Mariana Lira Pereira

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MARIANA LIRA PEREIRA

ATIVIDADE FÍSICA DURANTE GESTAÇÃO

CAMPO GRANDE
2021
mariana lira pereira

ATIVIDADE FÍSICA DURANTE GESTAÇÃO

Projeto apresentado ao Curso de EDUCAÇÃO


FÍSICA - BACHARELADO da Instituição
Universidade para o Desenvolvimento do
Estado e da Região do Pantanal (Uniderp).

Orientador: Lidyane Zambrin

CAMPO GRANDE
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO

Exercícios físicos traz uma qualidade de vida, segundo a Organização


Mundial da Saúde (OMS), isso todos sabemos, e na gestação não é diferente, no
entanto surge alguns questionamentos, quanto a pratica de exercícios físicos
durante a gestação, referente ao seu benefício ou maleficio. Muitas mulheres temem
que o exercício físico pode causar má formação do feto ou até mesmo um aborto,
por isso é preciso ter uma liberação do médico, e o acompanhamento de uma
profissional qualificado para que seja realizado de forma adequada e dentro dos
limites de cada mulher.
O período da gestação, tem suas complicações por isso se faz necessário um
cuidado para com a mulher e com o feto. O corpo passa por diversas mudanças
fisiológicas, para que acha a formação do feto, por isso é preciso um cuidado na
hora de escolher quais atividade irá realizar, pois exercícios de alto impacto podem
trazer complicações tanto para a mãe como para o feto. Mas quando bem
selecionados, e com a liberação médica, que é indispensável, exercícios físicos
trazem benefícios para ambos.
A opção por esse tema foi de curiosidade por constatar que nesta cidade
(Santo Cristo, RS) não ocorre nenhum tipo de atividade voltada à prática de
exercícios físicos para as gestantes. A questão prioritária é saber se estas gestantes
participariam ou não, caso houvesse, de um programa gratuito voltado para elas, já
que se não houver o interesse, a realização desse futuro programa se torna
desnecessária.
Neste trabalho iremos explanar sobre à história do parto, como era com os
povos primitivos e como é na atualidade. Trazendo também as mudanças que
ocorrem na mulher durante a gravidez, que são físicas e psicológicas. Por fim iremos
falar sobre os cuidados com a saúde da gestante e do bebê, como e o quais
exercícios podemos trabalhar, exercícios pós-parto e a alimentação de forma
saudável.

1.1 O PROBLEMA

Como a atividade física pode interferir nas modificações fisiológicas da gestante e no


desenvolvimento do bebe?
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Fazer uma revisão na literatura atual sobre os principais aspectos da atividade física
durante a gestação.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

o Entender as alterações fisiológicas e as consequências da atividade


física durante a gestação.
o Compreender quais benefícios e ricos a atividade física pode trazer a
gestante e ao bebe durante a gravidez.
o Verificar as consequências da falta de atividade física durante a
gestação.
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3 JUSTIFICATIVA

O exercício físico é um importante aliado para a garantia de uma melhor


qualidade de vida. Na gestação não é diferente. Com a liberação do médico, a
mulher grávida pode sim praticar exercícios físicos, com o acompanhamento de um
profissional da área. Além de trazer benefícios para a mulher e o bebê durante e
depois da gestação, o exercício físico proporciona uma sensação de bem-estar e
alivia dores decorrentes da gestação.
Este trabalho visa compreender a importância que a prática da atividade física
traz a gestante durante o período gestacional, visando desmistificar que a gestante
possui fragilidade para pratica de exercício físico, e assim levar a uma compreensão
de que exercícios físicos podem suprir suas maiores necessidades, atingindo um
grau de qualidade de vida mais adequado e saudável durante este período.
Com este trabalho de revisão bibliográfica poderemos verificar o que se tem
estudo sobre o tema, e assim proporcionar novos estudo, que levaram a sociedade
a compreender que a pratica de exercício físico pode trazer benefícios a gestante.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 HISTÓRIA DO PARTO


Na formação física humana, homens e mulheres são constituídos de órgãos
genitais, aparelho reprodutor, que os tornam capazes de reproduzirem-se. O sexo
masculino libera o espermatozóide que ao ser fecundado ao óvulo, que é liberado
pela mulher, em forma o zigoto, por sua vez passa por divisões celulares e forma o
feto. Após o período de trinta e oito semanas dentro do útero, este feto está
preparado para nascer.
De acordo com Miranda e Abrantes (1998), desde dos princípios humanos na
Terra, crianças são geradas, e o parto existe. Na pré-história, o parto era um
episódio onde a mulher se isolava como os animais, para parir, e após o nascimento
voltava para o povoado. Ela sozinha se encarregava de dar à luz, se desfazer do
cordão umbilical e da placenta.
Com a evolução da humanidade as mulheres passaram a ter ajuda das
parteiras, que eram as mulheres que já tinham filhos, segundo Miranda e Abrantes
(1998). O parto era feito em forma de um ritual, sendo considerado um certo
misticismo. Na época por não terem conhecimento do aparelho reprodutor feminino,
e por falta de tecnologia, o parto via abdominal era utilizado somente no caso de
alguma complicação grave na tentativa de salvar o feto com vida.
Segundo os autores citados acima, o parto passa a ser visto como um
fenômeno natural a partir do século XVIII, quando foram criadas as salas de partosm
e os médicos parteiros passaram a ter essa ferramenta em mãos. No Brasil esse
desenvolvimento da obstetrícia se deu com a chegada de Dom João VI, e a criação
da primeira escola médica na Bahia. Sendo que até essa data que fazia os partos
eram as escravas negras, que não possuíam estudos nem método cientifico para a
execução deste auxilio.
Atualmente realidade é totalmente outra. Logo após a mulher saber que está
gravida, ela já passa a ter várias consultas e exames para acompanhar o
desenvolvimento do feto. Portanto o parto é feito soba supervisão de médicos e
enfermeiras, sendo ele normal ou com cesárea, procedimento feito com incisão.
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Neste momento tão esperado na vida de uma mulher, que é o nascimento de


um filho que se espera por 9 meses, há diversas mudanças físicas e psicológicas
que a mulher passar. Há que mudanças são visíveis, sendo que outras são quase
impossíveis de se ver, por serem mudanças internas no corpo. Há também o
aumento da sensibilidade e o afloramento dos sentimentos da mulher, por isso se
faz importantíssimo o apoio das pessoas mais próximas. Sendo essas mudanças
necessárias, e nos próximos capítulos iremos explanar de forma amplas cada
mudança.

4.2 TRANSFORMAÇÕES NA GESTANTE


Durante a gravidez mulher passa por diversas transformações, sendo
algumas vistas a olho nu e outras não. As mudanças fisiológicas são as que são
vistas com mais facilidade, embora as mudanças de lugares dos órgãos não sejam
visíveis. Há também as mudanças psicológicas, que traz muitos sentimentos novos,
nessa nova etapa de vida da mulher, com os medos, as ansiedades e até mesmo a
depressão, no entanto são mudanças que normalmente acontece, mas logo
desaparece.

4.2.1 Modificações Fisiológicas na Mulher


É possível perceber algumas mudanças visíveis no corpo da mulher, sendo
as vistas facilmente são: o crescimento da barriga e dos seios. No entanto ocorrem
várias mudanças fisiológicas no organismo da mulher, que não percebemos por
serem internas. Com o aumento do útero vários órgãos sofrem alterações de lugar, e
passam a ficar mais comprimidos.
Algumas partes do corpo da mulher são mais afetados durante a gestação,
sendo eles: o diafragma, o coração, o estomago, o intestino, a presença mais
elevada de hormônios, a bexiga, a região lombar e os níveis de insulina,
Conforme Hanlon (1999), a realização de exercícios vigorosos, pode acarretar
falta de ar, pois o diafragma é pressionado para cima, dificultando assim a
inspiração. De acordo com o mesmo autor Hanlon (1999, p. 08) o coração também
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sofre mudança de posição, decorrente do aumento do útero que pressiona o


diafragma, sofrendo algumas alterações.
Há um movimento do coração para cima com a pressão do diafragma. “
Aumentando o volume de sangue de 30% a 50%, podendo a frequência cardíaca de
repouso pode aumentar até 20%. O débito cardíaco (...) aumenta de 40% a 50%
para atender as necessidades do seu útero e do bebe que estão crescendo. No
entanto a reserva cardíaca (...) diminui. Isso significa que você se cansa com mais
facilidade, porque aumenta a necessidade de oxigênio para você e para seu bebê.
Sendo assim como são dois organismos para o coração bombear sangue, o
volume de sangue e o consumo de oxigênio aumentam, para dar conta de suprir as
necessidades da mãe e do bebê. Por esse motivo na gravidez muitas mulheres
relatam ter um maior aumento de varizes, principalmente nas pernas e coxas.
O mesmo autor diz que como os vasos sanguíneos ficam mais flexíveis e
como o fluxo de sangue aumenta, pode causar varizes, inchaço e hemorróidas. Se
não haver uma flexibilidade da pressão nas paredes sanguíneas as paredes das
artérias pode aumentar causando a pressão alta, que pode ser fatal. É importante
que a gestante verifique sua pressão regularmente.
Conforme Hanlon (1999), à pressão causada pelo aumento do útero causa
mudanças estomacais e intestinais. Os conhecidos enjoos das gestantes são
provocados pelas mudanças hormonais no intestino e estomago, ocorrendo
principalmente nos três primeiros meses, quando esses órgãos sofrem uma
desaceleração de atividade, e passam a ficar mais lentos.
Durante a gestação a mulher tem constantes vontade de ir ao banhieo urinar,
isso ocorre, devido uma grande pressão na bexiga que fica localizada abaixo do
útero. De acordo com o referido autor, a bexiga é outro órgão que sofre com a
pressão do útero. A gestante passa a sentir maior necessidade de urinar,
principalmente no início e no fim da gravidez. Ela também retém mais líquidos
causando certo inchaço. Tendo o exercício físico um papel importante nesse
processo, pois, pode diminuir essa vontade, por estimular uma melhora na
circulação, diminuindo esse inchaço.
Conforme Novaes, Shimo e Lopes (2006, p. 03), há uma projeção da região
lombar para frente, pois durante a gestação a barriga vai crescendo e ganhado peso
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com o passar das semanas. Sendo assim essa projeção pode causar uma
lombalgia, que é muito comum nas mulheres grávidas.
A lombalgia é algo comum durante a gravidez, e já esperado pelos médicos,
sendo considerado um desconforto, mas, no entanto, precisa ser tratado
adequadamente, pois pode causar incapacidade motora, insônia, depressão, que
impedem a gestante de levar uma vida normal. Alguns estudos têm mostrado que
mulheres com uma condição física melhor apresentam menos chances de
desenvolver lombalgia durante gestação. Durante a gestação a aquisição de novos
hábitos posturais, e a prática de exercícios terapêuticos e técnicas de relaxamento
proporcionam uma melhor preservação da musculatura.
Desta forma é importante trabalhar com fortalecimento dos músculos
intercostais, que trará a mulher uma maior resistência possibilitando ter postura mais
ereta, não prejudicando a coluna.
De acordo com Hanlon (1999), há um aumento nos níveis de insulina durante
o período; tendo uma a cada 300 mulheres contraindo diabetes melito gestacional,
tendo seu desaparecimento a gestação, podendo ter uma volta da doença alguns
anos depois. Por isso dá importância dos exercícios físicos que ajudam a controlar o
diabetes já que aumentam sua capacidade máxima de absorver oxigênio, reduz a
pressão sanguínea e controla os níveis de glicose. A mulher que contrai diabetes
gestacional, precisa ter um cuidado redobrado, principalmente na alimentação
durante a após a gestação.
Conforme Hanlon (1999), há uma mudança na hora do parto nos músculos do
assoalho pélvico, devem se esticar para a passagem do bebê. Tendo o papel de
expulsar o feto, na hora do parto, quando estão bem fortalecidos. Outra função
desses músculos é melhoram a incontinência urinaria na gestação se estiverem
tonificados. Outra mudança, por fim é a separação dos músculos abdominais, que
também com a expansão do útero, os músculos do abdômen podem se separar.
Esse procedimento não causa dor e a gestante pode continuar com os exercícios.
Conforme explicado acima, não são poucas as mudanças fisiológicas que
acontecem durante a gravidez. Sendo assim a mulher que estiver preparada para
essas mudanças, terá uma gestação mais tranquila, e a prática de exercícios físicos
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irá ajudar, tonificando os músculos referidos e melhoram a capacidade


cardiorrespiratória.

4.2.2 Modificações Psicológicas


As mudanças psicológicas nesse período são imprescindíveis, assim como
mudanças fisiológicas que são aparentes nas gestantes, por ser uma nova fase na
vida da mulher.
Conforme aponta Sarmento e Setubal (2003) no período gestacional os
sentimentos e emoções se afloram de forma mais intensos, pois, há a preocupação
com seu próprio corpo, a saúde do bebê, bem como a mudanças em sua vida e
rotina.
De acordo com as referidas autoras o primeiro trimestre é marcado pela
descoberta da gravidez. Neste período o fato da gestação ter sido planejada ou não,
haverá um influencia no emocional da mãe e no feto que está em seu útero. Já o
segundo trimestre é marcado pelas alterações do desejo e desempenho sexual e
pelas emoções sentidas quando o bebê se mexe. E o terceiro trimestre é marcado
pela ansiedade e temor do parto, pela preocupação com o bebê e curiosidade de ver
e ter nos braços a criança esperada.
Portanto com as mudanças internas e externas no corpo da mulher,
juntamente com as mudanças psicológicas, a pratica de exercícios físicos se faz
necessário para fortalecer as áreas que ficam mais fragilizadas, além de melhorar o
humor, trazendo benefícios psicológicos, o exercício físico trará maior resistência
dos músculos, evitando possíveis dores e desconfortos. Sendo assim no próximo
capítulo iremos trata dos cuidados necessários nessa fase, como realizar os
exercícios, os benefícios dos mesmos, exercícios pós-parto, a saúde do bebê e
alguns cuidados com a alimentação.

4..3. EXERCÍCIO FÍSICO E ATIVIDADE FÍSICA


Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a atividade física é considerada
como qualquer pratica de movimentação corporal capaz de produzir o aumento do
gasto metabólico energético. Já o exercício físico é considerado como um tipo de
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atividade física planejada, estruturada e organizada com objetivo de manutenção, ou


melhor, condicionamento físico (MORENO e COL, 1997).
Conforme Guedes e Guedes (1998), “o exercício físico é considerada toda
atividade planejada, estruturada e repetitiva tendo por seu objetivo melhorar a
manutenção de um ou mais componentes da aptidão física”. O exercício físico é a
pratica de várias repetições de uma mesma modalidade de exercício, feito de forma
planejada e executado de maneira correta, visando benefícios para a saúde física.
Logo de acordo com a explanação acima, podemos dizer o termo correto
desse estudo vem a ser exercício físico na gestação, já que não se trata apenas de
qualquer movimento com um gasto energético, mas sim atividades planejadas.

4.3.1 Exercício Físico na Gestação


Com o exercício físico, podemos ter uma melhor qualidade de vida, e o
exercício na gestação, pode trazer uma melhor qualidade na gestação para a
mulher, e um desenvolvimento saudável para a criança.
Portanto é preciso ter a liberação de um médico, para que a gravida possa
praticar exercícios físicos, com o acompanhamento de um profissional da área. Além
de trazer benefícios para a mulher e o bebê durante e depois da gestação, o
exercício físico proporciona uma sensação de bem-estar e alivia dores decorrentes
da gestação.

4.3.2 A Prática de Exercício para a Gestante


A prática de exercício físico é indispensável para uma boa qualidade de vida
em qualquer idade. E na gravidez não é diferente. Porém, ainda há certo receio
sobre esse assunto entre as mulheres.
De acordo com Hanlon (1999), há uma certa dúvida entre as mulheres se
pode ou não fazer a pratica de exercício físico. Se ela estiver frequentando
regularmente uma academia, e tiver permissão do seu obstetra, não haverá nenhum
problema. Porém se ela não praticava e decide iniciar os exercícios na gravidez é
preciso ter certo cuidado.
Após a autorização do médico se inicia o exercício físico leve, com muito
cuidado para evitar o estresse fetal ou qualquer outra complicação. Saliento que
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está não fase mais ideal para começar a prática de exercício físico, pois a mulher
passa por grandes mudanças fisiológicas.
Para Hanlon (1999) independentemente de a mulher gestante não ter o habito
de praticar exercícios, pode-se iniciar a pratica de forma moderada, não para ser
tornar uma atleta, mas sim para trazer um melhor condição de vida, lembrando que
isso pode ser iniciado após a liberação do médico.
Tendo a liberação do seu médico a gestante pode iniciar um programa de
exercícios físicos. Praticando um programa regular de exercícios, haverá vários
benefícios para sua saúde. De acordo com Matsudo e Matsudo (2000, p. 05):
De acordo com a literatura e após, uma vasta pesquisa relacionando
gravidez e atividade física [...] podemos citar os principais benefícios biológicos do
exercício durante a gravidez, tais como:
- Menor ganho de peso e adiposidade materna
- Diminuição do risco de diabetes
- Diminuição de complicações obstétricas
- Ausência de diferenças significativas em idade gestacional, duração do
parto, peso ao nascimento, tipo de parto, valores de APGAR e complicações
maternas e fetais.
- Menor risco de parto prematuro
- Menor duração da fase ativa do parto
- Menor hospitalização
- Diminuição na incidência de cesárea
- Altos valores de APGAR
- Melhora na capacidade física
Á várias vantagens para a gestante que pratica exercício físico na gravidez,
dentre as quais podemos destacar o alívio de dores lombares; maior resistência
abdominal na hora do parto para expulsar o bebê; melhores condições de
recuperação pós-parto; aumento da resistência física para carregar o bebê; perda do
peso ganho durante a gestação. No entanto é preciso seguir as orientações de
profissionais qualificados na hora da pratica de exercícios físicos
Para Chistófalo (2003) a elaboração de um programa de exercícios que
combinam atividades aeróbias com fortalecimento muscular com intensidade de no
16

mínimo três vezes por semana.


Barros (apud CHISTÓFALO, 1999, p. 02) diz que: a pratica de exercícios
físicos para a gestante dever haver uma combinação de atividades aeróbias
envolvendo grandes grupamentos musculares e atividade que desenvolvessem
força de determinados músculos.
O fortalecimento da musculatura abdominal pode ajudar no processo de
expulsão da criança, e a força muscular dos membros superiores auxilia a gestante
a carregar o bebê, pois, o mesmo aumenta a cada dia de peso.
No início dos exercícios aeróbicos, é preciso que a gestante faça ao mínimo
três sessões semanais, sendo intercalados os dias, e com duração de 30 a 40
minutos. Ressalto ainda que é preciso empregar uma intensidade media estável de
frequência cardíaca entre 130 e 150 batimentos por minuto. A frequência mínima é
de três vezes na semana e programados em diferentes atividades, duração e
intensidade. Atividades onde existam contato físico e chances de queda são
desaconselhadas.
É preciso ter uma combinação entre exercícios aeróbios com os anaeróbios,
sendo no mínimo três vezes por semana, isso benefícios tanto durante a gravidez,
como após o nascimento do bebê.

4.3.3 O que Trabalhar com Gestantes


No período da gravidez é preciso trabalhar os principais músculos áreas do
corpo dando uma atenção especial às áreas mais afetadas pela gravidez.
Durante o período gestacional o útero aumenta de tamanho, e os músculos
abdominais se alongam havendo um enfraquecimento desses músculos, sendo
assim e de suma importância fortalecer esses músculos para suportar o peso do
bebê além de auxiliar na hora do parto. É preciso o fortalecimento dos braços e
parte superior do corpo da mulher, pois eles que irão pegar, levantar e carregar o
bebê, por esse motivo é imprescindível o fortalecimento desses membros, levando
uma alivio da tensão que se acumula ali e nos ombros (Hanlon,1999).
De acordo com Hanlon (1999), nesse período há um grande desconforto
lombar causado pelo aumento da barriga da mulher que tende a projeta-la para
frente. Por isso o fortalecimento das costas se faz necessário para a gestante
17

manter a postura correta, pois, há uma grande chance de desenvolver uma lordose
ou arqueamento da coluna se suas costas estiverem enfraquecidas.
Os exercícios ajudam o fortalecimento desses músculos para aliviar o
desconforto e manter uma postura saudável. Exercícios que fortaleçam os músculos
do pescoço evitam o acúmulo de tensão nessa região e nos ombros, já que com a
mudança do centro de gravidade do corpo, os ombros tendem a projetarse para
frente.
Com o aumento do peso da mulher, pode desenvolver varizes e o
inchamento das pernas. Sendo assim o exercício ira auxiliar redução de ambas as
condições, pois há um aumento da circulação sanguínea. Pode-se haver um
crescimento do peso do útero isso pode fazer com que os músculos do assoalho
pélvico cedam, e o exercício irá ajudar a fortalecer e a ter um parto lento e
controlado. Ressalto que o com esses músculos fracos, a saída do bebê pode ser
brusca causando o rompimento dos músculos do períneo. Hanlon (1999)

4.3.4 Exercícios Pós-Parto.


Após a parto é de suma importância que acha a manutenção dos exercícios
para que a mulher continue tendo uma vida saudável.
Como diz Leitão et. all. (2000) a mulher pode iniciar os exercícios físicos 30
dias após o parto, isso se não houve complicações durante o parto e se não há
contraindicações médicas. Sendo que esse retorno irá depender da aptidão que a
mulher vinha tendo durante a gravidez.
Esse retorno as atividades físicas para a mulher, por ser um tanto quanto
dificultoso, pois, a mãe tende a querer ficar mais próximo do bebê, após seu
nascimento, por ele ser dependente de seus cuidados. No entanto é de suma
importância a continuidade e manutenção dos exercícios, para que não acha um
sedentarismo, e auxiliar a perda de peso após o parto e o mais importante que é
manter a saúde.
Segundo Silva (2007), a manutenção dos exercícios se faz necessário, pois
as mudanças fisiológicas que acontecem no corpo da mulher, tem a prevalências de
persistirem entre quatro a seis meses, é também para o controle da depressão.
18

Os exercícios têm o papel de auxiliar a mulher a voltar ao seu peso, já que


houve um ganho extra do seu peso normal durante a gravidez, além de auxiliar a
depressão.

4.3.5 Saúde do Bebê


Mesmo diante de todos os benefícios, é preciso ter um cuidado com os
exercícios, em relação a intensidade para não por a saúde do bebê em risco.
Segundo Lima e Oliveira (2005) se o exercício for acima da intensidade, o feto
corre risco, pois pode causar um estresse fetal, restrição de crescimento intrauterino
e prematuridade. Há estudos que diz, que se a prática de exercícios for de carga
moderada ao longo da gravidez pode aumentar o peso do bebe ao nascer, por sua
vez exercícios de alta intensidade e de grande frequência podem resultar em
crianças com baixo peso.

4.3.6 Alimentação Saudável


Durante a gestação é preciso que a mulher tenha um a alimentação saudável,
capaz de supri suas necessidades e das do bebê, para que acha um
desenvolvimento saudável do feto. Sendo que a alimentação saudável, ajuda na
saúde do bebê e previne doenças, melhorando as defesas o organismo.
É preciso que na dieta da gestante de acordo com as prescrições medicas a
mulher tenha um requerimento de energéticos, protéicos e de micronutrientes como
ferro, vitamina C, vitamina A, ácido fólico, zinco e cálcio, de modo que resulte em
boas condições de nutrição para a mãe e o feto. (Costa & Neto, 1999; Story &
Hermanson, 2000)
Não se pode esquecer de incluir nessa dieta o ferro que é um importante
aliado na prevenção da anemia. De acordo com Sato et all. (2010, p. 114), no Brasil,
estimam-se prevalências de 30 a 40% de anemia em gestantes e 30% em mulheres
em idade reprodutiva. Esse mesmo autor nos diz que a anemia é muito prejudicial
para mulher e para o bebê, tendo assim se for contraída um morbimortalidade
materno-fetal.
Conforme o consumo insuficiente ou excessivo de ingestão de alimentos, o
peso da mulher pode ter uma variação, embora pode-se estar relacionada as
19

variações fisiológicas como a retenção de líquidos, a multiparidade e a presença de


patologias como diabetes, hipertensão e outras (NAS, 1990; 1992).

5 METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado em forma de pesquisa bibliográfica, sendo


realizada revisão da literatura no período de setembro de 2021 a novembro de 2021,
sendo realizada uma vasta pesquisa nos bancos de dados da Scielo e em alguns
livros, com a finalidade de explorar sobre o assunto pesquisado, e ter um
conhecimento amplo sobre o tema exercício físico na gestação.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

2021 2022
N
ATIVIDADES ET UT OV GO EV AR BR AI
Escolha do tema. Definição do
problema de pesquisa
Definição dos objetivos, justificativa.
Definição da metodologia.
Pesquisa bibliográfica e elaboração X
da fundamentação teórica.
Entrega da primeira versão do
projeto. x
Entrega da versão final do projeto. x
Revisão das referências para
elaboração do TCC.
Elaboração do Capítulo 1.
Revisão e reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
Revisão e reestruturação dos
Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
Elaboração das considerações
finais. Revisão da Introdução.
Reestruturação e revisão de todo o
texto. Verificação das referências
utilizadas.
Elaboração de todos os elementos
pré e pós-textuais.
Entrega da monografia.
Defesa da monografia. X X X
21

REFERÊNCIAS

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