CCIH

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A CCIH é composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente

designados e nomeados pela Direção do hospital. Os componentes da CCIH agrupam-se em


dois tipos: membros consultores e membros executores. O presidente da CCIH poderá ser
qualquer um de seus membros, indicado pela Direção.

INFECÇÕES HOSPITALARES: O QUE SÃO E COMO OCORREM?

Segundo a portaria MS 2.616/98, infecção hospitalar é “qualquer infecção adquirida após a


internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando
puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.” Esse termo atualmente,
no entanto, é considerado inapropriado, e por isso atualmente as chamadas “infecções
hospitalares” são denominadas de “Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde” (IRAS). Esta
mudança de denominação se deu porque a ocorrência das IRAS não depende exclusivamente
do ambiente hospitalar, já que a assistência à saúde pode acontecer também em outros
ambientes, como em clínicas de diálise, de quimioterapia, no próprio ambiente domiciliar (“home
care”). E os procedimentos realizados nesses contextos, e não apenas nos hospitais, também
podem desencadear IRAS.

As IRAS ocorrem devido a um desequilíbrio entre as defesas do paciente (sistema imunológico)


e germes que habitam o seu corpo (microrganismos). Tais microrganismos são ditos
oportunistas porque se “aproveitam” do estado de saúde debilitado do paciente provocado por
doenças, imunodeficiências, uso de antibióticos, procedimentos médico-cirúrgicos e dispositivos
hospitalares invavisos (cateteres, tubos, drenos, sondas, etc) para encontrar uma fácil “porta de
entrada” para invadir o organismo e causar uma infecção que não ocorreria fora destas
condições. Em resumo, as infecções relacionadas à assistência à saúde são infecções
oportunistas, causadas por germes presentes no organismo do paciente, que se associam a
múltiplos fatores, tais como procedimentos hospitalares invasivos e tratamentos médicos aos
quais o paciente é submetido, além do seu estado de saúde (doenças).

COMPETÊNCIAS DA CCIH:

À CCIH compete:

1. Elaborar, implementar e monitorar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar;

2. Implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica para monitoramento das infecções


relacionadas à assistência à saúde;

3. Implementar e supervisionar normas e rotinas, visando a prevenção e o controle das infecções


relacionadas à assistência à saúde;

4. Promover treinamentos e capacitações do quadro de profissionais da instituição, no que diz


respeito à prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, através de
Educação Continuada;

5. Participar, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, da elaboração de


políticas de utilização de antimicrobianos, saneantes e materiais médico-hospitalares,
contribuindo para o uso reacional destes insumos;

6. Realizar investigação epidemiológica de surtos e implantar medidas imediatas de controle e


contenção;
7. Elaborar, implementar e supervisionar normas e rotinas objetivando evitar a disseminação de
germes hospitalares, por meio de medidas de isolamento e contenção;

8. Elaborar, implementar, divulgar e monitorar normas e rotinas visando a prevenção e o


tratamento adequado das infecções hospitalares;

9. Elaborar e divulgar, periodicamente, relatórios dirigidos à autoridade máxima da instituição e


às chefias dos serviços, contendo informações sobre a situação das infecções relacionadas à
assistência à saúde na instituição.

[16:36, 29/09/2022] +55 21 97531-1308: Quais as principais atribuições da Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar?

Elaborar, planejar, executar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar, por
meio das seguintes ações:

Obedecer todas as normas estabelecidas pela ANVISA;


Implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares;
Criar um manual de normas e condutas que devem ser implantadas e seguidas por toda equipe
hospitalar;
Supervisionar as rotinas operacionais;
Promover constantemente treinamento, capacitação e ações de orientação da equipe médico-
hospitalar sobre prevenção e controle das infecções hospitalares;
Usar adequadamente antimicrobianos, germicidas e qualquer outro produto químico;
Avaliar e supervisionar as ações realizadas pelos membros executores;
Divulgar para toda a instituição hospitalar as ações e normas para controle e prevenção das
infecções hospitalares;
Estabelecer um plano de contingência em caso de infecção detectada.
[16:36, 29/09/2022] +55 21 97531-1308: MECANISMO DE TRANSMISSÃO DOS
MICRORGANISMOS
A prevenção e o controle das infecções estão relacionados aos diferentes elementos
compostos no elo da cadeia epidemiológica de transmissão. A cadeia epidemiológica organiza a
sequência da interação entre o agente, o hospedeiro e o meio. Ela é composta por seis
elementos,
que devem estar presentes para que ocorra a infecção.
A forma de transmissão é o elemento mais importante na cadeia epidemiológica, uma vez
que é o elo mais passível de quebra ou interrupção. As medidas de precaução e isolamento
visam
interromper estes mecanismos de transmissão e prevenir infecções.
O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) - máscara, luvas, avental, óculos de
proteção, a adesão à higienização das mãos e certas características específicas do ambiente
onde
se encontra o paciente, constituem os meios para atingir este objetivo.
Algumas medidas gerais devem ser aplicadas a todos os pacientes, em todo o período de
hospitalização, independente do diagnóstico ou estado infeccioso. Porém, pacientes infectados
com
micro-organismos específicos devem ser colocados em precauções específicas segundo a forma
de
transmissão, ou seja, medidas de controle adicionais devem ser aplicadas para prevenir a
transmissão destes patógenos.
O sistema de precauções deve ser claro o suficiente para permitir que os profissionais de
saúde identifiquem o mais rápido possível os pacientes que necessitam de precauções
específicas a
serem instituídas.

MECANISMO DE TRANSMISSÃO DOS MICRORGANISMOS


A prevenção e o controle das infecções estão relacionados aos diferentes elementos
compostos no elo da cadeia epidemiológica de transmissão. A cadeia epidemiológica organiza a
sequência da interação entre o agente, o hospedeiro e o meio. Ela é composta por seis
elementos,
que devem estar presentes para que ocorra a infecção.
A forma de transmissão é o elemento mais importante na cadeia epidemiológica, uma vez
que é o elo mais passível de quebra ou interrupção. As medidas de precaução e isolamento
visam
interromper estes mecanismos de transmissão e prevenir infecções.
O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) - máscara, luvas, avental, óculos de
proteção, a adesão à higienização das mãos e certas características específicas do ambiente
onde
se encontra o paciente, constituem os meios para atingir este objetivo.
Algumas medidas gerais devem ser aplicadas a todos os pacientes, em todo o período de
hospitalização, independente do diagnóstico ou estado infeccioso. Porém, pacientes infectados
com
micro-organismos específicos devem ser colocados em precauções específicas segundo a forma
de
transmissão, ou seja, medidas de controle adicionais devem ser aplicadas para prevenir a
transmissão destes patógenos.
O sistema de precauções deve ser claro o suficiente para permitir que os profissionais de
saúde identifiquem o mais rápido possível os pacientes que necessitam de precauções
específicas a
serem instituídas.

TIPOS DE PRECAUÇÕES
3.1 Precauções Padrão
As Precauções Padrão (PP) representam um conjunto de medidas que devem ser
aplicadas no atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente do seu estado
presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou sob
suspeita de contaminação. As PP deverão ser utilizadas quando existir o risco de contato com:
sangue; todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, com exceção do suor, sem
considerar a presença ou não de sangue visível; pele com solução de continuidade (pele não
íntegra) e mucosas.
São recomendadas para aplicação em todas as situações e pacientes, independente da
presença de doença transmissível comprovada.

*R PRECAUÇÕES PADRÃO - PP
Aplicar em todas as situações de atendimento a pacientes, independente de suspeita de doença
transmissível, para prevenir a transmissão de micro-organismos inclusive quando a fonte é
desconhecida. Protegem o profissional, e também previnem a transmissão cruzada entre
pacientes.
 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Com água e sabão (sempre que a mão apresentar sujidade) ou álcool para as mãos
(quando não apresentar sujidade visível nas mãos), após contato com fluidos corpóreos, após
manipular materiais e equipamentos contaminados, após retirar luvas, antes e após contato com
qualquer paciente.
 LUVAS
Se houver risco de contato com sangue ou outros fluidos corpóreos. Trocar as luvas entre
procedimentos no mesmo paciente se houver contato com secreções contaminantes. Calçar
luvas limpas antes de manipular mucosas ou pele não íntegra. Não tocar superfícies com as
luvas (ex: telefone, maçaneta). Retirar as luvas imediatamente após o uso e higienizar as mãos.
 AVENTAL
Se houver risco de respingo ou contato da pele ou roupas do profissional com fluidos,
secreções ou excreções do paciente (ex: dar banho, aspirar secreção, realizar procedimentos
invasivos). Dispensar no “hamper” após o uso. Não usar o mesmo avental para cuidados a
pacientes diferentes.
 MÁSCARA, ÓCULOS, PROTETOR FACIAL
Sempre que houver exposição da face do profissional a respingos de sangue, saliva,
escarro ou outros fluídos e secreções de pacientes.
O profissional que apresentar infecção das vias aéreas (ex: gripe, resfriado), deve utilizar
máscara cirúrgica até a remissão dos sintomas.
 PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES
Não reencapar a agulha. Não desconectar a agulha da seringa antes do descarte.
Disponibilizar caixas de descarte em locais de fácil acesso.*
 *DESCONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE
Realizar limpeza concorrente do mobiliário e bancadas a cada plantão.
Realizar limpeza terminal na alta, óbito ou transferência do paciente. Limpar e desinfetar
superfícies sempre que houver presença de sangue ou secreções.
 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS
Todos os artigos e equipamentos devem ser submetidos à limpeza e desinfecção ou
esterilização antes de serem usados para outro paciente.*

R PRECAUÇÕES DE CONTATO - PC
• Realizar a higienização das mãos com água e sabão ou álcool para as mãos antes e após o
contato com o paciente.
• Manter um metro de distância entre o leito do isolamento e outros leitos.
• Usar luvas não estéreis e avental para realizar procedimentos que facilitem o contato com
os líquidos corporais do paciente.
• Manter o paciente em quarto privativo, quando possível, principalmente quando houver
secreção de difícil controle, como traqueostomia ou diarreia.
• Equipamentos como Estetoscópios, Termômetros, Esfigmomanômetros e outros devem
ser de uso exclusivo do paciente e higienizados após o uso.
• Fazer o descarte dos EPIs (luvas, aventais, máscaras) próximo ao leito do paciente e
higienizar as mãos após o uso.
• Não deixar caixa de material (luva, máscara) ao lado do paciente.
• Proceder a limpeza e desinfecção de equipamentos como monitores, bombas e painel de
respirador com Espuma Detergente (Surfa’Safe / Optigerm) ao final de cada plantão.
• Evitar levar os prontuários ao lado do paciente, especialmente apoiar no mobiliário, pelo
risco de contaminação.
• Orientar os acompanhantes quanto à higienização, restringindo deambulação entre leitos.
• Se o paciente for transferido da UTI para a enfermaria: manter rigorosamente a precaução de
contato e todas as recomendações pertinentes para o manejo do paciente dentro do hospital. A
identificação de isolamento de contato deve estar no prontuário.
• Após a alta, óbito ou transferência do paciente, realizar limpeza terminal rigorosa e minuciosa
das superfícies fixas, equipamentos, e saída de gases da unidade. Dar atenção especial à
inspeção dos colchões, com substituição daqueles que apresentarem capas com solução de
continuidade.

Transporte do Paciente:
- Deverá ser evitado. Quando necessário o material infectante deverá estar contido, (com
curativo, avental ou lençol), para evitar contaminação de superfícies;
- Se paciente realizar exame e/ou procedimento fazer a desinfecção com álcool 70o da maca ou
cadeira de transporte, e proteger com lençol e desprezá-lo logo em seguida;
- Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento de contato.*
• Se o paciente for transferido da UTI para a enfermaria: manter rigorosamente a precaução de
contato e todas as recomendações pertinentes para o manejo do paciente dentro do hospital. A
identificação de isolamento de contato deve estar no prontuário.
• Após a alta, óbito ou transferência do paciente, realizar limpeza terminal rigorosa e minuciosa
das superfícies fixas, equipamentos, e saída de gases da unidade. Dar atenção especial à
inspeção dos colchões, com substituição daqueles que apresentarem capas com solução de
continuidade.

Transporte do Paciente:
- Deverá ser evitado. Quando necessário o material infectante deverá estar contido, (com
curativo, avental ou lençol), para evitar contaminação de superfícies;
- Se paciente realizar exame e/ou procedimento fazer a desinfecção com álcool 70o da maca ou
cadeira de transporte, e proteger com lençol e desprezá-lo logo em seguida;
- Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento de contato.*

PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS - PA


A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas.
Algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se ressecam e ficam
suspensas no ar, permanecendo durante horas e atingindo ambientes diferentes, inclusive
quartos adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar.
Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de:
• Tuberculose pulmonar ou laríngea;
• Sarampo;
• Varicela;
• Herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido;
• Situações especiais como influenza aviária ou influenza A H1N1 nos casos de
procedimentos que geram aerossóis (ex: intubação, aspiração e nebulização).
- QUARTO PRIVATIVO
Obrigatório, com porta fechada e ventilação externa.
Preferencialmente deve dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de
alta eficácia (no momento não disponíveis no HRLB).
- MÁSCARA
É obrigatório o uso de máscara cirúrgica ao entrar no quarto.
Deve ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, e utilizar a
máscara N95 somente o profissional que for aspirar este paciente, a mesma deverá ser
descartada no final de cada turno de trabalho.
- TRANSPORTE DO PACIENTE
Evitar: Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.
Informar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS - PG
A transmissão por gotículas ocorre por meio do contato próximo com o paciente.
Gotículas de tamanho considerado grande (>5 micras) são eliminadas durante a fala, respiração,
tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de distância, e rapidamente se
depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a transmissão não ocorre em distâncias
maiores, nem por períodos prolongados.
Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica, Rubéola, H1N1 em
situação de cuidados de rotina como: sinais vitais, aplicações de medicações, acessos, cuidados
gerais.
- QUARTO PRIVATIVO
Obrigatório.
Pode ser compartilhado entre portadores do mesmo micro-organismo.
- MÁSCARA
Usar máscara cirúrgica ao entrar no quarto.
A máscara deve ser desprezada na saída do quarto.
- TRANSPORTE DO PACIENTE
Evitar. Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.
Informar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado.

Conhecendo o problema, qual(is)


seria(m) o(s) objetivo(s) do Programa
de Controle de Infecção Hospitalar
(PCIH)?
- proteger o paciente;
- proteger o profissional e o visitante;
- se possível, atingir tais objetivos de modo custo
Efetivo

COMPETÊNCIAS
CCIH Portaria 2616/98
• Implantação de um Sistema de Vigilância
Epidemiológica das Infecções Hospitalares por
busca ativa;
• adequação, implementação e supervisão das
normas e rotinas técnico-operacionais;
• capacitação do quadro de funcionários e
profissionais da instituição;
• uso racional de antimicrobianos, germicidas e
materiais médico-hospitalares;
• avaliar, periódica e sistematicamente, as
informações providas pela Vigilância
Epidemiológica CCIH;

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