Teste 02 Mod.2
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[RECUPERAÇÃO DO MÓDULO 1]
GRUPO I
Parte A
Leia o poema.
Parte C
5. Recordando o estudo da Crónica de D. João I, escreva um texto expositivo, com 130 a 150
palavras, onde demonstre a importância do povo na defesa da soberania do reino. O seu
texto deve obedecer aos tópicos apresentados e à estrutura tripartida que se segue:
Introdução – importância de Fernão Lopes para o conhecimento da sociedade
portuguesa de finais do século XIV;
Desenvolvimento – demonstração da importância de alguns agentes, sobretudo do
povo, na defesa nacional;
Conclusão – confirmação de que o povo estava imbuído de um sentimento patriótico.
Nota: leia e reveja o texto, de modo a evitar repetições, erros ortográficos, de pontuação, de acentuação e de
sintaxe.
GRUPO II
Leia o texto.
Porque será que nos filmes, nos livros, na música, nas revistas, nas telenovelas… o Amor é
sempre “um algo” quase inatingível, ou dificilmente atingível, desencadeador de sofrimento e
de dor, transmitindo-nos, invariavelmente, a ideia de que para se ter Amor ou vivermos um
grande Amor temos de alguma forma de nos sacrificar, de sofrer, de “carregar um monte ou
5 uma montanha em cima das costas”?
É preciso as pessoas pensarem que o Amor é sofrimento, porque, no dia em que
deixarem de acreditar nessa “mentira”, fizerem uma “arrumação às suas crenças”, analisarem
as suas expectativas, perceberem a razão das suas idealizações e tentarem compreender qual
o fundamento do referido “dogma” de que para ser amado é preciso sofrer, as audiências
10 cairão, os escritores de romances ficarão no desemprego, a imprensa cor-de-rosa
desaparecerá e os filmes românticos passarão à história.
O Amor talvez seja mesmo a única “realidade” que sobra ao cimo deste planeta que não
é “comprável” ou “trocável”, porque, quando o é, deixa de ser Amor e passa a ser “desamor”
ou outra coisa qualquer. Muito menos é “adquirido” através do sofrimento.
15 A ideia de que para ter o Amor de alguém tem de se sentir dor é perversa e muito pouco
dignificante. Se alguém lhe pedir que se sacrifique para ter o seu Amor, fuja enquanto é
tempo. Esse alguém não gosta de si, e muito menos lhe quer ou faz bem.
É o concentrar de todos os nossos esforços, energia, força, recursos nos outros, em nome
do Amor, o alimentar de “relações caóticas” como se fossem uma “droga” e precisássemos de
20 a consumir diariamente, esquecendo-nos de nós, que provoca essa dor, que mais não é do
que a dor da perda de nós mesmos.
É a incessante necessidade de que o outro nos faça feliz que leva à dor do desespero que
pode fazer doer muito mais do que se decidirmos ir à procura da nossa própria felicidade.
É a idealização do outro e a incessante busca de características nossas no outro que faz
25 mal.
E enquanto continuarmos a pensar assim, e principalmente a viver de ilusões e
idealizações do outro e das relações, tentando mudar quem não quer mudar, a viver e,
especialmente, a sentir os outros, as relações e o Amor através do “filtro do sofrimento”,
vamos continuar a escolher sofrer e a “sofrer por Amor”.
3. O recurso expressivo presente em “nos filmes, nos livros, na música, nas revistas, nas
telenovelas” (l. 1) é a
(A) metáfora.
(B) anáfora.
(C) enumeração.
(D) comparação.
7. O pronome pessoal “lhe” usado em “Se alguém lhe pedir que se sacrifique para ter o seu
Amor” (l. 16) desempenha a função sintática de
(A) sujeito.
(B) complemento indireto.
(C) complemento direto.
(D) vocativo.
9. Indique a classe e a subclasse das palavras sublinhadas em “Se alguém lhe pedir que se
sacrifique” (l. 16).
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3.
I–A
20 20 20 60
4. a 4. b 4. c 4. d 4. e 4. f 4. g 4. h
I–B 40
5 5 5 5 5 5 5 5
5.
I–C 30
30
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
II 70
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
TOTAL 200
GRUPO I
Parte A
1. Nas duas quadras, o “eu” lírico descreve a Natureza de forma bela e harmoniosa. A seleção
vocabular, onde predominam os nomes e os adjetivos, deixa-nos perceber a frescura, a suavidade e a
serenidade proporcionadas pelos diferentes elementos. Assim, a serra é bela, transmitindo um
frescor, conforme verso 1, capaz de apaziguar através da sua “sombra”; os cursos de água
transmitem uma sensação de paz e calma (“manso caminhar”; “rouco som do mar”). Por fim, refira-
se que mesmo o céu transmite tranquilidade (“das nuvens pelo ar a branda guerra”), o que leva o
“eu” lírico a concluir que a Natureza oferece variedade e é rara.
2. O estado de espírito do “eu” lírico revela-se nos tercetos, onde este expõe a sua dor e o seu
sofrimento, que contrastam com a “variedade” da Natureza, assumindo-se aborrecido e triste,
uma vez que “não vê” a sua amada. Afirma mesmo (e reforça), através da anáfora “sem ti”, que a
ausência da amada é a razão da sua angústia, concluindo que, paradoxalmente, apesar de todas as
alegrias que a Natureza possa proporcionar, ele está a viver a maior tristeza.
3. O texto poderá ser dividido em duas partes lógicas. Na primeira parte, formada pelas duas
quadras, o “eu” lírico faz a descrição de uma Natureza aprazível, bela e serena capaz de alegrar
qualquer um. Contudo, na segunda parte, composta pelos tercetos, o sujeito poético revela o seu
estado de espírito de sofrimento (“magoando”), que se opõe à beleza da Natureza, em virtude da
ausência da amada. Em suma, toda a beleza da Natureza de nada vale sem a presença da amada.
Parte B
4. a) – F; b) – F; c) – V; d) – V; e) – V; f) – F; g) – V; h) – V
Parte C
5. Fernão Lopes, através da sua perspicácia narrativa, retratou na Crónica de D. João I a sociedade
portuguesa dos finais do século XIV e os diversos agentes.
Deixou-nos um testemunho inegável da situação política e social daquela época. Devido à sua
narrativa, descortinamos o modo de viver e de estar das principais figuras nacionais, desde o
futuro rei D. João I ao povo. Este, num momento de crise, sentindo que a soberania portuguesa
estava em causa, uniu-se de forma coesa e solidária e agiu em prol da fação que lhes dava
garantias da manutenção da independência: revoltou-se contra D. Leonor Teles, colocando-se
ao lado do Mestre de Avis, que supunha em perigo.
O povo agiu como uma verdadeira personagem, mostrando uma consciência coletiva: participou
na vida e na defesa do reino quando acorreu ao paço para salvar o Mestre e durante o cerco de
Lisboa, defendendo de forma fervorosa a cidade.
GRUPO II
1. D
2. A
3. C
4. B
5. C
6. A
7. B
8. Oração subordinada adverbial comparativa.
9. “Se” – conjunção subordinativa condicional; “lhe” – pronome pessoal; “que” – conjunção
subordinativa completiva.
10. “uma ‘droga’”