Políticas Públicas de Alimentação E Nutrição: Ana Manuela Ordonez
Políticas Públicas de Alimentação E Nutrição: Ana Manuela Ordonez
Políticas Públicas de Alimentação E Nutrição: Ana Manuela Ordonez
PÚBLICAS DE
ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
Ana Manuela Ordonez
O65p Ordonez, Ana Manuela.
Políticas públicas de alimentação e nutrição [recurso
eletrônico] / Ana Manuela Ordonez, Andrei Valerio Paiva.
– 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
Introdução
Neste texto, você irá estudar sobre a política nacional de atenção básica.
Você entenderá a proposta e o papel da atenção básica (AB) na rede de
atenção à saúde (RAS), os serviços da rede. Também conhecerá a principal
estratégia para sua consolidação: a estratégia de saúde da família (ESF).
Nesse conceito, você pode entender a APS como um território que, para
além de geográfico, traz consigo o contexto social, político e econômico. Esse
entendimento contribui para uma valorização ainda maior da APS como um dos
componentes essenciais de qualquer sistema de saúde. O Brasil vem dedicando
amplo esforço político, acadêmico e financeiro para o desenvolvimento de
um novo modelo de APS, impulsionado por um entendimento abrangente da
APS como parte do sistema nacional de saúde e política.
A APS deve ser o primeiro contato das pessoas com o sistema de saúde,
independente de gênero, condições socioculturais e problemas de saúde; com
abrangência e integralidade das ações individuais e coletivas; além de continui-
dade (longitudinalidade) e coordenação do cuidado ao longo do tempo, tanto
no plano individual quanto no coletivo, mesmo quando houver necessidade de
encaminhamento para outros níveis de atenção do sistema de saúde.
No Brasil, APS e AB são termos equivalentes. A AB reforça os princípios
e as diretrizes do SUS, assumindo papel central no sistema, pois seus serviços
devem ser a porta de entrada para a rede e a referência principal para o usuário,
além de coordenar o cuidado, isto é, ser responsável por orientar e acompanhar
o usuário em sua trajetória na rede, sendo o elo entre todos. É necessário
que as unidades de AB realizem o acolhimento das demandas de saúde da
população que as procura. O acolhimento é uma ação na qual são ouvidas as
necessidades do usuário e, a partir delas, decide-se, com ele e outros membros
da equipe, quais atividades e atendimentos são necessários para a situação.
Assim, a APS é entendida como o primeiro nível de atenção nos sistemas
de saúde nacional, regionais e locais, como também como estratégia política e
princípios para a (re)organização dos serviços e sistemas de saúde. No Brasil,
você pode usar o nome de atenção básica para tratar dos mesmos princípios e
características, cuja expressão atual na política de saúde é a estratégia saúde
da família.
As diretrizes da atenção básica foram promulgadas por meio da Portaria
nº. 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para
a organização da Atenção Básica (AB), para a Estratégia Saúde da Família
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em 2017,
a Portaria nº. 2.436/GM/MS de 21/09/2017 revogou Portaria nº. 2.488/2011 e
aprovou a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS) (BRASIL, 2017. Portaria nº. 2.436/GM/MS disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html).
Equipe de Saúde Bucal (eSB): Pode compor as equipes que atuam na atenção
básica, constituída por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal
e/ou auxiliar de saúde bucal. Os profi ssionais de saúde bucal que compõem
as equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB) devem
estar vinculados à uma UBS ou a Unidade Odontológica Móvel.
Imunização.
Cuidados de enfermagem (curativos, aferição de pressão arterial e
glicemia, coleta de exames laboratoriais, dispensação e administração
de medicamentos).
Ações locais de vigilância epidemiológica (incluindo visitas domiciliares);
Grupos educativos.
Atendimentos individuais/compartilhados de vários profissionais:
médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, entre outros.