Educação Especial na Perspectiva da Inclusão
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Educação Especial na Perspectiva da Inclusão - Aracy Cristina Kenupp Bastos Marcelino
Sumário
CAPA
INTRODUÇÃO
1
DISCUSSÕES ACADÊMICAS SOBRE A PRESENÇA DOS ESTUDANTES ESPECIAIS
NO ENSINO SUPERIOR
2
ESTUDANTES ESPECIAIS
: REFERÊNCIAS LEGAIS E TEÓRICAS
2.1 Conceitos e nomenclaturas utilizados nas normativas legais
2.2 Especificidades e particularidades dos estudantes especiais
2.2.1 Estudantes público-alvo da Educação Especial
2.2.2 Estudantes com Transtornos Funcionais Específicos
2.3 Documentos e normativas legais
2.4 Direitos humanos, direito à educação, justiça e democracia
2.5 As políticas de ação afirmativa na inclusão dos estudantes especiais
3
ESTUDANTES ESPECIAIS
NO ENSINO SUPERIOR: PERCURSO METODOLÓGICO E RESULTADOS DA PESQUISA
3.1 Corpus da pesquisa
3.2 Apresentação e discussão dos resultados
3.2.1 Possíveis respostas às questões do estudo
3.3 Níveis de classificação em relação à inclusão
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
REFERÊNCIAS
SOBRE A AUTORA
CONTRACAPA
capa.jpgEducação Especial na
perspectiva da inclusão
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Aracy Cristina Kenupp Bastos Marcelino
Educação Especial na
perspectiva da inclusão
Aos diferentes atores que cooperam direta ou indiretamente para possibilitar que a Educação Especial na Perspectiva Inclusiva esteja presente nos diferentes níveis, metodologias e modalidades de ensino, transformando utopias em possibilidades.
AGRADECIMENTOS
Ao Deus criador de todas as coisas, que nos concede livre-arbítrio para escolher nossos caminhos, e conduz minha trajetória de vida, e a oportunidade de aprender e compartilhar conhecimentos.
À minha família, por entender minha ausência, pelo imensurável apoio nesse caminho formativo, e aos demais familiares e amigos que marcaram presença positiva nessa minha caminhada.
À professora Laélia Moreira, pelos ricos ensinamentos recebidos, por ajudar-me em cada ponto e entre os pontos
dessa costura formativa a unir a teoria e a prática transformando meus retalhos
em uma linda colcha
de conhecimentos. Às professoras: Dr.ª Annie Gomes Redig, Dr.ª Edicléa Mascarenhas Fernandes e Dr.ª Inês Barbosa de Oliveira, e às professoras Dr.ª Flávia Faissal de Souza e Dr.ª Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa, pelas contribuições recebidas.
Um sentimento que está além do significado da palavra obrigada
para a professora Dra. Alzira Batalha Alcantara. Seu nome expressa muito do que é como pessoa e profissional, pois a batalha
pela oferta de educação de qualidade não está apenas no seu discurso, mas nas suas ações enquanto educadora.
Carinho especial segue para as demais professoras que atuam ou atuaram no Programa de Pós-Graduação da Unesa e que cruzaram de maneiras diferentes e muito especiais minhas experiências formativas, como: Inês Ferreira de Souza Bragança, Rita de Cássia Pereira Lima, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon, Wânia Regina Coutinho Gonzalez, Jaciara de Sá Carvalho, Adriana Maria de Assumpção, Sônia Regina Mendes dos Santos e Helenice Maia Gonçalves.
Aos amigos do grupo de pesquisa, por compartilhar dúvidas e saberes.
Aos pesquisadores e aos estudantes especiais
que direta e indiretamente possibilitaram a escrita desta obra.
À professora de Língua Portuguesa Márcia Maria Tavares de Souza, pela demonstração de amizade e companheirismo nessa minha trajetória acadêmica.
Aos profissionais da educação que atuam na Secretaria de Educação do Município de Teresópolis, na Unidade da rede Faetec de Teresópolis, pelo carinho, parceria e compromisso com a educação com base nos princípios inclusivos.
A todos, meus sinceros agradecimentos pelas oportunidades de aprendizado que me trouxeram até este momento tão importante, tanto para minha vida profissional como pessoal!
Espero com esta obra contribuir para a promoção de possibilidades mais inclusivas na sociedade.
Sem a curiosidade que me move, que me inquieta,
que me insere na busca, não aprendo nem ensino.
(Paulo Freire)
APRESENTAÇÃO
A especificidade deste livro reside na busca de possibilidades para efetivar a proposta da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Pneepei), proclamada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2008 (BRASIL, 2008b), por entendermos que sua efetividade possibilita o exercício do direito à educação pelos estudantes público-alvo da Educação Especial e os com Transtornos Funcionais Específicos.
Tenho percebido que, embora os profissionais envolvidos no processo educacional desses estudantes esforcem-se para minimizar o impacto da diferença que se mostra no cotidiano do seu trabalho, a insuficiente infraestrutura dos ambientes educacionais dificulta atender à diversidade das suas especificidades e particularidades¹.
Como minhas vivências restringem-se à educação básica e à qualificação profissional, as leituras a respeito da inclusão do estudante especial
no contexto do ensino superior constituíram importante suporte para a compreensão de como as políticas de inclusão efetivam-se nesse nível de ensino. Sabemos que historicamente as experiências desse público são de desagregação, de discriminação e de exclusão/inclusão em todos os contextos sociais, e devido à diversidade de público que abrange, entendemos que romper essas barreiras demanda investimentos e ações, tanto por parte do Estado quanto do núcleo familiar, dos próprios sujeitos e da sociedade em geral.
Seguindo essa lógica, essa experiência tem reafirmado a importância de continuar buscando possibilidades para que esses estudantes ultrapassem as diferentes barreiras que impedem o acesso à educação, como dificuldade de acessibilidade aos conteúdos curriculares, entre outros aspectos que dificultam uma trajetória formativa com qualidade e equidade. Isso não apenas porque ter acesso à educação é um direito fundamental² de natureza social, conforme apontam os documentos legais, mas também por ser a educação um dos mecanismos de transformação social que viabiliza o exercício da cidadania e pelo entendimento de que as interações e experiências promovidas nos diferentes ambientes das instituições de educação, com as diferenças de corpos, de ideias, de ideais, de crenças, de valores, de gênero, de cor, de raça, de situação socioeconômica, entre outras maneiras de expressão da multiplicidade humana, são fundamentais para o crescimento pessoal dos estudantes e podem possibilitar mais ações inclusivas, tanto na família como nos diferentes ambientes sociais.
Além das questões que envolvem a temática discutida nesta obra, destacamos algumas reflexões tecidas nesse período, as quais denominamos de Pontos entre os pontos
, e destacamos que, em alguns casos, a trajetória formativa de um curso de pós-graduação stricto sensu, seja em nível de mestrado ou de doutorado, é um período de muito aprendizado que envolve desconstrução e construção de concepções a respeito da temática que estamos pesquisando, da maneira como percebemos o mundo ao nosso redor, e entre os pontos revistos, ajustados, reformulados, encontramos o de estar a sós conosco e entendermos como podemos construir esse novo caminho.
Esses momentos não foram raros nem exclusivos desta pesquisadora, pois quando decidimos não interromper as atividades profissionais para nos dedicarmos à pesquisa, foi porque compreendemos que no e do cotidiano profissional é que emergiriam as questões e as proposições que aqui se estabeleceram.
Nesse sentido, relatamos que, entre os pontos das demandas deste estudo, das atividades profissionais, da vida pessoal e do autocuidado, precisamos nos revestir de alguns pontos, como: da disciplina de estudo, para não desviar do foco da pesquisa, da troca de ideias com outros pesquisadores e de variadas interações com o objeto estudado, para que não nos tornemos refém da nossa própria (in)capacidade de perceber o que está à nossa frente e/ou ao nosso redor. Destacamos que, na construção desse novo caminho, em muitos momentos, foi preciso reformular rotas e mudar hábitos, para nos distanciarmos dos sentimentos antagônicos que nos cercam de dúvidas em relação aos processos que vivenciamos nessa trajetória.
Assim, entre os pontos desses pontos, ressaltamos que as leituras iluminaram o nosso caminho, a troca de experiências direcionou o próximo passo, e os multíplices aparatos dos quais nos revestimos mantiveram-nos na direção do alvo. No entanto, às vezes, parecia que estávamos pilotando um carrinho bate-bate, rodando em círculos como na autopista. Nesse momento, não visualizávamos oportunidades para sair daquele círculo, mas, quando decidimos aproveitar esse movimento circular para retomar a questão de estudo, o objetivo, as bases teóricas, os aparatos utilizados como suporte para nos mantermos na direção do alvo, passamos a olhar para o objeto de um ângulo diferente, e então demos um salto e saímos pela tangente! O resultado desse salto resultou na escrita desta obra!
Aos estudantes especiais
, nosso respeito e admiração pelas conquistas já realizadas. Empoderem-se de seus direitos, busquem apoio dos familiares, amigos, instituições, grupos associativos, e sigam na luta para derrubar as barreiras da ignorância, do preconceito, da discriminação, e do capacitismo. Acreditem que junto de vocês existem pessoas que se reinventam todos os dias para ultrapassar os desafios da Educação na perspectiva da inclusão.
¹ Fato que se configura provavelmente por diferentes fatores, entre os quais não podemos deixar de destacar o descaso do governo com a redução no financiamento do ensino público nos últimos anos, a qual se justifica no contexto das políticas caracterizadas como políticas de austeridade fiscal. As metas não alcançadas do Plano Nacional de Educação (PNE) (2014-2024) refletem a realidade que vem sendo vivenciada no ensino público brasileiro.
² E não como uma concessão, no sentido de favor.
PREFÁCIO
Há de surgir uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir.
Há de apagar uma estrela no céu cada vez que ocê chorar.
Do contrário também bem que pode acontecer
de uma estrela brilhar quando a lágrima cair.
Estes versos de Gilberto Gil me lembram Cristina Kenupp, sua força, sua determinação, sua defesa por uma educação efetivamente inclusiva e que esteja presente nos diferentes níveis e modalidades de ensino, transformando utopias em possibilidades
, como ela mesma diz.
Aracy Cristina Kenupp Bastos Marcelino é mestre em Educação, pós-graduada em Libras, Psicopedagogia e Educação Especial com ênfase em Deficiência Visual. É graduada em Pedagogia, atua como professora de Educação Especial na Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (FAETEC), professora Itinerante e Coordenadora de Inclusão de Estudantes com Surdez e com Deficiência Visual na Prefeitura Municipal de Teresópolis, município da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Seu percurso evidencia sua persistência em atuar numa área tão íngreme como a da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva na qual discussões relativas à cidadania, respeito, direito à educação, práticas pedagógicas voltada à inclusão e infraestrutura dos ambientes educacionais se encontram, ainda, em pleno engendramento.
O texto com que nos presenteia neste momento, é oriundo de sua tese de doutorado, defendida na Universidade Estácio de Sá, sob a orientação competente da Prof.ª Dr.ª Laélia Portela Moreira. Seu objetivo, perfeitamente expresso, era identificar como estava sendo realizada, na prática, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no curso superior. E, para isso, Cristina realizou uma extensa pesquisa documental, analisando teses e dissertações defendidas entre 2009 e 2019.
Ao longo de seu estudo, nos deparamos com uma escrita potente e vibrante, ora informando a respeito de documentos e normativas legais relativos aos estudantes público-alvo da Educação Especial e com transtornos funcionais específicos - os estudantes especiais
, como denominados pela autora -, ora sobre o debate acadêmico no que se refere à inclusão destes no Ensino Superior, posicionando-se sempre em defesa da educação como um direito inalienável e subjetivo e registrando que o capacitismo é movimento que descaracteriza a pessoa, uma perspectiva preconceituosa, discriminatória e, portanto, excludente no tratamento às pessoas com deficiência, visto que está na contramão da inclusão
.
O caminho metodológico e a metapesquisa escolhida como técnica, possibilitam ao leitor mover- se nos labirintos do estudo realizado, compreender os mapas analíticos construídos, adentrar o universo das ações e desafios para a inclusão de estudantes especiais
que os autores das teses e dissertações elencaram como mais relevantes, refletir no tocante aos conceitos de inclusão, exclusão e direito à educação encontrados nesses estudos, assim como explorar as propostas de inclusão no Ensino Superior sugeridas.
Ao responder à questão no que concerne ao maior desafio que as Instituições de Educação Superior e os estudantes especiais
têm enfrentado em relação à promoção da educação na perspectiva inclusiva no Ensino Superior, Cristina anuncia que seriam as relações atitudinais. Chamo a atenção para este marcante desafio, pois nos cabe, cada vez mais, debruçar sobre ele. O tema barreiras atitudinais - definidas como comportamentos discriminatórios e não inclusivos que limitam a vida em sociedade das pessoas com deficiência –, embora fundamental, é muitas vezes postergado. Como a autora esclarece, as relações atitudinais quando baseadas nos princípios da inclusão humaniza os envolvidos, enquanto as excludentes afastam as pessoas da oportunidade de construir novas interações, de conceber valores, de ser humano
.
Convido a todos os leitores a uma leitura atenta deste que é um estudo diferenciado e consistente a respeito da produção acadêmica sobre Educação Especial e Inclusão no Ensino Superior.
Prof.ª Dr.ª Helenice Maia
PPGE - UNESA
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE ACRÔNIMOS
INTRODUÇÃO
No contexto das múltiplas reformas educacionais ocorridas nas últimas décadas no Brasil e no mundo, a temática da Educação Especial encontra-se inserida em diferentes movimentos sociais, com discussões nos âmbitos políticos e conceituais.
Em relação à