salvação, a Igreja e o futuro.
As sete divisões da Teologia Sistemática em sua ordem correta são:
Teologia A doutrina de Deus
Antropologia A doutrina do homem
Hamartologia A doutrina do pecado
Cristologia A doutrina de Cristo
Soteriologia A doutrina da salvação
Eclesiologia A doutrina da Igreja
Escatologia A doutrina do futuro

Os teólogos têm classificado as doutrinas da teologia sistemática de muitas


maneiras diferentes. João Calvino escolheu as quatro divisões do Credo
Apostólico para a estrutura do seu "Institutes of the Christian Religion". Muitos
trinitarianos agrupam todas as doutrinas sobre os títulos de teologia, Cristologia, e
Pneumatologia, relacionando, respectivamente a Deus, Jesus, e o Espírito. Alguns
teólogos escolhem o estudo de Cristo como seu ponto de partida. Outros
começaram com a doutrina do homem e concluiram com a doutrina de Deus.
Outros métodos de classificação das doutrinas incluem o método alegórico, no
qual o homem é descrito como um errante perdido procurando pelo seu lar eternal,
e o método histórico, tratando a história da redenção. Tendo em vista estes
métodos, nós sentimos que as sete divisões já mencionadas cumprem o mais
lógico e natural arranjo para a classificação das doutrinas da teologia sistemática.
Estas sete divisões da teologia sistemática estão na ordem do ênfase
especial que estas doutrinas recebem na Bíblia. O Velho Testamento apresenta
muito material sobre a natureza de Deus, a natureza do homem, e a origem do
pecado. A doutrina de Cristo, salvação, a igreja, e o futuro, sucessivamente, são
enfatizados no Novo Testamento.
Encontramos esta ordem de tratamento, de maneira um pouco extensa, nos
primeiros capítulos do Gênesis. Gênesis 1 inicia com Deus e a descrição de sua
obra da criação. Gênesis 2 relata a formação do homem. Gênesis 3 demonstra a
origem do pecado. Gênesis 4 tipifica Cristo e sua morte na história do sacrifício de
Abel. Os primeiros quatro capítulos do Gênesis sucessivamente apresentam
portanto, as quatro primeiras divisões da teologia sistemática, chamados teologia,
antropologia, hamartiologia, e Cristologia. Se alguém desejar levar isto adiante,
talvez possa encontrar idéias de salvação, igreja, e futuro na tipologia da narrativa
do dilúvio.
O arranjo em sete divisões da Teologia Sistemática coincide também com a
ordem do ênfase das doutrinas nas grandes controvérsias teológicas durante os
sucessivos períodos da história da igreja. A doutrina de Deus, homem e pecado
foram objeto de controvérsia durante os primeiros cinco séculos da história da
igreja. O período de Reforma deu especial atenção às doutrinas associadas com a
salvação e à igreja. Escatologia, a divisão conclusiva da Teologia Sistemática,
está recebendo uma ênfase especial nestes momentos finais da era da igreja.

CAPÍTULO - III

Fonte de autoridade da Teologia


A Bíblia é a única fonte que tem autoridade verdadeira para a Teologia
Sistemática. Ela é a autoridade exclusiva para a doutrina e conduta Cristã. É a
única regra infalível de fé e prática; a prova da verdade. A Palavra de Deus é a
autoridade final, para a qual as questões teológicas devem ser referenciadas. É a
única medida que se pode usar para formular doutrinas verdadeiras concernentes
a Deus e Sua relação com o universo.

I - A Teologia e a Verdade

O cristianismo está baseado sobre fatos. A Teologia da verdadeira religião


cristã é precisa; tem dentro de si a verdade; está de acordo com a realidade. As
doutrinas da Teologia bíblica estão em harmonia com o pensamento de Deus, que
é a verdade e a fonte de toda a verdade.
A religião pagã é caracterizada pela ignorância, superstição e caprichosas
especulações. A cristandade está fundada sobre fatos, fé e revelações da
verdade de Deus. A mitologia pagã está preenchida com histórias que nunca
aconteceram e aventuras de heróis que nunca existiram. A religião cristã, em
contraste, está baseada em fatos históricos. A narrativa bíblica descreve homens
que realmente viveram e eventos que de fato ocorreram.
O Fundador do Cristianismo é uma pessoa real. Seu nascimento
sobrenatural, ministério terreno, crucificação, ressurreição para imortalidade, e
ascensão para o céu, são eventos históricos. A Teologia que explana o verdadeiro
significado doutrinal de Sua vida e obra, está em conformidade com o fato e de
acordo com a realidade.

II - Importância da verdade

A verdade é importante? Faz alguma diferença o que alguém crê? Há alguma


conexão direta entre a crença de um religioso e seu eterno destino? Para a
salvação é essencial um conhecimento exato? Muitas pessoas asseguram que a
crença religiosa não é importante, que a Teologia não é essencial. Eles declaram
que não faz diferença aquilo que se acredita, desde que tenha sinceridade e boas
intenções. Eles insistem que todas as religiões levam a Deus, que os caminhos
que os homens viajam podem ser vários, mas o destino final para todos é o
mesmo. Eles ensinam que todos os homens religiosos estão indo para o mesmo
lugar.
Alguns homens pensam que religiões pagãs são tão válidas quanto o
Cristianismo. Eles pensam que o Hinduísmo, Budismo, Taoísmo e Islamismo são
tão bons quanto o Cristianismo. Sugerem que o Cristianismo deve combinar-se
com os melhores elementos de cada religião a fim de criar um religião universal. O
Cristianismo todavia, não é meramente uma religião entre muitas; ele é a religião .
Jesus é o único Salvador; o cristianismo é o único caminho para Deus. Todas as
outros caminhos religiosos são rodovias para a morte. Jesus disse: "Eu sou o
caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim". Paulo
declarou: "Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem". Pedro afirma: "E em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro há dado entre os homens pelo qual devamos ser
salvos" . O contato com a redenção de Deus, só pode ser estabelecido através de
Jesus Cristo.
O que cremos é importante. Sinceridade somente, não é suficiente. É
essencial que creiamos a verdade. O pensamento sincero de que um frasco de
veneno retirado de um estojo de medicamentos é um frasco de remédio não muda
o seu conteúdo. O pensamento sincero de que está na estrada certa quando na
realidade alguém está viajando na direção errada não lhe permite alcançar o
destino. Milhões de pessoas pagãs que adoram ídolos e sinceramente acreditam
que alcançarão a salvação desse modo, na verdade estão perdidas e condenadas
à destruição.
A fé é essencial para a salvação, e conhecer a verdade é essencial para a fé.
"A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rom. 10:17). As quatro
palavras chaves do cristianismo ( no inglês, os 4 “F”: facts, faith, feeling, and fruit)
são: fatos, fé, sentimentos e frutos. Os dois primeiros são necessários; os dois
útimos são resultados. A fé deve ser baseada em fatos; a crença deve resultar de
informações. A única fonte de autoridade para estas informações é a Bíblia.
O que se crê faz a diferença. Fez uma importante diferença para Adão e Eva
que creram na mentira da serpente em lugar da verdade de Deus. A salvação de
uma pessoa é dependente da sua crença no evangelho. O evangelho é “o poder
de Deus para salvação de todo o aquele que crê” (Rom. 1: 16). A importância de
crer no evangelho é enfatizada na comissão missionária de Cristo: “Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
mas quem não crer será condenado” (Mar. 16: 15,16)

III - Autoridade final da verdade

Vendo que o cristianismo está baseado sobre a verdade e que conhecer a


verdade é vital para a salvação, somos levados a inquirir a respeito da prova da
verdade. Que medida podemos usar para determinarmos o que é verdadeiro e o
que falso? Que critério podemos adotar para formularmos verdadeiras doutrinas
concernentes a Deus? Qual é a autoridade final a quem devemos referenciar as
questões Teológicas? Qual é a fonte de verdadeira autoridade para a Teologia
Sistemática?
Alguns homens procuram determinar as verdades divinas consultando a
posição das estrelas no céu, formações das nuvens, vôo dos pássaros, linhas nas
mãos de alguém, movendo sobre a cabeça de alguém, chá de folhas, truque de
cartas, jogando dados, e análise de sonhos. Estas e similares superstições não
podem ser fontes válidas de informações sobre a vontade de Deus e a verdade.
A última prova da verdade, não é do entendimento humano, nem assunto das
experiências cristãs, tradição, livros sagrados das religiões pagãs, credos,
concílios da Igreja, ou papas.
A Igreja Católica Romana diz ter autoridade superior a Bíblia; afirma que a
escreveu e decidiu os livros que seriam incluídos nEla. E mantém portanto, que
tem autoridade para estabelecer doutrinas e práticas não ensinadas na Bíblia. A
Igreja Romana, acordadamente, formulou tantas doutrinas antí-bíblicas como a
doutrina da trindade, imortalidade da alma, purgatório, sucessão apostólica dos
papas, sacrifício das massas, transubstanciação do pão de comunhão no
verdadeiro corpo de Cristo e o vinho para o atual sangue de Cristo, oração a Maria
e outros santos mortos, a imaculada conceição de Maria, infabilidade dos papas, a
ascenção de Maria ao céu, indulgências e um ardente inferno de fogo para os
pecadores.
A posição Católica Romana é falsa, a Bíblia não é um livro Católico Romano.
Ela não é escrita pelos Católicos Romanos. A Igreja Católica Romana não foi
mencionada nenhuma vez na Bíblia. O Cânon do Novo Testamento estava
completo pelo fim do primeiro século; a Igreja Católica Romana não veio à
existência até vários séculos depois que a Bíblia já estava completa. Os católicos
não foram os que decidiram quais livros seriam incluídos na Bíblia ou quais seriam
omitidos. Os escritos da Bíblia estavam completos e os livros já eram
reconhecidos como inspirados e de autoridade muito tempo antes da Igreja
Católica Romana vir a existência. A Igreja católica Romana resultou de um gradual
processo pelo qual o Império Romano era visivelmente cristianizado e a Igreja era
internamente paganizada. Como o cristianismo passou a ser uma religião
proeminente no Império, homens tornaram-se membros da Igreja mas retinham
muitos de suas crenças pagãs. Crenças e práticas pagãs eram gradualmente
absorvidas e introduzidas na Teologia e vida da Igreja. Um processo de
secularização e paganização, durante os primeiros séculos da Igreja,
gradualmente trouxeram à existência a Igreja Romana.
A Bíblia unicamente é a autoridade final para a doutrina cristã. A Igreja não
tem direito de formular qualquer doutrina que não é ensinada na Bíblia. A Palavra
de Deus é o única medida para determinar o que é verdadeiro e o que é falso. É
a fonte verdadeira de autoridade para a Teologia Sistemática.

Parte I - Teologia

CAPÍTULO IV

A DOUTRINA DE DEUS

A primeira divisão da teologia sistemática é Teologia, a doutrina de Deus. Em sua


aplicação geral Teologia refere-se à toda doutrina cristã. Em sua aplicação
específica ela está limitada ao estudo de Deus, Sua existência, personalidade,
unidade, atributos, posições relativas ao universo, etc. Quando aplicada neste
sentido, ela por vezes é designada Teologia Genuína.

I. O PONTO DE PARTIDA
As primeiras quatro palavras da Bíblia descrevem não só a origem do planeta,
mas também o ponto de partida da Teologia Sistemática – “No princípio Deus”. ( In
the beginning God).
Começar com Deus, é começar com o Principal. Partir numa jornada na Sua luz é
começar com a fonte da verdade. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.
(Prov: 1:7).
Crença em Deus é o estudo de fatos revelados concernentes a Ele são os
primeiros requisitos da teologia cristã.
O Criador declarou; “ Eu sou o Alfa e Ômega, o princípio e o fim” (Apoc. 21:6). Alfa
e Ômega são a primeira e última letra do alfabeto grego. O grego é a língua da
qual se escreveu o Novo Testamento. Usando o alfabeto Inglês, Deus teria dito,
“Eu sou o A e o Z”. Nada existe antes da letra A e nada depois da letra Z. A
primeira e última letra do alfabeto constituem as fronteiras do pensamento. O
domínio total do pensamento do homem está confinado entre estas duas
extremidades. Deus é o primeiro em existência; Ele é a fonte da verdade. Todo o
que busca a verdade deve começar com Deus. A doutrina de Deus forma a base e
prerrogativa para todas as outras doutrinas bíblicas. As seis divisões
sucedendo a Teologia Sistemática estão dependentes desta primeira divisão
majoritária.Antropologia, Hamartiologia, Cristologia, Soteriologia, Eclesiologia, e
Escatologia encontram sua origem na Teologia. Quando estudantes da Bíblia
ignoram a doutrina de Deus, eles se separam da fonte do conhecimento através
do qual eles podem compreender outras doutrinas bíblicas. Os homens
apresentam pontos de vista incorretos sobre o homem, pecado, Cristo, salvação.
A Igreja, e o futuro porque tem uma visão incorreta a respeito de Deus.
Uma compreensão da doutrina de Deus forma a base para a verdadeira
espiritualidade. Embora alguns homens tenham se posto à frente de religião sem
coração religioso, a religião de coração genuíno é produto de um cabeça da
religião. A religião separada de Deus retrata o homem egoísta e vazio. Os homens
tem fé inadequada em Deus porque tem conhecimento insuficiente concernente à
Deus. Eles acreditam ser difícil orar porque não consideram a natureza dAquele
para o qual oram. Os corações dos homens raras vezes rendem-se em verdadeira
adoração porque não reconhecem a transcendência maravilhosa e infinito valor de
Deus. Para apresentar uma fé cristã adequada e uma vida espiritual vigorosa,
deve-se começar com Deus.
A doutrina de Deus é o mais importante pensamento que o homem deve
considerar. É o assunto mais sublime que se pode estudar. Fatos relacionados a
natureza de Deus e Sua obra constituem as mais significativas realidades no
universo. Jesus disse, “Esta é a vida eterna, que eles devem conhecer a Ti o único
verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
É de vital importância que os crentes estejam plenamente informados a respeito
da natureza, características e obra de Deus. Os cristãos passarão a eternidade
com Deus; deveriam desejar estar informados sobre Ele hoje.

II- Teísmo Escriturístico

1. O que é Teísmo?. O Teísmo, quando usado apropriadamente, é o termo que


designa a verdadeira doutrina de Deus. Um entendimento preciso de Deus e
Sua obra pode ser obtido somente mediante o estudo genuíno de Sua palavra.
O genuíno teísmo cristão é bíblico .Quando o homem seriamente reflete sobre
si o universo, muitas questões nascem em sua mente. Existe um Deus? Quem
é Deus? Revelou-se Deus ao homem? Qual a aparência de Deus? Qual a
relação de Deus com o universo? Qual a origem do homem, propósito e
destino em relação a Deus? O Teísmo provê as respostas para estas
questões.
2. O que afirma o Teísmo? O Teísmo bíblico afirma a existência de um Deus
vivo e verdadeiro. Deus por Si existe e por Si se revela, é infinito e Supremo
Ser. Este único Deus é uma pessoa da qual imagem o homem foi feito. Deus é
infinito, eterno, imutável, perfeito em sabedoria, presente em qualquer lugar e
todo poderoso, Seu caráter é santidade, amor e verdade. Este Ser vivente é a
fonte de toda a existência. Ele é o Criador e o Mantenedor do universo. Ele
emana dentro do universo pelo Seu poder e presença invisível e ainda
transcende sobre toda Sua criação em existência, natureza e superioridade.
Deus é Rei, Advogado e Juiz. Como Redentor, Deus está redimindo o homem
pecador para Si por meio de Seu filho, Jesus Cristo. Todos os homens são
dependentes de Deus para existirem. Eles devem a Ele adoração, obediência,
e amor.

CAPÍTULO V

Teorias Anti teísta

Em oposições aos verdadeiros fatos revelados na palavra de Deus, os homens ter


formulado muitas falsas teorias com respeito a Deus e o universo. Todas as
teorias que negam os fatos afirmados pelo Teísmo da escritura são anti-teístas.
Originalmente a raça humana era monoteísta. Os homens adoravam o único Deus
e conheciam o fato de que Ele se revelara a eles. Mediante o pecado, entretanto,
o homem deu as costas para Deus e degenerou-se nas trevas do paganismo. Os
homens caídos mudaram a glória de Deus em idolatria (Rom. 1:21-23) e mudaram
a verdade de Deus em mitologia (Rom. 1:25). Habitando na escuridão afastado de
Deus, o homem formulou várias teorías antí-teísta as quais consideramos
ateísmo, agnosticismo, panteísmo, politeísmo e deísmo.
Os fatos reais do teísmo Cristão e as falsas teorias anti-teísta são contrastadas no
quadro abaixo:

Fatos Teístas Teorias Anti - teísta

• Existência de Deus - Ateísmo


• Auto revelação de Deus - Agnosticismo
• Auto existência de Deus - Panteísmo
• Personalidade de Deus - Materialismo
• Monoteísmo - Politeísmo
• Unidade de Deus - Trinitarísmo, Triteísmo
• Providência de Deus - Deísmo

I. Ateísmo

Ateísmo nega a existência de Deus, Ateísmo é o oposto de Teísmo. O homem foi


criado de forma a normalmente crer na existência de Deus. Ateísmo é anormal.
Ateísmo, de acordo com a etimologia, significa a negação do ser de Deus. Era
aplicado pelos antigos gregos como Sócrates e outros filósofos, como indício de
que eles falharam ao adaptarem-se a religião popular. No mesmo sentido foi
aplicado aos primitivos cristãos. Desde que o uso do termo Teísmo foi
definitivamente fixado em todas as línguas modernas, o ateísmo necessariamente
se confirma com a negação pessoal de um Criador e Governador Moral. Muito
embora a crença pessoal em Deus seja resultado do reconhecimento expontanêo
de Deus manifestando –se em consciência e obras da natureza, o ateísmo se faz
possível como um estudo anormal de consciência induzida pela especulação
fantasiosa (sophistical) ou pela indulgência de paixões pecamonosas,
precisamente preceito (assunto) de idealismo. (Hodge, A.A.Outlines of Theology.
Grand Rapdes: Eerdmouns, 1949,pp.46,47).
Existem dois tipos distintos de ateísmo: ateísmo dogmático e ateísmo virtual. O
ateísmo dogmático refere-se a todo tipo de ateísmo onde os homens aberto e
categoricamente afirmam que Deus não existe. Eles explicitamente negam a
existência de Deus. O ateísmo virtual refere-se ao tipo de ateísmo pelo qual os
homens asseguram teorias mediante as quais se mostram contra a crença num
Ser Supremo ou ainda definam Deus aplicando termos que virtualmente negam
Sua existência.
Ainda ao lado dos ateístas dogmáticos e virtuais estão muitos não ateístas que
embora não neguem a existência de Deus, ignoram-no e vivem como se Ele não
existisse.
Durante o presente século, um esforço intensivo tem sido feito de modo a
propagar o ensino do ateísmo. O ateísmo dogmático, obviamente, é um dos
princípios fundamentais do moderno comunismo marxista. (Marxian).Em todas as
ocasiões que o comunismo tem feito suas conquistas políticas, a conquista tem-se
feito oportunidade para estes ensinos. Neste país uma cruzada intensiva vem
sendo empregada contra o comunismo. Ao mesmo tempo, porém, o ateísmo,
materialismo, evolução, e gentis filósofos tem abertura para espaço dominante na
moderna educação Americana.
A extensão do ateísmo nos colégios americanos, universidades, e inclusive
seminários é observado pelo Dr. Wilbur M. Smith no seu livro Therefore Stand.
(Boston: Wilde Co., 1946).
Em 1925 Charles Smith, um antigo estudante da divindade, formou uma
organização definitiva para a propagação do ateísmo especialmente nos colégios
e universidades. Era a chamada Associação Americana para o Avanço do
Ateísmo. Ateísmo está condenado à falha definitiva. Os homens normalmente
crêem em Deus. Ateísmo é anormal. O ateísmo luta numa batalha perdida. O
ateísmo anda na contra mão. Um aparente sucesso é temporário. Quando os
homens retornam à normalidade, eles retornam a crença na existência de Deus.
Henry C. Thiessen descreveu a insuficiência do ateísmo: “A posição ateísta é
muito insatisfatória, instável e arrogante”. É insatisfatória, pois todos os ateístas
necessitam de segurança pelo perdão de seus pecados; todos apresentam uma
vida fria e vazia, e nenhum deles sabe sobre paz e comunhão com Deus.
É instável, pois é contrária às mais profundas convicções do homem. Ambos
Escritura e história mostra que o homem necessariamente e universalmente crê
na existência de Deus. O ateísta virtual testifica deste fato quando adota uma
abstração para explicar para o mundo e sua vida . É arrogante, pois pretende
realmente ser uniciente. A sabedoria limitada pode julgar a existência de Deus,
mas a sabedoria extensa sobre todas as coisas, inteligência e tempos é
necessário para posição de que a primeira é nada. O ateísta dogmático é
explicado como sendo condição anormal. Assim como o pêndulo de um relógio
pode ser empurrado para fora do centro por força interna ou externa, e assim a
mente do homem pode ser desviada de sua posição normal mediante falsa
filosofia. Quando esta força é removida, ambos, o pêndulo e a mente humana
retornam à posição normal. (Thiessen, Henry C. Lectures in Systematic Theology.
Grand Rapids: Eerdmans 1951,pp. 65,66.).
Por que os homens são ateístas? O ateísmo é um esforço racional para liberar a
consciência culpada do homem quando nega a existência de Deus em função do
pecado. Lovis Berkhof explica:
“Em última análise o ateísmo resulta do estado de perversão moral do homem e
de seu desejo de escapar de Deus. Ela é deliberadamente cega e suprime o
instinto mais fundamental do homem, as mais profundas necessidades da alma,
as mais altas aspirações do espírito humano, o desejo de um coração que anseia
por um Ser superior. (Berkhof, Louis. Systematic Theology. Grand
Rapids:Eerdmans, 1949,p. 22).

II- Agnosticismo

Agnosticismo nega que Deus pode ser conhecido. Os agnósticos afirmam que não
há informação disponível o suficiente para se saber se Deus existe ou não. O
defensor do agnosticismo insiste em que ele não é ateísta .Ele diz, “eu não digo
que Deus não existe; eu desconheço sua existência.”. Agnosticismo que o
conhecimento é limitado aos fatos que podem ser demonstrados. É impossível,
porém, ao homem conhecer qualquer coisa a respeito da existência de Deus, a
natureza de Deus, ou o propósito do universo. Agnosticismo nega o fato de que
Deus tem Se revelado ao homem e que o homem está apto a conhecê-lo. Desde o
tempo dos sofistas gregos (500-400 Ac.) até o presente, muitos sistemas de
filosofia tem incorporado dúvidas, cepticismo, e agnosticismo. Alguns dos filósofos
agnósticos do passado foram David Hume (1711-1776), Immanuel Kant (1724-
1804), Sir William Hamilton, Auguste Comte (1798-1857), Herbert Spencer (1820-
1903), e Thomas H. Huxley (1825-1895). Bertrand Russell é um dos líderes
agnosticista do século presente. Russell é um cidadão inglês, nascido em 1872.
Num artigo “O que é um agnóstico?” que aparece na revista Look (olhe) em 1953,
Bertrand Russell escreveu: “ O agnóstico levanta a questão (julgamento), dizendo
que não há alicerce suficiente para afirmação ou negação. Ao mesmo tempo pode
assegurar que a existência de Deus embora não impossível, é muito improvável;
ele pode inclusive considerá-la improvável de forma a ser sem méritos
considerando a prática. A sua atitude pode ser a que um cauteloso filósofo teria
diante dos deuses da antiga Grécia. Se me fosse questionado mediante provas
que Zeus, Poseidon e Hera e os demais deuses do Olimpo não existem, eu estaria
perdido para encontrar argumentos conclusivos. Um agnóstico pode imaginar o
|Deus Cristão tão improvável como os do Olimpo; neste caso, ele é por
conseguinte um com os ateístas.

III- Panteísmo

Panteísmo é a crença de que Deus é a soma total de todas as coisas criadas.


Panteísmo afirma que Deus e o universo são idênticos. Eles afirmam que Deus é
tudo e tudo é Deus. De acordo com esta teoria a existência de Deus não
independe de Suas criaturas. Panteísmo nega a personalidade de Deus. O
panteísmo tem uma das mais prevalecentes filosofias religiosas do homem. É o
fundamento da filosofia do Hinduísmo. Era defendida por filósofos gregos e
místicos medievais. É defendido por muitos filósofos modernos e muitos cultos
religiosos modernos. Alguns dos líderes filósofos que tem advogado o panteísmo
em tempos modernos são Giordano Bruno (1549-1600), Baruch Spinoza (1632-
1677), F.W.J. Schelling (1775-1854), e Hegel (1770-1831).Contrário ao panteísmo
o teísmo assegura a verdade que Deus é uma pessoa e que Sua existência
independe de Sua criação .Deus e o universo não são idênticos; ambos são duas
unidades separadas em existência .Deus é o Criador, o universo é o que foi
criado .O universo existe deve sua existência a Deus; e Deus existe por Si. O
universo teve um princípio no tempo, Deus existe desde a eternidade. Houve um
tempo em que o universo não existiu. Naquele momento Deus já existia só. Dois
termos designam Deus em relação ao universo. Imanência refere-se ao fato de
que o poder de Deus é onipresente através do universo. Transcendência afirma
que Deus é infinitamente superior a Sua criação e Sua existência independe de
sua obra. O panteísmo super enfatiza a imanência de Deus excluindo a Sua
transcendência. O Oposto extremo do panteísmo é o deísmo. O Deísmo super
enfatiza a transcendência de Deus de forma a excluir Sua imanência.

IV - Politeísmo

Politeísmo é a crença em muitos deuses. É o oposto do monoteísmo o qual afirma


crença num único Deus. Originalmente a humanidade era monoteísta. Este fato
não só na Bíblia é comentado, mas também na história e antropologia. A
humanidade foi criada inteligente, civilizada, monoteísta. A raça humana se
degenerou do jardim para a selva, da civilização para selvageria, e do monoteísmo
para o politeísmo. A origem do politeísmo é descrito em Romanos 1:20-23, “Pois
as suas coisas invisíveis desde a criação do mundo claramente se vêem, sendo
compreendido pelas coisas criadas, inclusive Seu poder e divindade, assim que
não há escusas: pois que, quando conheceram a Deus, não o glorificaram como
Deus, nem foram agradecidos; mas se tornaram vãos em suas imaginações, e
seus corações insensatos se escureceram. Dizendo-se sábios, se fizeram tolos, e
mudaram a glória do Deus incorruptível em imagem de homem corruptível, de
pássaros, e quadrúpedes e répteis.”

V- Deísmo

Deísmo é a filosofia que nega a providência de Deus ou o governo do universo.


Os deístas crêem que Deus criou o universo em algum tempo no passado, mas
desde então não tem o que fazer com ele.
Eles explicam que o universo, como um relógio, foi impulsionado pelo Criador e
deixado por si. O deísmo nega a inspiração da Bíblia, milagres, resposta à oração,
e a presença de Deus no mundo.
O deísmo inglês, nasceu de controvérsias em questões religiosas nos recentes
dois séculos. A descoberta Copernica e a obra de Francis Bacon também
contribuíram à sua origem. Lord Herbert, de Cherbury (1581-1648), é conhecido
como o “pai do deísmo”.Thomas Hobbes (1588-1679), Charles Blount (1654-
1693), Antiny Collins (1676-1729), Mattew Tinda (1657-1733), Lord Bolingbroke
(1678-1751), e Thomas Paine (1737-1809) foram ingleses deístas.
Na França o movimento deísta não sobressaiu até um século depois de seu
nascimento na Inglaterra. Voltaire (1694-1778) e Rossean (1712-1778) pod4em
ser classificados como deístas franceses. Algumas teorias evolucionárias
modernas são deístas quando explanam sobre o universo. (Thiessen. Op. Cit., p.
75).

CAPÍTULO VI

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Tendo colocado o ensino bíblico concernente a Doutrina de Deus e havendo


investigado algumas das teorias antiteísta, nós vamos agora considerar a
existência de Deus. Antes de estudarmos os argumentos clássicos da existência
de Deus, é bom reconhecermos que a existência de Deus é confirmada como
verdade pela Bíblia e que a crença na Sua existência se verifica entre todas as
nações.

I- Confirmado como verdade pelas Escrituras.

A existência de Deus é reconhecida como um fato pelos escritores da Bíblia. É


considerada como uma realidade que não requer provas. As palavras de abertura
da Bíblia anunciam o fato e existência de Deus. “No princípio Deus”. (Gen. 1:1).
A crença na existência de Deus é fato assumido pela fé Cristã. O cristão declara,
“Eu acredito em Deus.” Sem sombra de dúvida, o crente afirma que Deus existe.
O escritor de Hebreus insistiu, “O que se achega a Deus deve crer que Ele existe
e é galardoado daqueles que diligentemente o buscam”. (Heb. 11:6).
Dr. William Newton Clarke escreveu:
A doutrina cristã de Deus não começa com prova, ela principia com anúncio que é
feita pela fé cristã em conseqüência da revelação cristã. A fé não começa na
busca de um Deus desconhecido, ou para confirmar que Deus existe: ela ouve a
Sua voz e começa em confiança na Sua realidade. Ela assume que a existência
de Deus como uma primeira certeza, e então prossegue a aprender sobre Ele tudo
o que pode ser aprendido. Podem haver outros meios de aproximação do
conhecimento de Deus, mas a maneira Cristã o reconhecimento é mais que a
demonstração. (Clarke, Willian Newton. The Christian Doctrine of God. New York;
Seribners, 1909, p.56).
Capítulos inteiros da Bíblia são devotados a assuntos específicos, como a
Segunda vinda de Cristo (1 Tess. 4; Mat. 25; etc.), o sacrifício de Cristo (Isa. 53), a
ressurreição (I Cor. 15), fé (Heb.11) amor (I Cor. 13), e os atributos de Deus
(Salm. 139). Não há capítulos, porém, que são devotados inteiramente a provar a
existência de Deus. Os escritores das Escrituras reconheceram a existência de
Deus como fato auto evidente que não demanda prova.
Em raciocínio formas de argumenta do conhecido para o desconhecido e do mais
aparente para o menos aparente. Willian G.T. Shedd explicou que a Bíblia não
busca provar a existência de Deus porque ela já é um dos fatos mais óbvios. Ele
escreveu:
“A razão pela qual as escrituras não fazem provisão contra o ateísmo especulativo
por raciocínio de *logística é que, a razão *silogística parte da premissa do que é
mais óbvio e certo, do que a conclusão desenhada da especulação, e eles não
concedem que qualquer premissa necessária seja colocada de forma a desenhar
a conclusão que existe um Ser Supremo, este jamais intuitivamente certa que a
própria conclusão. “(Shedd, W.G.T. Dogmatic Theology. Grand Rapids: tondervan
Publishing House, 1953,Vol. I. p.196).

II- Os homens normalmente crêem em Deus.

Deus criou o homem com habilidade nata para reconhecer Sua existência.
Quando o homem em sua natural condição reflete seriamente sobre o universo, o
reconhecimento da existência de Deus naturalmente nasce em sua mente.
Quando se diz a uma criança que Deus existe, ela espontaneamente percebe isto
como verdade. O homem foi criado de forma a ser naturalmente religioso. É
normal para o homem o crer em Deus, e é anormal para ele ser um ateísta.
Ninguém pode se surpreender, sendo assim, que a crença de um ser supremo ou
seres sejam encontrados entre todos os homens. Paganismo corrompeu a glória
de Deus em idolatria e a verdade de Deus em mitologia, mas o reconhecimento de
Sua existência ainda é evidente. A falsificação prova a realidade desta verdade.
Em toda a raça e tribo na terra, e em toda a civilização na história, a existência de
um ser ou seres supremos tem sido reconhecido pelos homens. Este fato
maravilhoso é um testemunho da existência de Deus. Um missionário que
anunciou na África escreveu:
“Antes de tudo, todos os pagãos sabem que existe um Deus. Não existe ateístas
entre as tribos pagãs. Muita tolice como a crença ateísta está reservada para os
homens em terras de cultura, os quais “professam-se sábios.” Nunca foi
descoberto sobre a face da terra uma tribo de pessoas, embora pequena ou
corrompida, que não creu em algum tipo de deus ou teve algum sistema de
adoração. Não importa quão ignorante ou degradada, toda tribo ou raça de
homens tem alguma religião. (Weiss, G. Christian. “They Know More than you
Think,”Christian life, October 1950, p. 13).João Calvino refere-se a observação
similar de Cícero, por exemplo, que a crença num ser supremo ou seres é
encontrado entre todos os homens.(Calvin Institutes of the Christian Religion.
Grand Rapids: Eerdmans, 1949, Vol. I, p. 54).
A existência de Deus é reconhecida como fundamental ou primeira verdade. É
uma instituição racional. É um fato que não requer prova. É como uma evidência
da geometria. Este fato, como a existência do espaço e tempo, deve ser assumido
no raciocínio, de forma a construir a base para toda observação e pensamento.
(Strong, A.H. Systematic Theology. Philadelphia: Judson Press, 1907, pp 52-54).

III- Argumentos Clássicos Para a Existência de Deus.

Há três argumentos clássicos para a existência de Deus. Estes argumentos,


derivados do homem em observação a natureza e seu raciocínio em relação a
Deus, tem sido aplicados pelos pensadores religiosos desde tempos remotos. Eles
são os argumentos Cosmológico, Teleológico e Antropológico.
O argumento Cosmológico posiciona a existência de Deus como a Primeira
Causa. A palavra cosmológica deriva do grego Kosmos, mundo ou arranjo
ordenado.
O argumento Teleológico trata a existência de Deus como o Grande Arquiteto. A
palavra “teleológico” deriva da palavra grega “telos” desenho ou fim.
O argumento Antropológico trata da existência de Deus como o legislador Moral e
Juiz. A palavra “antropológica” é derivada do grego “antropos”, homem.
Estes três argumentos estão interrelacionado e são complementares entre si.
Cada argumento sucessivo confirma a conclusão precedente e fornece informação
adicional com respeito a Deus. O argumento cosmológico revela Deus como
eterno, auto-existência como Primeira Causa. O argumento Teleológico afirma que
esta Primeira Causa possui inteligência e vontade. O argumento antropológico
trata outro passo adiante.Revela a inteligência pessoal da Primeira Causa como
quem possui santidade, justiça e verdade.
Estes três argumentos realmente constituem partes do maior argumento. Cada
argumento considerado isoladamente fica incompleto. Considerado juntos formam
um valioso argumento para a existência de Deus.
1. O argumento Cosmológico. A existência de criaturas requer a existência de
um Criador. Todo efeito deve apresentar uma causa adequada. O universo não
existiu sempre. Houve um tempo em que o universo não existiu. O universo
necessariamente teve uma origem. O Originador, a fonte, a Primeira Causa de
toda existência é Deus. De toda a existência, Deus somente não constituiu
causa, não teve princípio. Antes de criar o universo, Deus já existia só. Deus é
a Primeira Causa do universo. O escritor de Hebreus confirmou este
argumento quando disse: “Toda casa é edificada por algum homem; mas o que
edificou todas as coisas é Deus”. (Hebreus 3:4).
Archibald Alexander Hodge, professor no Seminário Teológico de Princeton (1877-
1886), colocou o argumento Cosmológico em forma de silogismo:
Maior premissa – Toda nova existência ou mudança em qualquer coisa
previamente existente deve apresentar a causa preexistentes e adequada.
Menor premissa – O universo como um todo em todas as suas partes é um
sistema de mudanças.
Conclusão – Portanto o universo deve Ter uma causa exterior para si, e a causa
definitiva ou absoluta deve ser eterna, não derivada e imutável. (Op. cit.,p 33).
O universo seria eterno ou não eterno. Teria existido desde a eternidade ou teria
uma origem definida no tempo. Se o universo teve uma origem, necessariamente
houve um Originador para trazê-lo a existência. Este Originador é Deus. O
universo nem sempre existiu. A matéria não é eterna. O universo teve uma origem
definida e Originador. A ciência moderna descobriu muitos fatores os quais
provam que o universo teve um início definido no tempo. Um destes fatores é a
expansão do universo. O fato de que todas as galáxias estrelares estarem
flutuando longe das outras pelo espaço é indício de que elas haviam estado em
ponto central um dia.
Se alguém assume que todas as galáxias que hoje vemos tem viajado pelos
*eons do tempo cósmico nas mesmas direções relativas e nas mesmas
velocidades relativas – as galáxias mais distantes velozmente, as mais próximas
com índices de menor velocidade – a nascente corolário emerge em que tudo
começou na mesma região e ao mesmo tempo. Cálculos feitos a partir de medidas
atuais de suas taxas de recessão indica que a jornada cósmica destas galáxias
começaram cerca de cinco bilhões de anos atrás. O fato extraordinário sobre esta
figura é que ela coincide com recentes descobertas quanto a provável idade de
substâncias radiativas encontradas na crosta terrestre, e as mais velhas estrelas
derivadas de modernas teorias da evolução estelar. Todas as pistas da ciência
direcionam para um tempo de criação quando os fogos cósmicos eram inflamados
e a vasta apresentação do presente universo veio a existir. (Barnett , Lincoln. “The
World We Live in: The Starry Universe,”Life, Dezembro 20, 1954, p.64). Para
futura discussão respeito a temporalidade do universo, o leitor é direcionado para
Bernard Ramm: The Christian View of Science and Scripture, pp. 151-156, (Grand
Rapids: Eerdemans, 1954.).
2. O argumento Teleológico. Deus deixou suas impressões digitais em tudo o
que se fez. Para onde quer que se olhe na natureza pode-se ver os digitais de
Deus. Ordem e formas em toda parte na natureza identifica o universo como
manufatura de Deus.
“Os céus declaram a glória de Deus; e o firmamento mostra a obra das Suas
mãos” (Salmos 19:1). “As coisas invisíveis Dele, desde a fundação do mundo são
claramente vistas, compreendidas pelas coisas criadas, inclusive Seu eterno
poder e divindade”. (Rom. 1:20).
“Aquele que formou o ouvido, não ouvirá? Aquele que formou o olho, não verá?”
(Salmos 94:9) “Oh Senhor, quão variadas são tuas obras! Em sabedoria Tu as tem
criado: a terra está cheia de tuas riquezas”. (Salmos 104:24). “Quando considero
teus céus, a obra de teus dedos, a lua e as estrelas, as quais ordenaste, que é o
homem, para que tu te lembres dele?” (Salmos 8:3,4). O universo em toda a sua
imensidão revela habilidade e beleza artística. Se mostra como resultado de
infinita sabedoria e tremendo poder. Se pode observar equilíbrio, propósito
inteligente, e precisão matemática através de toda a natureza, da estrutura do
átomo ao movimento das estrelas.
O universo em toda a sua complexidade e precisão não pode Ter resultado de
acidente ou ocasião. É obra de um Criador inteligente.
Desde que a causa é maior que o efeito, Deus deve ser maior que Sua criação.
Desde que o universo revele a obra de desenho e razão, o Criador deve possuir
inteligência e vontade.
O argumento Teleológico é conhecido também como o argumento do projeto. É
um dos mais freqüentemente aplicados na prova da existência de Deus por Suas
obras. Foi usada por Platão quando disse: “Deus geometriza.” Este argumento foi
usado por muitos outros filósofos não- Cristãos, como Cícero, Xenophon, e
Goden. Talvez a mais famosa discussão sobre este argumento por um escritor
cristão seja Natural Theology de William Paley. Outras obras de suporte em
relação ao argumento teleológico inclue: The Bridgewater Treatises, doze volumes
escritos por cientistas líderes na Inglaterra (1833-1836); Sir James Jeans “O
Misterioso Universo”; W.J. Handerson The Fitness of the Environment and the
Order of Nature; F.R. Tennant Philosophival Theology; W. Fulton no artigo
“Teologia” Hastings Encuclopédia of Religion and Ethes.
3. O argumento antropológico. Os dois primeiros argumentos consideram
provas derivadas do universo como um todo. O argumento antropológico
considera indicações da existência de Deus oriundos do próprio homem. A
consciência do homem testifica que um Governante Moral, Legislador e Juiz,
exista. Sem a existência de Deus, a consciência do homem é inexplicável.
Augustus H. Strong escreveu: “A natureza moral do homem prova a existência
de um santo Legislador e Juiz. Os elementos desta prova são: - (a) consciência
reconhece a existência de uma lei moral que tem suprema autoridade. (b)
Violações conhecidas desta lei moral são seguidas de sentimento de
desconforto e temor de juízo. (c) A lei moral, desde que não é auto imposta, e
estes tratados de julgamento desde que não auto executáveis,
respectivamente argumentam a existência de uma santa vontade imposta pela
lei, e um poder primitivo que executará o acordo de natureza
moral.”(Op.cit.,p.82). O argumento para a existência de Deus derivado da
natureza Moral do homem é apresentada em parte em um do famoso livro “The
Case for Christianity de C.S. Lewis. (New York: Macmillan, 1951.). A natureza
intelectual do homem prova a existência de uma inteligente Primeira Causa. A
natureza emocional do homem indica a existência de Um que em si é objeto de
satisfação para a afeição humana. O coração humano não tem descanso “ até
que descansa em Deus” (Augustine), pois Deus fez o homem. O poder de
escolha do homem demanda a existência de um Ser que em Si é a meta que
atrairá as mais nobres ações do homem e garante seus maiores progressos.
(Strong. Op. cit., pp. 81-83).
4. O argumento Ontológico. Somado aos três argumentos citados
anteriormente , há um outro clássico argumento para a existência de Deus. É o
argumento antológico. Este argumento buscou provar que Deus é infinito dado
ao fato do homem, que é finito e imperfeito, Ter a idéia de um Ser perfeito e
infinito.
O argumento Ontológico foi proposto por Anselm, Arcebispo de Canterbury (1693-
1109), em seu Proslogium, por Des Cartes (1596-1650) em suas Meditations, e
por Samuel Clarke (1705) em Demonstration of the Being and Atributes of God.

IV – A Testemunha do Sobrenatural

Deus revelando-se à humanidade por eventos sobrenaturais constituem


indicações adicionais de Sua existência. Deus tem deixado testemunhas de Sua
existência não só no universo material e na natureza moral do homem, mas
também na história da vida dos homens. Deus revelando-se pelo sobrenatural
implica na Sua existência.
A Bíblia como um livro divino prova a existência de Deus. Sem a existência de um
autor divino, a Bíblia não pode ser explicada. O fato da existência deste
maravilhoso livro prova a existência do Seu autor. A Bíblia relata Deus revelando-
se a humanidade.
A Bíblia, portanto, é uma autêntica fonte de material para prova de Sua existência.
O cumprimento de incontáveis profecias Bíblicas em detalhes minuciosos prova a
existência de Alguém que predisse estes eventos. (Isa. 45:21; 46:9-11) Milagres,
os quais ocorreram na história e foram gravados na Bíblia, podem ser explicados
satisfatoriamente somente como uma obra do poder sobrenatural.
A vida sobrenatural de Cristo, incluso seu singular nascimento, sua eficácia em
prover milagres, e Sua ressurreição para a imortalidade, indica a existência de
Deus. Um ateísta admitiu que nem tanto a Bíblia mas sim o Cristo da Bíblia que
ele não conseguia explicar.
A conversão do Cristão e a tremenda influência do cristianismo sobre o mundo só
pode ser entendido pela existência de Deus. O testemunho de milhares de
pessoas que tem experimentado transformações marcantes indica a obra
sobrenatural de Cristo e a existência de Deus. Assim como se assegura a um
homem cego a existência do sol pelo calor e seu brilho, assim os cristãos
asseguram que Deus existe pelo efeito da transformação pelo Seu poder.

CAPÍTULO VII

A AUTO – REVELAÇÃO DE DEUS

Agnósticos e cépticos afirmam que o homem conhecer de uma outra forma da


existência de Deus. Eles insistem que Deus não existe, é impossível para o
homem saber algo sobre Ele. Por eles, Deus escondeu –Se em obscuridade e o
homem deve permanecer em perpétua ignorância respeito à Sua natureza.
O teísmo cristão, por outro lado, afirma categoricamente que a existência de Deus
é certa, os homens podem conhecer muito sobre Deus. A auto-revelação de Deus
é o antídoto para o agnosticismo.

I- Deus pode ser conhecido


Os homens podem adquirir o definitivo conhecimento com respeito a existência de
Deus, natureza, atributos, obras, e planos para o futuro. Embora não podemos
saber tudo sobre Deus em Sua infinita perfeição e não podemos saber tudo o que
Deus sabe, podemos saber muito sobre Deus pois Ele tem se revelado ao
homem.
O conhecimento do homem em relação a Deus resulta da auto revelação em
resposta. Em todas as coisas Deus toma a iniciativa; Ele é sempre primeiro. Nós
O amamos, pois primeiro nos amou. Abrimos a porta de nossos corações pois Ele
primeiro ficou lá batendo, buscando entrada. O pecador busca por Deus pois Deus
primeiro buscou o pecador. O homem adquire conhecimento sobre Deus pois
Deus primeiro revelou-se ao homem. O que o homem descobre é baseado em
que Deus descobre. O que o homem adquire se faz possível pelo que Deus tem
dado. Deus falou; o homem ouve. Deus descobre; o homem contempla. Deus
revela a Si; o homem aprende sobre Ele.
Certamente, nunca poderíamos conhecer Deus se Ele não houvesse Se revelado.
Mas, o que dizemos por “ revelação”? Por revelação queremos dizer o ato de
Deus pelo qual ele se descobre e comunica a verdade a mente; pelo qual Ele se
fez manifesto a Suas criaturas, que de outra forma não seria conhecido. A
revelação pode ocorrer num ato único e instantâneo, ou pode se estender por
longo período de tempo; e esta Sua comunicação de Si e Sua verdade pode ser
perceptível pela mente humana em vários degraus de perfeição. (Thiessen. Op.
cit. p. 31).

II- Como Deus se tem revelado

Deus tem se revelado de forma geral à humanidade como um todo. Ele tem se
revelado de maneira especial aos crentes. De maneira geral Deus tem se revelado
pelas Suas obras criadas, pela consciência do homem, e Sua intervenção na
história das nações. De maneira especial Deus tem se revelado pela Bíblia e a
vida de Jesus Cristo. A revelação geral de Deus tem a intenção de mostrar a
existência de Deus, a culpa do homem pelo pecado, e sua necessidade de
salvação. A revelação especial de Deus tem a intenção não só de revelar a
natureza de Deus e o homem na necessidade de salvação, mas também mostrar
a providência de Deus para salvação pela Sua graça e a morte sacrificial de
Cristo.

1. Revelação Geral de Deus. Os homens podem aprender alguns fatos sobre


Deus pela observância das coisas que Deus fez. Num certo grau a criatura
revela o Criador. “Pois Suas coisas invisíveis desde a criação do mundo são
claramente vistas, inclusive seu eterno poder e divindade; de forma que eles
ficam inescusáveis.” (Rom. 1:20). “ Contudo, não deixou de testemunhar de si,
em que fez misericórdia, e nos deu chuva do céu, e estações frutíferas,
enchendo nossos corações de mantimento e alegria”. (Atos 14:17).
Deus tem se revelado como Legislador Moral e santo Juiz pela consciência do
homem. Paulo disse, “Pois quando os gentios, que não tem a lei, fazem pela
natureza as coisas contidas na lei, estes, não tendo lei, são a lei para si mesmos:
os quais mostram a lei escrita em seus corações, tendo sua consciência como
testemunha, e seus pensamentos, quer acusando ou defendendo-os”. (Rom.
2:14,15).
Então, Deus tem se revelado a humanidade através de Sua obra de providência
na história das nações. Os juízos divinos históricos – o dilúvio, dispersão das
nações da Torre de Babel, destruição de Sodoma e Gomorra, as pragas do Egito,
o cativeiro de Israel, etc. – foram revelações de Deus. Previsões cumpridas feitas
por Deus com respeito as antigas nações foram divinamente auto-revelações. Em
Sua providência Deus usa uma nação para punir outra nação e tem Suas mãos
que guiam o destino das nações. (Leia Habacuque).
De acordo com Ezequiel o reconhecimento da obra de Deus entre as nações será
o principal resultado no cumprimento de futuras profecias.
A frase chave de Ezequiel é “e eles saberão que Eu sou Deus.”

2. Revelação especial de Deus. A grande mensagem de Deus para a


humanidade está gravada na Escritura. A Bíblia é o principal meio através do
qual Deus tem se revelado à raça humana. “ A escritura do Antigo e Novo
Testamento são os únicos órgãos mediante os quais, durante a presente
dispensação, Deus transmite a nós o conhecimento de sua vontade sobre o
que devemos crer em relação a Ele, e que obrigação Ele requer de
nós.”(Hodge, A.ª Op. cit., p.82). Para aprender sobre Deus, deve-se estudar e
meditar sobre Suas palavras. A Bíblia registra a revelação que Deus faz de Si
através do Seu unigênito Filho, Jesus Cristo. Em sua vida imaculada Jesus
refletiu o santo caráter de Deus. Em Seus ensinos e milagres Jesus revelou a
vontade de Deus e a mensagem para o homem. Em Seu sacrifício de morte
Jesus revelou o infinito amor de Deus e a providência para salvação. Em sua
ressurreição gloriosa para a imortalidade, Jesus revelou o infinito poder de
Deus e a promessa da futura ressurreição dos crentes. “Deus, que em tempos
diversos e por várias maneiras falou no passado aos pais pelos profetas, tem
nos últimos dias falado conosco por Seu filho. “ Heb. 1:1,2). Jesus é uma
janela aberta através de Quem se pode ver claramente a auto-revelação de
Deus.
O estudo da palavra inspirada de Deus é naturalmente necessário para se
aprender da revelação de Deus através de Cristo.

III- Inspiração da Bíblia

Os sessenta e seis livros da Bíblia constituem a palavra inspirada de Deus.


A Bíblia é genuína. Os livros da Bíblia são autênticos. Eles não são falsificados.
Atualmente os livros foram escritos por homens para os quais são aplicados. Por
exemplo, o evangelho de Marcos foi escrito por Marcos, a Epístola aos Romanos
foi escrito por Paulo e o Apocalipse foi escrito por João. Eles não são espúrios.
Eles não foram escritos por homens nos últimos séculos. Eles são genuínos.
A Bíblia é confiável. Os livros da Bíblia relatam eventos que aconteceram
atualmente e descreve homens que realmente viveram.
Os ensinos doutrinários escritos na Bíblia são verdade. Os homens que
escreveram a Bíblia foram honestos. Seus escritos harmonizam entre si
perfeitamente. A história e a arqueologia confirma a veracidade da Bíblia. Estes
mostram que a Bíblia não é fictícia mas confiável.
Os sessenta e seis livros da Bíblia são canonicos e constituem o canon completo
das Sagradas Escrituras. Eles são os únicos livros que se qualificam como os que
incorporam com autoridade de divina revelação. A Bíblia é inspirada. Ela teve
origem sobrenatural. É a Palavra de Deus, a mensagem de Deus”. “Toda escritura
é dada pela inspiração de Deus”. (2 Tim. 3:16). “Pois a profecia não veio
antigamente pela vontade do homem: mas santos homens de Deus falaram a
medida que eram movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21).
Por inspiração verbal significa que, nos escritos originais, o espírito guiou na
escolha das palavras usadas. Entretanto, a autoria humana foi respeitada para se
compreender que as características dos escritores foram preservadas e seus
estilos e vocabulários foram aplicados, mas sem cometimento do erro.
Mediante plena inspiração diz-se da precisão que assegura a inspiração verbal,
extensivo a toda parte da Bíblia, de forma que em todas partes são infalíveis
quanto à verdade e final como divina inspiração. (Chafer. Op.cit.,Vol. I., p.71).
A inspiração da Bíblia é evidenciada dado ao fato da própria Bíblia afirmar ser a
inspiração da Palavra de Deus. Os escritores do Velho Testamento, por exemplo,
usaram muitas colocações como “Então disse o Senhor” mais de 3800 vezes.
Jesus e os apóstolos reconheceram o Antigo Testamento como digno de
autoridade e inspirado. Os apóstolos afirmaram Ter recebido o Espírito e terem
falado sob Sua influência e autoridade. A maravilhosa unidade do escrito Bíblico
por mais de quarenta homens durante um período de tempo ou mais de dezesseis
séculos mostra sua origem divina. O exato cumprimento das profecias, o sublime
padrão de conduta requerida pelos homens, a tremenda influência que tem
exercido na vida dos homens, a sobrevivência por séculos de oposição, e sua
confirmação pela arqueologia, história , e verdadeira ciência estão entre as tantas
evidências
da inspiração da Bíblia.

CAPÍTULO VIII

A PERSONALIDADE DE DEUS

Deus é uma pessoa vivente. Ele possui vida, auto-existência , e caráter. Os três
elementos da personalidade são intelecto, sensibilidade e vontade. Ele que é uma
pessoa tem habilidade para pensar, sentir e escolher. A Bíblia prova que Deus é
uma pessoa descrevendo os atributos de Sua personalidade. Deus tem habilidade
pra pensar, sentir e escolher. Ele vê, ouve, conhece, fala, ama, deseja e trabalha.
A verdadeira religião se faz possível porque Deus é uma pessoa a quem o crente
pode amar, adorar, conhecer, e obedecer.
Um relacionamento pessoal entre Deus e o homem tem sido possível porque
Deus é uma pessoa e o homem foi criado à Sua imagem. Quando o crente ora ,
ele sabe que Deus verá e ouvirá e responderá. A salvação é o processo mediante
o qual os pecadores são colocados em uma relação redentiva com esta pessoa
divina pela obra mediatória de Jesus Cristo.
I- Uma Pessoa Vivente

Ele que criou, sustenta, e governa o universo é uma pessoa vivente. “Vós
deveríeis converter-vos destas vaidade ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar
e as coisas que nele há”(Atos 14:15). O Criador é maior que a criatura.
O Autor da vida deve ter tido vida em Si de forma a dar vida a Suas criaturas.
Os homens possuem vida e personalidade. Eles tem ao poder de autoconsciência
e autodeterminação. Visto que Deus é maior que o homem, Deus deve ser uma
pessoa vivente.
Paulo usou um argumento similar quando ele tratava com os filósofos em Atenas.
“Pois Nele nós vivemos, e movemos, e existimos; tão certo também vossos poetas
disseram: Somos também sua geração. Portanto então como sendo geração de
Deus, nós não havemos de pensar que a divindade é como o ouro, prata, a pedra,
esculpida pela arte e projeto do homem.” (Atos 17:28,29).

II- Existência - Própria

O vivente, e Deus pessoal é auto-existente. A fonte de Sua existência está em Si.


Todos os homens e criaturas no universo estão dependentes de Deus para vida.
Estes receberam suas existências através Dele. Se não fosse por Deus, estes não
poderiam viver. Deus, por outro lado, possui vida em Si mesmo. Ele existe sem
dependência de Suas obras. Deus vive antes da criação do universo. O universo
está dependente de Deus, mas Deus independe do universo para existir.

III- NEGAÇÃO DA PERSONALIDADE DE DEUS

1. IDOLATRIA. Os homens que adoram ídolos negam a personalidade de Deus.


Denunciando a idolatria que prevalecia nas antigas nações, os profetas
bíblicos fortemente enfatizaram a verdade em ser Deus uma pessoa vivente.
Eles mostraram que os ídolos são inanimados, sem vida, impessoal. “Seus
ídolos são prata e ouro, a obra das mãos dos homens. Eles tem boca, mas não
falam, olhos tem, mas não vêem: tem ouvido, mas eles não ouvem: narizes,
mas eles não cheiram: eles tem mãos, mas não tocam: eles tem pés, mas não
andam: nem mesmo falam por suas......Eles que os fizeram são semelhantes,
assim como qualquer que nele confiam. Oh, Israel, confia no Senhor: Ele é
vossa ajuda e vossa....”(Salmos 115:4-9). Descrevendo Deus em contraste aos
ídolos, Jeremias declarou, “Mas o Senhor é o verdadeiro Deus, Ele é o Deus
vivo, e um rei eterno”. (Jer. 10:10).
Os profetas bíblicos mostraram a superioridade de Deus em relação aos ídolos
dizendo que os ídolos são coisas enquanto Deus é uma pessoa. Os homens
fazem ídolos, mas Deus fez os homens. Se os construtores de ídolos são homens,
muito mais verdade ainda é que Deus é uma pessoa!
2. MATERIALISMO. Muitos modernos filósofos negam a personalidade de Deus.
Alguns homens referem-se a Deus como lei ou Força impessoal. Eles o
comparam a eletricidade, gravidade, ou energia atômica. Eles o descrevem
como poder infinito e impessoal. Outros homens pensam em Deus como um
mero ideal. Eles dizem que Deus é um outro nome para bondade, verdade e
beleza. Este pensamento é freqüentemente expresso na literatura

3. PANTEÍSMO. O panteísmo nega a personalidade de Deus.Ele afirma que


Deus é tudo e tudo é Deus. Deus inexiste sem Suas criaturas. Ele afirma que
se o universo deixar de existir, Deus assim cessaria a existência. Por vezes Ele
é descrito como a “Palavra Alma”, “Pensamento Universal”, a “Divino
Princípio.” Muitos cultos religiosos modernos incorporam o panteísmo. Alguns
destes cultos que negam a personalidade de Deus são a Ciência Cristã,
Unidade, Divina Ciência, Theosofia e Espiritualismo.Os cristãos bíblicos
rejeitam o panteísmo. Eles afirmam crer em Deus como uma pessoa vivente e
amável. Com Paulo declaram: “Nós confiamos no Deus vivo.” ( I Tim. 4:10).

IV. NATUREZA FÍSICA DE DEUS

Qual a natureza física de Deus? Ele possui um corpo como os homens


apresentam? Deus é orgânico ou inorgânico? Ele é material ou imaterial? Existe 2
teorias concernentes a natureza física de Deus: (1) A teoria imaterialista, e (2) a
teoria antropomórfica.

1. A Teoria Imaterialista. Alguns homens acreditam que Deus é uma pessoa


mas que Ele não tem corpo físico material. A Profissão de Fé de Westminister
declara: “Existe um Deus vivo e verdadeiro, que é infinito na existência e
perfeição, um mais puro espírito, invisível, sem corpo, partes a paixões.” De
acordo com esta teoria, Deus criou o homem em Sua imagem intelecto-moral
mas não na Sua imagem física. Os escritos que posicionam que Deus tem uma
cabeça, cabelo, mente, face, olhos, ouvidos, nariz, boca, voz, braço, mãos, pés
e habitando lugares são explicados como sendo meramente expressões
humana usadas pelos escritores bíblicos de maneira a o conteúdo infinito à
compreensão do homem finito. Os homens que crêem que Deus é imaterial
geralmente chamam suas teorias: “ a espiritualidade de Deus.” Na busca de
prova esta teoria, eles citam João 4:24, “Deus é espírito.”
2. A Teoria Antropomórfica. Outros homens crêem que Deus tem um corpo
real, literal e material. Esta teoria assegura que Deus cria o homem em Sua
imagem física, bem como em Sua imagem intelectual e moral. Os homens que
acreditam que Deus tem uma natureza material aceitam literalmente as
escrituras que descrevem Deus como tendo corpo físico .Estes que crêem
assim explicam que aquele verso, “Deus é espírito” (João 4:24), não tem
intenção de descrever Deus em contraste com a matéria, mas sim que Deus
pode ser encontrado onde quer que o coração humano O busque.

CAPÍTULO IX
A UNIDADE DE DEUS

Deus é um. Há uma só pessoa que é Deus. Antes de vir a existir o universo, o
vivo, pessoal e auto-existente Deus existia só. Este ser infinito e perfeito é único.
Não há outro igual. Ele é o único na Sua classe. Na Sua natureza, personalidade
e atributos Deus é inteiro e indivisível.
A unidade de Deus inclui dois pensamentos primários: a singularidade e unidade
do caráter de Deus. A singularidade de Deus dá-se no fato que existe uma só
pessoa no universo que é a fonte suprema e governador de todas as coisas. A
unidade do caráter de Deus refere-se a verdade de Sua natureza indivisível.

I. Maior verdade da Bíblia

O fato de que existe um só Deus é um fundamento ensinado na Bíblia. Esta foi a


mensagem básica dos profetas e apóstolos. É o alicerce de verdade do
evangelho. ”Um Deus e Pai de todos, que é sobre tudo, por tudo e em tudo.”
(Efes. 4:6). “Há um Deus, e um mediador entre Deus e os homens, o homem
Cristo Jesus”. (I Tim. 2:5). “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas, e nós Nele; e um Senhor Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e
nós por Ele.” (I. Cor. 8:6).
1. Um Deus. A Bíblia claramente coloca que há um Deus. Os escritores da Bíblia
mostram que Deus é indivíduo único, um Ser único. Deus é um, existe uma só
pessoa que é Deus. A palavra “um” é do grego “Leis” e do hebraico “echad”.

• Efésios 4:6 Um Deus e Pai de todos


• I Timóteo 2:5 Há um só Deus
• I Coríntios 8:4 Nenhum outro Deus, mas um
• I Coríntios 8:6 Há um só Deus, o Pai
• Tiago 2:19 Há um só Deus
• Gálatas 3:20 Deus é um
• Mateus 19:17 Ninguém bom, mas um, que é
Deus
• Marcos 10:18 Ninguém bom, mas um que é
Deus
• Marcos 12:29 O Senhor nosso Deus é o
único Senhor
• Deuteronomio 6:4 O Senhor nosso Deus é o
único Senhor
• II Samuel 7:22 Outro Deus além de mim.
• I Crônicas 17:20 Outro Deus além de ti.
• Zacarías 14:9 Um Senhor e um Seu nome
• Malaquias 2:10 Um Deus nos criou

2. O único Deus. A Bíblia ensina a simples unidade de Deus não somente


posicionando que Ele é um, mas também afirmando que Ele é o único Deus. A
palavra “somente” significa só, por Si, aparte, estar solitário. A palavra “só” é
do grego “monos” e do hebraico “bad”.

• João 17:3 Ti único Deus verdadeiro


• I Timóteo 1:17 O único sábio Deus
• I Timóteo 6:15 O bendito e único Soberano
• Judas 4 Negando o único Senhor
Deus
• Judas 25 O único sábio Deus
• II Reis 19:15 Tu somente
• II Reis 19:19 Tu unicamente
• Neemias Tu és único Senhor
• Salmos 83:18 De quem o único nome é
Jeová
• Salmos 86:9,10 Tu és único Deus
• Isaías 44:24 Estendeu o céu sozinho

3. Não há outro. Todos os outros são exclusão. Não há ninguém mais.


Deus é único, fora Ele não há outro. Dê atenção especial aos seguintes escritos
que afirmam que Deus é singular.

• Marcos 12:32 Não há nenhum outro mas


Ele
• I Coríntios 8:4 Não há outro Deus mas um
• Deuteronomio 4:35 Não há ninguém c/em dele
• Deuteronomio 4:39 Não há ninguém mais
• Deuteronomio 32:39 Não há deus comigo
• I Samuel 2:2 Não há ninguém além de Ti
• I Reis 8:60 Não há ninguém mais
• Isaías 43:10 Antes de mim não houve Deus,
nem depois
• Isaías 43:ll Além de mim não há Salvador
• Isaías 44:6 Além de mim não há Deus.
• Isaías 44:8 Eu não conheço nenhum outro
• Isaías 44:5 Não há Deus além de mim
• Isaías 45:6 Não há ninguém além de mim
• Isaías 45:14 Não há ninguém mais
• Isaías 45:18 Não há ninguém mais
• Isaías 45:21 Não há Deus além de mim
• Isaías 45:22 Eu sou Deus, não há ninguém
mais
• Isaías 46:9 Eu sou Deus, não há ninguém
mais
• Jeremias 10:10 O Senhor é o verdadeiro Deus
• Joel 2:27 Ninguém mais.
II – Indicação da singularidade de Deus

l. Atributos Infinito de Deus. A singularidade de Deus é requerida dado ao fato


de ser Deus infinito. A realidade permite a existência de uma só pessoa que seja
absolutamente perfeita. Só pode haver uma pessoa que é suprema. A pré –
eminência exclui qualquer outra possibilidade . Quando se fala do original, a fonte,
a primeira causa, a maior, o mais alto, o supremo, o definitivo, o final, refere-se a
posição que somente uma pessoa pode ocupar. A superioridade infinita de Deus
demanda que Ele seja a unidade singular, um único ser, um só indivíduo.
Para que exista mais de um infinito Deus seria uma contradição de pensamento.
Se várias pessoas existissem como Deus, estes seriam limitados entre si.
Necessitariam ser finitos. Nenhum poderia ser tudo em todos – um único supremo
Deus.
A idéia de Deus é apropriada a um indivíduo, e não admite aplicação a mais de
um. Nada pode existir acima de Deus, ou igual a Ele, ou que não dependa Dele.
Ele não é unicamente o primeiro e melhor, mas o maior dos seres; e
consequentemente, Ele se põe único no universo.
O que queremos dizer por Deus como um ser que é infinito e absolutamente
perfeito? A idéia de dois deuses iguais é imaginário. Pode haver mais reis que um
só, pois a realeza só requer que alguém esteja vestido de soberana autoridade
nos seus próprios domínios; mas não pode haver uma pluralidade de deuses, por
causa, da natureza das coisas, somente um pode possuir todas as perfeições.
(Wakefield, Samuel. Christian Theology. New York: Nelson Phillips, 1873, pp.
140,141).

2.A Unidade da Natureza. A unidade da natureza revela a unidade de Deus.


Todas as coisas criadas não formam o multiverso mas o universo. O universo
evidencia por si sendo obra de uma mente, um poder, uma vontade – um Deus.
Cada nova descoberta científica enfatiza a verdade da unidade da natureza e
singularidade de Deus.
A estrutura e a maneira que está constituído o mundo, apresenta a nós harmonia,
uma ordem, uma uniformidade no plano que mostra que seu Criador e
Preservador é um. Nós vemos evidências de uma só vontade e uma só
inteligência; e portanto, há um só Deus. Se uma administração governamental
perfeitamente regular e uniforme em um Estado prova a unidade da força
governamental não provaria ser único o Administrados e Governador se esta
uniformidade fosse observado dentro das leis e operações da natureza? A única
conclusão racional destas fontes de evidências é, portanto, que o “Senhor nosso
Deus é um.”(Ibid, 141,142.).

3. Natureza Psicológica do Homem. O homem encontra singularidade de vida e


um único Deus. A unidade da personalidade e propósito é descoberta pela
fidelidade a um Deus. “Ouve, oh Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor:
amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda tua alma, e com
toda tua força”.(Deut. 6:4,5). Porque Deus é supremo, os homens devem adorá-lo
com grandeza. Por ser Deus único, os homens devem amá-lo com singularidade.
O único Deus que é tudo insiste em total lealdade em Suas criaturas. A psicologia
reconhece a necessidade para um princípio organizado na vida do homem. Todo
círculo precisa de um centro. Todo sistema solar necessita de um sol. Toda vida
necessita de suprema fidelidade para Ter unidade e propósito. Em suprema
fidelidade para um Deus, o homem encontra um centro para seu círculo e
adequado propósito para sua vida.

III- Três Religiões Monoteístas

Há três maiores religiões que afirmam crer na unidade de Deus. Estas religiões
são judaísmo, mohamedanismo e cristianismo. O Monoteísmo, é claro, é a crença
na existência de um Deus. É o oposto do politeísmo.

1. JUDAÍSMO. A religião de Israel é baseada na crença de um Deus que tem Se


revelado à nação através da lei e profetas. A oração mais importante do
judaísmo declara a unidade de Deus. (Deut. 6:4).
Havendo sido dispersos da Torre de Babel, quase que universalmente as nações
foram submersas no paganismo e idolatria. Através de Abraão Deus formou Sua
própria nação especial, a colocou na Palestina no cruzamento dos continentes, e
ordenou que ela deveria ser testemunha missionária para Ele, o único Deus
verdadeiro. Deus propôs que Israel deveria ser um reino de “sacerdotes” (Ex.
19:6). Os Israelitas deveriam adorá-lo como único Deus e se fazerem o meio para
conversão de outras nações do politeísmo para o monoteísmo. É um grande fato
revelado que o maior obstáculo para a aceitação dos judeus ao cristianismo é a
falsa doutrina da trindade que é crida por grande parte da cristandade. Os judeus
alicerçados no puro monoteísmo sabem que não se pode crer consistentemente
em ambos a doutrina da trindade e o ensino bíblico concernentes ao único
verdadeiro Deus.

2. Mohamedanismo – Mohamedanismo, nomeado depois de seu fundador


Mohamed que viveu no VII século, acredita na existência de uma deidade
chamada Allah. Mohamedanismo emprestou alguns destes elementos do
judaísmo e cristianismo. Este, como o judaísmo, crê em Abraão como um de
seus patriarcas. Ele considera que Mohamed é o profeta superior de Allah.

3. Cristianismo – Cristianismo é superior a todas as religiões. É a única


verdadeira religião. Jesus é o único salvador. Ele é o único caminho até Deus,
não há possibilidade de salvação sem Ele. O cristianismo é baseado no
monoteísmo. O Deus do Antigo Testamento é o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo. O cristianismo no Império romano constantemente conflitou com o
paganismo. A unidade de Deus naturalmente se tornou a doutrina fundamental
da igreja Apostólica. Onde quer que eles fossem, os primeiros missionários da
Igreja proclamavam a verdade da Unidade de Deus. Seus convertidos
“voltaram dos ídolos para Deus para servir o vivo e verdadeiro Deus” (I Ts.
1:9). Escrevendo à Igreja na idólatra cidade de Corinto, Paulo afirmou: Nós
sabemos que um ídolo é nada no mundo, é que não há outro Deus, mais um.
Embora haja os que são chamados deuses, quer no céu e na terra, (como se
houvesses muitos deuses e muitos senhores) mas para nós existe um Deus, o
Pai, de quem são todas as coisas, e nós Nele; e um Senhor Jesus Cristo, por
quem são todas as coisas, e nós por Ele.” (I Cor. 8:4-6).

IV – FALSAS TEORIAS DO PAGANISMO

A verdade da unidade de Deus tem sido negada pelo paganismo e pervertida pela
Cristandade. O paganismo tem rejeitado a verdade da unidade de Deus e a
substituído com a crença em muitos deuses.
1. Politeísmo. O oposto do monoteísmo, crença em um Deus, é politeísmo.
Politeísmo é a crença na existência de muitos deuses. Ao invés da adoração
de um Deus infinito que é perfeito em todos os seus atributos e supremo
governador de sua criação, o paganismo adora muitas deidades finitas .Os
deuses e deusas considerados pelo politeísmo são imperfeitos em atributos e
limitamos na esfera de influência. No princípio a raça humana era monoteísta .
Depois de terem voltado as costas para Deus, a raça humana degenerou-se
para o paganismo e politeísmo é descrita em Rom. 1:20-23.
2. Dualismo. Uma outra filosofia pagã que é contrária ao monoteísmo é o
dualismo. Dualismo é a crença na existência de dois deuses que eternamente
se opõem um ao outro, um bom e outro mal. Esta era a doutrina do
zoroastrianismo persa .A boa deidade de Zoroaster era Ahura Mazda, o deus
da luz. A deidade do mal era Angra Manyu, o deus da escuridão. Durante os
primeiros séculos da era da igreja, a filosofia dualista era manifesta no
gnosticismo e Marnicheanismo. Mais tarde foi uma mistura de Zoroastrismo e
Cristianismo.

IV- FALSAS TEORIAS DA CRISTANDADE

Enquanto a verdade da unidade de Deus tem sido negada pelo paganismo, ela
tem sido pervertida pelos nomeados cristãos. A Cristandade tem pervertido a
simples unidade de Deus na doutrina do Trinitarianismo, triteísmo, e falsas teorias
congêneres.
1. Trinitarianismo. Trinitarianismo é a crença de que Deus é um em essência,
mas existe em três pessoas. Trinitarianismo advoga que há uma substância,
uma inteligência, e uma vontade na deidade, mas estas três pessoas
coexistem eternamente oriundas desta única essência e exercem uma única
inteligência e vontade. Uma detalhada consideração da trindade será
considerada no próximo capítulo.
2. Triteísmo. Triteísmo é a crença que Deus é três em pessoa assim como três
pessoas. Triteístas crêem que “há três Deuses, genericamente um,
individualmente distintos.”
(AA Hodge.) . Eles crêem que há três deuses distintos, unidos em propósito e obra
mas não em essência. Os notáveis representantes do Triteísmo foram John
Aseusnages de Constantinopla e John Philoponus de Alexandria (no sétimo
século) e Roseelinus (no século onze).
3. Monarquianismo. Esta teoria, também Sabelianismo, refere-se a crença que
Deus, Jesus e o Espírito Santo são um em pessoa bem como em essência.
Aqueles que crêem nesta teoria afirmam que há somente uma pessoa divina
que algumas vezes se manifesta como Pai, algumas vezes como Jesus e
algumas vezes como espírito. Esta visão afirma a *deidade de Cristo
(*divindade), mas nega sua personalidade como distinta do Pai. Aqueles que
crêem nesta teoria rejeitam a trindade. O Trinitarianismo afirma que Jesus e o
Pai são um em pessoa. De acordo com esta teoria, quando Jesus orou, Sua
natureza humana orava à Sua natureza divina.
Adeptos desta teoria podem ser notados em vários períodos da história da Igreja.
Uma igreja de um grupo moderno que assegura esta crença é a Igreja Pentecostal
Unida. A teoria deles é expressa em Jeovah – Jesus de C. Haskell Yadar e no
livreto “A doutrina dos apóstolos” de S.R. Hanby. O texto a seguir é citação de “O
que nós cremos e ensinamos, os artigos de fé da Igreja Pentecostal Unida:
“Nós cremos no que vive para sempre, eterno Deus: infinito em poder, Santo em
natureza, atributos e propósitos, e possuindo absoluta e indivisível divindade. Este
verdadeiro Deus tem Se revelado como Pai, através de Seu filho, em redenção; e
como o Espírito Santo, por emanação”.
No terceiro século, esta visão foi assegurada por Praxeas da Àsia Menor, Noetus
de mirna, Beryl da Bostra na Arábia, e Sabelius de Ptolemeu.
Esta teoria também é falsa. Jesus constantemente revelou que Ele e o Pai eram
personalidades distintas. Ele disse que Ele e o Pai formaram duas testemunhas
separadas. (João 8:16-18).
4. Comparação destas três teorias. Toas as três são falsas. Todas são
semelhantes no que consideram Deus incluso no Pai, Jesus e o Espírito. A
diferença é que no trinitarismo se crê que o Pai, Jesus e o Espírito constituem
três pessoas em uma essência. O triteísmo é a crença que eles constituem três
essências, bem como três pessoas. O monarquismo é a crença que Eles
constituem uma essência, assim como uma pessoa. Todas estas três teorias
são falsas.
A Bíblia corretamente ensina que há um Deus, o Pai, que é um em essência e
pessoa. Há uma só pessoa que é Deus. Ela ensina que Jesus não é Deus, mas o
Filho de Deus. Ele é divino mas não divindade. Jesus é a pessoa mais exaltada no
universo, imediatamente a Deus. Cristo eternamente será sujeito ao Pai, o único
Deus Supremo. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus pelo qual Ele opera
Sua obra.

CAPÍTULO X

TRINITARISMO

A que mais prevalece de muitas falsas teorias com respeito à unidade de Deus é o
trinitarismo. Este erro cravou-se para dentro da igreja oriundo do paganismo e
manteve seu lugar na teologia pelo governo totalitário dos imperadores de Roma e
a Igreja Católica Romana. Os reformadores protestantes deixaram a igreja papal,
mas trouxeram algumas doutrinas pagãs com eles. Somadas as falsas teorias
como imortalidade da alma, batismo infantil, e aspersão, eles retiveram o ensino
da trindade.
A reforma foi boa a medida que direcionava a atenção do homem para a Palavra
de Deus e na restauração de doutrinas bíblicas negligenciadas dentro de sua
própria igreja. A Reforma, porém, não foi longe o suficiente. Muitos erros da
Igreja Romana permaneceram. Uma outra reforma hoje é necessária para livrar a
igreja de todos os erros pagãos e retornar as verdadeiras doutrinas da Bíblia.

I- Definição da Trindade

Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas:


Pai, Filho e Espírito.
O Webster define a palavra: “A união de três pessoas ou hipóstases quanto a
individualidade”. (Dicionário Colegial Webster, quinta edição.).Os trinitarianos não
crêem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três
deuses. Eles crêem em três pessoas que constituem um Deus.

II- Três propostas envolvidas

Existem três posições primárias envolvidas na doutrina da trindade. Os três pontos


são: (1) A unidade composta de Deus. (2) A divindade do Pai, Filho e Espírito. (3)
A personalidade do Pai, Filho e Espírito.
A falha em se provar qualquer uma destas propostas resultará no colapso da
teoria. Para desmentir a trindade portanto, necessita-se estabelecer unicamente
um dos três fatos. (1) A simples unidade de Deus. (2) Jesus não é Deus. (3) O
Espírito não é uma pessoa.

1. A unidade composta de Deus. Os trinitarianos afirmam crer na unidade de


Deus. Se eles não afirmarem que Deus é um, sua doutrina seria revelada
como nada além de politeísmo.
Entretanto, os trinitarianos, não crêem na unidade de Deus conforme expresso na
Bíblia. Eles rejeitam a verdade Bíblica que há uma só pessoa que é Deus. Eles
negam a simples unidade de Deus. Trinitarianos insistem que a unidade de Deus
é composta. Eles advogam que uma única substância, uma inteligência e uma
vontade na Potestade, mas que três pessoas eternamente coexistem de uma
essência que atuam por uma inteligência e vontade. Eles dizem que a
singularidade de Deus refere-se a Sua substância, essência ou ser.

2. A divindade do Pai, Filho e o Espírito. O segundo ponto que os trinitarianos


buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o filho é Deus, e o Espírito é Deus.
Eles tentam mostrar que cada qual é mencionado como sendo Deus e cada
qual possui atributos e obras de divindade. Eles afirmam que em toda maneira
os três são iguais. A única diferença é que eles são distinguidos por certas
particularidades individuais, sendo, o Filho unigênito do Pai e o Espírito
procede do Pai e do Filho.

3. A personalidade do Pai, Filho e o Espírito. Como terceiro ponto os


trinitarianos buscam provar que o Pai é uma pessoa, o Filho é uma pessoa, e o
Espírito é uma pessoa. Cada qual uma personalidade diferente das duas
demais. Ainda, cada pessoa supõe-se a plena essência da divindade e todos
os atributos divinos. Cada qual supõe-se ser completamente Deus em Si. As
três pessoas juntas compartilham uma essência comum, todos os atributos,
uma substância, uma inteligência, e uma vontade.

III- Origem histórica desta doutrina

l. Não mencionada na Bíblia. Trinitarianismo não é uma doutrina Bíblica. Esta


teoria não é mencionada e nem comentada na Bíblia. As palavras “trindade” e
“triúno” nunca foram usadas pelos escritores da Bíblia. A doutrina da trindade era
desconhecida para os israelitas do Antigo Testamento e os Cristãos do Novo
Testamento. Esta teoria não estava formulada até muitos anos após a morte do
último apóstolo.
Não há autoridade Bíblica para a trindade. Os teólogos tentam ler entre as linhas
das Escrituras na busca pela trindade. Eles torcem textos da Escritura na tentativa
da dar suporte a teoria, mas fica a verdade que a doutrina da trindade não é
mencionada na Bíblia.
Graham Greene, um britânico convertido ao Catolicismo, escreveu num artigo
para a revista Life (vida) em defesa do dogma da Igreja Católica com respeito à
assunção de Maria ao céu. Neste artigo ele admite que não há autoridade Bíblica
para a trindade.
Nossos oponentes algumas vezes afirmam que nenhuma crença deveria ser
assegurada dogmaticamente se não estiver explicitamente registrada na Escritura
(ignorando que é somente pela autoridade da Igreja que nós reconhecemos certos
evangelhos e outros como não verdadeiros). Mas, as igrejas protestantes tem
aceito alguns dogmas como a trindade para a qual não existe autoridade precisa
nos evangelhos.” (Greene, Graham. “The Catholic Church´s New Dogma: The
Assumption of Mary, Life, October 30, 1950, p.51.).
A doutrina da trindade não é somente não relatada, mas também anti-bíblica. É
verdade que não somente a Bíblia não dá suporte para esta teoria, mas ainda o
ensino da palavra de Deus é diretamente oposta a ela. A Bíblia claramente coloca
a verdade da unidade não-composta de Deus, que é o Pai. Ela ensina que Jesus é
o Filho de Deus, não o próprio Deus. Ela revela que o Espírito Santo é o poder
impessoal de Deus.

2. Origem Pagã. A doutrina da trindade é de origem pagã. A Trindade, como a


falsa doutrina da imortalidade da alma, firmou-se na Teologia da igreja
gradualmente durante os primeiros séculos da era da igreja. Pagãos que
aparentemente não estavam inteiramente convertidos se tornaram membros da
igreja visível. À medida que estes homens assumiram posições de liderança como
ensinadores e teólogos, a teologia da igreja foi gradualmente paganizada. Os
ensinos da Bíblia foram re-interpretados e ajustados para coincidir com os ensinos
da filosofia pagã. Tríade de deuses prevaleciam na mitologia pagã. Embora muitos
deuses fossem adorados nas nações politeístas, havia usualmente três divindades
consideradas como maiorais. O hinduísmo acreditava em uma substância
Brahman expressa em três personalidades: Brahman o Criador, Visnu o
Preservador e Shiva o Destruidor.
O Zoroastrismo Persa cria em Ahura Mazda a divindade do bem, e Angra Manya a
divindade do mal, os quais eram expressão de Mitra, a grande causa primária.
Confúsio teria escrito: “Tao (Deus) é por natureza um, o primeiro gerou o segundo;
ambos geraram o terceiro; estes três fizeram todos as coisas.”
Osiris, Ísis e Nephthys parecem Ter formado a tríade de divindades no Egito. Na
Babilonia os três foram Ea, o deus da destruição pelas águas, Enlil, o senhor das
tempestades e Anu o senhor dos céus. Na Grécia as três divindades entre as
muitas do Monte Olimpo eram Zeus, Hera e Atena. A tríade de divindade que os
romanos entronaram no Monte Capitólio consistiam de Júpter, Juno e Minerva. As
três divindades líderes entre os Alemães eram Odin, Tar e Freyr.
Platão personificou três princípios eternos: Bondade, Intelecto e Alma de tudo. A
filosofia pagã de Platão prevalecente na Grécia e Roma foi o maior fator na
introdução de falsas doutrinas como a imortalidade da alma e a trindade para
dentro da cristandade.
Embora a trindade do paganismo e a trindade do cristianismo não sejam idênticos
nos detalhes precisos, é aparente que um gerou o outro.

3. Primeiro uso da palavra. O primeiro uso da palavra “trindade” na sua forma


grega “Trias” foi expressa por Teófilos que se tornou bispo em Antioquia na Síria
no oitavo ano de reinado de Marcus Aurélius (168 AD). Ele usou a palavra no
segundo de três livros que escreveu endereçado ao seu amigo Autolucus. No
comentário sobre o quarto dia da criação em Gênesis, ele escreveu: “Na mesma
forma que os três dias que existiram antes dos luminares, são tipos da Trindade,
de Deus, e Sua Palavra e Sua sabedoria”. (Theophilus, “To Autolycus”, Os Pais
Ante-Nicenos (The Ante Nicene Fathers).
Tertuliano (160-220 AD), foi o primeiro a usar a palavra em latim Trinitas. Educado
em Roma e Presbítero em Cártago, Tertuliano estendeu a fundação da Teologia
Latina, que mais tarde foi edificada por Cipriano e Augustine. Embora ele tenha
denunciado Platão como filósofo herege, Tertuliano expressou a sua teologia nos
termos da filosofia platônica. Ele estava entre os primeiros a ensinar a
imortalidade da alma e a infindável tortura do ímpio.
Trindade e Imortalidade da Alma foram desenvolvidas e formuladas para dentro do
Sistema da Teologia por Augustine.
Os escritos de Augustine se tornaram a teologia básica da Igreja Romana
Católica.
Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que defendia a
teoria do monarquismo: Ele escreveu: “ O mistério da dispensação está ainda
guardado, o qual distribui a Unidade na Trindade, colocando em ordem as três
pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. (Tertuliano. “Against Praxeas”, The
Ante-Nicene Fathers).
IV- A controvérsia Arios - Atanásio.

A atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade no quarto século


como resultado de uma controvérsia entre dois líderes da igreja em Alexandria,
Arios (256-336) e Atanásio (293- 373).
Arius mantinha que Jesus, embora grande, era de alguma forma inferior a Deus.
Atanásio, por outro lado, mantinha que Cristo era igual a Deus em todos os
aspectos.
Em 318 A.D., a controvérsia veio à tona. Arius posicionou que se Jesus fosse
realmente o filho de Deus, então deveria haver um tempo em que existia o Pai
mas não o Filho. O Pai, portanto, era maior que o Filho. Num concílio da igreja
local acontecido em 321 AD, Arios e seus amigos foram excomungados da igreja
por causa de sua opinião. Ários entretanto, tinha muitos amigos e seguidores por
todas as igrejas da cristandade. A falsa teoria da trindade não se ateve
rapidamente como posição dominante na igreja. Pelo mesmo tempo em que a
grande controvérsia entre Ários e Atanásio estava enraivecendo as igrejas, o
imperador Constantino se tornou o principal suporte do Cristianismo. O Imperador
olhou a igreja como uma grande força de unificação e estava ansioso para que o
Cristianismo viesse a ser a religião universal do Império Romano. Ele desejou
evitar um conflito interno dentro da igreja. Ele raciocinou que devia haver uma
igreja unificada de forma a se Ter um império unificado.
Buscando restaurar a unidade das igrejas, Constantino convocou um concílio geral
da igreja a se dar na cidade de Nicéia em 325A.D. Os bispos e o clérigo de todas
as igrejas foram convidadas a estar presente no concílio com todas as despesas
pagas pelo imperador. Entretanto, o Concílio de Nicéia, na realidade, foi um
concílio das igrejas na parte oriental do império. Enquanto de diz que 318 bispos,
além de oficiais eclesiásticos menores estivessem presentes, não havia dez
bispos do ocidente presente. O concílio não foi verdadeiramente a representação
de toda a igreja.
Eusebius, conhecido como pai da história da Igreja, no princípio do concílio propôs
o compromisso em doutrina no qual se usasse a linguagem da Escritura em vez
dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio
compreenderam que um voto para Eusebius seria um voto para Ários, pois a
Bíblia não contém posição para a doutrina da trindade. O compromisso de
Eusébio, sendo assim, foi rejeitado. O imperador Constantino, que nada sabia de
fatos teológicos em discussão mas ansioso para promover unidade, apoia
Atanásio. Muitos dos bispos presentes finalmente assinaram a doutrina formulada
pelo grupo de Atanásio. Dentre os que não assinaram incluindo Ários, Eusebios da
Nicomedia, e Theognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados
publicamente.
Este, entretanto, não foi o fim. O debate se estendeu por cinqüenta e seis anos.
Ários e seus amigos foram recolocados em comunhão dentro de três a cinco anos
após o Concílio de Nicéia. Atanásio foi deposto por um grande concílio em Tyre
em 335 AD. e foi banido para Gaul. Ários morreu em 336 A.D. Durante os
sucessivos anos, os seguidores de Ários e Atanásio foram alternadamente
banidos e re-aceitos à medida que vários imperadores que governaram o império
favoreciam uma a outra teoria. Trinitarianismo não se tornou dominante e
“doutrina ortodoxa” da Cristandade até que Theodásio se tornou imperador (379).
Theodásio foi o imperador que fez do Cristianismo a religião estado. A união da
igreja e estado pavimenta o caminho para a ascensão da Igreja Católica Romana.
Theodásio convocou um concílio em Constantinopla que ocorreu em 381 AD.
Contou com a presença de cerca de cento e cinqüenta bispos do ocidente. Na
doutrina adotada, o Trinitarianismo foi feito a doutrina oficial da igreja dentro do
império. Todos os que discordassem eram expulsos de seus púlpitos e
excomungados de suas igrejas. Foi o domínio totalitário dos imperadores
romanos e mais tarde a Igreja Católica Romana que habilitou a doutrina da
trindade de forma a manter sua posição numa teologia pervertida.
Os fiéis crentes, ainda que fora da Igreja Católica Romana, continuaram a crer no
ensino da Bíblia concernente a simples unidade de Deus. Europeus do norte,
convertidos pelo grande missionário Ulfilas (morto em 381), abraçaram o
cristianismo Ariano que ele pregava. Foi muitos séculos antes dos Ostrogodos,
Visigodos, Burgundios, Vândalos, Lombardos, e outros povos do norte Europeu
finalmente se renderam na crença da trindade e eventualmente se tornaram parte
da Igreja Católica Romana.
A história da Igreja e a história da doutrina revela muitos crentes fiéis pelos vinte
séculos da era da Igreja que repudiaram a doutrina da trindade e insistiram no
ensino bíblico com respeito a unidade de Deus.

V- Trinitarianismo na doutrina

Durante aos anos que seguiram a morte dos apóstolos, muitas pessoas afirmaram
ser Cristãos mas não aceitaram os ensinos apostólicos. De forma a determinarem
os verdadeiros crentes, cada igreja local listou certas doutrinas às quais os
convertidos ao Cristianismo tinham necessidade de crer. Estas listas de doutrinas
e confissões de fé eram chamados “credos” de “credo”, eu creio. Havia tantos
credos quanto haviam igrejas.
O Credo Apostólico, escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim
chamado na intenção de incorporar os ensinos apostólicos, foi de vários credos de
várias igrejas locais. Foi escrito de forma que todas as igrejas locais pudessem
Ter um estatuto comum de fé.
O Credo dos Apóstolos não incluia a doutrina da trindade. Embora relatos são
mencionados sobre Deus, Jesus e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da
trindade não é falada nem mencionada.

1. O Credo Niceno. Este é o primeiro credo a ensinar a trindade. O credo Niceno


como originalmente formulado pelo Concílio de Nicéia em 325 AD. está como
segue:
Nós cremos em um Deus, o Pai Todo Poderoso, criador de todas as coisas
visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do
Pai, o único gerado; que é, da essência do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz,
perfeitamente Deus de perfeito Deus, gerado, não feito, sendo uma essência com
o Pai, por quem todas as coisas foram feitas, no céu e na terra; quem por nós
homens, e para nossa salvação desceu e encarnou-se, e foi feito homem; Ele
sofreu, a ao terceiro dia novamente levantou, ascendendo ao céu; de onde virá
para julgar vivos e os mortos. E no Espírito Santo.
Mas, aqueles que dizem: “Houve um tempo quando Ele não existir;” e “O Filho de
Deus foi criado,” e “Do nada Ele foi feito,” ou “Ele é de outra substância,” ou
“essência” ou “O Filho de Deus é criado,” ou “mutável” ou “alterável” – eles são
condenados pela católica e apostólica Igreja. (Hodge, A.A.op.cit., pp 115,116.).

2. O Credo Niceno – Constantinopla. O Credo Niceno como originalmente


formulado não é o credo repetido nas Igrejas hoje. O Credo original sofreu
emendas no Concílio de Constantinopla, 381 AD. e o Concílio de Toledo, na
Espanha em 589 AD. A ex-comunhão do credo original foi omitida e a porção
sobre o Espírito Santo foi ampliada. A Igreja da Grécia rejeitou este credo
porque diz que o Espírito procede de ambos o Pai e o Filho. A forma presente
do Credo de Necéia está como segue:
“Eu creio em um Deus o Pai Todo Poderoso, criador dos céus e da terra, e de
todas as coisas visíveis e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus,
gerado de Seu Pai antes de todas as coisas; Deus de Deus, Luz de luz,
perfeitamente Deus de perfeito Deus, gerado não feito, sendo uma substância
com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas; Quem por nós homens e para
nossa salvação desceu do céu, e encarnou-se pelo Santo Espírito da Virgem
Maria, e foi feito homem. Ele foi crucificado, também por nós, sob Poncio Pilatos.
Ele sofreu e foi sepultado; e ao terceiro dia novamente levantou de acordo com as
Escrituras, e ascendeu ao céu, e assentou-se à mão direita de Deus. Ele voltará
novamente com glória para julgar ambos os vivos e os mortos, cujo reino não terá
fim. E eu creio no Santo Espírito, o Senhor é Doador da vida, que precedeu do Pai
e do Filho, o qual junto ao Pai e o Filho é adorado e glorificado. Que falado pelos
profetas. E eu creio numa Igreja Católica e Apostólica, Eu reconheço um batismo
para a remissão dos pecados, e eu espero pela ressurreição dos mortos, e a vida
do mundo porvir.

3. O Credo Atanasiano. Este credo, que é afirmado pelos trinitarianos como


sendo a mais profunda exposição desta doutrina existente, é assim chamada
em honra e Atanásio. Entretanto, Atanásio, não escreveu este credo. Foi
escrito muitos séculos depois da morte de Atanásio. Primeiro ele apareceu em
Gaul na escola de Augustine por volta do sexto ou sétimo século. À medida
que você ler este credo, observe as esmagadoras contradições que ela
contém.

1. Qualquer a ser salvo, antes de todas as coisas é necessário que ele creia na fé
católica. 2. A qual fé, exceto os que conservarem-na plena e imaculada, sem
dúvida perecerá eternamente. 3. Mas está é a fé católica: Que nós adoramos
um Deus em trindade, e trindade em unidade; 4. Nem confundindo as pessoas,
nem dividindo a substância. 5. Pois há uma pessoa do Pai, outra do Filho,
outra do Espírito Santo. 6. Mas o Poderio do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo é um: a mesma glória, a majestade co-eterna. 7. Tanto é o Pai, tanto o
Filho, tanto o Espírito Santo. 8. O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o
Espírito Santo não foi criado. 9. O Pai é imensurável , o Filho é imensurável, e
o Espírito Santo é imensurável. 10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito
Santo é eterno. 11. E ainda que não sejam três eternos, mas um eterno. 12.
Assim também não há três criados, nem três imensuráveis, mas um não criado
e um imensurável. 13. Assim da mesma forma que o Pai é todo-poderoso, o
Filho é todo-poderoso, e o Espírito Santo é todo-poderoso. 14. E ainda que não
haja três todo-poderosos, mas um todo-poderoso. 15. Então o Pai, é Deus, o
Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. 16. E ainda que não haja três deuses,
mas um Deus. 17. Então o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo,
Senhor. 18. E ainda que não haja três Senhores, mas um Senhor. 19. Desta
forma somos induzidos pela veracidade Cristã a reconhecer toda Pessoa por
Si mesma a ser o Pai e Senhor: 20. Sendo assim nós estamos proibidos pela
religião católica em dizer, que há três Deuses, a três Senhores. 21. O Pai é
feito do nada, tampouco criado, nem gerado. 22. O Filho procede Pai não feito,
não criado, mas gerado. 23. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não
tem feito, não criado, não gerado, mas procedendo. 24. Portanto há um Pai,
não três Pais; um Filho, não três filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos
Santo. 25. E nesta trindade nenhum é antes ou depois do outro, nenhum é
maior ou menor que o outro. 26. Mas todas as três pessoas são co-eternas
juntamente, e co-igual. 27. Então em todas as coisas, como já dito, a Unidade
na Trindade e a Trindade em Unidade está para ser adorada. 28. Aquele
portanto que há de ser salvo, deve refletir sobre a Trindade. 29. Ademais, é
necessário para salvação eterna, que creiamos firmemente também na
encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. 30. Portanto a fé correta é, que nós
acreditemos e confessemos, que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus,
é Deus e homem. 31. Deus, da substância do Pai, gerado antes dos mundos; e
Homem, da substância de Sua mãe, nascido no mundo. 32. Perfeito Deus,
perfeito Homem, de alma racional e carne humana subsistente. 34. Igual ao
Pai em relação a Sua Soberania, inferior ao Pai em relação a Sua humanidade.
34. E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim Ele não é dois, mas um
Cristo. 35. Um, não pela conversão da Soberania em carne; mas pela
assunção de Humano par Deus. 36. Um todos juntos, não pela confusão da
substância; mas pela unidade de pessoa. 37. Pois assim como a alma e carne
racionais é um homem, assim Deus e o Homem é um Cristo. 38. Quem sofreu
por nossa salvação, descendo ao hades, ressurgiu novamente no terceiro dia
dos mortos. 39. Ele ascendeu ao céu; Ele assentou à mão direita de Deus, o
Pai todo poderoso. 40. De onde Ele virá para julgar os vivos e os mortos. 41.
Na qual vinda todos os homens devem ressurgir novamente com seus corpos.
42. E hão de dar conta de suas próprias obras. 43. E os que houverem feito o
bem sairão para a vida eterna; e os que houverem feito o mal, para o fogo
eterno. 44. Esta é a fé católica; a qual a menos que o homem creia verdadeira
e firmemente, ele não pode ser salvo. (Centis, W.AA “History of Greeds and
Confessions of Faith; Schaff, Philip. Creeds of Christendom.).

CAPÍTULO XI
ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS

É quase patético considerar o frágil argumento promovido pelos trinitarianos em


defesa de sua teoria. Eles admitem que a doutrina não é relatada na Bíblia, ainda
assim eles se agarram desesperadamente em qualquer pequena frase na
Escritura que pode ser usada para de alguma forma confirmar sua falsa doutrina.

I- Um texto espúrio

O único verso na Bíblia que poderia parecer ensinar a trindade é I João 5:7; “Pois
há três que confirmaram testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo: e
estes três são um.”
É geralmente aceito por todos os estudantes que este verso é espúrio. Não é
parte genuína da Bíblia. E está no manuscrito original; ele foi inserido por alguns
escribas trinitarianos durante a Era Negra. Os trinitarianos honestos de hoje não
aplicam este verso no ensino de sua doutrina. Quase todas as versões modernas
e traduções corretas omitem as palavras deste verso.

II – Ocorrência de três palavras juntas

O maior argumento usado pelos trinitarianos está no fato de Deus, Jesus e o


Espírito serem mencionados juntos em pouco versos. Eles afirmam que isto prova
a trindade. Isto não é verdade. O fato de que três palavras ocorrem na mesma
sentença não é indicativo de que os fatores ou pessoas mencionadas sejam iguais
ou mesmo necessariamente relacionadas. Alguns versos citados pelas
trinitarianos são:
Mat. 3:16,17 - Batismo de Jesus
João 14:16 - Envio do Consolador
Mat. 28:19 Comissão Evangelística
II Cor. 13:14 - Benção
I Pedro 1:2 - O eleito.

1. Mateus 3:16,17. Este texto descreve eventos ligados ao batismo de Jesus.


Depois que Jesus foi imerso no Rio Jordão, Deus enviou Seu poder, o Espírito,
para Jesus e declarou que Jesus é Seu Filho. Inclusos neste incidente estão
Jesus, Deus e o Espírito de Deus.
Isto entretanto, não prova nem indica a trindade. O Espírito, que é o poder d Deus,
desceu como uma pomba sobre o batizado Jesus .Nada absolutamente neste
incidente há que mostre que o Espírito é uma pessoa. Também não há nada aqui
que inclusive insinue a idéia que Jesus, Deus e o Espírito são co-iguais ou co-
eternos. A subordinação do Filho ao Seu Pai, contudo, é revelada no fato que o
Pai enviou Seu Espírito quando o Filho foi quem o recebeu. O Pai no céu foi quem
falou. O Filho, saindo da água, foi quem o Pai reconheceu como Filho.
2. João 14:16. Jesus prometeu a seus discípulos que depois que Ele subisse ao
céu Ele receberia o Consolador de Seu Pai e então o enviaria a eles. O Pai
deu Seu poder a Jesus; Jesus deu Seu poder aos discípulos. Esta promessa
se cumpriu no Pentecostes. (Atos 2:33) Deus, Jesus e o Espírito são
mencionados juntos aqui. Este fato, porém, não prova ou ainda insinue a
trindade. Deus, Jesus e o amor de Deus são mencionados juntos em vários
versos. O mesmo argumento usado pelos trinitarianos também personificaria o
amor de Deus e o faria uma pessoa na divindade. O mesmo também se
aplicaria a sabedoria de Deus e outros atributos. Os argumentos trinitarianos
resultariam em tantas pessoas na divindade quanto os atributos na natureza de
Deus. E isto é absurdo. O fato de que um dos atributos ou habilidade de Deus
seja usado em conexão com Deus e Seu Filho não é indício da trindade de
pessoas conforme ensinado. O Pai único é Deus. Jesus é o Filho de Deus. O
Espírito Santo é o poder impessoal de Deus.
3. Mateus 28:19. Neste texto a palavra nome é singular. A palavra não refere a
um nome pessoal. Ela designa autoridade. “O Pai” não é o nome pessoal de
Deus; é um título. O nome pessoal de Deus é Jeovah. “O Filho” não é o nome
pessoal de nosso Salvador; também é um título. O nome pessoal de nosso
Salvador é Jesus. O Espírito é o poder de Deus. Não é uma pessoa; portanto;
ele não tem um nome pessoal. Deve-se mencionar que as palavras Holy Ghost
e Holy Spirit são as mesmas em significado. Ambos “ghost” e “spirit” são
traduzidas da palavra grega “pneuma”, a qual significa poder. Não há razões
válidas para os tradutores usarem a palavra “ghost” ao invés de “spirit”.
Este texto, falando da comissão evangelísticas de Cristo, autoriza os discípulos a
irem a todo o mundo e pregar o evangelho. Ele é similar a Marcos 16:15,16.
No verso que procede este texto nós lemos; “E vindo Jesus falou-lhes dizendo;
Todo poder me é dado no céu e na terra” (Mat. 28:18). A palavra “poder” (palavra
grega “exousia”) significa aqui, autoridade. Depois de receber divina autoridade de
Deus, Jesus autorizou seus discípulos a irem e ensinarem todas as nações.
Então, quando os discípulos foram, falaram e batizaram, eles o fizeram imbutidos
da autoridade neles investida pelo Pai que havia dado Sua autoridade a Seu Filho.
Nesta forma, eles fizeram no “nome” ou autoridade recebida do Pai. Os discípulos
foram por toda parte pregando e ensinando porque Jesus os tinha autorizado e
instruído que assim fizessem. Desta forma eles trabalharam no “nome” ou
autoridade de Filho.
O poder de Deus, o Espírito, foi dado aos discípulos para transformar seus
caracteres e habilitá-los a realizar milagres.
Por estas obras miraculosas do Espírito, Cristo “obrava com eles, e confirmando a
palavra com sinais que o seguiam”. (Mat. 16:20). O poder de Deus confirma a
mensagem deles pelos milagres. Isto revelou que eles eram representantes de
Deus e Jesus. Assim os discípulos foram, falaram e batizaram “no nome de” ou
com a autoridade confirmada pela obra do poder de Deus, o Espírito Santo. A
autoridade recebida de Jesus e do Pai e revelada através do poder do Espírito
constitui uma autoridade divina. Entretanto a palavra “nome” a autoridade é
singular.
Não há nada neste verso que ensine a trindade. Não há nada para indicar que o
Espírito é uma pessoa ou que os três formam uma unidade composta de uma
substância ou essência.

4. II Coríntios 13:14. Esta é uma outra escrita na qual o Pai, Jesus e o Espírito
são mencionados juntos. Os trinitarianos afirmam que o Pai é sempre o
primeiro, o Filho sempre segundo, e o Espírito sempre o terceiro. Os apóstolos,
entretanto, aparentemente nunca ouviram desta norma trinitariana. Em muitos
versos, o assunto em discussão requeria que Jesus fosse mencionado no texto
antes de Deus. Em muitos textos do Novo Testamento onde Jesus e o Pai são
mencionados juntos o Espírito não é mencionado. É interessante notar que
neste verso Jesus é mencionado primeiro, Deus é mencionado em segundo e
o Espírito por último. Neste verso, Jesus e Deus são representados como
pessoas. O Espírito é revelado como o poder de Deus.
Paulo não ensinou a trindade nesta amável benção. Ele rogou que a graça divina,
amor e comunhão (amizade) estivesse com os crentes de Corinto. Ele desejava
que eles gozassem da comunhão espiritual com Deus, Seu Filho, e comunhão
espiritual com Deus, Seu Filho, e comunhão entre eles que se faz possível pela
obra do poder de Deus, o Espírito Santo.
Note que Paulo mencionou a comunhão “do” Espírito Santo, não a comunhão
“com” o Espírito Santo. Os crentes tem fraternidade ou comunhão “com” o Pai e
“com” Seu filho Jesus Cristo (I João 1:3-7) porque o Pai e o Filho são
personalidades. Eles não podem Ter fraternidade com o Espírito Santo porque o
Espírito Santo não é uma pessoa. Eles experimentaram fraternidade “do” Espírito,
mas não “com” o Espírito. Esta benção de Paulo não ensina qualquer falsa
doutrina da trindade.
O fato de Pedro, Tiago e João serem mencionados juntos repetidamente na Bíblia
não é indício de que eles são uma trindade. Porque deveria ser tampouco verdade
o fato de Deus, Jesus e o poder de Deus ocorrem juntos no mesmo verso?
Outros escritos mal aplicados da mesma forma pelos trinitarianos são: Gen. 19:24;
Num. 27:18; Salm. 51:11; Isa. 34:16; 40:13; 48:16; Ose. 1:7; Ageu 2:4,5; I Cor.
12:4-6; I Pedro 3:18; Apoc. 1:4-6, etc.

III- Três frases repetidas

Outro grupo das escrituras para o qual os trinitarianos intentam ler sua doutrina
inclui aqueles versos em que certas frases são repetidas três vezes. Três textos
mal aplicados desta forma são listados a seguir:
Isaías 6:3 - Santo, santo, santo
Apocalipse 4:8 - Santo, santo, santo
Números 6:24-26 - O Senhor, o Senhor, o Senhor

1. Isaías 6:3 – O Serafim adora a Deus clamando ao outro, “Santo, santo, santo,
é o Senhor dos exércitos: toda a terra está cheia da Sua glória.” O fato dos
atributos de santidade de Deus estar repetido três vezes na adoração do
serafim não indica que a referência é feita a três pessoas da trindade sentadas
sobre um trono.
A palavra “santo” é repetida três vezes para enfatizar. Ela significa que Deus é o
mais santo.
Repetição para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia.
Note os seguintes exemplos. “Oh, terra, terra, terra ouça a palavra do Senhor”
(Jer. 22:29). Ensinou Jeremias uma trindade de terras? Certamente não! “ Ao
revés, ao revés, ao revés a porei; e não será mais, até que venha aquele a quem
tem o direito, e a ele a darei”. (Ezeq. 21:27). Deus declarou que o reino de Israel
seria suspenso e o trono de Davi derribado. Isto perduraria assim até que o
Messias venha reinar como rei. Neste verso, a palavra “revés” é repetida três
vezes para ênfase.

2. Apocalipse 4:8. Este verso é similar a Isaías 6:3. Aqui os quatro seres
viventes “ não descansam nem dia, nem noite, dizendo, Santo, santo, santo,
Senhor Deus todo poderoso, que era, que és, e que hás de vir.” O contexto
deste verso mostram que estas palavras foram endereçadas unicamente ao
Pai. Embora seja verdade que o Filho é santo e o poder de Deus é santo, as
palavras de adoração neste texto são endereçadas unicamente ao Pai. O Filho
não está incluso aqui.
O contexto figura Deus assentado sobre Seu trono no céu segurando um livro
selado com sete selos. (Apoc. 5:1). Um forte anjo pede a alguém para vir e abrir o
livro. (Apoc. 5:2-4). Finalmente, depois que é mostrado que todos estavam
excluídos no merecimento, Jesus é mostrado como vindo e tomando o livro da
mão direita de Deus. (Apoc. 5:5-7). Jesus não era parte a o que assentou no
trono. Ele que assentou-se no trono não era uma trindade.
Em Apocalipse 4:2,3 nós notamos que Aquele estava assentado sobre o trono.
Esta pessoa é o Pai, o Criador. É uma pessoa assentada sobre o trono que os
quatro seres viventes adoravam com as palavras; “ Santo, santo, santo.” Este
texto, assim como Isaías 6:3, não dá suporte para a falsa doutrina da trindade.

3. Números 6:24-26. “O Senhor te abençoe e te guarde, o Senhor faça


resplandecer sua face sobre ti, e tenha misericórdia de ti, o Senhor seu rosto
sobre ti, e te dê a paz.” A frase “o Senhor” é usada como sujeito de três sentenças
consecutivas. Este fato entretanto, não prova que a trindade é indicada. Nesta
benção sacerdotal, Arão referia-se a uma pessoa, o Senhor Deus de Israel. No
próximo verso, Deus falou de Si no singular, “ E eles porão meu nome sobre os
filhos de Israel, e Eu os abençoarei.” (Num. 6:27). “Os próprios judeus
rigorosamente ofendem-se na imputação de que suas Escrituras contém qualquer
prova ou qualquer intimação à doutrina da trindade ortodoxa, e Jesus e os Judeus
nunca deferiram neste tema, ambos mantendo que Deus é único, e que esta é a
maior verdade revelada ao homem. (Gifford, Ezra. D. D. The true God, the true
Christ, the true Holy Spirit. San Diego, Califórnia, 1912, p. 44.).

IV- A palavra hebráica no plural

A palavra hebraica mais comum usada no Antigo Testamento para designar Deus
é Elohim. Este é um nome plural. “No princípio Deus criou o céu e a terra.” (Gen.
1:1).
“Elohim” não é o nome pessoal de Deus. Ele refere-se a Sua divindade, Sua
posição em relação as criaturas. Ele significa: “O Forte”. Esta palavra do plural
Hebraico é usada 2470 vezes no Velho Testamento. É aplicada a homens que
exerceram autoridade, a anjos, e a muitos deuses do paganismo, assim como ao
único Deus verdadeiro. Quando aplicada ao único verdadeiro Deus, Elohim é
visualmente associada com verbos no singular, adjetivos e advérbios. Por
exemplo, a palavra hebraica para “criar” em Gênesis 1:1 “bara” é singular. Elohim,
designando o único verdadeiro Deus, não indica uma pluralidade de Deuses
(politeismo ou triteísmo) nem uma pluralidade de pessoas em uma substância
(Trinitarianismo).
Se o nome no plural Elohim tivesse intenção de se referir a uma pluralidade de
pessoas ou pluralidade de Deuses quando usado em relação ao único e
verdadeiro Deus, Ele estaria sempre identificado por esta palavra no plural. Nós,
entretanto, encontramos que este não é o caso. A forma singular “Eloah” também
é usada em referência a Deus.
Isto especialmente se faz verdade nos livros poéticos do Antigo Testamento.
Quarenta e um de cinqüenta e seis ocorrências de Eloah estão em Jó.
Os escritores dos registros do Velho Testamento usaram a palavra Elohim para
designar o único verdadeiro Deus, mostrando Sua infinita superioridade às
divindades politeístas e indicar Sua singular existência. A pluralidade dos atributos
e poderes que o politeísmo distribuiu muitas divindades finitas pertencem a uma
pessoa infinita – o verdadeiro Deus. Esta pessoa infinita declarou: “Eu sou o
Senhor vosso Deus. Vós não tereis outros deuses perante mim.” (Exo. 20:2,3).
A pluralidade de majestade. Quando usado em referência a um verdadeiro
Deus, o nome plural no hebraico Elohim denota majestade, excelência,
superioridade. Refere-se à infinita plenitude e grandeza ilimitada. Ela designa o
“quantitativo” mais que a pluralidade numérica. Ela diz “o quão mais” e não “o
quanto mais”. O uso de nomes e pronomes no plural em referência a Deus
comumente é conhecido como “plural de majestade”. Este pensamento é mantido
nas seguintes citações. Em nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham
faz as seguintes observações:
Deve ser cuidadosamente observado que, embora “elohim” seja a forma plural
ainda quando, como aqui, é construída com um verbo no singular, é naturalmente
singular no sentido; especialmente visto que o “ plural de qualidade” ou
“excelência”abunda no Hebraico onde a referência é inegavelmente a algo que
deve ser entendido em número singular. (Rotherham, Joseph Bryant. The
Emphasized Bible. London: H.R. Alleson, 1901-Vol. I, p.33).
Louis Berkhof, presidente do Seminário Teológico Calvin, faz a seguinte
observação com respeito a palavra Elohim:
O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O plural deve ser
considerado como intensivo, e portanto serve para indicar plenitude de poder.
(Op.cit.,p.48).
Dr. William Smith da Universidade de Londres, um século atrás, foi declarado
como “o mais eminente lexicógrafo na língua Inglesa falada no mundo”. A posição
a seguie é feita no dicionário Bíblico editado pelo Dr. Smith:
A forma plural Elohim tem feito surgir muita discussão. A estranha idéia de que ela
se refere a Trindade de Pessoas na divindade, dificilmente encontra hoje um apoio
entre os escolares. Ela é inclusive o que os gramáticos chamam de “plural de
majestade”, ou ela denota a “plenitude” da força divina, a “soma dos poderes”
amostrados em Deus.(Smith, William. A Dictionary of the Bible, Philadelphia:
American Baptist Publication Society, 1863, p.216).
Embora um trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a palavra plural
“Elohim” freqüentemente demanda significado de singular.
Pensava-se que o estilo de discurso real era um costume de longa data depois do
tempo de Moisés, Faraó não o usou. Em Gênesis 41:41-44, ele diz: “Eu te tenho
posto sobre toda a terra do Egito... Eu sou Faraó.” Mas uma investigação posterior
parece provar que o plural de Deus foi usado pelos cananitas antes da ocupação
hebrea.
O único Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu deus”, indiferentemente. A
palavra “mestre” é usualmente encontrada no plural no Velho Testamento. (Gen.
24:9-51; 39:19; 40:1). O plural dá articulação ao sentido da reverência. Ele
significa magnitude ou plenitude.
Os hebreus tinham muitas formas no plural, onde nós usaríamos o singular, como
“céus” ao invés de “céu”, “águas” ao invés de “água”. Nós, também falamos de
“novidades”, “salários” e dizemos “vocês” ao invés de “vós”. (Op. cit., pp. 318,319).
Strong cita Gustav Friedrich Oehler, Old Testament Theology, como chamando
Elohim “plural quantitativo” significando grandeza ilimitada. (Ibid, 318).

VI- Pronomes Pessoais no Plural

Há quatro registros no Velho Testamento onde pronomes pessoais no plural são


usados em referencia a Deus. Os trinitarianos afirmam que isto ensina sua teoria.
Isto não é verdade. Em nenhuma maneira estes quatros textos ensinam que existe
uma pluralidade de pessoas em Deus. Os quatro textos em questão seguem:
Gênesis 1:26 - Façamos o homem à nossa imagem (us)
Gênesis 3:22 - O homem se tornou um de nós (nós)
Gênesis 11:7 - Desçamos e confundamos (us= nós)
Isaías 6:8 - Quem irá por nós? (nós)

Os pronomes pessoais no plural nestes versos referem-se a um Deus singular.


Está isto claro pelo fato de que pronomes singulares são usados no contexto
fazendo referência a Deus.
Em Gênesis 1:26, Deus disse, “Façamos o homem em nossa imagem, segundo
nossa semelhança.” No próximo verso porém, nós lemos, “ Então cria Deus o
homem na sua imagem, à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou.”
Em Isaías 6:8 nós lemos, “Também eu ouvi a voz do Senhor dizendo: Quem eu
enviarei, e quem irá por nós?” Deus falou de Si no singular.
Em todo o resto da Bíblia, exceto estes quatro textos, Deus é designado por
pronome no singular. Quando falando de Si, eles dizem, “Eu, meu, mim”. Quando
os homens falam concernente a Deus, eles dizem. “Ele, Dele, Nele.” Se o
pronome no plural destes quatro versos referem-se a pluralidade de pessoas em
Deus, porque Deus não é sempre designado pelos pronomes no plural?
Além disso, se estes pronomes no plural denotassem pluralidade em Deus, nada
há que revele quantos há nesta pluralidade se seriam dois, três, dez ou mil.
Aplicando pluralidade em Deus resultaria em politeísmo, não Trinitarianismo.
Estes pronomes no plural, assim como o nome plural Elohim, refere-se ao plural
de majestade. Deus é representado ao se dizer, “Façamos” ao invés de “Faça”
com indicação de Sua glória e grandeza.
Dr. William Evans, também um trinitariano, escreveu o seguinte:

Alguns diriam que o “Façamos (us) em Gênesis 1:26 - “ Façamos nós o homem,”
refere-se à consulta de Deus ao anjo com quem Ele toma conselho antes de fazer
algo de importante, mas Isaías 40:14 – “Mas de quem tomará conselho.” Mostra
que este não é o caso; e Gênesis 1:27 contradiz a idéia, pois ela repete a posição
“na imagem de Deus,” não a imagem dos anjos; também em que Deus criou o
homem na Sua Própria imagem, na imagem de Deus (não anjos) criou. “O nós” de
Gênesis 1:26, portanto, é propriamente entendido como plural de majestade, como
indicativo de dignidade e majestade do relator. A tradução apropriada para este
verso não deveria ser “Façamos nós”, mas “nós vamos fazer,” indicando uma
linguagem de solução mais que consulta.
(Evans, William. The Great Doctrines of the Bible. Chicago: Moody Press, 1939, p.
27).

CAPÌTULO XII

CONTRA - TRINITARIANISMO

A trindade, como nós temos mencionado anteriormente é baseada sobre três


propostas. È como uma mesa construída sobre três pernas. Se uma das pernas é
removida a mesa inteira cairá.
As três propostas sobre as quais a trindade está construída são: (1) A unidade
composta de Deus. (2) A divindade do Pai, do Jesus e do Espírito. (3) A
personalidade do Pai, Jesus e o Espírito. A falha em provar qualquer uma destas
três propostas causará o colapso desta falsa teoria.
Para desmentir a trindade, portanto, se necessita estabelecer apenas um dos três
fatos: (1) A unidade de Deus não é composta (2) Jesus não é Deus. (3) O Espírito
Santo não é uma pessoa. Nas três partes deste capítulo, nós planejamos
considerar estes três fatos.

I- A Unidade de Deus Não é Composta

Há somente uma pessoa que é Deus. Ele é a fonte e o governador do universo.


Ele é o pai de nosso Senhor Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples; não é
composta.
1. Um Deus significa uma pessoa. Deus é um. Ele é um indivíduo singular, uma
unidade só, um único ser. O leitor é direcionado ao capítulo da Unidade de
Deus por uma lista de escritos ensinando a verdade de que Deus é um.
Jesus referiu-se a Seu Pai como “o único Deus verdadeiro” (João 17:3). Moisés
declarou, “Ouve, o Israel: O Senhor nosso Deus é um Senhor” (Deut. 6:4). Paulo
escreveu, “Para nós há um só Deus, o Pai” (I Cor. 8:6).
Há “um” Deus (No grego “heis” e hebraico “echad”). Deus é único, aparte, solitário.
Ele é o único Deus (grego “manos” e hebraico “bad”). Todos os outros estão
esclusas. Não há mais ninguém. Ele é uma pessoa singular. Além Dele nada há.
Todas estas palavras denotam simples unidade. Com relação à palavra “echad”,
R.H. Judd escreveu:
Esta palavra hebraica “echad” ocorre aproximadamente quinhentas vezes no
Velho Testamento, e em nenhum único exemplo pode ser produzida onde a
palavra em qualquer sentido perca seu valor numérico, nem pode ser negado que
ela é a base da qual todos os outros números tem seu valor.
È verdade que nós temos palavras como “nação”, “grupo”, “assembléia”, mas
quando nós falamos de “uma nação” como contra duas ou mais nações, não há
alteração do valor númerico do numeral. (Judd, R.H. One God: The God of the
Ages. Oregon, Illinois: National Bible Institution, 1949,pp.28,30).
No tema da simples unidade de Deus, nós citamos as seguintes palavras di
famoso Catecismo Racovian:
Prove para mim que na única essência de Deus há uma pessoa. Isto pode ser
visto sem dúvida da conseqüência, que a essência de Deus é uma, não em
espécie mas em número. Motivo então que ela não pode conter uma pluralidade
de pessoas, desde que uma pessoa é nada mais que uma essência inteligente
individual.
Sendo assim, onde quer que exista três pessoas em número, deve
necessariamente da mesma forma ser reconhecida três essências individuais; pois
na mesma forma na qual se afirma que há uma essência numérica. Deve ser
assegurado que há uma pessoa em número. (The Racovian Catechism. Section
III, chapter 1.).

2. Pronomes Pessoais no Singular. O fato de que pronome pessoal no singular


seja usado em referência a Deus é um excelente testemunho da simples
unidade de Deus. Pela contagem, pelas centenas, e mesmo pelos milhares, os
pronomes da Bíblia relativos a Deus estão como faróis em todas páginas de
Gênesis a Apocalipse, nos revelando a pessoal, literal e individual unidade de
Deus com uma infinidade que o Trinitarianismo, ou outro argumento pode
negar com êxito. “Eu”, “Mim”, e “Meu”; “Ele”, “Dele” e “Em si”; “Tu”, “Ti” e “Teu”
nunca foram e nunca serão, corretamente aplicados a mais que uma
personalidade individual. Eles trazem uma dignidade e segurança que não
pode ser expressa por um nome ou qualquer outro método. (Judd, R.H. Op.
cit.; p.32).

3. Esta única pessoa é o Pai. O testemunho da Bíblia é que existe uma única
que é Deus. Quem, então, é esta única pessoa? Ele é o Pai. Numerosos textos
bíblicos identificam o único Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Alguns
poucos destes versos são:

João 17:3 - Ti o único Deus verdadeiro


Romanos 15:6 - Deus, o Pai
I Coríntios 8:6 - Um Deus, o Pai
I Coríntios 15:24 - A Deus, ao Pai
II Coríntios 1:3 - Deus, o Pai
Efésios 1:17 - Deus de nosso Senhor Jesus Cristo
Efésios 4:6 - Um Deus e Pai de todos
I Tessalon. 3:13 - Deus e Pai
II Tessalon. 2:16 - Deus e Pai
Tiago 3:9 - Deus e Pai
II João 3 - de Deus o Pai

A unidade de Deus não é composta, Um Deus significa uma pessoa. Esta única
pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

II - Jesus não é Deus

1. Somente uma pessoa que é Deus. Jesus não é Deus porque só há uma
pessoa que é Deus. Esta pessoa tem sido identificada como o Pai. Jesus
portanto, não pode ser Deus. Não há outra pessoa que pode ser Deus no
mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas, e nós Nele. “(I Cor. 8:6). “Um Deus e Pai de todos,
que é sobre todos, e por todos, e em todos” (Efes. 4:6). Jesus é divino mas não
Deus. Ele é o divino Filho de Deus, mas ele não é Deus, o Ser Supremo.

2. Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus. “Há um Deus, e um
mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus.” (I Tim. 2:5).
Jesus é o mediador entre Deus e os homens. Jesus portanto, não é o próprio
Deus. Se o próprio Jesus fosse Deus ou igual a Deus, como asseguram os
trinitarianos. Ele não estaria numa posição como mediador. Como mediador
alguém deve ser a terceira parte. Se Jesus fosse Deus, Ele seria uma das duas
partes e não poderia servir como mediador entre os dois = Deus e o homem. (Gal.
3:20). O fato de ser Jesus um mediador anula a possibilidade de Ele ser parte de
uma trindade.
Jesus insistiu que Ele e o Pai não são idênticos. Ele e Seu Pai são separados em
personalidade, essência e ser. Ele declara que Ele e Seu Pai constituem duas
testemunhas separadas. “Também está escrito na vossa lei, que o testemunho de
dois homens é verdadeiro. Eu sou um que testifico de mim mesmo, e o Pai que
me enviou também testifica de mim.” (João 8:17,18).
3. Jesus é o Filho de Deus. Jesus não é o próprio Deus nem parte de um Deus
trino porque Ele é o Filho de Deus. Ele não pode ser ambos Deus e o Filho de
Deus. O Pai e o Filho não são iguais ou idênticos. O Pai viveu antes do Filho.
O Pai é maior que o Filho. Jesus foi gerado do Pai e nascido de Maria. Ele é o
Filho do Deus vivo.
O Novo Testamento está repleto de escritos que colocam Jesus como Filho de
Deus.

4. Deus é o Deus de Jesus. Jesus reconheceu o Pai, o único verdadeiro Deus,


como Seu Deus. Jesus nunca afirmou ser Ele o próprio Deus. Ele não
pretendeu ser igual a Deus. Ele sempre considerou o Pai como superior a Ele ,
Seu Deus, nos versos seguintes, Jesus refere-se ao Pai como Seu Deus, ou
Deus é descrito como o Deus de Jesus.
João 20:17 - Para meu Deus e vosso Deus.
Apocalipse 3:12 - Meu Deus, meu Deus, meu Deus, meu Deus
Mateus 27:46 - Meu Deus, meu Deus, porque Tu
Marcos 15:34 - Meu Deus, meu Deus, porque Tu
Salmos 22:1 - Meu Deus, meu Deus, porque Tu
II Cor. 11:31 - O Deus e Pai de nosso Senhor
Efésios 1:3 - O Deus e Pai de nosso Senhor
Efésios 1:17 - O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo
I Pedro 1:3 - O Deus e Pai de nosso Senhor
Hebreus 1:8,9 - Deus, o teu Deus te ungiu
Salmos 45:6,7 - Deus, teu Deus te ungiu
Apocalipse 1:6 - Para Seu Deus ( R.S.V. Diaglott)
II Coríntios 1:3 - Deus de nosso Senhor Jesus (R.S.V.).

5. Jesus orou para Seu Deus, o Pai. Jesus revelou que Ele não era o próprio
Deus quando, Ele orou para Seu Pai, como Deus. Se Jesus fosse igual a
Deus, porque Jesus orou a Deus? Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus e
o Espírito tem uma inteligência e uma vontade. Se Jesus e Deus compartilham
uma vontade, o poder de decisão, seria ridículo para uma pessoa da trindade
orar para outra pessoa da trindade. Jesus mostrou que Ele é inferior a Seu Pai
e unicamente Seu Pai é Deus pelo fato de ter orado a Ele.

Hebreus 5:7,8 - Ofereceu oração a Ele


Lucas 6:12 - Toda noite em oração a Deus
Mateus 11:25 - Oh Pai, Senhor do céu e da terra
João 17:1 - Pai, a hora é vinda
Mateus 26:39,42 - Oh meu Pai, se for possível

6. Jesus é inferior a Deus. Jesus ocupa a mais exaltada posição no universo


depois de Deus. Jesus não é igual a Seu Pai. Deus é maior que Seu Filho, o
Filho é inferior ao Pai. Jesus, portanto, não é Deus. Reconhecendo este fato
não é equívoco dar glória apropriada a Cristo; é reconhecimento da verdadeira
relação entre Deus e Seu Filho. Jesus declarou, “Meu Pai é maior do que Eu”
(João 14:28).
Quando Jesus disse, “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), Ele não ensinava que
Ele e o Pai fossem um em essência ou ser (como afirmam os trinitarianos) ou um
pessoa (como Sabelianismo ensina). Ele referiu-se a unidade de propósito e
perfeito acordo que existe entre Ele e Seu Pai. Jesus rogou que esta mesma
unidade se fizesse realidade entre Seus seguidores. (João 17:11, 21-23).
Jesus sempre entendeu que Seu Pai é maior que Ele. Isto claramente mostra que
Jesus não pode ser em parte de um Deus trino.
João 14:28 - O Pai é maior que Eu
João 10:29 - Meu Pai é maior que tudo
I Coríntios 11:3 - O cabeça de Cristo é Deus
I Coríntios 3:23 - Cristo de Deus
Mateus 20:23 - Não me pertence dá-lo Pai.
I Cor. 15:24-28 - O próprio Filho sujeito ao Pai

Depois que o governo redentivo de Cristo houver sido completado e Deus tiver
posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Jesus continuará a ser sujeito a
Deus. Deus será Supremo. Ele será tudo em todos. “Pois ele tem colocado todas
as coisas sob seus pés. Mas quando diz que todas as coisas são postas sob ele, é
manifesto que Ele se excetua, o qual pôs todas as coisas sob seus pés, e Deus
será tudo em todos.” (I Cor. 15:24-28).
Jesus viveu como servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência a Seu Pai. Ele
sempre fez aquelas coisas que agradaram a Deus. Isto mostra que Jesus
reconheceu- Se ser inferior a Deus.
Zacarias 3:8 - Meu servo o renovo
Mateus 12:18 - Eis aqui meu servo
Filipenses 2:7,8 - Na forma de servo
Hebreus 10:7,9 - Eu vim para fazer tua vontade, oh Deus.
João 4:34 - Eu faço a vontade Dele.
João 5:30 - A vontade daquele que me enviou
João 6:38 - Não para fazer minha própria vontade
João 8:29 - As coisas que o agradam
Lucas 22:42 - Não minha vontade, mas tua
Romanos 5:19 - Pela obediência de um.

7. Jesus inferior a Deus em atributos. O novo Testamento revela Jesus como


inferior a Deus em atributos. Esta é uma indicação definitiva que Jesus não é o
próprio Deus. Tampouco é igual a Deus ou idêntico a Deus. Ele não é parte de
um Deus trino. Deus é infinito e perfeito em Seus atributos. Em todas estas
coisas Deus é imutável .Sua perfeição infinita não aumenta ou diminui. O que
Ele tem sido é o que sempre será. Jesus se mostrou inferior a Deus em Seus
atributos.
Inferior em sabedoria. Deus é Onisciente. Ele é perfeito em sabedoria.
“Conhecido de Deus são todas as obras desde o princípio do mundo.” Sua
sabedoria é infinita, eterna e completa.
Jesus por outro lado, não era onisciente. Jesus “crescia em sabedoria,” (Lucas
2:52). Se Jesus fosse Deus com infinita sabedoria, como Ele poderia crescer em
sabedoria? A sabedoria de Deus não é derivada ou adquirida. Sua sabedoria
origina-se Nele próprio. “Quem o ensinou?” (Isa. 40:13,14). Jesus, por outro lado,
recebeu sabedoria de Deus. (João 8:28).
A sabedoria de Deus inclui todas as coisas passadas, presentes e futuras. Ele
sabe de todas as coisas. Jesus por outro lado, era limitado no conhecimento com
relação a data do Seu retorno. (Marcos 12:32). Jesus não é Deus.
Lucas 2:52 - Jesus cresceu em sabedoria
João 5:19 - O que o filho vê o Pai fazer
João 8:28 - Como o Pai me ensinou
Marcos 13:32 - Não sabe a data de Seu retorno
Atos 1:7 - Na autoridade do Pai

Inferior em poder. Deus é onipotente. Ele é todo poderoso. Ele tem poder
infinito. “Com Deus todas as coisas são possíveis.” O poder de Deus origina-se
dentro Dele. Através de Seu poder, Deus faz toda a Sua obra. Jesus, por outro
lado, não era onipotente. O poder de Cristo manifesto na realização dos milagres
eram recebidos de Deus. Ele disse: “O Filho de Si nada pode”(João 5: 19). O
poder do qual Cristo faz uso em Sua obra hoje e o qual Ele usará no governo da
no Seu futuro reinado foi recebido de Deus. O poder de Deus origina-se em Si,
Jesus recebeu poder de Deus. Jesus não é Deus.
João 5: 19 Filho de Si nada faz
João 5: 30 De mim nada faço
João 8: 28 Eu de mim nada faço
João 14: 10 Ele faz as obras

Inferior em vida. Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo em que Deus não
existiu. Deus não somente viverá para sempre no futuro, mas também para
sempre viveu no passado. A vida de Deus não tem princípio. A vida de Cristo, por
outro lado, teve um início definido. Houve um tempo em que Jesus não existiu.
Jesus viverá para toda a eternidade no futuro, mas ele não viveu por toda a
eternidade no passado. Jesus é inferior a Deus em relação a era e prévia
dimensão da vida.
Deus é a fonte de toda a vida. Ele não deriva Sua existência de algo, Ele possui
vida em Si mesmo. Jesus, no entanto, recebeu vida oriunda de Deus. Se não
fosse por Deus, Jesus nunca teria existido. Jesus foi gerado do Pai. Sua vida
deriva-se de Deus. O poder de Deus fez Maria conceber e dar a luz a um filho. Se
não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus nunca teria nascido. “O Espírito Santo
descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá: Pois o santo que de ti nasceu
será chamado o Filho de Deus” (Lucas 1:35). Jesus disse, “O Deus vivo me
enviou, e eu vivo pelo Pai.” (João 6:57).
Jesus também recebeu a vida da ressurreição do Pai. Deus ressuscitou Jesus dos
mortos através do Seu poder, o Espírito.
(Atos 10:40; 13:30; Rom. 10:9) Jesus voluntariamente deu Sua vida em sacrifício.
Ele tinha autoridade para dá-la e tinha autoridade para recebe-la novamente.
(João 10:17,18). Jesus não ressuscitou dos mortos por Si. Ele foi ressuscitado dos
mortos pelo poder de Deus. Deus é a fonte de toda a vida; Jesus recebeu vida de
Deus. Jesus não é Deus.
“Deus não pode morrer.” Deus é imortal. Ele não está sujeito à morte. Deus
sempre foi imortal, e sempre será imortal. É impossível para Deus morrer. Jesus,
ao contrário, nasceu mortal. Ele morreu. Jesus tinha as características do homem
mortal. Ele experimenta fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), canseira (João 4:6),
tentação (Mat. 4:1), e sofrimento (Luc. 24:46), Jesus morreu (João 19:33; I Cor.
15:3). Deus não pode morrer; Jesus morreu . Jesus não é Deus.
Jesus se tornou imortal quando Deus o ressuscitou da sepultura. Jesus recebeu a
imortalidade de Deus. Jesus não pode morrer novamente. (Rom 6:9). Quando
Jesus vier, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais com Ele. (I Cor.
15:52,53; Fil. 3:20,21).

8. Atributos divinos e posições recebidas de Deus. Alguns homens


argumentam que Jesus deve ser Deus e uma parte da trindade porque Ele exerce
certa autoridade divina e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de
Deus, Jesus recebe autoridade e poder divino oriundo de Deus. Isto entretanto,
não prova que Jesus é igual a Deus, o próprio Deus, nem uma parte de Deus. O
fato de Jesus estar exaltado pelo Pai mostra que o Pai é maior que Jesus. O fato
que Jesus recebe posições e obras divinas de Deus mostra que Jesus é inferior a
Deus.
Hoje, Jesus tem sido exaltado à mais alta posição do universo, vindo antes dele
somente Deus.
“Autoridade recebida de Deus”. Jesus disse: “Todo poder (autoridade) me é
dado no céu e na terra” (Mateus 28: 18). Jesus sempre entendeu que Seu Pai era
superior a Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita obediência a Deus. Depois da
Sua ressurreição, Jesus recebeu autoridade divina de Deus. A autoridade de Deus
não é derivada; ela origina Nele. Deus é maior que Jesus; Jesus é inferior a Deus.
Jesus não é Deus.
“Majestade recebida de Deus”. Jesus é designado Rei dos reis. Deus sempre foi
o Rei do universo; Jesus recebeu sua autoridade de majestade oriundo de Deus.
A base para o reino de Cristo está no fato de que Ele é o Filho de Davi (Lucas 1:
31- 33) e também o Filho de Deus (Salmos 21: 6- 9; Daniel 7: 14). Jesus não se
tornou o Filho de Davi e o Filho de Deus até que Ele nasceu de Maria.
“Trabalho de julgamento”. Deus autorizou Jesus a ser Juiz da humanidade.
Deus comissionou o julgamento a Seu Filho. Deus julgará a humanidade pela obra
de Cristo, o Juiz. Jesus recebeu esta posição e obra da parte de Deus. ( João 5:
22, 27; Atos 10: 42; 17: 31.) O fato de Jesus Ter recebido esta prerrogativa do Pai,
mostra que o Pa é superior a Ele. Jesus não é Deus.
“Sua presença invisível”. Embora Jesus esteja no céu, Ele está apto a estar em
todo lugar presente com Seus seguidores. Ele disse: “Eis que esou sempre
convosco, até o fim do mundo” (Mateus 28: 20). Jesus pode fazer isto mediante o
poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de Deus. ( João 15: 26; Atos
2: 33). Durante seu ministério terreno, Jesus pode curar o servo do centurião
( Mateus 8: 5- 13) mesmo estando o servo enfermo a grande distância Dele. Ele
também podia saber o que estava dentro do coração do homem. Jesus podia
fazer estas coisas, não porque Ele seja parte de Deus trino, mas porque Deus deu
poder a Ele para fazer estas obras.
9. Quatro argumentos trinitarianos considerados. Os trinitarianos se mostram
contra a verdade de que Jesus não é Deus. Os quatro argumentos que eles usam
para mostrar que Jesus é o próprio Deus são:
(1) Atributos divinos são aplicados a Cristo; (2) Prerrogativas divinas aplicadas a
Cristo; (3) Alguns escritos afirmam que Jesus era a imagem ou plenitude de
Deus; (4) A Jesus é dado o título de “Deus” em certos escritos.
Nós já consideramos o primeiro argumento e observamos que Jesus era inferior a
Deus em atributos de sabedoria, poder e vida durante Seu ministério terreno. Ele
era dependente de Deus em todas as coisas. Ao invés de provar que Jesus é
Deus, Seus atributos provam que Ele não é Deus.
O segundo argumento também já foi considerado. O fato de que Jesus exerce ou
exercerá certa autoridade Divina ou faz obras Divina (Rei, Juiz, etc) não indica que
Jesus é Deus. Pelo contrário, nós notamos que Jesus recebe todas estas
posições e obras de Deus, mostrando que Jesus recebeu todas estas posições e
obras de Deus, mostrando que Jesus é inferior a Deus.
O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade que Jesus não é
Deus está no fato de que certas escrituras colocam Jesus como a imagem de
Deus. Estes versos são:
Filipenses 2: 6 Sendo na forma de Deus
Colossenses 1: 19 Nele habita toda plenitude
Colossenses 2: 9 Nele habita toda a plenitude
Colossenses 1: 15 A imagem de Deus invisível
2 Coríntios 4: 4 Cristo, que é a imagem de Deus
Hebreus 1: 3 Expressa Imagem de Sua pessoa
João 12: 45 Quem vê a mim O vê
João 14: 9 Quem me vê , vê o Pai

Estes versos não ensinam que Jesus é Deus. Eles não indicam que Jesus é parte
da trindade. A palavra “imagem” significa “semelhança” ou “caráter estampado”.
Jesus era a semelhança moral de Deus. Seu caráter refletiu os atributos moral de
Deus – santidade, amor e verdade. Os homens puderam conhecer o caráter moral
de Deus ou Sua imagem ao observarem a amável vida de Jesus. Sua vida revelou
santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia, gratidão, verdade, veracidade e
fidelidade. Jesus era piedoso. Ele era como Deus em caráter e conduta. Jesus
não era o próprio Deus. Ele refletiu o caráter de Deus em Sua perfeita vida.
O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que a Jesus é atribuído o título de
“Deus” em poucos escritos. Três escritos principais são: João 20: 28; Tito 2: 13;
Hebreus 1: 8.
Este argumento está respondido no fato de que a palavra “Deus” (Hebraico
“elohim” e grego “theos”) por algumas vezes é aplicado a homens e a anjos na
Bíblia. Quando usada em sentido secular, a palavra “Deus” indica alguém que é
representante do único Deus Supremo.
O termo Deus é aplicado nas escrituras principalmente em dois sentidos. O
principal deles é quando ela o designa como quem governa e preside sobre todas
as coisas no céu e na terra, e que não reconhece superior...neste sentido a
escritura assegura que Deus é um. O outro sentido é quando ela denota um ser
que tem recebido de Deus algum tipo de autoridade superior tanto no céu ou na
terra entre os homens, ou poder superior a todas as coisas humanas, ou autoriade
para assentar para julgar outros homens, e isto dá algum sentido de participação
da Deidade do único Deus. ( The Racovian Catechism. Section III, Capítulo 1.)
Moisés foi designado como Deus em relação a Aarão. (Êxodo 4: 16) e a faraó
(Êxodo 7: 1). Moisés foi chamado Deus (Elohim), mas ele não era um Deus
supremo ou parte de uma trindade. Moisés era representante de Deus. Juizes
humanos, representantes de um único Deus não são designados como Deus. Em
Êxodo 22: 28 a palavra “deuses” referem-se a juizes humanos. Em Êxodo 21: 6;
22: 8,9; e 1 Samuel 2: 25, as palavras “juizes” é traduzida do hebraico elohim ou
Deus. Salmos 97: 7 é citado em Hebreus 1: 6.
Os “anjos” de Hebreus 1 são os “deuses” em Salmos 97. Anjos são
representantes de Deus, mas não o próprio Deus.
O israelitas foram chamados “deuses” em Salmos 82: 6, 7. Jesus citou este verso
para mostrar este fato. “ Jesus respondeu-lhes, não está escrito em vossa lei, Eu
disse, vós sois deuses? Se ele os chamo de deuses, àqueles a quem veio a
palavra de Deus, e a escritura não pode ser quebrada; dizeis vós dele, a quem o
Pai santificou, e o enviou ao mundo, tu blasfemas; pois Eu disse, Eu sou o filho de
Deus?” (João 10: 34- 36).
O fato da palavra “Deus” ser usada em sentido secundário como representativa de
Deus em Hebreus 1: 8 é mostrado no próximo verso.
Em Hebreus 1: 9 o único Deus é descrito como o Deus do Filho. “Tu tens amado a
justiça, e odiado a iniquidade, por isso Deus, o teu Deus te ungiu como óleo da
alegria mais que teus companheiros.”( Hebreus 1: 8, 9) é citação de Salmos 45:
6,7).
Jesus não é próprio Deus. Ele não é parte da trindade. Jesus é Filho de Deus.

III. O Espírito não é uma Pessoa

O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é
impessoal. Não é parte de uma trindade. É a energia divina pela qual Deus opera
Sua obra.

l. O Espírito é o poder de Deus. O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do


Filho porque ele é o poder de Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal de
Deus. Toda obra que Deus faz é feita através do Seu poder ou Espírito.
Espírito é traduzido da palavra hebraica “ruach” e “neshamah” e da palavra grega
“pneuma”. Pneuma é no escrito grego o que Ruach é no hebraico. Espírito
significa ar, fôlego, vento, poder, animação, e manifestação de um poder. O
Espírito de Deus é o poder de Deus.

2. “A palavra Espírito” é neutra. O Espírito não é uma personalidade porque a


palavra grega “pneuma”, traduzida Espírito, é neutra em gênero. Artigos e
pronomes referentes a ela são também neutros.

3. “Símbolos impessoais”. O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é


designado na Bíblia por símbolos impessoais. Alguns destes são vento (João 3:8,
Atos 2:2), fogo (Mat. 3:11), água (João 7:37-39), óleo (Salmos 45:7; Isa. 61:1),
selo (Efes. 1:13), pomba (Mat. 3:16), lâmpadas (Apoc. 4:5) e fôlego.
4. “Características Impessoais”. As características impessoais do Espírito o
revela como o poder de Deus e não como uma personalidade. O Espírito é
mencionado como derramado (Isa. 32:15; 44:3; Joel 2:28; Atos 2:17; 10:45),
vertido (Tito 3:5,6), soprado (João 20:22) e enchendo pessoas (Atos 2:2,4);
Efes. 5:18). Jesus foi ungido com este poder (Atos 10:38). Os homens foram
batizados nele (Mat. 3:11; Atos 1:5; I Coríntios 12:13) e beberam dele (I Cor.
12:13). Ele é comparado ao vento que sopra (João 3:8). O Espírito Santo é
impessoal.

5. “Sem nome pessoal”. O Espírito aparece ser impessoal pois ele não
apresenta um nome pessoal. Deus é uma pessoa; Seu nome é Jeovah. Nosso
Salvador é uma pessoa; Seu nome é Jesus. O Espírito não é uma pessoa; ele
não tem nome pessoal. Se o Espírito é uma pessoa, porque ele não tem um
nome pessoal? A palavra “nome” em Mateus 28:19 não se refere a um nome
pessoal. A palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou “representante
de “. O Espírito Santo não é uma personalidade.

6. “Nunca endereçado na oração”. “O Espírito Santo não é uma pessoa, porque


em toda a Bíblia não há uma oração ou canção, ou exclamação endereçada a
ele, e ainda não há precedente na Bíblia autorizando oração ou canção”.
(Gifford, Op. cit., p. 172) . Miles Grant escreveu:

Um outro importante fato é digno de notar, que em nenhum lugar na Bíblia nos é
ensinado amar, honrar ou adorar o Espírito Santo, ou orar a ele por assistência.
Poruqe não, se ele é uma pessoa, como o Pai e o Filho? (Grant, Miles. Positiva
Theology. Boston: Advent Christian Publication Society, p. 287).
O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração em Apocalipse. (Apoc. 5:13,
7:10). Se o Espírito é a terceira pessoa da trindade, porque a sua referência é
omitida?

7. “Não incluído nas saudações apostólicas”. O poder de Deus, o Espírito,


não é usualmente mencionado junto com Deus e Jesus nas saudações e
cumprimento nas cartas do Novo Testamento.
O Espírito não é mencionado em qualquer uma das saudações de Paulo em suas
epístolas. (Rom. 1:7; I Cor. 1:3; II Cor. 1:2; Gal. 1:3; Efes. 1:2; Fil. 1:2; Col. 1:2; I
Tessa. 1:2; I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4; Filemon 3.). Deus e Jesus são
mencionados juntos repetidamente, mas o Espírito é raramente mencionado com
eles.
Observe também as palavras de abertura de outras cartas escritas por outros.
(Tiago 1>1; II Pedro 1:2; I João 1:3; II João 3. Judas 1.).
Todas estas mencionam Deus e Jesus mas não o Espírito. O Espírito é
mencionado em I Ped. 1:2 mas não como pessoa.
Alguém poderá também observar que o Espírito não está incluído em muitas das
doxologias e bençãos. Em uma na qual o Espírito é mencionado (II Cor. 13:14) já
foi considerado.
A questão retorna novamente, Porque não há “graça” suplicada ao Espírito Santo
de Deus, se ele é uma pessoa? Se existisse uma comissão de três pessoas, e não
houve menção , exceto de duas nestes registros, não seria o caso da terceira se
sentir menosprezada? Se Paulo conhecesse a terceira pessoa de quem a “graça”
devesse ser recebida, porque ele não pediu em seu favor junto ao Pai e o Filho?
(Ibid, p. 288).

8. “Não mencionado como entronizado ou reinando”. A Bíblia mostrou a Deus


o Pai assentado sobre Seu trono e Jesus assentado ou em pé à Sua mão
direita. O Pai e o Filho estão juntamente associado em juízo e redenção. O
reino vindouro é reino de Deus e de Seu Cristo. Não há menção do Espírito
sendo uma pessoa ou assentado sobre um trono.

9. “Não relacionado ao Pai como uma pessoa a outra”. A relação do Espírito


ao Pai não é aquela de pessoa para outra pessoa. A relação do Espírito ao Pai
é de um poder para uma pessoa. O Espírito é o poder de Deus. O poder de
Deus não é uma pessoa distinta Dele, é assim como Sua sabedoria ou amor.
O Pai e o Filho são pessoas, mas o Espírito não é uma pessoa.
O Pai diz, “Tu” ao Filho e o Filho diz, “Tu” ao Pai, mas nunca se diz “Tu” para o
Espírito. O Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai, mas não é mencionado como
amando o Espírito.
O Espírito nunca é denominado “o terceiro” ou a terceira pessoa” de qualquer
forma. Além disso, o Pai não é chamado a “primeira pessoa” e o Filho nunca é
chamado “Segunda pessoa”.

10. “Objeções consideradas”. Os trinitarianos afirmam, baseados em Atos 5:3,4 e


II Cor. 3:17, que o Espírito é Deus. Eles insistem que desde que o Espírito é
diretamente identificado com Deus, o Espírito deve ser Deus e uma
personalidade separada. Não há nada nestes dois versos que garanta uma
afirmação. Meramente dado o fato da Bíblia colocar “deus é amor” (I João
4:8,16) não autoriza a alguém dizer que amor é uma personalidade separada
distinta do pai e membro de uma trindade.
O Espírito é o poder de Deus. A obra do Espírito é a obra de Deus e Seu Filho.
Quando alguém está cheio do Espírito, ele está cheio do invisível poder de Deus e
de Cristo. O fruto do Espírito é o resultado da obra de Cristo na vida do crente
através do Seu poder.
Quando a Bíblia descreve o Espírito como falando (Apoc. 2:7), ela refere-se à obra
de Deus falando através do Seu poder. Quando o Espírito é descrito fazendo
intercessão (Rom: 26,27), ele refere-se à intercessão que Cristo nosso Sumo
Sacerdote faz por nós através do Seu poder. (Rom.8:34; Heb. 7:25). Jesus é
nosso único intercessor; Ele é nosso único mediador. Quando Ananias mentiu
para o Espírito Santo, ele mentiu para Deus que trabalhou através daquele Santo
poder. Quando os homens “ofendem”(Efes. 4:30) o Santo Espírito de Deus, eles
ofendem o próprio Deus que obra através do Seu Espírito Santo.
Este Espírito é descrito como eterno e santo porque Deus é eterno e santo.
Quando o Espírito, o poder de Deus, é mostrado como que tendo certas
características e fazendo certas obras, referência é feita ao Deus eterno que traz
estas características e faz aquelas obras.
11. “Pronomes Masculinos no Grego não prova personalidade.” Nosso Senhor
prometeu a Seus discípulos que depois que Ele subisse ao céu Ele enviaria a
eles o poder de Deus, o Espírito Santo. Através deste poder, Jesus continuaria
Sua obra nos discípulos e com eles.
Este poder foi chamado de Consolador, Parácleto, Advogado, ou Ajudador, porque
Jesus intenciona fazer Sua obra através desse poder em favor dos crentes. Jesus
é quem seria o Parácleto ou Advogado. (I João 2:1).Ele é quem prometeu estar
sempre com eles. (Mat. 28:20) e ser a fonte de conforto e auxílio. Jesus disse: “Eu
não vos deixarei sem auxilio: Eu virei para vós” (João 14:18). A obra do Espírito de
Cristo como Consolador, Advogado ou Auxiliador não era nada mais que o
trabalho de próprio Cristo como Consolador, Advogado, ou Auxiliador através
deste poder divino.
A palavra grega para Consolador, “Paracletos” é masculina em gênero. (João
14:16,17,26; 16:7,8,13-15). Por isso, tradutores visaram pronomes masculinos
para se referir ao poder de Deus nestas passagens de João mesmo sendo o
próprio poder neutro e impessoal.
O poder impessoal de Deus foi indicado pela palavra masculina “Consolador”
porque ela seria usada em referência pela pessoa, Jesus Cristo. Jesus é uma
pessoa, mas o poder, o Espírito Santo, pelo qual Ele obra como Consolador era
impessoal. O uso de pronomes masculinos nestes versos citados, não são
indicativos de personalidade.
Espírito no grego é um nome neutro e é sempre representado por pronomes
neutros nesta língua. O Consolador em Grego é um nome masculino, e é por isso
representado, por pronomes masculinos. Mas isto nada prova em relação a
personalidade; porque o uso do pronome masculino no grego não é prova de
personalidade. O grego, diferente do inglês, usa pronomes masculinos e femininos
com referência a coisas e qualidades assim como a pessoas. No grego um campo
é masculino, uma cidade é feminino, dar é feminino, uma videira é feminino, mas
uma vinha é masculino, vento é masculino, prata é masculino, um escudo é
feminino, etc., etc., todas pelos léxicos de nomes gregos. Absolutamente não é
prova de personalidade que um objeto seja masculino ou feminino no grego. Um
nome neutro porém nunca é usado no grego para indicar uma pessoa, exceto no
caso de um diminutivo, como uma criança, uma pessoa doente, ou pessoa não
considerada como pessoa, mas como objeto. Por isso, visto que o Espírito é
sempre neutro no Grego, ele não pode ser uma pessoa, e nunca deveria ser
referido como ele, dele,nele, quem ou qual, mas por ele (it), nele (wich) e dele
(itself). (Giffor, op.cit., 170-172).
A sabedoria em provérbios é personificado e referida como “ela” ou “dela”. Isto,
porém, não indica que a sabedoria é uma mulher ou uma pessoa. Não significa
que ela é parte de um Deus trino. O fato do Consolador ser chamado ele e nele
não indica que ela seja uma pessoa.
Várias versões e traduções do Novo Testamento usam pronomes neutros ao invés
do masculino em João 14:16,17,26. Entre estas estão: Edgar J. Goodspeed. The
New Testment: An American Translation, J. B. Rotherham The Emphasized Bible,
e Wilson The Emphatic Diaglott. Miles Grant diz os três manuscritos mais antigos
do Novo Testamento, o Sinaitico, Alexandrine, e Vaticano, usam pronomes
neutros ao invés de masculino em João 14. (Op. cit., pg 290-293).
Futuras considerações da natureza de Cristo e sua relação com Deus serão
tratadas em Cristologia. Futura consideração da natureza do Espírito será feita em
Soteriologia.

CAPÍTULO XIII

OS ATRIBUTOS DE DEUS

A existência de Deus estabelece o fato de que Deus é. A personalidade de Deus


revela quem Deus é. A natureza e unidade de Deus considera que Deus é. Os
atributos de Deus referem-se os que Deus é semelhante.

I- Atributos definidos

Os atributos de Deus são suas características de identificação e de distinção. Elas


se referem a estas particularidades e perfeições atribuídas a Ele na Bíblia e
reveladas por Ele em Suas obras. Estas características são intrínsicas, essenciais
e qualidades permanentes dentro das natureza divina. Elas denotam o que é
Deus.
“Os atributos de Deus são aquelas características que distingue a natureza divina
as quais são inseparáveis da idéia de Deus e as quais constituem a base e
alicerce para Suas várias manifestações às Suas criaturas. (Strong. Op. cit.,
p.244)
Pelos atributos de Deus, em discernimento oriundo da substância de Deus,
queremos explicar as qualidades que são inerentes à substância e constituem
uma descrição analítica e aproximada deles. Elas devem ser entendidas como real
objetivamente e não meramente como um modo subjetivo do homem de imaginar
Deus, e como descrição de modo particular no qual a essência divina exista e
opere e não como que denotando partes distintas de Deus. Os atributos são a
diferença do gênero essência e substância”. (Thiessen. Op. cit., p. 123).

II- Atributos de Deus classificados

Os teólogos tem classificado os atributos de Deus de muitas formas diferentes.


Eles tem resumido e agrupado a descrição da natureza de Deus sob vários títulos.
Uma dupla classificação dos atributos de Deus consiste de “atributos negativos” e
“atributos positivos”. Atributos negativos referem-se àquelas qualidades que
negam imperfeições na natureza de Deus. Elas identificam o que Deus não é. Por
exemplo, Deus é não pesquisáveis, imortal e imutável. Os atributos positivos
referem-se as qualidades que expressam certas perfeições na natureza de Deus.
Uma outra classificação dos atributos de Deus consiste de atributos
incomunicáveis e atributos comunicáveis. Atributos incomunicáveis referem-se
aqueles atributos que pertencem unicamente a Deus e não podem ser concedidos
ao homem. Atributos comunicáveis são aqueles que podem ser encontrados, em
escala limitada no homem. Esta é a classificação favorita empregada pelos
teólogos reformados.
Uma terceira classificação resulta nos atributos de Deus sendo agrupados sob
atributos absolutos ou imanentes e atributos relativos ou transitivos. Atributos
absolutos ou imanentes inclui aqueles que se referem à natureza de Deus
independente da Sua relação com o universo. Santidade, por exemplo, refere-se
ao que Deus é em Si mesmo. Justiça e retidão referem-se a santidade de Deus
como expressa em Sua relação com a humanidade. Alguns teólogos classificam
os atributos de Deus de acordo com os três elementos da personalidade: intelecto,
sensibilidade e vontade. Sob o intelecto seria colocado a onisciência de Deus. Sob
a sensibilidade seria agrupado o amor, santidade e verdade de Deus. Sob vontade
seria listado a Onipotência de Deus. Nós sentimos que isto seja uma classificação
artificial e insatisfatória.

III- Atributos Naturais e Moral

Nós apoiamos a classificação dos atributos naturais e moral de Deus. Atributos


naturais referem-se às características físicas de Deus e Sua relação com a
natureza do universo como um todo. Atributos moral referem-se ao caráter de
Deus. Eles determinam Seu padrão moral e Sua relação com a humanidade.
Descrevendo o homem, por exemplo, se você mencionou que ele era alto, forte e
inteligente, você estaria listando seus atributos físicos e naturais. Se você disse
que ele era reflexivo, generoso, e dependente, você estaria listando seus atributos
moral, você estaria descrevendo seu caráter.
Os atributos naturais de Deus são: infinidade, eternidade e imortalidade,
imutabilidade, Onisciência, Onipresença e Onipotência. Embora nós já tenhamos
dado ao tema extenso tratamento, a unidade de Deus também deve ser
considerada como um de Seus atributos naturais. Os atributos moral de Deus são:
Santidade, amor e verdade.
Santidade inclui a retidão e justiça. Amor inclui a misericórdia, graça, amabilidade
e benevolência. A verdade inclui autenticidade e fidelidade. Quando nós nos
referimos a um grupo dos atributos de Deus como naturais, nós não dizemos que
estas qualidades pertencem naturalmente a Deus e todas as outras características
são estranhas ou adquiridas.
Todos os atributos de Deus são originárias Nele mesmo. Todas são intrínsecas
em Sua natureza..
Os atributos de Deus, então, são inter-relacionados. Cada atributo condiciona e
modifica todos os outros atributos. O amor de Deus é santo. Seu poder é eterno;
Sua sabedoria infinita, Sua santidade imutável. Deus é uma pessoa tendo uma
natureza não dividida e indivisível pelo exercício de Seus muitos atributos.

IV- A GLÓRIA DE DEUS

A glória não é um atributo separado de Deus. Glória é manifesta na beleza, luz,


esplendor. A glória de Deus resulta dos Seus atributos.
A bem aventurança designa a condição de Deus na natureza íntima que resulta do
exercício subjetivo de Seus atributos. Deus é reconhecido como glorioso quando
Ele é visto em Sua verdadeira natureza. Na eternidade, quando a terra for cheia
da glória do Senhor, os homens reconhecerão Deus como Ele realmente é.
Glorificar a Deus significa declarar ou mostrar que Deus é glorioso. No ato de
glorificar a Deus os homens não mudam a natureza de Deus. Eles não fazem
Deus glorioso. Deus é glorioso indiferente ao que os homens façam. Da mesma
forma, quando os homens santificam a Deus em seus corações, eles não fazem
Deus santo. Eles não alteram Sua natureza de não-santificado para santidade.
Deus já é infinitamente santo. Sua santidade não pode crescer ou diminuir.
Santificar a Deus significa declarar ou mostrar que Deus é santo. Glorificar a Deus
é o ato mediante o qual os homens declaram, que Deus é glorioso.
Deus é glorioso em cada um de seus atributos e na soma total de sua natureza e
obras. “Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o qual faz maravilhas, e
bendito seja seu glorioso nome para sempre; e sela toda a terra cheia de Sua
glória, Amém, e Amém.” (Salmos 72: 18,19).

CAPÍTULO XIV

ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS

Agora nós podemos considerar as características de Deus em relação ao


universofísico. Estas estão agrupadas sob seis atributos naturais: infinidade,
eternidade e imortalidade, imutabilidade, onisciência, onipresença e onipotência.
Infinidade dá-se ao fato de que Deus é infinito. Eternidade e imortalidade refere-se
à verdade de que Deus é eterno e imortal.
Imutabilidade refere-se ao fato de que Deus é imutável. Onisciência designa Deus
perfeito em conhecimento. Onipresença significa que Deus está presente em
qualquer lugar. Onipotência dá-se no fato de que Deus é Todo-poderoso.

I- Infinidade

Deus é infinito. Ele não tem limites nem imperfeições. O homem é limitado pela
relação de tempo e espaço. Ele tem limitações mental e física. O homem é finito;
Deus é infinito. O poder de Deus é ilimitado. Ele tem uma relação universal e
perfeita com todas as outras existências.
Deus é não-pesquisavel. O homem finito não pode compreender a plenitude do
infinito Deus. O homem pode conhecer Deus e muito sobre Deus, mas ele não
pode saber tudo que há conhecer em Deus sobre detalhes de Sua total perfeição.
O homem pode conhecer Deus porque Ele tem se revelado ao homem. O infinito
Deus é não-pesquisáveis. (Jó 11:7; Salmos 145:3; Isaías 40:28; Rom. 11:33-36.).
Deus é transcendente. A transcendência de Deus significa que Ele é infinitamente
superior a Suas obras, que Ele tem existência independente de Sua criação, e é
mais que adequado em suprir todas as necessidades do Seu universo.Uma
palavra companheira de transcêndencia é imanência. Ambas as verdades são
requeridas para figurar uma completa relação de Deus com o universo. Quando a
transcêndencia de Deus é mantida em separado de Sua imanência, o erro
resultante é o deísmo. Quando a imanência de Deus é mantida em separado de
Sua transcendência, o erro resultante é o panteísmo.

II – Eternidade e Imortalidade

Deus é eterno. Nunca houve um tempo em que Deus não existisse. Ele sempre
foi, sempre é e sempre será. Eternidade é o tempo infinito.
I Timóteo 1:17 - O rei, eterno, imortal
Deuteronomio 33:27 - O eterno Deus é teu refúgio
Salmos 90: 1,2 - De eternidade à eternidade
Isaías 40:28 - O eterno Deus
Isaías 57:15 - O que habita na eternidade
Apocalipse 21:6 - Alfa e Ômega

A eternidade se estende em ambas as direções. Ela é eqüidistante ao passado e


ao que esta à frente. Para o crente, vida eterna tem um início, mas não tem fim.
Deus porém, não somente viverá para sempre no futuro, mas também viverá para
sempre no passado. Deus é imortal. Ele não é sujeito à morte. Aquele que é
imortal é imperecível, incorruptível, indestrutível, indissolúvel. Nunca definha,
nunca morre, nunca finda. Não deprecia, decai ou corrói É resultado de uma
existência que não tem fim; é isento da morte.

I Timóteo 1:17 - Ao rei imortal


Romanos 1:23 - O Deus incorruptível
I Timóteo 6:16 - Quem unicamente tem imortalidade

Deus unicamente é a fonte da imortalidade. Todas as coisas criadas são sujeitas à


corrupção, mudança e desgaste. Jesus nasceu mortal. Ele foi feito imortal na Sua
ressurreição. Os homens são hoje mortais. Os crentes receberão imortalidade na
primeira ressurreição quando Jesus retornar. O fato de que Deus é eterno refere-
se à Sua duração em existência sem fim. O fato de Deus ser imortal refere-se ao
tipo de natureza física que Ele possui e possibilita Ter existência eterna. A
eternidade e imortalidade de Deus são unidas.

III- Imutabilidade

Deus é imutável. O que Ele é agora, Ele sempre foi e sempre será. Deus não pode
mudar para melhor porque Ele já é o melhor. Ele não pode mudar para pior porque
assim Ele cessaria em ser perfeito. A perfeição infinita de Deus é imutável.
Salmos 102:26,27 - Muda a terra, Deus é o mesmo
Malaquias 3:6 - Eu sou o Senhor, Eu não mudo
Tiago 1:17 - Sem variação
Hebreus 6:17,18 - Imutável em Seu conselho
Êxodo 3:14 - Sempre em tempo presente

Todas as coisas criadas são sujeitas a mudança e deterioração, mas Deus


permanece sempre o mesmo. As estrelas fundem-se, montanhas se desgastam,
edifícios desmorona, plantas secam, flores desbotam, animais morrem; metal
enferruja, alimento estraga, máquinas desgastam. A humanidade muda, sofre e
morre. Um sábio homem disse uma vez: "Nada há tão constante como a
mudança". No nosso universo mutante, só Deus é imutável.
"Rapidamente à proximidade da baixa maré o curto dia de vida;
A alegria da terra cresce obscura, a sua glória se vai;
Mudança e declínio vejo em toda minha volta;
Oh Tu que não mudas, habita em mim."
Henry Francis Lyte.

Deus muda sua obra com os homens à medida que mudam do pecado para
retidão, mas Seu caráter nunca muda. Sua santidade, amor e verdade
permanecem para sempre da mesma forma. Ele é a Rocha das eras, a esperança
eterna do homem.
Aqui estão três pensamentos concernentes a imutabilidade de Deus:
(1) Deus é imutável; (2) Os homens tem buscado mudar a Deus; (3) Deus está
buscando mudar os homens.

IV- ONISCIÊNCIA

Os três seguintes atributos de Deus começam com o mesmo prefixo "ONI" que
significa tudo. Onisciência significa que Deus possui todo o conhecimento.
Onipresença significa que Deus está presente em todo o lugar. Onipotência
significa que Deus é todo-poderoso.
Estes três pensamentos são expressos em ordem consecutivas nos Salmos 139.
Os seis primeiros versos descrevem a Onipresença de Deus. O restante do
capítulo refere-se ao poder de Deus e Onipotência. Deus é perfeito em
conhecimento. A mente de Deus é perfeita. Sua sabedoria infinita, eterna e
completa.
Jó 37:16 - Perfeito em sabedoria
Salmos 147:5 - Seu entendimento é infinito
Atos 15:18 - Toda Sua obra desde o princípio
I João 3:20 - Deus conhece todas as coisas
Hebreus 4:13 - Todas as coisas descobertas a Seus olhos
Salmos 139:1-6,23 - Tem me conhecido e estudado
Isaías 40:13,14,28 - Quem O ensinou?
Romanos 11:33,34 - Ó profundezas das riquezas

1. Origem. Em relação a origem, o conhecimento de Deus não é derivado ou


adquirido. Ele recebe Sua informação de ninguém. Ninguém O ensinou. Seu
conhecimento origina-se Nele próprio. Os homens recebem conhecimento dos
outros. Eles adquirem informação pela observação e estudo. Deus, entretanto,
tem Seu infinito conhecimento oriundo de Si próprio.
2. Tempo. Em relação ao tempo, o conhecimento de Deus inclui todas as coisas,
passado, presente e futuro. “Conhecidas de Deus são todas as obras desde o
princípio do mundo.”( Atos 15: 18). Ele “chamou as coisas que não eram como
se já fossem”(Romanos 4: 17). “Declarando o fim desde o princípio, e desde os
tempos antigos aquelas que não haviam ainda sido feitas”( (Isaias 46: 10) O
passado, presente e futuro tem realidade comum na mente de Deus.

3. Detalhes. Em relação aos detalhes, o conhecimento de Deus compreende cada


minúscula partícula de Sua criação em todos os pequenos detalhes. Todos os
cientistas da terra poderia somar e concentrar seus intelectos sobre uma única
lâmina de vidro. Isto entretanto, não poderia começar comparação com o que a
mesma lâmina de vidro recebe de Deus. "Não se vendem dois passarinhos por um
cetil? E nenhum deles cairá no chão sem a vontade de vosso Pai. Mas até os
cabelos da vossa cabeça estão todos contados."(Mat. 10:29,30).
4. Magnitude. Em relação a magnitude, o conhecimento de Deus abrange todos
os fatos, tanto possíveis e atuais em toda Sua criação inteira. Não há um só átomo
que foge a Sua atenção e completo conhecimento. Deus pode ceder Sua
completa atenção a toda partícula de Sua criação ao mesmo tempo. O homem
finito só pode considerar um pensamento pôr vez. Deus porém conhece todos os
detalhes de Seu universo inteiro em simples eterno pensamento. As mentes dos
homens são finitas, a mente de Deus é infinita. (Salmos 147:4).
5. Coração dos homens. Os homens vêem só o exterior; Deus vê ambos exterior
r interior. Os homens contam, mas Deus pesa. Os homens não podem esconder
de Deus. Com visão penetrante, Ele examina os corações dos homens.
A Bíblia está cheia de escritos que posicionam esta verdade.
(I Sam. 16:7; I reis 8:39; I Crôn. 28:9; II Crôn. 16:9; Jó 26:6; 28:23,24; 34:21,22;
Salm. 33:13-15; 44:21; 94:11; 103:14; 119:168; Prov. 5:21; 15:3; 16:2; 24:12; Isa.
29:15; Jer. 16:17; 17:10; 23:24; 32:19; Ezeq. 11:5; Atos 1:24; I Tes. 2:4; Mat.
6:4,6,18.).
6. Seus Filhos . A onisciência de Deus é um alerta aos pecadores , mas é um
encorajamento e conforto aos crentes . Eles sabem que Deus está sempre com
eles e nunca poderão estar sós. Deus sabe de nossos sofrimentos, fraquezas e
necessidades. (Exo. 3:7, Salm. 103:14; Mat 6:32, II Tim. 2:19).
7. Pré - conhecimento .Deus pré conhece o futuro. Ele nunca é surpreendido.
Não há reflexão tardia Nele. Ele sabe detalhes do futuro assim como do passado.
Profecias divinas são precisas pôr causa do perfeito pré-conhecimento de Deus. A
pré-ciência de Deus quanto ao futuro, entretanto, não o faz culpado do ciumes da
história e os pecados dos homens.

Atos 15:18 - Conhecido de Deus desde o princípio


Isaías 41:4 - Chamando gerações
Isaías 42:9 - Antes de surgir eu vos digo
Isaías 44:7 - Coisas que virão
Isaías 46:10 - Declarando o fim desde o princípio
Isaías 48:5,6 - Desde o princípio declaro
Daniel 2:20,22,23 - Predisse a história das nações
Isaías 44:28; 45:1-4 - Morte de Cristo predita
Marcos 13:32 - Data do retorno de Cristo.

V- ONIPRESENÇA

Deus está presente em todo lugar. Onde quer que estejamos podemos dizer:
"Deus está aqui!" Ele é nosso ambiente mais próximo. Ninguém está mais perto
da presença de Deus numa montanha que se estivesse numa caverna.
Proximidade de Deus não é uma questão de geografia. Nenhum ponto está mais
perto da presença de Deus que outro ponto. Não há necessidade de gritar pelas
milhas vazias pôr um Deus ausente. Deus está aqui; Ele pode ouvir seu mais frágil
murmúrio.
Salmos 139:7-12 - Para onde voar da tua presença
Jeremias 23:23,24 - Sua presença enche o céu, terra
Atos 17:24-28 - Não distante de nós
Salmos 23:4 - Tu estás comigo
I Reis 8:27 - O céu não pode contê-lo.

DEFININDO ONIPRESENÇA, A.H. STRONG ESCREVEU:

Por isto queremos dizer que Deus, na totalidade de Sua essência, sem difusão a
expansão, multiplicação ou divisão, penetra e enche o universo em todas as
partes. (Op. cit.,p.279).

No mesmo sentido Deus está presente em todo lugar. Deus está no céu, Seu
lugar de habitação (I Reis 8:30); Cristo está no céu à mão direita de Deus (Efes.
1:20); o trono de Deus é no céu (Apoc. 21:2; Isa. 66:1). O céu é um lugar real.
Embora Deus esteja no céu, pelo Seu poder e presença Ele está em todo lugar
presente e agindo.
Os nem sempre compreendem a presença de Deus. Adão o pecador tentou
esconder-se da presença de Deus. (Gên. 3:8). Jonas levantou-se para fugir da
presença de Deus (Jonas 1:3) Jacó disse “Certamente o Senhor está neste lugar;
e eu não sabia” (Gên. 28:16). A atmosfera está cheia de ondas de rádio, mas
ninguém tem contato com elas até que sintonize seu rádio a estação apropriada.
Da mesma forma a presença de Deus e poder enche o universo, mas de forma a
reconhecer que a realidade deve estar em sintonia com Ele.

VI- ONIPOTÊNCIA

Deus é poderoso. Ele é todo-poderoso. Seu poder é infinito. Nada há que não
possa fazer. Com Ele todas as coisas são possíveis.
Apocalipse 19:6 - O Senhor Deus Onipotente
Apocalipse 21:22 - O Senhor Deus todo poderoso
Jó 42:2 - Tu podes fazer todas as coisas
Gênesis 18:14 - Há alguma coisa difícil para o Senhor?
Lucas 1:37 - Com Deus nada é impossível
Mateus 19:26 - Todas as coisas são possíveis
Gên. 17:1 - Eu sou o Deus Todo-Poderoso

O poder de Deus é designado na Bíblia como o Espírito Santo de Deus. O Espírito


Santo é o poder impessoal de Deus. A Bìblia usa a palavra “poder” e “espírito”
alternadamente. Toda obra que Deus faz é executada através do Seu poder ou
Espírito.

CAPÍTULO XV

ATRIBUTOS MORAL DE DEUS

Os atributos moral de Deus descrevem seu caráter. Eles designam propriedades


da própria natureza de Deus que determinam Seu relacionamento moral com a
humanidade. O que Deus faz é determinado pelo que Deus é. As palavras de
Deus são baseadas no caráter de Deus.
A doutrina da salvação origina dentro dos atributos moral de Deus. Um
entendimento apropriado dos atributos moral de Deus é essencial para um
entendimento apropriado da doutrina do pecado, Cristo e a salvação.
Os três atributos moral fundamental de Deus são santidade, amor e verdade.
Santidade inclui retidão e justiça. Amor inclui misericórdia, graça, amabilidade e
bondade. Verdade inclui veracidade e fidelidade.

I- SANTIDADE

Deus é santo. A santidade refere-se à perfeição moral de Deus. A santidade de


Deus envolve um aspecto positivo e um aspecto negativo. O aspecto positivo da
santidade de Deus é o fato de que Nele habita toda a bondade. O aspecto
negativo é o fato de que Nele a moral má inexiste. O primeiro pensamento é
designado pela palavra “excelência”. O segundo é designado pela palavra
“pureza”
.l. Excelência Moral.A santidade de Deus está na gloriosa plenitude de Sua
excelência moral. No infinito resumo de Sua perfeita bondade. Observe em sua
bíblia a longa lista de versos que refere-se à santidade de Deus. Algumas poucas
afirmações são listadas a seguir:

Êxodo 15:11 - Gloriosa em santidade


Salmos 30:4 - Gratidão em memória da Santidade
Salmos 47:8 - Trono de Sua santidade
Salmos 60:6 - Deus falou na Sua santidade
Salmos 99:3,5,9 - Adora a Deus, pois Ele é Santo
Isaías 6:3 - Santo, santo, santo
Isaías 47:4 - O Santo de Israel
Isaías 57:15 - Sublime, Seu nome é santo
João 17:11 - Santo Pai
I Pedro 1:15,16 - Sede Santos; pois Eu sou santo
Apocalipse 4:8 - Santo, santo, santo
Apocalipse 15:3,4 - Tu somente és Santo

2. Pureza Moral. A Santidade de Deus, em segundo aspecto, refere-se à absoluta


pureza moral de Deus. Ela indica que Ele é livre de pecado, Seu caráter
imaculado. Porque Deus é santo, Ele exclui de Si tudo que contradiz Sua natureza
divina.
A Bíblia apresenta o poder de Deus em contraste com a fragilidade do homem, a
sabedoria de Deus em contraste com a ignorância do homem e a santidade de
Deus em contraste ao pecado do homem.
Deus não pode pecar. Ele não pode aprovar o pecado nem mesmo tolerá-lo. Se
Deus aprovasse o pecado, Ele daí, cessaria em ser santo. Os cinco primeiros
textos listados a seguir colocam o fato que Deus não pode pecar. Os cinco textos
seguintes declaram que Deus não aprova o pecado.

Deuteronômio 32:4 - Sem iniquidade


Jó 34:10 - Longe de Deus a impiedade
Salmos 92:15 - Não há injustiça Nele
Tiago 1:13 - Não pode ser tentado pelo mal
I João 1:5 - Nele não há trevas
Deuteronômio 25:16 - Abominação ao Senhor
Salmos 5:4 - Sem prazer na iniquidade
Habacuque 1:13 - Olhos puros que não podem ver o mal
Isaías 59:1,2 - Seus pecados fazem Deus esconder o rosto
I Pedro 3:12 - Contra os que fazem mal.

3. “Atributo mais importante de Deus”. A pessoa mais importante no universo


é Deus. O fato mais importante com respeito à Deus é que Ele é Santo. A
Santidade de Deus é Sua características mais importante. É Sua natureza
moral essêncial. Ela é a verdade fundamental da Bíblia. O Velho Testamento
pode ser resumido pela palavra “santo”. O “Novo Testamento pode ser
resumido pelas palavras de Cristo, “Pai Santo”.
Quando um fotógrafo tira a foto de uma pessoa, o campo mais importante na
imagem é o rosto da pessoa. Os pés de alguém pode ser omitido da imagem, mas
o fotógrafo será muito cuidadoso de forma a incluir a face da pessoa. Da mesma
forma, Deus não está tão preocupado que os homens vejam Sua mão de poder,
mas a beleza de Sua santidade, Sua face. (Salmos 110:3, II Crôn. 20:21).
Freqüentemente se ouve o comentário que o amor é o mais importante atributo de
Deus. Amor, porém, é inferior à santidade. É um fato glorioso de que Deus é amor,
mas é fato mais religioso que Deus é santo. Amor demanda dimensão. Pode
existir um amor mal ou egoísta. O amor deve ter padrão para medir sua qualidade.
A santidade é a medida do amor de Deus. Seu amor é um amor santo. É Seu
atributo mais importante. A santidade de Deus é superior a Seu amor.
A tendência corrente na teologia liberal enfatiza o amor de Deus, mas ignora a
santidade de Deus. Isto tem resultado na negação do pecado pessoal e a
necessidade do sacrifício de Cristo. A pregação da santidade de Deus revela o
estado pecaminoso do homem e sua necessidade de arrependimento.
A teologia liberal e atuais igrejas modernistas são voltadas para a redenção da
sociedade ao invés da redenção de indivíduos. Não há, entretanto, espaço para a
pregação da santidade de Deus, o sacrifício vicário de Cristo, e o arrependimento
do homem. O amor de Deus nunca deveria ser apresentado isolado de Sua
santidade.
A importância do atributo da santidade de Deus, está revelada no fato de que o
serafim chorava continuamente perante o trono de Deus e declara este atributo.
Eles clamavam, “Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos: toda a terra está
cheia de sua glória”. (Isaías 6:3). Observe que o serafim não diz, “Amor, amor,
amor,” ou “Poder, poder, poder”, ou “Sabedoria, sabedoria, sabedoria, é o Senhor
dos Exércitos.”
Eles enfatizam a santidade de Deus, pois é Seu atributo mais importante.
Deus disse: “Uma vez jurei pela minha santidade” (Salmos 89:35). Deus
confirmou Seu concerto com Davi, não pelo Seu poder ou sabedoria, ou amor,
mas por Sua santidade. Ele jura pela Sua santidade porque este atributo é a
completa expressão de Seu caráter.

4. “Expressa na Lei Moral de Deus.” O padrão moral de Deus para a


humanidade são expressões de Seus próprios atributos moral. As leis moral do
universo são determinadas pelo caráter de Deus. O próprio Deus é o padrão
do certo e errado. Deus disse: “Sede vós Santos, porque Eu sou santo.” O
amor resume a lei de Deus, e Deus é amor. Piedade significa Deus gosta de
amor. Se tornar amoroso é ser como Deus. O galardão da salvação está no
ajuste do comportamento e caráter do homem de forma que sua vida reflita os
atributos moral de Deus. O caráter e conduta do homem devem estar cheios
de santidade, amor e verdade. É hoje impossível ao homem ser como Deus
em Seus atributos naturais. O homem não pode se tornar como Deus hoje, em
Sua infinidade, imutabilidade, onisciência, onipresença e onipotência.
Em certa escala porém, o homem pode se tornar semelhante a Deus em Seus
atributos moral, santidade, amor e verdade.
Leis promulgadas pelos legisladores humanos são expressões de suas vontades.
As leis moral de Deus, pelo contrário, são exposições não de Sua vontade
unicamente, mas também de Seu caráter. Seus padrões moral eternos são
inalteráveis porque Seu caráter é inalterável.
O pecado viola não somente a vontade de Deus, mas também o caráter de Deus.
O pecado não só é contrário a obra de deus, mas também à natureza intrínseca
de Deus. Pecado, portanto, é anti-Deus.

5. “Requer que o pecado resulte em morte.” A santidade de Deus na


expressão em Sua relação com os homens se torna reta e justa. Deus sempre
faz aquilo que é correto e justo. Qualquer coisa que Ele força é consistente
com Seu próprio santo caráter.
A santidade de Deus, retidão e justiça requer que o pecado resulte em morte. O
pecado é contrário à própria natureza de Deus; portanto, o pecado é anti-Deus.
Deus é vida; o pecado é anti-vida. O resultado do pecado deve ser a morte e
destruição. “A recompensa do pecado é a morte.” Este não é um arbitrário arranjo
divino; o universo é construído sobre este princípio. Ou Deus condena o pecado
ou viola Seu próprio caráter. Deus não pode mudar Seu caráter porque Ele é
inalterável. O pecado deve ser condenado à destruição.
A justiça de Deus requer que seja paga toda a pena por todo o pecado cometido
no universo. Pecadores pagarão a pena por seus próprios pecados ao serem
destruídos na segunda morte. (Apoc. 20:15; 21:8) A primeira morte não é o
pagamento final do pecado pessoal do homem. A primeira morte, entretanto, vem
a todos os homens. Os cristãos não podem ser feridos pela Segunda morte, ela
não pode ter poder sobre eles.(Apoc. 20:6). A segunda morte é para os
pecadores.
6. “Propósito da morte de Cristo.” É aparente que o pecador não pode ser
destruído eternamente e viver eternamente ao mesmo tempo. Se o pecador
paga por seus próprios pecados pessoais sendo destruído na Segunda morte,
ele não pode ter a vida eterna.
Todo pecado que o pecador comete deve ser pago mediante a morte. Se a pena
não é paga pessoalmente pelo pecador, deve ser paga por um substituto. Um
pecador não pode ser substituto para um outro pecador. O sem pecado Jesus é a
única pessoa que pode servir como substituto do homem.
A morte de Cristo sobre a cruz não foi idêntica à futura morte do pecador na
Segunda morte. Ele não foi destruído no lago de fogo. Seu sacrifício foi um
substituto equivalente. Como pode uma pessoa servir como substituto para
milhares de pecadores? Como um dólar de prata é equivalente a cem centavos,
então a morte do único perfeito divino filho de Deus era em valor equivalente a um
infinito número de pecadores Jesus morreu eficazmente ppor todos os homens; os
méritos de Seu sacrifício são efetivos somente para aqueles que o aceitam como
Salvador e Senhor.

“ Senhor, E creio que os pecadores sejam


Mais que grãos sobre a areia do mar,
Tu tiveste para todos o resgate pago,
Por todos uma completa expiação fizeste.”

Zinzendorf.

Quando Deus perdoa o pecador confiante, Ele não age de forma contrária ao seu
santo caráter pois o salário do pecado foi satisfeito através do sacrifício de Cristo,
o substituto do pecador. (Rom. 3:24-26).
Deus pode continuar a ser Santo e justo enquanto Ele perdoa e justifica. o
pecador que crê pois o que demanda Sua santidade encontrou-se na cruz.
A pena para todo pecado deve ser paga. A demanda da justiça de Deus pose ser
satisfeita de duas formas. O pecador deve pagar a pena de seus próprios pecados
sendo destruído na Segunda morte, ou ele pode aceitar o pagamento vicário de
Cristo como sendo seu substituto. Em outras palavras, o pecador deve aceitar o
sacrifício de Cristo ou ser destruído na Segunda morte.
O fato de que Deus estivesse sem obrigação de prover um meio de salvação para
os pecadores mostra Seu grande amor, misericórdia e graça pela humanidade. O
fato de Jesus voluntariamente oferecer-Se por nós, revela Seu amor por nós e
nos inspira o amor por Ele.

7. “Eternidade justificará a santidade de Deus.” Alguns homens firmam, “Se


Deus é Santo e não pode aprovar ou tolerar pecado, porque Ele permite que o
pecado exista no universo?” “Porque,” eles perguntam “Deus permite guerras,
crime, e injustiça social serem prevalecentes na terra? Porque o ímpio
prospera? Porque os santos são perseguidos e algumas vezes em pobreza?
Como pode Deus ser santo e permitir que estas coisas aconteçam sobre a
terra?”.
Como um ato de graça, Deus tem prorrogado a execução da pena pelo pecado de
forma que os pecadores tenham a oportunidade de aceitar o Seu plano de
salvação. A justiça absoluta, separada da graça, teria demandado que a raça
humana fosse instantaneamente destruída quando Adão e Eva cometeram o
primeiro pecado. O fato de Deus hoje impedir a completa punição pelo pecado não
é indicação de que Ele seja não santo e injusto. Isto denota Sua graça e
misericórdia. (II Pedro 3:9; Rom. 2:4-6).
Embora Deus não bata os pecadores no momento em que o pecado é cometido,
ninguém deve pensar que o pecado nunca será punido. O juízo futuro é certo.
Algum dia a era da graça será sucedida pela era do julgamento. Os pecadores
serão julgados e punidos; o resto será recompensado. Erros serão feitos retos; os
livros serão acertados. O caráter de Deus será revelado na sua verdadeira
natureza.
Sua santidade será vindicada.
O futuro juízo de Deus revelará seu Santo caráter. “Isto toma em conta que é justo
da parte de Deus pagar de volta tribulação aos que causam tribulação.” (II Tes.
1:6). “Pois a verdade e justiça são Seus juízos” (Apoc. 19:2). “Tu és reto, oh
Senhor, que és, que eras e que serás, pois tu nos julga a nós” (Apoc. 16:5).
... Senhor Deus Todo-Poderoso, verdade retidão são teus juízos” (Apoc. 16:7).
A Santidade e justiça de Deus será revelada não somente na punição do ímpio,
mas também na recompensa do justo. (II Tim. 4:8).

II - AMOR

“Deus é amor.” Amor é um notável atributo moral de Deus. Sem Deus o amor
inexiste; Deus não executa obra sem Seu santo amor.
Amor é uma característica básica de Sua natureza. A verdade não é que Deus
meramente ama, mas que Deus é amor. O amor não é simplesmente o que Deus
faz, está em Sua natureza. Seu amor não é simplesmente o que Deus faz, está
em Sua natureza. Seu amor não é ocasional nem limitado. Não há ocasião em
que Deus não ame, e não há esfera que o amor de Deus não cubra. A verdade
gloriosa é que Deus é amor. “O que não ama não conhece a Deus, porque Deus é
amor”. (I João 4:8). “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem nos
amado. Deus é amor; e o que habita em amor habita em Deus, e Deus nele”. (I
João 4:16).
O fato de ser Deus amor significa que Ele deseja e se alegra na saúde de Suas
criaturas. Através do desejo, Deus é paciêncioso para conosco, nos busca e nos
reclama como Seus. Através da alegria Deus rejubila em nós e nos concede Seus
ricos tesouros.
O amor de Deus enche o universo. Toda partícula da criação está submersa no
amor de Deus. O círculo de Sua afeição contem toda as Suas criaturas. “ Pois
Deus amou o mundo”. Embora a vida possa estar cheia de desapontamentos,
sabe-se que deus é amor e Seu amor eventualmente triunfará.
1. “Resumo dos princípios moral” Amor é o resumo do princípio moral de Deus
para a humanidade. (Mat.22:37-40 ) Jesus disse, “Este é o meu mandamento,
que vos ameis uns aos outros, conforme eu vos amei “(João 15:12). Deus quer
que os homens sejam como Ele em santidade, amor e verdade.
Nós temos visto que isto é verdade considerando a santidade de Deus. Quando o
crente entra em Cristo, ele adquire uma posição em solo Santo perante nosso
Santo Deus. O caráter do crente é transformado pelo Espírito Santo; sua conduta
resulta num caminhar santo.
O crente, então, reflete em miniatura a santidade de Deus.
A devoção resulta também num crente que se torne como Deus em relação
ao Seu atributo de amor . A vida cristã em amor reflete o caráter moral de Deus e
proclama ao mundo que Deus é amor.
2. “Misericórdia, amabilidade e graça”. A santidade de Deus expressa aos
homens se faz retidão e justiça. O amor de Deus expresso aso homens se faz
misericórdia, amor, resignação e graça. Estas são palavras relacionadas. A
questão do amor , misericórdia e graça na salvação será discutida em
Soteriologia
3. “Salvação revela o amor de Deus”. A salvação tem origem no coração de
Deus. Pecadores não são dignos da salvação; eles são dignos de morte. Deus
não estava obrigado a providenciar o meio de salvação para ninguém. Ele
poderia Ter destruído todos os pecadores e eles teriam recebido o merecido.
Deus mediante amor, porém, dá aos homens o que eles não mereceram. Ele
ofereceu a eles salvação por seu filho, Jesus Cristo. Isto é graça ! Graça é o
amor gratuito de Deus em relação às necessidades dos homens pecaminosos.
Graça é misericórdia sem merecimento.
Deus revela . Seu amor antes de tudo no fato de que não destruiu a raça
humana no momento do pecado de Adão e Eva. Deus em misericórdia, graça
e resignação prorrogou a ocasião em que a pena pelo fosse executada. Deus
“estacionou” a execução da pena pelo pecado até a destruição do ímpio na
Segunda morte. Deus cedeu. (Num.14:18-20; Salmos 86:15, Lam. 3:22,23;
Rom. 2: 4,5; 2Pedro 3:9. ) Ele postergou punição para dar aos pecadores
oportunidade de arrependimento.
A suprema revelação do amor de Deus pela humanidade foi a dádiva de Seu
filho em sacrifício. Não pode ser imaginado maior amor que aquele que Deus
demonstrou no calvário.
1 João 4:9,10 ___________ Nisto foi manifesto amor
Romanos 5:6-8 ___________ Deus preconizou Seu amor para
conosco
João 3:16 ___________ Deus amou o mundo
1 João 3:16 ___________ Pelo que notamos o amor de
Deus

4. “Bênçãos espirituais resultam do amor de Deus”. Deus poderia Ter


escolhido os anjos para se tornarem co-herdeiros com Seu filho. Aquilo que
havia sido preconizado; isto revelaria Seu amor. Ou, Deus poderia Ter
escolhido o melhor dos homens e poderia dar a ele o que ele prometeu aos
santos. Isto também seria admirável. Más, quando Deus alcança os mortos da
humanidade e levanta os pecadores da areia movediça e os coloca em rocha
sólida; quando Ele escolhe aqueles que por natureza eram inimigos e concede
sobre eles a glória de reinar com Cristo, isto é revelação de amor.
Todas as bênçãos espirituais que os crentes tem recebido resultam do infinito
amor de Deus. (Efe. 2:4-10; Tito 3:4-7; !João 3:1.)
Pela eternidade os santos glorificados serão testemunhas vivas de pecadores
salvos pela graça de Deus. Os redimidos eternamente glorificarão a Deus.
Alguém escreveu:
“Como podes me amar tanto
E ser o Deus que És
É escuridão para o intelecto
Mas brilho para meu coração.”

5. “O amor de Deus inspira o amor do homem”. A vida do crente é meramente


sua resposta ativa à obra de amor de Deus. Deus é sempre prévio. Ele é
sempre primeiro. Nós cremos Nele porque Ele primeiro Se revelou a nós pela
Sua palavra. Nós buscamos a Ele porque primeiro Ele nos buscou. Da mesma
forma o amor de Deus por nós inspira nosso amor por Ele. Nós o amamos
porque primeiro Ele nos amou. Ele ganha nossa lealdade e obediência
apelando aos nossos corações. Seu amor liberal faz com que os crentes
desejem servi-lo e obedecê-lo.
6. “Amor e destruição do ímpio”. A futura destruição do ímpio não é
inconsistente com o amor de Deus. O amor de Deus é Santo. Santidade é a
medida do amor de Deus. A santidade do amor de Deus demanda a destruição
dos pecadores. Fazendo assim Deus não estará agindo contra o Seu amor. De
fato, deve ser uma evidencia de amor, que Deus não permita que homem em
condição pecaminosa vivam pela eternidade.
Imortalizou o egoísmo e pecaminosidade seria lastimável. Como você gostaria de
viver pela eternidade com a aguda dor de cabeça? Seria isso uma evidência do
amor de Deus? Da mesma maneira a destruição dos pecadores não será
inconsistente com Seu amor.
III Verdade

“Deus é verdade”. O terceiro dos três atributos moral de Deus é a verdade. Na


bíblia a palavra “verdade” algumas vezes refere-se à mensagem do evangelho. No
presente momento nós pensamos na palavra “verdade” como uma referência ao
caráter de Deus.
Salmos 31:5 O Senhor Deus da verdade
Isaías 65:16 O Deus da verdade
Deut. 32:4 Um Deus da verdade
Êxodo 34:6 Abundantemente em verdade e bondade
Jeremias 10:10 O Senhor é o verdadeiro Deus
Salmos 89:14 A verdade irá diante de tua face
Salmos 146:6 Que conserva a verdade para sempre
Daniel 4:37 Do qual todas as obras são verdade
Apocalipse15:3 Verdade São Teus caminhos
Apocalipse 16:7 Verdade e justiça são juízos
Deus é verdade. Isto significa que o que Deus conhece concorda perfeitamente
com o que Deus é. Ele é divinamente Auto-consistente. Ele é real, genuíno e fiel à
Sua natureza. A verdade de Deus é a garantia da realidade, a estabilidade da
existência, o fundamento da certeza. Os homens podem descobrir fatos científicos
e a verdade na história somente porque Deus é verdade e a fonte de toda a
verdade.
Os três elementos da personalidade são intelecto, sensibilidade e vontade.
Alguém tem sugerido que os três atributos moral de Deus corresponde a estes
elementos. Verdade é relacionada ao intelecto; amor é relacionado à sensibilidade
de Deus; santidade está relacionada á vontade de Deus.
A verdade de Deus expressa na Sua relação com os homens é a verídica e fiel.
Veracidade e fidelidade são verdades transitivas. Misericórdia e graça são amor
transitivo. Retidão e justiça são santidade transitiva.

1. “Veracidade”. Veracidade significa que Deus é verdadeiro, honesto. Ele não


pode mentir. Seus preceitos são precisão, Sua revelação de informação ao
homem é correta.
Números 23:19 Deus não é homem para que minta
João 3:33 Deus é verdade
Romanos 3:4 Seja Deus verdadeiro
2 Coríntios Promessa de Deus Nele são sim
Tito 1:2 Deus que não pode mentir
Hebreus 6:18 é impossível para Deus mentir

2. “Fidelidade”. Deus é fiel e confiável. Ele conserva as Suas promessas. Ele é


verdade na Sua palavra. Pode-se depender Dele.
Deut. 7:9 Ele é Deus , o fiel Deus
Salmos 36:5 Tua fidelidade até as nuvens
Salmos 89:8 Tua fidelidade te cerca
Isaías 25:1 conselhos são fieis
Lamentações 3:22,23 Grande é a Tua fidelidade
1 Coríntios 1:9 Deus é fiel
1 Coríntios 10:13 Deus é fiel
1 Tes. 5:24 Fiel é aquele que te chamou
2 Timóteo 2:13 Nele habita fidelidade
Hebreus 10:23 Ele que é fiel prometeu
1 Pedro 4:19 Para o fiel criador
Nós confiamos em Deus porque Ele é confiável. Nós dependemos Dele porque
Ele é digno de confiança. Nós temos fé em Deus porque Ele é fiel. Nós
acreditamos em Deus porque Ele tem revelado a Si como verdade através da Sua
palavra.

Capítulo XVI

Deus em relação ao universo

Nós agora prosseguimos a considerar sete inclusões de Deus em relação a Sua


palavra. A relação e obra de Deus com o universo pode ser designada por sete
posições que Deus ocupa. As sete posições de Deus são agrupadas sob três
títulos: A origem do universo, o governo do universo, e a redenção da
humanidade.
Neste capítulo contemplaremos Deus como origem e fonte do universo. Nós
vamos considerar Suas obras como criador, Mantenedor e Pai.
Dr. William Newton Clarke escreveu as seguintes palavras concernentes à relação
de Deus com o universo:
“Deus não está só, más é acompanhado na existência por uma imensa massa
de seres a qual chamamos universo. (Op.cit.,p.272). De acordo com a concepção
cristã, o universo permanece em existência completamente oposto a Deus, e
Deus oposto ao universo. Em existência são dois, Deus e aquilo que não é Deus .
Os dois não são idênticos, e os dois nomes não são nomes para uma realidade.
Deus é um e o universo é outro. Seu completo corpo de vastidão e complexidade
forma a Segunda unidade de existência.
Do ultimato em unidades de existência, existem duas, e não mais. Não pode
haver mais, mas duas – Deus e o que não é Deus, ou Deus e o universo. ( Ibid, p.
273 )
A relação entre as duas unidades de existência se fez evidente quando se diz
que uma é a fonte da outra. A Segunda e dependente da primeira, e é devida à
causa ou energia produtiva da primeira, ou ainda em definitivo, a existência da
Segunda é devida a vontade da primeira , Deus é o primeiro e o universo é é o
segundo, e a existência do universo é devida à energia e vontade de Deus. ( Ibid,
p. 282 ).

I. Criador

O universo nem sempre existiu. Ele teve uma origem. Deus é o Originador, a
fonte, o Criador do universo. Uma maravilhosa mensagem da bíblia é aquela que
Deus é o Criador de todas as coisas. E é o criador do homem.
Gên. 1:1 Deus Criou
Neemias 9:6 Tu tens feito o céu, a terra
Jó 33:4 Espírito de Deus me fez
Salmos 8:3 A obra de teus dedos
Salmos 33:6 Pela palavra do Senhor os céus foram feitos
Salmos 89:11 Tu os formastes
Salmos 136: 5-9 Ordenou e foram criados
Provérbios 3:9 Pela sabedoria fundastes a terra
Eclesiastes 12:1 Tu criador
Isaías 37:16 Tu fizeste o céu e a terra
Isaias 40: 28 Criador da extremidade da terra
Isaias 45:8,12 Eu os criei
Isaias 45:18 O próprio Deus formou a terra
Jeremias 10:12 Fez a terra por seu poder
Jeremias 32:17 Fez o céu e a terra
Zacarias 12:1 Estendeu os céus
Atos 17:24 Deus fez o mundo e todas as coisas
Romanos 1:25 O Criador, bendito para sempre
1 Pedro 4:19 Para um fiel Criador
Apocalipse 4:11 Tu criaste todas as coisas

II Mantenedor

Deus não só criou o universo, más também sustentou e preserva Sua criação.
Como Criador, Deus originou todas as coisas; como Mantenedor, Ele preserva
todas as coisas. Criação tem a ver com o início da existência; preservação diz
respeito a continuação da existência. Strang definiu preservação como “a
continuação de Deus pela qual Ele mantêm em existência as coisas que Ele criou,
mantendo as propriedades e forças com as quais Ele as dotou”. ( Op.cit,p. 410 ).
Neemias 9:6 Tu preserva a todos
Salmos 36:6 Tu preservas homens e animais
Salmos 104: 5-31 Deus preserva a natureza
Salmos 145:20 Preserva os que O ama
Atos 17:28 Nele vivemos e morremos

III. Pai

O fato de Deus ser Pai é vantagem sobre o fato de Deus ser Criador. Deus é o
Criador de todas as coisa, mas Ele e ambos Criador e Pai dos homens. A obra de
Deus na criação tem ampla ligação com a origem do universo material: Sua
paternidade tem dupla relação com origem da natureza da humanidade.
Paternidade implica semelhança entre pais e geração. Deus criou as rochas,
plantas e animais, mas Deus não é como a rocha a planta ou animal. Não só é o
Criador dos homens, mas Deus é também o Pai destes. Existe uma certa
semelhança, similaridade, e parentesco entre Deus e os homens. ( Gên. 1:26,27 ).
A bíblia reconhece duas inclusões da paternidade de Deus. Em um sentido
Deus é Pai de todos os homens. Num outro sentido Deus é Pai só dos crentes que
se achegaram a Ele pelo Seu Filho. Todos os homens são filhos de Seus pela
criação, somente os crentes são filhos de Deus por redenção. Existe portanto,
uma diferença entre a paternidade da criação de Deus s Sua paternidade
redentiva.
CAPITÚLO XVII

O universo governado por Deus

Deus não é só a fonte da existência, mas Ele também é o governador do universo.


Todas as coisas criadas estão sujeitas ao governo de Deus. Existem três
ramificações ou funções de governo.
Elas são executiva, legislativa, judiciária. O ramo executivo do governo cumpre
a lei, o legislativo faz a lei; e o judiciário interpreta as leis.
No governo dos Estados Unidos, o ramo executivo do governo é representado
na presidência; o legislativo é representado pelo congresso; e o ramo judiciário
está representado pela Suprema Corte.
Assim também o governo de Deus no universo inclui estes três departamentos
de administração. “O Senhor é nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, e o Senhor
é nosso Rei; Ele nos salvará”. ( Isa. 33:22 ).
Este é o verso chave deste capítulo.
No estudo do universo governado por Deus, nos vamos considerar as
posições e obras de Deus como Rei, legislador e juiz. A posição de Deus como
Rei refere-se à função executiva do governo; Sua posição como legislador refere-
se à função legislativa; Sua posição como Juiz refere-se a função judicial. O
governo de Deus em relação ao universo é portanto, completo.

I. REI

Deus é o Rei do universo. “Seu reino domina sobre tudo”. Toda criatura existe
dentro do círculo de Seu governo. Toda pessoa deve viver em obediência a Ele.
Os governantes terrenos tem o direito de governar somente por que Deus
como Rei outorgou a eles este privilégio. Os governantes terrenos na totalidade
tem falhado em reconhecer o supremo reinado de Deus. Eles tem se mostrado
indignos de governar. Deus autorizou Seu filho, Jesus Cristo, para ser Rei eterno
na terra. Quando Cristo retornar a terra, os governos humanos serão compelidos a
submeter-se ao Seu governo. Ele será reconhecido como Rei dos reis e Senhor
do senhores.
1 Timóteo 1:17 Ao Rei eterno
1 Timóteo 6:15 O bendito e único poderoso
Atos 17:24 Senhor do céu e da terra
1 Crônicas 29:10-13 Tu reinaste sobre todos
Apocalipse 19:6 Senhor Deus onipotente reina
Êxodo 15:18 Reinará para sempre e sempre
Salmos 10:16 Rei para sempre e sempre
Salmos 22:28 Governador entre as nações
Salmos 29:10 Senhor entronizado Rei para sempre
Salmos 47:2,7,8 Deus é Rei sobre toda a terra
Salmos 93:1,2 vestido de majestade
Salmos 96: 10 O Senhor reina
Salmos 97:1 A terra regozija-se
Salmos 99:1 tremam os povos
Salmos 103:19 Seu reino domina sobre tudo
Salmos 145:11-13 Domínio dura por todas as gerações
Isaias 6:5 O Rei, o Senhor dos exércitos
Isaias 43:15 Criador de Israel, nosso Rei
Jeremias 46:18 Rei, Seu nome Senhor dos senhores
Jeremias 10:10 Um rei eterno
Daniel 4:3 Reinado eterno
Daniel 4:17,25,32 Altíssimo governa o reinado dos homens
Daniel 5:21 Altíssimo domina o reino dos homens
Daniel 6:26 Não será destruído
Daniel 7: 14,18,27 Dá o reino a Seu filho
1 Coríntios 15: 28 Deus será tudo em todos

II Legislador

Deus governa o universo de acordo com princípios, padrões e leis não escritas .
Pode-se observar ordem através da natureza desde a estrutura dos átomos ao
movimento das estrelas. “O Senhor é nosso legislador”. (Isa. 32:22). Ele
estabeleceu regulamentos de acordo com os quais Sua criação deve funcionar.
Leis governando o universo material, como o crescimento das plantas,
gravidade, eletricidade, corrente de ar, e movimento do sistema solar são
chamadas “leis naturais”. As leis que governam o universo moral, como a relação
do homem com Deus, seu vizinho e consigo mesmo, são chamadas “leis moral”.
Ciência natural, como astronomia, geologia, física, química e biologia, trata do
estudo das leis naturais. A teologia bíblica trata do estudo das leis moral.
As leis natural e moral são igualmente eficazes. O Deus da natureza e o Deus
da bíblia é um. O Criador também é o governador moral. Ambos lei natural e moral
originaram em Deus. Ele é o legislador de ambas. Ninguém pode violar a lei moral
com segurança bem como a lei natural do universo. Violação resulta em definitiva
destruição.
As leis naturais e moral são relacionadas aos atributos moral e natural de
Deus. As leis naturais do universo físico revela em alguma extensão os atributos
naturais de Deus. Leis moral governando o homem expressa atributos moral de
Deus.
Os princípios moral de Deus expressam Seu caráter moral. Deus não poderia
alterar Seu padrão moral sem mudar Seu próprio caráter. O pecado é falho em
conformidade com a lei moral de Deus. O pecado é contrario ao próprio Deus;
portanto, Deus deve desaprovar o pecado, e o resultado do pecado deve ser
destruição. Esta não é uma lei arbitrária de Deus; a vida foi feita desta forma. O
homem em pecado está fora de sintonia com o caráter de Deus.
A.H. Strong observou que a lei implica oito elementos: (1) um legislador, ou
vontade autoritária; (2) objetos ou seres sobre os quais isto terminará; (3) um
comando geral, ou expressão desta vontade; (4) poder para impor o comando; (5)
dever ou obrigação a obedecer; (6) sanções, sofrimento ou penalidade pela
desobediência; (7) que a lei seja uma expressão da natureza do legislador, e (8)
que a lei estabeleça a condição ou conduta dos objetos, aos quais é requisito para
harmonia com Sua natureza. (Op.cit.,pp. 533-549).
O homem através de seus próprios esforços não pode estar conforme às leis
moral de Deus e acatar Sua perfeita retidão. “Não há ninguém justo, ninguém. Os
homens naturalmente são pecadores. Jesus Cristo, porém, obedeceu
perfeitamente as leis moral de Deus. Sua vida em precisão refletiu os atributos
moral de Deus; santidade amor e verdade. Ele era sem pecados. Ele tinha perfeita
retidão.
Quando o crente se rende ao Cordeiro de Deus, o pecado do crente é
imputado a Cristo e a retidão de Cristo é imputada ao crente. (2 Cor. 5:21). Com
base na justiça imputada ,declara Deus que o crente está justificado. A justiça
imputada ao crente na conversão é atualmente concedida ao crente gradualmente
na medida que Cristo tem permissão para exercer influência na sua vida. O fruto
do Espírito (Gal. 5:22,23) é a retidão revelada. Ë a retidão de Cristo produzida na
vida do crente que se entregou.
Nenhum homem pode ser salvo pela guarda da lei. Ele só pode ser salvo ao
se tornar propriamente ligado a Cristo, o Salvador. A retidão que conta com Deus
é a retidão de Cristo imputada ao crente e concedida dentro dele. “Pois pela graça
sois salvos através da fé; e isto não de vós é o Dom de Deus; não por obras, para
que ninguém presuma. Porque nós somos sua obra”. (Efe. 2:8-10).

II. Juiz

A terceira função do governo de Deus é judicial. Em Seu relacionamento


executivo, Deus é Rei; no Seu relacionamento legislativo, Deus é juiz; em Seu
relacionamento judicial, Deus é Juiz. “O Senhor é nosso Juiz”. (Isa. 33:22).
Gên. 18:25 O juiz de toda terra
Salmos 50:3-6 Deus é o próprio juiz
Salmos 94:2 O juiz da terra
Hebreus 13:23 Deus o juiz de tudo
A palavra “julgamento” é usada de muitas formas. Existem muitos aspectos da
obra de julgamento. Julgamento pode significar (1) deter culpa ou inocência, (2)
pronunciar o veredicto de condenação ou liberação, (3) separar os homens em
grupos, a (4) executar a pena sobre o culpado e conceder a recompensa ao reto.
1. “Base para julgamento”. A santidade e justiça de Deus constituem a base
para julgamento divino. Porque Deus é Santo, Ele não aprova o pecado. A
punição dos pecadores e a recompensa para o reto são requeridos pelo Santo
caráter de Deus.
Salmos 89:14 Justiça habitação do Teu trono
2 Tess. 1:5,6 Justa coisa para Deus
Apocalipse 15:3,4 Justo e verdadeiro são Teus caminhos
Apocalipse 19:2 Reto são Teus juízos

2. “Necessidade de julgamento”. O salário do pecado deve ser a morte pois o


pecado é anti-Deus . Se Deus pudesse aprovar o pecado, Ele deixaria de ser
Santo. O caráter de Deus não pode mudar; Deus não pode jamais cessar em
ser Santo. Pecado, portanto, deve resultar em julgamento e destruição.
Romanos 1: 32 Digno de morte
Romanos 2:6 Dar a cada um de acordo com as obras
Romanos 6:23 Salário do pecado é a morte
Romanos 8:6,13 A mente carnal é morte
Gálatas 5: 19-21 Excluídos do reino de Deus
Gálatas 6:7-9 Colhe o que semeia
Apocalipse 21:8 Pecadores destruídos na Segunda morte

3. “Certeza de julgamento”. O fato de que Deus não faz cair os pecadores


mortos hoje no ato do pecado e indício de que o pecado nunca será punido. O
juízo futuro é certo. Algum dia a era da graça será sucedida pela era do
julgamento. Pecadores serão julgados e punidos; a retidão será
recompensada.
Salmos 103:8,9 Ele não repreenderá para sempre
Eclesiastes 8:11-13 Sentença não executada rapidamente
Eclesiastes 11:9 Os trará o juízo
Eclesiastes 12:14 Trazer toda obra em juízo
Mateus 12:36,37 Palavras base de julgamento
Atos 17:30,31 Um dia apontado
Romanos 2:2-11 Sem respeito as pessoas
Romanos 14:10,12 Dar conta de si a Deus
1 Cor. 4:5 Trazer claro as coisas ocultas
2 Cor. 5:10 Todos apareceremos
Hebreus 9:27 Depois do julgamento
1 Pedro 4:5 Dar conta a Ele

4. “A ira de Deus”. A ira é Seu desprazer em relação ao pecado . Está na Sua


Santa atitude em relação ao ímpio. O juízo divino revela Sua ira.
Romanos 1:18 Ira revelada pelo evangelho
Salmos 2:5 Falar a eles em sua ira
João 3:18-21 Já condenados
João 3:36 Ira de Deus sobre o infiel
Efésios 2;3 Filhos da ira
Colossences 3:6 Sobre filhos da desobediência
Apocalipse 6:12-17 Dia da ira é vindo
Apocalipse 11:17,18 Tua ira é vinda
Apocalipse 14:7 Hora do juízo é vindo
Apocalipse 14:18-20 Grande lagar de vinho da ira de Deus

5. “Julgamentos Divino históricos”. Embora o julgamento final e a punição dos


pecadores não ocorra até a última ressurreição e Segunda morte ,Deus visitou
a terra com julgamento em várias épocas. A expulsão de Adão e Eva do jardim
do Eden foi um julgamento divino. O dilúvio durante a vida de Noé revelou a ira
de Deus contra o pecado. A dispersão das nações e a confusão das línguas na
Torre de Babel também foi um julgamento divino. A destruição de Sodoma e
Gomorra, as pragas contra o Egito, e o cativeiro de Israel foram julgamentos
históricos de Deus. Os profetas predisseram e escreveram o juízo de Deus
contra várias nações antigas. A morte de Cristo pêlos pecadores (João
12:31,32) revelou o juízo de Deus contra o pecado. O Calvário é o trono de
julgamento para o pecado e a misericórdia para pecadores.
6. “Deus julgará os homens por Seu Filho”. Deus fará a obra de julgamento
através de Seu Filho, Jesus Cristo. Como Deus, o Rei do universo, governará
através do reinado de Cristo, o Rei dos reis, e como Deus, o Salvador
executará a Sua obra de salvação por meio de Jesus, o Salvador, então Deus,
o juiz , cumprirá a Sua obra de julgamento por meio de Cristo, futuro juiz da
terra.
João 5:22-30 Deus comissionou julgamento ao Filho
Atos 17:31 Julgar o mundo por aquele homem
Romanos 2:16 Julgará por Jesus Cristo
Apocalipse 5:1-9 Cordeiro é digno de julgar

7. “Justificação uma obra judicial de Deus”. Quando os crentes aceitam a


Jesus como substituto e passa a estar unidos a Ele, Deus imputa neles a
justiça de Cristo. Então Deus, como juiz, pronuncia que eles não são culpados.
Ele declara que eles estão sem condenação. Eles consequentemente estão
justificados. Justificação, o oposto de condenação, é uma obra judicial de Deus
através de Cristo.
8. “Futuros julgamentos”. Os julgamentos divinos futuros inclui a recompensa
dos crentes quando Jesus vier, julgamento de Israel e as nações viventes,
julgamentos de Babilônia, ou besta e o falso profeta , julgamento de satanás, e
o juízo final e destruição dos ímpios mortos. Para uma consideração detalhada,
o leitos poderá referir-se a Escatologia, a sétima divisão da Teologia
sistemática.

IV Trabalho de redenção de Deus

O verso chave de nosso estudo sobre o governo de Deus no universo tem sido
Isaias 33:22. Leia este verso outra vez e note a última frase. “Pois o Senhor é
nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, o Senhor é nosso rei; Ele nos salvará”.
Ele nos salvará! Não somente Deus governa, faz leis, pune e recompensa, mas
Ele também redime e salva. Na Sua obra de dar existência ao universo, Deus é o
Criador, Mantenedor e Pai. Na Sua obra de governar o universo, Deus é Rei,
legislador e juiz. Na Sua obra de redenção e salvação, Deus é Remidor e
Salvador.
Salvação origina-se em Deus. É proporcionada pelo Seu amor, planejada pela
Sua sabedoria , e trabalhada através do Seu poder. A meta da salvação é trazer
homens a Deus. Deus realiza Sua obra de salvação por nosso Salvador, Jesus
Cristo. Pode parecer confuso para alguns compreenderem que ambos Deus e Seu
Filho ocupem a posição de Salvador. Não há necessidade para perplexidade, este
fato é uma verdade gloriosa. Deus executa Sua obra de salvação através de Seu
Filho. Jesus é o único Mediador entre Deus e a raça humana. Deus, o Salvador,
obra através do Salvador, Jesus Cristo. A graça de Deus é a origem da salvação e
a morte sacrificial de Cristo é a base da salvação. O homem não pode
experimentar salvação sem Cristo.
Deus sustenta dupla relação com a humanidade: Um relacionamento criado ou
providenciado e um relacionamento redentivo. O relacionamento providencial é
efetivo com todos os homens. É exercitado em vista do fato de que todos os
homens são criatura de Deus e são objetos de Seu governo universal. Todos os
homens são sujeitos às leis naturais do universo. A relação redentiva de Deus é
efetiva com os homens que encontram Seus requisitos redentivos. É exercido no
fato de que os crentes se relacionam com Deus numa maneira especial através do
Seu filho.
Pela criação, Deus é Pai de todos os homens; pela redenção Ele é o Pai
unicamente dos crentes. Todos os homens, portanto são filhos criados por Deus,
mas somente os crentes são filhos redimidos de Deus. Assim também, todos os
homens são irmãos através de Adão enquanto que unicamente os Cristãos são
irmãos por meio de Cristo.
Todas as criaturas tem o poder ou Espírito de Deus ( Salmos 104:30 ) na forma
que Deus usa para dar-lhes vida. Somente os cristãos porem tem o Espírito de
Deus (Rom. 8:9 ) como Deus usa para dar aos homens salvação. O Espírito de
Deus na sua obra de dar vida natural pode ser contatado diretamente por todos os
homens. O Espírito redentivo de Deus porem, só pode ser contatado por crentes
através de Cristo.
A majestade de Deus também é dupla. Deus é o Rei do universo, exercendo
ambos, majestade providencial e redentiva. Através da Sua majestade
providencial, Deus é soberano; pela Sua majestade redentiva, Ele é salvador. A
majestade providencial de Deus refere-se ao Seu governo sobre toda Sua criação
natural; Sua majestade redentiva refere-se a Seu governo sobre os redimidos.
Todos os homens dentro do reino providencial universal de Deus nasceram no
mundo. Somente os redimidos porem, podem entrar no reino redentivo de Deus
mediante Seu plano de salvação.

CAPÍTULO XVIII

A Adoração de Deus

Havendo considerado o ensino bíblico com respeito a existência , natureza,


atributos e obras de Deus, prosseguimos para meditar sobre a adoração a Deus.

I. Adoração, obediência, e amor

O tríplice dever do homem para com Deus é adoração, obediência e amor. Os


homens adoram a Deus pelo Seus atributos e obras. Eles o obedecem porque Ele
é Rei, legislador e juiz. Eles O amam porque Ele tem revelado Seu amor para com
eles na Sua obra de criação, preservação e redenção.
Nesta tríplice obrigação para com Deus, os homens devem respondeu com
todo seu ser. Eles devem adorar a Deus com todo seu interior. (Salmos 103:1 )
Eles devem obedecer Deus por completo em toda esfera da vida. Eles devem
amar a Deus de todo o coração, alma e mente. (Mat. 22:37) Os homens
encontram unidade de personalidade e propósito na lealdade total a um Deus
supremo.
A adoração do homem, obediência e amor a Deus não são opcionais; estes
são requisitos divinos. S Deus cabe o direito de adoração do homem, submissão e
coração amável. Os homens pertencem a Deus. Eles são a obra de Suas mãos.
Ele tem autoridade completa sobre eles. Deus não tem dívida com os homens; os
homens te dívida para com Deus. Nada Deus tem de obrigação para com os
homens, os homens devem obrigação a Deus em tudo. Quando o homem adora,
obedece e ama o Seu Criador, Supremo, e Redentor , ele está fazendo um culto
racional e esperado.
Os homens foram criados para adorar a Deus. Deus fez o homem de forma a
estar incompleto até que esteja centralizado em Deus. Augustina disse: “Tu nos
fizeste para Ti, e nosso coração não tem descanso, até que repouse em Ti”. O
homem é naturalmente religioso. Ele tem nato um coração faminto por Deus.
Habitando na escuridão aparte de Deus, porem, o homem caído se torna
entrelaçado e pervertido. Ao invés de estar centralizado em Deus, os pecadores
estão centralizados em si. Ao invés de adorar o Criador, ele adoram a criatura e a
obra de suas próprias mãos. Ao invés de obedecer a vontade de Deus, eles
declaram ser independentes de Deus e caminharam seus próprios caminhos. Ao
invés de estarem cheios do amor de Deus, seus corações estão cheios do amor
egoísta.
O homem pecador não pode adorar, obedecer e amor a Deus de forma
aceitável até que sejam propriamente vinculado a Deus pela obra mediatória de
Jesus Cristo. O pecador deve dar as costas ao pecado em arrependimento antes
de voltar sua face para adorar a Deus. Ele deve exercer s confiança em Cristo
pelo sacrifício antes que possa ceder obediência apropriada a Ele como Senhor.
Ele deve se render à graça salvadora de Deus e ao poder transformador, antes
que ele possa ser cheio da justiça que está em Cristo Jesus portanto, ele pode
satisfatoriamente preencher sua tríplice responsabilidade de adorar, obedecer e
amar.

II- O significado de adorar

Reverenciar Deus é adorá-lo. É reconhecer o que Deus é e o que Ele tem


feito. Reverenciar vem da união de duas palavras: ”Worth” e “Ship” Reverenciar é
reconhecer mérito. A adoração do crente a Deus revela o quanto Deus é digno
para ele. A adoração é o coração do homem curvando-se diante de Deus a uma
contemplação amável . Os homens são redimidos não somente por servir a Deus,
mas também por reverenciá-lo e adorá-lo.
Alguém observou que a teologia é uma ciência, religião é uma vida; moralidade
é uma lei ; adorar é uma arte.
Os seguintes parágrafos não citados do artigo escrito por Robert W. Battles. É
intitulado “A perda da arte de adoração e como encontrá-la novamente”. (The lost
art of worship and how to find it again) O artigo apareceu na The Alliance Weekey,
agosto 22, 1951.
Adoração é aquele ato e atitude do povo de Deus por onde e pelo qual eles
reconhecem a Sua supremacia, empenham em rendera Ele homenagens e
reverencia que lhe é devida, reconhecendo seus débitos para com Ele e
agradecendo por sua misericórdia, e estão em silencio para o tempo ouvir a Sua
voz. A adoraçào atinge o seu mais alto grau quando nós estamos tão submetidos
ao sentido da glória transcendental de Deus que nós estamos “perdidos em
maravilha, amor e louvor”.
A adoração freqüente toma a forma de resposta expontânea e não premeditada
quando as janela da alma sõ abertas, e a luz do calor e sorriso de Deus,
gentilmente sopra do Seu Espírito vindo sobre nós.
Adoração é uma arte amplamente perdida em nosso dia, porque a carência da
pregação da bíblia tem feito com que o povo de Deus tenha uma concepção
inadequada de Deus não faz demandar adoração.
As maravilha de Deus necessitam serem vistas como transcendentes.
Precisamos reconhecer a dignidade de Deus. Precisamos ceder as nossas
vontades. Sem estes três elementos a adoração é impossível.
A maravilhosa transcendência de Deus conquista a nós quando vemos o que
Ele é. A dignidade de Deus é reconhecida quando vemos o que Ele tem feito. E a
renúncia de nossa vontade nos põe numa possível relação pelo que Ele é, e pelo
que tem feito.

III- Cinco elementos da oração

Adoração é um dos cinco elementos da oração. Os cinco elementos ou tipos de


oração são: veneração ( adoração), confissão, gratidão, petição ( súplica) e
intercessão. Na confissão alguém está consciente de seus pecados. Na gratidão
ele está ciente das suas bênçãos. Na petição ele está ciente das necessidades.
Na intercessão este alguém está ciente das necessidades dos outros. Em
adoração ou veneração, porém, quem ora está ciente de Deus. Adoração é a mais
elevada forma de oração.
Adoração O próprio Deus
Confissão Nossos pecados
Gratidão Nossas bênçãos
Petição Nossas necessidades
Intercessão Outros
Muitas orações e hinos da bíblia e do cristianismo podem ser classificados de
acordo com esta quíntupla ênfase. Exemplos são listados a seguir.
Orações de adoração bíblica: 1 Crônicas 29:10-13; Salmos 72:18,19; Salmos
103; Apocalipse 5:13;
Oração de confissão: Lucas 18:14; Daniel 9: 4-19; Salmos 6; Salmos 32;
38;51;102;130;143.
Oração de gratidão: Salmos 107; João 11: 41,42;
Oração de petição: 1 Samuel 1:11; Salmos 13.
Oração de intercessão: Êxodo 32:31,32; Números 14:17-20; João 17.
Algumas orações famosas e hinos ilustrando estas cinco classificações seguem:
“Adoração”
Bendito sejas Tu, Senhor Deus de Israel nosso pai, para sempre e sempre. Tua ó
Senhor, é a grandeza, o poder, e a glória, e a vitória e a majestade: pois tudo o
que está na terra e no céu é teu; Teu é o reino, ó Senhor, e Tu és exaltado como
cabeça sobre tudo, e em Tuas mãos está o poder e a força; e a Tua mão faz
grandezas , e dá força a tudo. Agora portanto, ó Deus, nós te agradecemos e
louvamos Teu glorioso nome. ( ! Crônicas 29: 10-19 ).
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus todo poderoso, que eras, que é , e que hás
de vir. (Apocalipse 4:8 ).
Glória seja a Deus na altura, e paz na terra, boa vontade para os homens. Nós
oramos a Ti, nós bendizemos a Ti, nós adoramos a Ti ,nós glorificamos a Ti, nos
agradecemos a Ti por Tua grande glória, ó Senhor Deus, Rei dos céus, Deus e
Pai todo poderoso. ( De um hino antigo: Glória in Excelsis).
“Confissão”
Tem misericórdia de mim, ó Deus, de acordo com Tua bondade de acordo
com a multidão de Tua misericórdia apaga minhas transgressões. Lava-me de
minha iniquidade, e me limpa de meu pecado. ( Salmos 51:1,2 ).
Ó Cordeiro de Deus, que levaste os pecados do mundo, tem misericórdia
sobre nós.
Ó Cordeiro de Deus, que levaste os pecados do mundo, tem misericórdia
sobre nós.
Ó Cordeiro de Deus, que levaste os pecados do mundo, concede nos Tua paz.
(Agnus Dei).
Todo poderoso e mui misericordioso pai; Nós temos errado, e nos desviado de
teus caminhos como ovelhas perdida. Nós temos por muito desviado seguido os
desígnios e desejos de nossos próprios corações. Nós temos ofendido contra
Tuas santas leis. Nós temos feito aquelas coisas as quais não devíamos fazer; E
não há saúde em nós. Mas Tu, ó Senhor, tem misericórdia sobre nós, ofensores
miseráveis. Tem misericórdia daqueles, ó deus, que confessam suas faltas.
Restaura Tu aqueles que são penitentes; De acordo com Tua promessa declarada
para a humanidade em Cristo Jesus nosso Senhor. E concede, ö tão
misericordioso Pai, por seu amor; Que nós possamos no porvir viver uma vida
agradável reta e sensata. Para a glória do Teu Santo nome. Amém. (The Book of
Commm Prayer).
“Gratidão”
Todo poderoso e mui misericordioso Pai; de que procede toda dádiva perfeita
e boa; Nós damos a Ti louvor e gratidão de coração por todas as tuas
misericórdias; Pois pela tua bondade nos criaste, Tua generosidade nos tem
sustentado; Tua disciplina Paternal nos tem corrigido; Tua paciência que tens
gerado para conosco, e Teu amor que tem nos redimido.
Concede-nos por Teus dons um coração que Te ame; e nos habita a mostrar
nossa gratidão por todos Teus benefícios; dando nós a Ti culto, e regozijando em
todas as coisas fazendo Tua bendita vontade; Por Jesus Cristo nosso Senhor.
Amém. ( The Book of Commom Worship ).
“Petição”
Deus todo poderoso, a quem todos os corações estão descobertos, todos os
desejos conhecidos, e de quem os segredos não estão escondidos: Limpa os
pensamentos de nossos corações pela inspiração do Teu Espírito Santo, de forma
que posssamos amar perfeitamente a Ti, e dignamente magnificar Teu Santo
nome; Por Cristo nosso Senhor. Amém. ( Uma citação antiga)

“Intercessão”
Perdão, eu suplico a Ti, a iniquidade deste povo seja diante da Tua grandiosa
misericórdia. ( Números 14:19 ).
Ó Deus, eu me levanto para a luz do Teu amor, este que tens derramado em
meu coração, N.........,sabendo que Tu farás por ele coisas melhores do que eu
posso pensar ou pedir. Querido Pai, em Tuas mãos eu ponho corpo, mente, alma,
em nome de Cristo. Amém ( Gamet, Constance. Growth in prayer. New York:
Macmillan, 1950,p.82).

IV- Adoração e atributos de Deus

Os homens vem a serem como a divindade que adoram. Eles são


transformados na imagem de quem adoram. Como as flores crescem belas ao
olharem para o sol, os homens se fazem religiosos pela adoração de Seus em
toda a Sua glória. Os crentes experimentariam um enriquecimento de vida
espiritual se eles gastassem vários minutos a cada dia adorando a Deus em Seus
atributos e obras.
Os atributos naturais de Deus, atributos moral, e posição relativa ao universo
constituem uma estrutura de adoração. Quando nós mencionamos seis atributos
naturais de Deus, nós indicamos que Ele é infinito, eterno e imortal, imutável,
perfeito em conhecimento, onipresente, e todo poderoso. Os três atributos moral
de Deus são santidade, amor e verdade. As sete posições relativas são: Criador
Mantenedor, Pai, Rei, legislador, juiz e redentor.
Com coração amável o crente pode adorar a Deus em cada um de Seus
atributos. Ele pode orar: “Infinito Deus eu Te adoro. Eterno e imortal Deus, eu Te
adoro. Imutável Deus, eu Te adoro, Tu és perfeito em sabedoria, eu me ponho em
reverência a Ti.
Tu que és todo poderoso, eu Te adoro. Ó Deus, que és Santo, Santo, Santo,
eu Te adoro. Ó Deus, de quem o coração é amor, eu Te adoro. Ó Deus, que és a
verdade, eu Te adoro.
O cristão pode adorar a Deus a vista de Suas sete posições relativas ao
universo. Cada obra divina de Deus revela Seu glorioso merecimento e requer a
adoração do crente. O crente pode orar : “Criador de toda existência, eu te adoro.
Mantenedor e Preservador de todas as coisas, eu te adoro. Deus de amor, que
fizeste o homem e deste vida a ele, eu Te adoro. Rei exaltado do universo, meu
coração se dobra ante a Ti. Legislador que formulaste as leis da natureza e
padrões para conduta do homem eu exalto Teu nome. Santo juiz de toda a terra,
eu Te adoro.
Benigno Remidor de pecados do homem poe Jesus Cristo, meu coração Te
adora em amor”.
Em adoração a Deus, o crente reconhecerá que sua própria natureza está em
combate aos atributos de Deus. Deus é infinito; Ele é finito. Deus é perfeito; Ele é
imperfeito. Deus é de eternidade a eternidade ;sua vida é um sopro, transiente,
Deus é imortal, Ele é mortal, etc...
Quando o crente vê a sua vida em contraste com os atributos de Deus, ele
rogará que Seus em Sua perfeição possa encontrá-lo em suas necessidades e
transforme sua vida. Por exemplo, ele orará a Deus, que é perfeito em
conhecimento, o lidere nos caminhos da verdade. Ele orará para que o imutável
Deus mude seu coração e sua vida para a semelhança de Seu Filho. E pedirá a
Deus, que é amor, para remover todo o orgulho de seu coração e encher com Seu
amor.
A adoração a Deus é uma prática que deveria ser cultivada por todo cristão.
Adorar e orar tem base na obra sacrificial de Jesus. Jesus é uma janela aberta
pela qual Deus pode ser visto em toda Sua beleza. Jesus é uma porta aberta, pela
qual nós podemos entrar uma bendita amizade com Seu Pai. Ele é nosso templo
vivo, nosso eterno Sumo Sacerdote, e nosso todo – suficiente sacrifício. A entrada
em uma relação redentiva com Cristo forma a base da adoração do crente a Deus.

PARTE DOIS

ANTROPOLOGIA

CAPÍTULO XIV

A Origem do homem

Cada geração deriva sua existência de uma geração precedente. O homem


hoje recebe vida de seus pais, dois seres humanos que já possuem vida. Cada
geração constitui um link adicional na longa cadeia de transmissão de vida de pais
para filho. Seria este um processo eterno? Teve a raça humana uma origem?
Sim, o homem teve uma origem. Ele nem sempre existiu. Houve uma ocasião
em que não haviam homens vivendo sobre a terra. As espécies humanas tiveram
um princípio definido no passado. Houve um elo original na cadeia da vida
humana. Uma vez viveu o primeiro homem e a primeira mulher.
O que, então, foi a origem do homem? Quando veio a raça humana? Como
começaram as espécies humanas?

I. Criação do homem por Deus

A bíblia claramente ensina que o homem deve sua origem a Deus. “E Deus
criou o homem à sua própria imagem, a imagem de Deus o criou; macho e fêmea
Ele os criou”. (Gên.1:27).Deus fez duas pessoas, Adão e Eva, que se tornaram os
progenitores de toda a raça humana. Adão e Eva receberam a vida de Deus. Por
eles a vida humana foi transmitida a todas as gerações sucessivas.
O homem não resultou de qualquer “lenta operação de causas naturais sem
inteligência e variação acidental na natureza. “A raça humana não foi produzida
por qualquer processo de desenvolvimento de pequenas formas de vida. O
homem resultou de um especial ato criativo e instantâneo de Deus.
O relato histórico da origem do homem está registrado nos primeiros dois
capítulos de Gêneses. O primeiro capítulo coloca o fato da criação; o segundo
capítulo descreve a maneira da criação do universo por Deus, com o homem
sendo criado no sexto dia. O segundo capítulo apresenta uma explanação
detalhada da formação do homem. O primeiro capítulo anuncia que Deus criou a
raça humana, O segundo capítulo explica como Deus criou o primeiro homem e a
primeira mulher.
A criação do homem por Deus é descrita em Gêneses 2:7, “E o Senhor Deus
formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o
homem se tornou uma alma vivente”.
A formação da primeira mulher é descrita em Gêneses 2:21,22. “E o Senhor
Deus fez cair um profundo sono sobre Adão e ele dormiu, e Ele tomou uma de
suas costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela, que o Senhor Deus
tomou do homem fez Ele uma mulher, e a trouxe para o homem”.
O fato de que Deus criou o homem é registrado repetidamente na bíblia. “Deus
criou o homem sobre a terra”. (Deut. 4:32).
“Lembra-te do teu criador”( Ecles, 12:1 ) “Ajoelhemo-nos ante o Senhor nosso
criador (Salmos 95:6) “Foi Ele quem nos fez”( Salmos 100:3).
Jó escreveu, “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo poderoso me tem
dado vida”(Jó 33:4). Deus disse: “Eu fiz a terra, e criei o homem sobre ela”(Isa
45:12). Jesus ensinou, “Ele que os fez ao princípio, macho e fêmea os fez”. (Mat.
19:4). Paulo declarou , “Nós somos geração de Deus “( Atos 17:29 ). Oensino
uniforme em toda a bíblia está em perfeito acordo com o relato de Gêneses
falando da origem do homem. Aquele que rejeita o relato da criação de Gêneses
rejeita um ensino básico da bíblia em um todo.
O homem existe porque Deus o criou e deu a ele vida. O homem foi criado
não porque quisesse ser criado, mas porque Deus assim desejou criá-lo. “Tu
criaste todas as coisas e para teu prazer elas são e foram criadas”. (Apoc. 4:11).
O propósito da existência do homem repousa no coração e vontade de Deus.
O homem ocupa a mais alta posição entre as criaturas terrestres. Ele é
superior ao reino animal, vegetal e mineral. Sendo o último criado das criaturas, ao
homem foi dado a posição de senhor sobre a terra. (Gên. 1:26-28; 9:2; Salmos
8:6-8; 115:16). O redimido experimentará os completos benefícios do homem
como senhor da natureza no futuro reino de Cristo. ( Heb.2: 6-10) Cristo será Rei
dos reis, governado sobre a terra. Ele exercerá completo controle em extensão e
eterno em duração. Os redimidos serão co-herdeiros com Ele.

II. A teoria da evolução

A falsa teoria que mais prevalece quanto à origem do homem é a evolução. De


acordo com esta teoria o homem resultou de um processo de desenvolvimento de
formas menores de vida.
Alguns evolucionistas acreditam que o homem evoluiu de um existente
macaco antropóide. Eles asseguram que cada raça de homem evoluiu de uma
diferente variedade de macaco. Eles sugerem que a raça amarela evoluiu do
orangotango, a raça negra do gorila, e a raça branca do chimpanzé. Muitos
evolucionistas, entretanto, acreditam que o homem moderno e o existente
antropóide evoluíram de um único animal ancestral que agora está extinto.
Certos elementos da teoria da evolução foram estabelecidos por lamark ( 1744-
1829) na sua Philosophie Zoologique. A teoria foi desenvolvida por charles Darwin
( 1809 – 1882 ). Suas duas obras famosas são “Origem das espécies (1859) e
Descendência do homem (1871).
O problema da origem do homem é apenas um concernente à evolução. Esta
teoria é usada para explicar a origem e desenvolvimento de todos os seres
viventes. Evolucionistas crêem que todos as coisas viventes tiveram sua origem
numa única massa de protoplasma ou numa névoa de fogo. Eles crêem que todos
os organismos, viventes ou extintos , originaram desta partícula original de vida
através da lenta operação de causa natural e variação acidental.
De acordo com esta hipótese, nova espécies de plantas e animais foram
originadas e perpetuadas por um processo de seleção natural e de sobrevivência
na adaptação. As variações foram acidentais e imprevisíveis. Aquelas plantas e
animais que apresentavam pobres características de adaptação aos seus
ambientes foram extintas. Somente o adaptável sobreviveu. Aqueles que foram
melhor adaptados a que os cercava sobreviveram e transmitiram qualidades
especiais que acidentalmente adquiriram em seus nascimentos. A geração
sobrevivente era tão diferente dos pais que novas espécies supõe-se vieram a
existir. As novas eram mais complexas e avançadas que seus predecessores.
Elas constantemente evoluíam em si para formas de vida superiores. Depois de
milhões de amor deste processo da partícula frágil de vida supõe-se haver
transformado de espécies em espécies de escala evolucionária até o macaco
antropóide e o homem finalmente resultou.
Os quatro argumentos que geralmente usado pelos evolucionistas ensinam que
o homem evoluiu de animais ancestrais são: (1) Anatomia comparativa, em
algumas particularidades os corpos dos animais e homens são similares; (2)
Órgãos rudimentares, órgão internos do homem como o apêndice que parecem
inúteis hoje pode ter sido úteis para os animais ancestrais do homem; (3)
Embriologia, a criança humana ainda não nascida supõe-se que passa por vários
estágios animais na qual representa certos animais como peixe, réptil, etc. (4)
Paleontologia, fósseis restam de homens ancestrais são hipótese indicativa o
animal ancestral do homem.
“Evolução é mentira”. É uma falsa hipótese. Nunca foi verificada mediante
fatos. Não pode ser provada. Evolução, adotada por muitos cientistas como uma
obra teórica, é por si não – científica. A evolução é rejeitada por muitos cientistas.
A falsa premissa, sobre o qual a evolução é baseada, é a suposição de que
uma espécie pode se transformar em outra.
No entanto, as espécies de plantas e animais são fixas. Elas constituem
círculos que nunca se interagem. Deus criou cada planta e cada animal “conforme
a sua espécie”. Uma espécie não pode ser transformada numa outra espécie.
É verdade que alguém pode observar variação e mudança nas características
externas entre plantas e animais dentro da mesma espécie.
O grau de variação entre gerações é determinado porém, por certas
características de espécies herdadas dos pais. Pode haver variação de adaptação
entre os seus viventes dentro do mesmo círculo de espécies, mas a vida não
pode passar de um círculo para outro. Deus estabeleceu fronteiras de limite fixo
entre cada espécie básica de plantas e animal na criação. Existe abismo fixo entre
os reinos animal e vegetal e entre o reino animal e a raça humana. Sobre estas
linhas divisórias, nenhum processo de evolução pode cruzar. Os botânicos tem
produzido rosas tendo quase todas as cores , tamanhos, e forma imagináveis,
mas eles não podem transformar uma rosa em outra planta. Entomologistas em
experiência com insetos produziram certos insetos exibindo várias características,
mas eles nunca estarão aptos para evoluir um inseto de uma espécie para outra
espécie.
Dr. Wilbur M. Smith cita um relato do plantogeneticista sueco, Heribert Nilson,
sobre espécies fixadas.
“O individual é constituído de unidades hereditárias ...chamados genes, as
quais são supremas e imutáveis como os átomos da química... Variação é
causada pela recombinação dos genes, não pela sua mudança. Variação é
portanto restrita pela possibilidade de combinação dos genes. E estes estão
limitados pelas possibilidades de cruzamento. Então novamente, desde que
indivíduos pertencentes a diferentes espécies de plantas e animais não podem
parelhar, muito menos produzir geração, a combinação de variações está
confinado a espécie. Variantes são formadas, cruzamentos e se levanta uma
seqüência caleidoscópica dentro da espécie. Mas as espécies permanecem na
mesma esfera de variação. As várias espécies permanecerão como círculos que
não se interagem. Espécies são constantes. ( Smith, Wilbur M. Therefore, Stand,
Boston : W. ª Wilde Co., 1946, pp.570,571).
Dr. A. H. Strong escreveu:
O espaço entre o macaco mais baixo e o mais alto gorila é repleto de
inumeráveis gradações intermediárias. O espaço entre o menor homem e o maior
homem está também repleto no qual muitos tipos diferenciam um do outro. Mas o
espaço entre o mais alto gorila e o menor homem é absolutamente vazio, não há
tipos intermediários nem elos de conexão entre o macaco e o homem foram ainda
encontrados. (Op.cit.,p. 471.)
Não existe graduações intermediárias entre o macaco e o homem. Husley, em
lugar do homem na natureza ( Man’s place in nature),p. 94, nos conta que o mais
baixo gorila tem uma capacidade do crânio em 24 polegadas cúbicas, quando o
maior gorila tem 34,5.
Contra isto, o menor homem tem capacidade de crânio de 62; embora homens
com menos de 65 sejam invariavelmente ineptos; o maior homem tem 114.
Professor Burt G. Wilder da Universidade Cornell: “O mais amplo cérebro de
macaco é somente a metade do tamanho do menor humano normal.” (Ibid, p. 470)
Assim como o argumento da anatomia comparativa é considerado no fato de
existir certa similaridade com relação ao corpo dos homens e animais, não indica
que animais são ancestrais dos homens. Semelhança estrutural não é prova de
relação genética. A semelhança revela a obra unificada e harmoniosa de um
criador. A estrutura do átomo é similar à estrutura planetária do sistema solar.
Toda a criação evidencia a obra de uma mente, um Arquiteto divino.
Também chamada rudimentar ou glândulas de vestígio, as quais por anos
foram consideradas inúteis e diminutos restos do animal ancestral do homem,
agora sabe-se que foram partes vitais do corpo do homem. A glândula pituitária,
por exemplo, foi uma vez listada pelos evolucionistas como glândula de vestígio
inútil. Agora aquela glândula é reconhecida como sendo de extrema importância.
Toda glândula e órgão é designada para uso específico. A falha do homem em
descobrir seus propósitos não indica que são inúteis.
A similaridade entre vários animais no estágio embrionário não prova que eles
tenham relação genética. Isto não provê evidencia que o homem teve ancestral
animal. Alem disso, paleontologistas não descobriram nenhum resto que prova um
elo de conexão entre homens e animais.
Evolucionistas ateístas crêem que o material original do qual a presente ordem
de seus viventes evoluíram não foram criadas. Eles acreditam que a matéria é
eterna e a vida originalmente veio a existir por algum processo químico
desconhecido.
Evolucionistas teístas acreditam que Deus criou a partícula original de vida,
mas declaram que a evolução é o método pelo qual todas as espécies de criaturas
atrelam suas atuais existências.
Ambas as teorias são falsas. O homem não evoluiu dos animais, nem pelos
animais. Ele resulta do ato criativo e imediato de Deus.

III. Outras teorias concernentes a origem do homem

1. “Eternidade da matéria.” Os homens que acreditam na eternidade da matéria


asseguram que o universo existe sem origem. Eles dizem que a matéria
sempre existiu e é auto – evolutiva. De acordo com esta teoria, o universo
material contém tudo que haveria de necessitar e passa pelos estágios de
desenvolvimento de acordo com certas leis eternas. O homem, sustenta esta
teoria, é resultado deste processo de desenvolvimento.
2. “Geração Espontânea”. Geração espontânea, também conhecida como
“abiogenesis”, é a teoria que a terra reteve em si os germes de vida de todas
as criaturas viventes, e quando as circunstâncias se tornaram favoráveis, a
terra espontaneamente produziu plantas, animais e homens. Richard owen e
H. c. Bastain estão entre aqueles que defenderam esta teoria.
3. “Emanação”. O panteísmo mantém que o universo, incluindo o homem, é da
mesma substância de Deus, que o universo é meramente uma projeção do ser
de Deus, e que o homem e o universo são partes de Deus. Esta teoria é falsa.
Deus tem existência independente de suas criaturas. O homem é uma criatura
de Deus; ele não é uma projeçào do próprio ser de Deus.

CAPÍTULO XX

A origem comum do homem

A origem comum do homem e a unidade da raça humana são fatos


intimamente associados com a origem divina do homem. Oriundo de um direto e
imediato ato criativo de Deus, a raça humana constitui uma espécie. Originalmente
eta única espécie constitui de duas pessoas, Adão e Eva. A vida total de toda a
humanidade residiu neste único homem e nesta única mulher. Eles a princípio
formaram a completa raça humana.
Todos os homens, ambos vivos e mortos, foram descendentes deste primeiro
homem e primeira mulher. Todo ancestral do homem pode ser traçado a estas
duas pessoas. Adão e Eva são o princípio de toda genealogia do homem. Como
progenitoras de espécies humanas, Adão e Eva transmitiram vida a seus filhos e,
consequentemente, a todas as sucessivas gerações. Os filhos de Adão foram
gerados “na sua semelhança, conforme sua imagem.”( Gên. 5:3). Todos os
homens, portanto, tem uma origem e natureza comum.

I. O ensino das escrituras

A origem comum do homem é um claro ensinamento da bíblia. Deus fez um


homem e uma mulher. Ele os instituiu, “Frutificai e multiplicai, e enchei a
terra”(Gên. 1:28). Todo povo descendeu de Eva. “E Adão chamará sua mulher
com nome de Eva, porque ela foi a mãe de todos os viventes”. (Gên. 3:20). Todos
os homens vivendo no tempo do dilúvio foram destruídos, exceto Noé e sua
família. (Gên. 7:21-23). Toda pessoa vivente hoje, portanto, são descendentes dos
três filhos de Noé. Estes são os três filhos de Noé; e deles toda terra foi povoada”.
(Gên. 9:19). Paulo declarou que Deus “fez de um sangue todas as nações de
homens para habitar sobre a face da terra”(Atos 17:26).
A unidade da humanidade é de muita importância para a teologia. Este fato
forma a base do ensino de Paulo que o pecado de Adão foi imputado a sua
posteridade. (Rom. 5:12,19). A natureza caída de Adão é herança comum para
todos os homens. Todos os homens são pecadores, eles tem pecado. Todos os
homens são pecadores; eles possuem a natureza de Adão. Todos os homens são
um em Adão. “Em Adão todos morrem”(1 Cor 15:22). Todos os homens estão
diante de Deus sob condenação. (Rom. 3:19). A raça humana é uma unidade.
Jesus se tornou um com a humanidade. (Heb. 2:9-16). Ele morreu por toda a raça
humana. O evangelho da salvação através de Cristo deveria ser pregado a toda
criatura. ( Marc. 16:15). Todos os homens se tornaram um em Cristo. (Gal. 3:28;
Col. 3:11).

II. O testemunho da ciência

A pesquisa científica confirma o fato de que a raça humana é uma unidade.


Vários fatores indicam que todos os homens tiveram uma origem comum.
1. “História”. A história das nações revela que os homens em vários continentes
migraram de um lar original na Ásia Central. De acordo com o capítulo onze de
gêneses línguas e nações foram dispersas em Babel. “Dali o Senhor os
espalhou por sobre a face da terra. “(Gên. 11:9).
Os cientistas geralmente concordam que os índios vieram a este hemisfério
oriundos da Ásia Oriental, possivelmente cruzando o estreito de Bering. Muitos
crêem que os índios descenderam dos ancestrais mongóis. Obviamente, muitos
dos norte americanos hoje, podem trazer de seus ancestrais dos países europeus,
e os ancestrais dos europeus originalmente migraram da Ásia.
2. “Línguas”. O estudo da história das línguas e suas relações entre si revela
que elas tiveram uma origem comum. Todas as línguas modernas são
derivadas de uma língua original. A filologia comparativa, portanto, indica a
origem comum do homem.
3. “Natureza física comum”. Todos os homens compartilham uma natureza
física comum. Diversidade entre as raças são basicamente menores. Todas as
raças formam uma espécie e são interférteis. Os homens de várias raças são
objetos das mesmas doenças. Estruturalmente seus corpos são normalmente
semelhantes. A temperatura normal do corpo, pulsação e respiração são os
mesmos. A natureza física básica é comum e evidencia uma origem comum.

CAPÍTULO XXI

Natureza física do homem

A natureza física do homem consiste de dois elementos essenciais: (1) o pó da


terra e (2) o fôlego de vida. A combinação do pó da terra e o fôlego de vida resulta
numa alma vivente ou pessoa.
O relato histórico da formação do homem por Deus provê a chave para um
entendimento da natureza física do homem. “E o Senhor Deus formou o homem
do pó da terra, e sopra em suas narinas o fôlego de vida; e o homem se tornou
alma vivente.”(Gên. 2:7)

I. O pó da terra

O homem foi feito do “pó da terra”. (Gên. 2:7) Deus disse a Adão, “No suor da
tua face comerás o pão, até que voltes ao pó; pois dele foste tomado: pois tu é pó,
e ao pó retornará” (Gên. 3:19). Abraão reconheceu em humilhação que ele era “pó
e cinza”( Gên. 18:27). Davi escreveu, “Porque ele conhece nossa estrutura,
lembra-se que somos pó”.(Salmos 103:14). Aquele que é da terra é terreno”(João
3:31). “O primeiro homem da terra, terreno”(1Cor. 15:45).
A frase “o pó da terra” refere-se aos elementos químicos que constitui o corpo
do homem. Deus fez todas as coisas usando várias combinações de
aproximadamente uma centena de ingredientes básicos que os homem tem
chamado elemento químico.
Os nomes destes são: (1) hidrogênio, (2) hélio, (3) lítio, (4) berílio, (5) boro, (6)
carbono, (7) nitrogênio, (8) oxigênio, (9) flúor (10) neônio, (11) sódio, (12)
magnésio, (13) alumínio, (14) silício, (15) fósforo, (16) enxofre, (17) cloro, (18)
argônio, (19) potássio, (20) cálcio, (21) escândio, (22) titânio, (23) vanádio, (24)
cromo, (25) manganês, (26) ferro, (27) cobalto, (28) níquel, (29) cobre, (30) zinco,
(31) gálio, (32) germânio, (33) arsênio, (34) selênio, (35) bromo, (36) criptônio, (37)
rubídio, (38) estrôncio, (39) ítrio, (40) zircônio, (41)nióbio, (42) molibdênio,
(43)tecnécio, (44) rutênio, (45) ródio, (46) paládio, (47) prata, (48) cádmio, (49)
índio, (50) estanho, (51) antimônio, (52) telúrio, (53) iodo, (54) xenônio, (55) césio,
(56) bário, (57) lantânio, (58) cério, (59) praseodímio, (60) neodímio, (61)
promécio, (62) samário, (63) európio, (64) gadolíneo, (65) térbio,(66) disprósio,
(67) hólmio, (68) érbio, (69) túlio, (70) itérbio, (71) lutécio, (72) háfnio, (73) tântalo,
(74) tungstênio, (75) rênio, (76) ósmio, (77) irídio, (78) platina, (79) ouro, (80)
mercúrio, (81) tálio, (82) chumbo, (83) bismuto, (84) polônio, (85) astato, (86)
radônio, (87) frâncio, (88) rádio, (89) actínio, (90) tório, (91) protactínio,(92) urânio,
(93) netúnio, (94) Plutônio, (95) amerício, (96) cúrio, (97) berquélio, (98) califórnio,
(99) einstênio, (100)férmio, (101) mendelévio, (102) nobélio.
O corpo do homem é composto de quinze destes elementos químicos:
hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, flúor, sódio, magnésio, silício, fósforo,
enxofre, cloro, potássio, cálcio, ferro, e iodo. ( Algumas autoridades incluem
manganês).
Ima análise química do corpo do homem revela que ele consiste de 72 partes
de oxigênio, 13,5 partes de carbono, 9,1 partes de hidrogênio, 2,5 de nitrogênio,
1,3 partes de cálcio, 1,15 partes de fósforo, e pequenas partes de potássio,
enxofre, sódio, cloro, magnésio, ferro e silício, iodo e flúor. Os primeiros seis
elementos listados neste parágrafo, fazem portanto, mais de noventa e nove por
cento do corpo do homem.
Estes elementos químicos são encontrados no solo em vários compostos. Eles
são absorvidos pelas plantas, onde pela ação química eles são preparados para
serem assimilados no corpo do homem. Quando o homem come o alimento,
alguns destes elementos se tornam incorporados em sua natureza física. O
crescimento humano, desta forma, é possível.
Depois da morte o corpo do homem se decompõe e os elementos químicos
retornam a terra. “Pó tu és, e ao pó tornarás”( Gên. 3:19).
“O homem tornará ao pó novamente”(Jó 34:15). “Seu fôlego se vai, ele retorna
a sua terra”. (Salmos 146:4) “Tu lhes tira a respiração, eles morrem, e retornam ao
seu pó”(Salmos 104:29). “Todos vão para um lugar; todos são do pó, e todos
voltam ao pó novamente”. (Ecles. 3:20). “E o pó volte a terra como foi”. (Ecles.
12:7).

II. O fôlego de vida

O homem formado do pó era inanimado até que recebeu vida de Deus. “E o


Senhor Deus... soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem se fez uma
alma vivente”. (Gên. 2:7).
O fôlego de vida é a força vital que possibilita o corpo do homem funcionar. As
obras notáveis do cérebro e sistema nervoso do homem são possíveis porque
esta força vital divinamente lhe outorgada esta constantemente presente em seu
corpo.
O fôlego de vida está intimamente associado com o oxigênio que o homem
inala. O oxigênio é indispensável para a vida animal e humana. Sem ele, o homem
não pode viver. O oxigênio entra na corrente sangüínea através dos pulmões. A
corrente sangüínea constantemente circulada devido o batimento do coração
carrega oxigênio à toda célula no seu corpo. Alguém não estaria portanto surpreso
quanto ao que disse Moisés: “A vida da carne está no sangue”( Lev. 17:11,14).
Quando o homem morre, seus pulmões cessam de funcionar, seu coração
para de bater, seu sangue já não mais circula. O fôlego de vida deixou seu corpo.
Seu cérebro e sistema nervoso estão inaptos para trabalhar. Ele está sem
consciência. Ele está morto.
A bíblia inglesa vezes se refere ao fôlego de vida do homem como seu espírito.
O espírito do homem é seu fôlego de vida. Espírito é traduzido da palavra hebraica
“ ruach”e “neshamach” e é da palavra grega “pneuma”.
“Pneuma”é em grego o que “ruach”é em hebraico. Espírito significa ar, sopro,
vento, poder, animação, ou a manifestação de um poder. As palavras inglesas
“pneumonia”e pneumático” são derivadas da palavra grega “pneuma”.
A concordância analítica de young revela que as palavras hebraicas ruach é
traduzida “fôlego”28 vezes, “vento”90 vezes, “espírito” 232 vezes, e uma ou mais
vezes como “ar” “sopro”, “tempestuoso” “ventoso”, etc.
O Emphatic Diaglott coloca: “Espírito tem quatro significados: (1) representa
primeiramente o ar que respiramos; (2) denota um ser como anjos; (3) representa
a influência de um ser; (4) denota um estado de sentimentos”.
O homem recebe seu fôlego de vida ou espírito de Deus pelo Espírito Santo, o
poder de Deus. (Jó 33:4; 27:3). Animais também tem fôlego de vida (Gên.
7:21,22). O fôlego do animal é o mesmo do homem (Ecles. 3:19). Na morte o
fôlego do homem retornar ao seu doador. (Salmos 104: 29,30; 146:4; Ecles. 12:7;
Jó 34:14,15).
O fôlego de vida do homem ou espírito não é um ser ou uma entidade. Ele
habilita a mente do homem trabalhar, más não possui uma mente independente
do cérebro humano. O fôlego de vida faz o cérebro e sistema nervoso funcionar,
más não tem habilidade para pensar, sentir ou decidir em si mesmo.
O fôlego de vida não é algo que tem consciência fora do corpo do homem. O
fôlego de vida deixa o corpo do homem na morte. “Sai a sua respiração, ele
retorna a sua terra, naquele mesmo dia seus pensamentos perecem “(Salmos
146:4). Quando o espírito deixa o corpo do homem ele segue sendo impessoal, a
inconsciente força de Deus que causa a vida do homem. O cérebro e sistema
nervoso do homem são partes de seu corpo. Eles são enterrados na sepultura e
retornam à terra.
Quando o fôlego de vida deixa o seu corpo, o homem está morto. Quando seu
cérebro e sistema nervoso são separados desta força de vida a qual permite que
funcionem, o homem se torna inconsciente. “Naquele mesmo dia seus
pensamentos perecem”.

III. O homem é uma Alma Vivente

O corpo do homem formado do pó da terra e animado pelo fôlego de vida


( espírito) constitui uma alma vivente. Leia Gên. 2:7 outra vez: “E o Senhor Deus
formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o
homem se tornou alma vivente. “A palavra “alma” neste verso significa criatura ou
ser . Muitos tradutores da bíblia colocam assim este verso, “Adão se tornou um ser
vivente”. (Veja a tradução Smith - Goodspeed American Translation, James
Moffat, na Revised Standard version of the bible, etc.) Dizer que uma pessoa é
uma alma é dizer que ela é uma criatura. Em outras palavras, Adão se tornou uma
criatura vivente.
A existência de criatura vivente requer a união um corpo formado do pó e o
fôlego de vida. A equação da criação é como segue: Corpo formado do pó da terra
mais fôlego de vida é igual a uma criatura vivente. Antes de Adão receber o fôlego
de vida ele era uma criatura (alma) inanimada. Depois que ele recebeu o fôlego de
vida ele era uma criatura (alma) vivente. Quando ele morreu o fôlego de vida
deixou seu corpo, ele se torna uma criatura (alma) morta.

1. Significado da palavra “alma”. As palavras traduzidas “alma” na bíblia


significam primariamente “vida” e segundo “criatura” que possui vida.
A palavra “alma” é traduzida da palavra hebraica “nephesh” e da palavra grega
“psuche”. Esta palavra hebraica ocorre 752 vezes no Velho Testamento e é
traduzida em 44 diferentes formas. As palavras inglesas usadas na tradução
de “nephesh” revela em significado primário criatura, pessoa, homem, vida, e
vidas. A palavra grega “psuche” ocorre 105 vezes no Novo Testamento. Ela é
traduzida “alma”58 vezes, “vida” e “vidas” 40 vezes, “mente” 3 vezes, e
“mente” “você”, “nós”, “coração” e “sinceramente” uma vez cada.
Psuche n o grego significa o mesmo que nephesh no hebraico. Este fato pode
ser provado comparando as seguintes escrituras: Mateus 20:28; Isaías 53:10: Atos
2:27 e Salmos 16:10; Romanos 11:3 e 1 Reis 19:10.
Esta palavra hebraica nephesh ( com seu equivalente psuche no grego e sua
forma representativa no latim “anima”, da qual nossa palavra animal deriva),
denota vida animal ou fôlego animal em contradistinção àquela vida superior, da
qual nós teremos ocasião para falar posteriormente, a qual é dada no novo
nascimento; e então, por metonúmia, o próprio animal, que besta ou homem, que
vive pelo fôlego; ela inclui a pessoa por completo, bem como o pronome pessoal
para o qual é freqüentemente usada. Quando qualificada pelo adjetivo “vivente”,
que a pessoa é “uma alma vivente” ou pessoa, e quando qualificada pelo adjetivo
“morta”, como está pelo menos meia dúzia de vezes na escritura, que a pessoas é
“uma alma morta” ... As palavras hebraicas “neshamah”e “ruach” e a palavra grega
“pneuma”, significando aquele ar vital a fôlego que dá vida, nunca é usada em
interseção com a palavra “nephesh” e “psuche”. Elas são distintas, como a causa
é de efeito. É a injeção de fôlego deste sopro vital que causa um corpo em vida
tornando-o uma alma vivente. ( Pettingell, J.H. The Unspeakable Gift. Yarmouth,
Maine; I. C.Wellcome, 1887,pp.129,130.)

2. “Animais designados como almas.” As palavras hebraicas e grega traduzida


por alma são aplicadas a animais bem como aos homens. Alguns destes
versos são: Gêneses 1:20,21,24; Gêneses 2:19; 9:10,16; Levítico 11:46;
Números 31:28; Provérbios 12:10, Ezequiel 47:9; Apocalipse 8:9; 16:3.
Os homens não são animais é obvio. Eles são superiores aos animais em
muitos fatores importantes. Como Deam Alford disse, portanto, em seu
comentário sobre Adão se tornando alma vivente, “A diferença, o que quer que
seja entre ele e as outras criaturas viventes, não está declarado neste termo.
“( Citado por Pettingell.)
3. “A alma do homem é morta.” A alma nunca é mencionada na bíblia como
sendo “imortal”, “imorredouro”, “eterno”. A alma é mortal. Ela é sujeita à morte
e destruição. Pode ser morta. Ela pode morrer. O fato de que a alma pode
morrer prova que ela não é imortal. A doutrina da imortalidade da alma não tem
suporte na escritura.
Levítico 23:30 a mesma alma eu destruirei
Josué 10:35 As almas serão destruídas
Salmos 22:29 Nem conservar viva sua própria alma
Salmos 78:50 Não refreou a própria alma da morte
Salmos 89:48 Livrar a alma da sepultura
Jeremias 18:20 Cavaram uma cova para minha alma
Ezequiel 18:4 Alma que pecar, essa morrerá
Ezequiel 22:27 Destrói almas
Apocalipse 16:3 Toda alma vivente morreu no mar
Quando Jesus disse, “O que um homem dará em troca de sua alma?” Ele
referia-se à vida do homem. A alma de Cristo era sua vida. A alma de Cristo
morreu. Ele deu a Sua vida em sacrifício.” “Tu fizeste a sua alma como oferta pelo
pecado.”( Isa. 53:10). “Ele derramou a sua alma na morte” (Isa. 53:12). “Tu não
deixarás minha alma no inferno, nem permitirá que Teu Santo sofra a
corrupção.”( Atos 2:31). Isto mostra que Cristo não tinha uma alma imortal. Se
Jesus fosse imortal, ele não poderia Ter morrido. Aquele que é imortal não pode
morrer. Jesus derramou a sua alma ou vida na morte. Ele estava inconsciente na
morte até que Deus levantou-o para a imortalidade.
A alma do homem, portanto, refere-se ao próprio homem e a vida que ele
possui. A alma não é uma entidade distinta do homem. Ela não tem consciência
separada do corpo do homem. A alma é mortal. A alma, referindo-se ao homem
como criatura, vai para a sepultura na morte. Ela pode ser completamente
destruída e será destruída na Segunda morte se a pessoa não é cristã.

IV. O homem é uma unidade

O homem é uma unidade. A sua natureza física é não divisível e indivisível. A


união do corpo do homem e o fôlego de vida, forma uma unidade vivente. A
unidade vivente é uma pessoas vivente tendo uma multiplicidade de qualidades.
Ele possui muitos poderes e habilidades. Ele pode fazer muitas coisas diferentes.
Ele pode pensa, sentir, e escolher. Ele tem uma consciência e possui caráter. Sua
personalidade entretanto, é um todo indivisível.
A natureza mental e física do homem não são duas entidades separadas
dentro do indivíduo. São ligados juntas. Elas formam duas partes separadas de
uma unidade. A natureza mental realmente é a parte da natureza física. A mente
do homem resulta do funcionamento de seu cérebro. Sem um cérebro o homem
não possui uma mente. O cérebro é uma parte consciente do homem, portanto,
resulta do funcionamento da parte física do homem. O homem é uma unidade.
“É impossível Ter consciência sem “vida”, ou Ter vida sem um organismo para
sua recepção... Como não pode Ter amor sem amante, pensamento sem um
pensador, pecado sem pecador, então não pode haver vida sem um organismo
físico, no qual ela esteja contida”. ( Grant, Liles. Positive Theology. Boston: Advent
Christian Publication Society, p.62).
partindo destes fatos pode-se facilmente reconhecer que o homem não tem
consciência ou vida sem a união do corpo e o fôlego de vida. Se o fôlego de vida
é removido, o corpo do homem cessa o funcionamento. Ele se torna sem vida e
inconsciente. Ele está morto. O cérebro e sistema nervoso cessam de trabalhar.
“Naquele mesmo dia perecem seus pensamentos”( Salmos 146:4).
“Os mortos nada sabem” (Ecles. 9:5) . A consciência, portanto, esta
dependente do funcionamento do corpo do homem.
Sem o cérebro, que é parte de seu corpo, o homem não pode pensar. Sem o
sistema nervoso ele não pode sentir. “Tudo o que tua mão encontrar para fazer,
fazei-o com teu poder, pois não há trabalho, nem indústria, nem sabedoria, nem
conhecimento, na sepultura, para onde vais.” (Ecles.9 :10). Não há parte do
homem que pode existir à parte de seu próprio restante.
“Será observado que “vida” foi tudo o que foi adicionado ao homem depois da
sua criação para fazê-lo uma “alma vivente” ou homem; e consequentemente,
tudo o que foi tomado na morte. Eles estavam perfeitamente formado, tendo olhos,
orelhas, boca, mãos, pés, pulmões, coração, artérias, veias, nervos, músculos e
cérebro; mas esta maravilhosa formação, na semelhança do seu Criador era inútil
e impotente sem vida; como seria um poço sem água, um veleiro sem vento, ou
um navio a vapor; mas ninguém chama a água um poço d’água , o vento de
veleiro, ou o vapor de navio a vapor. Quando a água é retirada do poço, não
dizemos que o poço acabou; quando acaba o vento pára, não dizemos que o
veleiro foi levado; nem quando o vapor é removido, que o navio à vapor se foi.
Porque então dizer que o homem se foi para recompensa ou punição; quando sua
vida se vai? Depois de uma pesquisa cuidadosa, eu não pude encontrar qualquer
prova na bíblia, fatos da ciência, psicologia, os princípios eternos de pura razão,
ou sentido comum, para mostrar que algo mais além da vida, deixa o homem na
morte, o que é expresso pelas palavras hebraicas “nephesh”; “ruach” e “n’sha –
mah”; no grego por “psuche”, “Zoe” e “pneuma”; e em inglês por “alma”, “espírito”,
e “fôlego” ( Grant, Miles. Ibid, pp.265,266).

CAPÍTULO XXII

Falsas teorias concernentes à natureza do homem

Como nós temos observado, a bíblia claramente ensina que o espírito é o


fôlego de vida do homem, a força vital de vida que vem de Deus. A alma é o
próprio homem e a vida que ele possui. A palavra de Deus, além disso, apresenta
abundante testemunho que nem o espírito nem a alma seja uma personalidade
consciente que exista fora do corpo do homem. Nós temos visto que o homem é
uma unidade, que nenhuma parte do homem continua a vida depois que ele
morre. Todos os homens são mortais; tudo no homem é mortal. As religiões do
paganismo e a teologia pervertida do cristianismo, tem porém, formulado muitas
falsas teorias com respeito à natureza física do homem.

I. identidade incorreta de alma e espírito

O paganismo e cristianismo ensinam que o homem tem uma natureza material


e uma natureza imaterial. Eles dizem que a natureza material do homem é mortal,
mas a sua natureza imaterial é imortal; sua natureza material morre e retorna ao
pó, mas a sua natureza imaterial continua a viver depois da morte. Estes teólogos
descrevem o corpo do homem como uma casa temporária ou prisão na qual a
natureza imaterial usa o corpo para se expressar, mas não é dependente do corpo
para vida consciente. Os teólogos escolheram a palavra “espírito” e “alma” para
designar o imaterial, personalidade imortal a qual asseguram que o homem
possui. A aplicação deles para estas palavras portanto, é completamente diferente
da forma usada pelos escritores bíblicos. De acordo com a bíblia, o homem não
tem uma natureza imortal e uma natureza imaterial. “Espírito refere-se ao fôlego
de vida do homem, e “alma” refere-se ao próprio homem e a vida que possui.

II. Falsa teoria concernente a natureza deles

Os teólogos não só identificam corretamente as palavras “espírito” e “alma”,


mas também falsamente afirmam que o espírito e a alma são imortais. Eles
declaram que é impossível para o homem Ter sua alma e espírito destruídos. De
acordo com eles, o homem não pode morrer; a morte é uma mera mudança de
residência para a natureza imaterial do homem. Eles ensinam que a natureza
imaterial desencarnada vai para um lugar de eterna tortura ou lugar de felicidade
eterna.
De acordo com a bíblia, o homem não tem uma natureza imaterial a qual vive
fora de seu corpo. O homem é totalmente mortal; nenhuma parte do homem é
hoje imortal. A bíblia nunca descreve o espírito ou alma como “imortal”.
“imorredoura”, ou “eterna”.

III. Teoria da Dicotomia e Tricotomia

Duas falsa teorias distintas concernente ao conteúdo da natureza física do


homem são asseguradas pelos teólogos do cristianismo. Estas são: (a) teoria da
dicotomia , e (b) teoria da tricotomia. Estes dois termos são derivados das
palavras gregas: “temno”, cortar; “dicha”, em dois ; e “tricha”, em três.
1. A teoria da dicotomia. Adeptos desta teoria acreditam que a natureza
humana consiste de duas partes, nomeadas, corpo e espírito. Eles mantém
que a alma e espírito refere-se a uma substância imaterial visualizadas de dois
pontos de vista.
2. A teoria da Tricotomia. Adeptos desta teoria declaram que a natureza do
homem consiste de três partes, chamadas corpo (soma), alma ( psuche) e
espírito (pneuma) .
Ambas as teorias são baseadas sobre a falsa suposição que o homem tem uma
natureza imaterial a qual continua em vida após a morte. De acordo com a bíblia,
o homem consiste do pó da terra e o fôlego de vida (pneuma) resultando em alma
vivente (psuche). O homem é uma unidade vivente. Nenhuma parte do homem
continua em vida depois que ele morre.

IV. Teorias concernentes a origem da alma

Três teorias principais tem sido posicionadas para explicar a origem da


“alma”( referindo-a uma entidade imortal, imaterial que os teólogos afirmam existir
dentro do homem). A verdade é que não há uma entidade imortal dentro do
homem. Falar da origem da alma portanto, é falar da origem de algo que não
existe. É como falar de origem de fantasias não existentes como duendes e
espíritos. O que não existe não pode Ter uma origem.
1. “Teoria da pré existência”. De acordo com esta teoria, o homem possui uma
natureza imaterial, imortal que existiu antes dele Ter nascido e existirá após a
sua morte. Afinidade a este pensamento tem a teoria da transmigração das
almas. A pré existência da alma foi advogada por Platão (427- 347a.C. ), Filo o
Judeu (20a C- 54d. C.), e Origem ( 185-254d.C.).
2. “Teoria da criação”. De acordo com esta teoria, a alma de cada ser humano é
imediatamente criada por Deus e unida ao corpo. Alguns crêem que a alma se
une ao corpo na concepção; outros, no nascimento; e outros ainda, em algum
momento entre estes dois eventos. O homem recebe seu corpo de Adão
através da programação natural; ele recebe sua alma diretamente de Deus.
Esta teoria foi advogada por Aristóteles, Jerome, Pelagios, Anselm, Aquinas,
muitos católicos romanos e teólogos reformados. Esta é assegurada por João
Calvino, Clarles Hodge, e Louis Berkhof.
3. “Teoria Traducian”. Adeptos desta teoria acreditam que a alma do homem,
assim com o seu corpo é recebido de Adão por geração natural, que Deus cria
a completa raça humana em Adão , eque o corpo e alma do homem são
transmitidas de pai para filho. Esta teoria foi assegurada por Tertuliano,
Gregório de Nyssa, Martinho Lutero, teólogos luteranos, Jonatham Edwards,
Hopkins, Henry B. Smith, W. G. T. Sledd, A.H. Strong, e outros.
Todas as três teorias são falsas. O homem não tem uma natureza imaterial a
qual continua em vida após a morte. Ele recebe sua vida total de seus pais.
Quando o homem morre seu fôlego de vida retorna a atmosfera e a Deus que
o deu; seu corpo retorna ao pó da terra. Na morte o homem está inconsciente ;
ele não tem conhecimento do tempo que se passa. Ateístas mantém que a
morte é o fim de tudo. A bíblia ensina que a presente morte é apenas
temporária. Os cristãos ressuscitarão para a imortalidade e a vida eterna no
retorno de Cristo. Os Não cristãos serão ressuscitados na última ressurreição
para julgamento. Os pecadores serão destruídos na Segunda morte, a qual
será permanente.
CAPÍTULO XXIII

Origem pagã das falsa teorias

Falsas teorias concernentes à natureza física do homem dominou as


religiões do paganismo e os teólogos pervertidos do Cristianismo.
O paganismo inventou a sua teoria da natureza do homem na escuridão de
superstição, lendas e mitologias; o cristianismo recebeu suas falsas teorias do
paganismo.

I. Religião Pagã

Lendas e mitos do mundo pagão estão repletos de acontecimentos que se


imaginam acontecer após a morte do homem. Paganismo perverteu a adoração
de Deus em idolatria e a verdade de Deus em mitologia. A verdade de que Deus
criou o homem com desejo de imortalidade tem sido adulterada pelo paganismo.
Deus prometeu imortalidade ao homem se ele fosse de encontro ao que requer
Deus. Havendo dado as costas para a luz, o homem caído mergulhou na
escuridão. Habitando no paganismo, o homem continuou no desejo pela
imortalidade, mas esqueceu que a promessa de Deus para a imortalidade é
condicional. A religião pagã, em acordo, começou a ensinar que todos os homens
naturalmente tem imortalidade. Ela insiste que a morte não é morte absoluta mais
a continuação da vida numa nova forma e em um novo lugar.

II. A Filosofia de Platão

A teoria pagã da imortalidade da alma foi formulada para a filosofia pelo


filósofo grego Platão. Platão nasceu em Atenas cerca de 427a. C, e morreu em
347a. C. Ele viveu depois da era de ouro da cultura grega conhecida como era
Perideana . Platão foi um discípulo de Sócrates ( 469 - 399a.C.).
Platonismo foi a filosofia dominante da civilização européia por muitos
séculos. É assegurado por muitos estudiosos que Platão exerceu uma grande
influência sobre o pensamento do homem no mundo ocidental mais que qualquer
outro paganismo. Foi o aluno de Platão, Aristóteles (384-322), que foi professor de
Alexandre o Grande e foi instrumento na disseminação da teoria da filosofia grega
pelo mundo conhecido. A filosofia de Platão incorporou a pervertida teologia da
religião pagã.
“Escritos de Platão”. A filosofia deste pensdor grego foi preservada na forma de
cerca de trinta diálogos e um grupo de cartas.
A tradução completa Jowett de “Dialogues” foi publicada em dois volumes por
Handom House (New York) em 1937. Os escritos de Platão também estão
inclusos na Britannica Great Books. Platão mencionou a imortalidade da alma nos
seguintes escritos:
Phaedrus, Apology, Phaedo, The Republic, Laws, e The Seventhy letter. O seu
tratado mais extensivo deste tema está registrado em Phaedo, um diálogo entre
Sócrates e seus amigos. Esta conversação supõe-se Ter ocorrido depois que
Sócrates bebeu o veneno cicuta e escrevia para morrer. Neste diálogo a morte é
descrita como a separação e libertação da alma do corpo.”
Platão reporta-se a Sócrates como dizendo:
“Então reflete, Cebes: de tudo o que foi dito não é esta a conclusão? _ que a
alma é a perfeita semelhança do divino e imortal, e intelectual, e uniforme, e
insolúvel, e imutável ; e que corpo é a perfeita semelhança do corpo humano, e
mortal, e intelectual, e multiforme, e dissolúvel, e mutável.
Platão cria na pré- existência assim como na imortalidade da alma. Ele cria que
a matéria é má. Ele ensinou que a alma é contaminada pelo corpo e pela terra.
Purificação, assegurava ele, pode ser obtida somente quando a alma do homem é
liberada do corpo e habita em separado da terra.

III. A influência de Platão no cristianismo

Os escritos de Platão foram usados como livro – textos em escolas gregas e


romanas. Sua filosofia era aceita por ampla porção de homens vivendo no mundo
romano assim como a falsa teoria da evolução é aceita por muitas pessoas
vivendo hoje.
Os apóstolos e seus seguidores imediatos foram fiéis as verdades da bíblia, a
imortalidade condicional. Depois da morte dos apóstolos, a Igreja gradualmente
escorregou da luz para a escuridão, da verdade para o erro. Homens se fizeram
membros da Igreja, mas continuaram a crer e ensinar a filosofia de Platão. O
Império romano aparentemente se tornou cristianizado; a Igreja por dentro se
tornou paganizada.
Os teólogos da igreja rejeitaram a teoria de Platão da pré – existência da alma,
mas eles aceitaram sua teoria da imortalidade da alma. Eles adotaram a crença de
que a matéria é má. Os ensinos e práticas pagãs gradualmente substituíram os
ensinos e práticas bíblicas. Pelo tempo em que Augustine formula as doutrinas da
natureza física do homem para dentro da teologia oficial da Igreja Romana, o
domínio Platônico sobre a bíblia era completo.
Quando a teoria de Platão da imortalidade natural da alma foi aceita, muitas
importantes doutrinas da bíblia foram ignoradas e negadas. Desde que os
teólogos creram que o homem tem uma alma imortal, eles não puderam ver a
necessidade do retorno de Cristo à terra para recompensar o justo e julgar os
mortos. Desta forma a importante doutrina da bíblia sobre a ressurreição para a
imortalidade, a Segunda vinda de Cristo, e seu futuro reino na terra foram
negligenciados, ignorados e negados. Muitos crentes fiéis, que continuaram a
estudar a palavra de Deus e segurar seus ensinos, foram tratados como hereges.
À despeito da perseguição da igreja Católica Romana, existem crentes fiéis à
bíblia em vários países em praticamente todos os séculos desde o dia dos
apóstolos.
Athenagoras (177a.D.) estava entre os primeiros escritores vivendo na era
seguinte à morte dos apóstolos que que ensinou a imortalidade da alma e a tortura
eterna do ímpio. Um exemplo deste ensino pode ser visto na sua obra, “The
Resurrection of the Desd”no The Ante – Nicene Fathers.
Tertulliano (160-220d.C.) escreveu profundamente com respeito a imortalidade
da alma. A influência de Platão sobre Tertulliano foi imensa. Este fato pode ser
facilmente observado em seus escritos. Observe, por exemplo, “A Treatise on the
Soul” no “Ante – Nicene Fathers.
Dois importantes teólogos católicos romanos são Augustine e Thomas Aquinas.
Augustine (354-430d.C.) viveu quando a igreja romana tinha seus princípios
atuais. Aquinas (1225-1274d.C.) viveu quando a igreja romana estava no auge do
seu poder. Augustine expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão.
Aquinas expressou sua teologia nos termos da filosofia de Aristóteles, aluno de
Platão. O mais famoso livro de Augustine, além de “Confessions”, e “The Cuty of
Good” O livro mais famoso de Aquinas é The Summa Theologica. Por exemplo do
pensamento de Augustine sobre este tema, veja livro VI, capítulo 12 de The City of
Good. Para o ensino de aquina veja parte I, q.75, A.6 no The Summa Theologica.
A teoria da mortalidade natural da alma foi advogada por muitos teólogos
protestantes e tem sido inclusa em muitos credos protestantes.

CAPÍTULO XXIV

A relação do homem ao tempo e morte

Em estudo dos atributos de Deus nós reconhecemos que Deus é eterno e


imortal. A eternidade de Deus refere-se ao fato de que a existência de Deus é
infinita em relação ao tempo. A imortalidade de Deus refere-se à Sua imortalidade,
natureza de incorruptibilidade física que O habilita a viver de eternidade à
eternidade. Eternidade é a relação de Deus ao tempo, imortalidade é a Sua
relação à morte.
O homem hoje, por outro lado, não é eterno e imortal. Em relação ao tempo, a
vida do homem é um sopro. Em relação à morte, o homem é mortal.

I. Brevidade da vida do homem

A brevidade da vida e fragilidade do homem é um fato importante da realidade.


Uma séria meditação com respeito a esta verdade deveria impelir toda pessoa a
se preparar para a eternidade perfeita de Deus.
Jó 4:19,20 Habitar em casas de barro
Jó 14: 1,2 Flores, sombra, poucos dias
Salmos 39:4-6 Quão frágil sou
Salmos 78:39 vento que passa
Salmos 90: 3-12 Vigília da morte, relva, canto
Salmos 102:11 Sombra, relva
Salmos 144:3,4 vaidade, sombra que passa
Isaías 40:6-8 Toda carne é erva
Tiago 4:14 vapor
1 Pedro 1:24 Erva, flor da erva
Na bíblia, Deus é comparado às montanhas as quais duram de geração para
geração, e a vida eterna é comparado a um rio o qual flui século após século. O
homem, entretanto, nunca é comparado a qualquer coisa durável. Sua vida é um
sopro, transiente momentâneo. Ele é sujeito a mudança, sofrimento e morte. Se o
poderoso oceano Pacífico representa a eternidade, a presente vida do homem
seria um grão na areia do mar.
Ensina-me a medir meus dias,
Tu Feitor da minha composição:
Eu sobreviveria o curto espaço da vida,
E aprenderia quão frágil sou.
Um momento é tudo o que podemos ostentar,
Uma polegada ou duas de tempo;
O homem pois é vaidade e pó,
Em toda sua flor e juventude.
Isaac Watts

II. A mortalidade do homem

O homem é mortal; ele é sujeito à morte. Todos os homens são mortais, e tudo
do homem é mortal. A mortalidade não é somente universal entre os homens, mas
também total dentro do homem. Nenhuma parte do homem é imortal. Em toda a
bíblia nenhum verso ensina que o homem ou qualquer parte do homem é imortal.
A bíblia constantemente revela que o homem é mortal, não imortal. Jó
perguntou: “Seria o homem mortal mais que Deus” (Jó 4:17).
Davi escreveu, “Que homem que vive, e não verá a morte? “(Salmos 89:48).
“Esta ordenado ao homem morrer uma vez.’ ( Heb. 9:27).
Jó 4:17 Homem mortal
Jó 14:10 Não como árvore que brota
Jó 17:14 Corrupção, tu és meu pai
Salmos 89:48 Que homem não verá a morte
Romanos 2:7 Busca pela imortalidade
Romanos 6:12 Vosso corpo mortal
Romanos 8:11 Vossos corpos mortais
1 Coríntios 15: 42,43,50 Corrupção, desonra e fraqueza
1 Coríntios 15:53 Este mortal deve acabar
2 Coríntios 5;4 O mortal tragado pela vida
2 Coríntios 4:7,11 nossa carne mortal
1 Timóteo 6:16 Só o Senhor é imortal
Hebreus 9:27 Ordenado ao homem morrer uma vez
1. “Deus é imortal”. Unicamente Deus é a fonte original da imortalidade. Todas
as criaturas são sujeitas a corrupção, mudança e declínio. Hoje os homens são
mortais. Os crentes não receberão imortalidade até a ressurreição no retorno
de Cristo.
A palavra “imortal” ocorre somente uma vez em toda a bíblia. A palavra neste
verso refere-se a Deus. “Agora, ao Rei eterno, imortal, invisível, o único sábio
Deus, seja honra e glória para sempre e sempre. Amém.” (Tim. 1:17). Paulo
descreveu o criador como “o Deus incorruptível “( Rom. 1:23). Deus é imortal; Ele
nunca pode morrer.
Lendo 1 Timóteo 6:16, observou-se que “somente Deus tem imortalidade”.
Deus é o único que sempre teve imortalidade.
A imortalidade origina-se dentro Dele. Ela só pode ser recebida Dele
mediante Seu filho.
2. “Jesus mortal até a ressurreição”. Jesus nasceu mortal na semelhança física
do homem. Se Jesus tivesse sido imortal, Ele não poderia Ter morrido. Quem é
mortal não morre. Em sua gloriosa ressurreição nosso Salvador levanta da
morte para a imortalidade.
3. “Os cristãos buscam a futura imortalidade”. Todos os homens de hoje são
mortais. Imortalidade é uma benção prometida pelo evangelho. Hoje, cristãos,
“pela contínua paciência em fazer o bem buscam por... imortalidade”(Rom.
2:7). O fato dos crentes estarem buscando a imortalidade é prova definitiva de
que eles não a possuem. Se os homens já fossem hoje mortais, não haveria
necessidade de que a buscassem.
A mudança física do crente ocorrerá quando Cristo retornar. “Isto que é
corruptível deve revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal deve se
revestir da imortalidade. (1 cor. 15:53). Quando o homem experimentar uma
mudança da mortalidade para a imortalidade, ele terá uma natureza física
conveniente para perfeita eternidade com Deus.
III. Promessa da imortalidade condicional

Imortalidade não é uma processão natural do homem. Pela sua graça e


misericórdia Deus promete imortalidade aos crentes como parte do galardão na
salvação. Para receber a imortalidade, o homem deve preencher as condições de
Deus para salvação.
Imortalidade e vida eterna pode ser recebida somente pelo crente que
adequadamente está relacionado ao filho de Deus. Cristo ressuscitou da morte
para imortalidade pelo poder de Deus e se tornou o meio pelo qual Deus
concederá imortalidade sobre os crentes. Jesus se tornou o agente autorizado
para dar a imortalidade e vida eterna aos homens que satisfazem os requisitos de
Deus.
“Deus nos tem dado vida eterna, e esta vida está em Seu Filho. Aquele que
tem o Filho tem vida, e o que não tem o Filho de Deus não tem vida”. (1João
5:11,12). O Dom de Deus é a vida eterna por Jesus Cristo nosso Senhor.
(Rom.6:23). Aqueles que rejeitam o Filho de Deus rejeitam a única porta para a
salvação eterna.

CAPÍTULO XXV

Morte

Morte é a terminação da vida. É o fim da consciência existente. Morte e vida


são opostos. Morrer é cessar de viver. “Tu morrerás, e não viverás”. (Isa. 38:1). Na
morte a mente e corpo do homem cessam de funcionar.

I. O que acontece na morte

O que acontece com o homem na morte é o oposto do que ocorreu quando


Deus fez o homem. Na criação o fôlego de vida foi unido ao corpo da terra e a vida
resultou. Na morte o fôlego de vida é extraído; a pessoa morre e retorna ao
pó.”(Salmos 104:29).
Pó mais fôlego é igual a criatura vivente. Este foi o processo da criação. Pó
menos fôlego é igual a pessoa morta. Este é o processo da morte.
Salmos 104:29 Tiras o fôlego, retorna ao pó
Salmos 146:4 Sai o fôlego, retorna à terra
Eclesiastes 12:7 Pó retorna a terra, espírito
Tiago 2:26 Corpo sem espírito está morto
Nestes vemos aqui listados a palavra “espírito” refere-se ao sopro de vida do
homem que retorna para Deus que o deu. O fôlego de vida é impessoal. É aquela
força vital que habilita o homem para a vida.

II. Natureza do homem na morte

O homem na morte está sem consciência. Ele não tem vida. Seu cérebro e
sistema nervoso cessam de funcionar. Sem um cérebro, o homem não pode
pensar; sem um sistema nervoso, ele não pode sentir dor ou pensar. Intelecto,
sensibilidade, e vontade pode ser exercida somente quando o cérebro do homem
pode funcionar. Os mortos portanto estão inconscientes. Estude os seguintes
verso:
Jó 3:13-19 lá o cansado repousa
Jó 14:7-15 morto não como o ramo da árvore
Salmos 6:5 na morte não há lembrança
Salmos 88:11,12 sepultura, destruição, esquecimento
Salmos 115:17 mortos não louvam ao Senhor
Salmos 146:4 seus pensamentos perecem
Ecles. 9:5,6 os mortos nada sabem
Ecles. 9:10 não há conhecimento na sepultura
Isai. 38:18 o sepulcro não te louvará
Observe a clareza, o ensino inspirado de Davi: “Seu fôlego se vai, ele retorna
a sua Terra, naquele dia seus pensamentos perecem.”(Salmos 146:4).

III. Morte comparada ao sono inconsciente

A morte é como um sono inconsciente. Não há conhecimento do tempo que


passa. A morte não parecerá durar mais tempo para uma pessoa que morreu mil
anos em relação a que morreu no segundo anterior. Depois que a pessoa cai em
sono na morte, a sua próxima experiência consciente será quando estiver perante
Cristo. Se é um crente, ele estará perante Cristo, o noivo sobre a nuvem de glória,
na primeira ressurreição. Se é um pecador, ele estará perante Cristo, o Juiz , na
última ressurreição. Muito tempo pode passar entre a morte da pessoa e sua
ressurreição, más ela não terá noçào disso. Crentes porém, não precisam temer o
sono da morte; eles tem a esperança de ressurreição para imortalidade.
Deut. 31:16 dormir com teus pais
1 Reis 2:10 Davi dormiu com seus pais
Jó 7:21 agora dormirei no pó
Jó 14:12 acordar, se levantar do sono
Salmos 13:3 eu durmo o sono da morte
Jeremias 51:39,57 dormir um sono eterno
Daniel 12:2 dormir no pó da terra
João 11: 11-14 Lázaro dorme, está morto
Atos 7:60 Estevão dormiu
Atos 13:36 Davi dormiu
1 Coríntios 11:30 muitos dormem
1 Coríntios 15:6 alguns já dormem
1 Coríntios 15:18 dormindo em Cristo
1 Coríntios 15:20 primícias dos que dormem
1 Coríntios 15:51 nós nem todos dormiremos
1 Tessa. 4:13-15 dormir em Jesus
1 Tessa. 5:10 quer durmamos ou acordemos
2 Pedro 3:4 desde que os pais dormiram
É interessante notar que a palavra “cemitério” é derivada de uma palavra
grega que na equivalente palavra do latim vem de “dormitório”. A morte é como
um sono sem sonhos, não há conhecimento do tempo que se passa.

IV. Os mortos ficam na sepultura até a ressurreição

Onde os homens vão na morte? O que acontece com os homens depois que
morrem? Vão eles a “um feliz solo caçador”? Voam para habitar uma mansão
celestial? Passeiam de barco ao longo do Rio Styx? Voltam a este mundo e se
tornam reencarnados em algum animal ou outra pessoa? Alguma parte do
homem permanece sobre a terra para assombrar os vivos ou para conversar com
amigos? Vão os mortos para um inferno de chamas, onde permanecem vivos e
torturados em grande agonia por toda a eternidade?
De acordo com a bíblia, os mortos não vão a qualquer lugar exceto para a
sepultura na qual são enterrados. Os homens mortos permanecem inconscientes
até a ressurreição. Na morte os homens não vão nem para o céu nem para o
inferno flamejante. Eles vão para as sepulturas. Em João 3:13 nós lemos: Nenhum
homem subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem que está no
céu.” Nenhum homem exceto Jesus foi ao céu. Paulo. Pedro, e Maria nãi estão
no céu, eles estão mortos e enterrados em suas sepulturas. Eles vão ressuscitar
quando Jesus vier.
Quando nosso Senhor levantou lázaro do sepulcro, Lázaro estava morto e
enterrado na tumba. “Ele que estava morto saiu, com as mãos e pés envolto em
faixas e sua face envolta em pano. Jesus disse a eles, soltai-o e deixai-o ir”( João
11:44 ). Onde estava Lázaro enquanto estava morto? Ele estava num inferno de
fogo ou na tumba? Quando Jesus clamou com grande voz, “Lázaro sai para fora”.
Ele não estava chamando Lázaro para deixar a delícia do céu e vir para a terra.
Ele não estava chamando pela alma de Lázaro para sair do inferno de tortura
ardente para retomar seu corpo decaído. Nosso Salvador estava chamando por
Lázaro para sair da tumba, onde ele estava enterrado.
O que dizer de Davi? Ele foi para o céu? Paulo disse: “Davi depois de servir a
sua própria geração pela vontade de Deu, dormiu e foi sepultado com seus pais, e
viu a corrupção”( Atos 2:29 ). “Pois Davi não subiu aos céus”(Atos 2:34). De
acordo com estas passagens claras, é certo que Davi não foi ao céu quando
morreu. Aqueles teólogos que afirmam que Jesus levou os santos mortos do
antigo Testamento com ele quando ascendeu ao céu deveriam observar as
colocações feitas por Pedro e Paulo “depois” que Jesus subiu para estar a mão
direita de Deus. Noé, Abraão, Moisés, Davi, Daniel e todos os outros antigos
heróis da fé estão mortos e estão esperando nas suas sepulturas até a
ressurreição.
Todos os homens mortos permanecem em suas sepulturas até a ressurreição.
Os crentes serão levantados na primeira ressurreição no retorno de Cristo. Eles
serão imortais e glorificados. Os pecadores permanecerão enterrados nas suas
sepulturas até que Cristo e os cristãos ressuscitados na primeira ressurreição
tenham reinado mil anos sobre a terra. Os pecadores se levantarão mortais na
última ressurreição. Nesta ocasião ele serão julgados. Se os seus nomes não
estiverem no livro da vida, eles serão destruídos na Segunda morte.

V. Morte não é tempo de recompensa

Os homens não são recompensados no momento de sua morte. O julgamento


não é no momento da morte mas “depois” da morte (Heb.9:27) Ter findado na
ressurreição. Para receber uma recompensa é necessário conhecimento. Os
mortos porém estarão inconscientes. Eles permanecem no sono inconsciente da
morte até a ressurreição. Enquanto o homem está morto ele não pode
experimentar alegria ou lamento, prazer ou dor, recompensa ou juízo. O homem
deve ressuscitar para que possa receber sua recompensa ou punição.
Os cristãos não são recompensados assim que morrem. Eles serão
recompensados na ressurreição quando Jesus vier. Ressurreição , não morte, é a
esperança do crente. Jesus disse: “Eis que venho sem demora; e meu galardão
esta “comigo” , para dar a cada homem de acordo com sua obra.” (Apoc. 22:12).
O ímpio não é punido no momento de sua primeira morte. Eles serão julgados
depois que se levantarem na última ressurreição e estiver o Juiz.
Todos os homens da mesma forma estando mortos dormem no pó. Nas duas
ressurreições, porém, cada qual se levantará para seu destino eterno. A morte não
é tempo de julgamento. A ressurreição é o tempo de recompensa e punição.

VI. Duas mortes

Duas mortes são mencionadas na bíblia. A primeira morte é para todos os


homens, a Segunda morte é somente para o ímpio. A primeira morte é temporária;
a Segunda morte será eterna. A primeira morte terá fim na ressurreição; a
Segunda morte é eterna.
1. “A primeira morte”. A primeira morte vem igualmente para todos os homens.
Ela não faz distinção. Todos os homens, o justo e o ímpio, o pobre e o rico,
pequeno e grande, deve se render ao poder da primeira morte. “não há
dispensa na guerra”(Eles. 8:8). “Está ordenado ao homem morrer uma
vez”(Heb. 9:27). “O pequeno e o grande estão lá”( Jó 3:13-19).
Os homens morrem a primeira morte porque eles são mortais. Todos os
homens morrem a primeira morte pelos resultados do pecado de Adão. Mesmo
os crentes que tiveram todos os seus pecados lavados no sangue de Cristo
devem morrer a primeira morte. Os homens morrem a primeira morte portanto,
não como por pagamento por seus pecados pessoais. Se a primeira morte
fosse o pagamento da pena pelo pecado do homem, os cristãos não morreriam
a primeira morte, desde que seus pecados fossem perdoados e eles
estivessem perante Deus sem condenação. Esta verdade mostra a
necessidade da Segunda morte, na qual o ímpio pagará a pena por seus
pecados pessoais.
2. “Segunda morte”. O ímpio será destruído na Segunda morte. Na última
ressurreição, eles serão levantados para julgamento.(Apoc. 20:11-13). “E todo
o que não foi encontrado escrito no livro da vida foi lançado dentro do lago de
fogo. (Apoc. 20:15). “E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a Segunda morte.(Apoc. 20:14).
“Mas o medroso, o descrente, e o abominável, e os assassinos, e mercador de
prostituição, e feiticeiro, e idólatra, e todos os mentirosos, terão sua parte no lago
que arde com fogo e enxofre: o que é a Segunda morte.”(Apoc. 21:8). O lago de
fogo mencionado nestes versos não se refere a um inferno ardente que hoje
existisse. Se refere a destruição final do ímpio depois que ele houver sido
levantado para julgamento.
A primeira morte é apontada para todos os homens, a Segunda morte é
direcionada somente para os ímpios. Os homens morrem a primeira morte porque
são mortais e Adâmicos , os homens morrerão a Segunda morte porque são
pecadores.
Jesus morreu como o Substituto do crente de maneira que o crente não
necessitará morrer a permanente Segunda morte eterna. A Segunda morte não
terá poder sobre os crentes, os quais serão feitos imortais. “Bem aventurado e
santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre os quais não tem
poder a Segunda morte. (Apoc. 20:6).
A primeira morte é temporária; ela finda na ressurreição para todos os homens.
Os cristãos levantarão da primeira morte na primeira ressurreição no retorno de
Cristo. Eles serão imortais e glorificados. Os pecadores serão levantados da
primeira morte na última ressurreição, o qual ocorre depois que Cristo e os
cristãos glorificados tiverem reinado na terra por mil anos. “Mas o resto dos mortos
não viveram novamente até que os mil anos fossem acabados”.(Apoc. 20:5). Os
pecadores morrerão a Segunda morte. A Segunda morte é a destruição eterna. A
Segunda morte é permanente; ela não terá fim.

CAPÍTULO XXVI

O inferno bíblico

A doutrina bíblica do inferno é um tema muito mal compreendido. A falsa


teoria que prevalece é que o inferno seja um lugar queimando com fogo e enxofre,
onde os pecadores são torturados e depois que morrem. De acordo com esta
visão, quando o pecador morre, sua alma invisível e imaterial vai para um lugar de
agonia sem fim. Os homens que ensinam esta teoria afirmam que o pecador
experimenta pânico e miséria indescritível na tortura do fogo do inferno durante
toda a eternidade. Esta teoria é mentirosa, e não está na escritura. A doutrina da
tortura infinita dos pecadores é baseada sobre falso ensino da imortalidade da
alma. O homem não tem uma consciência ou natureza imaterial que continua a
viver depois da morte. O homem na morte está inconsciente. A pessoa deve estar
viva para experimentar tortura e dor. Se um inferno como este existisse e uma
pessoa morta fosse colocada nele, ela nada saberia a respeito disso porque “os
mortos nada sabem. “Um homem vivo pode experimentar dor pela junção do seu
sistema nervoso e cérebro, partes do corpo as quais são enterradas na sepultura
depois da morte. O pecador não pode sentir qualquer tormento se seu cérebro e
sistema nervoso não funcionam.
A bíblia menciona “punição eterna’ (Mat. 25:46), mas não “ punidade
eternamente”. O ímpio será destuido por toda a eternidade na Segunda morte.
Eles serão “punidos com eterna destruição da presença do Senhor.”(2 Tes.1:9).

I. O inferno bíblico é a sepultura

Biblicamente falando, inferno é a sepultura. Inferno é uma palavra inglesa


derivada do Anglo – Saxon “helan”, a qual significa “cobrir” ou “esconder da vista”.
O Antigo Testamento foi originalmente escrito na língua grega. De forma que
para ler a bíblia em inglês, foi necessário os estudiosos da bíblia traduzissem do
hebraico e grego para a língua inglesa.
A palavra inglesa “inferno” foi usada por estes tradutores para palavras
hebraicas e gregas que foram originalmente aplicadas pelos escritores bíblicos em
referência à sepultura . os homens que originalmente escreveram a bíblia, é óbvio,
nunca ouviram da palavra “inferno” visto que esta é a palavra inglesa e a língua
inglesa não era falada nos tempos bíblicos. De forma a entender a natureza do
inferno na bíblia, nós devemos determinar o significado das palavras usadas pelos
escritores da bíblia.
A palavra em hebraico para sepultura é “Seol”. A palavra grega para sepultura
é “hades”. Os escritores do Antigo Testamento, como Moisés, Jó, Davi, Salomão,
e Isaías , registraram o fato de que o homem morto é encontrado no “Seol”.
Escritores do Novo Testamento como Mateus, Lucas, Paulo e João, ensinaram
que os mortos são encontrados no “hades”.
O hebraico seol e o grego hades tem o mesmo significado. Ambas as palavras
referem-se à sepultura. Pode-se observar esta verdade comparando-se Atos 2:27-
31 e Salmos 16:10. Atos 2:27 é uma citação direta de Salmos 16:10 Em Salmos
16:10, a palavra “inferno é traduzida do hebraico “Seol”. Quando este verso é
citado em Atos 2:27, a palavra é traduzida do grego “hades”. Este fato é uma
prova de que as duas palavras tem o mesmo significado.
Na Revised Standard Version da bíblia as palavras seol e hades não são
traduzidas, elas são levadas para dentro da bíblia inglesa. Esta prática evita
confusão, a qual tem resultado de modernos significados não escriturísticos que
são associados com ma palavra “inferno”.

II. A palavra hebraica “Seol”

A palavra seol ocorre no escrito hebraico 65 vezes. Na Authorized version da


bíblia, esta palavra única foi traduzida por três diferentes palavras inglesas. Foi
traduzida sepultura 31 vezes, inferno 31 vezes e cova 3 vezes.
Os verso a seguir contém a palavra hebraica traduzida por sepultura: Gen.
37:35; 42:38; 44:29,31; 1Sam. 2:6; 1Reis 2:6,9; Jó 7:9; 14:13; 17:13; 21:13; 24:19;
Salmos 6:5; 30:3; 31:17; 49:14 (duas vezes), 15; 88:3; 89:48; 141:7; Prov. 1:12;
30:16; Ecles. 9:10; Cant. 8:6; Isa.14:11; 38:10,18; Ezeq. 31:15; Ose. 13:14(duas
vezes).

Os versos no qual a palavra “Seol “ foi traduzida “inferno” são: Deut. 32:22;
2Sam. 22:6; Jó 11:8; 26:6 ; Salmos 9:17; 16:10; 18:5; Salmos 55:15; 86:13; 116:3;
139:8; Prov. 5:5; 7:27; 9:18; 15:11,24; 23:14; 27:20; Isa. 5:14; 14:9,15,18; 57:9;
Ezeq. 31:16,17; 32:21,27; Amós 9:2; Jonas 2:2; Hab.2:5.
Os três versos nos quais esta palavra é traduzida “cova” são: Núm. 16:30,33;
Jó 17:16.
Lendo estes 65 versos, pode-se observar com evidência que o significado de
Seol é sepultura.

III. A palavra grega hades

Na escritura grega a palavra “hades” ocorre onze vezes. Na Authorized Version


(versão Autorizada) da bíblia inglesa esta palavra foi traduzida por duas palavras
inglesas. Em todos os onze versos “hades” teria sido traduzido “sepultura”. As
onze ocorrências de “hades’no novo testamento são listadas aqui.
Mateus 11:23 Cafarnaum desce ao inferno
Mateus 16:18 Portas do inferno não prevalecerão
Lucas 10:15 Cafarnaum desce até o inferno
Lucas 16:23 no inferno levantou seus olhos
Atos 2:27 Não deixar minha alma no inferno
1 Coríntios 15:55 ó sepultura, onde está tua vitória
Apocalipse 1:18 tens a s chaves do inferno e morte
Apocalipse 6:8 inferno seguiu com ele
Apocalipse 20:13 inferno libera os mortos
Apocalipse 20:14 morte e inferno lançado no fogo
A palavra grega “tartarus”ocorre somente uma vez na bíblia. ( 2 Pedro 2:4) Ela
também é traduzida “inferno”.

IV. Alguns fatos sobre inferno

1. “Quem vai para o inferno”. Todo o que está morto está no inferno segundo a
bíblia, a sepultura. Ele permanecerá no inferno a sepultura, até a ressurreição.
A bíblia declara que ambos o justo e o ímpio estão no “seol “ou “hades”.
Jacó foi ao inferno. Ele disse: Eu descerei a sepultura (Seol) pranteado por meu
filho.”(Gên. 37:35). Jó foi ao inferno. Ele disse: “Óh se me escondesses na
sepultura (Seol), que me conservaste em secreto, até que tua ira passasse” (Jó
14:13). Ele também disse: “Se eu esperar, o sepulcro é minha casa; eu fiz minha
cama na escuridão”(Jó 17:13). Ezequias, um homem devoto, disse: “Eu irei aos
portões da sepultura (Seol): eu estou privado do restante dos meus
anos.”( Isa.38:10).
“Pois não deixarás minha alma no inferno, nem o que teu Santo veja a
corrupcão. Ele vendo isto falou da ressurreição de Cristo, que Sua alma não foi
deixada no inferno, nem Sua carne viu a corrupção”. (Atos2:27:31).
Jacó, Jó, Ezequias, e Jesus não foram para um inferno de fogo. Eles morreram e
foram sepultados. Eles estavam no sepulcro, o inferno Bíblico.

2. Como é o inferno. O fato de que o inferno na Bíblia seja o estado da morte, ou


sepultura, é evidente das descrições de “seol” ou “hades”. Depois de ler as 65
ocorrências de seol no Antigo Testamento e hades no Novo Testamento, nós
observamos que o inferno é direcionado para baixo. (Gên. 37: 35; Num. 16: 33;
Isa. 14: 15.) Ele está dentro do solo (Num. 16: 30- 33), e debaixo de nós (Isa.
14: 9). Os homens são descritos como sendo aptos para cavar até o inferno
(Amós 9: 2).
Os corpos dos homens e animais estão no “seol”. Alguns reis são descritos como
levando suas armas de guerra junto deles para o inferno. (Ezeq. 32: 27). Todos os
homens vão para o inferno Bíblico na morte. Os homens no seol ou hades estão
inconscientes. Jó orou que Deus o escondesse no inferno, a sepultura. (Jó 14: 13)
O homem não pode experimentar sofrimento enquanto está morto. “Ali os ímpios
cessam da agitação, e lá o cansado está em repouso.” (Jó 3: 17).
O inferno na Bíblia portanto, não é um lugar de agonia e tortura. O justo, assim
como o ímpio morto está no inferno. Eles estão inconscientes. Eles estão em seus
sepulcros esperando por ressurreição.

3. Duração do inferno. A sepultura, o inferno na Bíblia, é um lugar de repouso


temporário para os mortos, até a ressurreição. O inferno Bíblico não é eterno.
Os cristãos serão levantados da sepultura na primeira ressurreição. Os
pecadores serão levantados da sepultura na última ressurreição. Na última ou
ressurreição geral, o inferno (sepultura) estará completamente vazio.
“E o mar deu os mortos que nele havia, e a morte e o inferno deram os mortos que
neles havia: e eles foram julgados, cada homem de acordo com as suas obras.”
(Apoc. 20: 13). Observe que os ímpios mortos serão julgados “depois” que
ressurgirem para fora do inferno. Isto significa que Deus tortura os pecadores num
inferno em chamas por milhares de anos e então finalmente Ele os ressuscita para
serem julgados?
Inferno é simplesmente a sepultura, ou o estado da morte. Eles morrem e estão
inconscientes no inferno Bíblico até a última ressurreição. Nesta última ou
ressurreição geral, os pecadores retornam à vida nos seus corpos físicos mortais.
Depois do julgamento eles serão punidos sendo destruídos. O ímpio não retorna
ao inferno após o juízo final. Eles receberão a punição eterna sendo destruídos no
lago de fogo. Esta é a segunda morte. “E todo o que não foi achado escrito no livro
da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apoc. 20: 14, 15).

V. Fogo Geena

Fora dos muros de Jerusalém, nos dias dos apóstolos, existia um vale para
incinerar lixo, chamado “O Vale de Hinom”, ou “Geena”. Geena era a cidade onde
se incinerava lixo para antiga jerusalém. Lixos, refugos, e animais mortos eram
lançados neste vale para serem consumidos no fogo. O fogo prosseguia
queimando enquanto houvesse material a ser comsumido. O lixo era consumido,
mas o fogo seguia à medida que queimava lixo adicional. Não há fogo no Vale de
Geena hoje. Ele foi extinto séculos atrás. O vale não é mais usado para incinerar.
Durante o ministério terreno de nosso Senhor, criminosos que morriam depois da
crucificação eram lançados neste fogo Geena para serem destruídos. Era
ensinado que os crucificados não mereciam um enterro decente. Muitos
estudantes da Bíblia pensam que Jesus seria lançado neste lixo ardente para ser
consumido se José de Arimateia nào houvesse ido até Pilatos e pedido permissão
para sepultar o morto Jesus em sua própria tumba.
O fogo Geena é considerado como símbolo de julgamento e destruição. Jesus
usou o fogo de geena como ilustração da destruição final do ímpio. O fogo Geena
refere-se ao lago de fogo, o qual é a Segunda morte. (Apoc. 20: 14, 15).
A palavra grega “Geena” ocorre em doze versos no Novo Testamento. Ela foi
usada onze vezes por nosso Senhor e uma vez por Tiago. Os tradutores ingleses
usaram a palavra inferno para traduzir a palavra “Geena”. É uma infelicidade que
tenham feito assim. Isto somou muita confusão ao tema. “Seol” e “hades”
traduzido inferno, refere-se a sepultura. Geena, porém, não se refere à sepultura.
Ela se refere ao lago de fogo, o qual será o agente para a destruição final do
ímpio.
Mateus 5: 22................Será réu do fogo do inferno
Mateus 5: 29................Todo o corpo lançado no inferno
Mateus 5: 30................Todo o corpo lançado no inferno
Mateus 10: 28..............Destrói a alma e corpo no inferno
Mateus 18: 9................Dois olhos lançado no fogo do inferno
Mateus 23: 15..............Duas vezes mais filho do inferno
Mateus 23: 33..............Escapar da condenação do inferno
Marcos 9: 43...............Tendo duas mãos ires para o inferno
Marcos 9: 45................Tendo dois pés ires para o inferno
Marcos 9: 47................Dois olhos, lançado no inferno
Lucas 12: 5...................Tem poder para lançar no inferno
Tiago 3: 6.....................Língua é incendiada no fogo do inferno

Emtodos estes doze versos, apalavra inferno é oriunda da palavra grega “Geena”.
Esta palavra não se refere a um inferno ardente, para o qual os pecadores hoje
vão por ocasião da morte. Não se refere a sepultura. Ela refere-se a futura
destruição do ímpio no lago de fogo. Observe que nestes versos o “corpo total do
homem”, “olhos”, “mãos”, e “pés” são mencionados como sendo lançados no fogo
Geena. Os homens que creem na imortalidade da alma e a tortura do ímpio num
inferno ardente nào podem hoje usar estes versos como suporte para suas falsas
teorias. De acordo com a teoria deles, o corpo do pecador é enterrado no
sepulcro, e somente a sua alma desencarnada vai para o inferno ardente.
O inferno de fogo Geena refere-se a futura tortura no lago de fogo, no qual os
pecadores em seus corpos mortais serão destruídos sendo consumidos.

VI. Destruição do ímpio

Ao contrário do ensino da tortura sem fim do ímpio, a Bíblia claramente ensina que
o ímpio será completamente destruído. Esta verdade prova que o homem não tem
uma alma imortal. Se os pecadores fossem imortais, eles nunca poderiam ser
destruídos. De acordo com a Bíblia o ímpio morrerá, será consumido, será
queimado, será devorado, cessará de existir, perecerá, será destruído, e sofrerá
destruição. O ímpio “será punido com eterna destruição.” (2 Tes. 1: 9). Na punição
eterna Deus visitará o ímpio para eterna destruiçÃo.
Salmos 37: 20 Em fumaça serão consumidos
Malaquias 4: 3 O ímpio será cinza debaixo dos pés
Salmos 37: 38 Transgressores serão destruídos
Salmos 73: 18 Lançados na destruição
Salmos 92: 7 Será destruído para sempre
Salmos 145: 20 O ímpio ele destruirá
Provérbios 10: 29 Destruição dos que obram iniquidade
Isaias 1: 28 Destruição dos transgressores
Mateus 7:13 Caminho largo para destruição
Filipenses 3: 19 Dos quais o fim é a destruição
2 Pedro 2: 12 Perecerão completamente
Mateus 3: 12 Queimará como palha
Malaquias 4: 1 Serão queimados
Obadias 16 Será como se eles não existiram
Salmos 37: 10 Seu lugar não será
Provérbios 10: 25 O ímpio não mais

O ímpio será destruído no lago de fogo. O ímpio será consumido no fogo, mas o
fogo continuará a queimar até consumir por completo o ímpio. O fogo por si não é
extinguível. Ninguém pode apagar o fogo para escapar de sua destruição. O fogo
é chamado “eterno” e “insaciável” porque ele não pde ser desfeito até que o
trabalho de destruição esteja completo.
O ímpio pode experimentar vários gruas de sofrimento enquanto estiver morrendo
a morte final no lago de fogo, mas todos os ímpios serão totalmente destruídos.

CAPÍTULO XXVII

Três Teorias Concernentes à Vida Futura

Jó, o antigo filósofo religioso, perguntou: “Se o homem morrer, viverá ele de
novo?” (Jó 14: 14). Para esta questão três respostas tem sido apresentadas. Duas
respostas são falsas; uma resposta é verdadeira.
O “ateísmo” responde que o homem nunca viverá novamente. Quando o homem
morre, de acordo com esta teoria, sua existência se finda por toda a eternidade.
Ateísmo nega a realidade de Deus, a vida sobrenatural de Jesus, e a futura
esperança do homem pela vida eterna. Assegura que não há vida futura para
qualquer homem.
O “paganismo” responde que há uma futura vida imortal para todos os homens.
Ele declara que os homens são naturalmente imortais e não podem ser
destruídos. Todos os homens, de acordo com seus ensinos, devem continuar a
viver em alguma forma e em algum lugar pela eternidade. Ele assegura que há
uma futura vida para todos os homens.
A “Bíblia” somente dá a resposta correta. A resposta do ateísmo e paganismo são
incorretas. A Bíblia responde a pergunta de Jó em que todos os homens viverão
novamente, mas somente aqueles que encontrarem os requisitos de Deus,
receberão a imortalidade e vida eterna. Os homens que falharem em cumprir os
requisitos de Deus serão levantados para julgamento na ressurreição final e então
serão destruídos. Ela assegura que a vida eterna para o homem é condicional.
Ateísmo não crê em Deus. Paganismo crê em muitos deuses. A Bíblia ensina a
existência de Deus. Ateísmo é a “negação” da verdade. Ateísmo acredita em não
imortalidade. Paganismo acredita em imortalidade natural. A Bíblia ensina
imortalidade condicional.

I. Ateísmo – Não imortalidade


O ateísmo explica toda a existência em termos da matéria. O que quer que não
possa ser percebido pelo sentido físico do homem é declarado inexistente. A
existência de Deus, a inspiração da Bíblia, e a futura vida do homem são negados.
De acordo com os ateístas, a vela da vida do homem se extingue na morte e
nunca será acesa novamente. O obtuário do homem, dizem eles, forma o capítulo
de conclusão permanente de sua biografia. Eles explicam que o homem saiu da
escuridão, vive uns poucos anos na luz do sol, e então entra na eterna escuridão
novamente.
Ateísmo está sentenciado à falha definitiva. Os homens normalmente creem na
existência de Deus. O ateísmo é anormal. Ateísmo luta uma batalha perdida; e
caminha em sentido oposto numa estrada de mão única. Quando os homens
reconquistam a normalidade, eles retornam em crer na existência de Deus.

II. Paganismo – Imortalidade natural

Ateísmo e paganismo mentem de lados opostos à exata vereda da palavra de


Deus. Ambos estão em escuridão. A única vereda da verdade está na luz. Ambos,
ateísmo e paganismo são opostos à Bíblia, mas São opostos em direções
opostas. Ateísmo nega a verdade, paganismo perverte a verdade. O ateísmo dá
as costas para Deus e Sua revelação da verdade. O paganismo corrompe a
adoração de Deus em idolatria e perverte a verdade de Deus em mitologia. O
ateísmo acredita em não imortalidade para qualquer homem; o paganismo
acredita em imortalidade natural para todos os homens. Ambos estão errados.
A crença em imortalidade natural pode ser encontrada em muitas religiões pagãs.
Ela foi formulada para dentro da filosofia pelo pagão grego Platão. Pela influência
de seus seguidores, a doutrina da imortalidade natural entrou na teologia de
algumas partes do cristianismo durante os primeiros séculos da era da igreja.

III. A Bíblia – Imortalidade Condicional

A Bíblia responde ao falso ensino do ateísmo prometendo imortalidade e vida


futura aos homens adequadamente relacionados com Cristo. Estas bênçãos são
inclusas no Dom de Deus para salvação. Eles serão galardoados assim em Cristo
quando Ele retornar.
A Bíblia responde à pervertida teologia do paganismo ensinando que o homem é
mortal e na morte cessa a vida. A vida futura está dependente da ressurreição. Os
cristãos serão ressuscitados para imortalidade e glória na primeira ressurreição.
Os pecadores serão ressuscitados para a mortalidade e julgamento na
ressurreição final. A Bíblia é a única fonte de autoridade para informação
concernente ao futuro do homem.

CAPÍTULO XXVIII

História da Imortalidade Condicional


A história da imortalidade condicional começa na Bíblia. Os homens que
escreveram os livros da Bíblia ensinaram consistentemente que o homem não tem
imortalidade. Eles revelaram que o homem é totalmente mortal, que é uma criatura
mortal. Imortalidade e vida eterna são figurados na Bíblia como dádiva de Deus, a
qual pode ser adquirida somente através de Cristo. Sem Cristo, não há esperança
de vida eterna. Pecado resultará em morte; o ímpio experimentará destruição final.
A imortalidade condicional foi uma crença da Igreja do Novo Testamento. Era o
ensino original, oficial e ortodoxo da religião Cristã. Qualquer crença contrária tem
resultado como fuga da verdade.

I. Pais Ante-Nicenos

Escritos dos primeiros pais ante-nicenos mostram que eles acreditavam na


imortalidade condicional. Eles colocaram a esperança do crente como a
ressurreição para a imortalidade na segunda vinda de Cristo. Eles descreveram o
destino final do ímpio como a destruição. Eles confirmaram a imortalidade como
uma dádiva de Deus, ainda porvir.

1. Clemente de Roma. Clemente de Roma, um companheiro de Paulo (Fil. 4: 3)


escreveu:

“Quão bendito e maravilhoso, amável, são os dons de Deus! Vida em imortalidade,


esplendor em justiça, verdade em perfeita confidência, fé em segurança, auto
controle em santidade!...Vamos nós portanto arduamente nos empenhar em
encontrar o número daqueles que esperam por Ele, de forma que possamos
compartilhar nas Suas dádivas prometidas.” (The First Epistle of Clement to the
Corinthians. Capítulo XXXV. The Ante-Nicene Fathers. Nova York: Scribners,
1899, Vol. I, pág. 14.)

2. Ignatius. Ignatius, e seu amigo Policarpo, um discípulo de João, ensinaram a


vida somente em Cristo. Policarpo foi líder da Igreja de Smirna para a primeira
metade do segundo século. Ele foi queimado num poste como mártir no ano de
155. Ignatius era o cabeça da Igreja de Antioquia. Lançado aos leões no
Coliseu de Roma, ele morreu como um mártir diante de Trajano no ano 107.
Ignatius escreveu:

“Sê sóbrio como um atleta de Deus: o preço posto diante de ti é a imortalidade e


vida eterna, da qual tu é também induzido.” ( Epistle of Ignatius to Policarp.
Capítulo II. The Ante-Nicene Fathers. Vol. I, pág. 94).

3. Theophilus. Theophilus da Antioquia, bispo da igreja nesta cidade durante o


reino de Marcus Aurélius, escreveu três livros para um amigo idólatra,
Autolycus, para convencê-lo da verdade do cristianismo. Theophilus morreu
por 181. Ele escreveu:
“Quando tu tiveres descido ao mortal e fores colocado em corrupção, então verás
Deus dignamente. Pois Deus levantará tua carne imortal com tua alma; e então
tendo se tronado imortal, tu verás o Imortal, se agora tu acreditas Nele, então
saberás que tens falado injustamente contra Ele.( To Autolycus. Livro I, Capítulo
VII. The Ante-Nicene Fathers. Vol. II, pag. 91.)
Mas alguém dirá a nós: Foi o homem feito de natureza mortal? Certamente não.
Era ele então imortal? Também não afirmamos isto. Mas alguém dirá: Ele era
nada então? Esta também não é a questão. Por natureza ele não era nem mortal
nem imortal. Pois se Ele o fizesse imortal desde o princípio, Ele o teria feito Deus.
Novamente, se Ele o tivesse feito mortal, Deus poderia ser visto como a causa de
sua morte. Portanto, nem mortal ou imortal Ele o fez, mas como dissemos acima,
capaz de ambos, de forma que se ele se inclinasse para as coisas da
imortalidade, guardando os mandamentos de Deus, ele se tornaria Deus, mas por
outro lado, se ele se voltasse para as coisas da morte, desobedecendo a Deus,
ele seria a causa de sua própria morte. Pois Deus fez o homem livre, e com poder
sobre si. Então o homem trouxe sobre si imprudência e desobediência, isto agora
outorga a ele como dádiva por Sua própria filantropia e piedade, quando os
homens o obedecem. Pois o homem, desobedecendo, trazem a morte para si;
então, obedecendo a vontade de Deus, aquele que deseja, está apto a procurar a
vida eterna para si. Pois Deus nos deu a lei e Seus santos mandamentos, e
qualquer que os observa pode ser salvo, e obtendo a ressurreição pode herdar a
incorrupção.” (To Autolycus. Livro II, Capítulo XXVII. The Ante-Nicene Fathers.
Vol. II, pág. 105.)

4. Justin Martyr. Flavius Justinus, conhecido como Justin Martyr, nasceu em


Roma na colônia Flavia Neapolis em Samaria. Convertido ao crsitianismo na
tenra juventude, ele se tornou um cristão apologista e devotou sua vida inteira
em defesa da fé. Ele foi decapitado como mártir em Roma por volta de 166. Ele
escreveu: “Pois aquelas coisas que existem diante de Deus, ou em qualquer
tempo existirão, estas tem a natureza decaída, e são como defeituosas e
cessam em existir; mas Deus unicamente é não gerado e incorruptível, e
portanto Ele é Deus, mas todas as outras coisas diante Dele são criadas e
corruptíveis. Por esta razão almas morrem e são punidas.” ( Dialogue of Justin,
Filósofo e Mártir, com Trypho, um judeu. Capítulo V. The Ante-Nicene Fathers.
Vol. I, pág. 197.)

5. Irenaeus. Irenaues(Irenio), um discípulo de Policarpo, que por sua vez foi


aluno de João, nasceu na äsia Menor entre os anos de 115 e 125. Ele morreu
em algum tempo próximo do fim deste século. Ele trabalhou como um
missionário no sudoeste de Gaul, onde mais tarde se tornou bispo de Lyons
(178). Irenaeus creu firmemente que o homem é moratal e que a imortalidade é
condicional. Ele observou o retorno pré milenial de Cristo a terra. Muitas
citações concernentes à imortalidade condicional podem feitas pelos escritos
de Irenaeus. A seguir temos um exemplo:

“É o Pai de todos que concede a continuação para sempre e sempre daqueles que
são salvos. Pois a vida não nasce de nós, nem de nossa natureza; mas é
concedida de acordo com a graça de Deus. E portanto aquele que conserva a vida
concedida sobre si dá graças a Ele que a concedeu, receberá também
prolongamento de dias para sempre e sempre. Mas, o que rejeitá-la, e se provar
ingrato ao seu Criador, haja visto que ele foi criado, e não recebeu a Ele que
galardoa (a dádiva sobre ele), se priva da continuação para o sempre.” (Against
Heresies. Livro II, Capítulo XXIV, Parágrafo 3. The Ante-Nicene Fathers. Vol. I,
pág. 411, 412. Veja também Livro III, Capítulo XIX, Parágrafo 1; Livro III, Capítulo
XX, Parágrafo 1, 2 e livro V, Capítulo XIII, Parágrafo 3.)

6. Arnobius. Arnobius viveu em Sicca, a cidade do sudoeste de Cartago, na


última parte do terceiro e começo do quarto século. Ele escreveu: “Você
deixará de lado sua habitual arrogância, oh homem, que afirma ter Deus como
seu Pai, e mantém que és imortal, assim como Ele é? Você perguntará,
examinará, buscará o que és, de que parentela supõe-se que és, como
saltaste para a vida? Você, pondo de lado sua indiferença, considera o silêncio
de seus pensamentos de que nós somos criaturas como as demais, ou
separada por nào grande diferença?” ( Against the Heathen. Livro II, Capítulo
16. The Ante-Nicene Fathers. Vol. VI, pág. 440.)
Mas dizem meus oponentes, se almas são mortais e de caráter neutro, como elas
podem de suas propriedades neutras se tronarem imortais? Se nós dissessemos
que nós não sabemos disso, e somente acreditamos nisso porque foi dito por Um
maior que nós, quando nossa prontidão em crer parecerá erro se nós
acreditarmos que ao todo poderoso Rei nada é difícil, nada difícil, e o que é
impossível para nós é possível para Ele e Seu comando? (Ibid. Livro II, Capítulo
35.)

7. Lactantius. Lactantius, um aluno de Arnobius, era um homem de cultura


refinada, um famoso em retóricas, um professor em Nicomedia, e tutor do filho
mais velho de Constantino. Ele escreveu: “Pois outros animais inclinam- se ao
chão, porque eles são terrenos, e são inaptos para a imortalidade, a qual é
celeste; mas o homem é justo, e olha para o céu, pois a imortalidade lhe é
proposta; a qual, porém, não vem, a menos que seja dada aos homens, por
Deus. De outra forma não haveria diferença entre o justo e o injusto, se
qualquer homem nascido se tornasse imortal. Imortalidade assim, não é a
conseqüência da natureza, mas o galardão e a recompensa da virtude.” (The
Divine Institutes, Livro VII, Capítulo V. The Ante-Nicene Fathers. Vol. VII, pág.
201).

II. A Idade Média

Depois da morte dos apóstolos, a igreja gradualmente escorregou da luz para a


escuridão, da verdade para o erro, e da simples fé Bíblica para a aceitação da
doutrina do homem. A doutrina Bíblica da imortalidade condicional foi
gradualmente substituída pela filosofia de Platão sobre a imortalidade natural da
alma. Esta influência pode ser traçada por homens como Athenagoras e
Tertuliano, e ela pode ser observada na sua plenitude na teologia de Augustine.
A Igreja Católica Romana veio a existir como Igreja interiormente paganizada e
com o Cristianismo assumiu um lugar de autoridade no império. O imperador
romano Theodosius (378-395), fez o Cristianismo a religião do estado. Como o dia
torna-se gradualmente em escuridão, assim a igreja primitiva foi gradualmente
paganizada na igreja papal Romana. Quando a igreja papal adquiriu sua
autoridade, toda oposição era suprimida pela força. Os homens que não se
submetessem à autoridade papal, nem aceitassem os tratados de doutrinas do
homem, eram tratados como hereges. Durante a Idade Média, homens fiéis
continuaram a ensinar a imortalidade condicional e outras doutrinas Bíblicas. A
informação concernentes a estes crentes é limitada, visto que Roma papal
queimou livros escritos por verdadeiros crentes e suprimiu o ensino que
discordava de suas doutrinas.

1. Nemesius. Nemesius, bispo de Emesa na Fenícia durante o quarto século,


escreveu On the Nature of Man (tradução inglesa por G. Wither, Londres,
1636). Este livro, apoiando a imortalidade condicional foi amplamente lido e
traduzido para muitos idiomas.
2. Sophorius. Sophorius, patriarca de Jerusalém no sétimo século, foi listado por
Petravel (Problem of Immortality) como um condicionalista. Uma carta de
Sophorius para a assembléia foi lida no terceiro Concílio de Constantinopla
(680).
3. Theophylact. Um exegeta bizantino do século onze, Theophylact foi um
destacado defensor da imortalidade condicional. Um nativo de Euboea, ele foi
um aluno de Michael Psellus. Por seu grande aprendizado, Theophylact foi
escolhido o tutor de um jovem príncipe, Constantine Porphyogenitus, filho do
imperador Maichael VII (1071-1078). Em 1078, Thephylact foi feito arcebispo
de Achrida no país dos Búlgaros ( a moderna Ochrida na Albânia). Suas obras
literárias incluem importantes comentários sobre o Velho e Novo Testamento.
Sua crença concernente a imortalidade pode ser visto em seus comentários
sobre 1 Timóteo 6: 16. Uma edição de The Works of Thephylact, em grego e
latim, foi publicado em quatro volumes em Venice, 1754-1763.
4. Johannes Duns Scotus. Um líder escolado filósofo da Idade Média (d. 1308),
Johannes Duns Scotus é listado como um condicionalista na The
Enciclopaedia of Religion and Ethics por james Hastings (Nova York:
Scribners, 1908, veja o arigo, “Conditional Immortality”, III, 822-825). Negando
a imortalidade natural, o doutor Subtilis manteve “que a imortalidade da alma é
incapaz de demostração.”

III. Período de Reformação

A tocha da verdade, a qual foi quase extinta pela Igreja Romana na Idade Média,
ascendeu brilhantemente outra vez com a Reforma Protestante. Os homens
afirmavam sua liberdade da autoridade Romana. Pessoas comuns começaram a
ler a Bíblia na sua própria língua. Importantes doutrinas Bíblicas, como o retorno
de Cristo, a futura ressurreição dos crentes, e o reino vindouro de Cristo, foram
restauradas na teologia da igreja. A leitura da Bíblia por pessoas comuns, proibido
por muitos séculos, fez com que muitos crentes aceitassem o ensino da Bíblia
concernente à natureza física do homem, imortalidade condiciona, e a destruição
do ímpio.

1. William Tyndale. William Tyndale (1484-1536), tradutor da Bíblia para a língua


inglesa e um promotor superior da reforma na Inglaterra, foi um firme crente da
imortalidade comdicional. Sir Tjomas More, um estudioso católico na Inglaterra,
escreveu um livro em 1528 no qual ele denuncia os ensinos de Tyndale e
Lutero. Num livro no qual ele respondeu a Sir Thomas More, Tyndale
escreveu: “E quando ele provar que os santos estejam no céu já’em glória com
Crsito, dizendo: “Se Deus for o Deus deles, eles estão no céu, pois Ele não é o
Deus dos mortos”: Aqui ele fugiu do argumento de Cristo, por onde ele prova a
ressurreição: que Abraão e todos os santos levantariam novamente, e que
suas almas não estavam no céu: doutrina esta que ainda não estava no
mundo. E com aquela doutrina ele furta totalmente a ressurreição, e faz o
argumento de Cristo de nenhum efeito. Pois quando Cristo declara a Escritura,
que Deus é o Deus de Abraão, e adiciona, que Deus não é o Deus dos mortos,
mas dos vivos, e assim prova que Abraão deve levantar novamente: Eu nego o
argumento de Cristo se digo com M. More, que Abraão ainda está vivo, não
pela ressurreição, mas porque sua alma está no céu. E da mesma forma, o
argumento de Paulo aos Coríntios é de valor nulo: pois quando ele disse, Se
não há ressurreição, nós somos desgraçados e miseráveis; aqui não temos
alegria, mas lamento, cuidado e opressão; e portanto, se nós não levantarmos
novamente, todo nosso sofrimento é em vão; Não, Paulo, tu és iletrado; vá até
Master More, e aprenda um novo caminho. “Nós não somos os mais
miseráveis, e ainda que não levantemos novamente, pois nossas almas vão
para o céu assim que morremos, e há um grande gozo como Cristo que
levantou novamente.” E eu fico surpreso que Paulo não haja consolado os
Tessanolissences com esta doutrina, se ele a houvesse conhecido, que as
almas de seus mortos estivessem em alegria; como ele fez com a ressurreição,
que os seus mortos levantariam outra vez. Se as almas estão no céu, em
grande glória como os anjos, conforme sua doutrina, mostre-me o porque
haveria ressurreição?”(Tyndale. Answer to Sir T. More’s Dialogue. Works, Livro
II, Capítulo 8. Parker Society, Impresso na Cambridge University, 1848.)
E, os colocando no céu, inferno, e purgatório, destroem o argumento pelos quais
Cristo e Paulo provam a ressurreição. O que Deus faz com eles, o que saberemos
quando viermos até eles. A verdadeira fé proporciona a ressurreição, a qual
somos alertados a buscar toda hora. Os principais filósofos, negando isto,
posicionam que as almas sempre viveram. E o Papa uniu a doutrina espiritual de
Cristo e a doutrina carnal dos filósofos; fatos tão contrários que não podem
concordar, como o Espírito e a carne ocorrem no homem Cristão... E novamente,
se as almas estão no céu, me diga porque elas não estão em tão boa situação
como os anjos? E então o porque da ressurreição? (Ibid.)

2. John Frith. John Frith (ou Fryth) ( 1503-1533), um reformador inglês, era um
amigo fiel, companheiro, e obreiro irmanado de Tyndale. Ele apoia Tyndale na
sua tradução do novo testamento.
Como Tyndale, Frith foi um martir pela fé. Frith cria que o homem é mortal e
que os crentes serão ressuscitados para imortalidade na vinda de Jesus. Ele
insistiu que a falsa doutrina a qual ensina que alguns homens já então no
inferno e alguns no céu, “destrói completamente a ressurreição, e anula os
argumentos pelos quais Cristo e Paulo provam que nós levantaremos”. Seu
ponto de vista aparece em A disputation of Porgatory,1530. Este livro é dividido
em três partes: a primeira em resposta a John Rastell, que escreveu um livro
ensinando a imortalidade da alma; a Segunda ao Sr Thomas More; a terceira a
John Fisher, bispo de Kochester. As obras de Frith estão reimprensas em
Works of Tyndade e Frith (Londres, 1831).
3. Peter Pomponatios. No princípio do século dezesseis, a questão da natureza
do homem era tema de especial interesse nas universidades da Itália, negaram
a imortalidade da alma. Um líder deste movimento era Peter Pomponatios ,
que foi descrito como “o mais influente professor de filosofia de seu tempo”.
(Petavel).
Pomponatios escreveu muitos livros contra a imortalidade da alma. Seu famoso
livro , Tractatus de Immortalitate Animal (Bononiae,1516), foi publicamente
queimado em Viena. Para uma completa análise das opiniões de Pomponatios,
veja Ernest Renan em Avenoes et L’Averroisme Essai historique ( Paris, 1852). As
obras de Pomponatios são listadas por Ezra Abbot em seu The literature of the
Doctrine of a Future Life.
A influência e extensão do movimento Averroísta são revelados no fato de que
o Papa Leão X, em 1513, publica uma bula contra este grupo, e a doutrina foi
condenada pelo quinto Concílio de Latrão da Igreja Católica Romana, que ocorreu
em Roma( 1512-1517). Este concílio, sob Leão X , publica o seguinte decreto:
“ Considerando que, alguns ousaram afirmar com respeito à alma racional, que ela
é mortal; nós, com a aprovação do Sagrado Conselho, condenamos e reprovamos
todos que afirmam que a alma intelectual é mortal, vendo que a alma não
unicamente real, e de si mesma é essencialmente, a forma do corpo humano,
como está expresso no canon do Papa Clemente V, mas também imortal; e nós
proibimos estritamente tudo que dogmatiza de outra forma; e nós declaramos que
todos que aderirem à afirmação errônea será evitado e punido como herege”.
Martinho Lutero protestou contra o edito publicado pelo Papa que enfatizava a
crença na imortalidade da alma. Lutero escreveu:
Eu tolero que o Papa estabeleça artigos de fé para seus fiéis seguidores;
como, o pão e o vinho sendo transmutados no sacramento; a essência Divina não
é generativa nem produzida; a alma é a forma substancial do corpo humano: e ele
mesmo é o governador do mundo e Rei do céu e Deus da terra; e a alma é
imortal, e todos os inumeráveis prodígios do monturo de decretos romanos.
( Proposition 27 de Luther’s Defensa. Works, vol. II, folha 107. Citado por
Pettingel, The Unsprakable Giff, p. 50).
A extensão na crença da imortalidade condicional durante a era da reforma
pode ser vista no fato de que João Calvino, em 1534, escreveu um livro no esforço
de refutar a crença que a alma repousa entre a morte e o juízo final. O livro
Psychopannychia, foi a Segunda publicação literária de Calvino.
4. Os Socinianos. À medida que a Reforma progredia durante o século
dezesseis, muitos grupos protestantes foram organizados pela Europa. Grupos
os quais criam na imortalidade condicional foram largamente encontrados entre
os Anabatistas e os Socinianos. O movimento Sociniano foi nomeado depois
de seus fundadores antitrinitarianos, Laelius Socinus (1525-1562) e seu
sobrinho Faustus Socinus (1539-1604). Laelius Socinus foi o reformador e
pregador, Faustus Socinus foi o teólogo. Ambos os homens nascidos em
Siena, Itália. O Socianismo encontrou sua maior influência na Polônia, onde os
seguidores de Socinus encontrou refúgio de 1539 à 1658, até que foram
expulsos da Polônia pelos Jesuítas. Os escritos dos teólogos líderes do
movimento estão coletados na Biblioteca Fratrum Polonorum, editado por
Andreas Wiszowaty, neto de Fautus Socinus. O principal símbolo dos
Socinianos, Rakow, onde o movimento teve uma casa publicadora, uma escola
na qual foi freqüentada por 100 estudantes, no lugar de encontro anual do
sínodo geral. A perseguição Católica Romana fez os Socinianus fugirem para
Transilvania , Alemanha, Holanda, Inglaterra, e outras partes da Europa, onde
congregações foram organizadas.
Os Socinianos asseguravam muitos pontos de vista os quais não aceitamos;
por exemplo, a visão humanitária de Cristo e a visão Pelagiana do pecado, mas
estavam certos em recusar a doutrina da trindade e a imortalidade da alma. Muitos
Socinianos creram na imortalidade da alma condicional.
No lado positivo, Fautus Socinus ensinou que o homem é mortal por natureza e
condiciona a imortalidade somente pela graça. No lado negativo, seus seguidores
( Crell, Schwaltz, e especialmente Ernst Sohner) ensinaram abertamente que a
Segunda morte consiste em anulação, a qual ocorre porém, somente depois da
ressurreição geral, no juízo final. Dos Socinianos esta visão geral passou a toda a
Inglaterra. (The Schaff- Herzog Religious Encyclopedia, I, 185.)
5. Os Anabatistas. O movimento Anabatista recebeu seu nome (significando
“Rebatizados”)do fato da rejeição do batismo infantil e requererem o batismo
adulto. Originando por volta de 1525, este movimento inclui muitos grupos
protestantes os quais se espalharam por toda a Europa. Estes Anabatistas
diferem não somente de Calvino e Lutero, mas também de outros em muitas
doutrinas.
Embora uns poucos grupos tivessem cedido ao fanatismo, muitos grupos
Anabatistas eram sóbrios estudantes da bíblia. Alguns destes grupos acreditavam
na Segunda vinda de Cristo, o reino de Deus na terra, a ressurreição dos crentes
para a imortalidade. Como Lutero e Calvino, eles creram na autoridade da bíblia,
justificação pela fé, e o sacerdócio dos crente. Eles reconheciam, porém, que a
doutrina de reforma de Lutero e Calvino eram imcompletas. Eles insistiram que
todos os falsos ensinos do Catolicismo Romano deveriam ser rejeitados, e que a
Reforma deveria ser total e completa. Alguns destes grupos Anabatistas, portanto,
advogaram imortalidade condicional somente mediante Cristo.

IV. Séculos dezessete e dezoito

Uma interessante descrição dos livros escritos por autores da imortalidade da


alma condicional durante os séculos dezessete e dezoito é apresentada por A.J.
Milln em seu livro, Earlier Life-Truth Exponents (Londres: Elliot Stock, 1925).
1. Escritores do século dezessete. Os autores da imortalidade condicional no
século dezessete incluem: Joachim Stegmann, um escritor alemão, Brevis
Disquisitio(1628); George Wither (1588-1667), The Nature of Man, uma
tradução inglesa da obra de Nemesius; Richard Overton, Man’s mortallitie
(1643); John Biddle (1615-1662), A two-fold Catechism; Mattew Caffyn (1628-
1714), The Deceived and Deceiving Quakers Discovered; Samuel Richardson,
of the Torments of hell (Londres,1658); Henry Layton (1670-1706), quem
escreveu pelo menos doze livros com respeito a imortalidade condicional;
Isaac barrow (1630-1677), Sermons and Fragments; John Milton (1608-1674),
trstise of Christian Doctrine; John Locke (1632-1704), Ressurretio et quae
sequuntur.
2. Escritores do século dezoito. Possivelmente o mais importante autor da
imortalidade condicional do século dezoito foi Henry Dodwell (1642-
1711),.....professor de história na Universidade de Ozford. Suas obras incluem:
Letter concerming the Immortality of the Soul (1703), Na Ephistolary Discourse
(Londres,1706), A Preliminary Defense of the Ephisolary Discourse (Londres,
1707), The Natural Mortality of Human Souls (Londres,1708), e The Seripture
Account of the Eternal Rewards or Punishmenty of all that hear the gospel.
(Londres,1708).
Um outro Britânico escritor condicionalista do século dezoito foi Willian Coward,
M. D. (1656-1725). Educado em Hort Hall, e colégio Wadham, Oxford, o doutor
Coward praticou medicina em Northampton e londres. Seus livros incluem:
Second Thoughts Concerning Human Sou (Londres, 1702) Futher Thoughts
Concerning Human Soul(Londres, 1703), the Grand Essay(Londres, 1704), e
The Just Scrutiny(Londres,1706).
William Whiston(1667-1752) é muito conhecido como o tradutor das obras
de Josephus. Educado por seu pai e em Clare hall, Cambridge(1690), Whiston
foi ordenado na Igreja da inglaterra(1693) e sucedeu Newton como ....professor
em Combridge(1703). Como professor, Whiston lecionou em matemática e
filosofia natural. Whiston rejeitou o trinitarianismo e a imortalidade da alma.
Suas obras incluem: Sermons and Essays upen Several Subjects
(Londres,1709), e The Eternity of Hell Torments Considered(Londres, 1740).
Francis Blackburne (1705-1787) foi reitor( pastor) da Igreja da Inglaterra em
Richmond, Yorkshire. Sua melhor obra conhecida relatando a imortalidade
condicional é A Short Histonal View of the Controversy Concerning the
Intermediate State and the Separate Existence of the Soul, between Death and
the General Ressurrection (Londres, 1756) e Remarks on the Ver. Dr.
Warburton’s Account of the Sentiments of the Earty Jews Concerning the Soul
(Londres, 1757).
Outros escritores condicionalistas do século dezoito incluem: Joseph Hallet
(o mais jovem) (1691-1744), que foi um ministro inglês não conformista,
ordenado em Exeter em 1715, e que escreveu, A Free and Impartial Study of
the Holy Seriptures Recommended (Londres, 1729), e A defense of a
Discourse on the Impossibility of Proving a Future State by the of Nature
(Londres, 1731), Joseph Nical Scott, M.D. (1703-1769), que escreveu,
Sermons Preached in Defeme of all Religion, Wheter Natural or Revealed, at
the French Church, Norwich (Londres, 1743); Edmund law, D.D. (fl. 1745-
1785), mestre do colégio São Pedro, Cambridge, diácono superior de
Straffordshire, e bispo de carlisle, Consideration on the Theory of religion
(1745), John Jackson (fl. 1735-1747), pastor de Roffington, no Condado de
York, e Mestre do hospital Wigston em Leicester, que escreveu, A Bissertation
on Matter and Epirit (Londres, 1735), The Belief of a Future State (Londres,
1745), A Defence of a Book (Londres, 1746), e A Futher Defencse (Londres,
1747); Peter Peckard reitor na Igreja da Inglaterra e mestre no colégio
Magdalene, Combridge, Observations on the Doctrine of na Intermediante
State (Londres, 1757), e Observations on Mr. Fleming’s Jurvey (Londres,
1759); J.B. Robinson, M.D., Philosophical and scriptural Inquiries Into the
Nature and Constitution of Msnkind, Considered only as Rational Beings
9Londres, 1757).
Ainda outros escritores condicionalistas do século dezoito incluem: Samuel
Bourn (1714-1796), em Dissenting Minister of Rivington, Lancashire, que
escreveu A Letter to Ver. Samuel Chandler, D. D., concernente a Christian
Doctrine of Future Punishment (Londres,1759), e A Series of Discouvers on the
Principtes and Evidences of Natural Religion and the Christian Revelation, 4
volumes. (Londres, 1760); John Alexander (1736-1765), um ministro
presbiteriano de Longdon, próximo de Birmingham, e “um dos melhores
escolares gregos de seu tempo:, A Paraphrase opon the Filteenth Chapter of
First Epistle to the Corinthians (Londres,1766); John Leland, D. D. (1691-1766)
um ministro não conformista e homem de grande aprendizado, The
Advantages and nacessity of the Christisn Revelation, 2 volumes (Londres,
1764), e discourses, 4 volumes (londres, 1769); Benjamim Douson, M. A.,
L.L.D. (1729-1814) , um ministro presbiteriano e mais tarde um pastor da
Inglaterra, que publicou várias obras em defesa do diácono superior
Blackburne e o bispo law, escreveu: Remarks on Mr. Steffe’s Letter concerning
the state of the Soul affer Death (1757) e Na Illustration of several texts of
Scripture (1765); John Tottie, D. D., cônego da igreja de Cristo, Oxford, e
diácono superior de Worcester, Sermons preached before the University of
Oxford (1772); George Clark, Vindication of the Honour of Good, and the Rights
of men (1789), e A Vindication of the Honour of Good: In a scriptural Refutation
of the doentrines of Eternal Misery and Universal Salvation (Londres, 1792);
John Marsom, The Universal restoration of Mankind examined and proved to
be a Doctrine Inconsistent with itself, 2 volumes. (Londres, 1794) e The
Scripture Doctrine of Future Pumishment Defended (1795); e joseph Priestley
(1733-1804), cientista e teólogo, que descobriu o gás oxigênio, expressou seus
pensamentos concernentes a natureza da morte em Disquisitions Relating to
Matter and Spirit(londres,1777).
Um escritor da imortalidade condicional na Suíça durante o século dezoito
foi Ferdnand Olivier Petitpierre, pastor em Neuchatel, Suíça, que ensinou a
destruição do ímpio ao invés da doutrina da tortura eterna. Seus livros incluem:
Le pla de Dieu envers les hommes (Hamburgo, 1786), e Thoughts on the
Divine Goodness, relative to the Government of Moral Agents ( traduzido do
francês, Bath, Inglaterra, 1788). Petitpierre em seus ensinos fez que
companhia de Ministros veneráveis em Neuchatel apelasse a Frederick o
Grande, que replicou “ Se meus honestos e fiéis súditos de Neuchatel insistem
em serem eternamente condenados, não me ponho no caminho.” Petitpierre
foi forçado a ir em exílio ( Petavel. The Estinction of Evil).

V. Séculos dezenove e vinte

O principal defensor da imortalidade condicional na Inglaterra durante o século


dezenove foi Eduard White (1819- 1888). Educado na universidade Glasgow,
White continuou seus estudos em preparação para o ministério com um
eclesiástico congregacionalista. Depois trabalho evangelístico em vários lugares
por cerca de dez anos, ele abriu uma igreja independente, Capela Estrada
Howley, onde ele pregou por trinta e cinco anos (1852- 1887), e onde se tornou
presidente da união Congregacional. O livro de White, Life in Christ, foi publicado
pelo primeira vez em 1846 (Londres). Ele foi revisado e ampliado em 1875. A
terceira edição foi publicada em 1878 (Londres: Elliot Stock).
Na América, um escritor aprendiz foi Charles Fred Hudson, muito conhecido
como o compilador da Concordância Grega – Inglês , de Hudson. Os trabalhos
principais de Hudson sobre a imortalidade foram Debt and Grace, as related to the
Doctrine of a Future Life (Boston, 1857) e Christ Our Life, the Scriptural Argument
for Immortality Through Christ Alone (Boston,1860). Outras obras neste tema
escritas por Hadson incluem: The Parable of the Rich Man and Lazarus (Boston,
1859), The Rights of Wrong: or, Is Evil Etenral? (Boston, 1859) e Human Destiny
(Boston, 1860).
Um outro importante escritor da imortalidade incondicional durante o século
dezenove foi John H. Pettingel . O livro mais famoso de Pettingel( é The
Unspeakable Gift, o qual foi publicado primeiro em 1884 e foi frequentemente
republicado. ( Yarmouth, Maine: I. C. Wellcome, 1887). Edward White escreveu a
introdução para este livro. Outras obras de Pettingel incluem: The Theological
Trilemma( Nova York: Sherwood, 1878), Platomism Versus Christianity(1881),
Bible Terminology (1881), The Life Everlasting que inclui as duas obras
precedentes e Revieus in Eschatology, o último livro do autor, (Yarmouth, Maine:
Scriptural Publication Society, 1887).
Um autor Britânico do século dezenove, de quem os livros sobre imortalidade
condicional foram amplamente lidos em ambos os lados do atlântico, foi Henry
Constable, Capelão na cidade de Londres para o Hospital e Prebeudário de Cork.
Seu livro mais famoso é Duraction and Nature of Future Punishment (Londres,
1868). Ele também escreveu Hades, or the Intermediate Stoute of Man.
O teólogo Suíço, Emamanuel Petavel, poderia também ser listado entre os
mais importantes escritores condicionalistas do século dezenove.
Petavel foi livre Confericionista na Universidade de Geneva, Suíça . em 1858,
ele se tornou pastor de uma congregação suíça em Londres, onde ele se tornou
familiar com Eduward White. A obra mais importante de Petovel é The Problem of
Immortality ( traduzido por Frederick Ash Freer, Londres : Elliot Stoek, 1892). Um
outro livro de Petavel é The Struggle for Eternal life. Também conhecido pelo
título, The Extinction of Evil, esta obra foi traduzida por Charles H. Oliphant
(Boston : Charles H. Woodman, 1889).
Na América, Willian Reed Huntington (b. 1838), um protestante Episcopal,
pregou uma série de sermões em “The Hypothesis of Conditional
Immortality”enquanto ele era reitor da Igreja de Todos os Santos, Worcester,
Mass. Estes sermões foram publicados num livro Conditional immortality (new
York, 1878). Huntington foi educado em Haward. Ele serviu como administrador na
Igreja Emmanuel, Boston (1861-1862), reitor da igreja Todos os Santos,
Worcester, Mass (1862-1863) e reitor da Igreja da Graça, Cidade de Nova Iork.
Em 1892< ele foi editor adjunto com Samuel Hart em Standard Prayer Book, ele
foi secretário da junta comitiva da convenção geral para enriquecimento e melhor
adaptação para necessidades Americanas do livro Oração Comum. (Book of
Cammon Prayer).
Durante o século dezenove ,muitos escolares britânicos e líderes na Igreja da
Inglaterra defenderam a imortalidade condicional. Richard Whately (1787-1863),
arcebispo de Doblin, escreveu A View of the Scriptural revelations Concerning a
Future State ( 1ª edição 1829? , 3ª ed. 1832, 8ª ed. Revisada, Londres 1859). O
bispo Renn Dickson Hampden (1793-1868), bispo de Hereford, colocou sua
posição em Hampton Lectures, 1832. Deã Henry Alford (1810-1871) Deão de
Conterbury, um importante comentarista, e um dos membros originais da
comissão de Revisão do Novo Testamento, apoiou a imortalidade condicional. Ele
foi o primeiro editor de Contemporary Review (1866-1870). Note o comentário de
Alford em Gêneses 3 em seu tratado do Velho Testamento( Old Testament)
(publicado posteriormente, 1823-1904), Bispo de Worcester, foi um dos mais
eminentes estudiosos hebreu de sua época. Em seu Hulsean Lectures, 1868, no
tema sobre imortalidade, Petrowne escreveu: “A imortalidade da alma não
argumentada nem afirmada no Velho Testamento.” John Bickford Heard (b. 1828)
escreveu The Tripartite Nature of Man ( Edinburg, 1866). Dr. Frederic Willian
Farrar (1831-1903), deão de Conterbury e autor da famosa life of Christ (1874),
expressou seus pensamentos sobre imortalidade condicional em dois de muitos
volumes de sermões, Eternal Hope (1878), e Mercy and Judgement (1881).
Ethelbert W. Bullinger (d. 1913), clérigo bem conhecido na igreja da Inglaterra,
produziu um Léxico Grego e escreveu muitos arcebispos de Canterbury, escreveu
concernente a imortalidade condicional em Christian Faith and Life.

A imortalidade condicional foi ensinada por J.M. Deniston em seu Perish Soul
(2ªedição, Londres, 1874), por Prebendary C.A.Row, que escreveu:The Glory of
Christ (Londres, 1868), The Way Everlasting, The Harmony of Scripture on Future
Punishmente, e A New Bible. Isto foi ensinado também por W.T. Hobson, em
Conditional Immortality, J.W. Barlow, Eternal Punishment (Cambridge, 1865), T.
Davis, Endless Suffering Not The Doctrine of Scripture (Londres, 1866), J.F.B.
Tinling, The Promisse of Life, e o filósofo inglês, James Martineau (1805-1900), A
Study of Religion (Oxford, 1888).
William E. Gladstone (1809-1898), distinto primeiro ministro Britânico e autor,
defender a imortalidade condicional em sua obra Studies Subserviente to the
Works of Bishop Butter (pág. 184-197). O astrônomo inglês, John Couch Adams
(1819-1892), que descobriu o planeta Netuno (1845), e era professor de
astronomia na Universidade Cambridge, foi um crente nesta verdade. Sir George
G. Stokes (1819-1903), membro do Parlamento, professor de matemática em
Cambridge, secretário (1854-1885) e então presidente (1885-1890) da Sociedade
Real, escreveu em apoio a esta doutrina. Seus escritos no tema estão inclusos em
Symposium, That Unknow Country, e Immortality, A Clerical Symposium.
H.H. Dobney, um ministro Batista da Inglaterra, ensinou a imortalidade condicional
em seu livro muito lido, Notes of lectures on Future Punishment (Londres, 1844). A
quarta edição Americana, da Segunda Edição de Londres, incluiu um apêndice o
qual continha “The State of the Dead,” por John Milton.(Peace Dale, R. I., 1856).
Dr. Richard Francis Weymouth (1822-1902), um leigo inglês batista e tradutor do
Novo Testamento, escreveu:
“minha mente falha em conceber uma completa deturpação da linguagem quando
cinco ou seis das palavras mais fortes as quais a língua Grega possui significado
“destrói” ou “destruição” são explicadas: “ mantendo uma eterna mas desprezível
existência.
Traduzir preto como o branco é nada perto disso. (Citado por Pettingel, The
Unspeakable Gigt, p. 322).
John Nelson Darby (1800-1882), um dos fundadores da Igreja do Irmãos Plymouth
na Inglaterra, escreveu em Hopes of the Church: “Nós expressaríamos nossa
convicção que a idéia da imortalidade da alma não tem fonte no Evangelho, que
ela vem ao contrário dos Platonistas e quando a vinda de Cristo era negada na
Igreja ou ainda perdeu a visão disto, que a doutrina da imortalidade da alma veio
para substituir a da ressurreição.
Professores da imortalidade condicional entre Ingleses Congregacionalistas, ao
aldo de Edward White, inclui o famoso teólogo, Robert William Dale (1829-1895).
Dr. Dale foi pastor da Igreja de Carrs Lane em Birmingham por cerca de quarenta
anos. Ele foi o presidente da União Congregacional da Inglaterra e Wales e
presidente do primeiro Concílio Internacional dos Congregacionalistas, ocorrido
em Londres em 1891. Dr. Dale fez sua primeira declaração pública sobre esta
verdade perante a União Congregacional da Inglaterra e Wales em Maio de 1874.
Um outro importante Congregacionalista inglês que creu nesta doutrina foi o
famoso pregador, Dr. Joseph Parker (1830-1902).
Vivendo durante a última metade do século dezenove, Parker foi um
contemporâneo de Spurgeon em Londres. Ambos os homens tinham ampla
reputação mundial como discursistas; eles arrastaram grande público; tinham
ampla leitura no campo religioso e imprensa secular. Parker, diferente Spurgan,
porém, ensinou a doutrina bíblica da imortalidade condicional. Ele escreveu: “ O
Cristianismo trata o homem, não como imortal, mas como candidato para a
imortalidade. “Veja suas considerações na destruição de Sodoma em seu
comentário.
“A imortalidade condicional foi ensinada pelo famoso inglês Wesleyano Joseph
Agar Beet (b. 1840) em seus livros, The Last Things (Londres, 1897) e The
Immortality of the Soul: A Protest (3ª edição, 1901).
Beet serviu como pastor (1864-1885) e então se tornou professor de teologia
sistemática no Colégio Weleyano, Richmond (1885-1905), também um membro da
faculdade de Theologia na Universidade de Londres (1901-1905).
Três líderes defensores da imortalidade condicional associados como Scotland
foram Stewart D.F. Salmond (1838-1905), John Tulloch (1823-1886), e John
Laidlaw.
S.D.F. Salmond foi professor de teologia sistemática e exegese do Novo
Testamento, e depois de 1898, diretor no Colégio Igreja Livre, Aberdeen. Suas
posições são expressas em The Christian Doctrine of Immortality (Edinburg, 1895;
4ªedição revisada, 1901). John Tullech foi diretor do Colégio Santa Maria e um
dos capelãos da rainha da Escócia. Ele foi diretor universitário, pregador,
compositor literário, historiador, e teólogo. O Dr. John Laidlaw escreveu The Bible
Doctrine of Man a qual consistia das Leituras Cunningham e as apresentou
perante o Colégio Igreja Livre, Edinburgh segurando ou favorecendo a
imortalidade condicional. O Dr. Richard Rothe (1799 – 1867) ensinou esta doutrina
em sua Theologische Ethink, 2 Vols. (Wittenberg, 1845-1847; 2ª edição, 1867-
1872, parágrafo 470-472), e Dogmatic (Heidelberg, 1870). Rothe escreveu:
“Somente uma conclusão resta. Nós somos obrigados a admitir que os
sofrimentos perduráveis no inferno pela vontade condenável em realidade finda,
mas que o fim consiste na destruição da culpa. Esta idéia é muito antiga na
Igreja... Somente esta opinião parece ser capaz de satisfazer todas as condições.
Ela não tem nada a temer da filosofia contemporânea, pois os homens cessaram
em manter que a alma humana possui uma imortalidade natural.” (Dogmatic, III, p.
158).

O Dr. Herman Olshausen (1796-1839), um comentarista Alemão sobre o Novo


Testamento, escreveu em seus comentários sobre Lucas 16:24-26: “A doutrina da
imortalidade da alma não é encontrada na Bíblia, nem também seu nome. “O
Dr.Franz Delitzch (1813-1890), um comentarista alemão do Velho Testamento e
um dos avançados estudiosos do Hebraico, escreveu em suas considerações
sobre Gênesis 3:22 e Números 23:10, “Não há nada em toda a Bíblia que implica
a imortalidade nativa. Do ponto de vista Bíblico a alma pode morrer, é mortal.”
Outros escolares alemães e suas obras incluem: Dr. Carl Immanuel Nitzch (b.
1789), System of Christian Doctrine; Dr. J.J. Van Osterzee (1817-1882), professor
de teologia na Universidade de Utrecht.
The Gospel of Like na ampla obra de Lange; Isaak August Dorner (1809-1884),
System der Christlichen Glaubenslehre (2 Vols; Berlim, 1879-1881; 2ª edição
1886-1887; tradução inglesa, A System of Christian Doctrine, 4 Vols., Edinburg,
1880-1882); C.H. Weisse, Philosophische Dogmatik (Leipsic, 1853-1862); Herman
Schultz (1836-1903), Vraussetzungen der Christlichen Lehre der Unsterblichkeit
(Gottingen, 1861); Georg August Wilhelm Runze (b. 1852), German Literan,
Unsterblichkeit und Auferstchung (Berlim, 1894, pág. 167,204); H. Plitt,
Evangelische Glaubenslehre (Gotha, 1884) e Was ist Gluck? (1891, pág. 290-
294); e o filósofo alemão, Rudolf Hermann Lotze (1817-1881).
Escritores franceses e suíços que apoiaram esta doutrina, em adição a Emmanuel
Petavel, incluem: Charles Byse de Bex (tradutor de Life in Christ de White);
Charles Secretan (1815-1903), La Critique Philosophique (1878); J. Rognon,
L’Immortalite Native et L’ Enseignement Biblique (Paris, 1894); Louis August
Sabatier (1839-1901), professor na Universidade de Strasburg, L’ Origine du
peche dans le Systeme Theologique de Paul (Paris, 1887); Armand Sabatier,
Essai sur L’ Immortalite au point de vue Naturalisme Evolutionniste (2ª edição,
Paris 1895), A.Best, Le Sort des Merchants, (1861); C. Ribot, Revue de Theologie
et de Philosophic (1885); C. lambert, Systeme du Monde Moral (1862); P. Janet,
Revue des Deux Mondes (Paris, 1863), e o filósofo e teólogo suíço, Jules Ernest
Naville (1816-1909), que foi professor na Universidade de Geneva.

Na América, Congregacionalistas que ensinaram a imortalidade condicional


incluem: Leonard W. Bacon (1802-1881), Edward Beecher (1803-1895), Doctrine
of Scriptural Retribution; Henry Ward Beecher (1813-1887), Sermon on Galatians
6: 7- 9; Mrs. Harriet Beecher Stwe (1812-1896); Dr. Lyman Abbott (1835-1922),
The Unknown Country; Horace Bushnell (1802-1876), Forgiveness and Law (Nova
York, 1874, pág. 147); Charles Monroe Sheldon, autor de In His Steps; e Charles
H. Parkhurst (b. 1842), pastor congracionalista em Massachusetts e depois de
1880 pastor da Igreja Presbiteirana da Madson Square, cidade de Nova York. O
Dr. George Dana Boardman (1828-1903) um batista americano da Filadélfia,
pastor da Primeira Igreja Batista naquela cidade (1864-1894), e presidente da
União Batista Americana (1880-1884), escreveu em apoio a esta doutrina em
Studies in the Creative Week (Nova York, 1877). O Dr. Boardman escreveu: “Nem
uma única passagem do Escrito Sagrado desde Gênesis a Apocalipse ensina, até
onde tenho visto, a doutrina da imortalidade natural do homem. Por outro lado, o
Escrito Sagrado enfaticamente declara que somente Deus tem imortalidade.”
(Citado por Petingell, Unspeakable Gift, pág. 171.)
Henry C. Sheldon (b. 1845), um Metodista Episcopal, foi pastor em várias igrejas,
capelão no Senado dos Estados Unidos (1849-1853), capelão da embaixada dos
Estados Unidos em Roma (1861-1864) e professor de história da igreja na Escola
Protestante Divindade Episcopal, na Filadélfia (1864-1884). Ele escreveu:
“Desde que atingi e fechei a conclusão que o ultimato condenatório do impenitente
é a morte, e não tem a vida eterna em agonia, uma grande nuvem negra parece
ter descoberto a face de Deus, e eu O vejo, não somente como meu Pai amado,
mas como Pai de todas Suas criaturas.” (Citado por Petingell, Op. Cit., pág. 328)
Um outro Episcopal na América que escreveu em apoio a esta verdade é o Dr. S.
D. McConell, The Evolution of Immortality (Nova York, 1901). McConell foi pastor
da Igreja Todas as Almas na cidade de Nova York. Ele escreveu:
“Dos primeiros cristãos, aqueles que eram Gregos trouxeram para a nova religião
a idéia Platônica que a alma é indestrutível, e a influência grega ganhou a
dominância na igreja primitiva. A doutrina Platônica da imortalidade natural veio a
ser aceita. A noção foi resistiva desde o princípio como sendo subversiva da
própria existência do Cristianismo”
Um pregador americano de quem os sermões sobre a imortalidade condicional
exerceu muita influência durante o século dezenove foi George Storrs. Seus livros
incluem: Are the Wicked Immortal? (edição 21, Nova York, 1852), e Six Sermons
(Nova York, 1856). Com respeito a ele, F,L, Piper escreveu:
“Durante a última década da primeira metade do século dezenove o Ver. George
Storrs, de Nova York, pregou uma série de sermões no tema da natureza e
destino do homem, o que exerceu uma forte influência em atrair a atenção ao
assunto. Eles foram, em larga escala, responsáveis pela mudança da crença
corrente entre os Adventistas americanos, e daquela gradual transição até o
presente momento, aquele povo, rejeitando ambas as afirmações do
Universalismo e o ensino de um sofrimento eterno para o não salvo, tem se
pronunciado defensores da imortalidade condicional.”(Op. Cit., pág. 210)
Outros escritores condicionalistas dos séculos dezenove e vinte na América
incluem: Horace L. Hastings, Pauline Theology, or the Christian Doctrine of the
Future Punishment as Taught in the Epistles of Paul (Providence, 1853); Aaron
Ellis, Bible vs. Tradition ( edição 5, Nova York 1853); Jacob Blain, Death Not Life
(Nova York, 1853; 7 edição, Buffalo, 1857); S. C. Chandler, The Theology of the
Bible, with a key to the Revelation (1853); Zenas Campbell, The Age of Gospel
Light or, The Immortality of Man Only Through Jesus Christ (Hartford, 1854); Miles
Grant, What is Man? (Boston, 1858), e Positive Theology (Boston, 1895); J. M.
Stephenson, God’s Plan of Salvation (Chicago, 1877); John Thomas, funadador do
Christiadelphians; Robert Roberts; e Eric Lewis, Life and Immortality (Boston,
Warren Press, 1949), e Christ, The First Fruits (Boston, 1949).
Biografias adicionais concernente à história da imortalidade condicional pode ser
encontrada nos artigos, “Annihilationism” e “Conditional Immortality”nos seguintes
escritos: James Hastings, Enciclopaedia of Religion and Ethics (Nova York:
Scribners, 1908); M’Clintock e Strong, Cyclopedia of Biblical, Theological, and
Ecclesiastical Literature (Nova York: Harpers, 1882); Vergilius Ferm, Na
Encyclopedia of Religion (Nova York: Philosophical Library, 1945); The New
Schaff- Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge; e obras similares.
Informação pode também ser encontrada em William R. Alger em A Critical History
of the Doctrine of a Future Life (Filadélfia, 1863). Esta obra contém a bibliografia
por Ezra Abbott (1819-1884) a qual lista 5300 títulos. Esta bibliografia foi mais
tarde publicada separadamente sob o título, Literature of the Doctrine of a Future
Life. Muita infromação na história da imortalidade condicional está incluída em ª J.
Mills, Earlier Life-Truth Exponents, e F. L. Piper, Condicionalism (Boston, 1904).
O fato de termos listado e citado certos autores neste capítulo não deveria ser
interpretado como endosso de tudo o que eles advogam. Este capítulo é
necessariamente incompleto. O espaço limitado nos coibe de listar muitos autores
adicionais e fazer extensas citações destes que temos listado.
Autores e obras mencionados são poucos em número comparados aos muitos
escolares e crentes que defendem a imortalidade condicional durante a era Cristã.

PARTE TRÊS

HAMARTIOLOGIA

CAPÍTULO XXIX

A Doutrina do Pecado

A terceira divisão da Teologia Sistemática é Hamartiologia, a doutrina do pecado.


Esta divisão recebeu seu nome científico de “hamartia”, a palavra grega para
“pecado”.
A doutrina do pecado segue naturalmente a doutrina de Deus e a doutrina do
homem. As duas primeiras forma o alicerce para a terceira. Deus, homem, pecado
- esta é a ordem lógica. Encontra-se esta progressão de pensamento nos temas
dos primeiros três capítulos da Bíblia. Gênesis 1 concerne a Deus o Criador,
Gênesis 2 descreve a formação do homem; Gênesis 3 relata o origem do pecado.
Teologia revela Deus como Criador. Antropologia revela o homem como criatura
de Deus. Hamartiologia figura a raça humana como revoltosa contra Deus. O
pecado designa a relação dilacerada entre a criatura e o Criador, homem e Deus.
Antropologia e Hamartiologia estão conectados. Em antropologia nós estudamos a
natureza física do homem; em hamartiologia nós estudaremos a natureza moral
do homem. Antropologia mostrou a relação do homem para com Deus o doador
da vida; hamartiologia mostrará a sua relação com o Rei, Legislador e Juiz. A
anterior figura o homem como mortal; a última o figura como pecador. O homem
como mortal precisa de Cristo como a Ressurreição e Vida. O homem como
pecador precisa de Cristo como Sacrifício e Senhor. Antropologia mostra a
necessidade da ressurreição de Cristo para a imortalidade. Hamartiologia mostra a
necessidade da morte de Cristo como Sacrifício pelo pecador.
A doutrina do pecado está intimamente associada à doutrina da salvação.
Salvação é o processo mediante o qual Deus salva o homem do pecado e seus
resultados. Pecado é a doença; salvação é o remédio. Pecado é o problema;
salvação é a solução. Pecado é a questão; salvação é a resposta. É o homem
que pecou; é Deus quem salva. Hamartiologia mostra a necessidade do homem
para a salvação; soteriologia revela a providência de Deus para a salvação
através de Cristo.

I. A Realidade do Pecado

Pecado é uma realidade trágica. Ele não é uma ilusão; ele tem existência atual.
Este fato é reconhecido pela Bíblia, consciência, religiões da humanidade, história
das nações, governos e literatura.
A Bíblia é um livro amplamente escrito sobre pecadores. Ela relata a história do
primeiro pecado do homem, a terrível conseqüência do pecado na história
humana, e o triunfo final sobre o pecado e sua remoção do universo. A Bíblia
descreve o homem individual e a total raça humana como estando em pecado e
sob condenação.
Algumas vezes os fotógrafos retocam fotografias para remover marcas, manchas
e protuberâncias, mas a Bíblia mostra o homem como ele é. Ela não se empenha
em ocultar a falha de seus heróis. Ela registra a embriagues de Noé, mentira de
Abraão, assassinato e adultério de Davi, a negação de Pedro. Ela mostra os
homens assim como eles são.
A Bíblia é um livro escrito por pecadores. A mensagem do evangelho para
arrependimento e salvação é adereçada a pecadores. Ela direciona os homens ao
Cordeiro de Deus, que Se entregou para salvar o perdido. A Bíblia em todo lugar
figura o pecado como real e trágico.
O fato de que o pecado é uma realidade é reconhecido pelo testemunho de
consciência e julgamento geral da humanidade. Muitas pessoas compreendem
que elas não são o que deveriam ser. Em momentos de completa honestidade
eles se reconhecem como pecadores. O homem julga a si e encontra culpa e
condenação.
A religião da humanidade pressupõe a existência do pecado. Esta verdade pode
ser vista no fato de que os sacrifícios com sangue, sacerdócios, e penitência
sempre foram fatores importantes nas maiores religiões do mundo. O
reconhecimento do pecado pode se verificar pelo grande sentimento de tristeza
que caracteriza as religiões gentílicas. O gentio sabe do pecado, mas não de seu
remédio.
É o pecado algo real? Perguntam os historiadores. A história das nações é o
amplo registro da humanidade pecaminosa e a espantosa conseqüência do
pecado. O fato de que a guerra existiu, em tudo indica que alguém pecou. Se
remover-se dos relatos históricos todos os incidentes que estavam relacionados
de alguma forma ao pecado humano, restaria uma pequenina história.
Os governos humanos sabem da existência do pecado. Eles reconhecem a
natureza pecaminosa do homem. Acordadamente, eles enaltecem leis e impõe
penas no esforço de coibir a influência do pecado nas relações sociais. Se não
houvesse pecado, não haveria necessidade de leis, algemas, policias, prisões;
não haveria necessidade da própria proteção contra o crime. A literatura descreve
o pecado como realidade. O pecado geral da humanidade é retratado na ficção e
não ficção, poesia e prosa. Alguns pecados humanos são associados com o
enredo de quase todo drama ou história.
Ele pode ser voraz ou invejoso. Ele pode ser assassino ou desejo. Ele pode ser
egoísmo ou vingança. O fato do pecado está reconhecido por todo tipo de
literatura, quer na mitologia grega, Shakespeare, ou ficção moderna. A realidade
do pecado, por isso, é um fato observado na vida diária. Pode se olhar para quase
qualquer lugar a qualquer tempo e se observar alguma evidência ou resultado do
pecado. O pecado é uma trágica realidade.

II. A Universalidade do Pecado

O pecado é universal. Todos os homens são pecadores; tudo do homem é


pecaminoso. O pecado é universal entre os homens; ele é pleno dentro do
homem. Se alguém desenhar um círculo para indicar a retidão, ele estaria vazio.
Tudo estria excluído. Se alguém desenhar um círculo para indicar pecadores, ele
estaria repleto. Todos estariam inclusos.
A universalidade do pecado é claramente ensinado por posições diretas na Bíblia.
Todos os homens por nascimento natural são pecadores. É aparente, é claro, que
Jesus é uma exceção. “Todos nós somos como algo impuro, e toda nossa justiça
são como trapos de imundície, e todos murchamos como uma folha; e nossas
iniquidades, como o vento, nos leva.” (Isaias 64: 6). “O mundo todo jaz em
impiedade.” (1 João 5: 19).

1 Reis 8: 46 Não há homem que não peque


Salmos 14: 2, 3 Ninguém que faça o bem
Salmos 53: 1- 3 Não há ninguém que faça o bem
Salmos 130: 3 Quem permanecerá?
Salmos 143: 2 Nenhum homem vivente justificado
Provérbios 20: 9 Quem pode dizer, eu sou puro de pecado?
Eclesiastes 7: 20 Nenhum justo sobre a terra
Isaias 53: 6 Todos nós como ovelhas errantes
Romanos 3: 9 Todos estão debaixo do pecado
Romanos 3: 10 Não há justo
Romanos 3: 12 Não há quem faça o bem
Romanos 3:23 Todos pecaram e não atingem
Romanos 5: 12 Todos pecaram
Gálatas 3: 22 Todos sob pecado
Tiago 3: 2 Em muitas coisas ofendemos
1 João 1: 8, 10 Se dissermos que não temos pecado

O fato de que o pecado é universal verifica-se pelo ensino Bíblico em que todos os
homens sem Cristo estão sob condenação e ira. “Aquele que não crê no Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus está sobre ele.” (João 3: 36). “Por natureza os
filhos da ira, assim como os outros” (Efésios 2: 3). “Portanto tu és inescusável, oh
homem, a qualquer que julgas tu: pois onde julgas o outro, tu condenas a ti; pois
tu que julgas fazes as mesmas coisas” (Romanos 2: 1). Todos os homens estão
sob condenação ante Deus, pois todos os homens são pecadores.
A necessidade por arrependimento é universal porque o pecado é universal entre
todos os homens. “E o tempo desta ignorância Deus tolera, mas agora ordena a
todos os homens que se arrependam” (Atos 17: 30). O fato de que Deus ordena a
todos os homens o arrependimento revela que todos os homens são pecadores. A
verdade de que Cristo morreu por todos os homens, mostra que todos os homens
são pecadores e necessitam de expiação que Ele providenciou. Jesus é o
“Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1: 29). “Ele é a propiciação
por nossos pecados: e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de
todo o mundo” (1 João 2: 2). “Quem se entregou a Si pelo resgate de todos” (1
Timóteo 2: 6). O fato de que o evangelho foi pregado a “toda criatura”(Marcos 16:
15) mostra que todos os homens são pecadores e necessitam ouvir o evangelho.

III. A Culpa do Pecado

Pecado envolve culpa. Como pecadores todos os homens são culpados diante de
Deus. O pecado é um fator em suas vidas, pelo qual são responsáveis e
acusados. Eles merecem condenação e punição. Eles são “dignos de morte”.
(Romanos 1: 32)
Culpa tem duplo significado: (1) A culpa refere-se ao fato de que o pecador
atualmente comete pecado. Ele é um pecador pelo que ele é e pelo que tem feito.
Ele não é inocente; ele é culpado. (2) A culpa significa que a pessoa que comete
pecado merece punição. Ele é obrigado a satisfazer os requisitos da justiça de
Deus para o pagamento da pena do pecado.
O primeiro significado da culpa é designado em teologia como “reatus culpae”; o
segundo significado, como “reatus poenae”. É com o segundo significado que a
teologia é mais concernente.
Quando a Bíblia explica que a lei foi dada para que “toda boca se cale, e todo o
mundo seja culpado diante de Deus”(Romanos 3: 19), ela se refere ao segundo
significado da culpa. Culpa, portanto, é a relação do transgressor ao governo
moral de Deus. Ela refere-se a condição e posição do pecador em vista do fato de
que ele tem violado os padrões moral de Deus. As leis moral são expressas nos
próprios atributos de Deus: santidade, amor e verdade. O pecado contradiz a
natureza de Deus. A atitude divina em relação ao pecado deve ser condenação e
ira. O santo governo de Deus do universo, portanto, demanda a morte como pena
para o pecado. Dizer que o pecador é culpado diante de Deus, é dizer que ele é
objeto de desaprovação e condenação. Ele está exposto à ira de Deus que revela-
se do céu pelo evangelho contra todos os ímpios e injustos. (Romanos 1: 18) Ele
merece a punição; ele está obrigado a satisfazer a justiça de Deus.
A culpa do pecado pode ser removida somente pelo pagamento da pena do
peado, o que é a morte. A pena do pecado pode ser paga “pessoalmente” pelo
pecador sendo destruído na segunda morte, ou pode ser paga “vicariamente” pelo
sacrifício de Cristo. A primeira morte não remove a culpa do pecador. O
pagamento completo pelo salário do pecado será efetuado pelo pecador quando
ele for destruído na segunda morte.

Levantado para a vida na ressurreição final, os pecadores ainda estarão sob a


condenação de Deus e Sua ira. O fato de suas culpas não terá mudado. Eles
ainda serão cobrados pelos pecados que cometeram nesta vida. Eles serão
julgados de acordo com as obras pecaminosas que cometem hoje. Na Segunda
morte a pena pelo pecado será paga, mas o pecador terá sido destruído.
Por Seu plano de salvação, Deus providenciou um meio pelo qual a pena do
pecado pudesse ser paga e o pecador perdoado pudesse viver pela eternidade.
Jesus, o imaculado Filho de Deus, voluntariamente se tornou o Substituto do
pecador. Sendo sem pecado, Jesus estava sem culpa pessoal. O fato de que Ele
é perfeito Filho de Deus deu infinito valor ao Seu sacrifício. Sua morte, portanto,
pode ser a substituta não meramente por um pecador ,mas por um infinito número
de pecadores. Em outras palavras, o Cordeiro de Deus potencialmente anulou a
culpa e pagou a pena do pecado por toda a raça humana. Os benefícios de Seu
sacrifício atualmente, porém, se faz eficaz na vida do pecador somente quando ele
se faz adequadamente relacionado com Cristo pela conversão. O sacrifício de
Cristo providenciou a base pela qual Deus pode remover nossa culpa e nos
declarar justos. Quando nós nos tornamos unidos a Cristo, Deus atualmente
remove nossa culpa e imputa a justiça de Cristo sobre nós. “Pois ele se fez
pecado por nós, o qual não conheceu pecado; pelo que podemos ser justos de
Deus por ele” (II Cor. 5:21).
O pecado e culpa imputado a Cristo não era “reatus culpae”; mas sim “reatus
poenal”. A culpa imputada ao nosso Substituto foi a culpa do segredo significado.
Aquela culpa que refere-se ao fato histórico que o pecador pecou nunca pode ser
transferida para outra pessoa. Fatos são fatos. Mesmo tendo a pessoa pecado ou
não. O fato histórico é algo que pode ser desgostoso, mas não pode ser mudado.
Embora o pecador possa ser perdoado e justificado, o fato de que o pecador
atualmente pecou nunca pode ser alterado. Quando um homem experimenta a
salvação, Deus retira a culpa como mérito de punição, mas ele não reescreve a
biografia do pecador e coloca que o pecador nunca pecou .Algumas nações
tentam reescrever a história distorcendo fatos, negando a ocorrência de certos
eventos, e requerendo honra que pertencem a outros. A salvação pessoal habilita-
se à mudança de possibilidades do futuro, mas não reescrever fatos históricos da
vida que já aconteceram. Pela eternidade nada pode mudar o fato de que o crente
glorificado em dia foi pecador.
A culpa que é imputada a Cristo e removida destes em Cristo é o que libera da
obrigação pelo pagamento da pena do pecado. Quando se está em Cristo, não
mais se está sob a desaprovação e ira de Deus. “Portanto não há condenação
para os que estão em Cristo Jesus.” (Rom. 8:1).
Todos os homens são pecadores; todos os homens são culpados diante de Deus.
Ninguém naturalmente nasce um cristão. Ninguém, exceto Jesus, nasceu justo,
sem culpa pelo pecado. O mundo todo é culpado diante de Deus. Todo indivíduo é
nascido no círculo negro do pecado e condenação. Sem o sacrifício de Cristo, os
pecadores estão “sem Cristo, sendo estrangeiros à comunidade de Israel e
estranhos ao concerto da promessa, mas tendo esperança, e sem Deus no
mundo” (Efesios 2:12). Os homens permanecem sob a condenação e ira de Deus
até que pessoalmente obtenham uma relação redentiva com Cristo.

IV- A NEGAÇÃO DA RESPONSABILIDADE

O pensamento moderno nega a responsabilidade e culpa humana pelo pecado.


Alguns homens afirmam que o pecado não existe. Eles indicam que os padrões da
Biblia pelo certo e errados são sem autoridade divina, que estes padrões são
simples adicionais e tabus do homem os quais várias sociedades tem inventado e
transmitido para gerações sucessivas. Violações destas leis, eles insistem, não
pode ser rotulado como pecado.
Alguns homens negam a responsabilidade humana pelo pecado situando o
pecado na sociedade ao invés de situá-lo no indivíduo. Eles declaram que uma
pessoa pode ser um pecador, mas ele não é responsável por seus pecados. Sua
condição pecaminosa é a falha da sociedade como um todo. Eles afirmam,
portanto, que ninguém terá que responder por qualquer pecado pessoal. De
acordo com este ensino, a culpa não é tema individual; o pecado é meramente
uma infeliz condição da sociedade.
A negação da responsabilidade humana pelo pecado é aparente quando se
considera as muitas falsas definições do pecado. Os homens tem transmitido
falsas definições do pecado na tentativa intelectual de satisfazer as acusações de
suas consciências.

1. “Herdado de um ancestral bruto”. Muitos evolucionistas declaram que o que


a Bíblia designa como pecado é nada mais que uma inevitável condição do
homem herdado de seus ancestrais animal. Eles dizem que o homem não é
responsável por sua infeliz característica imposta sobre ele pelo processo de
evolução .Eles ensinam que os homens são como tigres e macacos pois eles
tem um ancestral animal. Se há qualquer culpa ligada a forma de que agem,
estes homens insistem, isto atribui-se sobre seus ancestrais animal.
A salvação é definida por esta falsa teoria como a obra do processo de evolução
dentro da mente do homem, pelo qual o homem é transformado de aparência
animal para aparência de Deus. O pecado de Adão no Jardim do Éden, de acordo
com esta visão, não representa uma queda, mas sim uma ascendência.
Aqueles que ensinam esta teoria afirmam que quando o homem comeu do fruto
proibido, ele escalou um passo mais próximo da aparência de Deus. Eles ensinam
que o homem deixou de ser animal aquele dia e se torna um homem. John Fiske
escreveu em seu Destiny of Man:
“O pecado original não é mais nem menos que a herança bruta a qual todo
homem carrega em si, e o processo de evolução em avanço à verdadeira
salvação” (Citado por James Orr, The Christian View of God and the World. Grand
Rapids: Eerdmans, 1948, pág. 168,169).

2. Conseqüência Natural de Crescimento. Uma outra falsa definição é que o


pecado é nada mais que a variação natural da conduta a qual espera-se que
acompanhe as várias fases do crescimento humano. Crianças, eles dizem,
espera-se que tropecem no aprendizado de andar. Da mesma forma, dos homens
espera-se o pecado, insistem eles, como uma conseqüência natural do processo
de crescimento. De acordo com esta explanação, o pecado é uma condição infeliz
e os pecadores são marcados, mas o próprio pecado é inevitável.
Os pecadores, de acordo com este ponto de vista, estão sem culpa; o pecado é
como uma enfermidade adquirida pelos homens, mas pela qual eles não são
responsáveis. Esta teoria descreve o pecado como uma tragédia da natureza, e os
pecadores são vítimas infelizes.
3. Desajuste Psicológico. Muitos psicólogos modernos negam a existência do
pecado. Sentimentos de culpa são explicados como desajuste psicológico.
Acusações da consciência são explicados como resultado de eventos infelizes que
ocorreram durante a infância ou de temores ocultos no subconsciente da mente.
Um sentimento de culpa, de acordo com alguns psicólogos, resulta não do pecado
pessoal, mas de uma condição mental anormal. Eles sugerem pessoas que
experimentam este sentimento de culpa deveriam livrar-se de todas as inibições e
permitir que suas naturezas interiores se auto expressassem.
4. Uma Ilusão. Muitos cultos modernos explicam o pecado como uma ilusão, uma
irrealidade. De acordo com esta teoria, o pecado, juntamente com a doença e
morte, não existe na realidade. Como espíritos e duendes, estas coisas são
descritas como existentes somente na imaginação do homem, De acordo com
esta visão, os homens podem ser salvos de suas ilusões reconhecendo que elas
não existem. Entre os estudados que defendem esta teoria estão a Sociedade
Cristã, Unidade, Ciência Divina, e Espiritualismo.
Mary Baker Eddy, fundador da Ciência Cristã, escreveu: “ O homem é incapaz de
pecado, enfermidade e morte. Para anular a afirmativa do pecado, você deve
detectá-lo, remover sua máscara, eliminar a ilusão, e assim obter a vitória sobre o
pecado provando que ele é irreal.”( Eddy, Mary Baker. Science and Health With
Key to the Scripture. Boston: Allison V. Stewart, 1917, pág. 475, 447).
5. Pecado residente na matéria. Esta falsa teoria identifica o pecado com a
matéria. De acordo com esta teoria, os homens são pecadores porque eles tem
corpos materiais, o corpo é a prisão ou sepultura da alma. Escapar do pecado, de
acordo com esta visão, é possível somente através da libertação do corpo. Esta
teoria implica que o Criador do corpo humano seja o autor do pecadod. Esta falsa
teoria endossa a teoria de Platão. Ela é encontrada no Budismo e Zoroastrianismo
e foi ensinada por alguns do Gnoticismo e Maniqueans.
Alguns homens declaram: “ Não é nosso erro que pequemos. Visto que temos
corpos mortais não há como escapar do pecado. Nada há’que possamos fazer a
respeito disso.” Porém, a mortalidade em si não é o pecado. O homem peca, não
porque ele tem um corpo mortal, mas porque ele é governado por si ou pela
mente carnal. Cristo era mortal antes de sua ressurreição, mas Ele não pecou. A
matéria em si não é pecaminosa, ela é neutra.
6. Limitação. Alguns filósofos, incluindo Gottfried Leibnitz em sua Theodice e
Benedict Spinoza em sua Ethics, insistem que o pecado é meramente a ausência
da justiça; é uma negação. Deus, que tem justiça ilimitada, é infinito. O homem
limitado, eles analisam, tem pecado porque seu ser é limitado. A limitação do
homem é inevitável; pecado, afirmam eles, é uma conseqüência necessária desta
limitação. Esta teoria, como outras falsas definições buscam remover o senso de
culpa e deixar o homem sem responsabilidade moral. O pecado resulta não
porque o homem é limitado, mas porque ele é caído, dominado por si ou pela
mente carnal.
7. Uma Necessidade. De acordo com uma outra falsa teoria, o pecado é uma
necessidade; o pecado condiciona para a justiça. Esta visão era assegurada pelo
filósofo, George W. F. Hegel. Os homens que creem nesta teoria ensinam que
toda vida se desenvolve de acordo com a lei de oposição necessária ou
antagonismo. Toda a existência é baseada sobre a lei da ação e reação. Eles
consideram que alguem deve Ter escuridÃo para que possa ter luz, alguém deve
ter miséria de forma a ter felicidade; alguém deve pecar de forma a ter justiça. Um
mundo moral sem pecado, dizem eles, é impossível de existir; o pecado deve
existir.
Todas estas falsas teorias negam que o homem seja responsável pelo pecado.
Elas negam que o homem está diante de Deus como culpado sob condenação e
ira.

CAPÍTULO XXX

A DEFINIÇÃO DO PECADO

No capítulo anterior nós consideramos o pecado como uma doutrina, uma


realidade trágica. Nós estudamos a culpa dos pecadores diante de Deus e as
falsas definições do pecado, que negam a responsabilidade humana. Neste
capítulo vamos considerar a verdadeira definição e natureza do pecado.

I. O que é pecado

Pecado é dessemelhante do caráter de Deus, oposição ao governo de Deus, e


transgressão da lei moral de Deus.

1. Dessemelhança do Caráter de Deus. O pecado é a dessemelhança do


caráter de Deus, o que é determinado por Seus atributos moral. Os Seus três
atributos moral primários são santidade, amor e verdade. O exercício objetivo
destes atributos moral constituem a glória de Deus. O pecado como
dessemelhante ao caráter de Deus diminui a Sua glória. A impiedade é falha
em buscar ser semelhante ao caráter de Deus. Os pecadores falham em
possuir semelhança moral a Deus. Eles falham em santidade, amor, e verdade
como atributos determinantes em suas vidas.
2. Oposição ao Governo de Deus. Deus é Supremo governador do universo.
Ele é Rei, Legislador e Juiz. “Seu reino governa sobre tudo.” Todas as
criaturas, quer compreendam ou não, são cidadãos sob Seu domínio. Delas se
requer o reconhecimento da Sua Suprema autoridade e a vida em obediência a
Ele. O pecado é oposição ao governo de Deus. É a predisposição em resistir a
autoridade absoluta de Deus. No pecado o homem se assegura em posição de
hostilidade e antagonismo ao governador do universo. Ele se posiciona como
centro do universo de pensamento e ação. Ele busca ocupar a posição
Suprema de Deus. Esta atitude é a essência do orgulho. James Orr escreveu:
“Pecado, na visão Bíblica, consiste da revolta da vontade da criatura da sua
real lealdade para a Suprema vontade de Deus, e o estabelecimento de uma
falsa independência, a substituição de vida própria ao invés de vida por Deus.”
(Op. Cit., pág. 172).
3. Transgressão da Lei Moral de Deus. O pecado é a transgressão da lei moral
de Deus. “Qualquer que comete pecado transgride a lei: pois o pecado é a
transgressão da lei.” ( 1 João 3: 4). O pecado é a falha em não estar conforme
aos padrões moral de Deus para a humanidade. As leis moral de Deus resulta
do exercício de Sua vontade. Elas são expressões de Seus atributos moral.
Deus pede aos homens que sejam como Ele no caráter. Ele disse: “Sede
santos, porque Eu sou santo.”(1 Pedro 1: 16). O pecado não tem a marca
prescrita de Deus para o homem. Ele é um desvio do padrão requerido. Ele é a
falha na aquisição do objetivo. Ele é o ultrapassar dos limites que Deus
indicou. Ele inclui desobediência e ilegalidade. Ele é a falta de conformidade às
instruções de Deus.
De acordo com a Escritura, o pecado é a não conformidade à lei Divina, a qual é
dada para o homem como uma norma; e esta norma é pertinente a ambas as
condições do homem (status, habitus) e suas ações individuais externas e internas
(actiones, internae et externae), como a Escritura coloca, 1 João 3: 4: “Pecado é
transgressão da lei” ( Pieper, Francis. Christian Dogmatics. Saint Louis:
Concordia, 1950, Vol. I, pág. 258.)
A transgressão do homem à lei moral de Deus é um ato. Sua oposição ao
governo de Deus é um princípio ou disposição permanente de sua vontade. Sua
dessemelhança do caráter de Deus é um estado ou condição espiritual.

II. Um Termo Atlético

Em todo jogo atlético certas frases são aplicadas para especificar violações das
regras do jogo. Nos jogos de basquete se comete faltas pessoais. Em futebol um
jogador pode titubear ou estar em impedimento. Em baseball o jogador faz um
fora. Em arco e flecha o atirador falha em atingir o centro do alvo, ele comete a
transgressão do pecado. Pecado é um termo do arqueiro.
Transgressão é a falha em atingir o centro do alvo. A principal palavra hebraica
para o pecadosão chattah (nome) e chata (verbo). A principal palavra grega para
pecado é hamartia (nome) e hamartano (verbo). A palavra chata é usada em
Juizes 20: 16: “Entre todo o povo estavam setecentos homens canhotos
escolhidos, cada qual podia atirar pedras em um cabelo, e não errava.” Os
canhotos ao atirarem as pedras atingiam o alvo. Eles não erravam a marca, eles
não transgrediam.
O alvo moral que os homens devem atingir é a completa obediência a Deus em
ação, disposição, e estado. Os homens porém, tem falhado em atingir o alvo. Eles
tem perdido a marca. Eles tem se ausentado da glória de Deus.

III – ALGUMAS DEFINIÇÕES TEOLÓGICAS

O Amplo Catecismo de Westminister define pecado: “Pecado é qualquer desejo de


conformidade, ou transgressão de, qualquer lei de Deus dado como norma para
as criaturas racionais.” (Resposta a questão 24.)
O Dr. August A. Strong oferece a seguinte definição: “Pecado é a perda de
conformidade à lei moral de Deus, tanto em ato, disposição ou estado.”(Op. Cit.,
pág. 549.)
O Dr. Charles Hodge, professor de teologia no Princeton Seminary a um século
atrás, escreveu: “A verdadeira natureza do pecado é alienação de Deus e
oposição ao seu caráter e vontade.” (Systematic Theology. Grand Rapids:
Eerdmans, 1952. Vol. II, pág. 149.)
Contribuindo com o artigo “Soteriologia” na Enciclopedia Twentieth Century,
Kennedy F. Foreman escreveu a seguinte explanação sobre a natureza do
pecado:
“Pecado é a corrupção da natureza do homem, de forma que embora por criação
ele fosse direcionado à companhia de Deus e reflexão de Sua natureza (na
imagem de Deus), ele agora é o único inabilitado para esta companhia, separado
da salvação, mas sem desejo por ela; ao contrário, ele está em prática (embora
talvez de forma inconsciente) de rebelião contra Deus. O pecado não é uma série
de atos errôneos ou omissão de prudência, mas o caminho para tudo isso. O
pecado não é um adorno feio para dependurar na árvore de Natal, que pode ser
removido um por um, mais que isso é o que faz uma erva venenosa produzir
grãos venenosos. Este é “o caminho em que estamos”. Esta situação humana é
universal; todos são nascido nela. É um predicado porque o homem, deixado por
si, está mais ou menos avisado do problema atual, e ele está inapto para ajudar-
se, porque ele perdeu a perspectiva de ver-se e o poder de livrar-se do que o
destrói. Ele está na impressão de que necessita ser salvo do seu temor - do
perigo, vergonha, falha, dor e morte. O que ele não vê é a necessidade de ser
salvo de si.” (Twentieth Century Enciclopedia. Artigo: “Soteriology.” Grand Rapids:
Baker Book House, 1955. Vol. II, pág. 1049.)
Concernente a classificação de pecados, o Dr. Lewis Sperry Chafer escreveu:
“Novamente, o pecado pessoal deve ser classificado de acordo com seus
aspectos gerais.
(1) Como em relação ao requisitos divinos, eles são omitidos ou delegados.
(2) Como relacionado ao objeto, eles são contra Deus, próximos ou próprios.
(3) Como relacionados a imaginação, eles são internos ( da alma) ou externos (do
corpo).
(4) Como relacionados como imputados, eles são de si somente, ou de outros
como sendo participantes com o transgressor (1 Timóteo 5: 22).
Provavelmente não há prática do pecado que trone difícil determinar se houve
parceria das pessoas. A razão para isto é clara. Alguém não pode abandonar o
empreendimento, como se pudesse estar sozinho, sem aparentemente
incriminar o outro, ou outros, ou parecer superior ao outro, ou outros.
(5) Como relacionado a intenção, eles são voluntários, ou involuntários, o que se
pode fazer por ignorância, paixão incontrolável, ou doença.
(6) Como relaciona a pecaminosidade, ele pode ser maior ou menor.
(7) Como relacionado ao objeto, ele pode ser aquele do não salvo ou salvo.
(8) Como relacionado à pena divina, alguns pecados são ao menos parcialmente
julgados neste mundo, enquanto outros são julgados no mundo porvir.
(9) Como relacionado ao perdão divino, eles são imperdoáveis ou perdoáveis.
(10) Como relacionado a sua causa, eles podem ser pecados de ignorância,
imprudência, insensatez, concupcência, malícia, ou presunção.
(11) Como relacionado a Deus como Governador do universo, os pecados são
como que demandam Sua vingança, ou que demandam Sua longanimidade.
(Op. Cit., Vol.II, pág. 268, 269.)

IV. A ESSÊNCIA DO PECADO

A essência do pecado é o egoísmo. O pecado é igual ao eu contra Deus ou o eu


longe de Deus. O pecado é a afirmação de si em antagonismo a autoridade de
Deus e contrário a Sua lei. O homem peca porque ele é egocêntrico ao invés de
estar centralizado em Deus. O ego dentro do homem usurpa a posição de
autoridade de Deus. A personalidade do homem é determinada pelo eu, o tirano,
ao invés de ser por Deus, o Rei.
O egocentrismo constitui a fonte na qual o pecado flui. Mesmo alguma obra de
aparente nobreza do homem natural é na realidade o egoísmo mascarado.
Augustine e Aquinas identificaram o orgulho como a essência do pecado. Lutero e
Calvino creram que a essência do pecado ser a descrença. Orgulho e descrença,
sendo assim, encontram sua natureza básica no egoísmo. Estes pecados
resultam quando a vida é governada pelo ego. Alguém observou que a avareza é
o desejo egoísta por posses, ambição é o desejo egoísta por domínio, vaidade é o
desejo egoísta por apreço, orgulho é o desejo egoísta por independência.
Descrença é a afeição egoísta na medida que ela afasta da verdade de Deus. A
inimizade é a afeição egoísta quando ela se distancia do amor de Deus. Lascívia é
o amor egoísta.
No centro da palavra pecado a letra é “i” (do inglês sin). Remova o “i”, o
egocentrismo (egotism), orgulho (pride), e egoísmo (selfishness) do pecado e
nada restará. Conte os pronomes pessoais (I, my, me) na parábola do rico
insensato (Lucas 12: 15- 21) e na parábola do irmão mais velho (Lucas 15: 25-
32).
As leis de Deus podem ser resumidas por amor (Mateus 22: 36-40; Romanos 13:
8-10; Gálatas 5: 14); o pecado que é a transgressão da lei de Deus pode portanto
ser resumido no orgulho.
O perfeito Filho de Deus era sem pecado. Ele não era dominado pela natureza do
ego. Ele viveu em completa submissão e obediência a Deus. Ele sempre fez obras
que agradaram a Deus. (Hebreus 10: 7, 9; João 4: 34; 5: 30; 6: 38; 8: 29.)
O fato do egoísmo ser um elemento dominante na vida dos pecadores é evidente
em que os crentes são vistos como mortos para si. (Gálatas 2: 20).) Eles não mais
vivem para si, mas para Aquele que morreu por eles.
(2 Corintios 5: 15.) Suas condutas estão cheias de fruto do Espírito ao invés de
obras da carne (ou de si) pois estão centralizados em Cristo. (Gálatas 5: 19- 23.)
O que produz o pecado dentro do homem é sua auto existência separado de
Deus, independente da autoridade de Deus, em antagonismo a Ele.
Pecado é essencialmente egoísmo ou orgulho, pondo o eu no lugar de Deus. Ele
tem quatro características principais ou manifestações: (1) auto suficiência ao
invés de fé; (2) vontade própria ao invés de submissão; (3) egoísmo, ao invés de
benevolência, (4) auto justiça, ao invés de humildade e reverência. (Samuel Harris
em Bibliotheca Sacra, 18:148. Citado por Strong, Op. Cit., pág. 572, 573.)
A individualidade da criatura ignora Deus, nega Deus, e a individualidade
negando a autoridade de Deus posiciona-se como autoridade final, como a
primeira lei, assim entronizando o eu para destronar Deus. (Gerhart, Emmanuel V.
Institutes of the Christian Religion. Nova York: Funk & Wagnalls, 1894. Vol. II,
pág. 141.)
O pecado, portanto, não é simplesmente algo negativo, ou a abstenção do amor
de Desu. É uma escolha fundamental e positiva ou preferência de si ao invés de
Deus, como objeto de afeição e fim supremo do ser. Ao invés de fazer de Deus o
centro de sua vida ,rendendo- s incondicionalmente a Deus e considerando- se
unicamente em submissão a vontade de Deus, o pecador faz de si o centro de sua
vida, ele coloca-se diretamente contra Deus, e constitui seu próprio interesse
como razão suprema e sua própria vontade como regra suprema. (Strong, Op.
Cit., pág. 572.)
Plano de Deus para o homem. A soberania de si é um rompimento do plano
original de Deus para o homem. O homem foi criado na semelhança de Deus,
para ser centralizado em Deus, e direcionado em Deus. O Criador direcionou a
personalidade humana, o ego, o ser submisso a Sua autoridade e obediente a Sua
vontade. O homem deveria reconhecer a sua dependência de Deus. Num
constante relacionamento vertical divino-humano, o homem deveria experimentar
companheirismo com o seu Criador. Seu coração era pra encher-se de humildade,
reverência, adoração, e amor por seu Senhor.
A revolta do homem. No princípio o homem andou junto com Deus, reconhecendo
Sua soberana autoridade, e obedecendo Sua vontade. Então Adão escolheu a si
ao invés de Deus. Ele se rebelou contra a autoridade de Deus; ele recusou a
obedecer a vontade de Deus.
Adão teve uma única tentação. Ele não foi tentado para roubar, assassinar,
desonrar seu pai e mãe, cometer adultério, ou proferir falso testemunho contra seu
próximo. Alguém necessita de uma única enfermidade para ficar doente; Adão
precisou cometer somente um pecado para ser um pecador. Uma tentação foi
suficiente para revelar o interior do caráter do primeiro homem.
Como uma personalidade que possui intelecto, sensibilidade, e vontade, o
primeiro homem teve a habilidade para escolher. Ele estava de posse de poder
para tomar decisões. Ele estava livre para obedecer ou desobedecer a Deus.
Quando tentado, Adão escolheu desobedecer a Deus. O ato exterior de comer o
fruto proibido foi uma revelação de sua revolta interior contra Deus. Adão pecou
externamente porque o fruto primeiro o fez pecar interiormente. Ele
deliberadamente se tornou egoísta ao invés de estar centralizado em Deu. Ao
invés de reconhecer a autoridade de Deus, Adão demandou sua independência.
Ao invés de obedecer a vontade de Deus , ele fez o que por si desejou fazer. Foi
como se Adão dissesse: “Ninguém vai me dizer o que fazer. Ninguém vai
comandar-me. Eu farei exatamente o que eu quero fazer. Eu sou o único senhor
e mestre. Eu sou o número um. Eu estou no comando. Eu sou auto suficiente, e
posso obter tudo sem ajuda externa. Eu posso firmar-me sobre meus próprios
pés. Eu posso tomar conta de mim. Eu não tenho necessidade de Deus.” O
pecado de Adão foi uma declaração de independência de Deus.
As nações da terra são figuradas como fazendo afirmações similares de
independência em Salmos 2. “Porque se alvoroçam as nações, e o povo imagina
coisa vã? Os reis da terra tomam sua posição, e os governadores tomam conselho
juntos, contra Deus, e contra seu ungido, dizendo, Vamos romper suas ligaduras,
e lancemos de nós as suas cordas.” (Salmos 2: 1- 3).
Quando Adão pecou, o relacionamento divino-humano original foi quebrado. Adão
tinha rompido o relacionamento com seu Pai. O homem caído caminhava sozinho.
Em escolha própria, Adão eregiu uma barreira entre ele e Deus. As janelas de seu
coração que celestialmente foram abertas, agora estavam fechadas. Sua vida
interior estava cheia de escuridão. Seu contato vertical com Deus foi destruído.
Separado de Deus, o homem encontrou-se em condição anormal. O homem é
feito de forma a estar incompleto quando separado de Deus. Como os planetas no
sistema solar giram em torno do sol como o centro deles, assim o homem é feito
para estar centralizado em Deus. Como as flores que atingem a maturidade,
beleza, e cumprem o propósito de sua responsabilidade para o com o brilho do
sol, assim o homem encontra o coração satisfeito, suficiente vida, e complemento
de personalidade através de seu relacionamento com Deus. Sem Deus, Adão era
como um círculo sem centro, um sistema solar sem o sol.
Ele o tirano. A posição central dentro do coração de Adão desenhada por Deus se
fez cheia de egoísmo. Adão, o servo de Deus, foi transformado (ou deformado) em
Adão, o tirano. Sob um governo déspota de si os instintos de auto preservação
normais de Adão dados por Deus, como expressão própria, e auto improvisação
foram retorcidos e pervertidos. Entrega a estes instintos pervertidos produziu
pecado.
O antagonismo de si para com Deus é aparente nas seguintes escrituras: “A
mente carnal é inimizade contra Deus: pois não é sujeita a lei de Deus, nem
mesmo pode ser. Então aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus.”
(Romanos 8: 7, 8). “Sabei vós que a amizade deste mundo é inimizade contra
Deus? Qualquer que for amigo do mundo é inimigo de Deus.” (Tiago 4: 4).
Em violando a lei de Deus, os pecadores são criminosos sob o governo moral de
Deus. Em se posicionando como governadores em antagonismo a Deus,
pecadores são inimigos de Deus. Individualismo e Deus andam em direções
opostas. Os propósitos não são coincidentes. Individualismo leva em definitivo a
destruição e derrota.
Miséria do Individualismo. A infelicidade do homem resulta do fato de que ele está
auto centralizado ao invés de estar em centralizado em Deus. O interior da vida
do homem está cheio de miséria porque o tirano, seu eu, está no trono. O pecado
é anormal. É estranho à origem do plano de Deus para o homem. O tiranismo do
homem resulta em caos. O relacionamento divino rompido produz
relacionamentos humanos pervertidos. O homem não pode ter um próprio
relacionamento horizontal com a humanidade a menos que ele tenha uma
relacionamento vertical apropriado para com Deus. O homem não pode viver
honestamente até que viva em devoção. Sociologia deve resultar em teologia. O
relacionamento justo do homem com seu próximo deveria ser a expressão social
de sua redentiva relação com Deus. Alguém pode amar o seu próximo como a si
mesmo de forma correta somente se amar o Senhor seu Deus supremamente.
A miséria do egoísmo pode ser removida somente pelo destronamento do “eu” e a
entrega da vida ao governo de Deus pelo Seu Filho, Jesus Cristo. Esta
transformação não pode ser produzida por meros esforço humano ou ajuste
psicológico.
A salvação origina-se na graça de Deus; está fundamentada sobre o sacrifício de
Cristo; e é eficaz pelo poder de Cristo. Deve-se entrar em Cristo antes que Cristo
entre em nós. Deve-se estabelecer uma relação redentiva apropriada com Cristo
pela conversão, antes que Cristo possa entrar em nossa vida e se tornar Senhor e
Governador.

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