Apostila Do Curso Semiotecnica Aplicada A Enfermagem
Apostila Do Curso Semiotecnica Aplicada A Enfermagem
Apostila Do Curso Semiotecnica Aplicada A Enfermagem
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Sumário
ISQUEMIA....................................................................................................... 174
Orientações gerais
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• Capotes (aventais) - devem ser utilizados durante os
procedimentos com possibilidade de contato com material biológico,
inclusive em superfícies contaminadas;
• Botas - proteção dos pés em locais úmidos ou com
quantidade significativa de material infectante (centros cirúrgicos, áreas
de necropsia e outros).
Punção ou
Dissecção venosa profunda X X X X
Endoscopias, broncoscopias X X X X
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Procedimentos X X X X
dentários
Procedimentos com possibilidade X X X X
de respingos de sangue e secreções
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
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Isolamento e precauções
PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA
São indicadas para pacientes portadores de microrganismos transmitidos por
gotículas de tamanho superior a 5 microns, que podem ser geradas durante tosse,
espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos. (Exemplo: coqueluche,
difteria, streptococos pneumoiae, neisseria meningitides e caxumba).
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varicela, sarampo, tuberculose).
Consistem em:
1. Quarto privativo (ou coorte, que deve ser evitada) que possua pressão de ar
negativa em relação às áreas vizinhas; um mínimo de 06 trocas de ar por hora; e,
cuidados com o ar que é retirado do quarto (filtragem com filtros HEPA) antes da
recirculação em outras áreas do hospital. As portas devem ser mantidas fechadas;
2. Proteção respiratória com máscara que possua capacidade adequada de
filtração e boa vedação lateral, máscara nº 95. Indivíduos suscetíveis a sarampo e
varicela não devem entrar no quarto de pacientes com suspeita ou portadores destas
infecções;
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado, mas se for necessário eles
devem usar máscara (a máscara cirúrgica é suficiente).
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Estão são indicadas para pacientes com infecção ou colonização por
microrganismos com importância epidemiológica e que são transmitidos por contato
direto (pele-a-pele) ou indireto (contato com itens ambientais ou itens de uso do
paciente). (Exemplo: infecções gastrintestinais, respiratória, pele e ferida colonizada,
entéricas e grandes abscessos).
Consistem em:
1. Quarto privativo ou coorte, quando os pacientes estiverem acometidos pela
mesma doença transmissível. Os recém-nascidos podem ser mantidos em incubadora.
Crianças e outros pacientes, que não deambulam, não requerem quarto privativo, desde
que as camas tenham um afastamento maior do que 1metro entre elas;
2. Uso de luvas quando entrar no quarto do paciente. Após o contato com
material que contenha grande concentração de microrganismos (por exemplo: sangue,
fezes e secreções), as luvas devem ser trocadas e as mãos lavadas. Após a lavagem das
mãos, deve-se evitar o contato com superfícies ambientais potencialmente
contaminadas;
3. Uso de avental limpo, não estéril, quando entrar no quarto, se for previsto
contato com o paciente que possa estar significativamente contaminando o ambiente
(diarréia, incontinência, incapacidade de higienização, colostomia, ileostomia, ferida
com secreção abundante ou não contida por curativo). O avental deve ser retirado antes
da saída do quarto, e deve-se evitar o contato das roupas com superfícies ambientais
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potencialmente contaminadas;
4. O transporte de pacientes para fora do quarto deve ser reduzido ao
mínimo. As precauções devem ser mantidas durante o transporte;
5. Os itens que o paciente tem contato e as superfícies ambientais devem ser
submetidas à limpeza diária;
6. Equipamentos de cuidado com os pacientes e materiais como
estetoscópio, esfigmomanômetro ou cômoda ao lado do paciente, sempre que possível,
devem ser usados somente por um único paciente. Se não for possível, a desinfecção
deste material é recomendada entre o uso em um e outro paciente.
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LAURENCE. J.C. The bacteriology of burns. Journal of hospital (Supl. B): 3 –
17, 1985
Indicações
Uma listagem de todas as situações em que as mãos devem ser lavadas seria uma
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tarefa prolongada e incompleta.
De modo geral, entretanto, o bom senso autoriza e recomenda que o profissional
de saúde lave as mãos nas situações abaixo indicadas: sempre que estiverem sujas.
Antes de:
• Ministrar medicamento oral;
• Preparar nebulização.
Antes e após:
Pré-procedimentos cirúrgicos
No preparo das mãos e antebraços, antes de quaisquer procedimentos cirúrgicos,
o profissional de saúde deve remover todas as jóias, pulseiras e ou anéis, inclusive a
aliança. As unhas devem ser mantidas aparadas e sem esmalte.
Para a anti-sepsia, recomenda-se o emprego de escovas apropriadas, com cerdas
macias, descartáveis ou convenientemente esterilizadas. São contra- indicadas as
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escovas de cerdas duras, já que podem promover lesões cutâneas nas mãos e antebraços.
Proscreve-se, também, a manutenção de escovas em soluções desinfetantes, bem como
seu reaproveitamento após o uso. Caso não existam condições adequadas para a
utilização das escovas, deve-se dar preferência ao desenvolvimento da anti-sepsia sem
escovação.
Com ou sem escovação, porém, a seqüência da lavagem deve ser ritualmente
seguida pelo profissional de saúde. Com movimentos de fricção pelas diferentes faces
das mãos, espaços interdigitais, articulações, extremidades dos dedos e antebraços,
durante 5 minutos antes da primeira cirurgia e de 2 a 5 minutos antes das cirurgias
subseqüentes, desde que a anterior não tenha sido infectada. Nesse caso, deve-se
obedecer ao tempo de 5 minutos.
1ª opção
2ª opção
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Em qualquer das duas opções, durante o desenvolvimento da técnica, as mãos
devem ser mantidas numa altura relativamente superior aos cotovelos, e a secagem com
toalha ou compressa esterilizada deve ser processada, sempre, obedecendo-se a direção
mãos-cotovelo, com movimentos compressivos e não de esfregação.
É contra-indicada a imersão das mãos em bacias com álcool iodado. Como
precaução adicional, o profissional de saúde deve usar luvas quando houver um elevado
risco de transmissão de infecção. Tal procedimento objetiva proteger os pacientes dos
microrganismos que não foram totalmente removidos através da lavagem das mãos,
bem como evitar que o pessoal de saúde tenha contato direto com secreções, excreções,
material e equipamentos contaminados. O uso de luvas, entretanto, não prescinde uma
boa lavagem das mãos.
Indicações (1 ª e 2 ª opção)
Antes de:
• Cirurgias em geral;
• Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, tais como:
biópsias, cateterismos vasculares, traqueostomias, shunts arteriovenosos,
procedimentos endoscópicos por incisões, punções e drenagens de
cavidades serosas, acesso percutâneo a cavidades naturais (cateterismo
vesical, punção suprapúbica) e outras cirurgias realizadas em unidades
ambulatoriais e de emergência, como por exemplo, retirada de corpo
estranho, cirurgia oftalmológica e outras.
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representarem risco de infecção equivalente aos das agressões cirúrgicas (de grande e
pequeno porte) acima referidas, os cuidados com as mãos devem ser rigorosos, tendo-se
em vista que freqüentemente acarretam infecções hospitalares. Portanto, preconiza-se a
lavagem das mãos com água e sabão por aproximadamente 15 segundos, com posterior
aplicação de anti-séptico em solução alcoólica, friccionando, durante 1 minuto, todas as
faces das mãos, conforme a técnica já descrita. Ressalva-se que as mãos devem secar
naturalmente e não por intermédio do papel-toalha.
Considerando-se o custo, o problema de disponibilidade dos anti-sépticos
detergentes no mercado e a não necessidade de efeito residual prolongado em alguns
procedimentos de risco. Optou-se, apenas, pela lavagem das mãos com água e sabão,
com posterior aplicação de anti-sépticos em solução alcoólica, o que não exclui,
entretanto, o uso de antissépticos-detergentes por algumas instituições que assim o
preferirem.
Indicações
Antes de:
Antes e após:
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Após:
Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. Elas
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existem para facilitar a abertura do papel, sem que ocorra o risco de tocar nas luvas e
contaminá-las. Então, segure nas abas abra os dois lados que revestem as luvas,
conforme a figura abaixo.
As luvas estão dispostas corretamente a sua frente, onde: a luva da mão direita
está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na maioria dos
fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam dispostas nesse
sentido, devido a dobra existente do polegar.
Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não-
dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada propositalmente).
Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde a
luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna.
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preocupe se os dedos ficarem mal posicionados dentro da luva. Continue o
procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito arriscado
tentar arrumar a posição dos dedos, você pode contaminá-la).
Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, sempre
a segurando pela face interna.
Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos
colocar a luva na mão esquerda (não-dominante). Lembre-se, que agora estamos com
uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não sejam
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estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. Com a mão
dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por dentro da
dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio para segurar a
luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva, mesmo que imperceptivelmente.
Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua mão
esquerda (não-dominante) na luva, semelhante ao realizado na primeira, mas agora, com
a cautela de não tocar com a luva na pele da mão esquerda ou em locais não-estéreis.
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Ilustração retirada do site: www.enfermagem.org
Paramentação
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1 - Certificar-se de que o pacote está estéril (através de adesivo identificador
no próprio pacote);
2 - Pedir à circulante que abra o pacote para você;
3 - Verificar o espaço disponível, se não há mobiliário ou pessoas
atrapalhando sua movimentação.
Tomados estes cuidados podemos prosseguir com a paramentação.
Técnicas:
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CUIDADOS COM A UNIDADE DO PACIENTE
Técnica:
Inicia-se do local mais limpo para o local mais sujo, ou do local menos
contaminado de acordo com o “provável nível de sujidade ou contaminação”.
1º. Mobiliários;
2º. Parede;
3º. Piso.
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deixar secar;
• Friccionar com o 4º pano por 15 segundos em cada ponto;
• Limpar e guardar o material.
Utilizar um balde e um pano para ensaboar e outro balde e pano para enxaguar,
deixando quase seco. No caso de desinfecção passar a solução uma vez.
Técnica:
Materiais: bandeja, 2 baldes com água e recipiente com pedaço de sabão (para
limpeza da unidade), 1 balde com solução desinfetante padronizada no hospital (para
desinfecção da unidade), cuba-rim para lixo, papel toalha, luva de procedimentos.
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Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas para
realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.
Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do
paciente, disseminando a infecção hospitalar.
As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de contato e
do tipo de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e
esterilizações.
As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a
classificação feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares são
classificados em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco de
infecção do uso destes itens.
Os artigos críticos são aqueles destinados a penetração, através de pele e
mucosas, que entram em contato com tecidos estéreis do corpo humano, isentos de
colonização. Exemplo: agulhas, materiais cirúrgicos, cateteres cardíacos e outros.
Os artigos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas integras
ou pele lesada. Exemplo: circuitos de terapia respiratória, endoscópios, tubos
endotraqueais.
Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas com a pele
íntegra do paciente ou não entram em contato com ele. Exemplo: o material usado para
higienização, termômetro, esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, comadre, papagaio,
entre outros.
Para os artigos não-críticos basta a limpeza com procedimento mínimo. Por
limpeza entende-se a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando
água, detergente e ação mecânica. Utilizando água morna e detergente enzimático
potencializa-se a efetividade da limpeza.
Para os artigos semicríticos, além da limpeza, há a necessidade de complementar
com a termodesinfecção ou desinfecção química de nível intermediário, no mínimo. A
termodesinfecção faz-se por meio das lavadoras termodesinfectoras, que possuem
programas que operam em temperaturas variadas como as de 70°C, 85°C, 92°C, 95°C,
respectivamente, a um tempo de exposição decrescente. A desinfecção química pode ser
feita imergindo o material em soluções à base de glutaraldeído a 2% por 20 a 30
minutos, ou ácido peracético a 0,2% por 10 minutos, atentando-se para indicações e
contra-indicações para cada material. Estas duas soluções garantem a desinfecção de
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alto nível, ou seja, além de virucida, bactericida, fungicida e micobactericida, é também
parcialmente esporocida. Já outros germicidas como o álcool a 70%, hipoclorito de
sódio a 1% e fenol sintético, são desinfetantes químicos sem ação esporocida, porém
adequados para processar os artigos semicríticos, por serem desinfetantes de nível
intermediário (virucida, bactericida, fungicida e micobactericida).
Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito. Se o artigo for
termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é seguro,
rápido, econômico, não-tóxico, e que permite ser seguramente monitorizado. Se o artigo
for termossensível, há que se recorrer à esterilização gasosa automatizada, por meio de
óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio ou vapor à baixa temperatura com o
gás formaldeído.
Cama fechada
É o preparo da cama para ser ocupada por um novo paciente.
Técnica:
1. Reunir o material;
2. Realizar a limpeza concorrente;
3. Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro;
4. Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando a ordem:
• Toalha de banho;
• Fronha;
• Colcha;
• Cobertor;
• Lençol protetor do paciente (sobrelençol);
• Lençol protetor do colchão.
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5. Dispor o lençol de baixo fazendo canto da cabeceira, dos pés e lateral da
6. Colocar o lençol protetor do paciente deixando barrado junto à cabeceira;
7. O cobertor a menos de 40 cm da cabeceira, estender a colcha rente a
cabeceira prendendo junto as 3 peças nos pés da cama e deixando solto os lados;
8. Pôr a fronha no travesseiro colocando junto à grade da cabeceira.
Endireitar a cadeira, passar para o outro lado e repetir a seqüência;
9. Deixar a unidade (quarto do paciente em ordem).
Obs.: Dobraduras do lençol: 2 vezes no sentido da largura e 1 vez no sentido de
comprimento. Colocar na cadeira com as pontas laterais voltadas para a cama.
Cama aberta
É o preparo da cama sem paciente, com ocupação do leito pelo paciente que
pode se locomover.
Técnica:
Cama ocupada
Consiste no preparo da ama ocupada por um paciente que permanece no leito,
incapaz de se locomover.
Técnica:
O material utilizado é o mesmo da cama fechada, acrescido de um recipiente de
pano de limpeza e desinfetante, para limpeza do colchão e travesseiro durante do
preparo da cama.
1. Orientar o paciente sobre o procedimento;
2. Lavar as mãos;
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3. Preparar o material necessário;
4. Preparar o ambiente com biombo se necessário;
5. Soltar as roupas de cama e colocá-las no hamper;
6. Retirar o cobertor, dobrá-lo e colocá-lo no espaldar da cadeira;
7. Colocar o paciente em decúbito lateral, observando a sua segurança,
dobrar o lençol de baixo para o centro do colchão;
8. Fazer a desinfecção para o centro do colchão;
9. Colocar o lençol de baixo conforme descrito anteriormente, fixando-o
sob o colchão;
10. Virar o paciente de modo que o mesmo fique sobre o lençol limpo em
decúbito lateral;
11. Remover o restante do lençol usado, colocá-lo no hamper e proceder a
desinfecção do restante do colchão;
12. Puxar com cuidado o lençol de baixo, esticá-lo e fixá-lo sob o colchão;
13. Colocar o paciente em posição confortável;
14. Dobrar o sobrelençol usado longitudinalmente, tendo cuidado de não
expor o paciente. Colocar o sobrelençol limpo com a técnica conhecida e estendê-lo
sobre o paciente, no mesmo tempo em que é retirado o lençol usado;
15. Colocar o cobertor e a colcha e fixá-los, conforme descrição anterior;
16. Retirar fronha, fazer desinfecção do travesseiro e colocar fronha limpa.
Cama operado
É o preparo da cama para receber o paciente que se submeteu a cirurgias ou
exames sob anestesia.
Técnica:
1. Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto;
2. Calçar luvas de procedimento;
3. Retirar roupa suja e colocá-la no hamper;
4. Realizar limpeza concorrente;
5. Proceder de forma semelhante a da cama fechada;
6. Colocar forro móvel sobre o lençol de baixo na cabeceira da cama, com
pregas (no mínimo três) em cada lado do colchão, deixando livre o centro da cama para
a cabeça do paciente;
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7. Estender as três peças superiores sem prendê-las nos pés da cama;
8. Dobrar as três peças juntas, cerca de 15 cm em cada extremidade;
9. Fazer um rolo com as três peças, no sentido do comprimento,
colocando-o no lado oposto ao que será utilizado para colocar o paciente no leito;
10. Colocar o travesseiro aos pés da cama.
1. Admissão
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado período.
Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, proporcionar
conforto e segurança.
Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional da unidade e
encaminhado ao quarto ou enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e cordialidade
para aliviar suas apreensões e ansiedades. Geralmente, o paciente está preocupado com
a sua saúde.
A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares,
inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o atenderá. Se recebido
atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e bem estar, e deste primeiro
contato depende em grande parte a colaboração do paciente ao tratamento.
Procedimentos:
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admissão, se não for possível, colocá-los em um saco e grampear, identificando com um
impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences;
7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim de
obter sua cooperação;
8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não permitir o uso da
própria roupa;
9. Fazer o prontuário do paciente;
10. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração, proceder ao
exame físico;
11. Anotar no relatório de enfermagem a admissão;
12. Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário.
Alta
Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital.
O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando está em
condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa.
A alta do paciente deve ser assinada pelo médico.
Procedimentos:
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10. Preparar a unidade para receber outro paciente.
Procedimentos:
1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente;
2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados
prestados;
3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;
4. Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial;
5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à família ou
encaminhando junto ao paciente;
6. Proceder o transporte do paciente, com auxílio;
7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences;
8. Auxiliar na acomodação do paciente;
9. Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas;
10. Preparar a unidade para receber outro paciente.
Banho no leito
A higiene pessoal adequada é indispensável à conservação da saúde e do bem
estar. A pele íntegra é a primeira linha de defesa contra infecção e contra a agressão aos
tecidos subjacentes, além de ter importância na regulação da temperatura corporal.
O enfermo, em geral, tem menor resistência à infecção, por isso as bactérias
patogênicas contribuem com ameaça mais acentuada, porém a invasão microbiana pode
ser reduzida, mantendo-se intactas a pele e a membrana mucosa.
Os objetivos do banho de leito são: providenciar conforto e bem-estar, promover
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relaxamento muscular, manter a integridade da pele, estimular a circulação.
Procedimentos:
Higiene oral
Procedimentos:
Material: escova de dente; dentifrício; copo descartável com água; toalha de
rosto; cuba-rim; espátula; canudo s/n; lubrificante labial (vaselina); antisséptico oral
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(Cepacol); luva de procedimento; gaze.
Tratamento de pediculose
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Os sintomas incluem: prurido intenso, presença de lêndeas e presença do próprio
piolho.
O objetivo do tratamento de pediculose é eliminar o parasita e seus ovos,
proporcionando conforto ao paciente e evitando sua propagação.
Procedimento:
CONFORTO E SEGURANÇA
1. Movimentação do paciente
Para que o paciente se sinta confortável no leito, é necessário que o corpo fique
apoiado em bom alinhamento, numa posição repousante.
É fundamental que o paciente seja freqüentemente movimentado no leito,
principalmente o paciente dependente, evitando complicações. Ao se executar a
movimentação do paciente no leito, deve-se levar em conta a proteção do paciente
contra possíveis traumatismos e/ou deformidades decorrentes de mau posicionamento,
utilizando-se para este fim: travesseiros, coxins, almofadas d’água, etc. Deve-se
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considerar também a proteção das pessoas que executam a movimentação, prevenindo
traumas na coluna vertebral e outros acidentes, usando os mecanismos corporais
adequados e os princípios das leis mecânicas.
Tem como objetivos: proporcionar conforto, aliviar área de pressão e relaxar a
musculatura, prevenir a formação de escaras de decúbito, prevenir deformidades
musculares e prevenir complicações pulmonares, embolias, tromboses.
Materiais:
• Bandeja;
• Travesseiros;
• Coxins;
• Apoios para os pés;
• Almofadas d’água;
• Forros.
Mudança de decúbito
Procedimento:
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mesmo;
6. Colocar uma das mãos sobre o ombro e a outra sobre o quadril do paciente
e virá-lo delicadamente;
7. Segurar o paciente com uma das mãos e com outra apoiar as costas com o
travesseiro;
8. Passar para o outro lado e completar o apoio nas costas;
9. Estender a perna inferior e flexionar a superior;
10. Colocar um travesseiro, sustentando a cabeça e o pescoço;
11. Apoiar o antebraço superior com o travesseiro, de modo que o braço
fique estendido ao longo do corpo;
12. Colocar um rolo na mão;
13. Deixar o outro braço em posição confortável;
14. Colocar um travesseiro entre os joelhos e outro apoiando o pé, mantendo
a perna superior flexionada e abduzida, o calcâneo e hálux livres;
15. Prender as roupas nos pés da cama.
Restrição do paciente
Procedimento:
Material: atadura de crepe; algodão; gaze; compressas cirúrgicas; lençóis; tala;
fita adesiva; braçadeiras de contenção.
Proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem:
ombros, pulsos e tornozelos, quadril e joelhos.
• Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando- as
na região cervical;
• Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de
crepe fazer movimento circular, amarrar;
• Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região
lombar, torcer as pontas, amarrar;
• Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E, e
a ponta do lado E sobre o joelho E, e sob o D.
Observações:
• Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm;
• Evitar garroteamento dos membros;
• Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
• Retirar a restrição uma vez ao dia (banho);
• Proceder a limpeza e massagem de conforto no local.
Transporte do paciente
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É a transferência do paciente de um local a outro, utilizando-se de maca ou
cadeira de rodas.
Para se fazer o transporte ou remoção do paciente de um determinado lugar para
outro, nas dependências do hospital, exige-se que a pessoa que realiza o transporte tenha
noções básicas de como atuar de forma correta e adequada.
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• Descer a rampa, transportar sempre a cadeira de ré;
• Subir a rampa com o paciente olhando para frente;
• Solicitar auxílio, sempre que necessário, para subir e descer a rampa;
• Entrar no elevador puxando a cadeira, de ré. Desta forma, ao sair do
elevador estará na posição correta.
9. Cuidados com portas e paredes;
10. Transportar paciente sempre coberto com lençol e cobertor, se
necessário.
Cuidados específicos:
1. Paciente com soro:
• Cuidado para não obstruir a agulha ou cateter, mantendo o soro sempre em
altura adequada para gotejamento uniforme;
• Não tracionar o equipo, para que a agulha ou cateter não se desloque, e para
evitar desconexão;
• Se houver formação de soroma (infiltração de soro no tecido subcutâneo),
interromper o gotejamento. Comunicar o responsável pela medicação assim que chegar
à unidade;
• Caso haja desconexão dos cateteres, procurar o posto de enfermagem mais
próximo.
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• Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira; e em caso de maca,
colocar entre os membros inferiores;
• Retirar as pinças imediatamente após a chegada do paciente ao destino,
observando que o frasco esteja em nível mais baixo que o tórax do paciente.
7. Pacientes anestesiados:
• Proceder sempre o transporte em maca com grade;
• Não movimentar muito o paciente, pois pode provocar vômito. Nestes
casos, lateralizar a cabeça do paciente, para evitar aspiração. Se o paciente estiver som
sonda nasogástrica abri-la.
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• Ao fazer força, sempre utilizar os músculos da coxa, ao invés dos
músculos do dorso, porque os músculos são mais resistentes;
• Segurar um objeto junto ao corpo diminui o esforço físico despendido;
• Prefira: PUXAR, ENROLAR E EMPURRAR A ERGUER, pois
diminui o esforço físico;
• Ao abaixar-se, utilizar os MÚSCULOS DA COXA, manter o dorso reto,
e flexionar os joelhos;
• Mantenha os pés afastados para proporcionar maior estabilidade.
Procedimentos:
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11. Cobrir o paciente com cobertor;
12. Arrumar as roupas na maca;
13. Transportar o paciente.
Obs.: Esta técnica também se aplica para passar o paciente para a cadeira ou
poltrona. Se o paciente for muito pesado, executar a técnica com três pessoas, utilizando
um lençol por baixo.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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sendo absorvida posteriormente para ter ação sistêmica.
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produzir um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas sob a pele (sob
forma sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou meses. Alguns
hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira;
• Intramuscular - a absorção depende do fluxo sanguíneo no local da
injeção. A velocidade de absorção no músculo deltóide ou no grande lateral é maior do
que a absorção no músculo grande glúteo. A velocidade de absorção em homens é
maior que a absorção em mulheres quando a injeção é feita no grande glúteo.
Aplicação tópica:
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código utilizado pelo serviço, a fim de que seja mantida uma padronização. Quanto ao
cartão de medicamento, este deve ser preenchido ao mesmo tempo em que se passam as
ordens para a ficha do paciente, sendo classificado de acordo com o horário da
administração.
Regras gerais:
1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico;
2. A prescrição dever ser escrita e assinada. Somente em caso de
emergência, a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita
pelo médico logo que possível;
3. Nunca administrar medicamentos com rótulos ilegíveis, sem rótulos
e vencidos;
4. Inteirar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados
específicos e eleitos colaterais.
Técnicas:
VIA OCULAR
1. Colocar na bandeja a medicação, previamente preparada;
2. Acrescentar à bandeja: 1 gaze, 2 a 3 bolas de algodão embebido em
solução de limpeza dos olhos, se necessário;
3. Identificar o paciente cuidadosamente, pedindo-lhe que diga o
nome;
4. Colocar o paciente em posição confortável, deitado ou sentado, com
a cabeça apoiada e levemente inclinada para trás;
5. Limpar as pálpebras e cílios com solução indicada e bola de
algodão;
6. Afastar a pálpebra inferior com indicador da mão esquerda, pedir ao
paciente que olhe para cima e instilar na conjuntiva o número de gotas prescritas. Evitar
encostar o frasco nas pálpebras;
7. Pedir ao paciente que fique com os olhos fechados por alguns
minutos;
8. Usar a gaze para retirar o excesso de medicamento.
VIA NASAL
1. Colocar na bandeja a medicação, previamente preparada;
2. Acrescentar a bandeja, um conta-gotas e uma bola de algodão
embebido em solução de limpeza dos olhos, se necessário;
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3. Identificar o paciente cuidadosamente, pedindo-lhe que diga o
nome;
4. Colocar o paciente em posição confortável, deitado ou sentado, com
a cabeça apoiada e levemente inclinada para trás;
5. Aspirar o medicamento no conta-gotas;
6. Segurar o conta-gotas um pouco acima da narina, instilar o número
de gotas prescritas e não encostar o conta-gotas nas narinas;
7. Instruir o paciente para se manter com a cabeça inclinada para trás
por alguns minutos, a fim de permitir a absorção do medicamento.
Orientações:
VIA GÁSTRICA
48
É a administração de medicamentos via sonda nasogástrica ou por gastrostomia.
VIA RETAL
1. Retirar o envoltório do medicamento e colocá-lo na bandeja entre a gaze;
2. Conferir o medicamento preparado;
3. Identificar o paciente cuidadosamente, pedindo-lhe que diga o nome;
4. Colocar o paciente em decúbito lateral e expor a região;
5. Calçar luvas;
6. Pegar o supositório protegido com a gaze com a mão direita;
7. Afastar o glúteo superior com a mão esquerda e introduzir o supositório;
8. Pedir para o paciente retê-lo;
9. Deixar o paciente confortável.
VIA VAGINAL
1. Colocar o medicamento no aplicador e proteger com gaze;
2. Levar o material até o quarto;
3. Proteger com biombos se necessário;
49
4. Retirar a calcinha ou forro, colocar a paciente em posição
ginecológica;
5. Calçar luvas;
6. Introduzir o aplicador e envolvê-lo em papel toalha, na cuba rim;
7. Deixar a paciente confortável.
VIA PARENTERAL
É a administração de um agente por meio de uma punção. É importante lembrar,
que sempre se deve fazer uma assepsia rigorosa das mãos no preparo e administração
dos medicamentos. Não contaminar as seguintes partes da seringa e agulha: bico e
embolo da seringa, e a cânula da agulha.
52
da injeção. As injeções intramusculares são contra-indicadas em pacientes com
mecanismos de coagulação prejudicados, em pacientes com doença vascular periférica
oclusiva, edema e choque - porque estas moléstias prejudicam a absorção periférica.
Além de não serem administradas em locais inflamados, edemaciados, irritados, ou
ainda em locais com manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.
Áreas de aplicação:
Fonte: www.dentalis.com.br
53
Fonte: www.pdamed.com.br
Reto femoral e vasto lateral: sentado com a perna flexionada, ou deitado com o
membro estendido. Aplicar a injeção no terço médio.
Fonte: www.seringasr.com.br
54
Fonte: www.seringasr.com.br
1- Adulto magro 25 x 7
2- Adulto com massa muscular/obeso 30 x 7 ou 30 x 8
3- Crianças Desenvolvidas 25 x 7 ou 25 x 8
4-Crianças e Adolescentes Obesos 30 x 7
Técnica:
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4. Posicione a seringa em um ângulo de 90 graus em relação à epiderme, com o
bizel da agulha lateralizado. Insira a agulha rápida e firmemente através das camadas
dérmicas, profundamente até o músculo;
5. Após a injeção, remova a agulha em um ângulo de 90 graus;
6. Massageie o músculo relaxado para ajudar a distribuir a medicação e ajudar a
promover a absorção.
56
Fonte: www.emrede.com.br
Técnica
1. Selecione um local de injeção apropriado;
2. Limpe o local da injeção com um chumaço de algodão com álcool, iniciando
pelo centro do local e movendo para fora em movimento circular. Permita que a pele
seque sempre antes de injetar a medicação, para evitar uma sensação de picada pela
introdução de álcool nos tecidos subcutâneos;
3. Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção
firmemente, para elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de 2,5cm;
4. Segurando a seringa com a sua mão dominante, insira a bainha da agulha
entre os dedos, anular e mínimo, da sua outra mão, enquanto agarra a pele ao redor do
ponto de injeção. Puxe para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a
agulha, agarrando a seringa como um lápis. Não toque a agulha;
5. Posicione a agulha com o bisel para cima;
6. Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do
paciente para evitar a injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras
nervosas;
57
Fonte: www.pdamed.com.br
Área de administração:
Fonte: www.dentalis.com.br
58
Técnica:
VIA ENDOVENOSA
É a introdução de uma droga diretamente na veia, em geral, nas veias
superficiais dos membros superiores. Utilizada para ações imediatas, medicamentos
irritantes no tecido muscular, volume da medicação.
Área de administração:
• Região cefálica: temporal superficial;
• Região cervical: jugular externa;
• Régios dos membros superiores;
• Braço: cefálica e basílica;
• Antebraço: intermédia cefálica, intermédia basílica mediana, radial
• Mão: dorso da mão.
59
6. Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes e conservá-
7. Fazer a assepsia de baixo para cima, virando a bola de algodão a
cada movimento;
8. Pegar a seringa com a mão direita e retirar cuidadosamente o
protetor da agulha, posicionar o bisel para cima;
9. Colocar o indicador sobre o canhão da agulha e com os demais
dedos segurar a seringa;
10. Distender a pele com a mão esquerda;
11. Segurar a seringa paralelamente à superfície da pele e introduzir a
agulha com o bisel para cima. Havendo retorno de sangue na seringa, soltar o garrote e
pedir para o paciente abrir a mão;
12. Injetar lentamente o medicamento, observando as reações do
paciente;
13. Retirar a agulha, comprimindo o local da aplicação com algodão
umedecido em álcool 70%. Retirar o algodão após completa hemostasia.
VENÓCLISE
Método utilizado para infundir grande volume de líquido dentro da veia. Para
administrar medicamentos, manter e repor reservas orgânicas de água, eletrólitos e
nutrientes, restaurar equilíbrio ácido-básico, restabelecer o volume sanguíneo.
A venóclise pode ser estabelecida por cateter de ponta de aço, conhecido com
“escalpe” e cateter de plástico, com uma agulha que funciona como mandril, conhecido
como “gelco” ou “abocath”
.
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Cateter de ponta de aço Cateter de ponta de plástico
Preparo do soro:
1. Preencher o impresso de identificação do soro;
2. Retirar o invólucro plástico que protege o frasco da solução e o
equipo;
3. Fazer a escala de controle de gotejamento;
4. Abrir o soro;
5. Retirar a o protetor do equipo (conector do frasco de soro). Adaptar
o equipo e inverter o frasco, segurando o dispositivo de infusão entre os dedos, médio e
anular. Desadaptar o protetor, elevar o frasco e deixar fluir o soro, fechar a roldana e
colocar o protetor no dispositivo de infusão.
61
Velocidade de gotejamento
Nº de gotas: volume (ml)
Tempo (h) x 3
20 gotas: 01 ml.
03 microgotas: 1 gota.
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2. Identificar o paciente pedindo que diga o nome completo;
3. Expor a área e escolher a veia a ser puncionada;
4. Pendurar o soro no suporte;
5. Retirar o gelco do invólucro mantendo-o protegido;
6. Colocar o garrote 10 cm acima do local escolhido, sem comprimir
7. Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes e conservá-la
fechada;
8. Fazer a assepsia de baixo para cima, virando a bola de algodão a
cada movimento;
9. Pegar o gelco com a mão dominante e com a outra distender a pele;
10. Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima, num ângulo de
15º. Havendo retorno de sangue, soltar o garrote e retirar a agulha (madril) à medida
que se introduz o cateter;
11. Conectar o soro ao gelco;
12. Fazer a fixação do gelco com esparadrapo, cuidadosamente, de
modo que fique seguro;
13. Controlar o gotejamento do soro, conforme prescrição.
SINAIS VITAIS
63
mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima.
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg).O primeiro
número,de maio valor,corresponde à pressão sistólica,enquanto o segundo,de menor
valor, corresponde à pressão diastólica. Não há um valor preciso de pressão normal,
mas, em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal
para um adulto jovem, entretanto, medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica e 90
mmHg para a diastólica também podem ser aceitas como normais.
A posição em que o paciente se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade
física recente e manguito inapropriado também pode alterar os níveis da pressão.
Pacientes, particularmente, sob o risco de alteração dos níveis tencionais, são aqueles:
com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou
coluna espinhal.
O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como
ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro
e o estetoscópio.
Pulso: Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial
cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso
calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada
onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a freqüência de pulso
equivale à freqüência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por
cada um dos lados do coração em um minuto.
Pressão arterial
Material: Bandeja, estetoscópio e esfigmomanômetro, recipiente com bolas de
algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta.
Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do
paciente, orientando-o para o procedimento. O mesmo deve estar em repouso por pelo
66
menos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o
braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do
coração (aproximadamente no quarto espaço intercostal); quando o paciente está
sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar
falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração.
O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua integridade A bolsa
inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior
do manguito deve permanecer 2,5 cm, acima da prega anti-cubital; prende-se o
manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido.
Método palpatório:
1. Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a
“pêra” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial;
2. Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg;
3. Após, desinsufla-se lenta e completamente o
manguito até o aparecimento do pulso, o que é
considerado a pressão arterial máxima;
4. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente;
O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima.
Fonte: http://www.bombeiroscascavel.com.br/
Método auscultatório:
1. Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria
braquial;
67
2. Insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30
mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em
seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo;
3. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que
corresponde à pressão arterial máxima;
4. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o
desaparecimento completo dos ruídos (de Korotkoff), o que corresponde à pressão
arterial mínima.
http://www.bombeiroscascavel.com.br/
Pulso
Material: Bandeja, relógio com ponteiro de segundos, recipiente com bolas de
algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta.
1. Lavar as mãos;
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento;
3. Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado,
porém sempre com o braço apoiado;
4. Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo;
5. Contar durante 1 minuto inteiro;
6. Lavar as mãos;
7. Anotar no prontuário.
Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o
tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio
com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a
mão direita para examinar o pulso esquerdo, e vice versa.
68
Pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente
aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o polegar
esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita, e vice-versa, no terço
inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem
relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide.
Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo do cotovelo do paciente e
utilizar o polegar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do
músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e
as palmas da mão para cima.
Respiração
Material: Bandeja, relógio com ponteiro de segundos, recipiente com bolas de
algodão embebidas em álcool 70%, papel e caneta.
1. Lavar as mãos;
2. Orientar o paciente quanto ao exame;
3. Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos;
4. Contagem pelo período de 1 minuto;
5. Lavar as mãos no término;
6. Anotar no prontuário.
Temperatura
Material: Bandeja, termômetro clínico, recipiente com bolas de algodão
embebidas em álcool 70%, papel e caneta.
1. Lavar as mãos;
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento;
3. Reunir o material e levar à unidade do paciente;
4. Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente;
5. Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool;
6. Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentas do paciente;
7. Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o
termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado;
8. Colocar o termômetro na axila se for o caso, mantendo-o com o braço bem
69
encostado ao tórax;
9. Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos;
10. Ler a temperatura na escala;
11. Limpar com algodão embebido em álcool;
12. Lavar as mãos;
13. Anotar no prontuário da paciente.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Peso e altura:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Informar ao paciente o que vai ser feito e encaminha-lo até o local da balança;
4. Forrar o piso da balança com papel toalha;
5. Tarar a balança;
6. Abaixar o pino da trave;
7. Pedir ao paciente para retirar o penhoar ou roupão e chinelos, subir na
balança e ficar no centro da mesma;
8. Destravar a balança e dispor o massor de quilos na escala graduada até o
número estimado;
9. Movimentar o massor de gramas até o número em que o fiel da balança
fique nivelado;
10. Ler corretamente o peso indicado, colocando-se a frente do paciente;
11. Abaixar o pino da trave e retornar os massores ao ponto zero;
12. Pedir ao paciente para ficar com as costas para o antropômetro, unir os
calcanhares e manter-se ereto;
13. Erguer a régua, com o braço voltado para um dos lados do paciente, até
acima da cabeça. Girar o braço da régua até a frente do paciente e abaixá-lo lentamente,
70
até que o ângulo reto da régua encoste-se à cabeça;
14. Ler a escala graduada a altura do paciente;
15. Virar o braço da régua para um dos lados até voltá-lo a posição anterior;
16. Auxiliar o paciente a descer da balança. Calçar os chinelos e vestir o
roupão;
17. Retirar o papel da balança e desprezar;
18. Anotar no prontuário, e comparar com os dados anteriores.
Circunferência abdominal:
1. Fazer planejamento;
2. Levar à unidade do paciente fita métrica em bandeja;
3. Colocar o biombo ao redor do leito do paciente;
4. Manter o paciente deitado;
5. Expor a região abdominal do paciente;
6. Pegar na ponta da fita métrica e passar por trás do paciente;
7. Pegar a fita métrica do lado oposto do paciente e unir com o restante da fita
na região umbilical;
8. Verificar o número que indica na fita;
9. Manter o paciente confortável e a unidade em ordem;
10. Realizar a limpeza da fita métrica com álcool 70% e guardá-la;
11. Anotar no prontuário do paciente.
SONDA NASOGÁSTRICA
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- Terapia para o câncer;
- Cuidado na convalescença;
- Coma;
- Condições hipermetabólicas;
- Cirurgia maxilofacial ou cervical.
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Tem 3 luzes e 2 balões; duas das luzes são utilizadas para inflar os balões, enquanto a
terceira é usada para lavagem gástrica e para monitorizar o sangramento.
Procedimento:
1.Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada
para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
2.Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
3.Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
4.Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice;
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Fonte: www.fisterra.com
Lavagem gástrica
É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua
remoção. Tem como objetivo remover do estômago substâncias tóxicas ou irritantes,
preparar para cirurgias do aparelho digestivo. Deve-se evitar a lavagem gástrica em
74
casos de envenenamento por substâncias causticas, para não provocar perfuração do
esôfago ou estômago, pela sonda.
Material:
• Bandeja;
• Material para sondagem nasogástrica – sonda calibrosa;
• Balde;
• Folhas de papel toalha;
• Soro fisiológico com equipo;
• Biombo;
• Luvas de procedimento.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Reunir o material na bandeja, levar a unidade do paciente, colocá-lo sobre a
mesa de cabeceira;
4. Colocar o balde sobre a cadeia, forrada com papel toalha;
5. Cercar a cama com biombo;
6. Colocar o soro no suporte;
7. Calçar as luvas de procedimentos;
8. Proceder a técnica de sondagem nasogástrica;
9. Conectar o equipo na sonda e deixar fluir aproximadamente 250 a 500 ml de
soro;
10. Fechar o soro, desconectar o equipo, colocar a extremidade aberta da sonda
no balde, deixando o líquido refluir por sinfonagem. Aspirar com seringa. Se necessário
pode-se também usar frasco de soro com pressão negativa;
11. Repetir o processo até que o retorno seja límpido;
12. Proceder a retirada da sonda, conforme técnica descrita;
13. Retirar luvas;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Medir o retorno, desprezar e anotar.
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Material:
• Bandeja;
• Sonda nasogástrica;
• Xylocaína gel;
• Frasco esterilizado;
• Tampa plástica;
• Seringa de 20 ml;
• Luvas de procedimento;
• Gazes;
• Esparadrapo;
• Estetoscópio;
• Frasco graduado para medir secreção drenada;
• Prolongamento esterilizado.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
3. Cercar a cama com biombo, se necessário;
4. Colocar o paciente em posição Fowler;
5. Proteger o tórax do paciente;
6. Calçar luvas;
7. Proceder a sondagem nasogástrica conforme descrito;
8. Deixar a sonda aberta e conectar a extremidade no prolongamento de látex e
deixar a outra ponta no frasco de soro vazio;
9. Retirar as luvas;
10. Anotar no prontuário a quantidade e aspecto do líquido drenado.
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• Cuba rim;
• Papel toalha.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
3. Cercar a cama com biombo, se necessário;
4. Colocar papel toalha sobre o tórax do paciente;
5. Forrar a cuba rim com papel toalha e colocá-la ao lado do paciente;
6. Calçar luvas;
7. Desprender o esparadrapo com algodão embebido na benzina;
8. Pegar a sonda com aze e comprimi-la firmemente;
9. Retirar a sonda com movimentos suaves e colocá-la na cuba rim envolvendo-
a com o papel toalha;
10. Anotar no prontuário procedimento realizado.
SONDA NASOENTERAL
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Material:
• Sonda enteral com fio guia (mandril);
• Seringa de 20 ml;
• Copo com água;
• Gaze;
• Benzina;
• Toalha de rosto;
• Xylocaína gel;
• Fita adesiva;
• Estetoscópio;
• Biombo s/n;
• Luvas de procedimento;
• Sacos para lixo.
Procedimento:
78
local:
13. Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice
xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
14. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para
evitar a entrada de ar;
15. Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
16. Fixar a sonda não tracionando a narina;
17. Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda
até o duodeno seja facilitada pelo peristaltismo gástrico.
ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Orientar o paciente;
3. Colocar o paciente em posição confortável e a toalha de rosto sobre o seu
tórax;
4. Aproximar a mesa de refeições com a bandeja;
5. Oferecer a dieta, e auxiliar no que for preciso;
6. Observar a aceitação alimentar;
7. Retirar a bandeja;
8. Realizar higiene oral;
9. Realizar anotações no plano assistencial.
79
Tem por objetivo repor líquidos, hidratar ou alimentar o paciente impossibilitado
de deglutir em pós-operatório de cirurgia de região oral, vias aéreas superiores e
pacientes inconscientes.
Orientações:
• Testar posicionamento da sonda antes de cada administração de dieta;
• Manter a sonda sempre fechada;
• O alimento deve ser introduzido lentamente, gota a gota, evitando
regurgitação, diarréia;
• Evitar entrada de ar na sonda;
• A dieta deve ser introduzida na temperatura ambiente;
• Após introdução da dieta, injetar 50 a 100 ml de água, com o objetivo de
manter a sonda limpa;
• A alimentação deve ser oferecida com o paciente sentado, em posição
confortável;
• Proceder a higiene oral e das narinas a cada período. Trocar a fixação da
sonda diariamente;
• Observar estase gástrica - se houver distensão abdominal ou refluxo de
dieta anterior de 100 ml, não administrar e comunicar o chefe. Abrir a sonda por 10
minutos antes de administrar a dieta para observar se há estase gástrica.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Reunir material e dieta (ou medicamento) prescrita pelo médico ou
nutricionista;
3. Proteger o tórax do doente com uma toalha;
4. Elevar a cabeceira do leito para posição sentado ou semi-sentado;
5. Verificar temperatura (no caso de dieta);
6. Utilizar pinça para abrir e fechar sonda;
7. Proteger com gaze a conexão seringa-sonda;
8. Aspirar na seringa o material a ser injetado na sonda e injetar lentamente
na sonda (despinçada) com seringa em posição vertical e mais alta que a cabeça do
paciente;
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9. Injetar tantas vezes quanto necessário para infundir o volume prescrito;
10. Lavar a sonda ao término da infusão, com água destilada ou soro
fisiológico para evitar entupimentos;
11. Higienizar boca e narinas.
APLICAÇÕES TÉRMICAS
APLICAÇÕES QUENTES
Têm como indicação proporcionar conforto e bem estar, aliviando a dor e
inflamação, acelerar o processo de supuração de uma área, estimular a circulação,
promover aquecimento, produzir relaxamento da tensão muscular.
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O calor é aplicação através de: bolsas de água quente, compressas quentes.
Material:
Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, água quente.
Procedimentos:
1. Certificar-se do local que deverá receber a aplicação;
2. Orientar o paciente sobre o procedimento;
3. Reunir o material;
4. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento;
5. Colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e
fechá-la;
6. Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e
enxugá-la;
7. Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano está
adequada;
8. Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no
máximo 40 minutos;
9. Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da
bolsa, para certificar-se de que essa temperatura não vai causar queimaduras no
paciente;
10. Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para
evitar corrente de ar;
11. Deixar o paciente em ordem e confortável;
12. Esvaziar a bolsa e pendurá-la com o gargalho para baixo até secar;
13. Anotar o procedimento e o efeito no relatório.
APLICAÇÕES FRIAS
Têm como indicação acalmar a dor, diminuir a congestão local, abaixar a febre,
controlar hemorragia e diminuir processos inflamatórios.
A aplicação fria é realizada através de bolsa de gelo e de compressas geladas.
Material:
Bolsa de borracha, tecido para cobrir a bolsa e gelo picado.
82
TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO
1. Seguir os mesmos cuidados descritos na aplicação de bolsa quente;
2. Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;
3. Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxugá-la;
4. Envolver a bolsa com a coberta (toalha, flanela);
5. Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição
médica;
6. Trocar o gelo sempre que necessário, se o tempo da aplicação for prolongado;
7. Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local observando o
resultado;
8. Deixar o paciente confortável e em ordem;
9. Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem.
Cuidados importantes
• Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e
queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico;
• Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve-se ter cautela
quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele;
• Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente, para evitar
compressão excessiva da mesma, pois resulta em vazamento e queimaduras ao paciente;
• Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos, devido ao risco de
causar necrose.
Preparo pré-operatório
O preparo pré-operatório tem início com a internação, estendendo-se até o
momento da cirurgia.
Tem por objetivo levar o paciente às melhores condições possíveis para cirurgia,
para garantir-lhe menores possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser
tratado e encarado individualmente.
83
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito
em alguns dias ou até mesmo em minutos. As cirurgias que exigem um rápido preparo
são as cirurgias de emergência, estas devem ser realizadas sem perda de tempo, a fim de
salvar a vida do paciente.
Preparo psicológico:
Tem como objetivo assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente.
A internação pode significar reclusão, afastamento dos familiares, e o paciente
pode ficar ansioso e cheio de temores. O trabalho e a vida diária do paciente são,
momentaneamente, paralisados e o desconhecimento do tratamento ao qual será
submetido, tudo isso, gera estresse, insegurança, desassossego e medo.
Estes estados psicológicos, quando não reconhecidos e atendidos, podem levar o
paciente a apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a
recuperação pós-cirúrgica, levando-o a complicações respiratórias, agitação e outros
problemas.
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e
saber como desenvolver confiança.
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada, para que
tome a melhor medida.
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem
medo de não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de
sentir dor durante a cirurgia.
Dependendo da necessidade, a enfermeira solicitará a presença do cirurgião ou
anestesista para esclarecer o paciente.
Portanto, a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para atender o
paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a pessoa que ouve,
compreende, ampara e conforta.
Preparo físico:
É dividido em três etapas:
1. Preparo inicial é quando o paciente vai ser submetido a exames
laboratoriais (exames pré-operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da
cirurgia.
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona:
84
- Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados;
- A coleta e encaminhamento dos materiais para exames;
- A manutenção do jejum, quando necessário;
- A aplicação de medicamentos, soro e sangue;
- A realização de controles;
- Sinais vitais;
- Diurese;
- Observação de sinais e sintomas;
- Anotação na papeleta.
Preparo pós-operatório
Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a
cirurgia até a alta.
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da
forma mais rápida e segura.
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente
internado.
Observação: nos hospitais que possuem, no centro cirúrgico, sala de
recuperação, pós-anestésica, receber os pacientes nestes locais imediatamente após a
cirurgia, dando-lhes assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais.
Só posteriormente esse paciente é encaminhado à unidade onde está internado.
Ao receber o paciente no quarto:
- Transportá-lo da maca para a cama com o auxílio de outros funcionários;
- Manter a cama em posição horizontal;
- Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade;
- Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Caso tenha sido
feita a anestesia raque deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar, pelo o menos 12
horas;
- Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça
86
voltada para o lado;
- Observar o gotejamento do soro e sangue;
- Observar estado geral e nível de consciência;
- Verificar o curativo colocado no local operado (se está seco ou com
sangue);
- Restringi-lo no leito com grades, para evitar que caia;
- Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire
soro ou sondas;
- Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas
arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer
complicações respiratórias e circulatórias;
- Controlar: pulso, temperatura, respiração e pressão arterial;
- Fazer anotação na papeleta;
- Ler a prescrição médica, providenciando para que seja feita;
- Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.
Tricotomia
É a raspagem dos pêlos na pele. Os pêlos devem ser retirados porque abrigam
microorganismos, que poderão penetrar no ferimento, provocando infecção.
É feita com a finalidade de facilitar a limpeza e a desinfecção da pele e da região
a ser operada.
No caso de cirurgias programadas a tricotomia deve ser feita o mais próximo
possível da cirurgia (no máximo 2 horas antes, e só deve ser feita quando realmente
necessária).
87
Áreas de tricotomia:
- Cirurgia de crânio: todo o couro cabeludo ou conforme prescrição médica;
- Cirurgias torácicas: região torácica até umbigo e axilas;
- Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior), menos
o couro cabeludo;
- Cirurgia abdominal: desde a região mamaria até o púbis;
- Cirurgia dos rins: região abdominal anterior e posterior;
- Cirurgia de membros inferiores: todo o membro inferior e púbis.
Orientação:
- Calçar luvas, como meio de proteção pessoal, em todas as tricotomias;
- Usar tesoura para cortar pêlos mais longos e cabelos, sempre que for
necessário, e retirá-los com papel toalha;
- O pêlo deve ser raspado delicadamente no sentido do crescimento do
mesmo, para evitar lesão na pele e foliculite;
- A pele deve ser esticada para facilitar o deslizamento do aparelho e evitar
lesão;
- Realizar degermação na área tricotomizada.
Material:
• Bandeja;
• Recipientes com bolas de algodão;
• Pacote com gases;
• Cuba redonda com sabão líquido diluído;
• Cuba rim;
• Aparelho de barbear com lâmina nova (se possível utilizar tricotomizador
elétrico para não lesar a pele);
• Pinça.
Procedimento:
• Cerque a cama com biombos;
88
• Exponha a região;
• Umedeça a bola de algodão com sabão;
• Ensaboar a região;
• Com a mão esquerda estique a pele;
• Faça a raspagem dos pêlos de cima para baixo;
• Lave a área com água e sabão para remover os pêlos cortados;
• Retire o material usado.
Degermação da pele
Consiste na aplicação de anti-séptico na pele, com o objetivo de reduzir o risco
de infecção da ferida cirúrgica. A degermação é realizada em algumas cirurgias,
conforme a rotina do hospital. Deve ser feita o mais próximo possível do horário da
cirurgia.
Material:
• Bandeja;
• Anti-séptico;
• Luvas de banho.
Procedimento:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Reunir o material na bandeja;
4. Levar o material à unidade do paciente;
5. Encaminhar o paciente ao banheiro;
6. Oferecer a luva de banho embebida em anti-séptico degermante, orientando o
paciente para que esfregue a área tricotomizada com o produto até que se forme uma
espuma branca;
7. Enxaguar com água corrente;
8. Esfregar novamente o antisséptico degermante até formar uma espuma
branca e enxaguar;
9. Enxugar com toalha limpa;
10. Vestir a camisola cirúrgica;
11. Levar o material à sala de utilidades lavar e guardar.
89
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
90
A anotação de enfermagem, quando cientificamente estruturada, apresenta
elementos valiosos para o diagnóstico das necessidades do paciente, da família e da
comunidade, facilitando o planejamento de assistência ao paciente e apresentando
elementos para o ensino e pesquisa no campo profissional.
No dia-a-dia verificamos que as anotações de enfermagem, de modo geral, não
são completas em relação ao cuidado integral que o paciente necessita e recebe, e não
satisfazem os requisitos necessários para sua padronização. Acreditamos que essas
falhas ocorram devido à falta de conscientização de seu valor pelo pessoal de
enfermagem.
Quanto mais consciência o funcionário tiver sobre a finalidade dos registros de
enfermagem, mais ele o fará com riqueza de conteúdo, colaborando assim,
efetivamente, para a elaboração de cuidados de enfermagem, individualizados, ao
paciente.
91
Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela enfermagem:
• Repouso;
• Uso de colete/faixas;
• Recusa de medicação ou tratamento.
Orientações educativas:
• Nutrição;
• Atividade física;
• Uso de medicações.
92
aéreas superiores pode envolver o nariz, boca e orofaringe. A aspiração das vias aéreas
inferiores envolve basicamente a traquéia e, ocasionalmente, a aspiração profunda
envolve os brônquios direito e esquerdo.
A aspiração também possui seus riscos, compreendem:
• Infecção das vias aéreas superiores;
• Traumatismos de tecidos por sucção excessiva da camada de
revestimento do trato respiratório;
• Hipoxemia, devido à remoção de ar com secreções durante a
aspiração;
• A remoção de oxigenoterapia durante a execução da aspiração;
• Broncoespasmo, estimulação vagal, que causam
diminuição da freqüência cardíaca e possíveis arritmias;
• Ansiedade e desconforto. Pode-se efetuar a aspiração através das
narinas, da boca, cânula de traqueostomia e tudo endotraqueal.
Objetivos:
• Manutenção de uma via aérea permeável;
• Promover conforto;
• Prevenir infecções do trato respiratório;
• Melhorar oxigenação.
Orientações gerais:
• A aspiração de secreção não pode ultrapassar 15 segundos em cada
sucção e 15 vezes no total;
• Monitorização contínua aos sinais vitais do paciente;
• Realizar drenagem postural ou tapotagem nos pacientes em que não há
contra-indicação, antes da aspiração;
• Pacientes com tubo endotraqueal ou traqueostomia que contenha cuff,
insuflar antes de aspirar;
• Aspirar o paciente 1 hora após administração de dieta;
• A extensão de borracha deve ser trocada a cada 6 horas;
• Desprezar a secreção do frasco de aspiração após cada aspiração e
lavá-lo com água e sabão;
93
• A avaliação do estado do paciente, inclusive dos sons pulmonares,
fornece dados referentes à presença de secreções no inferior das vias aéreas;
• Manter SNG aberta durante aspiração.
Material:
• Bandeja;
• Frasco de vidro para aspiração com válvula;
• Extensão de borracha esterilizada;
• Campo para aspiração;
• Sonda para aspiração (8,10,12 ou 14);
• Luva estéril;
• Pacote de gazes;
• Cuba rim;
• 1 frasco de água destilada;
• Máscara.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Reunir o material na bandeja, levar a unidade do paciente, colocá-lo
sobre a mesa de cabeceira;
94
4. Cercar a cama com biombo;
5. Conectar o frasco de aspiração na rede de vácuo;
6. Testar o funcionamento do aspirador;
7. Elevar a cabeceira da cama 30º;
8. Colocar água destilada na cuba, e colocá-la na mesa de cabeceira ao
lado;
9. Abrir o pacote de extensão de borracha e uma das pontas e conectar
ao aspirador;
10. Colocar máscara;
11. Abrir o campo de aspiração sobre o tórax do paciente sem contaminar.
Abrir o pacote de gaze e colocar sobre o campo;
12. Abrir o pacote da sonda e colocar sobre o campo;
13. Abrir a válvula de aspiração;
14. Calçar luvas;
15. Pegar no dispositivo da sonda e adaptar a ponta da extensão de
borracha;
16. Pegar na sonda, introduzir na narina do paciente com movimentos
delicados até a traquéia;
17. Realizar a sucção intermitente;
18. Após a aspiração da traquéia, lavar a sonda de aspiração com água
destilada da cuba rim;
19. Aspirar orofaringe do paciente;
20. Lavar a sonda de aspiração com água destilada da cuba rim;
21. Desligar o aspirador. Desconectar a extensão de
borracha do dispositivo da sonda;
22. Retirar luva segurando a sonda e colocar na bandeja;
23. Retirar o campo do tórax do paciente, o frasco de aspiração e colocar
na bandeja;
24. Reunir o material e levá-lo à sala de utilidades;
25. Anotar no prontuário: quantidade e aspecto da secreção.
95
A inconsciência é uma situação em que há uma supressão das funções cerebrais,
variando do estupor ao coma. No estupor o paciente mostra sinais de inquietação
quando estimulado por algo desagradável. Ele pode reagir ou fazer movimentos faciais
ou proferir sons ininteligíveis. O coma é um estado de inconsciência no qual o paciente
não percebe a si mesmo e nem ao seu ambiente. O mutismo acinético é um estado em
que não há resposta ao meio, não há movimentos, mas os olhos permanecem abertos
algumas vezes. No estado vegetativo, o paciente está acordado, mas sem função mental
eficaz.
Objetivos:
• Manutenção da vias aéreas permeáveis;
• Avaliação neurológica;
• Obtenção de um equilíbrio hidroeletrolítico;
• Obtenção de membranas mucosas orais intactas;
• Manter integridade cutânea;
• Manter integridade dos olhos.
Nível de consciência
• Verificar o nível de consciência (se está consciente, inconsciente,
confuso, desorientado);
• Verificar se há abertura ocular espontânea, a um comando de voz ou
estímulo doloroso;
96
• Avaliar pupilas quanto ao tamanho, igualdade e reatividade;
• Observar movimentos dos olhos;
• Manter os olhos umedecidos com soro fisiológico ou água boricada
para evitar lesão de córnea;
• Observar reflexos de deglutição, pois quando ineficaz ou ausente,
apresenta sialorréia;
• Realizar estímulo doloroso (pressão suave, mas firme), na região
esternal ou no mamilo, quando o paciente não estiver obedecendo aos comandos;
• Verificar se apresenta decorticação ou descerebração.
Objetivos:
• Deixar o corpo limpo;
• Preservar a aparência natural do corpo;
• Evitar a saída de gazes, odores fétidos, sangue e secreções;
• Preparar o corpo para o funeral;
• Facilitar a identificação do corpo.
98
Após a constatação do óbito:
• Observar a hora;
• Fechar os olhos do corpo;
• Elevar ligeiramente a cabeceira deixando os membros alinhados;
• Colocar prótese dentária se houver;
• Retirar sondas, drenos, cateteres, cânulas...;
• Retirar da cama travesseiro e roupas extras;
• Cobrir o corpo com um lençol.
Material:
• Algodão;
• Atadura de crepe;
• Pinça longa;
• Esparadrapo;
• Etiquetas de identificação (conforme rotina da Instituição);
• Cuba rim;
• Luva de procedimento;
• 2 lençóis;
• Bacia com água e luva de banho, se necessário.
Procedimentos:
1. Prestar assistência à família;
99
ELIMINAÇÃO URINÁRIA
Cateterismo Vesical
Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, deve ser drenada
artificialmente através de sondas ou cateteres, que podem ser introduzidos diretamente
na bexiga, ureter ou pelve renal. A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou
cateter na bexiga, que pode ser realizada através da uretra ou por via suprapúbica, e tem
por finalidade a remoção da urina. Suas principais indicações são: obtenção de urina
asséptica para exame, esvaziar bexiga em pacientes com retenção urinária, em preparo
cirúrgico e mesmo no pós-operatório, para monitorizar o débito urinário horário e, em
pacientes inconscientes, para a determinação da urina residual ou com bexiga
neurogênica que não possuam um controle esfincteriano adequado.
A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o
esvaziamento vesical, ou de demora, quando há a necessidade de permanência do
mesmo. Nestas sondagens de demora, a bexiga não se enche nem se contrai para o seu
esvaziamento, perdendo, com o tempo, um pouco de sua tonicidade e levando à
incapacidade de contração do músculo detrursor; portanto antes da remoção de sonda
vesical de demora, o treinamento com fechamento e abertura da sonda de maneira
intermitente, deve ser realizado para a prevenção da retenção urinária.
Observações:
• Fazer higiene íntima antes de executar a técnica do cateterismo vesical;
• Observar conscienciosamente os princípios de assepsia e de ética;
• A sonda utilizada para o cateterismo de demora e é a sonda Foley, que é
mantida no lugar através de balão inflado com água destilada;
• A sonda utilizada para o cateterismo de alívio é a sonda uretral
descartável. Desprezá-la após o uso.
100
• Controle de diurese em casos específicos.
Sonda Foley
Fonte: www.br.geocities.com/xiturmamed/sondaedrenos.htm
101
Coletor de urina para sistema fechado
Fonte: www.br.geocities.com/xiturmamed/sondaedrenos.htm
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar a paciente em posição ginecológica;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente,
usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução anti-séptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro da cuba rim: seringa, Sonda Vesical de Foley, gazes e no
campo de cateterismo o coletor de urina para sistema fechado;
11. Abrir a ampola de água destilada e colocar fora do campo;
12. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfurá-lo
com agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de xylocaína numa gaze;
13. Calçar somente a luva estéril direita. Com a mão esquerda não
enluvada, aspirar o conteúdo da água destilada;
14. Calçar a luva estéril esquerda;
15. Testar o Cuff da sonda, em seguida conectá-la ao sistema coletor;
102
16. Lubrificar a sonda com xylocaína;
17. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
18. Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal, com um
movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada movimento;
19. Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do lado
mais distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando a gaze para cada
movimento;
20. Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;
21. Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a mão não-
dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão não-dominante será
agora considerada contaminada;
22. Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a
direção meato uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se os lábios forem
soltos acidentalmente, repetir o processo de limpeza;
Fonte: www.ugf.br/index.php?q=centro/apresentacao
103
25. Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na face interna da coxa
para evitar a tração da sonda;
Fonte: www.fisterra.com
104
• Sonda Vesical de Foley, números 10-16;
• Coletor de urina para sistema fechado;
• Duas seringas descartáveis de 20 ml;
• Duas agulhas calibrosas;
• Uma ampola de água destilada de 10 ml;
• Esparadrapo ou micropore;
• Um par de luvas estéreis e 1 par de luvas de procedimento;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução anti-séptica estéril;
• Lubrificante (Xylocaína geléia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução anti-séptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro da cuba rim: seringa, Sonda Vesical de Foley, gazes e no
campo do cateterismo colocar o coletor de urina para sistema fechado;
11. Abrir a ampola de água destilada e colocar fora do campo;
12. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfurá-lo
com agulha calibrosa;
13. Calçar somente a luva estéril direita;
14. Com a mão esquerda não enluvada, aspirar o conteúdo da água
destilada;
15. Calçar a luva estéril esquerda;
105
16. Testar o Cuff da sonda e, em seguida, conectá-la ao sistema coletor;
17. Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xylocaína;
18. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
19. Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal, com
movimento único e firme, desprezando a gaze para cada movimento. Usar gazes para
segurar o pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no sentido longitudinal, de cima para
baixo, do lado mais distante ao mais próximo, sempre utilizando uma gaze para cada
movimento;
20. Limpar o corpo do pênis;
21. Colocar o campo fenestrado. Deixar o pênis em repouso sobre o campo;
22. Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o prepúcio
para baixo, de modo a expor a glande. Limpar a glande com movimentos circulares,
começando a partir do meato;
Fonte: www.fisterra.com
106
Fonte: www.fisterra.com
107
Fonte: www.fisterra.com
26. Injetar 10 ml de água destilada para preencher o Cuff da sonda e, em
seguida, tracioná-la;
27. Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na região hipogástrica
para reduzir a curva uretral e a pressão no ângulo peniano-excrotal, prevenindo a
formação de fístula;
28. Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre a
glande, pois sua posição retraída pode vir a causar edema;
29. Manter o coletor de urina abaixo do nível da bexiga, para evitar o
refluxo. Fixá-lo ao leito sem que toque no chão, evitando dobras;
30. Posicionar o paciente confortavelmente;
31. Colocar etiqueta no coletor com: data, volume de água bidestilada
colocada no Cuff e nome do profissional que realizou o procedimento;
32. Recolher o material do cateterismo;
33. Deixar a unidade em ordem;
34. Lavar as mãos;
35. Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as
demais características da urina.
108
Cateterismo vesical de alívio Cateterismo vesical feminino de alívio Material:
• Pacote de cateterismo vesical contendo: cuba rim; cúpula; campo
fenestrado; pinça; gazes;
• Sonda vesical para cateterismo de alívio: números 10-14 Fr;
• Uma agulha calibrosa;
• Um par de luvas estéreis e um par de luvas de procedimento;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução anti-séptica estéril;
• Uma máscara descartável;
• Um frasco graduado;
• Bolas de algodão com álcool a 70%;
• Lubrificante (Xylocaína geléia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar a paciente em posição ginecológica;
109
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da paciente,
usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução anti-séptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro do campo do cateterismo: sonda vesical de alívio e
gazes;
11. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfurá-lo
com agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de xylocaína numa gaze;
12. Calçar luvas estéreis;
13. Lubrificar a sonda com xylocaína;
14. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
15. Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal, com um
movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada movimento;
16. Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do lado
mais distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando a gaze para cada
movimento;
17. Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;
18. Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a mão não-
dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão não-dominante será
agora considerada contaminada;
19. Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a
direção meato uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se os lábios forem
soltos acidentalmente, repetir o processo de limpeza.
20. Introduzir delicadamente o cateter lubrificado no interior do meato
uretral e observar se há uma boa drenagem urinária;
21. Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o polegar e o
dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra. Remover delicadamente o
cateter;
22. Posicionar a paciente confortavelmente;
23. Recolher o material do cateterismo;
24. Deixar a unidade em ordem;
25. Lavar as mãos;
26. Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as
110
demais características da urina.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução anti-séptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro do campo do cateterismo: sonda vesical de alívio, gazes
e seringa;
11. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xylocaína. Perfurá-lo
com agulha calibrosa;
111
12. Calçar luvas estéreis;
13. Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xylocaína;
14. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução anti-séptica;
15. Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal, com
movimento único e firme, desprezando a gaze para cada movimento. Usar gazes para
segurar o pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no sentido longitudinal, de cima para
baixo, do lado mais distante ao mais próximo, sempre utilizando uma gaze para cada
movimento;
16. Limpar o corpo do pênis;
17. Colocar o campo fenestrado. Deixar o pênis em repouso sobre o campo;
18. Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o prepúcio
para baixo, de modo a expor a glande. Limpar a glande com movimentos circulares,
começando a partir do meato;
19. Limpar o orifício da uretra;
20. Injetar 10 ml de xylocaína no meato;
21. Introduzir delicadamente o cateter no interior do meato uretral e
observar se há uma boa drenagem urinária;
22. Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o polegar e o
dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra. Remover delicadamente o
cateter;
23. Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre a
glande, pois sua posição retraída pode vir a causar edema;
24. Posicionar o paciente confortavelmente;
25. Recolher o material do cateterismo;
26. Deixar a unidade em ordem;
27. Lavar as mãos;
28. Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a coloração e as
demais características da urina.
Irrigação vesical
Irrigação vesical é a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, com o objetivo de
remover sedimentos, coágulos, urina em decomposição ou fins terapêuticos.
112
Material:
• Bandeja;
• Frasco graduado;
• Folha de papel;
• 1 par de luvas estéreis;
• Recipiente para lixo;
• Bolas de algodão embebidas em álcool 70%;
• Seringa de 20 ml;
• Soro fisiológico de 250 ml ou conforme prescrição;
• Pacote de irrigação (cuba rim e cúpula).
Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Lavar as mãos;
03. Reunir o material na bandeja, levar à unidade do paciente, colocá-lo
sobre a mesa de cabeceira;
04. Colocar o frasco graduado e a comadre sobre o papel, na cadeira;
05. Expor a conexão da sonda com o prolongamento;
06. Colocar o pacote de irrigação sobre a cama, próximo a conexão;
07. Proceder a desinfecção da extremidade distal da sonda vesical até a
conexão com a primeira bola do algodão com álcool 70% e a proximal do
prolongamento, usando a outra bola de algodão com álcool 70%;
08. Abrir o pacote de irrigação com uma mão, colocando a sonda vesical e
parte do prolongamento sobre a extremidade do campo estéril;
09. Colocar a solução fisiológica na cúpula;
10. Abrir o pacote da seringa, colocando-a no campo;
11. Calçar as luvas;
12. Retirar a cúpula de dentro da cuba rim;
13. Montar a seringa;
14. Desconectar a sonda, colocando sua extremidade distal dentro da cuba
rim e a extremidade do prolongamento sobre o campo estéril, atrás da cuba rim;
15. Aspirar com a seringa a solução fisiológica e proceder a lavagem da
sonda, injetando o soro e aspirando em seguida;
113
16. Repetir a operação quantas vezes forem necessárias;
17. Conectar cuidadosamente a sonda ao prolongamento;
18. Transferir o líquido da cuba rim para a comadre;
19. Retirar as luvas;
20. Reunir o material e levá-lo coberto ao expurgo;
21. Proceder as anotações de enfermagem.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Verificar a bolsa coletora (quantidade, coloração e demais características
da urina);
6. Retirar o esparadrapo ou micropore de fixação da coxa;
7. Limpar a via do Cuff com algodão embebido em solução anti-séptica;
8. Adaptar uma seringa estéril na via do Cuff para aspirar a água destilada
(o mesmo volume que foi introduzido );
9. Remover a sonda delicadamente, pressionando-a entre o polegar e o
dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra;
10. Recolher o material do cateterismo e desprezar no lixo apropriado;
11. Providenciar a higiene íntima;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Deixar a unidade em ordem;
114
14. Lavar as mãos;
15. Registrar o procedimento.
Controle de diurese
É o controle do volume urinário num determinado período de tempo.
Objetivos:
• Auxiliar no diagnóstico, na evolução e no tratamento do paciente;
• Coletar amostra para análise laboratorial;
• Balanço hídrico.
Orientações gerais:
Controlar a diurese a cada período de trabalho ou conforme solicitação médica;
• Iniciar o controle de diurese, independentemente de solicitação médica,
dos pacientes com:
➢ Cardiopatias;
➢ Doenças renais;
➢ Diabetes;
➢ Nutrição parenteral prolongada;
➢ Pós-operatório de grandes cirurgias;
➢ Ascite;
➢ Pacientes graves.
• Medir o volume urinário no frasco graduado após cada micção,
desprezando a urina em seguida. Observar suas características: odor, cor e aspecto.
Anotar no prontuário do paciente. A diurese não deve ficar guardada no banheiro
durante o período;
• O frasco graduado deve ser enxaguado após cada medida;
• O controle de diurese em pacientes com sonda vesical é feito ao final
de cada período de trabalho ou quando o coletor estiver cheio, medir no frasco e em
seguida desprezar a diurese no vaso sanitário.
Material:
• Bandeja;
115
• Folha de papel;
• Frasco graduado;
• Comadre ou papagaio;
• Funil.
Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Orientar os pacientes com controle de diurese para que façam uso de
comadre ou papagaio;
03. Preparar material;
04. Levar o material ao banheiro colocando o frasco graduado sobre o papel no
chão;
05. Levar a comadre ou papagaio ao banheiro, procedendo a mensuração;
06. Enxaguar a comadre ou papagaio, colocando-a em seu lugar. Enxagua
07. Proceder a anotações.
Glicosúria
Destacar mais ou menos 4 cm de glicofita e umedecer uma extremidade em
urina recém eliminada. Manter a fita horizontalmente durante um minuto e proceder a
leitura, conforme instruções da embalagem. Em pacientes com sonda Foley, colher uma
amostra de urina conforme técnicas de coleta. Pacientes que não possuem sonda,
fornecer comadre para coletar urina. Após utilização da glicofita, guardá-la na sua
embalagem de alumínio, pois a fita se altera com a luz.
Observações:
• A urina armazenada na bolsa coletora não pode ser utilizada para verificar
glicofita;
• Antes de oferecer a comadre para o paciente, lavá-la com água.
116
• 3 fitas de micropore;
• Luva de procedimentos;
• Frasco de soro de 1000 ml vazio;
• Suporte para frasco de soro;
• Cuba rim;
• Material para tricotomia se necessário;
• Biombo.
Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Lavar as mãos;
03. Reunir o material na bandeja, levar à unidade do paciente, colocá-lo
sobre a mesa de cabeceira;
04. Cercar a cama com biombos;
05. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira;
06. Colocar as 3 fitas de micropore na lateral proximal da bandeja;
07. Colocar o frasco de soro, seguro pelo suporte, ao lado da cama;
08. Orientar e auxiliar o paciente a posicionar-se em decúbito dorsal, com
os membros inferiores afastados;
09. Colocar a cuba rim para lixo aos pés da cama;
10. Descobrir somente a região genital;
11. Fazer a tricotomia pubiana genital;
12. Abrir a embalagem do jontex mantendo-o dentro da mesma;
13. Calçar a luva na mão esquerda;
14. Pegar a 1ª fita de micropore com a mão direita;
117
15. Com a mão esquerda posicionar o pênis deixando-o em posição
vertical. Segurar a glande e o prepúcio juntos;
16. Com a mão direita voltear o terço inferior do pênis com a primeira fita
de micropore;
17. Vestir o “jontex” no pênis deixando seu bico justo;
18. Com a mão esquerda segurar o “jontex” sobre o pênis mantendo seu
bico justo à glande;
19. Com a mão direita pegar a 2ª fita de micropore e voltear o pênis, já
vestido com o “jontex”;
20. Subir o jontex deixando exposta a outra metade da 1ª fita;
21. Pegar a 3ª fita de micropore com a mão direita e voltear o pênis
passando-a sobre junção do “jontex” com a 1ª fita de micropore;
22. Baixar o “jontex” cobrindo a 3ª fita de micropore;
23. Pegar o prolongamento do jontex e tracioná-lo levemente certificando-
se de sua segurança;
24. Colocar a ponta do prolongamento no frasco de soro;
25. Retirar a luva da mão esquerda desprezando na cuba rim;
26. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
27. Levar o material ao expurgo. Desprezar o lixo. Lavar a bandeja e cuba
rim, secá-las e guardá-las.
ELIMINAÇÃO INTESTINAL
Enemas
É a introdução de líquido no intestino através de sonda retal no ânus ou da
colostomia.
Pode ser dividida em 3 grupos com seu modo de reação:
• Evacuadores: estimulam a evacuação com seu modo de ação;
• Carminativos: auxiliam na expulsão de gazes do cólon;
• Sedativos: acalmam espasmos.
Cabe ao médico prescrever o tipo de enema e a solução a ser administrada.
Objetivos:
• Aliviar distensão e flatulência;
118
• Auxiliar eliminação de fezes;
• Preparar o paciente para exames e cirurgias.
Sonda Retal
Fonte: www.br.geocities.com/xiturmamed/sondaedrenos.htm
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na jarra
119
com água quente. Deixar a sonda dentro do invólucro;
4. Reunir o material na bandeja;
5. Cortar a ponta do frasco e conectar a sonda retal, mantendo-a protegida
em seu invólucro;
6. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito;
7. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de cabeceira;
8. Cercar a cama com biombo;
9. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel;
10. Colocar a comadre sobre os pés da cama;
11. Colocar o paciente em posição de Sims;
12. Tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
13. Lubrificar a sonda retal com xylocaína;
14. Calçar luvas;
15. Entreabrir as nádegas com papel higiênico;
16. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao paciente que
inspire profundamente;
17. Comprimir com as mãos o frasco com a solução glicerinada, até o
término da solução;
18. Retirar a sonda retal;
19. Pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal, retendo o líquido o
máximo de tempo possível;
20. Colocar a comadre e o papel ao alcance do paciente, ou acompanhá-lo
ao banheiro, para se deambular;
21. Proceder as anotações de enfermagem.
Fleet enema
O material e a técnica são idênticos ao descrito anteriormente, a única diferença
consiste no volume e no frasco, que contém um dispositivo próprio para ser introduzido
no reto do paciente, não sendo necessária a sonda retal.
120
• Água morna;
• Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26);
• Equipo para soro;
• Esparadrapo;
• Gazes;
• Vaselina ou xylocaína;
• Cuba rim;
• Papel higiênico;
• Luvas de procedimento;
• Suporte de soro;
• Comadre;
• Biombo s/n;
• Impermeável;
• Lençol móvel;
• Saco para lixo.
Procedimento:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na jarra
com água quente;
4. Retirar o equipo do invólucro e conectá-lo à solução glicerinada;
5. Retirar a sonda do invólucro e conectá-la ao equipo, mantendo-a
protegida em seu invólucro;
6. Reunir o material na bandeja;
7. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito;
8. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de cabeceira;
9. Cercar a cama com biombos;
10. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel;
11. Dependurar a solução glicerinada no suporte de soro;
12. Colocar a comadre sobre os pés da cama;
13. Colocar o paciente em posição de Sims;
14. Tirar ar do equipo sobre a cuba rim;
121
15. Clampar o equipo;
16. Lubrificar a sonda retal com xylocaína;
17. Calçar luvas;
18. Entreabrir as nádegas com papel higiênico;
19. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao paciente que
inspire profundamente;
Fonte: www.fisterra.com
20. Firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão;
21. Deixar ecoar gota a gota o líquido, até restar pequena quantidade;
22. Retirar a sonda retal;
122
Fonte: www.fisterra.com
Objetivo:
Fornecer dados para auxiliar a determinação de diagnósticos.
Urina
Exame clínico (Urina tipo I)
123
Material:
• Bandeja;
• 1 vidro esterilizado pequeno com tampa (próprio para urina);
• Cuba rim limpa;
• Tira de fita adesiva com identificação do paciente (nome, registro, leito,
data e tipo de material coletado);
• Material para higiene íntima, se o paciente não deambula;
• Comadre, se necessário;
• Luvas de procedimentos.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Informar ao paciente o que vai ser feito, solicitando que chame quando
sentir necessidade de urinar;
3. Lavar as mãos;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade;
5. Colocar biombo;
6. Encaminhar o paciente ao banheiro para proceder a higiene íntima, se o
paciente deambula, ou auxiliá-lo no leito;
7. Calçar luvas;
8. Pegar cuba rim;
9. Orientar o paciente que colha o jato médio de urina na cuba rim, com
cuidado para não contaminar a parte interna da mesma;
10. Transferir cuidadosamente a amostra de urina para o frasco estéril;
11. Enxaguar a cuba rim;
12. Lacrar a tampa do frasco e identificar.
Urucultura
Proceder de maneira idêntica ao descrito anteriormente, apenas substituir a cuba
rim por uma cúpula esterilizada.
Urina de 24hs
Material:
124
• 2 ou 3 frascos de 1000ml, fornecidos pelo laboratório;
• 1 caixa de isopor com gelo.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material e levá-lo à unidade. Colocar o isopor com gelo no
banheiro. Colocar os frascos dentro do isopor. Colar a identificação na tampa da caixa
de isopor;
4. Orientar o paciente a respeito da coleta de exame;
5. Pedir ao paciente para que esvazie completamente a bexiga,
desprezando esta diurese no vaso sanitário;
6. Anotar o horário desta micção na identificação da caixa;
7. A partir desse horário, toda diurese deverá ser coletada no frasco, e
mantida no gelo;
8. Anotar no plano de enfermagem o início do controle;
9. Acrescentar gelo sempre que necessário;
10. No dia seguinte, 24 h depois, solicitar ao paciente que esvazie
completamente a bexiga. Guardar esta diurese no frasco;
11. Levar a caixa de isopor à sala de utilidades;
12. Lacrar os frascos e identificá-los;
13. Proceder as anotações de enfermagem;
14. Encaminhar a diurese ao laboratório.
Parasitológico de fezes
Material:
• Bandeja;
125
• Latinha;
• Espátula;
• Tira de fita adesiva para lacrar a latinha e identificar o paciente;
• Papel higiênico;
• Comadre.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar mãos;
3. Verificar no impresso de análise laboratorial a identificação do paciente
e o tipo de exame solicitado;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
5. Orientar sobre a solicitação do exame e pedir que chame quando sentir
necessidade de evacuar;
6. Oferecer-lhe a comadre e aguardar;
7. Retirar as fezes da comadre com espátula, colocar na latinha e fechá-la;
8. Lavar a comadre;
9. Lavar as mãos;
10. Lacrar a latinha com fita adesiva e identificá-la corretamente;
11. Encaminhá-la ao laboratório.
Coprocultura
A coprocultura deve ser encaminhada imediatamente ao laboratório ou guardar
em geladeira.
Para a coleta, seguir os mesmos procedimentos descritos anteriormente.
Escarro
Material:
• Bandeja;
• Latinha;
• Fita adesiva para lacrar e identificar.
126
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
4. Orientar o paciente sobre a maneira de colher o escarro: ao acordar,
lavar a boca, respirar amplamente 8 a 10 vezes e tossir profundamente;
5. Repetir, quantas vezes forem necessárias;
6. Lacrar a tampa da latinha;
7. Identificar a lata;
8. Encaminhar ao laboratório.
CURATIVO
É todo material colocado diretamente sobre uma lesão a fim de prevenir uma
contaminação. Portanto, as finalidades do tratamento das feridas são:
- evitar a contaminação das feridas limpas;
- reduzir a infecção das lesões contaminadas;
- facilitar a cicatrização;
- remover as secreções;
- promover a hemostasia;
- facilitar a drenagem;
- proteger a ferida;
- aliviar a dor.
CICATRIZAÇÃO
É a transformação do tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a cicatriz
a etapa final do processo curativo da ferida. A cicatrização ocorre de duas formas:
• Por primeira intenção: é quando se aproximam as superfícies da ferida
por sutura, fita adesiva ou outros mecanismos;
• Por segunda intenção ou granulação: é quando não acontece
aproximação de superfícies, e nesse espaço proliferam as granulações, que, por sua vez,
serão recobertas pelo epitélio.
127
Os fatores que afetam a cicatrização normal são:
• Nível nutricional: a diminuição dos elementos protéicos, vitamina C, e
desidratação são os principais causadores do retardo da cicatrização;
• Condições de vascularização: como o sangue fornece os elementos
cicatrizantes, quanto melhor a circulação, mais eficiente será a cicatrização;
• Idade: ocorre um retardo nos idosos;
• Edema: por dificultar a união das extremidades da ferida e diminuir a
vascularização local;
• Administração de drogas que mascaram a presença de infecção;
• Administração de drogas anticoagulantes;
• Técnica de curativo: provocada pela troca insuficiente, falhas de técnica
asséptica, curativo apertado e outros;
• Alteração da taxa de glicose sanguínea.
Curativos
1. Fechado ou bandagem: sobre a ferida é colocada gaze, pasta ou
compressa, fixando-se com esparadrapo ou atadura de crepe;
Nas feridas com infecção nas cavidades ou fistulas, pode-se irrigar soro
fisiológico ou anti-séptico com auxílio de uma seringa;
2. Aberto: recomendado nas incisões limpas e secas, deixando-se a ferida
exposta;
3. Compressivo: indicado para estancar hemorragia ou vedar uma
incisão.
Curativo aberto
128
• Eliminar as condições necessárias para o crescimento de microrgani
• Permitir melhor observação e detecção precoce de dificuldades no
processo de cicatrização;
• Facilitar a limpeza;
• Evitar reações alérgicas ao esparadrapo;
• Ser mais barato.
Tipos de curativos
ÁCIDO LINOLEICO-AGE
• O ácido linolênico é vital para a função de barreira, é o maior
componente lipídico no extrato córneo normal gorduroso;
• É vital para a resistência à água, pois é o maior constituinte da barreira
epidérmica (60%);
• É o único que tem capacidade de reverter ou reparar a função de barreira
da pele onde a deficiência dietética não está envolvida;
• Estes têm grande ação na aceleração do processo de cicatrização, pois
auxiliam a quimiotaxia e diapedese dos leucócitos;
• É indicado: para lesões abertas não intactas, e profilaxia das úlceras de
pressão.
• Modo de usar:
- Aplicar no local afetado utilizando uma gaze;
- Trocar de 12 a 24 horas.
SULFADIAZINA DE PRATA
129
• É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%;
• Pode ser associado: nitrato de cério ácido hialurônico;
• Mecanismo de ação:
- Prata: confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas
residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática
bacteriana.
• Modo de usar:
- Freqüência de troca é recomendada a cada 12 horas.
HIDROGEL
• Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%).
• Ação: debridamento autolítico/ remove crostas e tecidos desvitalizados
em feridas abertas.
• Forma de apresentação: Amorfo e placa.
HIDROCOLÓIDE
• Composição: carboximetilcelulose + gelatina + pectina.
• Forma de apresentação: amorfo e placa.
• Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel
viscoso e coloidal, que irá manter a umidade da ferida.
PAPAÍNA
• Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e
frutos da planta Carica Papaya.
• Forma de apresentação: pó, gel e pasta.
• Atuação: desbridante (enzimático) não traumática, antiinflamatória,
bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, ph ótimo de 3 – 12, atua apenas em
tecidos lesados, devido à antiprotease plasmática (alfa antitripsina).
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2%
para uso em tecido de granulação.
• Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes
(ferro/iodo/oxigênio): manter em geladeira.
130
FIBRINOLISINA
• Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease
(pâncreas bovino).
• Forma de apresentação: pomada.
• Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela
ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima
desoxorribonuclease.
Observação: monitorar a sensibilidade do paciente.
AÇÚCAR
• Composição: sacarose.
• Forma de apresentação: em grânulos.
• Ação: efeito bactericida, proporcionado pelo efeito osmótico, na
membrana e parede celular bacteriana.
Observação: é necessário troca de 2/2 horas para manter a sua ação, feridas com
necrose de coagulação, queimaduras, pacientes obesos, desnutridos e com idade
avançada.
FILMES TRANSPARENTES
• Composição: filme de Poliuretano, aderente (adesivo),
transparente, elástico e semipermeável.
Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos. Observação:
pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.
HIDROPOLÍMERO
131
• Composição: almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de
não tecido e revestida por poliuretano.
• Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou
moderada exsudação.
• Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade de
exsudação.
Observação: uso de talco para aumentar poder de adesividade.
132
cáprico, vitaminas A, E e lecitina de soja.
• Ação: quimiotaxia leucocitária, angiogênese, umidade, bactericida.
• Indicação: prevenção e tratamento de úlceras, tratamento de feridas
abertas.
• Contra-indicação: alergia.
Observação: pode ser associado a outras coberturas.
CLOREXIDINA
• Composição: Di-glucanato de clorexidina.
• Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática
bacteriana.
• Indicação: anti-sepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
• Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.
Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de matéria
orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.
133
Orientações:
1. Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de
curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o
material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material, que
deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve verificar
ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente;
2. O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser
avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento
simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser trocados
no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-se usar cortinas
para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida.
Esses métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que
será mais rápida e eficiente;
3. Lavar as mãos com água e sabão, antes e depois de cada curativo. O
instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma
pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a manipulação deve
ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e conseqüentemente menor
risco de infecção;
4. Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma
solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns
patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser feita
da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de
vai e vem nas feridas cirúrgicas. A área mais contaminada é a pele localizada ao redor
da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da
ferida;
5. Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida
com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando
houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o curativo
com atadura ou esparadrapo;
6. Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à
motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses
locais devem-se utilizar ataduras. Esta deve ser colocada de maneira que não afrouxe
nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região
dista para a proximal, e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente;
134
7. O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo
e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se
o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões;
8. O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos,
desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar
o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo
em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas
articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao
movimento;
9. Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas
para baixo, prevenindo a contaminação; devem-se usar cada gaze uma só vez e evitar
conversar durante o procedimento técnico.Tempos ou Fases do Curativo
1º Tempo: remoção do curativo anterior com pinças: Kocher e Dente de Rato.
2º Tempo: limpeza da ferida com pinças: Anatômica e Kelly.
3º Tempo: tratamento da lesão com as pinças: Anatômica e Kelly. 4º Tempo:
proteção da ferida com as pinças: Anatômica e Kelly.
Curativo simples
Material:
• Bandeja ou carrinho contendo pacote de curativos;
• 1 pinça anatômica; 1 pinça dente de rato; 1 pinça Kocher ou Kelly;
• Tesoura estéril s/n;
• Pacotes de gases esterilizados;
• Micropore ou esparadrapo;
• Almotolia com éter ou benzina;
• Almotolia com soluções anti-sépticas,
• SF 0.9% E PVPI;
• Saco para lixo;
• Cuba rim;
• Atadura de crepe ou gaze s/n;
• Pomadas,
135
• Seringa,
• Algodão e espátula s/n;
• Luvas de procedimento.
Procedimentos:
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito;
2. Preparar o ambiente:
- Fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira;
- Desocupar a mesa de cabeceira;
- Colocar biombo, se necessário.
3. Lavar as mãos;
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser
executado;
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira;
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel, pano ou
impermeável;
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco plástico para
lixo em local acessível;
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para o
executante, em ordem de uso – pinça Kocher e Dente de Rato na extremidade do
campo, próximo ao paciente, e Pinça Kelly e Anatômica na extremidade oposta;
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no campo. Se necessário colocar
também chumaços de algodão;
10. Retirar o curativo anterior utilizando a pinça Kocher e Dente de Rato;
- Ao despejar soluções, virar o rótulo para a palma da mão;
- Preferencialmente, só usar éter ou benzina após a retirada do esparadrapo,
para remover os resíduos do adesivo;
- Retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos;
- Ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a cuba-rim;
11. Desprezar o curativo anterior e as pinças abertas na cuba rim;
12. Com a pinça Anatômica pegar uma gaze e dobrá-la em 4 com auxílio da
pinça Kelly, limpar as bordas da lesão com gaze embebida em soro fisiológico;
13. Com as mesmas pinças proceder a aplicação de anti-séptico;
136
- Obedecer ao princípio: do menos contaminado para o mais contaminado,
usando quantas gazes forem necessárias;
- Usar técnica de toque com movimentos rotativos com a gaze, evitando os
movimentos de dentro para fora da ferida, tanto quanto os de fora para dentro;
- Usar cada gaze ou tampão uma só vez;
- Remover ao máximo os exsudatos (secreções: pus e sangue), corpos
estranhos e tecidos necrosados;
16. Proteger com gaze e fixar com adesivo (se indicado);
17. Desprezar as pinças e envolver as pinças no próprio campo, que será
encaminhado ao expurgo;
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material;
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem, especialmente
quanto à evolução da lesão e queixas do paciente.
OBSERVAÇÕES
1. Antes de fazer o curativo, observar o estado do paciente, ler as anotações
sobre o tipo de curativo, sua evolução e cuidados específicos;
2. Nas feridas cirúrgicas, a pele ao redor da ferida é considerada mais
contaminada que a própria ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais
contaminada é a do interior da lesão. (Importante lembrar ao limpar ou tratar a lesão);
3. Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão
fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não infectadas, e por último as
infectadas;
4. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a cirurgia, é
recomendado deixar o curativo aberto;
5. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar para lavar a lesão;
6. Devido ao risco de infecção hospitalar, não é recomendado levar o
material de curativo no carrinho. Deve-se levar só a bandeja com o material, para junto
do paciente;
7. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na cesta de lixo do
paciente;
8. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o local da ferida, a fim
137
de permitir boa circulação;
9. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas no curativo deve ser de
uso individual (um para cada paciente);
10. Os curativos devem ser trocados diariamente e sempre que se
apresentarem úmidos ou sujos;
11. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo. Exceto quando não
utilizar pinça. Neste caso as luvas devem ser esterilizadas;
12. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção, deve ser colhida
amostra para bacterioscopia e encaminhada imediatamente ao laboratório.
Retirada de pontos
Material:
• 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça Dente de Rato e 1 Anatômica;
• Gazes esterilizadas;
• Soro fisiológico;
• Tesoura de Iris ou lâmina de bisturi, ou gilete esterilizada;
• Fita adesiva;
• Saco plástico.
Procedimento:
1. Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do curativo;
2. Umedeça os pontos com soro fisiológico, secar;
3. Com a pinça Anatômica, se segura a extremidade do fio e com a tesoura
corta-se a parte inferior do nó;
4. Coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos retirados;
após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica.
Dreno de Penrose
O dreno de penrose é um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias
que implicam em possível acúmulo local pós-operatório, de líquidos infectados ou não.
O orifício de passagem do dreno deve ser amplo, e o mesmo deve ser
posicionado à menor distância da loja a ser drenada, não utilizando o dreno através da
incisão cirúrgica e, sim, através de uma contra incisão.
138
A fim de evitar depósitos de fibrina que possam vir a ocluir seu lúmen, o dreno
de penrose deve ser observado e mobilizado em intervalos de 12 horas, ou seja,
tracionado em cada curativo (exceto quando contra-indicado), cortado seu excesso e
recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. Seu orifício de saída
deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído sempre que
necessário.
Material:
• Bandeja;
• Pacote de curativo completo;
• Pacote de tesoura de pontos;
• Pacote de gazes;
• 1 alfinete estéril;
• Frasco com anti-séptico;
• Esparadrapo ou micropore;
• Frasco de benzina;
• Cuba rim;
• SF 0,9%.
Procedimentos:
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito;
2. Preparar o ambiente, como descrito anteriormente;
3. Lavar as mãos;
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser
executado;
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira;
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel, pano ou
impermeável;
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco plástico para
lixo em local acessível;
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para o
executante, em ordem de uso – pinça Kocher e Dente de Rato na extremidade do
campo, próximo ao paciente e pinça Kelly e Anatômica na extremidade oposta;
139
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no campo. Se necessário colocar
também chumaços de algodão;
10. Abrir o pacote de alfinete, colocando-o sobre o campo com auxílio da
pinça Anatômica;
11. Abrir a tesoura e colocá-la ao lado da pinça Kelly;
12. Proceder a retirada do curativo conforme descrito anteriormente;
13. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico;
14. Colocar uma gaze na região inferior do dreno, isolando-o da pele;
15. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada curativo (exceto quando
contra – indicado). Cortar o excesso e colocar alfinete de segurança estéril, usando
pinças Kelly e Anatômica;
15. Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o;
16. Fixar as gazes com adesivo;
17. Juntar o material e colocá-lo na bandeja;
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material;
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem, especialmente
quanto à evolução da lesão e queixas do paciente.
Intracath e flebotomia
Material:
• Bandeja;
• 1 pacote de curativo;
• 1 pacote de gazes;
• 1 frasco de anti-séptico;
• 1 frasco de benzina;
• 1cuba rim;
• Esparadrapo;
• SF 0,9%.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
140
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
4. Informar ao paciente o que vai ser feito;
5. Fechar janelas;
6. Cercar com biombos;
7. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira;
8. Expor a área e colocar a cuba rim próximo ao local do curativo;
9. Abrir cuidadosamente o pacote de curativo sobre a bandeja;
10. Dispor das pinças no campo conforme descrito anteriormente;
11. Proceder a retirada do curativo conforme descrito anteriormente;
12. Proceder a anti-sepsia da inserção do cateter de Intracath ou flebotomia;
13. Envolver o cateter com gaze no local de sua inserção;
14. Desprezar as pinças abertas na cuba rim;
15. Fixar a gaze com 1 tira de esparadrapo com mais ou menos 6 cm de
comprimento por 4 cm de largura, conforme o desenho;
Dreno de tórax
A drenagem de tórax consiste na introdução de um dreno no espaço pleural ou o
espaço mediastinal, com o objetivo de remover líquidos e gases, facilitando a
reexpansão do pulmão e restabelecendo a função cardiorrespiratória normal.
141
Troca do Curativo Material:
• Um par de luvas estéreis;
• Um par de luvas de procedimento;
• Esparadrapo ou micropore;
• Pacotes de gazes;
• Frasco contendo solução anti-séptica (solução de
polvidine ou clorexidina alcoólica/tópica/degermante).
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Lavar as mãos;
4. Posicionar o paciente lateralmente, sobre o lado onde não se encontra o
dreno;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Manter, com uma das mãos, o dreno fixado ao local;
7. Remover com a outra mão, cuidadosamente, o curativo;
8. Observar se há presença de secreção nas gazes, para posterior anotação
(pequena quantidade de secreção sero-sanguinolento no local de inserção do dreno é
comum);
9. Observar a pele no local de inserção do dreno, para identificar se há
presença de hiperemia e/ou edema, para posterior anotação;
10. Apalpar, delicadamente, ao redor do local de inserção do dreno, para
identificar se há presença de crepitações;
11. Retirar as luvas de procedimento;
12. Calçar luvas estéreis;
13. Limpar o local com solução, utilizando gaze embebida em solução anti-
séptica;
14. Envolver com gaze a parte do dreno próximo à pele;
15. Colocar gazes entre o dreno e a pele e sobre o dreno;
16. Colocar tiras largas de esparadrapo ou micropore para
vedar completamente o curativo;
142
17. Observar o posicionamento correto do dreno, evitando dobras e voltas
que possam prejudicar a drenagem;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Manter a unidade em ordem;
20. Registrar no prontuário: a troca do curativo, aspecto do local de inserção
do dreno e as queixas do paciente.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente
e/ou ao acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Lavar as mãos;
4. Calçar as luvas de procedimento;
5. Pinçar a extensão do dreno;
6. Observar o aspecto da solução drenada e seu volume, para posterior
anotação;
7. Abrir o frasco de drenagem;
8. Desprezar o conteúdo do frasco de drenagem no recipiente;
9. Lavar o frasco de drenagem, com solução esterilizada, e desprezar seu
conteúdo no recipiente;
10. Preencher o frasco com nova solução esterilizada, até o nível especificado
pelo fabricante ou até que o tubo do frasco de drenagem fique submerso na solução
esterilizada;
11. Despinçar a extensão do dreno;
12. Marcar o nível original da nova solução em uma fita adesiva aderida
verticalmente ao lado externo do frasco de drenagem;
143
13. Anotar em uma fita adesiva o volume da nova solução que foi colocada
no frasco de drenagem, contendo: data, hora e nome do profissional que realizou o
procedimento - e fixar ao frasco;
14. Registrar no prontuário do paciente o volume proveniente da drenagem,
observada anteriormente, descontado o volume de solução esterilizada que foi colocada
anteriormente no frasco, assim como o seu aspecto.
Observações:
• Manter o frasco de drenagem sempre abaixo do nível do tórax do
paciente;
• Manter o frasco de drenagem protegido contra acidentes;
• Certificar se a extensão do dreno não está dobrada ou tracionada;
• Ao transportar o paciente, o dreno dever ser pinçado.
Procedimentos:
Realizar os mesmos procedimentos do curativo simples. Após limpeza e
aplicação de anti-séptico, cobrir a inserção do dreno com a gaze, e fixar com fita
144
adesiva.
TRAQUEOSTOMIA
Indicações:
- Paralisia da laringe bilateral, em que a passagem do ar è inadequada, o que
leva a dispnéia incapacitante e estridor com esforço;
- Edema agudo da laringe que faz com que a via aérea se estreite ou feche, e
exige a restauração da passagem do ar. O edema agudo da laringe pode resultar de
choque anafilático, urticária, laringite aguda, grave doença inflamatória da garganta ou
edema após intubação. Se este for crônico, devido a tratamento da laringe por radiações
ou tumores do pescoço, exige uma traqueostomia;
- Se for necessário manter uma via respiratória durante um período
prolongado ou se houver traumatismo das vias aéreas, que impeçam o emprego de um
tubo endotraqueal, como por exemplo: queimaduras graves, obstrução da laringe
causada por tumores, infecções ou paralisia das cordas vocais.
A traqueostomia pode ser temporária ou definitiva. É definitiva no caso de
tumores da laringe (laringectomia). Estes doentes necessitam sempre da traqueostomia
para evitar a aspiração de alimentos e de líquido para dentro do trato respiratório
inferior, porque a laringe que fornece o esfíncter protetor não está presente. É
temporária no caso de laringectomia parcial, no caso de doentes que precisam de apoio
145
ventilatório prolongado, sendo removida a cânula de traqueostomia logo que o doente
deixe de precisar de apoio ventilatório.
CUIDADOS ESPECÍFICOS
146
2. Assegurar adequada ventilação e oxigenação.
• Vigilância das saturações de O2;
• Vigiar freqüências respiratórias e expansão torácica que deverá ser
simétrica;
• Proporcionar segurança e conforto.
Curativo
Material:
• Bandeja;
• Pacote de curativo;
• Luvas estéreis;
• 1 tesoura ponto;
• 80 cm de cadarço (não necessita ser estéril);
• Frasco com anti-séptico;
• Gazes;
• Cuba rim;
• Máscara;
• Material para aspiração, se necessário.
Procedimentos:
1. Aspirar o paciente, se necessário;
2. Fazer planejamento;
3. Lavar as mãos;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
5. Informar ao paciente o que vai ser feito;
6. Fechar janelas;
147
7. Cercar a cama com biombos;
8. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira;
9. Expor a área e colocar a cuba rim próximo ao local do curativo;
10. Abrir cuidadosamente o pacote de curativos sobre a bandeja;
11. Pegar a primeira pinça, de preferência Dente de Rato, com a mão
esquerda sob o campo. Com a mão direita segurar a pinça pelo cabo;
12. Dispor das demais pinças sobre o campo com auxílio da primeira, de
modo que seus cabos fiquem voltados para fora;
13. Abrir os pacotes de gaze, colocando-as sobre o campo com auxílio da
pinça Anatômica;
14. Forrar a cuba rim com papel que envolvia as gazes;
15. Colocar máscara;
16. Retirar gazes do curativo;
17. Colocar a pinças, kocher e Dente de Rato, abertas na cuba rim;
18. Proceder a limpeza do ponto de inserção da traqueostomia com anti-
séptico;
19. Retirar o cadarço, firmando a traqueostomia com uma das mãos.
Desprezá-lo na cuba rim;
20. Colocar cadarço limpo;
21. Retirar as luvas, colocando-as na cuba rim;
22. Colocar gaze dobrada ao meio sob as laterais da cânula, usando a pinça
Kelly e Anatômica, sem forçar a cânula;
23. Colocar as pinças abertas na cuba rim;
24. Retirar a máscara;
25. Juntar o material na bandeja;
26. Colocar o paciente confortável;
27. Proceder as anotações de enfermagem.
Observação:
• A cânula deve ficar bem adaptada, porém ser apertar.
148
do doente, porque a eficácia do seu mecanismo de tosse está diminuído.
A aspiração traqueal é realizada com base na avaliação dos ruídos adventícios ou
sempre que as secreções estiverem nitidamente presentes. A aspiração desnecessária
pode iniciar o broncospasmo e provocar um trauma mecânico na mucosa traqueal.
Todo o equipamento, que entra em contacto direto, com as vias aéreas inferiores
do doente, deve ser esterilizado de modo a prevenir infecções sistêmicas e pulmonares.
A aspiração de secreções é efetuada para:
• Prevenir infecções;
• Manter as vias aéreas permeáveis.
Material:
• Cateteres de aspiração (com 1/3 do lúmen do traqueostomia);
• Luvas esterilizadas;
• Soro fisiológico de 10 ml;
• Frascos de SF de 100 ml;
• Máscara de proteção;
• Fonte de O2 com peça em T;
• Aspirador.
Procedimentos:
1. Explicar ao doente todos os procedimentos. Posicioná-lo em semifowler
2. Lavar as mãos;
3. Ligar a fonte de aspiração com pressão inferior ou igual a 120 mm/Hg;
4. Verificar fonte de O2;
5. Abrir o invólucro da sonda de aspiração e conectar ao aspirador;
6. Pegar na sonda de aspiração com luva esterilizada;
7. Introduzir algumas gotas de SF, se secreções espessas;
8. Inserir cateter aspirando e rodando-o suavemente com movimentos de
360º (não mais do que 10 a 15 Seg.);
9. Ventilar o doente com O2 nos intervalos das aspirações, pedindo ao
doente que faça várias respirações profundas;
10. Nos intervalos deve-se introduzir a sonda no frasco de SF estéril aspirar;
11. Aspirar cavidade orofaríngea após aspiração traqueal;
149
12. Lavar sonda de aspiração e rejeite-a assim como o SF restante;
13. Registrar procedimento e características das secreções.
OXIGENOTERAPIA
150
1- Vantagens:
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples;
- Facilidade de aplicação.
2- Desvantagens:
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido;
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2;
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe;
- Facilidade no deslocamento do cateter;
- Não permite nebulização;
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas.
Fonte: www.suru.com/venturi1
151
Fonte: www.glomedical.ec
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
2. Colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao
fluxômetro;
3. Conectar a extensão ao umidificador;
4. Identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de
água);
5. Instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la, sem tracionar as narinas;
6. Conectar a cânula à extensão, abrir e regular o fluxômetro (conforme
prescrição).
Observações:
• Trocar a cânula nasal diariamente;
• Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.
Nebulização
Material:
• Fluxômetro;
152
• Máscara simples, ou “Venturi”, de formato adequado esterilizada;
• Frasco nebulizador;
• Extensão plástica corrugada (traquéia);
• 250 ml de água destilada esterilizada;
• Etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
2. Colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
3. Conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
4. Colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões;
5. Regular o fluxo de oxigênio, de acordo com a prescrição;
6. Identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
Observações:
• Trocar a água do nebulizador de 6/6hs, desprezando toda a água do copo e
colocando nova etiqueta;
• Trocar o conjunto a cada 48 horas.
Inalação
Material:
• Fluxômetro;
• Micronebulizador, com máscara e extensão;
• 10 ml de SF ou água destilada esterilizada;
• Medicamento;
• Etiqueta;
• Gaze esterilizada;
• Folha de anotações.
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro na rede de oxigênio ou ar comprimido, e testá-lo;
2. Abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
3. Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e
153
conectar ao fluxômetro;
4. Conectar a máscara ao micronebulizador;
5. Regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
6. Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca,
solicitando que respire com os lábios entreabertos;
7. Manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até
terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
8. Identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
9. Fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
10. Secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do
paciente.
Observação:
• Trocar o nebulizador a cada 48 horas.
Patologia
154
Patologia geral: Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a
estímulos anormais provocados pelas doenças. Por isso é denominada patologia geral,
doenças relacionadas a todos os processos patológicos, referentes às células.
Patologia especial: Examina as respostas específicas de órgãos especializados e
tecidos a estímulos mais ou menos bem definidos.
Todas as doenças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados
mecanismos, os quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos,
que resultam em alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo
alterações subjetivas (sintomas) ou objetivas (sinais).
155
1. células, parenquimatosas e do estroma;
2. componentes intercelulares ou interstício;
3. Circulação sanguínea e linfática;
4. Inervação.
Lesão celular
156
leito vascular (trombose), aparecimento na circulação de substâncias que não se
misturam ao sangue e causam oclusão vascular (embolia), saída de sangue do leito
vascular (hemorragia) e alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício
(edema).
Alteração da inervação
Alterações locais dessas estruturas são pouco conhecidas.
Inflamação
A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais.
Todas as doenças têm causa (ou causas) que age por determinados mecanismos,
os quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam
em alterações funcionais no organismo ou em parte dele, produzindo manifestações
subjetivas (sintomas) ou objetivas (sinais). A Patologia engloba áreas diferentes, como a
Etiologia (estudo das causas), a Patogênese (estudo dos mecanismos), a Anatomia
Patológica (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, recebem o
nome de lesões) e a Fisiopatologia (estudo das alterações funcionais dos órgãos
afetados). O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou
Semiologia, cuja finalidade é fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o
prognóstico, a terapêutica e a prevenção.
Considerando esse aspecto, a Patologia pode ser dividida em dois grandes
ramos: Patologia Geral e Patologia Especial. A Patologia Geral estuda os aspectos
157
comuns às diferentes doenças no que se refere às suas causas, mecanismos
patogenéticos, lesões estruturais e alterações da função. Por isso mesmo, ela faz parte do
currículo de todos os cursos das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde. Já a Patologia
especial se ocupa das doenças de um determinado órgão ou sistema (Patologia do
Sistema Respiratório, Patologia da Cavidade Bucal, etc.) ou estuda as doenças
agrupadas por suas causas (Patologia das doenças produzidas por fungos, Patologia das
doenças causadas por radiações, etc.).
Causas
↓
Período de
Incubação → Sem manifestações
158
Período → Sinais e sintomas inespecíficos
Prodrômico
Lesão
159
consenso dos estudiosos quanto ao significado de muitas palavras utilizadas para
identificar os diferentes processos. Como o objetivo da Patologia Geral é o estudo das
lesões comuns às diferentes doenças, é necessário que tais lesões sejam classificadas e
tenham uma nomenclatura adequada. As lesões podem ser classificadas também, de
acordo com o alvo atingido.
As lesões celulares podem ser consideradas em dois grupos: lesões letais e não-
letais. As lesões não-letais são aquelas compatíveis com a recuperação do estado de
normalidade após cessada a agressão; a letalidade/não-letalidade está frequentemente
ligada à qualidade, à intensidade e à duração da agressão, bem como ao estado funcional
ou tipo de célula atingida. As agressões podem modificar o metabolismo celular,
induzindo o acúmulo de substâncias intracelulares (degenerações), ou podem alterar os
mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação celular (originando
hipotrofias, hipertrofias, hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias e neoplasias).
Outras vezes, acumulam-se nas células pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo
as pigmentações. As lesões letais são representadas pela necrose (morte celular seguida
de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise). As alterações do
interstício (da matriz extracelular) englobam as modificações da substância fundamental
amorfa e das fibras elásticas, colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações
estruturais e depósitos de substâncias formadas in situ ou originadas da circulação.
Os distúrbios da circulação incluem: aumento, diminuição ou cessação do fluxo
sanguíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia e isquemia), coagulação do sangue no
leito vascular (trombose), aparecimento na circulação de substâncias que não se
misturam ao sangue e causam oclusão vascular (embolia), saída de sangue do leito
vascular (hemorragia) e alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício
(edema). As alterações da inervação não têm sido abordadas nos textos de Patologia
Geral, mas, sem dúvida, devem representar lesões importantes, devido ao papel
integrador de funções que o tecido nervoso exerce. Na verdade, as alterações locais
dessas estruturas são pouco conhecidas.
A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais é a
inflamação. Esta se caracteriza por modificações locais da microcirculação e pela saída
de células do leito vascular, acompanhadas por lesões celulares e do interstício
provocadas, principalmente, pela ação das células fagocitárias e pelas lesões vasculares
que acompanham o processo. Como será visto nessa apostila, a inflamação é reação
secundária que acompanha a maioria das lesões iniciais produzidas por diferentes
160
agentes lesivos.
Crescimento Celular
Diferenciação Celular
Estáveis:
• Baixo índice de divisão mitótica
• Proliferam quando estimuladas
(Ex.: órgãos glandulares, células endoteliais).
Perenes:
• Não se dividem após o nascimento (Ex.: neurônios).
Regulação do crescimento celular
161
3. O ciclo consiste em uma série de eventos que culminam com a
duplicação do DNA e a divisão da célula.
4. Resulta da ação coordenada de numerosos agentes estimuladores e
inibidores da divisão celular.
Tipos de distúrbios
Adaptação Celular
Alteração da diferenciação
Metaplasia
162
Alteração do crescimento e diferenciação celular Neoplasia
Distúrbios do Crescimento
Malformações
Agenesia/ aplasia/ hipoplasia
APLASIA
HIPOPLASIA
Causas:
-Defeitos genéticos
-Agentes tóxicos e infecciosos
-Deficiências hormonais
-Podem ser Fisiológicas e Patológicas
-Fisiológicas: involução do timo e das gônadas no climatério
-Patológicas: hipoplasia da medula óssea por agentes tóxicos ou infecções
163
(AIDS, febre amarela, etc.)
-Consequências: reversíveis, salvo as congênitas
NEOPLASIAS
NOMENCLATURA
Para as neoplasias benignas, acrescenta-se o sufixo OMA ao tecido de origem.
Ex.: Papiloma (origem do epitélio escamoso), adenoma (origem do epitélio granular),
fibroma (origem do epitélio conjuntivo). Para neoplasias malignas, utiliza-se carcinoma
de origem epitelial e sarcoma de origem mesenquimal. Ex.: adenocarcinoma (epitélio
glandular), fibrossarcoma (epitélio conjuntivo).
Existem exceções para essa classificação, que são:
- Melanoma: neoplasia maligna com nomenclatura benigna.
- Linfoma: neoplasia maligna com nomenclatura benigna.
- Granuloma: Processo inflamatório crônico com nomenclatura de
neoplasia benigna.
CLASSIFICAÇÃO
165
- Forma de crescimento: expansivo
- Crescimento à distância (metástase): ausente
• Neoplasia maligna:
- Velocidade e crescimento: rápido
- Forma de crescimento: expansivo e infiltrativo
- Crescimento à distância (metástase): presente
DIAGNÓSTICO
166
ossos.
INFLAMAÇÃO
• Calor;
• Rubor (cor avermelhada);
• Tumor (ferida);
• Dor.
Fases da inflamação
A inflamação pode ser aguda ou crônica e essa distinção tem relação com a
velocidade de instalação dos sintomas referentes ao processo inflamatório e não com a
sua gravidade. Pode-se dizer que uma inflamação se tornou crônica quando ela persiste
por mais de três meses consecutivos. Um exemplo de resposta inflamatória aguda é um
espinho no dedo, enquanto uma reação inflamatória crônica ocorre na artrite
reumatoide, por exemplo.
168
Distúrbios Hemodinâmicos
EDEMA
169
O edema classifica-se em transudato, exsudato, edema localizado e edema
generalizado. O transudato corresponde aos líquidos de edema não-inflamatório como
os encontrados na insuficiência cardíaca e em doenças renais e que são pobres em
proteínas, apresentam uma aparência clara e serosa, entretanto, há uma preservação da
membrana vascular. O exsudato representa o edema inflamatório relacionado com o
aumento da permeabilidade endotelial que é rico em proteínas, é produzido pela evasão
de proteínas plasmáticas (principalmente albumina) e, possivelmente, leucócitos. Além
disso, apresenta-se como um líquido de aparência turva. O edema é localizado quando o
acúmulo de líquido ocorre em regiões determinadas, como por exemplo, no cérebro,
pulmões e membros inferiores. O edema generalizado, por sua vez, é quando o acúmulo
de líquido ocorre em todos ou em vários tecidos do corpo.
HIPEREMIA
170
fisiológicas, isto é, quando há necessidade de maior fornecimento sanguíneo (p.ex.:
músculo esquelético durante o exercício) ou devido a causas patológicas, como por
exemplo, na inflamação aguda.
A hiperemia passiva também é chamada de congestão e é provocada pela
redução na drenagem venosa (p.ex.: insuficiência cardíaca), que causa distensão das
veias, vênulas e capilares e assim, a região comprometida adquire uma coloração
vermelho-azulada (cianose) devido ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos
tecidos afetados. Existe um tipo de congestão pulmonar em que há uma dilatação dos
capilares alveolares, cujos septos tornam-se mais largos, fibrosados e espessos.
HEMORRAGIA
171
TROMBOSE
Evolução do trombo:
A partir do momento que se inicia a formação dos trombos, o mesmo passa por
seis estágios, os quais são enumerados abaixo:
- Crescimento
- Lise
172
- Organização
- Calcificação
- Infecção
- Embolização
EMBOLIA
Embolia gasosa
As bolhas gasosas dentro da circulação podem obstruir o fluxo vascular quase
173
tão prontamente como as massas trombóticas. O ar pode entrar na circulação durante os
procedimentos obstétricos ou como uma consequência de lesão da parede torácica. A
doença da descompressão, uma forma particular de embolia gasosa, ocorre quando o
indivíduo é exposto a mudanças bruscas na pressão atmosférica, pois quando o ar é
respirado em altas pressões, quantidades elevadas desse gás (geralmente nitrogênio) se
dissolvem no sangue e tecidos.
Embolia líquida
É uma complicação grave, mas felizmente incomum, do período de parto e pós-
parto imediato e, por isso, tornou-se uma causa importante de mortalidade materna. A
causa base é a infusão de líquido amniótico na circulação materna (rico em PGF2, que é
pró-coagulante) via rasgo de membranas placentárias ou ruptura de veias uterinas. O
início é caracterizado por uma dispneia abrupta grave, cianose e choque hipotensivo,
seguido por convulsões e coma.
ISQUEMIA
INFARTO
INFARTO HEMORRÁGICO
174
Sua causa principal é sempre arterial devido a uma oclusão tromboembólica,
compressiva. Geralmente, ocorrem em: Oclusões venosas (p.ex: torção de ovário);
Tecidos frouxos (p.ex: pulmão);Tecidos com circulação dupla (p.ex: pulmão e intestino
delgado);Tecidos que foram previamente congestionados pelo fluxo venoso de
drenagem lenta; Quando o fluxo estiver reestabelecido ao local de oclusão e necrose
arteriais prévias.
INFARTO BRANCO
Ocorre com oclusões arteriais em órgãos sólidos de circulação arterial terminal
(p.ex: coração, pâncreas e rim) em que a solidez do tecido limita a quantidade de
hemorragia que possa entrar na área de necrose isquêmica dos leitos capilares
adjacentes. A característica histológica principal do infarto é a necrose coagulativa
isquêmica. É importante lembrar que se a oclusão vascular ocorrer brevemente (minutos
a horas) antes da morte do paciente, nenhuma alteração histológica demonstrável pode
ser evidente, entretanto, se o paciente sobreviver até 12 a 18 horas, a única alteração
pode ser a hemorragia.
CHOQUE
Estágios do choque:
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
176
Os carboidratos são açúcares. Muitos açúcares, além dos bem conhecidos
glicose, sacarose e frutose, estão presentes nos alimentos. Alguns açúcares (p.ex.,
sacarose) devem ser metabolizados (processados) por enzimas no organismo antes de
serem utilizados como fonte de energia. Quando as enzimas necessárias para o seu
processamento estão ausentes, pode ocorrer um acúmulo desses açúcares, acarretando
problemas. Um em cada 50.000 a 70.000 recém-nascidos nasce sem essa enzima. A
princípio, o recém-nascido parece normal, mas, após alguns dias ou semanas, ele
apresenta inapetência, vômito, icterícia e para de crescer normalmente. Ele apresenta o
fígado aumentado de tamanho, presença excessiva de proteínas e aminoácidos na urina,
edema dos tecidos e retenção líquida. Quando o tratamento é iniciado tardiamente, as
crianças afetadas apresentam uma estatura baixa e retardo mental. Muitas apresentam
catarata. Na maioria dos casos, a causa desses sintomas é desconhecida.
O leite e os produtos laticínios, fontes de galactose, devem ser completamente
eliminados da dieta da criança afetada. A galactose também é encontrada em algumas
frutas, vegetais e frutos do mar (p.ex., algas) e estes alimentos também devem ser
evitados. Quando a gestante apresenta uma concentração elevada de galactose, este
açúcar pode atravessar a placenta e atingir o feto, causando catarata. As mulheres com
galactosemia devem restringir a ingestão de galactose durante toda a vida. Quando a
galactosemia for adequadamente tratada, a maioria das crianças não apresenta retardo
mental. Contudo, o seu quociente de inteligência (QI) será mais baixo que o de seus
irmãos e essas crianças apresentam frequentemente problemas de fala. As meninas
frequentemente apresentam insuficiência ovariana na puberdade e na vida adulta e
somente algumas poucas são capazes de conceber naturalmente.
Doenças de armazenamento de glicogênio (glicogenoses): constituem um grupo
de distúrbios hereditários causados pela ausência de uma ou mais das muitas enzimas
necessárias para converter o açúcar (glicose) em sua forma de armazenamento, o
glicogênio, ou para convertê-lo de volta em glicose e ser utilizado como energia. Nas
doenças do armazenamento de glicogênio, ocorrem depósitos de tipos ou quantidades
anormais de glicogênio nos tecidos do organismo, principalmente no fígado.
Os sintomas são causados pelo acúmulo de glicogênio ou de seus subprodutos
ou pela incapacidade de produzir glicose quando esta é necessária. A idade em que os
sintomas se manifestam e a gravidade dos mesmos varia consideravelmente de uma
doença a outra, pois, em cada doença, enzimas diferentes são afetadas. O diagnóstico é
estabelecido quando o exame de uma amostra de tecido, habitualmente do músculo ou
177
do fígado, revela a ausência de uma enzima específica.O tratamento depende do tipo de
doença do armazenamento de glicogênio. Para muitas pessoas, a ingestão diária de
várias refeições pequenas ricas em carboidratos ajuda a evitar que a concentração sérica
de glicose caia. Para algumas crianças pequenas, o consumo de amido de milho não
cozido a cada 4 a 6 horas durante as 24 horas do dia também pode aliviar o problema.
Algumas vezes, são administradas soluções de carboidratos através de uma sonda
gástrica durante toda a noite.
As doenças do armazenamento de glicogênio tendem a provocar o acúmulo de
ácido úrico, um produto metabólico, podendo causar a gota e a formação de cálculos
renais. Frequentemente, o tratamento medicamentoso é necessário para prevenir que isto
ocorra. Em alguns tipos de doença do armazenamento de glicogênio, a quantidade de
exercícios realizados pela criança deve ser limitada para reduzir as câimbras
musculares.
178
(substâncias que transmitem os impulsos nervosos) diminui, acarretando uma série de
sintomas neurológicos (p.ex. retardo mental grave). A hipoglicemia (concentração
sérica baixa de glicose) e a acidose (acúmulo de ácidos no sangue) podem ser aliviadas
através da ingestão de refeições frequentes ricas em carboidratos. Contudo, não existe
qualquer meio para se repor a ausência de neurotransmissores para tratar os sintomas
neurológicos. Uma dieta com restrição proteica pode ser benéfica para algumas pessoas
que apresentam a forma leve da doença.
FENILCETONÚRIA
179
fenilcetonúria em uma mulher grávida afeta profundamente o feto em desenvolvimento,
causando comumente retardo mental e físico. Muitas crianças apresentam microcefalia
(uma cabeça anormalmente pequena que conduz ao retardo mental) e doenças cardíacas.
O controle rigoroso da concentração de fenilalanina na mãe durante a gestação
geralmente resulta em um feto normal. Podem ser ingeridos alimentos naturais com
baixo teor proteico (p.ex., frutas e vegetais e quantidades limitadas de cereais em grãos).
Existem disponíveis no comércio produtos sem fenilalanina. Esses produtos ajudam a
controlar a sua ingestão, dando à pessoa um pouco mais de liberdade para consumir
alimentos naturais.
O Diabetes Melitus é um Distúrbio causado pela falta absoluta ou relativa de
insulina no organismo. Quando a insulina produzida pelo pâncreas se torna insuficiente,
a glicose é impedida de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis
sanguíneos de glicose, cuja taxa normal, em jejum, é de 70 a 100 mg por 100 ml de
sangue.
Existem dois tipos de Diabetes o tipo 1 e o tipo 2:
Diabetes tipo1: o pâncreas não produz insulina. Quando pouca ou nenhuma
insulina vem do pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue, assim o
nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A dieta correta e o tratamento com
insulina são necessários por toda a vida de um diabético.
Diabetes tipo 2: é o tipo de diabetes mais comum, ocorre mais em adultos. Pode
ser controlado somente com dieta ou, a dieta mais o comprimido hipoglicemiante oral.
O fator hereditário neste caso tem uma importância bem maior que no Diabetes tipo1.
Este tipo de diabetes afeta 10% da população adulta. Neste caso a insulina é produzida,
porém sua ação não é eficaz.
Os sintomas do Diabetes tipo 2 são menos perceptíveis, sendo esta a razão para
considerá-lo mais “silencioso” que o tipo 1. Seus sintomas podem permanecer
despercebidos por muito tempo, pondo em sério risco a saúde do indivíduo.
SUSPEITAS DE DIABETES
180
Diagnóstico: O exame a ser feito é a dosagem de glicose no sangue
(GLICEMIA) e na urina (GLICOSÚRIA).
PATOLOGIAS CARDÍACAS
181
cardiovasculares. A inatividade física é hoje reconhecida como um importante fator de
risco para as doenças cardiovasculares. Embora não se compare a fatores de risco como
o tabagismo ou a hipertensão arterial, é importante na medida em que atinge uma
percentagem muito elevada da população, incluindo adolescentes e jovens adultos. A
falta de prática regular de exercício físico moderado potência outros fatores de risco
susceptíveis de provocarem doenças cardiovasculares, tais como a hipertensão arterial, a
obesidade, a diabetes ou a hipercolesterolemia.
Os riscos de um acidente vascular cerebral ou do desenvolvimento de outra
doença cardiovascular aumentam com o excesso de peso, mesmo na ausência de outros
fatores de risco. É particularmente perigosa uma forma de obesidade designada
obesidade abdominal que se caracteriza por um excesso de gordura principal ou
exclusivamente na região do abdómen. A obesidade abdominal está associada a um
maior risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares.
Está hoje provado que a alimentação constitui um fator na proteção da saúde e,
quando desequilibrada, pode contribuir para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, entre outras. Por isso, o excesso de sal, de gorduras, de álcool e de
açúcares de absorção rápida na alimentação, por um lado, e a ausência de legumes,
vegetais e frutos frescos, por outro, são dois fatores de risco associados às doenças
cardiovasculares. Para ser saudável, a alimentação deve ser variada e polifracionada
(muitas refeições ao longo do dia).
Hipercolesterolemia
182
cardiovasculares, principalmente o enfarte do miocárdio.
Hipertensão Arterial
Stress excessivo
183
• A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história
familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.
184
• Angina de peito – quando, durante um esforço físico, se tem uma
sensação de peso, aperto ou opressão por detrás do esterno, que por vezes se estende até
ao pescoço, ao braço esquerdo ou ao dorso;
• Alterações do ritmo cardíaco;
• Enfarte do miocárdio - é uma das situações de urgência/emergência
médica cardíaca. O sintoma mais característico é a existência de dor prolongada no
peito, surgindo muitas vezes em repouso. Por vezes, é acompanhada de ansiedade,
sudação, falta de força e vómitos.
• Insuficiência cardíaca - surge quando o coração é incapaz de, em
repouso, bombear sangue em quantidade suficiente através das artérias para os órgãos,
ou, em esforço, não consegue aumentar a quantidade adicional necessária. Os sintomas
mais comuns são a fadiga e uma grande debilidade, falta de ar em repouso, distensão do
abdómen e pernas inchadas.
185
• Infarto – Morte de células musculares cardíacas devido à isquemia. O
tecido muscular morto é substituído por tecido fibroso.
Tratamentos
PATOLOGIAS PULMONARES
189
uma doença aguda sistêmica causada por vírus que inclui sintomas respiratórios.
Tuberculose e microbacterioses atípicas são infecções crônicas vistas com mais
frequência em pessoas imunodeprimidas, como pacientes com HIV/AIDS. As infecções
por microbactérias se desenvolvem devagar e podem ser sistêmicas ou limitadas aos
pulmões.
Câncer de pulmão: é um crescimento descontrolado de células pulmonares. Há
dois tipos principais: câncer de células pequenas e câncer de células não pequenas. Os
pulmões também podem ser invadidos por células cancerosas provenientes de outros
tecidos.
Hipertensão pulmonar: se caracteriza por estreitamento dos casos sanguíneos
pulmonares, dificultando a circulação e aumentando o esforço do coração. Pode
coexistir com diversas doenças pulmonares e provocar insuficiência cardíaca.
Embolia pulmonar: ocorre quando um coágulo formado nas veias das pernas ou
da pelve é transportado pela circulação até obstruir um vaso sanguíneo dos pulmões,
resultando em dor torácica aguda, falta de ar e tosse. Precisa de cuidados médicos
urgentes, porque envolve risco de vida.
Displasia bronco-pulmonar: é uma doença observada principalmente em bebês
prematuros submetidos à oxigenoterapia ou ventilação mecânica prolongada, mas
também é vista após toxicidade do oxigênio ou pneumonia. As vias aéreas sofrem
inflamação e fibrose, e não se desenvolvem normalmente.
Síndrome de sofrimento respiratório do recém-nascido: é um problema
respiratório grave que ocorre em crianças nascidas mais de seis semanas antes do prazo
previsto. Esses bebês prematuros não são capazes de produzir uma quantidade suficiente
de surfactante, uma substância que protege os alvéolos. Sem surfactante, os pulmões
não são capazes de se expandir normalmente, a as trocas gasosas são prejudicadas.
Síndrome de sofrimento respiratório do adulto: é uma inflamação aguda difusa
dos pulmões que ocorre após muitos tipos de lesão pulmonar, incluindo infecções virais
ou bacterianas, sepse, traumatismos, transfusões múltiplas, abuso de drogas ou inalação
de substâncias como água salgada ou fumaça.
Fibrose cística: é uma doença hereditária que afeta os pulmões, o pâncreas e
outros órgãos. O suor é salgado e é produzido um muco espesso que dificulta a
respiração e a secreção pancreática, prejudicando a absorção de alimentos e causando
desnutrição.
Os sinais e sintomas associados a doenças pulmonares variam entre pessoas e
190
com o tempo. Cada doença tem suas próprias características, mas há sinais e sintomas
comuns a muitas doenças pulmonares, incluindo tosse persistente e dispneia, sibilos,
respiração ofegante, tosse com sangue ou escarro, e dor torácica. Pessoas com doenças
obstrutivas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, têm dificuldade de expirar. A
falta de oxigênio no sangue pode dar uma coloração azulada à pele. Algumas pessoas
podem mostrar baqueteamento de dedos, alargamento das pontas dos dedos e das unhas.
Os objetivos dos exames são diagnosticar doenças pulmonares, determinar as causas e
avaliar a gravidade. Com frequência, são pedidos gasometria arterial, para avaliar os
níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue, teste de função pulmonar e
radiografias ou tomografia computadorizada para examinar a estrutura dos pulmões.
• Gasometria arterial - Uma amostra de sangue arterial é colhida para
avaliar o pH, o oxigênio e o dióxido de carbono.
• Hemograma - Para pesquisar anemia
• Exames para fibrose cística (pesquisa de genes da fibrose cística , cloreto
no suor, tripsinogênio no sangue, tripsina nas fezes) – Para pesquisar mutações e
diagnosticar fibrose cística
• Alfa-1 antitripsina – Para verificar se há deficiência.
• Cultura de escarro – Para diagnosticar infecções bacterianas pulmonares.
• Pesquisa e cultura de bacilos álcool-ácido resistentes – Para diagnosticar
tuberculose e micobacterioses atípicas
• Hemocultura – Para diagnosticar disseminação no sangue de infecções
por bactérias ou fungos.
• Influenza – Para diagnóstico de gripe.
• Biópsia pulmonar – Para avaliar lesões e pesquisar câncer de pulmão.
• Citologia do escarro – Para pesquisar alterações e células cancerosas.
• Testes de maturidade pulmonar fetal – Podem incluir relação
lecitina/esfingomielina, fosfatidilglicerol, índice de estabilidade da espuma do líquido
amniótico, contagem de corpos lamelares no líquido amniótico. São usados para
verificar a maturidade fetal e o risco de sofrimento respiratório do recém-nascido antes
de um parto cesariano ou um trabalho de parto prematuro.
• Dosagens de drogas – Para avaliar abuso de drogas, que pode causar
sofrimento respiratório em adultos.
Exames de imagem
191
• Radiografia do tórax – Para avaliar a estrutura dos pulmões e a cavidade
torácica.
• Tomografia computadorizada – Para uma avaliação mais detalhada da
estrutura pulmonar.
• Ressonância magnética – Visão detalhada dos órgãos e dos vasos do
tórax.
• Ultrassonografia – Para detectar líquido na cavidade pleural
• Cintilografia pulmonar – Para detectar embolia pulmonar e, raramente,
para avaliar a eficácia do tratamento de câncer de pulmão.
• Tomografia por emissão de pósitrons – Para diagnosticar câncer de
pulmão.
Outros exames
• Eletrocardiograma – Para examinar o ritmo cardíaco e determinar se uma
doença cardíaca está afetando a respiração.
• Estudos do sono – Realizados em centros especiais para determinar se
uma pessoa respira normalmente durante o sono.
Tratamento
192
obstrutiva crônica). Em pessoas com bronquite crônica, as vias aéreas estão estreitas,
tensas e muitas vezes cheias de muco, resultando na redução da passagem do ar.
A bronquite aguda ou crônica é caracterizada por tosse e expectoração (que
expulsa, por meio da tosse, secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões) e
sintomas relacionados à obstrução das vias aéreas pela inflamação e pelo expectorado,
como dificuldade de respiração e chiados. O tratamento pode ser realizado com
antibióticos, broncodilatadores, entre outros. A bronquite aguda é frequentemente
causada por vírus que infectam o epitélio dos brônquios, resultando em inflamação e
aumento da secreção de muco. Tosse, um sintoma comum de bronquite aguda,
desenvolve-se em uma tentativa de expulsar o excesso de muco dos pulmões. Outros
sintomas comuns incluem dor de garganta, corrimento e congestão nasal (coriza), baixo
grau de febre, pleurisia, mal-estar, e a produção de catarro.
Ela geralmente se desenvolve durante o curso de uma infecção respiratória,
como a gripe comum. Cerca de 90% dos casos de bronquite aguda é causada por vírus,
incluindo o rinovírus, adenovírus e influenza. Bactérias, incluindo Mycoplasma
pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e Bordetella pertussis, representam cerca de
10% dos casos.
O Tratamento para bronquite aguda é principalmente sintomático. Anti-
inflamatórios podem ser usados para tratar a febre e dor de garganta.
Descongestionantes podem ser úteis em pacientes com congestão nasal, e expectorantes
pode ser utilizado para soltar muco e catarro. Mesmo sem tratamento, a maioria dos
casos de bronquite aguda resolve rapidamente.
A Bronquite crônica, um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica, é definida
por uma tosse produtiva que dura de três meses a dois anos. Outros sintomas podem
incluir chiado e falta de ar, especialmente durante exercícios físicos. A tosse é muitas
vezes pior logo depois de acordar, e o catarro produzido pode ter uma cor amarela ou
verde, podendo apresentar estrias de sangue. É causada por uma lesão recorrente ou
irritação do epitélio respiratório dos brônquios, resultando em crônica a inflamação,
edema (inchaço), e aumento da produção de muco pelas células caliciformes. O fluxo de
ar para dentro e para fora dos pulmões é parcialmente bloqueada devido do muco
inchaço e extra nos brônquios ou devido a reversível broncoespasmo. A maioria dos
casos de bronquite crônica são causados por fumar cigarros ou outras formas de tabaco.
Inalação crônica de vapores irritantes ou poeira de exposição ocupacional ou a poluição
do ar também pode ser causador. Cerca de 5% da população tem bronquite crônica, e é
193
duas vezes mais comum em mulheres que em homens.
A bronquite crônica é tratada com os sintomas. Inflamação e edema do epitélio
respiratório pode ser reduzida com inalado corticosteroides. Chiado e falta de ar pode
ser tratada através da redução broncoespasmo (estreitamento reversível dos brônquios
de menor devido à constrição do músculo liso) com broncodilatadores inalatórios, como
β-adrenérgicos agonistas (por exemplo, salbutamol) e inalados anticolinérgicos (por
exemplo, brometo de ipratrópio). Hipoxemia também pouco oxigênio no sangue pode
ser tratada com oxigênio suplementar. No entanto, a suplementação de oxigênio pode
resultar em diminuição do impulso respiratório, levando a níveis sanguíneos
aumentados de dióxido de carbono e subsequente acidose respiratória.
O método mais eficaz de prevenir bronquite crônica e outras formas de DPOC é
evitar fumar cigarros e outras formas de tabaco.
Pneumonia: é uma doença inflamatória no pulmão—afetando especialmente os
sacos de ar microscópicos (alvéolos)-associada a febre, sintomas no peito e falta de
espaço aéreo (consolidação) em uma radiografia de tórax. A pneumonia é geralmente
causada por uma infecção, mas há uma série de outras causas. Os agentes infecciosos
são: bactérias, vírus, fungos e parasitas. Os sintomas típicos incluem tosse, dor torácica,
febre e dificuldade para respirar. As ferramentas de diagnóstico incluem raios-X e
exame de escarro. Vacinas para prevenir alguns tipos de pneumonia estão disponíveis.
O tratamento depende da causa fundamental com presunção de pneumonia bacteriana
podendo ser tratada com antibióticos.
Os sintomas mais comuns da pneumonia são febre de 39°C a 40°C,suor frio,
calafrios, respiração rápida e curta, tosse com catarro amarela ou esverdeada, sendo que
em alguns tipos de pneumonia, a tosse pode vir seca ou sem catarro, dores no peito ou
no tórax, além de problemas para respirar, diarreias, vômitos, náuseas e fadiga. Febre,
no entanto, não é muito específica, já que ocorre em muitas outras doenças comuns, e
podem estar ausentes em pacientes com doença grave ou desnutrição. Além disso, uma
tosse é frequentemente ausente em crianças com menos de dois meses de idade.
Sintomas mais graves podem incluir: cianose central, diminuição de sede, convulsões,
vômitos persistentes, ou uma diminuição do nível de consciência.
Algumas causas de pneumonia estão associadas com clássicas, mas não
específicas características clínicas. Pneumonia causada pela Legionella pode ocorrer
com dor abdominal, diarreia ou confusão, enquanto a pneumonia causada por
Streptococcus pneumoniae está associada com expectoração com cor enferrujada, e a
194
pneumonia causada por Klebsiella pode ter expectoração com sangue, muitas vezes
descrita como "geleia de groselha". As pessoas que tem mais tendência em pegar
pneumonia são idosos com mais de 65 anos, bebês, crianças pequenas, pessoas que tem
outros problemas de saúde, como diabetes, doença hepática crônica, estado mental
alterado, desnutrição, alcoolismo, pessoas que tem o sistema imunológico frágil por
causa da AIDS, transplante de órgãos ou quimioterapia. Também correm risco de pegar
pneumonia pessoas com doenças pulmonares, como asma, enfisema e também pessoas
que têm dificuldade de tossir, sofreram derrames, fizeram ou fazem uso de sedativos e
pessoas com mobilidade limitada.
A pneumonia bacteriana é tratada por antibióticos e, dependendo do caso, pode
ser tratado com internação. Em casos mais graves, uma internação é necessária na
Unidade de Tratamento Intensivo, conhecida como UTI. As medicações podem ser
tanto via oral ou por injeções, aplicadas na veia ou no músculo. Além das medicações,
como auxiliar no tratamento, pode ser usada a fisioterapia respiratória. Os
fisioterapeutas podem utilizar vibradores no tórax, exercícios respiratórios e tapotagem,
que é a percussão do tórax com os punhos, para retirar as secreções que estão dentro dos
pulmões e fazendo com que o paciente possa ser curado mais rapidamente.
Em caso de pneumonias virais, o tratamento é só de suporte. Ela é tratada com
dieta adequada, oxigênio, caso seja necessário e medicações para dor e febre. Em casos
de pneumonias causadas por fungos, antimicrobianos específicos são utilizados. A
prevenção inclui vacinação, medidas ambientais, e o tratamento de outras doenças de
forma adequada.
195
REFERÊNCIAS
196
enfermagem. 6ª ed. Porto Alegre: Sagra, 1995.
197
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