Artigo Canto Coral
Artigo Canto Coral
Artigo Canto Coral
Introdução
Fundamentação teórica
A música tem sido alvo de discussões a respeito de sua relevância na vida das pessoas.
Vários especialistas como educadores, músicos, psicólogos, estudam o desenvolvimento
cognitivo, psicomotor, emocional e social na vida daqueles que vivenciam uma atividade
musical (BASTIAN, 2009, p.7).
Há mais de dois mil anos Sócrates comentou que "[...] a educação mediante a música
é a mais primorosa, pois o ritmo e a harmonia penetram o mais profundamente possível no
íntimo da alma e lhe conferem elegância e encanto" (BASTIAN, 2009, p. 28). Os pensadores e
educadores da antiguidade deram à música uma posição especial, pois, promovia a educação,
enobrecia o ser humano e suavizava a sua existência.
Muito se fala a respeito dos efeitos da música e da prática musical para a educação.
E para compreender tais efeitos, todas as informações a respeito dos benefícios da música na
educação, serão baseadas na utilização dos resultados de uma pesquisa feita pelo professor
doutor Hans Günther Bastian.
Nessa pesquisa científica realizada entre 1992 a 1998, um grupo de pesquisadores
realizou um estudo de longo prazo com sete escolas do ensino fundamental de Berlim com o
objetivo de analisar "[...] a influência de uma educação musical ampliada sobre o
desenvolvimento geral e individual das crianças" (BASTIAN, 2009, p. 126).
O público escolhido por Bastian e seus colaboradores foram crianças do ensino
fundamental, essas, dividas em dois grupos: grupo modelo e grupo de controle. As crianças
do grupo modelo recebiam uma educação musical expandida com duas horas semanais de
aula de música e o grupo de controle não recebeu nenhum tratamento musical especial.
Depois de um período com uma prática musical constante, Bastian percebeu a
influência social que a música exerceu nos alunos que praticaram música, eles apresentaram
Relato de experiência
A importância do ensino da música para o desenvolvimento das crianças já está mais que
justificado, de acordo com o resultado da pesquisa do professor Hans Günther Bastian.
No entanto, ministrar aula de música em uma escola de ensino fundamental sem um
espaço adequado é tarefa que para muitos parece impossível. Nós, professores de música,
muitas vezes nos sentimos coagidos a ministrar aulas de outras áreas no âmbito da arte, por
não termos espaço, material e boa vontade da parte da gestão escolar. Quando temos a
oportunidade e o apoio de gestores e coordenadores, contamos apenas com salas de aula
lotadas, escassez de material, e uma imensa vontade de fazer alguma coisa para que aquelas
crianças tenham a chance mínima de ter contato com a música.
Cada indivíduo tem uma experiência sonora pessoal, baseada em sua vivência
distinta das demais, seu contexto social é influenciador na construção de sua preferência
musical. Diante de realidades tão distintas, recursos mínimos e de uma estrutura inadequada
- salas abertas sem tratamento sonoro, falta de instrumentos musicais, salas com trinta e cinco
ou quarenta alunos - partiu-se do corpo, como um instrumento original que deve ser
explorado a ponto de conhecer cada som extraído dele. Todo o corpo pode e deve ser
sonoramente conhecido, cada parte com um timbre diferente: pé, coxa, dedo, mão, etc.
Cauduro (1989) aborda a respeito de uma educação musical de maneira lúdica; para ela a
educação musical vai além de aulas teóricas onde se aprende a simbologia musical por meio
de memorização sem qualquer relação com a vivência do fato musical, não se resume na
aprendizagem técnica de um instrumento, tampouco, se exaure no simples ato de cantar por
Atividade proposta
Nessa atividade foi utilizada a rima da parlenda "VIVA EU, VIVA TU, VIVA O RABO DO
TATU” (cultura popular). Enquanto cantam a rítmica, as crianças acompanham o ritmo no
corpo, explorando os possíveis sons corporais - pé, mão, coxa, etc. Além do ritmo, também foi
trabalhado o parâmetro do som (intensidade), como mostra as figuras abaixo.
Fonte: Schreiber
Explorando os sons
Atividade proposta
Essa sequência foi ditada e organizada pelos próprios alunos. A sequência foi
executada por todos, onde deveriam imitar com sons da boca os sons observados. Cada som
foi padronizado com a duração de quatro tempos, e cada tempo correspondia a
aproximadamente 60 bpm (batida por minuto).
Nessa sequência, foi agregado um novo elemento. O fato da não utilização de uma
escrita tradicional - partitura musical convencional - suprimiu-se um som e se agregou um
símbolo representativo no momento de silêncio. Dessa forma, exigiu-se mais atenção dos
alunos para que não se perdessem na contagem do tempo.
Música e movimento
Atividade proposta1
É hora de cantar
Todos podem cantar, todos devem cantar! O cantar é uma atividade musical primária
do ser humano. Segundo Karl Adamek (apud BASTIAN 2009, p.41) o cantar tem funções
1
Atividade proposta por Thelma Chan
Atividades propostas
Considerações finais
CAUDURO, Vera Rigina. Iniciação musical na idade pré-escolar. Porto Alegre. Sagra, 1989.
CHAN, Thelma. Música para ser: sensibilização musical através do corpo, da voz e das coisas.
Composto e extraído em fevereiro de 2013.www.estudio-berger.com
IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. -
Porto Alegre: Artmed, 2003.
KEBACH, Patrícia Fernanda Carmem. Expressão musical na educação infantil. 1 ed. Porto
Alegre. Mediação, 2013.
MARTINS, Mirian Celeste. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: volume único:
livro do professor / Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque, M. Terezinha Telles Guerra - 1. ed.
- São Paulo: FTD, 2009.
SCHREIBER, Ana Cristina Rissette. Iniciação musical Mig e Meg - vol. 1. Campo Magro. Arco,
2014.