Gestão Do Projeto Escolar

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA

JULIA MARIA PIZZONI

A NEUROPSICOPEDAGOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Santa Rosa
2021
JULIA MARIA PIZZONI

A NEUROPSICOPEDAGOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR

Projeto Educativo apresentado à Universidade


Norte do Paraná, como requisito parcial à
conclusão do Curso de Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. Silmara Valerio

Santa Rosa
2021
INTRODUÇÃO

Sabe-se que é importante o processo de ensino/aprendizagem que auxilie


pessoas com dificuldades de aprendizagem. A área da educação nem sempre é só
sucesso e aprovações, existem casos que deixam alunos paralisados diante do
processo de aprendizagem, existem casos que a criança é rotulada pela família,
colegas em sala de aula ou até mesmo por professores.
Faz-se necessário que todos os envolvidos no processo educativo estejam
atentos a essas dificuldades, pode-se observar se a dificuldade é momentânea ou se
persiste a algum tempo.
Em virtude disto, o tema deste projeto é a neuropsicopedagogia no cotidiano
escolar, o qual revela-nos as habilidades do cérebro, quer dos alunos quer dos
professores.
Percebe-se nos alunos, quando se comportam de forma socialmente positiva,
e quando aprendem a usar os instrumentos cognitivos (linguagem corporal, artística,
falada, escrita e quantitativa) da cultura em que estão inseridos.
Todavia, nos professores, quando transmitem, mediatizam e ensinam
competências e conhecimentos, uma vez que está implícita no ato educativo uma
interação entre dois sujeitos, isto é, uma intersubjetividade.
Tendo em vista os avanços da neurociência no campo educacional, hoje, já é
possível trilhar novos caminhos que podem contribuir de maneira contundente na
ressignificação da aprendizagem, mediante à prática investigativa e interventiva do
Neuropsicopedagogo. Embasado em referentes teóricos, este projeto irá refletir sobre
o campo de estudo do Neuropsicopedagogo, o qual pode oferecer novas perspectivas
para o processo de ensino-aprendizagem.
OBJETIVOS

Valendo-se do conceito da Neuropsicopedagogia, o presente projeto tem por


objetivo apresentar os estudos aplicados à educação e refletir sobre as suas
contribuições para a aprendizagem e para a abordagem do Neuropsicopedagogo em
contexto escolar.
Objetivo geral
- Compreender as contribuições do Neuropsicopedagogo no âmbito da
Educação Especial Inclusiva e no contexto escolar.
Objetivos específicos
- Entender o funcionamento do cérebro e como ele aprender,
seleciona, transforma, memoriza, elabora e processa as sensações.
- Estabelecer a relação da Neuropsicopedagogia com a Educação
Especial Inclusiva no processo ensino e aprendizagem.
- Distinguir a Neurociência no processo do ensino e aprendizagem.

PROBLEMATIZAÇÃO

A Neuropsicopedagogia sendo uma ciência interdisciplinar, isto é, aplica


conhecimentos de outras áreas, envolvendo a Pedagogia, a Psicopedagogia e a
Neurociências. Neuropsicopedagogia estuda a relação entre o sistema nervosos e a
aprendizagem humana. Mas quais são as contribuições do Neuropsicopedagogo
institucional no âmbito da Educação? Essa problemática que objetiva este projeto.

REFERENCIAL TEÓRICO

A neurociência é um estudo do sistema nervoso, seja em estado normal ou


patológico. Esse estudo visa compreender suas funções, estruturas, processos e
alterações que podem ocorrer ao longo do desenvolvimento humano. Nessa
perspectiva, a neurociência percorre não somente o campo fisiológico, anatômico,
como também psicológico e comportamental.
A educação e a neurociência coexistem numa relação de proximidade, uma
vez que ambas trabalham com a atividade cerebral que possibilita o acesso à
aprendizagem. Aprender é uma das atividades mais constantes de nossa vida,
desde muito cedo, aprendemos a andar, a falar, a reconhecer rostos, objetos, cores
e regras. Porém, há vários fatores que podem dificultar o processo de
aprendizagem, limitando o acesso ao conhecimento. Esses fatores podem ser
físicos-mentais, emocionais ou mesmo profissionais, no que diz respeito à atuação
docente.
Considerando os avanços dos estudos da neurociência, Tabaquim (2003,
p.91) destaca:

O cérebro é o órgão privilegiado da aprendizagem. Conhecer sua


estrutura e funcionamento é fundamental na compreensão das relações
dinâmicas e complexas da aprendizagem. Na busca pela compreensão dos
processos de aprendizagem e seus distúrbios, é necessário considerar os
aspectos neuropsicológicos, pois as manifestações são, em sua maioria,
reflexo de funções alteradas. As disfunções podem ocorrer em áreas
de input (recepção do estímulo), integração (processamento da informação)
e output (expressão da resposta). O cérebro é o sistema integrador,
coordenador e regulador entre o meio ambiente e o organismo, entre o
comportamento e a aprendizagem.

O estudo neurocientífico não propõe uma pedagogia renovada, no entanto,


fornece subsídios para a reorientação da prática pedagógica atual, abrindo espaço
para discussões e reflexões que abordem os aspectos relacionados ao processo de
aprendizagem.
Se tratando da Neuropsicopedagogia, a sua análise está inserida no contexto
em que se desenvolve o processo de aprendizagem, ou seja, a
neuropsicopedagogia vai atingir ou auxiliar justamente nesse ponto da
aprendizagem, a qual busca compreender os fatores que intervêm nos problemas,
discriminando o particular e o geral, o específico e o universal, na busca de
alternativas de ação para uma mudança significativa nas posturas frente ao ensinar
e ao aprender, pautada em uma essência específica e diferenciada da
psicopedagogia.
Já Psicopedagogia é a área de estudo da neuropsicológica que avalia,
diagnostica, estuda e intervenciona frente a aprendizagem humana e suas
intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz, dotado
de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a tomar decisões
avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva. Ou seja, a principal diferença
é que a neuropsicopedagogia utiliza a neurociência em prol do estudo, pesquisa e
intervenção nas dificuldades e transtornos de aprendizagem, também
potencializando a aquisição e compartilhamento do conhecimento (RUSSO, 2015).
Em um contexto geral, podemos dizer que Neuropsicopedagogia é uma
ciência que estuda o sistema nervoso e sua atuação no comportamento humano,
tendo como enfoque a aprendizagem. Para isso, a Neuropsicopedagogia busca
relações entre os estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia
cognitiva e da pedagogia.
Sendo assim, essa é uma ciência transdisciplinar que estuda a relação entre
o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana e o seu objetivo é
promover a reintegração pessoal, social e educacional a partir da identificação, do
diagnóstico, da reabilitação e da prevenção de dificuldades e distúrbios da
aprendizagem.
A intervenção neuropsicopedagogia se dá através de estratégias de
aprendizagem diversificadas e, partir delas, define-se atividades e operações
mentais que o/a aprendente realizará para melhorar a aprendizagem. Essas
estratégias são classificadas como cognitivas e metacognitivas.
De acordo, a tarefa do/a Neuropsicopedagogo é necessária estudar a
dificuldade ou transtorno encontrado na avaliação diagnóstica, com a finalidade de
selecionar os materiais e as estratégias que serão utilizadas. Esta fase é
importantíssima, uma vez que é averiguado como o/a aprendente usa suas
habilidades em prol de sua aprendizagem, seja de forma lúdica ou de forma
acadêmica.
Na prática, poderão ser trabalhados jogos (competitivos ou não), linguagem
oral e escrita, pesquisa, atividades criativas, tarefas manuais, etc. Na fase final, é
reavaliado o quadro. Se as metas foram atingidas, o/a aprendente ganha alta. Se
não, é discutido o que ainda não foi alcançado, estruturando-se um novo relatório,
sobressaindo o que já foi atingido.
A partir daí um novo Plano de Ação é construído, destacando as próximas
etapas. No que diz respeito às dificuldades e transtornos de aprendizagem
trabalhados nos tópicos anteriores, são muitas as estratégias que poderão ser
selecionadas. Elas poderão fazer parte do Plano de Ação, com a finalidade de
contribuir e facilitar a aprendizagem.
Contudo, é importante lembrar que cada aprendente tem suas próprias
dificuldades e demandas, portanto não existe “receita de bolo”, mas sim sugestões
que deverão ser adaptadas para cada indivíduo. Outros especialistas também serão
necessários no trabalho terapêutico e de aprendizagem como fonoaudiólogos,
neuropediatras, terapeutas ocupacionais, psicólogas, entre outros.
Na deficiência intelectual, o conteúdo das atividades propostas deverá ser de
cada acordo com o interesse do/a aprendente. As funções executivas deverão ser
amplamente avaliadas e treinadas, através de jogos e demais outras técnicas que se
relacionam com a linguagem, expressão plástica, matemática, esquema corporal,
coordenação grossa e fina, grafismo, entre outras. Desenvolver autonomia e a
capacidade de abstração é fundamental para o/a aluno/a com deficiência intelectual.
No transtorno do espectro autista (TEA), o papel da Neuropsicopedagogia é
intervir e colaborar no desenvolvimento cognitivo, relacionando-se com habilidades
sociais, emocionais e comportamentais, auxiliando na construção de regras, com
foco na convivência do sujeito.
Entre as principais intervenções do autismo está o Método ABA (Applied
Behavior Analysis) que trabalha o reforço de comportamento positivos; o Ensino de
Tentativas Discretas (DTT) que direciona as habilidades e comportamentos através
de lembretes, repetição e memorização; o Modelo de Diferenças de Relacionamento
(DIR) que visa ampliar o contexto social e da comunicação, entre outros métodos.
As dificuldades específicas de cada criança deverão ser investigadas e trabalhadas,
como a linguagem (através da oralidade, escrita espontânea e grafismo), expressão
artística, matemática, etc.
No transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), é
fundamental selecionar estratégias que despertem o interesse do/a aprendente, uma
vez que a capacidade de atenção está prejudicada. As atividades propostas não
deverão ser longas, repetitivas e mecânicas, com a finalidade de contribuir com o
foco atencional do/a avaliando/a. Rotina e organização são indispensáveis no
trabalho Neuropsicopedagogo, com regras, lembretes, entre outros recursos.
Para trabalhar memorização, será necessário utilizar diferentes técnicas e
perceber o que melhor se aplica à realidade do indivíduo, como rimas, músicas,
listas, etc. Tão importante quanto trabalhar o foco atencional e a energia do sujeito
com TDAH é estabelecer intervalos entre as atividades, reduzindo a impulsividade e
a desatenção. Destacar palavras-chave, produzir resumos e compreensão por
tópicos são outras metodologias que são eficazes na intervenção
neuropsicopedagógica com o sujeito com TDAH.
Na dislexia, a Associação Brasileira de Dislexia incentiva a utilização de
diversos métodos de aprendizagem, visando trabalhar o déficit fonológico,
entendendo este como a grande dificuldade do sujeito com dislexia. As estratégias
divulgadas são: métodos multissensoriais (aprender a ler e a escrever para além do
estímulo visual), conceitos estruturado e cumulativo (adquirir a sequência do
entendimento linguístico e fonológico); ensino direto e explícito (sem deduções);
exercícios de segmentação fonêmica e silábica, rima, aliteração, etc.
Nota-se que é necessário focalizar o tratamento na reeducação da linguagem
escrita. Na disortografia, é indispensável o trabalho e estímulo da aprendizagem das
regras ortográficas. Estas deverão ser trabalhadas com diferentes estratégias,
visando a que melhor se adeque à realidade do/a educando/a.
Além disso, é necessário identificar os erros ortográficos mais frequentes,
exercitando a consciência fonológica, estrutura silábica, percepção auditiva e visual,
rima, entre outros aspectos da leitura e da escrita. É fundamental a correção do
momento do erro, ainda que evitando desmotivar o/a aluno/a, destacando o que já
foi aprendido.
No que se refere à intervenção neuropsicopedagógica à disgrafia, é
imprescindível aperfeiçoar a escrita, se possível, a letra cursiva. Conforme Russo
(2015), os exercícios grafomotores são essenciais, exercitando o domínio dos dedos
e das mãos e coordenação motora. A caligrafia é outro recurso que deverá ser
empregado, aplicando-se exercícios que promovam a reaprendizagem das letras e o
espaço entre elas, entre as sílabas, a pontuação, entre outros quesitos. Deve-se ter
atenção na posição de escrever a na localização do papel, para não cansar e nem
causar dor no/a aprendiz. Não somente o lápis, mas também outras ferramentas
podem ser utilizadas, como o pincel e a tinta.
Já na discalculia, a intervenção neuropsicopedagógica centra-se na
matemática. Ensina-se a importância dos recursos e estratégias lúdicas no trabalho
com crianças com discalculia, com a finalidade de proporcionar prazer no
conhecimento matemático. Os jogos deverão centrar-se em diversos aspectos,
trabalhando-os de forma isolada ou em conjunto como seriação, quantificação,
operações básicas, entre outros. A matemática do cotidiano é de fundamental
importância na intervenção das crianças com discalculia, identificando ferramentas e
instrumentos que possuem números e suas relações possíveis, como no relógio, na
calculadora, na agenda, em uma receita, no calendário, na balança, no dinheiro, etc.
Desse modo, o neuropsicopedagogo pode contribuir para o desenvolvimento
da motivação pela aprendizagem, ajudando o educando a descobrir quais são as
suas habilidades e potencialidades e de que forma ele pode agregar isso à sua vida,
numa atividade de autoconhecimento e autoconfiança. Deve-se trabalhar com a
ideia de que todos são capazes de aprender, dentro de suas limitações e de seu
próprio ritmo de aprendizagem.
O Neuropsicopedagogo em contexto institucional, será capaz de conhecer o
espaço escolar, observar os educandos e professores, traçar estratégias de
avaliações e eventualmente, fazer encaminhamentos a profissionais de outras
especialidades, quando julgar necessário, a fim de possibilitar a aprendizagem a
todos os indivíduos envolvidos no processo de escolarização, independentemente
de qualquer limitação cognitiva.

MÉTODO

Este trabalho foi desenvolvido com um estudo qualitativo de cunho


bibliográfico em que, por meio desta metodologia, compreendi os acontecimentos
históricos educacionais e as relações sociais que indicaram a trajetória da relação
professor e aluno, tendo como ponto fundamental a questão da aprendizagem na
formação do aluno e sua vinculação com o processo educacional, contendo a
intervenção se necessária do neuropsicopedagogo.
Desta forma, por buscar a análise histórico-critica da relação professor e
aluno com observações e leituras, acredito que o contato com autores que tratam
deste tema proporcionou-me um esclarecimento maior e me oportunizou melhorias
no desempenho profissional na área educacional, haja vista que as leituras abrem
as mentes e concretizam ou mudam ideias que formamos no decorrer de nossa
vida.
Nos objetivos, optamos por uma pesquisa exploratória porque “objetiva a
maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de
hipóteses” (KAUARK, MANHÃES e MEDEIROS, 2010, p. 28). Envolverá trabalho
bibliográfico de autoras e autores que discorrem sobre o tema e análise de
exemplos, especificamente casos clínicos disponibilizados por estudantes do ensino
superior do curso de Neuropsicopedagogia que exemplificam a problemática
investigada.
Contudo, os procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica,
ou seja, a partir de material já publicado e que já recebeu tratamento analítico,
principalmente livros, artigos científicos e material disponível na internet. Também
utilizaremos a pesquisa documental, entendendo que o estudo de um documento se
caracteriza enquanto fonte não somente relevante, mas inestimável.

CRONOGRAMA
Atividades Ago Set Out Nov
Pesquisa do X
tema
Determinação X X
dos objetivos
Pesquisa X X
bibliográfica
Elaboração X X X
do projeto
Entrega do X
projeto
Apresentação X
do projeto

RECURSOS

Alguns materiais são de extrema importância para o uso de um


neuropsicopedagogo, como por exemplo para realizar um anamnese, precisa-se de:
entrevista semiestruturada; formulários; fichas de avaliação e acompanhamento.
Outros materiais como: lápis de cor, folhas, giz de cera, canetinhas, caneta,
livros que abordam temas específicos da área, além de jogos para avaliação de
algumas habilidades como: atendimento a ordens; nomeação de objetos e figuras;
interação social; persistência e atenção; sequenciação e motricidade.
Sugestão de alguns jogos: Caixa-encaixa; Pranchas de encaixes; Tabua de
pinos; Jogo de alfabeto móvel; Jogo de alfabeto ilustrado; Jogo de alfabeto com
figuras; Jogo e alfabeto e sílabas; Jogo de alfabeto de encaixe (letra cursiva); Jogo
de alfabeto e palavras; Jogo de baralho para classificação; Jogo de carimbos
(diversos); Bloco de construção; Conjunto de esquema corporal (quebra-cabeça);
Jogo de numerais e quantidades 0 a 9; jogos de memória (diversos); Jogos de
dominó de frases; 01 jogo de dominó de quantidades; Livros de histórias (diversos);
entre outros, são alguns dos materiais que utiliza-se para realizar o atendimento
educacional ou clínico.
AVALIAÇÃO

Segundo Russo (2015):

Os estudos mostram que a abordagem quantitativa é fortemente


baseada em normas, análises fatoriais e estudos de validade. Os testes
formais são métodos estruturados aplicados com instruções específicas e
normas derivadas de uma população representativa. Os resultados são
descritos a partir de média e desvio-padrão, que permitem a utilização de
cálculos para comparação, e, embora permitam uma avaliação quantitativa,
os testes formais podem ser interpretados qualitativamente (p.107).

Existem vários instrumentos disponíveis para a investigação dos diferentes


aspectos das funções cognitivas, variando em sua forma de apresentação,
complexidade das tarefas envolvidas, critérios de correções e normas disponíveis. A
seleção de instrumentos a ser utilizada é realizada de acordo com os objetivos da
avaliação, e o neuropsicopedagogo deverá buscar materiais não vetados para seu
uso, que forneçam parâmetros para analisar/avaliar tanto as dificuldades como as
facilidades de aprendizagem do sujeito. É oportuno ressaltar, que na prática de
avaliação devemos utilizar instrumentos com estudos e padronização brasileira.
Na avaliação qualitativa neuropsicopedagógica, o neuropsicopedagogo clínico
e institucional pode utilizar as provas piagetianas e as etapas psicogenéticas no
processo de alfabetização, pois tanto a epistemologia genética de Jean Piaget como
os estudos psicogenéticos de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e colaboradores,
fazem parte do conteúdo dos livros didáticos destinados à Educação Infantil e ao
Ensino Fundamental da escola brasileira.
Importante ressaltar o que o neuropsicopedagogo, tanto clínico, quanto
institucional pode avaliar em se tratando de desenvolvimento e aprendizagem:
atenção e funções executivas; linguagem; compreensão leitora; memória de
aprendizagem; motivação - intrínseca e extrínseca; estratégias de aprendizagem;
desenvolvimento neuromotor; habilidade matemáticas; habilidades sociais.

REFERÊNCIAS

BEAUCLAIR, J. Neuropsicopedagogia: inserções no presente, utopias e


desejos futuros. Rio de Janeiro: Essence All. 2014.

CONSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociências e Educação: como o


cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed. 2011.

FONSECA, Vitor da. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na


aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. São Paulo. 2014.
Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (sbnpp.org.br)

HEINING, Otilia. Neurociência: evolução e atualidade. Indaial. Uniasselvi.


2012.

KANDEL, Eric R. Fundamentos da Neuropsicologia e do Comportamento. Edit.


Guanabara Koogan. 1ª ed. SP. Maio de 1997.

KAUARK, F.; MANHÃES, F.C.; MEDEIROS, C.H. Metodologia da pesquisa: guia


prático. Itabuna. Ed. Via Litterarum, 2010.

RUSSO, R.M.T. Neuropsicopedagogia Clínica: introdução, conceitos, teoria e


prática. Curitiba: Juruá, 2015.

SARTÓRIO, Rodrigo. Neurofisiologia - Centro Universitário Leonardo da Vinci.


Indaial: Grupo UNIASSELVI. 2009.

TABAQUIM, Maria L. M. Avaliação Neuropsicológica nos Distúrbios de


Aprendizagem. In Distúrbio de aprendizagem: proposta de avaliação
interdisciplinar. Org. Sylvia Maria Ciasca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada.


Petrópolis. Vozes. 2008.

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