Teologia Sistemática - Bereanos
Teologia Sistemática - Bereanos
Teologia Sistemática - Bereanos
I - Definição de Teologia
CAPÍTULO - II
CAPÍTULO - III
I - A Teologia e a Verdade
II - Importância da verdade
Parte I - Teologia
CAPÍTULO IV
A DOUTRINA DE DEUS
I. O PONTO DE PARTIDA
As primeiras quatro palavras da Bíblia descrevem não só a origem do planeta,
mas também o ponto de partida da Teologia Sistemática – “No princípio Deus”. ( In
the beginning God).
Começar com Deus, é começar com o Principal. Partir numa jornada na Sua luz é
começar com a fonte da verdade. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.
(Prov: 1:7).
Crença em Deus é o estudo de fatos revelados concernentes a Ele são os
primeiros requisitos da teologia cristã.
O Criador declarou; “ Eu sou o Alfa e Ômega, o princípio e o fim” (Apoc. 21:6). Alfa
e Ômega são a primeira e última letra do alfabeto grego. O grego é a língua da
qual se escreveu o Novo Testamento. Usando o alfabeto Inglês, Deus teria dito,
“Eu sou o A e o Z”. Nada existe antes da letra A e nada depois da letra Z. A
primeira e última letra do alfabeto constituem as fronteiras do pensamento. O
domínio total do pensamento do homem está confinado entre estas duas
extremidades. Deus é o primeiro em existência; Ele é a fonte da verdade. Todo o
que busca a verdade deve começar com Deus. A doutrina de Deus forma a base e
prerrogativa para todas as outras doutrinas bíblicas. As seis divisões
sucedendo a Teologia Sistemática estão dependentes desta primeira divisão
majoritária.Antropologia, Hamartiologia, Cristologia, Soteriologia, Eclesiologia, e
Escatologia encontram sua origem na Teologia. Quando estudantes da Bíblia
ignoram a doutrina de Deus, eles se separam da fonte do conhecimento através
do qual eles podem compreender outras doutrinas bíblicas. Os homens
apresentam pontos de vista incorretos sobre o homem, pecado, Cristo, salvação.
A Igreja, e o futuro porque tem uma visão incorreta a respeito de Deus.
Uma compreensão da doutrina de Deus forma a base para a verdadeira
espiritualidade. Embora alguns homens tenham se posto à frente de religião sem
coração religioso, a religião de coração genuíno é produto de um cabeça da
religião. A religião separada de Deus retrata o homem egoísta e vazio. Os homens
tem fé inadequada em Deus porque tem conhecimento insuficiente concernente à
Deus. Eles acreditam ser difícil orar porque não consideram a natureza dAquele
para o qual oram. Os corações dos homens raras vezes rendem-se em verdadeira
adoração porque não reconhecem a transcendência maravilhosa e infinito valor de
Deus. Para apresentar uma fé cristã adequada e uma vida espiritual vigorosa,
deve-se começar com Deus.
A doutrina de Deus é o mais importante pensamento que o homem deve
considerar. É o assunto mais sublime que se pode estudar. Fatos relacionados a
natureza de Deus e Sua obra constituem as mais significativas realidades no
universo. Jesus disse, “Esta é a vida eterna, que eles devem conhecer a Ti o único
verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
É de vital importância que os crentes estejam plenamente informados a respeito
da natureza, características e obra de Deus. Os cristãos passarão a eternidade
com Deus; deveriam desejar estar informados sobre Ele hoje.
CAPÍTULO V
I. Ateísmo
II- Agnosticismo
Agnosticismo nega que Deus pode ser conhecido. Os agnósticos afirmam que não
há informação disponível o suficiente para se saber se Deus existe ou não. O
defensor do agnosticismo insiste em que ele não é ateísta .Ele diz, “eu não digo
que Deus não existe; eu desconheço sua existência.”. Agnosticismo que o
conhecimento é limitado aos fatos que podem ser demonstrados. É impossível,
porém, ao homem conhecer qualquer coisa a respeito da existência de Deus, a
natureza de Deus, ou o propósito do universo. Agnosticismo nega o fato de que
Deus tem Se revelado ao homem e que o homem está apto a conhecê-lo. Desde o
tempo dos sofistas gregos (500-400 Ac.) até o presente, muitos sistemas de
filosofia tem incorporado dúvidas, cepticismo, e agnosticismo. Alguns dos filósofos
agnósticos do passado foram David Hume (1711-1776), Immanuel Kant (1724-
1804), Sir William Hamilton, Auguste Comte (1798-1857), Herbert Spencer (1820-
1903), e Thomas H. Huxley (1825-1895). Bertrand Russell é um dos líderes
agnosticista do século presente. Russell é um cidadão inglês, nascido em 1872.
Num artigo “O que é um agnóstico?” que aparece na revista Look (olhe) em 1953,
Bertrand Russell escreveu: “ O agnóstico levanta a questão (julgamento), dizendo
que não há alicerce suficiente para afirmação ou negação. Ao mesmo tempo pode
assegurar que a existência de Deus embora não impossível, é muito improvável;
ele pode inclusive considerá-la improvável de forma a ser sem méritos
considerando a prática. A sua atitude pode ser a que um cauteloso filósofo teria
diante dos deuses da antiga Grécia. Se me fosse questionado mediante provas
que Zeus, Poseidon e Hera e os demais deuses do Olimpo não existem, eu estaria
perdido para encontrar argumentos conclusivos. Um agnóstico pode imaginar o
|Deus Cristão tão improvável como os do Olimpo; neste caso, ele é por
conseguinte um com os ateístas.
III- Panteísmo
IV - Politeísmo
V- Deísmo
CAPÍTULO VI
A EXISTÊNCIA DE DEUS
Deus criou o homem com habilidade nata para reconhecer Sua existência.
Quando o homem em sua natural condição reflete seriamente sobre o universo, o
reconhecimento da existência de Deus naturalmente nasce em sua mente.
Quando se diz a uma criança que Deus existe, ela espontaneamente percebe isto
como verdade. O homem foi criado de forma a ser naturalmente religioso. É
normal para o homem o crer em Deus, e é anormal para ele ser um ateísta.
Ninguém pode se surpreender, sendo assim, que a crença de um ser supremo ou
seres sejam encontrados entre todos os homens. Paganismo corrompeu a glória
de Deus em idolatria e a verdade de Deus em mitologia, mas o reconhecimento de
Sua existência ainda é evidente. A falsificação prova a realidade desta verdade.
Em toda a raça e tribo na terra, e em toda a civilização na história, a existência de
um ser ou seres supremos tem sido reconhecido pelos homens. Este fato
maravilhoso é um testemunho da existência de Deus. Um missionário que
anunciou na África escreveu:
“Antes de tudo, todos os pagãos sabem que existe um Deus. Não existe ateístas
entre as tribos pagãs. Muita tolice como a crença ateísta está reservada para os
homens em terras de cultura, os quais “professam-se sábios.” Nunca foi
descoberto sobre a face da terra uma tribo de pessoas, embora pequena ou
corrompida, que não creu em algum tipo de deus ou teve algum sistema de
adoração. Não importa quão ignorante ou degradada, toda tribo ou raça de
homens tem alguma religião. (Weiss, G. Christian. “They Know More than you
Think,”Christian life, October 1950, p. 13).João Calvino refere-se a observação
similar de Cícero, por exemplo, que a crença num ser supremo ou seres é
encontrado entre todos os homens.(Calvin Institutes of the Christian Religion.
Grand Rapids: Eerdmans, 1949, Vol. I, p. 54).
A existência de Deus é reconhecida como fundamental ou primeira verdade. É
uma instituição racional. É um fato que não requer prova. É como uma evidência
da geometria. Este fato, como a existência do espaço e tempo, deve ser assumido
no raciocínio, de forma a construir a base para toda observação e pensamento.
(Strong, A.H. Systematic Theology. Philadelphia: Judson Press, 1907, pp 52-54).
IV – A Testemunha do Sobrenatural
CAPÍTULO VII
Deus tem se revelado de forma geral à humanidade como um todo. Ele tem se
revelado de maneira especial aos crentes. De maneira geral Deus tem se revelado
pelas Suas obras criadas, pela consciência do homem, e Sua intervenção na
história das nações. De maneira especial Deus tem se revelado pela Bíblia e a
vida de Jesus Cristo. A revelação geral de Deus tem a intenção de mostrar a
existência de Deus, a culpa do homem pelo pecado, e sua necessidade de
salvação. A revelação especial de Deus tem a intenção não só de revelar a
natureza de Deus e o homem na necessidade de salvação, mas também mostrar
a providência de Deus para salvação pela Sua graça e a morte sacrificial de
Cristo.
CAPÍTULO VIII
A PERSONALIDADE DE DEUS
Deus é uma pessoa vivente. Ele possui vida, auto-existência , e caráter. Os três
elementos da personalidade são intelecto, sensibilidade e vontade. Ele que é uma
pessoa tem habilidade para pensar, sentir e escolher. A Bíblia prova que Deus é
uma pessoa descrevendo os atributos de Sua personalidade. Deus tem habilidade
pra pensar, sentir e escolher. Ele vê, ouve, conhece, fala, ama, deseja e trabalha.
A verdadeira religião se faz possível porque Deus é uma pessoa a quem o crente
pode amar, adorar, conhecer, e obedecer.
Um relacionamento pessoal entre Deus e o homem tem sido possível porque
Deus é uma pessoa e o homem foi criado à Sua imagem. Quando o crente ora ,
ele sabe que Deus verá e ouvirá e responderá. A salvação é o processo mediante
o qual os pecadores são colocados em uma relação redentiva com esta pessoa
divina pela obra mediatória de Jesus Cristo.
I- Uma Pessoa Vivente
Ele que criou, sustenta, e governa o universo é uma pessoa vivente. “Vós
deveríeis converter-vos destas vaidade ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar
e as coisas que nele há”(Atos 14:15). O Criador é maior que a criatura.
O Autor da vida deve ter tido vida em Si de forma a dar vida a Suas criaturas.
Os homens possuem vida e personalidade. Eles tem ao poder de autoconsciência
e autodeterminação. Visto que Deus é maior que o homem, Deus deve ser uma
pessoa vivente.
Paulo usou um argumento similar quando ele tratava com os filósofos em Atenas.
“Pois Nele nós vivemos, e movemos, e existimos; tão certo também vossos poetas
disseram: Somos também sua geração. Portanto então como sendo geração de
Deus, nós não havemos de pensar que a divindade é como o ouro, prata, a pedra,
esculpida pela arte e projeto do homem.” (Atos 17:28,29).
CAPÍTULO IX
A UNIDADE DE DEUS
Deus é um. Há uma só pessoa que é Deus. Antes de vir a existir o universo, o
vivo, pessoal e auto-existente Deus existia só. Este ser infinito e perfeito é único.
Não há outro igual. Ele é o único na Sua classe. Na Sua natureza, personalidade
e atributos Deus é inteiro e indivisível.
A unidade de Deus inclui dois pensamentos primários: a singularidade e unidade
do caráter de Deus. A singularidade de Deus dá-se no fato que existe uma só
pessoa no universo que é a fonte suprema e governador de todas as coisas. A
unidade do caráter de Deus refere-se a verdade de Sua natureza indivisível.
Há três maiores religiões que afirmam crer na unidade de Deus. Estas religiões
são judaísmo, mohamedanismo e cristianismo. O Monoteísmo, é claro, é a crença
na existência de um Deus. É o oposto do politeísmo.
A verdade da unidade de Deus tem sido negada pelo paganismo e pervertida pela
Cristandade. O paganismo tem rejeitado a verdade da unidade de Deus e a
substituído com a crença em muitos deuses.
1. Politeísmo. O oposto do monoteísmo, crença em um Deus, é politeísmo.
Politeísmo é a crença na existência de muitos deuses. Ao invés da adoração
de um Deus infinito que é perfeito em todos os seus atributos e supremo
governador de sua criação, o paganismo adora muitas deidades finitas .Os
deuses e deusas considerados pelo politeísmo são imperfeitos em atributos e
limitamos na esfera de influência. No princípio a raça humana era monoteísta .
Depois de terem voltado as costas para Deus, a raça humana degenerou-se
para o paganismo e politeísmo é descrita em Rom. 1:20-23.
2. Dualismo. Uma outra filosofia pagã que é contrária ao monoteísmo é o
dualismo. Dualismo é a crença na existência de dois deuses que eternamente
se opõem um ao outro, um bom e outro mal. Esta era a doutrina do
zoroastrianismo persa .A boa deidade de Zoroaster era Ahura Mazda, o deus
da luz. A deidade do mal era Angra Manyu, o deus da escuridão. Durante os
primeiros séculos da era da igreja, a filosofia dualista era manifesta no
gnosticismo e Marnicheanismo. Mais tarde foi uma mistura de Zoroastrismo e
Cristianismo.
Enquanto a verdade da unidade de Deus tem sido negada pelo paganismo, ela
tem sido pervertida pelos nomeados cristãos. A Cristandade tem pervertido a
simples unidade de Deus na doutrina do Trinitarianismo, triteísmo, e falsas teorias
congêneres.
1. Trinitarianismo. Trinitarianismo é a crença de que Deus é um em essência,
mas existe em três pessoas. Trinitarianismo advoga que há uma substância,
uma inteligência, e uma vontade na deidade, mas estas três pessoas
coexistem eternamente oriundas desta única essência e exercem uma única
inteligência e vontade. Uma detalhada consideração da trindade será
considerada no próximo capítulo.
2. Triteísmo. Triteísmo é a crença que Deus é três em pessoa assim como três
pessoas. Triteístas crêem que “há três Deuses, genericamente um,
individualmente distintos.”
(AA Hodge.) . Eles crêem que há três deuses distintos, unidos em propósito e obra
mas não em essência. Os notáveis representantes do Triteísmo foram John
Aseusnages de Constantinopla e John Philoponus de Alexandria (no sétimo
século) e Roseelinus (no século onze).
3. Monarquianismo. Esta teoria, também Sabelianismo, refere-se a crença que
Deus, Jesus e o Espírito Santo são um em pessoa bem como em essência.
Aqueles que crêem nesta teoria afirmam que há somente uma pessoa divina
que algumas vezes se manifesta como Pai, algumas vezes como Jesus e
algumas vezes como espírito. Esta visão afirma a *deidade de Cristo
(*divindade), mas nega sua personalidade como distinta do Pai. Aqueles que
crêem nesta teoria rejeitam a trindade. O Trinitarianismo afirma que Jesus e o
Pai são um em pessoa. De acordo com esta teoria, quando Jesus orou, Sua
natureza humana orava à Sua natureza divina.
Adeptos desta teoria podem ser notados em vários períodos da história da Igreja.
Uma igreja de um grupo moderno que assegura esta crença é a Igreja Pentecostal
Unida. A teoria deles é expressa em Jeovah – Jesus de C. Haskell Yadar e no
livreto “A doutrina dos apóstolos” de S.R. Hanby. O texto a seguir é citação de “O
que nós cremos e ensinamos, os artigos de fé da Igreja Pentecostal Unida:
“Nós cremos no que vive para sempre, eterno Deus: infinito em poder, Santo em
natureza, atributos e propósitos, e possuindo absoluta e indivisível divindade. Este
verdadeiro Deus tem Se revelado como Pai, através de Seu filho, em redenção; e
como o Espírito Santo, por emanação”.
No terceiro século, esta visão foi assegurada por Praxeas da Àsia Menor, Noetus
de mirna, Beryl da Bostra na Arábia, e Sabelius de Ptolemeu.
Esta teoria também é falsa. Jesus constantemente revelou que Ele e o Pai eram
personalidades distintas. Ele disse que Ele e o Pai formaram duas testemunhas
separadas. (João 8:16-18).
4. Comparação destas três teorias. Toas as três são falsas. Todas são
semelhantes no que consideram Deus incluso no Pai, Jesus e o Espírito. A
diferença é que no trinitarismo se crê que o Pai, Jesus e o Espírito constituem
três pessoas em uma essência. O triteísmo é a crença que eles constituem três
essências, bem como três pessoas. O monarquismo é a crença que Eles
constituem uma essência, assim como uma pessoa. Todas estas três teorias
são falsas.
A Bíblia corretamente ensina que há um Deus, o Pai, que é um em essência e
pessoa. Há uma só pessoa que é Deus. Ela ensina que Jesus não é Deus, mas o
Filho de Deus. Ele é divino mas não divindade. Jesus é a pessoa mais exaltada no
universo, imediatamente a Deus. Cristo eternamente será sujeito ao Pai, o único
Deus Supremo. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus pelo qual Ele opera
Sua obra.
CAPÍTULO X
TRINITARISMO
A que mais prevalece de muitas falsas teorias com respeito à unidade de Deus é o
trinitarismo. Este erro cravou-se para dentro da igreja oriundo do paganismo e
manteve seu lugar na teologia pelo governo totalitário dos imperadores de Roma e
a Igreja Católica Romana. Os reformadores protestantes deixaram a igreja papal,
mas trouxeram algumas doutrinas pagãs com eles. Somadas as falsas teorias
como imortalidade da alma, batismo infantil, e aspersão, eles retiveram o ensino
da trindade.
A reforma foi boa a medida que direcionava a atenção do homem para a Palavra
de Deus e na restauração de doutrinas bíblicas negligenciadas dentro de sua
própria igreja. A Reforma, porém, não foi longe o suficiente. Muitos erros da
Igreja Romana permaneceram. Uma outra reforma hoje é necessária para livrar a
igreja de todos os erros pagãos e retornar as verdadeiras doutrinas da Bíblia.
I- Definição da Trindade
V- Trinitarianismo na doutrina
Durante aos anos que seguiram a morte dos apóstolos, muitas pessoas afirmaram
ser Cristãos mas não aceitaram os ensinos apostólicos. De forma a determinarem
os verdadeiros crentes, cada igreja local listou certas doutrinas às quais os
convertidos ao Cristianismo tinham necessidade de crer. Estas listas de doutrinas
e confissões de fé eram chamados “credos” de “credo”, eu creio. Havia tantos
credos quanto haviam igrejas.
O Credo Apostólico, escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim
chamado na intenção de incorporar os ensinos apostólicos, foi de vários credos de
várias igrejas locais. Foi escrito de forma que todas as igrejas locais pudessem
Ter um estatuto comum de fé.
O Credo dos Apóstolos não incluia a doutrina da trindade. Embora relatos são
mencionados sobre Deus, Jesus e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da
trindade não é falada nem mencionada.
1. Qualquer a ser salvo, antes de todas as coisas é necessário que ele creia na fé
católica. 2. A qual fé, exceto os que conservarem-na plena e imaculada, sem
dúvida perecerá eternamente. 3. Mas está é a fé católica: Que nós adoramos
um Deus em trindade, e trindade em unidade; 4. Nem confundindo as pessoas,
nem dividindo a substância. 5. Pois há uma pessoa do Pai, outra do Filho,
outra do Espírito Santo. 6. Mas o Poderio do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo é um: a mesma glória, a majestade co-eterna. 7. Tanto é o Pai, tanto o
Filho, tanto o Espírito Santo. 8. O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o
Espírito Santo não foi criado. 9. O Pai é imensurável , o Filho é imensurável, e
o Espírito Santo é imensurável. 10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito
Santo é eterno. 11. E ainda que não sejam três eternos, mas um eterno. 12.
Assim também não há três criados, nem três imensuráveis, mas um não criado
e um imensurável. 13. Assim da mesma forma que o Pai é todo-poderoso, o
Filho é todo-poderoso, e o Espírito Santo é todo-poderoso. 14. E ainda que não
haja três todo-poderosos, mas um todo-poderoso. 15. Então o Pai, é Deus, o
Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. 16. E ainda que não haja três deuses,
mas um Deus. 17. Então o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo,
Senhor. 18. E ainda que não haja três Senhores, mas um Senhor. 19. Desta
forma somos induzidos pela veracidade Cristã a reconhecer toda Pessoa por
Si mesma a ser o Pai e Senhor: 20. Sendo assim nós estamos proibidos pela
religião católica em dizer, que há três Deuses, a três Senhores. 21. O Pai é
feito do nada, tampouco criado, nem gerado. 22. O Filho procede Pai não feito,
não criado, mas gerado. 23. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não
tem feito, não criado, não gerado, mas procedendo. 24. Portanto há um Pai,
não três Pais; um Filho, não três filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos
Santo. 25. E nesta trindade nenhum é antes ou depois do outro, nenhum é
maior ou menor que o outro. 26. Mas todas as três pessoas são co-eternas
juntamente, e co-igual. 27. Então em todas as coisas, como já dito, a Unidade
na Trindade e a Trindade em Unidade está para ser adorada. 28. Aquele
portanto que há de ser salvo, deve refletir sobre a Trindade. 29. Ademais, é
necessário para salvação eterna, que creiamos firmemente também na
encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. 30. Portanto a fé correta é, que nós
acreditemos e confessemos, que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus,
é Deus e homem. 31. Deus, da substância do Pai, gerado antes dos mundos; e
Homem, da substância de Sua mãe, nascido no mundo. 32. Perfeito Deus,
perfeito Homem, de alma racional e carne humana subsistente. 34. Igual ao
Pai em relação a Sua Soberania, inferior ao Pai em relação a Sua humanidade.
34. E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim Ele não é dois, mas um
Cristo. 35. Um, não pela conversão da Soberania em carne; mas pela
assunção de Humano par Deus. 36. Um todos juntos, não pela confusão da
substância; mas pela unidade de pessoa. 37. Pois assim como a alma e carne
racionais é um homem, assim Deus e o Homem é um Cristo. 38. Quem sofreu
por nossa salvação, descendo ao hades, ressurgiu novamente no terceiro dia
dos mortos. 39. Ele ascendeu ao céu; Ele assentou à mão direita de Deus, o
Pai todo poderoso. 40. De onde Ele virá para julgar os vivos e os mortos. 41.
Na qual vinda todos os homens devem ressurgir novamente com seus corpos.
42. E hão de dar conta de suas próprias obras. 43. E os que houverem feito o
bem sairão para a vida eterna; e os que houverem feito o mal, para o fogo
eterno. 44. Esta é a fé católica; a qual a menos que o homem creia verdadeira
e firmemente, ele não pode ser salvo. (Centis, W.AA “History of Greeds and
Confessions of Faith; Schaff, Philip. Creeds of Christendom.).
CAPÍTULO XI
ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS
I- Um texto espúrio
O único verso na Bíblia que poderia parecer ensinar a trindade é I João 5:7; “Pois
há três que confirmaram testemunho no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo: e
estes três são um.”
É geralmente aceito por todos os estudantes que este verso é espúrio. Não é
parte genuína da Bíblia. E está no manuscrito original; ele foi inserido por alguns
escribas trinitarianos durante a Era Negra. Os trinitarianos honestos de hoje não
aplicam este verso no ensino de sua doutrina. Quase todas as versões modernas
e traduções corretas omitem as palavras deste verso.
4. II Coríntios 13:14. Esta é uma outra escrita na qual o Pai, Jesus e o Espírito
são mencionados juntos. Os trinitarianos afirmam que o Pai é sempre o
primeiro, o Filho sempre segundo, e o Espírito sempre o terceiro. Os apóstolos,
entretanto, aparentemente nunca ouviram desta norma trinitariana. Em muitos
versos, o assunto em discussão requeria que Jesus fosse mencionado no texto
antes de Deus. Em muitos textos do Novo Testamento onde Jesus e o Pai são
mencionados juntos o Espírito não é mencionado. É interessante notar que
neste verso Jesus é mencionado primeiro, Deus é mencionado em segundo e
o Espírito por último. Neste verso, Jesus e Deus são representados como
pessoas. O Espírito é revelado como o poder de Deus.
Paulo não ensinou a trindade nesta amável benção. Ele rogou que a graça divina,
amor e comunhão (amizade) estivesse com os crentes de Corinto. Ele desejava
que eles gozassem da comunhão espiritual com Deus, Seu Filho, e comunhão
espiritual com Deus, Seu Filho, e comunhão entre eles que se faz possível pela
obra do poder de Deus, o Espírito Santo.
Note que Paulo mencionou a comunhão “do” Espírito Santo, não a comunhão
“com” o Espírito Santo. Os crentes tem fraternidade ou comunhão “com” o Pai e
“com” Seu filho Jesus Cristo (I João 1:3-7) porque o Pai e o Filho são
personalidades. Eles não podem Ter fraternidade com o Espírito Santo porque o
Espírito Santo não é uma pessoa. Eles experimentaram fraternidade “do” Espírito,
mas não “com” o Espírito. Esta benção de Paulo não ensina qualquer falsa
doutrina da trindade.
O fato de Pedro, Tiago e João serem mencionados juntos repetidamente na Bíblia
não é indício de que eles são uma trindade. Porque deveria ser tampouco verdade
o fato de Deus, Jesus e o poder de Deus ocorrem juntos no mesmo verso?
Outros escritos mal aplicados da mesma forma pelos trinitarianos são: Gen. 19:24;
Num. 27:18; Salm. 51:11; Isa. 34:16; 40:13; 48:16; Ose. 1:7; Ageu 2:4,5; I Cor.
12:4-6; I Pedro 3:18; Apoc. 1:4-6, etc.
Outro grupo das escrituras para o qual os trinitarianos intentam ler sua doutrina
inclui aqueles versos em que certas frases são repetidas três vezes. Três textos
mal aplicados desta forma são listados a seguir:
Isaías 6:3 - Santo, santo, santo
Apocalipse 4:8 - Santo, santo, santo
Números 6:24-26 - O Senhor, o Senhor, o Senhor
1. Isaías 6:3 – O Serafim adora a Deus clamando ao outro, “Santo, santo, santo,
é o Senhor dos exércitos: toda a terra está cheia da Sua glória.” O fato dos
atributos de santidade de Deus estar repetido três vezes na adoração do
serafim não indica que a referência é feita a três pessoas da trindade sentadas
sobre um trono.
A palavra “santo” é repetida três vezes para enfatizar. Ela significa que Deus é o
mais santo.
Repetição para dar ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia.
Note os seguintes exemplos. “Oh, terra, terra, terra ouça a palavra do Senhor”
(Jer. 22:29). Ensinou Jeremias uma trindade de terras? Certamente não! “ Ao
revés, ao revés, ao revés a porei; e não será mais, até que venha aquele a quem
tem o direito, e a ele a darei”. (Ezeq. 21:27). Deus declarou que o reino de Israel
seria suspenso e o trono de Davi derribado. Isto perduraria assim até que o
Messias venha reinar como rei. Neste verso, a palavra “revés” é repetida três
vezes para ênfase.
2. Apocalipse 4:8. Este verso é similar a Isaías 6:3. Aqui os quatro seres
viventes “ não descansam nem dia, nem noite, dizendo, Santo, santo, santo,
Senhor Deus todo poderoso, que era, que és, e que hás de vir.” O contexto
deste verso mostram que estas palavras foram endereçadas unicamente ao
Pai. Embora seja verdade que o Filho é santo e o poder de Deus é santo, as
palavras de adoração neste texto são endereçadas unicamente ao Pai. O Filho
não está incluso aqui.
O contexto figura Deus assentado sobre Seu trono no céu segurando um livro
selado com sete selos. (Apoc. 5:1). Um forte anjo pede a alguém para vir e abrir o
livro. (Apoc. 5:2-4). Finalmente, depois que é mostrado que todos estavam
excluídos no merecimento, Jesus é mostrado como vindo e tomando o livro da
mão direita de Deus. (Apoc. 5:5-7). Jesus não era parte a o que assentou no
trono. Ele que assentou-se no trono não era uma trindade.
Em Apocalipse 4:2,3 nós notamos que Aquele estava assentado sobre o trono.
Esta pessoa é o Pai, o Criador. É uma pessoa assentada sobre o trono que os
quatro seres viventes adoravam com as palavras; “ Santo, santo, santo.” Este
texto, assim como Isaías 6:3, não dá suporte para a falsa doutrina da trindade.
A palavra hebraica mais comum usada no Antigo Testamento para designar Deus
é Elohim. Este é um nome plural. “No princípio Deus criou o céu e a terra.” (Gen.
1:1).
“Elohim” não é o nome pessoal de Deus. Ele refere-se a Sua divindade, Sua
posição em relação as criaturas. Ele significa: “O Forte”. Esta palavra do plural
Hebraico é usada 2470 vezes no Velho Testamento. É aplicada a homens que
exerceram autoridade, a anjos, e a muitos deuses do paganismo, assim como ao
único Deus verdadeiro. Quando aplicada ao único verdadeiro Deus, Elohim é
visualmente associada com verbos no singular, adjetivos e advérbios. Por
exemplo, a palavra hebraica para “criar” em Gênesis 1:1 “bara” é singular. Elohim,
designando o único verdadeiro Deus, não indica uma pluralidade de Deuses
(politeismo ou triteísmo) nem uma pluralidade de pessoas em uma substância
(Trinitarianismo).
Se o nome no plural Elohim tivesse intenção de se referir a uma pluralidade de
pessoas ou pluralidade de Deuses quando usado em relação ao único e
verdadeiro Deus, Ele estaria sempre identificado por esta palavra no plural. Nós,
entretanto, encontramos que este não é o caso. A forma singular “Eloah” também
é usada em referência a Deus.
Isto especialmente se faz verdade nos livros poéticos do Antigo Testamento.
Quarenta e um de cinqüenta e seis ocorrências de Eloah estão em Jó.
Os escritores dos registros do Velho Testamento usaram a palavra Elohim para
designar o único verdadeiro Deus, mostrando Sua infinita superioridade às
divindades politeístas e indicar Sua singular existência. A pluralidade dos atributos
e poderes que o politeísmo distribuiu muitas divindades finitas pertencem a uma
pessoa infinita – o verdadeiro Deus. Esta pessoa infinita declarou: “Eu sou o
Senhor vosso Deus. Vós não tereis outros deuses perante mim.” (Exo. 20:2,3).
A pluralidade de majestade. Quando usado em referência a um verdadeiro
Deus, o nome plural no hebraico Elohim denota majestade, excelência,
superioridade. Refere-se à infinita plenitude e grandeza ilimitada. Ela designa o
“quantitativo” mais que a pluralidade numérica. Ela diz “o quão mais” e não “o
quanto mais”. O uso de nomes e pronomes no plural em referência a Deus
comumente é conhecido como “plural de majestade”. Este pensamento é mantido
nas seguintes citações. Em nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham
faz as seguintes observações:
Deve ser cuidadosamente observado que, embora “elohim” seja a forma plural
ainda quando, como aqui, é construída com um verbo no singular, é naturalmente
singular no sentido; especialmente visto que o “ plural de qualidade” ou
“excelência”abunda no Hebraico onde a referência é inegavelmente a algo que
deve ser entendido em número singular. (Rotherham, Joseph Bryant. The
Emphasized Bible. London: H.R. Alleson, 1901-Vol. I, p.33).
Louis Berkhof, presidente do Seminário Teológico Calvin, faz a seguinte
observação com respeito a palavra Elohim:
O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O plural deve ser
considerado como intensivo, e portanto serve para indicar plenitude de poder.
(Op.cit.,p.48).
Dr. William Smith da Universidade de Londres, um século atrás, foi declarado
como “o mais eminente lexicógrafo na língua Inglesa falada no mundo”. A posição
a seguie é feita no dicionário Bíblico editado pelo Dr. Smith:
A forma plural Elohim tem feito surgir muita discussão. A estranha idéia de que ela
se refere a Trindade de Pessoas na divindade, dificilmente encontra hoje um apoio
entre os escolares. Ela é inclusive o que os gramáticos chamam de “plural de
majestade”, ou ela denota a “plenitude” da força divina, a “soma dos poderes”
amostrados em Deus.(Smith, William. A Dictionary of the Bible, Philadelphia:
American Baptist Publication Society, 1863, p.216).
Embora um trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a palavra plural
“Elohim” freqüentemente demanda significado de singular.
Pensava-se que o estilo de discurso real era um costume de longa data depois do
tempo de Moisés, Faraó não o usou. Em Gênesis 41:41-44, ele diz: “Eu te tenho
posto sobre toda a terra do Egito... Eu sou Faraó.” Mas uma investigação posterior
parece provar que o plural de Deus foi usado pelos cananitas antes da ocupação
hebrea.
O único Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu deus”, indiferentemente. A
palavra “mestre” é usualmente encontrada no plural no Velho Testamento. (Gen.
24:9-51; 39:19; 40:1). O plural dá articulação ao sentido da reverência. Ele
significa magnitude ou plenitude.
Os hebreus tinham muitas formas no plural, onde nós usaríamos o singular, como
“céus” ao invés de “céu”, “águas” ao invés de “água”. Nós, também falamos de
“novidades”, “salários” e dizemos “vocês” ao invés de “vós”. (Op. cit., pp. 318,319).
Strong cita Gustav Friedrich Oehler, Old Testament Theology, como chamando
Elohim “plural quantitativo” significando grandeza ilimitada. (Ibid, 318).
Alguns diriam que o “Façamos (us) em Gênesis 1:26 - “ Façamos nós o homem,”
refere-se à consulta de Deus ao anjo com quem Ele toma conselho antes de fazer
algo de importante, mas Isaías 40:14 – “Mas de quem tomará conselho.” Mostra
que este não é o caso; e Gênesis 1:27 contradiz a idéia, pois ela repete a posição
“na imagem de Deus,” não a imagem dos anjos; também em que Deus criou o
homem na Sua Própria imagem, na imagem de Deus (não anjos) criou. “O nós” de
Gênesis 1:26, portanto, é propriamente entendido como plural de majestade, como
indicativo de dignidade e majestade do relator. A tradução apropriada para este
verso não deveria ser “Façamos nós”, mas “nós vamos fazer,” indicando uma
linguagem de solução mais que consulta.
(Evans, William. The Great Doctrines of the Bible. Chicago: Moody Press, 1939, p.
27).
CAPÌTULO XII
CONTRA - TRINITARIANISMO
3. Esta única pessoa é o Pai. O testemunho da Bíblia é que existe uma única
que é Deus. Quem, então, é esta única pessoa? Ele é o Pai. Numerosos textos
bíblicos identificam o único Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Alguns
poucos destes versos são:
A unidade de Deus não é composta, Um Deus significa uma pessoa. Esta única
pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
1. Somente uma pessoa que é Deus. Jesus não é Deus porque só há uma
pessoa que é Deus. Esta pessoa tem sido identificada como o Pai. Jesus
portanto, não pode ser Deus. Não há outra pessoa que pode ser Deus no
mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas, e nós Nele. “(I Cor. 8:6). “Um Deus e Pai de todos,
que é sobre todos, e por todos, e em todos” (Efes. 4:6). Jesus é divino mas não
Deus. Ele é o divino Filho de Deus, mas ele não é Deus, o Ser Supremo.
2. Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus. “Há um Deus, e um
mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus.” (I Tim. 2:5).
Jesus é o mediador entre Deus e os homens. Jesus portanto, não é o próprio
Deus. Se o próprio Jesus fosse Deus ou igual a Deus, como asseguram os
trinitarianos. Ele não estaria numa posição como mediador. Como mediador
alguém deve ser a terceira parte. Se Jesus fosse Deus, Ele seria uma das duas
partes e não poderia servir como mediador entre os dois = Deus e o homem. (Gal.
3:20). O fato de ser Jesus um mediador anula a possibilidade de Ele ser parte de
uma trindade.
Jesus insistiu que Ele e o Pai não são idênticos. Ele e Seu Pai são separados em
personalidade, essência e ser. Ele declara que Ele e Seu Pai constituem duas
testemunhas separadas. “Também está escrito na vossa lei, que o testemunho de
dois homens é verdadeiro. Eu sou um que testifico de mim mesmo, e o Pai que
me enviou também testifica de mim.” (João 8:17,18).
3. Jesus é o Filho de Deus. Jesus não é o próprio Deus nem parte de um Deus
trino porque Ele é o Filho de Deus. Ele não pode ser ambos Deus e o Filho de
Deus. O Pai e o Filho não são iguais ou idênticos. O Pai viveu antes do Filho.
O Pai é maior que o Filho. Jesus foi gerado do Pai e nascido de Maria. Ele é o
Filho do Deus vivo.
O Novo Testamento está repleto de escritos que colocam Jesus como Filho de
Deus.
5. Jesus orou para Seu Deus, o Pai. Jesus revelou que Ele não era o próprio
Deus quando, Ele orou para Seu Pai, como Deus. Se Jesus fosse igual a
Deus, porque Jesus orou a Deus? Os trinitarianos afirmam que Deus, Jesus e
o Espírito tem uma inteligência e uma vontade. Se Jesus e Deus compartilham
uma vontade, o poder de decisão, seria ridículo para uma pessoa da trindade
orar para outra pessoa da trindade. Jesus mostrou que Ele é inferior a Seu Pai
e unicamente Seu Pai é Deus pelo fato de ter orado a Ele.
Depois que o governo redentivo de Cristo houver sido completado e Deus tiver
posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Jesus continuará a ser sujeito a
Deus. Deus será Supremo. Ele será tudo em todos. “Pois ele tem colocado todas
as coisas sob seus pés. Mas quando diz que todas as coisas são postas sob ele, é
manifesto que Ele se excetua, o qual pôs todas as coisas sob seus pés, e Deus
será tudo em todos.” (I Cor. 15:24-28).
Jesus viveu como servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência a Seu Pai. Ele
sempre fez aquelas coisas que agradaram a Deus. Isto mostra que Jesus
reconheceu- Se ser inferior a Deus.
Zacarias 3:8 - Meu servo o renovo
Mateus 12:18 - Eis aqui meu servo
Filipenses 2:7,8 - Na forma de servo
Hebreus 10:7,9 - Eu vim para fazer tua vontade, oh Deus.
João 4:34 - Eu faço a vontade Dele.
João 5:30 - A vontade daquele que me enviou
João 6:38 - Não para fazer minha própria vontade
João 8:29 - As coisas que o agradam
Lucas 22:42 - Não minha vontade, mas tua
Romanos 5:19 - Pela obediência de um.
Inferior em poder. Deus é onipotente. Ele é todo poderoso. Ele tem poder
infinito. “Com Deus todas as coisas são possíveis.” O poder de Deus origina-se
dentro Dele. Através de Seu poder, Deus faz toda a Sua obra. Jesus, por outro
lado, não era onipotente. O poder de Cristo manifesto na realização dos milagres
eram recebidos de Deus. Ele disse: “O Filho de Si nada pode”(João 5: 19). O
poder do qual Cristo faz uso em Sua obra hoje e o qual Ele usará no governo da
no Seu futuro reinado foi recebido de Deus. O poder de Deus origina-se em Si,
Jesus recebeu poder de Deus. Jesus não é Deus.
João 5: 19 Filho de Si nada faz
João 5: 30 De mim nada faço
João 8: 28 Eu de mim nada faço
João 14: 10 Ele faz as obras
Inferior em vida. Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo em que Deus não
existiu. Deus não somente viverá para sempre no futuro, mas também para
sempre viveu no passado. A vida de Deus não tem princípio. A vida de Cristo, por
outro lado, teve um início definido. Houve um tempo em que Jesus não existiu.
Jesus viverá para toda a eternidade no futuro, mas ele não viveu por toda a
eternidade no passado. Jesus é inferior a Deus em relação a era e prévia
dimensão da vida.
Deus é a fonte de toda a vida. Ele não deriva Sua existência de algo, Ele possui
vida em Si mesmo. Jesus, no entanto, recebeu vida oriunda de Deus. Se não
fosse por Deus, Jesus nunca teria existido. Jesus foi gerado do Pai. Sua vida
deriva-se de Deus. O poder de Deus fez Maria conceber e dar a luz a um filho. Se
não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus nunca teria nascido. “O Espírito Santo
descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá: Pois o santo que de ti nasceu
será chamado o Filho de Deus” (Lucas 1:35). Jesus disse, “O Deus vivo me
enviou, e eu vivo pelo Pai.” (João 6:57).
Jesus também recebeu a vida da ressurreição do Pai. Deus ressuscitou Jesus dos
mortos através do Seu poder, o Espírito.
(Atos 10:40; 13:30; Rom. 10:9) Jesus voluntariamente deu Sua vida em sacrifício.
Ele tinha autoridade para dá-la e tinha autoridade para recebe-la novamente.
(João 10:17,18). Jesus não ressuscitou dos mortos por Si. Ele foi ressuscitado dos
mortos pelo poder de Deus. Deus é a fonte de toda a vida; Jesus recebeu vida de
Deus. Jesus não é Deus.
“Deus não pode morrer.” Deus é imortal. Ele não está sujeito à morte. Deus
sempre foi imortal, e sempre será imortal. É impossível para Deus morrer. Jesus,
ao contrário, nasceu mortal. Ele morreu. Jesus tinha as características do homem
mortal. Ele experimenta fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), canseira (João 4:6),
tentação (Mat. 4:1), e sofrimento (Luc. 24:46), Jesus morreu (João 19:33; I Cor.
15:3). Deus não pode morrer; Jesus morreu . Jesus não é Deus.
Jesus se tornou imortal quando Deus o ressuscitou da sepultura. Jesus recebeu a
imortalidade de Deus. Jesus não pode morrer novamente. (Rom 6:9). Quando
Jesus vier, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais com Ele. (I Cor.
15:52,53; Fil. 3:20,21).
Estes versos não ensinam que Jesus é Deus. Eles não indicam que Jesus é parte
da trindade. A palavra “imagem” significa “semelhança” ou “caráter estampado”.
Jesus era a semelhança moral de Deus. Seu caráter refletiu os atributos moral de
Deus – santidade, amor e verdade. Os homens puderam conhecer o caráter moral
de Deus ou Sua imagem ao observarem a amável vida de Jesus. Sua vida revelou
santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia, gratidão, verdade, veracidade e
fidelidade. Jesus era piedoso. Ele era como Deus em caráter e conduta. Jesus
não era o próprio Deus. Ele refletiu o caráter de Deus em Sua perfeita vida.
O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que a Jesus é atribuído o título de
“Deus” em poucos escritos. Três escritos principais são: João 20: 28; Tito 2: 13;
Hebreus 1: 8.
Este argumento está respondido no fato de que a palavra “Deus” (Hebraico
“elohim” e grego “theos”) por algumas vezes é aplicado a homens e a anjos na
Bíblia. Quando usada em sentido secular, a palavra “Deus” indica alguém que é
representante do único Deus Supremo.
O termo Deus é aplicado nas escrituras principalmente em dois sentidos. O
principal deles é quando ela o designa como quem governa e preside sobre todas
as coisas no céu e na terra, e que não reconhece superior...neste sentido a
escritura assegura que Deus é um. O outro sentido é quando ela denota um ser
que tem recebido de Deus algum tipo de autoridade superior tanto no céu ou na
terra entre os homens, ou poder superior a todas as coisas humanas, ou autoriade
para assentar para julgar outros homens, e isto dá algum sentido de participação
da Deidade do único Deus. ( The Racovian Catechism. Section III, Capítulo 1.)
Moisés foi designado como Deus em relação a Aarão. (Êxodo 4: 16) e a faraó
(Êxodo 7: 1). Moisés foi chamado Deus (Elohim), mas ele não era um Deus
supremo ou parte de uma trindade. Moisés era representante de Deus. Juizes
humanos, representantes de um único Deus não são designados como Deus. Em
Êxodo 22: 28 a palavra “deuses” referem-se a juizes humanos. Em Êxodo 21: 6;
22: 8,9; e 1 Samuel 2: 25, as palavras “juizes” é traduzida do hebraico elohim ou
Deus. Salmos 97: 7 é citado em Hebreus 1: 6.
Os “anjos” de Hebreus 1 são os “deuses” em Salmos 97. Anjos são
representantes de Deus, mas não o próprio Deus.
O israelitas foram chamados “deuses” em Salmos 82: 6, 7. Jesus citou este verso
para mostrar este fato. “ Jesus respondeu-lhes, não está escrito em vossa lei, Eu
disse, vós sois deuses? Se ele os chamo de deuses, àqueles a quem veio a
palavra de Deus, e a escritura não pode ser quebrada; dizeis vós dele, a quem o
Pai santificou, e o enviou ao mundo, tu blasfemas; pois Eu disse, Eu sou o filho de
Deus?” (João 10: 34- 36).
O fato da palavra “Deus” ser usada em sentido secundário como representativa de
Deus em Hebreus 1: 8 é mostrado no próximo verso.
Em Hebreus 1: 9 o único Deus é descrito como o Deus do Filho. “Tu tens amado a
justiça, e odiado a iniquidade, por isso Deus, o teu Deus te ungiu como óleo da
alegria mais que teus companheiros.”( Hebreus 1: 8, 9) é citação de Salmos 45:
6,7).
Jesus não é próprio Deus. Ele não é parte da trindade. Jesus é Filho de Deus.
O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é
impessoal. Não é parte de uma trindade. É a energia divina pela qual Deus opera
Sua obra.
5. “Sem nome pessoal”. O Espírito aparece ser impessoal pois ele não
apresenta um nome pessoal. Deus é uma pessoa; Seu nome é Jeovah. Nosso
Salvador é uma pessoa; Seu nome é Jesus. O Espírito não é uma pessoa; ele
não tem nome pessoal. Se o Espírito é uma pessoa, porque ele não tem um
nome pessoal? A palavra “nome” em Mateus 28:19 não se refere a um nome
pessoal. A palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou “representante
de “. O Espírito Santo não é uma personalidade.
Um outro importante fato é digno de notar, que em nenhum lugar na Bíblia nos é
ensinado amar, honrar ou adorar o Espírito Santo, ou orar a ele por assistência.
Poruqe não, se ele é uma pessoa, como o Pai e o Filho? (Grant, Miles. Positiva
Theology. Boston: Advent Christian Publication Society, p. 287).
O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração em Apocalipse. (Apoc. 5:13,
7:10). Se o Espírito é a terceira pessoa da trindade, porque a sua referência é
omitida?
CAPÍTULO XIII
OS ATRIBUTOS DE DEUS
I- Atributos definidos
CAPÍTULO XIV
I- Infinidade
Deus é infinito. Ele não tem limites nem imperfeições. O homem é limitado pela
relação de tempo e espaço. Ele tem limitações mental e física. O homem é finito;
Deus é infinito. O poder de Deus é ilimitado. Ele tem uma relação universal e
perfeita com todas as outras existências.
Deus é não-pesquisavel. O homem finito não pode compreender a plenitude do
infinito Deus. O homem pode conhecer Deus e muito sobre Deus, mas ele não
pode saber tudo que há conhecer em Deus sobre detalhes de Sua total perfeição.
O homem pode conhecer Deus porque Ele tem se revelado ao homem. O infinito
Deus é não-pesquisáveis. (Jó 11:7; Salmos 145:3; Isaías 40:28; Rom. 11:33-36.).
Deus é transcendente. A transcendência de Deus significa que Ele é infinitamente
superior a Suas obras, que Ele tem existência independente de Sua criação, e é
mais que adequado em suprir todas as necessidades do Seu universo.Uma
palavra companheira de transcêndencia é imanência. Ambas as verdades são
requeridas para figurar uma completa relação de Deus com o universo. Quando a
transcêndencia de Deus é mantida em separado de Sua imanência, o erro
resultante é o deísmo. Quando a imanência de Deus é mantida em separado de
Sua transcendência, o erro resultante é o panteísmo.
II – Eternidade e Imortalidade
Deus é eterno. Nunca houve um tempo em que Deus não existisse. Ele sempre
foi, sempre é e sempre será. Eternidade é o tempo infinito.
I Timóteo 1:17 - O rei, eterno, imortal
Deuteronomio 33:27 - O eterno Deus é teu refúgio
Salmos 90: 1,2 - De eternidade à eternidade
Isaías 40:28 - O eterno Deus
Isaías 57:15 - O que habita na eternidade
Apocalipse 21:6 - Alfa e Ômega
III- Imutabilidade
Deus é imutável. O que Ele é agora, Ele sempre foi e sempre será. Deus não pode
mudar para melhor porque Ele já é o melhor. Ele não pode mudar para pior porque
assim Ele cessaria em ser perfeito. A perfeição infinita de Deus é imutável.
Salmos 102:26,27 - Muda a terra, Deus é o mesmo
Malaquias 3:6 - Eu sou o Senhor, Eu não mudo
Tiago 1:17 - Sem variação
Hebreus 6:17,18 - Imutável em Seu conselho
Êxodo 3:14 - Sempre em tempo presente
Deus muda sua obra com os homens à medida que mudam do pecado para
retidão, mas Seu caráter nunca muda. Sua santidade, amor e verdade
permanecem para sempre da mesma forma. Ele é a Rocha das eras, a esperança
eterna do homem.
Aqui estão três pensamentos concernentes a imutabilidade de Deus:
(1) Deus é imutável; (2) Os homens tem buscado mudar a Deus; (3) Deus está
buscando mudar os homens.
IV- ONISCIÊNCIA
Os três seguintes atributos de Deus começam com o mesmo prefixo "ONI" que
significa tudo. Onisciência significa que Deus possui todo o conhecimento.
Onipresença significa que Deus está presente em todo o lugar. Onipotência
significa que Deus é todo-poderoso.
Estes três pensamentos são expressos em ordem consecutivas nos Salmos 139.
Os seis primeiros versos descrevem a Onipresença de Deus. O restante do
capítulo refere-se ao poder de Deus e Onipotência. Deus é perfeito em
conhecimento. A mente de Deus é perfeita. Sua sabedoria infinita, eterna e
completa.
Jó 37:16 - Perfeito em sabedoria
Salmos 147:5 - Seu entendimento é infinito
Atos 15:18 - Toda Sua obra desde o princípio
I João 3:20 - Deus conhece todas as coisas
Hebreus 4:13 - Todas as coisas descobertas a Seus olhos
Salmos 139:1-6,23 - Tem me conhecido e estudado
Isaías 40:13,14,28 - Quem O ensinou?
Romanos 11:33,34 - Ó profundezas das riquezas
V- ONIPRESENÇA
Deus está presente em todo lugar. Onde quer que estejamos podemos dizer:
"Deus está aqui!" Ele é nosso ambiente mais próximo. Ninguém está mais perto
da presença de Deus numa montanha que se estivesse numa caverna.
Proximidade de Deus não é uma questão de geografia. Nenhum ponto está mais
perto da presença de Deus que outro ponto. Não há necessidade de gritar pelas
milhas vazias pôr um Deus ausente. Deus está aqui; Ele pode ouvir seu mais frágil
murmúrio.
Salmos 139:7-12 - Para onde voar da tua presença
Jeremias 23:23,24 - Sua presença enche o céu, terra
Atos 17:24-28 - Não distante de nós
Salmos 23:4 - Tu estás comigo
I Reis 8:27 - O céu não pode contê-lo.
Por isto queremos dizer que Deus, na totalidade de Sua essência, sem difusão a
expansão, multiplicação ou divisão, penetra e enche o universo em todas as
partes. (Op. cit.,p.279).
No mesmo sentido Deus está presente em todo lugar. Deus está no céu, Seu
lugar de habitação (I Reis 8:30); Cristo está no céu à mão direita de Deus (Efes.
1:20); o trono de Deus é no céu (Apoc. 21:2; Isa. 66:1). O céu é um lugar real.
Embora Deus esteja no céu, pelo Seu poder e presença Ele está em todo lugar
presente e agindo.
Os nem sempre compreendem a presença de Deus. Adão o pecador tentou
esconder-se da presença de Deus. (Gên. 3:8). Jonas levantou-se para fugir da
presença de Deus (Jonas 1:3) Jacó disse “Certamente o Senhor está neste lugar;
e eu não sabia” (Gên. 28:16). A atmosfera está cheia de ondas de rádio, mas
ninguém tem contato com elas até que sintonize seu rádio a estação apropriada.
Da mesma forma a presença de Deus e poder enche o universo, mas de forma a
reconhecer que a realidade deve estar em sintonia com Ele.
VI- ONIPOTÊNCIA
Deus é poderoso. Ele é todo-poderoso. Seu poder é infinito. Nada há que não
possa fazer. Com Ele todas as coisas são possíveis.
Apocalipse 19:6 - O Senhor Deus Onipotente
Apocalipse 21:22 - O Senhor Deus todo poderoso
Jó 42:2 - Tu podes fazer todas as coisas
Gênesis 18:14 - Há alguma coisa difícil para o Senhor?
Lucas 1:37 - Com Deus nada é impossível
Mateus 19:26 - Todas as coisas são possíveis
Gên. 17:1 - Eu sou o Deus Todo-Poderoso
CAPÍTULO XV
I- SANTIDADE
Zinzendorf.
Quando Deus perdoa o pecador confiante, Ele não age de forma contrária ao seu
santo caráter pois o salário do pecado foi satisfeito através do sacrifício de Cristo,
o substituto do pecador. (Rom. 3:24-26).
Deus pode continuar a ser Santo e justo enquanto Ele perdoa e justifica. o
pecador que crê pois o que demanda Sua santidade encontrou-se na cruz.
A pena para todo pecado deve ser paga. A demanda da justiça de Deus pose ser
satisfeita de duas formas. O pecador deve pagar a pena de seus próprios pecados
sendo destruído na Segunda morte, ou ele pode aceitar o pagamento vicário de
Cristo como sendo seu substituto. Em outras palavras, o pecador deve aceitar o
sacrifício de Cristo ou ser destruído na Segunda morte.
O fato de que Deus estivesse sem obrigação de prover um meio de salvação para
os pecadores mostra Seu grande amor, misericórdia e graça pela humanidade. O
fato de Jesus voluntariamente oferecer-Se por nós, revela Seu amor por nós e
nos inspira o amor por Ele.
II - AMOR
“Deus é amor.” Amor é um notável atributo moral de Deus. Sem Deus o amor
inexiste; Deus não executa obra sem Seu santo amor.
Amor é uma característica básica de Sua natureza. A verdade não é que Deus
meramente ama, mas que Deus é amor. O amor não é simplesmente o que Deus
faz, está em Sua natureza. Seu amor não é simplesmente o que Deus faz, está
em Sua natureza. Seu amor não é ocasional nem limitado. Não há ocasião em
que Deus não ame, e não há esfera que o amor de Deus não cubra. A verdade
gloriosa é que Deus é amor. “O que não ama não conhece a Deus, porque Deus é
amor”. (I João 4:8). “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem nos
amado. Deus é amor; e o que habita em amor habita em Deus, e Deus nele”. (I
João 4:16).
O fato de ser Deus amor significa que Ele deseja e se alegra na saúde de Suas
criaturas. Através do desejo, Deus é paciêncioso para conosco, nos busca e nos
reclama como Seus. Através da alegria Deus rejubila em nós e nos concede Seus
ricos tesouros.
O amor de Deus enche o universo. Toda partícula da criação está submersa no
amor de Deus. O círculo de Sua afeição contem toda as Suas criaturas. “ Pois
Deus amou o mundo”. Embora a vida possa estar cheia de desapontamentos,
sabe-se que deus é amor e Seu amor eventualmente triunfará.
1. “Resumo dos princípios moral” Amor é o resumo do princípio moral de Deus
para a humanidade. (Mat.22:37-40 ) Jesus disse, “Este é o meu mandamento,
que vos ameis uns aos outros, conforme eu vos amei “(João 15:12). Deus quer
que os homens sejam como Ele em santidade, amor e verdade.
Nós temos visto que isto é verdade considerando a santidade de Deus. Quando o
crente entra em Cristo, ele adquire uma posição em solo Santo perante nosso
Santo Deus. O caráter do crente é transformado pelo Espírito Santo; sua conduta
resulta num caminhar santo.
O crente, então, reflete em miniatura a santidade de Deus.
A devoção resulta também num crente que se torne como Deus em relação
ao Seu atributo de amor . A vida cristã em amor reflete o caráter moral de Deus e
proclama ao mundo que Deus é amor.
2. “Misericórdia, amabilidade e graça”. A santidade de Deus expressa aos
homens se faz retidão e justiça. O amor de Deus expresso aso homens se faz
misericórdia, amor, resignação e graça. Estas são palavras relacionadas. A
questão do amor , misericórdia e graça na salvação será discutida em
Soteriologia
3. “Salvação revela o amor de Deus”. A salvação tem origem no coração de
Deus. Pecadores não são dignos da salvação; eles são dignos de morte. Deus
não estava obrigado a providenciar o meio de salvação para ninguém. Ele
poderia Ter destruído todos os pecadores e eles teriam recebido o merecido.
Deus mediante amor, porém, dá aos homens o que eles não mereceram. Ele
ofereceu a eles salvação por seu filho, Jesus Cristo. Isto é graça ! Graça é o
amor gratuito de Deus em relação às necessidades dos homens pecaminosos.
Graça é misericórdia sem merecimento.
Deus revela . Seu amor antes de tudo no fato de que não destruiu a raça
humana no momento do pecado de Adão e Eva. Deus em misericórdia, graça
e resignação prorrogou a ocasião em que a pena pelo fosse executada. Deus
“estacionou” a execução da pena pelo pecado até a destruição do ímpio na
Segunda morte. Deus cedeu. (Num.14:18-20; Salmos 86:15, Lam. 3:22,23;
Rom. 2: 4,5; 2Pedro 3:9. ) Ele postergou punição para dar aos pecadores
oportunidade de arrependimento.
A suprema revelação do amor de Deus pela humanidade foi a dádiva de Seu
filho em sacrifício. Não pode ser imaginado maior amor que aquele que Deus
demonstrou no calvário.
1 João 4:9,10 ___________ Nisto foi manifesto amor
Romanos 5:6-8 ___________ Deus preconizou Seu amor para
conosco
João 3:16 ___________ Deus amou o mundo
1 João 3:16 ___________ Pelo que notamos o amor de
Deus
Capítulo XVI
I. Criador
O universo nem sempre existiu. Ele teve uma origem. Deus é o Originador, a
fonte, o Criador do universo. Uma maravilhosa mensagem da bíblia é aquela que
Deus é o Criador de todas as coisas. E é o criador do homem.
Gên. 1:1 Deus Criou
Neemias 9:6 Tu tens feito o céu, a terra
Jó 33:4 Espírito de Deus me fez
Salmos 8:3 A obra de teus dedos
Salmos 33:6 Pela palavra do Senhor os céus foram feitos
Salmos 89:11 Tu os formastes
Salmos 136: 5-9 Ordenou e foram criados
Provérbios 3:9 Pela sabedoria fundastes a terra
Eclesiastes 12:1 Tu criador
Isaías 37:16 Tu fizeste o céu e a terra
Isaias 40: 28 Criador da extremidade da terra
Isaias 45:8,12 Eu os criei
Isaias 45:18 O próprio Deus formou a terra
Jeremias 10:12 Fez a terra por seu poder
Jeremias 32:17 Fez o céu e a terra
Zacarias 12:1 Estendeu os céus
Atos 17:24 Deus fez o mundo e todas as coisas
Romanos 1:25 O Criador, bendito para sempre
1 Pedro 4:19 Para um fiel Criador
Apocalipse 4:11 Tu criaste todas as coisas
II Mantenedor
Deus não só criou o universo, más também sustentou e preserva Sua criação.
Como Criador, Deus originou todas as coisas; como Mantenedor, Ele preserva
todas as coisas. Criação tem a ver com o início da existência; preservação diz
respeito a continuação da existência. Strang definiu preservação como “a
continuação de Deus pela qual Ele mantêm em existência as coisas que Ele criou,
mantendo as propriedades e forças com as quais Ele as dotou”. ( Op.cit,p. 410 ).
Neemias 9:6 Tu preserva a todos
Salmos 36:6 Tu preservas homens e animais
Salmos 104: 5-31 Deus preserva a natureza
Salmos 145:20 Preserva os que O ama
Atos 17:28 Nele vivemos e morremos
III. Pai
O fato de Deus ser Pai é vantagem sobre o fato de Deus ser Criador. Deus é o
Criador de todas as coisa, mas Ele e ambos Criador e Pai dos homens. A obra de
Deus na criação tem ampla ligação com a origem do universo material: Sua
paternidade tem dupla relação com origem da natureza da humanidade.
Paternidade implica semelhança entre pais e geração. Deus criou as rochas,
plantas e animais, mas Deus não é como a rocha a planta ou animal. Não só é o
Criador dos homens, mas Deus é também o Pai destes. Existe uma certa
semelhança, similaridade, e parentesco entre Deus e os homens. ( Gên. 1:26,27 ).
A bíblia reconhece duas inclusões da paternidade de Deus. Em um sentido
Deus é Pai de todos os homens. Num outro sentido Deus é Pai só dos crentes que
se achegaram a Ele pelo Seu Filho. Todos os homens são filhos de Seus pela
criação, somente os crentes são filhos de Deus por redenção. Existe portanto,
uma diferença entre a paternidade da criação de Deus s Sua paternidade
redentiva.
CAPITÚLO XVII
I. REI
Deus é o Rei do universo. “Seu reino domina sobre tudo”. Toda criatura existe
dentro do círculo de Seu governo. Toda pessoa deve viver em obediência a Ele.
Os governantes terrenos tem o direito de governar somente por que Deus
como Rei outorgou a eles este privilégio. Os governantes terrenos na totalidade
tem falhado em reconhecer o supremo reinado de Deus. Eles tem se mostrado
indignos de governar. Deus autorizou Seu filho, Jesus Cristo, para ser Rei eterno
na terra. Quando Cristo retornar a terra, os governos humanos serão compelidos a
submeter-se ao Seu governo. Ele será reconhecido como Rei dos reis e Senhor
do senhores.
1 Timóteo 1:17 Ao Rei eterno
1 Timóteo 6:15 O bendito e único poderoso
Atos 17:24 Senhor do céu e da terra
1 Crônicas 29:10-13 Tu reinaste sobre todos
Apocalipse 19:6 Senhor Deus onipotente reina
Êxodo 15:18 Reinará para sempre e sempre
Salmos 10:16 Rei para sempre e sempre
Salmos 22:28 Governador entre as nações
Salmos 29:10 Senhor entronizado Rei para sempre
Salmos 47:2,7,8 Deus é Rei sobre toda a terra
Salmos 93:1,2 vestido de majestade
Salmos 96: 10 O Senhor reina
Salmos 97:1 A terra regozija-se
Salmos 99:1 tremam os povos
Salmos 103:19 Seu reino domina sobre tudo
Salmos 145:11-13 Domínio dura por todas as gerações
Isaias 6:5 O Rei, o Senhor dos exércitos
Isaias 43:15 Criador de Israel, nosso Rei
Jeremias 46:18 Rei, Seu nome Senhor dos senhores
Jeremias 10:10 Um rei eterno
Daniel 4:3 Reinado eterno
Daniel 4:17,25,32 Altíssimo governa o reinado dos homens
Daniel 5:21 Altíssimo domina o reino dos homens
Daniel 6:26 Não será destruído
Daniel 7: 14,18,27 Dá o reino a Seu filho
1 Coríntios 15: 28 Deus será tudo em todos
II Legislador
Deus governa o universo de acordo com princípios, padrões e leis não escritas .
Pode-se observar ordem através da natureza desde a estrutura dos átomos ao
movimento das estrelas. “O Senhor é nosso legislador”. (Isa. 32:22). Ele
estabeleceu regulamentos de acordo com os quais Sua criação deve funcionar.
Leis governando o universo material, como o crescimento das plantas,
gravidade, eletricidade, corrente de ar, e movimento do sistema solar são
chamadas “leis naturais”. As leis que governam o universo moral, como a relação
do homem com Deus, seu vizinho e consigo mesmo, são chamadas “leis moral”.
Ciência natural, como astronomia, geologia, física, química e biologia, trata do
estudo das leis naturais. A teologia bíblica trata do estudo das leis moral.
As leis natural e moral são igualmente eficazes. O Deus da natureza e o Deus
da bíblia é um. O Criador também é o governador moral. Ambos lei natural e moral
originaram em Deus. Ele é o legislador de ambas. Ninguém pode violar a lei moral
com segurança bem como a lei natural do universo. Violação resulta em definitiva
destruição.
As leis naturais e moral são relacionadas aos atributos moral e natural de
Deus. As leis naturais do universo físico revela em alguma extensão os atributos
naturais de Deus. Leis moral governando o homem expressa atributos moral de
Deus.
Os princípios moral de Deus expressam Seu caráter moral. Deus não poderia
alterar Seu padrão moral sem mudar Seu próprio caráter. O pecado é falho em
conformidade com a lei moral de Deus. O pecado é contrario ao próprio Deus;
portanto, Deus deve desaprovar o pecado, e o resultado do pecado deve ser
destruição. Esta não é uma lei arbitrária de Deus; a vida foi feita desta forma. O
homem em pecado está fora de sintonia com o caráter de Deus.
A.H. Strong observou que a lei implica oito elementos: (1) um legislador, ou
vontade autoritária; (2) objetos ou seres sobre os quais isto terminará; (3) um
comando geral, ou expressão desta vontade; (4) poder para impor o comando; (5)
dever ou obrigação a obedecer; (6) sanções, sofrimento ou penalidade pela
desobediência; (7) que a lei seja uma expressão da natureza do legislador, e (8)
que a lei estabeleça a condição ou conduta dos objetos, aos quais é requisito para
harmonia com Sua natureza. (Op.cit.,pp. 533-549).
O homem através de seus próprios esforços não pode estar conforme às leis
moral de Deus e acatar Sua perfeita retidão. “Não há ninguém justo, ninguém. Os
homens naturalmente são pecadores. Jesus Cristo, porém, obedeceu
perfeitamente as leis moral de Deus. Sua vida em precisão refletiu os atributos
moral de Deus; santidade amor e verdade. Ele era sem pecados. Ele tinha perfeita
retidão.
Quando o crente se rende ao Cordeiro de Deus, o pecado do crente é
imputado a Cristo e a retidão de Cristo é imputada ao crente. (2 Cor. 5:21). Com
base na justiça imputada ,declara Deus que o crente está justificado. A justiça
imputada ao crente na conversão é atualmente concedida ao crente gradualmente
na medida que Cristo tem permissão para exercer influência na sua vida. O fruto
do Espírito (Gal. 5:22,23) é a retidão revelada. Ë a retidão de Cristo produzida na
vida do crente que se entregou.
Nenhum homem pode ser salvo pela guarda da lei. Ele só pode ser salvo ao
se tornar propriamente ligado a Cristo, o Salvador. A retidão que conta com Deus
é a retidão de Cristo imputada ao crente e concedida dentro dele. “Pois pela graça
sois salvos através da fé; e isto não de vós é o Dom de Deus; não por obras, para
que ninguém presuma. Porque nós somos sua obra”. (Efe. 2:8-10).
II. Juiz
O verso chave de nosso estudo sobre o governo de Deus no universo tem sido
Isaias 33:22. Leia este verso outra vez e note a última frase. “Pois o Senhor é
nosso juiz, o Senhor é nosso legislador, o Senhor é nosso rei; Ele nos salvará”.
Ele nos salvará! Não somente Deus governa, faz leis, pune e recompensa, mas
Ele também redime e salva. Na Sua obra de dar existência ao universo, Deus é o
Criador, Mantenedor e Pai. Na Sua obra de governar o universo, Deus é Rei,
legislador e juiz. Na Sua obra de redenção e salvação, Deus é Remidor e
Salvador.
Salvação origina-se em Deus. É proporcionada pelo Seu amor, planejada pela
Sua sabedoria , e trabalhada através do Seu poder. A meta da salvação é trazer
homens a Deus. Deus realiza Sua obra de salvação por nosso Salvador, Jesus
Cristo. Pode parecer confuso para alguns compreenderem que ambos Deus e Seu
Filho ocupem a posição de Salvador. Não há necessidade para perplexidade, este
fato é uma verdade gloriosa. Deus executa Sua obra de salvação através de Seu
Filho. Jesus é o único Mediador entre Deus e a raça humana. Deus, o Salvador,
obra através do Salvador, Jesus Cristo. A graça de Deus é a origem da salvação e
a morte sacrificial de Cristo é a base da salvação. O homem não pode
experimentar salvação sem Cristo.
Deus sustenta dupla relação com a humanidade: Um relacionamento criado ou
providenciado e um relacionamento redentivo. O relacionamento providencial é
efetivo com todos os homens. É exercitado em vista do fato de que todos os
homens são criatura de Deus e são objetos de Seu governo universal. Todos os
homens são sujeitos às leis naturais do universo. A relação redentiva de Deus é
efetiva com os homens que encontram Seus requisitos redentivos. É exercido no
fato de que os crentes se relacionam com Deus numa maneira especial através do
Seu filho.
Pela criação, Deus é Pai de todos os homens; pela redenção Ele é o Pai
unicamente dos crentes. Todos os homens, portanto são filhos criados por Deus,
mas somente os crentes são filhos redimidos de Deus. Assim também, todos os
homens são irmãos através de Adão enquanto que unicamente os Cristãos são
irmãos por meio de Cristo.
Todas as criaturas tem o poder ou Espírito de Deus ( Salmos 104:30 ) na forma
que Deus usa para dar-lhes vida. Somente os cristãos porem tem o Espírito de
Deus (Rom. 8:9 ) como Deus usa para dar aos homens salvação. O Espírito de
Deus na sua obra de dar vida natural pode ser contatado diretamente por todos os
homens. O Espírito redentivo de Deus porem, só pode ser contatado por crentes
através de Cristo.
A majestade de Deus também é dupla. Deus é o Rei do universo, exercendo
ambos, majestade providencial e redentiva. Através da Sua majestade
providencial, Deus é soberano; pela Sua majestade redentiva, Ele é salvador. A
majestade providencial de Deus refere-se ao Seu governo sobre toda Sua criação
natural; Sua majestade redentiva refere-se a Seu governo sobre os redimidos.
Todos os homens dentro do reino providencial universal de Deus nasceram no
mundo. Somente os redimidos porem, podem entrar no reino redentivo de Deus
mediante Seu plano de salvação.
CAPÍTULO XVIII
A Adoração de Deus
“Intercessão”
Perdão, eu suplico a Ti, a iniquidade deste povo seja diante da Tua grandiosa
misericórdia. ( Números 14:19 ).
Ó Deus, eu me levanto para a luz do Teu amor, este que tens derramado em
meu coração, N.........,sabendo que Tu farás por ele coisas melhores do que eu
posso pensar ou pedir. Querido Pai, em Tuas mãos eu ponho corpo, mente, alma,
em nome de Cristo. Amém ( Gamet, Constance. Growth in prayer. New York:
Macmillan, 1950,p.82).
PARTE DOIS
ANTROPOLOGIA
CAPÍTULO XIV
A Origem do homem
A bíblia claramente ensina que o homem deve sua origem a Deus. “E Deus
criou o homem à sua própria imagem, a imagem de Deus o criou; macho e fêmea
Ele os criou”. (Gên.1:27).Deus fez duas pessoas, Adão e Eva, que se tornaram os
progenitores de toda a raça humana. Adão e Eva receberam a vida de Deus. Por
eles a vida humana foi transmitida a todas as gerações sucessivas.
O homem não resultou de qualquer “lenta operação de causas naturais sem
inteligência e variação acidental na natureza. “A raça humana não foi produzida
por qualquer processo de desenvolvimento de pequenas formas de vida. O
homem resultou de um especial ato criativo e instantâneo de Deus.
O relato histórico da origem do homem está registrado nos primeiros dois
capítulos de Gêneses. O primeiro capítulo coloca o fato da criação; o segundo
capítulo descreve a maneira da criação do universo por Deus, com o homem
sendo criado no sexto dia. O segundo capítulo apresenta uma explanação
detalhada da formação do homem. O primeiro capítulo anuncia que Deus criou a
raça humana, O segundo capítulo explica como Deus criou o primeiro homem e a
primeira mulher.
A criação do homem por Deus é descrita em Gêneses 2:7, “E o Senhor Deus
formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o
homem se tornou uma alma vivente”.
A formação da primeira mulher é descrita em Gêneses 2:21,22. “E o Senhor
Deus fez cair um profundo sono sobre Adão e ele dormiu, e Ele tomou uma de
suas costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela, que o Senhor Deus
tomou do homem fez Ele uma mulher, e a trouxe para o homem”.
O fato de que Deus criou o homem é registrado repetidamente na bíblia. “Deus
criou o homem sobre a terra”. (Deut. 4:32).
“Lembra-te do teu criador”( Ecles, 12:1 ) “Ajoelhemo-nos ante o Senhor nosso
criador (Salmos 95:6) “Foi Ele quem nos fez”( Salmos 100:3).
Jó escreveu, “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo poderoso me tem
dado vida”(Jó 33:4). Deus disse: “Eu fiz a terra, e criei o homem sobre ela”(Isa
45:12). Jesus ensinou, “Ele que os fez ao princípio, macho e fêmea os fez”. (Mat.
19:4). Paulo declarou , “Nós somos geração de Deus “( Atos 17:29 ). Oensino
uniforme em toda a bíblia está em perfeito acordo com o relato de Gêneses
falando da origem do homem. Aquele que rejeita o relato da criação de Gêneses
rejeita um ensino básico da bíblia em um todo.
O homem existe porque Deus o criou e deu a ele vida. O homem foi criado
não porque quisesse ser criado, mas porque Deus assim desejou criá-lo. “Tu
criaste todas as coisas e para teu prazer elas são e foram criadas”. (Apoc. 4:11).
O propósito da existência do homem repousa no coração e vontade de Deus.
O homem ocupa a mais alta posição entre as criaturas terrestres. Ele é
superior ao reino animal, vegetal e mineral. Sendo o último criado das criaturas, ao
homem foi dado a posição de senhor sobre a terra. (Gên. 1:26-28; 9:2; Salmos
8:6-8; 115:16). O redimido experimentará os completos benefícios do homem
como senhor da natureza no futuro reino de Cristo. ( Heb.2: 6-10) Cristo será Rei
dos reis, governado sobre a terra. Ele exercerá completo controle em extensão e
eterno em duração. Os redimidos serão co-herdeiros com Ele.
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XXI
I. O pó da terra
O homem foi feito do “pó da terra”. (Gên. 2:7) Deus disse a Adão, “No suor da
tua face comerás o pão, até que voltes ao pó; pois dele foste tomado: pois tu é pó,
e ao pó retornará” (Gên. 3:19). Abraão reconheceu em humilhação que ele era “pó
e cinza”( Gên. 18:27). Davi escreveu, “Porque ele conhece nossa estrutura,
lembra-se que somos pó”.(Salmos 103:14). Aquele que é da terra é terreno”(João
3:31). “O primeiro homem da terra, terreno”(1Cor. 15:45).
A frase “o pó da terra” refere-se aos elementos químicos que constitui o corpo
do homem. Deus fez todas as coisas usando várias combinações de
aproximadamente uma centena de ingredientes básicos que os homem tem
chamado elemento químico.
Os nomes destes são: (1) hidrogênio, (2) hélio, (3) lítio, (4) berílio, (5) boro, (6)
carbono, (7) nitrogênio, (8) oxigênio, (9) flúor (10) neônio, (11) sódio, (12)
magnésio, (13) alumínio, (14) silício, (15) fósforo, (16) enxofre, (17) cloro, (18)
argônio, (19) potássio, (20) cálcio, (21) escândio, (22) titânio, (23) vanádio, (24)
cromo, (25) manganês, (26) ferro, (27) cobalto, (28) níquel, (29) cobre, (30) zinco,
(31) gálio, (32) germânio, (33) arsênio, (34) selênio, (35) bromo, (36) criptônio, (37)
rubídio, (38) estrôncio, (39) ítrio, (40) zircônio, (41)nióbio, (42) molibdênio,
(43)tecnécio, (44) rutênio, (45) ródio, (46) paládio, (47) prata, (48) cádmio, (49)
índio, (50) estanho, (51) antimônio, (52) telúrio, (53) iodo, (54) xenônio, (55) césio,
(56) bário, (57) lantânio, (58) cério, (59) praseodímio, (60) neodímio, (61)
promécio, (62) samário, (63) európio, (64) gadolíneo, (65) térbio,(66) disprósio,
(67) hólmio, (68) érbio, (69) túlio, (70) itérbio, (71) lutécio, (72) háfnio, (73) tântalo,
(74) tungstênio, (75) rênio, (76) ósmio, (77) irídio, (78) platina, (79) ouro, (80)
mercúrio, (81) tálio, (82) chumbo, (83) bismuto, (84) polônio, (85) astato, (86)
radônio, (87) frâncio, (88) rádio, (89) actínio, (90) tório, (91) protactínio,(92) urânio,
(93) netúnio, (94) Plutônio, (95) amerício, (96) cúrio, (97) berquélio, (98) califórnio,
(99) einstênio, (100)férmio, (101) mendelévio, (102) nobélio.
O corpo do homem é composto de quinze destes elementos químicos:
hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, flúor, sódio, magnésio, silício, fósforo,
enxofre, cloro, potássio, cálcio, ferro, e iodo. ( Algumas autoridades incluem
manganês).
Ima análise química do corpo do homem revela que ele consiste de 72 partes
de oxigênio, 13,5 partes de carbono, 9,1 partes de hidrogênio, 2,5 de nitrogênio,
1,3 partes de cálcio, 1,15 partes de fósforo, e pequenas partes de potássio,
enxofre, sódio, cloro, magnésio, ferro e silício, iodo e flúor. Os primeiros seis
elementos listados neste parágrafo, fazem portanto, mais de noventa e nove por
cento do corpo do homem.
Estes elementos químicos são encontrados no solo em vários compostos. Eles
são absorvidos pelas plantas, onde pela ação química eles são preparados para
serem assimilados no corpo do homem. Quando o homem come o alimento,
alguns destes elementos se tornam incorporados em sua natureza física. O
crescimento humano, desta forma, é possível.
Depois da morte o corpo do homem se decompõe e os elementos químicos
retornam a terra. “Pó tu és, e ao pó tornarás”( Gên. 3:19).
“O homem tornará ao pó novamente”(Jó 34:15). “Seu fôlego se vai, ele retorna
a sua terra”. (Salmos 146:4) “Tu lhes tira a respiração, eles morrem, e retornam ao
seu pó”(Salmos 104:29). “Todos vão para um lugar; todos são do pó, e todos
voltam ao pó novamente”. (Ecles. 3:20). “E o pó volte a terra como foi”. (Ecles.
12:7).
CAPÍTULO XXII
I. Religião Pagã
CAPÍTULO XXIV
O homem é mortal; ele é sujeito à morte. Todos os homens são mortais, e tudo
do homem é mortal. A mortalidade não é somente universal entre os homens, mas
também total dentro do homem. Nenhuma parte do homem é imortal. Em toda a
bíblia nenhum verso ensina que o homem ou qualquer parte do homem é imortal.
A bíblia constantemente revela que o homem é mortal, não imortal. Jó
perguntou: “Seria o homem mortal mais que Deus” (Jó 4:17).
Davi escreveu, “Que homem que vive, e não verá a morte? “(Salmos 89:48).
“Esta ordenado ao homem morrer uma vez.’ ( Heb. 9:27).
Jó 4:17 Homem mortal
Jó 14:10 Não como árvore que brota
Jó 17:14 Corrupção, tu és meu pai
Salmos 89:48 Que homem não verá a morte
Romanos 2:7 Busca pela imortalidade
Romanos 6:12 Vosso corpo mortal
Romanos 8:11 Vossos corpos mortais
1 Coríntios 15: 42,43,50 Corrupção, desonra e fraqueza
1 Coríntios 15:53 Este mortal deve acabar
2 Coríntios 5;4 O mortal tragado pela vida
2 Coríntios 4:7,11 nossa carne mortal
1 Timóteo 6:16 Só o Senhor é imortal
Hebreus 9:27 Ordenado ao homem morrer uma vez
1. “Deus é imortal”. Unicamente Deus é a fonte original da imortalidade. Todas
as criaturas são sujeitas a corrupção, mudança e declínio. Hoje os homens são
mortais. Os crentes não receberão imortalidade até a ressurreição no retorno
de Cristo.
A palavra “imortal” ocorre somente uma vez em toda a bíblia. A palavra neste
verso refere-se a Deus. “Agora, ao Rei eterno, imortal, invisível, o único sábio
Deus, seja honra e glória para sempre e sempre. Amém.” (Tim. 1:17). Paulo
descreveu o criador como “o Deus incorruptível “( Rom. 1:23). Deus é imortal; Ele
nunca pode morrer.
Lendo 1 Timóteo 6:16, observou-se que “somente Deus tem imortalidade”.
Deus é o único que sempre teve imortalidade.
A imortalidade origina-se dentro Dele. Ela só pode ser recebida Dele
mediante Seu filho.
2. “Jesus mortal até a ressurreição”. Jesus nasceu mortal na semelhança física
do homem. Se Jesus tivesse sido imortal, Ele não poderia Ter morrido. Quem é
mortal não morre. Em sua gloriosa ressurreição nosso Salvador levanta da
morte para a imortalidade.
3. “Os cristãos buscam a futura imortalidade”. Todos os homens de hoje são
mortais. Imortalidade é uma benção prometida pelo evangelho. Hoje, cristãos,
“pela contínua paciência em fazer o bem buscam por... imortalidade”(Rom.
2:7). O fato dos crentes estarem buscando a imortalidade é prova definitiva de
que eles não a possuem. Se os homens já fossem hoje mortais, não haveria
necessidade de que a buscassem.
A mudança física do crente ocorrerá quando Cristo retornar. “Isto que é
corruptível deve revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal deve se
revestir da imortalidade. (1 cor. 15:53). Quando o homem experimentar uma
mudança da mortalidade para a imortalidade, ele terá uma natureza física
conveniente para perfeita eternidade com Deus.
III. Promessa da imortalidade condicional
CAPÍTULO XXV
Morte
O homem na morte está sem consciência. Ele não tem vida. Seu cérebro e
sistema nervoso cessam de funcionar. Sem um cérebro, o homem não pode
pensar; sem um sistema nervoso, ele não pode sentir dor ou pensar. Intelecto,
sensibilidade, e vontade pode ser exercida somente quando o cérebro do homem
pode funcionar. Os mortos portanto estão inconscientes. Estude os seguintes
verso:
Jó 3:13-19 lá o cansado repousa
Jó 14:7-15 morto não como o ramo da árvore
Salmos 6:5 na morte não há lembrança
Salmos 88:11,12 sepultura, destruição, esquecimento
Salmos 115:17 mortos não louvam ao Senhor
Salmos 146:4 seus pensamentos perecem
Ecles. 9:5,6 os mortos nada sabem
Ecles. 9:10 não há conhecimento na sepultura
Isai. 38:18 o sepulcro não te louvará
Observe a clareza, o ensino inspirado de Davi: “Seu fôlego se vai, ele retorna
a sua Terra, naquele dia seus pensamentos perecem.”(Salmos 146:4).
Onde os homens vão na morte? O que acontece com os homens depois que
morrem? Vão eles a “um feliz solo caçador”? Voam para habitar uma mansão
celestial? Passeiam de barco ao longo do Rio Styx? Voltam a este mundo e se
tornam reencarnados em algum animal ou outra pessoa? Alguma parte do
homem permanece sobre a terra para assombrar os vivos ou para conversar com
amigos? Vão os mortos para um inferno de chamas, onde permanecem vivos e
torturados em grande agonia por toda a eternidade?
De acordo com a bíblia, os mortos não vão a qualquer lugar exceto para a
sepultura na qual são enterrados. Os homens mortos permanecem inconscientes
até a ressurreição. Na morte os homens não vão nem para o céu nem para o
inferno flamejante. Eles vão para as sepulturas. Em João 3:13 nós lemos: Nenhum
homem subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem que está no
céu.” Nenhum homem exceto Jesus foi ao céu. Paulo. Pedro, e Maria nãi estão
no céu, eles estão mortos e enterrados em suas sepulturas. Eles vão ressuscitar
quando Jesus vier.
Quando nosso Senhor levantou lázaro do sepulcro, Lázaro estava morto e
enterrado na tumba. “Ele que estava morto saiu, com as mãos e pés envolto em
faixas e sua face envolta em pano. Jesus disse a eles, soltai-o e deixai-o ir”( João
11:44 ). Onde estava Lázaro enquanto estava morto? Ele estava num inferno de
fogo ou na tumba? Quando Jesus clamou com grande voz, “Lázaro sai para fora”.
Ele não estava chamando Lázaro para deixar a delícia do céu e vir para a terra.
Ele não estava chamando pela alma de Lázaro para sair do inferno de tortura
ardente para retomar seu corpo decaído. Nosso Salvador estava chamando por
Lázaro para sair da tumba, onde ele estava enterrado.
O que dizer de Davi? Ele foi para o céu? Paulo disse: “Davi depois de servir a
sua própria geração pela vontade de Deu, dormiu e foi sepultado com seus pais, e
viu a corrupção”( Atos 2:29 ). “Pois Davi não subiu aos céus”(Atos 2:34). De
acordo com estas passagens claras, é certo que Davi não foi ao céu quando
morreu. Aqueles teólogos que afirmam que Jesus levou os santos mortos do
antigo Testamento com ele quando ascendeu ao céu deveriam observar as
colocações feitas por Pedro e Paulo “depois” que Jesus subiu para estar a mão
direita de Deus. Noé, Abraão, Moisés, Davi, Daniel e todos os outros antigos
heróis da fé estão mortos e estão esperando nas suas sepulturas até a
ressurreição.
Todos os homens mortos permanecem em suas sepulturas até a ressurreição.
Os crentes serão levantados na primeira ressurreição no retorno de Cristo. Eles
serão imortais e glorificados. Os pecadores permanecerão enterrados nas suas
sepulturas até que Cristo e os cristãos ressuscitados na primeira ressurreição
tenham reinado mil anos sobre a terra. Os pecadores se levantarão mortais na
última ressurreição. Nesta ocasião ele serão julgados. Se os seus nomes não
estiverem no livro da vida, eles serão destruídos na Segunda morte.
CAPÍTULO XXVI
O inferno bíblico
Os versos no qual a palavra “Seol “ foi traduzida “inferno” são: Deut. 32:22;
2Sam. 22:6; Jó 11:8; 26:6 ; Salmos 9:17; 16:10; 18:5; Salmos 55:15; 86:13; 116:3;
139:8; Prov. 5:5; 7:27; 9:18; 15:11,24; 23:14; 27:20; Isa. 5:14; 14:9,15,18; 57:9;
Ezeq. 31:16,17; 32:21,27; Amós 9:2; Jonas 2:2; Hab.2:5.
Os três versos nos quais esta palavra é traduzida “cova” são: Núm. 16:30,33;
Jó 17:16.
Lendo estes 65 versos, pode-se observar com evidência que o significado de
Seol é sepultura.
1. “Quem vai para o inferno”. Todo o que está morto está no inferno segundo a
bíblia, a sepultura. Ele permanecerá no inferno a sepultura, até a ressurreição.
A bíblia declara que ambos o justo e o ímpio estão no “seol “ou “hades”.
Jacó foi ao inferno. Ele disse: Eu descerei a sepultura (Seol) pranteado por meu
filho.”(Gên. 37:35). Jó foi ao inferno. Ele disse: “Óh se me escondesses na
sepultura (Seol), que me conservaste em secreto, até que tua ira passasse” (Jó
14:13). Ele também disse: “Se eu esperar, o sepulcro é minha casa; eu fiz minha
cama na escuridão”(Jó 17:13). Ezequias, um homem devoto, disse: “Eu irei aos
portões da sepultura (Seol): eu estou privado do restante dos meus
anos.”( Isa.38:10).
“Pois não deixarás minha alma no inferno, nem o que teu Santo veja a
corrupcão. Ele vendo isto falou da ressurreição de Cristo, que Sua alma não foi
deixada no inferno, nem Sua carne viu a corrupção”. (Atos2:27:31).
Jacó, Jó, Ezequias, e Jesus não foram para um inferno de fogo. Eles morreram e
foram sepultados. Eles estavam no sepulcro, o inferno Bíblico.
V. Fogo Geena
Fora dos muros de Jerusalém, nos dias dos apóstolos, existia um vale para
incinerar lixo, chamado “O Vale de Hinom”, ou “Geena”. Geena era a cidade onde
se incinerava lixo para antiga jerusalém. Lixos, refugos, e animais mortos eram
lançados neste vale para serem consumidos no fogo. O fogo prosseguia
queimando enquanto houvesse material a ser comsumido. O lixo era consumido,
mas o fogo seguia à medida que queimava lixo adicional. Não há fogo no Vale de
Geena hoje. Ele foi extinto séculos atrás. O vale não é mais usado para incinerar.
Durante o ministério terreno de nosso Senhor, criminosos que morriam depois da
crucificação eram lançados neste fogo Geena para serem destruídos. Era
ensinado que os crucificados não mereciam um enterro decente. Muitos
estudantes da Bíblia pensam que Jesus seria lançado neste lixo ardente para ser
consumido se José de Arimateia nào houvesse ido até Pilatos e pedido permissão
para sepultar o morto Jesus em sua própria tumba.
O fogo Geena é considerado como símbolo de julgamento e destruição. Jesus
usou o fogo de geena como ilustração da destruição final do ímpio. O fogo Geena
refere-se ao lago de fogo, o qual é a Segunda morte. (Apoc. 20: 14, 15).
A palavra grega “Geena” ocorre em doze versos no Novo Testamento. Ela foi
usada onze vezes por nosso Senhor e uma vez por Tiago. Os tradutores ingleses
usaram a palavra inferno para traduzir a palavra “Geena”. É uma infelicidade que
tenham feito assim. Isto somou muita confusão ao tema. “Seol” e “hades”
traduzido inferno, refere-se a sepultura. Geena, porém, não se refere à sepultura.
Ela se refere ao lago de fogo, o qual será o agente para a destruição final do
ímpio.
Mateus 5: 22................Será réu do fogo do inferno
Mateus 5: 29................Todo o corpo lançado no inferno
Mateus 5: 30................Todo o corpo lançado no inferno
Mateus 10: 28..............Destrói a alma e corpo no inferno
Mateus 18: 9................Dois olhos lançado no fogo do inferno
Mateus 23: 15..............Duas vezes mais filho do inferno
Mateus 23: 33..............Escapar da condenação do inferno
Marcos 9: 43...............Tendo duas mãos ires para o inferno
Marcos 9: 45................Tendo dois pés ires para o inferno
Marcos 9: 47................Dois olhos, lançado no inferno
Lucas 12: 5...................Tem poder para lançar no inferno
Tiago 3: 6.....................Língua é incendiada no fogo do inferno
Emtodos estes doze versos, apalavra inferno é oriunda da palavra grega “Geena”.
Esta palavra não se refere a um inferno ardente, para o qual os pecadores hoje
vão por ocasião da morte. Não se refere a sepultura. Ela refere-se a futura
destruição do ímpio no lago de fogo. Observe que nestes versos o “corpo total do
homem”, “olhos”, “mãos”, e “pés” são mencionados como sendo lançados no fogo
Geena. Os homens que creem na imortalidade da alma e a tortura do ímpio num
inferno ardente nào podem hoje usar estes versos como suporte para suas falsas
teorias. De acordo com a teoria deles, o corpo do pecador é enterrado no
sepulcro, e somente a sua alma desencarnada vai para o inferno ardente.
O inferno de fogo Geena refere-se a futura tortura no lago de fogo, no qual os
pecadores em seus corpos mortais serão destruídos sendo consumidos.
Ao contrário do ensino da tortura sem fim do ímpio, a Bíblia claramente ensina que
o ímpio será completamente destruído. Esta verdade prova que o homem não tem
uma alma imortal. Se os pecadores fossem imortais, eles nunca poderiam ser
destruídos. De acordo com a Bíblia o ímpio morrerá, será consumido, será
queimado, será devorado, cessará de existir, perecerá, será destruído, e sofrerá
destruição. O ímpio “será punido com eterna destruição.” (2 Tes. 1: 9). Na punição
eterna Deus visitará o ímpio para eterna destruiçÃo.
Salmos 37: 20 Em fumaça serão consumidos
Malaquias 4: 3 O ímpio será cinza debaixo dos pés
Salmos 37: 38 Transgressores serão destruídos
Salmos 73: 18 Lançados na destruição
Salmos 92: 7 Será destruído para sempre
Salmos 145: 20 O ímpio ele destruirá
Provérbios 10: 29 Destruição dos que obram iniquidade
Isaias 1: 28 Destruição dos transgressores
Mateus 7:13 Caminho largo para destruição
Filipenses 3: 19 Dos quais o fim é a destruição
2 Pedro 2: 12 Perecerão completamente
Mateus 3: 12 Queimará como palha
Malaquias 4: 1 Serão queimados
Obadias 16 Será como se eles não existiram
Salmos 37: 10 Seu lugar não será
Provérbios 10: 25 O ímpio não mais
O ímpio será destruído no lago de fogo. O ímpio será consumido no fogo, mas o
fogo continuará a queimar até consumir por completo o ímpio. O fogo por si não é
extinguível. Ninguém pode apagar o fogo para escapar de sua destruição. O fogo
é chamado “eterno” e “insaciável” porque ele não pde ser desfeito até que o
trabalho de destruição esteja completo.
O ímpio pode experimentar vários gruas de sofrimento enquanto estiver morrendo
a morte final no lago de fogo, mas todos os ímpios serão totalmente destruídos.
CAPÍTULO XXVII
Jó, o antigo filósofo religioso, perguntou: “Se o homem morrer, viverá ele de
novo?” (Jó 14: 14). Para esta questão três respostas tem sido apresentadas. Duas
respostas são falsas; uma resposta é verdadeira.
O “ateísmo” responde que o homem nunca viverá novamente. Quando o homem
morre, de acordo com esta teoria, sua existência se finda por toda a eternidade.
Ateísmo nega a realidade de Deus, a vida sobrenatural de Jesus, e a futura
esperança do homem pela vida eterna. Assegura que não há vida futura para
qualquer homem.
O “paganismo” responde que há uma futura vida imortal para todos os homens.
Ele declara que os homens são naturalmente imortais e não podem ser
destruídos. Todos os homens, de acordo com seus ensinos, devem continuar a
viver em alguma forma e em algum lugar pela eternidade. Ele assegura que há
uma futura vida para todos os homens.
A “Bíblia” somente dá a resposta correta. A resposta do ateísmo e paganismo são
incorretas. A Bíblia responde a pergunta de Jó em que todos os homens viverão
novamente, mas somente aqueles que encontrarem os requisitos de Deus,
receberão a imortalidade e vida eterna. Os homens que falharem em cumprir os
requisitos de Deus serão levantados para julgamento na ressurreição final e então
serão destruídos. Ela assegura que a vida eterna para o homem é condicional.
Ateísmo não crê em Deus. Paganismo crê em muitos deuses. A Bíblia ensina a
existência de Deus. Ateísmo é a “negação” da verdade. Ateísmo acredita em não
imortalidade. Paganismo acredita em imortalidade natural. A Bíblia ensina
imortalidade condicional.
CAPÍTULO XXVIII
I. Pais Ante-Nicenos
“É o Pai de todos que concede a continuação para sempre e sempre daqueles que
são salvos. Pois a vida não nasce de nós, nem de nossa natureza; mas é
concedida de acordo com a graça de Deus. E portanto aquele que conserva a vida
concedida sobre si dá graças a Ele que a concedeu, receberá também
prolongamento de dias para sempre e sempre. Mas, o que rejeitá-la, e se provar
ingrato ao seu Criador, haja visto que ele foi criado, e não recebeu a Ele que
galardoa (a dádiva sobre ele), se priva da continuação para o sempre.” (Against
Heresies. Livro II, Capítulo XXIV, Parágrafo 3. The Ante-Nicene Fathers. Vol. I,
pág. 411, 412. Veja também Livro III, Capítulo XIX, Parágrafo 1; Livro III, Capítulo
XX, Parágrafo 1, 2 e livro V, Capítulo XIII, Parágrafo 3.)
A tocha da verdade, a qual foi quase extinta pela Igreja Romana na Idade Média,
ascendeu brilhantemente outra vez com a Reforma Protestante. Os homens
afirmavam sua liberdade da autoridade Romana. Pessoas comuns começaram a
ler a Bíblia na sua própria língua. Importantes doutrinas Bíblicas, como o retorno
de Cristo, a futura ressurreição dos crentes, e o reino vindouro de Cristo, foram
restauradas na teologia da igreja. A leitura da Bíblia por pessoas comuns, proibido
por muitos séculos, fez com que muitos crentes aceitassem o ensino da Bíblia
concernente à natureza física do homem, imortalidade condiciona, e a destruição
do ímpio.
2. John Frith. John Frith (ou Fryth) ( 1503-1533), um reformador inglês, era um
amigo fiel, companheiro, e obreiro irmanado de Tyndale. Ele apoia Tyndale na
sua tradução do novo testamento.
Como Tyndale, Frith foi um martir pela fé. Frith cria que o homem é mortal e
que os crentes serão ressuscitados para imortalidade na vinda de Jesus. Ele
insistiu que a falsa doutrina a qual ensina que alguns homens já então no
inferno e alguns no céu, “destrói completamente a ressurreição, e anula os
argumentos pelos quais Cristo e Paulo provam que nós levantaremos”. Seu
ponto de vista aparece em A disputation of Porgatory,1530. Este livro é dividido
em três partes: a primeira em resposta a John Rastell, que escreveu um livro
ensinando a imortalidade da alma; a Segunda ao Sr Thomas More; a terceira a
John Fisher, bispo de Kochester. As obras de Frith estão reimprensas em
Works of Tyndade e Frith (Londres, 1831).
3. Peter Pomponatios. No princípio do século dezesseis, a questão da natureza
do homem era tema de especial interesse nas universidades da Itália, negaram
a imortalidade da alma. Um líder deste movimento era Peter Pomponatios ,
que foi descrito como “o mais influente professor de filosofia de seu tempo”.
(Petavel).
Pomponatios escreveu muitos livros contra a imortalidade da alma. Seu famoso
livro , Tractatus de Immortalitate Animal (Bononiae,1516), foi publicamente
queimado em Viena. Para uma completa análise das opiniões de Pomponatios,
veja Ernest Renan em Avenoes et L’Averroisme Essai historique ( Paris, 1852). As
obras de Pomponatios são listadas por Ezra Abbot em seu The literature of the
Doctrine of a Future Life.
A influência e extensão do movimento Averroísta são revelados no fato de que
o Papa Leão X, em 1513, publica uma bula contra este grupo, e a doutrina foi
condenada pelo quinto Concílio de Latrão da Igreja Católica Romana, que ocorreu
em Roma( 1512-1517). Este concílio, sob Leão X , publica o seguinte decreto:
“ Considerando que, alguns ousaram afirmar com respeito à alma racional, que ela
é mortal; nós, com a aprovação do Sagrado Conselho, condenamos e reprovamos
todos que afirmam que a alma intelectual é mortal, vendo que a alma não
unicamente real, e de si mesma é essencialmente, a forma do corpo humano,
como está expresso no canon do Papa Clemente V, mas também imortal; e nós
proibimos estritamente tudo que dogmatiza de outra forma; e nós declaramos que
todos que aderirem à afirmação errônea será evitado e punido como herege”.
Martinho Lutero protestou contra o edito publicado pelo Papa que enfatizava a
crença na imortalidade da alma. Lutero escreveu:
Eu tolero que o Papa estabeleça artigos de fé para seus fiéis seguidores;
como, o pão e o vinho sendo transmutados no sacramento; a essência Divina não
é generativa nem produzida; a alma é a forma substancial do corpo humano: e ele
mesmo é o governador do mundo e Rei do céu e Deus da terra; e a alma é
imortal, e todos os inumeráveis prodígios do monturo de decretos romanos.
( Proposition 27 de Luther’s Defensa. Works, vol. II, folha 107. Citado por
Pettingel, The Unsprakable Giff, p. 50).
A extensão na crença da imortalidade condicional durante a era da reforma
pode ser vista no fato de que João Calvino, em 1534, escreveu um livro no esforço
de refutar a crença que a alma repousa entre a morte e o juízo final. O livro
Psychopannychia, foi a Segunda publicação literária de Calvino.
4. Os Socinianos. À medida que a Reforma progredia durante o século
dezesseis, muitos grupos protestantes foram organizados pela Europa. Grupos
os quais criam na imortalidade condicional foram largamente encontrados entre
os Anabatistas e os Socinianos. O movimento Sociniano foi nomeado depois
de seus fundadores antitrinitarianos, Laelius Socinus (1525-1562) e seu
sobrinho Faustus Socinus (1539-1604). Laelius Socinus foi o reformador e
pregador, Faustus Socinus foi o teólogo. Ambos os homens nascidos em
Siena, Itália. O Socianismo encontrou sua maior influência na Polônia, onde os
seguidores de Socinus encontrou refúgio de 1539 à 1658, até que foram
expulsos da Polônia pelos Jesuítas. Os escritos dos teólogos líderes do
movimento estão coletados na Biblioteca Fratrum Polonorum, editado por
Andreas Wiszowaty, neto de Fautus Socinus. O principal símbolo dos
Socinianos, Rakow, onde o movimento teve uma casa publicadora, uma escola
na qual foi freqüentada por 100 estudantes, no lugar de encontro anual do
sínodo geral. A perseguição Católica Romana fez os Socinianus fugirem para
Transilvania , Alemanha, Holanda, Inglaterra, e outras partes da Europa, onde
congregações foram organizadas.
Os Socinianos asseguravam muitos pontos de vista os quais não aceitamos;
por exemplo, a visão humanitária de Cristo e a visão Pelagiana do pecado, mas
estavam certos em recusar a doutrina da trindade e a imortalidade da alma. Muitos
Socinianos creram na imortalidade da alma condicional.
No lado positivo, Fautus Socinus ensinou que o homem é mortal por natureza e
condiciona a imortalidade somente pela graça. No lado negativo, seus seguidores
( Crell, Schwaltz, e especialmente Ernst Sohner) ensinaram abertamente que a
Segunda morte consiste em anulação, a qual ocorre porém, somente depois da
ressurreição geral, no juízo final. Dos Socinianos esta visão geral passou a toda a
Inglaterra. (The Schaff- Herzog Religious Encyclopedia, I, 185.)
5. Os Anabatistas. O movimento Anabatista recebeu seu nome (significando
“Rebatizados”)do fato da rejeição do batismo infantil e requererem o batismo
adulto. Originando por volta de 1525, este movimento inclui muitos grupos
protestantes os quais se espalharam por toda a Europa. Estes Anabatistas
diferem não somente de Calvino e Lutero, mas também de outros em muitas
doutrinas.
Embora uns poucos grupos tivessem cedido ao fanatismo, muitos grupos
Anabatistas eram sóbrios estudantes da bíblia. Alguns destes grupos acreditavam
na Segunda vinda de Cristo, o reino de Deus na terra, a ressurreição dos crentes
para a imortalidade. Como Lutero e Calvino, eles creram na autoridade da bíblia,
justificação pela fé, e o sacerdócio dos crente. Eles reconheciam, porém, que a
doutrina de reforma de Lutero e Calvino eram imcompletas. Eles insistiram que
todos os falsos ensinos do Catolicismo Romano deveriam ser rejeitados, e que a
Reforma deveria ser total e completa. Alguns destes grupos Anabatistas, portanto,
advogaram imortalidade condicional somente mediante Cristo.
A imortalidade condicional foi ensinada por J.M. Deniston em seu Perish Soul
(2ªedição, Londres, 1874), por Prebendary C.A.Row, que escreveu:The Glory of
Christ (Londres, 1868), The Way Everlasting, The Harmony of Scripture on Future
Punishmente, e A New Bible. Isto foi ensinado também por W.T. Hobson, em
Conditional Immortality, J.W. Barlow, Eternal Punishment (Cambridge, 1865), T.
Davis, Endless Suffering Not The Doctrine of Scripture (Londres, 1866), J.F.B.
Tinling, The Promisse of Life, e o filósofo inglês, James Martineau (1805-1900), A
Study of Religion (Oxford, 1888).
William E. Gladstone (1809-1898), distinto primeiro ministro Britânico e autor,
defender a imortalidade condicional em sua obra Studies Subserviente to the
Works of Bishop Butter (pág. 184-197). O astrônomo inglês, John Couch Adams
(1819-1892), que descobriu o planeta Netuno (1845), e era professor de
astronomia na Universidade Cambridge, foi um crente nesta verdade. Sir George
G. Stokes (1819-1903), membro do Parlamento, professor de matemática em
Cambridge, secretário (1854-1885) e então presidente (1885-1890) da Sociedade
Real, escreveu em apoio a esta doutrina. Seus escritos no tema estão inclusos em
Symposium, That Unknow Country, e Immortality, A Clerical Symposium.
H.H. Dobney, um ministro Batista da Inglaterra, ensinou a imortalidade condicional
em seu livro muito lido, Notes of lectures on Future Punishment (Londres, 1844). A
quarta edição Americana, da Segunda Edição de Londres, incluiu um apêndice o
qual continha “The State of the Dead,” por John Milton.(Peace Dale, R. I., 1856).
Dr. Richard Francis Weymouth (1822-1902), um leigo inglês batista e tradutor do
Novo Testamento, escreveu:
“minha mente falha em conceber uma completa deturpação da linguagem quando
cinco ou seis das palavras mais fortes as quais a língua Grega possui significado
“destrói” ou “destruição” são explicadas: “ mantendo uma eterna mas desprezível
existência.
Traduzir preto como o branco é nada perto disso. (Citado por Pettingel, The
Unspeakable Gigt, p. 322).
John Nelson Darby (1800-1882), um dos fundadores da Igreja do Irmãos Plymouth
na Inglaterra, escreveu em Hopes of the Church: “Nós expressaríamos nossa
convicção que a idéia da imortalidade da alma não tem fonte no Evangelho, que
ela vem ao contrário dos Platonistas e quando a vinda de Cristo era negada na
Igreja ou ainda perdeu a visão disto, que a doutrina da imortalidade da alma veio
para substituir a da ressurreição.
Professores da imortalidade condicional entre Ingleses Congregacionalistas, ao
aldo de Edward White, inclui o famoso teólogo, Robert William Dale (1829-1895).
Dr. Dale foi pastor da Igreja de Carrs Lane em Birmingham por cerca de quarenta
anos. Ele foi o presidente da União Congregacional da Inglaterra e Wales e
presidente do primeiro Concílio Internacional dos Congregacionalistas, ocorrido
em Londres em 1891. Dr. Dale fez sua primeira declaração pública sobre esta
verdade perante a União Congregacional da Inglaterra e Wales em Maio de 1874.
Um outro importante Congregacionalista inglês que creu nesta doutrina foi o
famoso pregador, Dr. Joseph Parker (1830-1902).
Vivendo durante a última metade do século dezenove, Parker foi um
contemporâneo de Spurgeon em Londres. Ambos os homens tinham ampla
reputação mundial como discursistas; eles arrastaram grande público; tinham
ampla leitura no campo religioso e imprensa secular. Parker, diferente Spurgan,
porém, ensinou a doutrina bíblica da imortalidade condicional. Ele escreveu: “ O
Cristianismo trata o homem, não como imortal, mas como candidato para a
imortalidade. “Veja suas considerações na destruição de Sodoma em seu
comentário.
“A imortalidade condicional foi ensinada pelo famoso inglês Wesleyano Joseph
Agar Beet (b. 1840) em seus livros, The Last Things (Londres, 1897) e The
Immortality of the Soul: A Protest (3ª edição, 1901).
Beet serviu como pastor (1864-1885) e então se tornou professor de teologia
sistemática no Colégio Weleyano, Richmond (1885-1905), também um membro da
faculdade de Theologia na Universidade de Londres (1901-1905).
Três líderes defensores da imortalidade condicional associados como Scotland
foram Stewart D.F. Salmond (1838-1905), John Tulloch (1823-1886), e John
Laidlaw.
S.D.F. Salmond foi professor de teologia sistemática e exegese do Novo
Testamento, e depois de 1898, diretor no Colégio Igreja Livre, Aberdeen. Suas
posições são expressas em The Christian Doctrine of Immortality (Edinburg, 1895;
4ªedição revisada, 1901). John Tullech foi diretor do Colégio Santa Maria e um
dos capelãos da rainha da Escócia. Ele foi diretor universitário, pregador,
compositor literário, historiador, e teólogo. O Dr. John Laidlaw escreveu The Bible
Doctrine of Man a qual consistia das Leituras Cunningham e as apresentou
perante o Colégio Igreja Livre, Edinburgh segurando ou favorecendo a
imortalidade condicional. O Dr. Richard Rothe (1799 – 1867) ensinou esta doutrina
em sua Theologische Ethink, 2 Vols. (Wittenberg, 1845-1847; 2ª edição, 1867-
1872, parágrafo 470-472), e Dogmatic (Heidelberg, 1870). Rothe escreveu:
“Somente uma conclusão resta. Nós somos obrigados a admitir que os
sofrimentos perduráveis no inferno pela vontade condenável em realidade finda,
mas que o fim consiste na destruição da culpa. Esta idéia é muito antiga na
Igreja... Somente esta opinião parece ser capaz de satisfazer todas as condições.
Ela não tem nada a temer da filosofia contemporânea, pois os homens cessaram
em manter que a alma humana possui uma imortalidade natural.” (Dogmatic, III, p.
158).
PARTE TRÊS
HAMARTIOLOGIA
CAPÍTULO XXIX
A Doutrina do Pecado
I. A Realidade do Pecado
Pecado é uma realidade trágica. Ele não é uma ilusão; ele tem existência atual.
Este fato é reconhecido pela Bíblia, consciência, religiões da humanidade, história
das nações, governos e literatura.
A Bíblia é um livro amplamente escrito sobre pecadores. Ela relata a história do
primeiro pecado do homem, a terrível conseqüência do pecado na história
humana, e o triunfo final sobre o pecado e sua remoção do universo. A Bíblia
descreve o homem individual e a total raça humana como estando em pecado e
sob condenação.
Algumas vezes os fotógrafos retocam fotografias para remover marcas, manchas
e protuberâncias, mas a Bíblia mostra o homem como ele é. Ela não se empenha
em ocultar a falha de seus heróis. Ela registra a embriagues de Noé, mentira de
Abraão, assassinato e adultério de Davi, a negação de Pedro. Ela mostra os
homens assim como eles são.
A Bíblia é um livro escrito por pecadores. A mensagem do evangelho para
arrependimento e salvação é adereçada a pecadores. Ela direciona os homens ao
Cordeiro de Deus, que Se entregou para salvar o perdido. A Bíblia em todo lugar
figura o pecado como real e trágico.
O fato de que o pecado é uma realidade é reconhecido pelo testemunho de
consciência e julgamento geral da humanidade. Muitas pessoas compreendem
que elas não são o que deveriam ser. Em momentos de completa honestidade
eles se reconhecem como pecadores. O homem julga a si e encontra culpa e
condenação.
A religião da humanidade pressupõe a existência do pecado. Esta verdade pode
ser vista no fato de que os sacrifícios com sangue, sacerdócios, e penitência
sempre foram fatores importantes nas maiores religiões do mundo. O
reconhecimento do pecado pode se verificar pelo grande sentimento de tristeza
que caracteriza as religiões gentílicas. O gentio sabe do pecado, mas não de seu
remédio.
É o pecado algo real? Perguntam os historiadores. A história das nações é o
amplo registro da humanidade pecaminosa e a espantosa conseqüência do
pecado. O fato de que a guerra existiu, em tudo indica que alguém pecou. Se
remover-se dos relatos históricos todos os incidentes que estavam relacionados
de alguma forma ao pecado humano, restaria uma pequenina história.
Os governos humanos sabem da existência do pecado. Eles reconhecem a
natureza pecaminosa do homem. Acordadamente, eles enaltecem leis e impõe
penas no esforço de coibir a influência do pecado nas relações sociais. Se não
houvesse pecado, não haveria necessidade de leis, algemas, policias, prisões;
não haveria necessidade da própria proteção contra o crime. A literatura descreve
o pecado como realidade. O pecado geral da humanidade é retratado na ficção e
não ficção, poesia e prosa. Alguns pecados humanos são associados com o
enredo de quase todo drama ou história.
Ele pode ser voraz ou invejoso. Ele pode ser assassino ou desejo. Ele pode ser
egoísmo ou vingança. O fato do pecado está reconhecido por todo tipo de
literatura, quer na mitologia grega, Shakespeare, ou ficção moderna. A realidade
do pecado, por isso, é um fato observado na vida diária. Pode se olhar para quase
qualquer lugar a qualquer tempo e se observar alguma evidência ou resultado do
pecado. O pecado é uma trágica realidade.
O fato de que o pecado é universal verifica-se pelo ensino Bíblico em que todos os
homens sem Cristo estão sob condenação e ira. “Aquele que não crê no Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus está sobre ele.” (João 3: 36). “Por natureza os
filhos da ira, assim como os outros” (Efésios 2: 3). “Portanto tu és inescusável, oh
homem, a qualquer que julgas tu: pois onde julgas o outro, tu condenas a ti; pois
tu que julgas fazes as mesmas coisas” (Romanos 2: 1). Todos os homens estão
sob condenação ante Deus, pois todos os homens são pecadores.
A necessidade por arrependimento é universal porque o pecado é universal entre
todos os homens. “E o tempo desta ignorância Deus tolera, mas agora ordena a
todos os homens que se arrependam” (Atos 17: 30). O fato de que Deus ordena a
todos os homens o arrependimento revela que todos os homens são pecadores. A
verdade de que Cristo morreu por todos os homens, mostra que todos os homens
são pecadores e necessitam de expiação que Ele providenciou. Jesus é o
“Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1: 29). “Ele é a propiciação
por nossos pecados: e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de
todo o mundo” (1 João 2: 2). “Quem se entregou a Si pelo resgate de todos” (1
Timóteo 2: 6). O fato de que o evangelho foi pregado a “toda criatura”(Marcos 16:
15) mostra que todos os homens são pecadores e necessitam ouvir o evangelho.
Pecado envolve culpa. Como pecadores todos os homens são culpados diante de
Deus. O pecado é um fator em suas vidas, pelo qual são responsáveis e
acusados. Eles merecem condenação e punição. Eles são “dignos de morte”.
(Romanos 1: 32)
Culpa tem duplo significado: (1) A culpa refere-se ao fato de que o pecador
atualmente comete pecado. Ele é um pecador pelo que ele é e pelo que tem feito.
Ele não é inocente; ele é culpado. (2) A culpa significa que a pessoa que comete
pecado merece punição. Ele é obrigado a satisfazer os requisitos da justiça de
Deus para o pagamento da pena do pecado.
O primeiro significado da culpa é designado em teologia como “reatus culpae”; o
segundo significado, como “reatus poenae”. É com o segundo significado que a
teologia é mais concernente.
Quando a Bíblia explica que a lei foi dada para que “toda boca se cale, e todo o
mundo seja culpado diante de Deus”(Romanos 3: 19), ela se refere ao segundo
significado da culpa. Culpa, portanto, é a relação do transgressor ao governo
moral de Deus. Ela refere-se a condição e posição do pecador em vista do fato de
que ele tem violado os padrões moral de Deus. As leis moral são expressas nos
próprios atributos de Deus: santidade, amor e verdade. O pecado contradiz a
natureza de Deus. A atitude divina em relação ao pecado deve ser condenação e
ira. O santo governo de Deus do universo, portanto, demanda a morte como pena
para o pecado. Dizer que o pecador é culpado diante de Deus, é dizer que ele é
objeto de desaprovação e condenação. Ele está exposto à ira de Deus que revela-
se do céu pelo evangelho contra todos os ímpios e injustos. (Romanos 1: 18) Ele
merece a punição; ele está obrigado a satisfazer a justiça de Deus.
A culpa do pecado pode ser removida somente pelo pagamento da pena do
peado, o que é a morte. A pena do pecado pode ser paga “pessoalmente” pelo
pecador sendo destruído na segunda morte, ou pode ser paga “vicariamente” pelo
sacrifício de Cristo. A primeira morte não remove a culpa do pecador. O
pagamento completo pelo salário do pecado será efetuado pelo pecador quando
ele for destruído na segunda morte.
CAPÍTULO XXX
A DEFINIÇÃO DO PECADO
I. O que é pecado
Em todo jogo atlético certas frases são aplicadas para especificar violações das
regras do jogo. Nos jogos de basquete se comete faltas pessoais. Em futebol um
jogador pode titubear ou estar em impedimento. Em baseball o jogador faz um
fora. Em arco e flecha o atirador falha em atingir o centro do alvo, ele comete a
transgressão do pecado. Pecado é um termo do arqueiro.
Transgressão é a falha em atingir o centro do alvo. A principal palavra hebraica
para o pecadosão chattah (nome) e chata (verbo). A principal palavra grega para
pecado é hamartia (nome) e hamartano (verbo). A palavra chata é usada em
Juizes 20: 16: “Entre todo o povo estavam setecentos homens canhotos
escolhidos, cada qual podia atirar pedras em um cabelo, e não errava.” Os
canhotos ao atirarem as pedras atingiam o alvo. Eles não erravam a marca, eles
não transgrediam.
O alvo moral que os homens devem atingir é a completa obediência a Deus em
ação, disposição, e estado. Os homens porém, tem falhado em atingir o alvo. Eles
tem perdido a marca. Eles tem se ausentado da glória de Deus.