Lei Do Direito de Autor
Lei Do Direito de Autor
Lei Do Direito de Autor
141 0
www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.' serie .... ............... Kz: 145 500.00 3." serie de dep6sito previo a efectuar na tesouraria
«Tmprensa». A 3.' serie . .................. Kz: 115 470.00 da Trnprensa Nacional - E. P.
.,'
Considerando que o regime previsto pela Lei n. 0 4/90,
/JJJMARIO de IO de Mar<;o, Lei dos Direitos de Autor, niio protege os
direitos dos interpretes, executantes, produtores e organismos
,~sembleio Nocionol de radiodifusiio, bem como dos criadores no dominio das
0
Lei 11. 15/14: novas tecnologias de informac;:iio e comunicac;:iio;
Lei que regula a P~ teci;;ao dos Direitos de Autor e Conexos, nas areas
Havendo necessidade de regular o Sistema Nacional de
das Artes, Li ratura, Ciencia ou outras forums de conhecimento e
Direitos de Autor e Conexos, visando a eficaz protecc;:ao destes
cria,ao. - evoga a Lei n. 0 4/90, de 10 de Mar,o e toda a legislai;;ao
que contt· ie a presente Lei, devendo-se, na resolu,ao dos litigios
direitos inerentes a propriedade intelectual;
niio trans· ados em julgado, aplicar-se a presente Lei em ludo o que A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
benefic' nos termos da alinea b) do artigo 161. 0 da Constituic;:ao da
Republica de Angola, a seguinte:
inis erios do Administro~iio
do Territorio e do Educo~ao
LEI DOS DIREITOS DE AUTOR E CONEXOS
Dccreto Executivo Conjunto 11.° 251/14:
Cria a (.'.scola do Ensino Prim,irio n.0 3 - Maquela, sita no Municipio de
Lucala, Provfncia do Kwanza Norte, com 7 salas de aulas, 14 turmas, CAPITULO I
2 n1mos e aprova o quadro de pessoal da Escola criada. Disposii;oes Gerais
Decreto Executivo Conjunto n.° 252/ 14:
Cria a Escola do E nsino Primario e I Ciclo do Ensi no Secundario ARTIGO 1.°
n .° 7 - Candjamba, sita no Municfpio de Chitato, Provincia da Lunda (Objecto)
-Norte, com 4 salas de aulas, 12 tumias, 3 tumos e aprova o quadro A presente Lei regula a Protecc;:iio dos Direitos de Autor
de pessoal da Esco la criada.
e Conexos nas areas das artes, literatura, ciencia ou outras
Decreto Executivo Conjunto a.° 253/14:
Cria a Escola do Ensino Primario c I Cicio do Ensino Secund:irio deno
fonnas de conhecimento e cria<;iio.
minada «4 do Bairro Norte», sita no Municipio de Chitato, Provincia ARTIGO 2.°
da Lunda-Norte, com 7 salas de aulas, 21 turmas, 3 tumos e aprova (Ambito de aplica~iio)
o quadro de pessoal da Escola criada.
I. 0 Regime Juridico sobre os Direitos de Autore Conexos
incide sobre os criadores, artistas interpretes, executantes,
produtores, meios de difusao e outros organismos de veiculai;iio,
ASSEMBLEIA NACIONAL bem como entidades de gestao colectiva de obras intelectuais
de natureza literaria, artistica e·cientifica.
Lei n.0 15/14 2. Os Direitos de Autor e Conexos compreendem os direitos
de 31 de Julho morais e os direitos patrimoniais.
3. Para efeitos ' ~-a presente Lei, as obras que incidem
Considerando que a Constitui<;iio da Republica de Angola
sobre o saber tradicio_n al e os usos e costumfS sao em tudo
protege a liberdade de expressiio da actividade intelectual equiparadas as obras de natureza literaria, artistica e cientifica.
no dominio literario, artistico e cientifico, assegurando aos 4. A presente Lei protege as obras que incidam ou sejam
criadores interpretes, executantes e as entidades encarregues produzidas por meio de tecnologias de informac;:ao e comu
da gestiio patrimonial destes direitos a faculdade de livremente nicac;:ao, bem como as transcris;oes e arranjos, quando se
utilizar, transmitir ou alienar as obras, nos limites da lei; revistam e respeitem a originalidade ea sua autenticidade.
3346 DIARIO DA REPUBLICA
5. A presente Lei protege as obras de arquitectura edifica no ambito do seu funcionamento normal, a reali
das em Angola e as outras obras artlsticas incorporadas num za9ao, em relac;ao a uma obra ou um objecto de
im6vel situado em Angola. direitos conexos, actos nao autorizados pelo titular
6. As obras sao protegidas pelo simples facto da sua dos respectivos direitos.
criac;:ao, seja qual for o modo ou a forma de expressao I 5. «Obra Audiovisual» o registo de sons, imagens ou
e independentemente do seu conteudo, valor, destino e sons e imagens num supo1te material suficiente
divulgac;:ii.o pt1blica. mente estavel e duradouro, de forma a pennitir
a sua percepc,:ao, reproduc,:ao ou comunicac;:ao de
ARTIU03.0
(Defini~ocs) modo nao efemero.
16. «Ohra Cinematogrifi,ca» uma sequencia de ima
Para efeitos da presente Lei entende-se por:
1. <<.A11tor» a pessoa fisica que cria uma obra intelectual gens visuais gravadas em material de qualquer
de natureza literaria, artlstica e cientffica. natureza, transll'.1cido ou nao, de modo a conseguir
2. «.Artista lnterprete ou Executante» o actor, cantor, pelo uso desse material imagens em movimento
musico, bailarino ou qualquer outra pessoa que ou imagens para serem gravadas noutro material
actue, cante, recite, declame ou execute ou, de por meio do qua) podem ser exibidas.
outro modo, represente obras literarias ou artis 17. «Ohra Jornalistica» todo o trabalho que tenha como
ticas, incluindo obras de cultura oral. finalidade a divulga9ao de factos noticiosos para
3. «C6pia» o resultado de qualquer acto de reprodu informa9ao ao publico, bem como de factos e
c;:iio ou transcric;:iio de uma obra para um suporte opinioes de natureza artfstica, literaria, cientifica
identico OU nao. ou estudos de interesse publico.
4. «C6pia de um Fonograma» suporte material con 18. «Obra Divulgada» considerada como ta!, a divul
tendo sons, tomados directa ou indirectamente gac,:ao apresentada nos termos legais, ao publico,
de um fonograma e que incorpora a totalidade sendo indiferente os meios, ou o tipo de obra.
ou uma parte substancial dos sons fixados sabre 19. «Ohra Feita em Co-Autoria» a que for criada por
um fonograma. uma pluralidade de pessoas sejam elas colectivas
5. «Comunicar;,"io por Caba» a transmissiio de uma obra ou singulares, publicas ou privadas, quer possa
ao publico por meio de fio ou por qualquer outra discriminar-se ou nao, o esforc;o de cada uma delas.
via constituida por substancia material. 20. «Obra Publicada» a criac,:ao intelectual que for edi
6. «Contrafacr;iio» a utilizac;:ao de uma obra protegida tada com o consentimento do autor ou criador, seja
sem a autorizac;:ao do titular do direito protegido. qua! for o modo de fabrico dos exemplares, desde
7. «Cria~·iJo lntelectual» a obra que resulta do exercicio que se tenha em considera9ao a natureza da obra.
intelectual no dominio da literatura, das a1tes, das 21. <<Produtor» a pessoa fisica ou juridica que toma a
ciencias, assi m como outras formas do saber, seja iniciativa da produ9ao e tern a responsabilidade
qua! for o meio ou a forma de exteriorizac;:ao do econ6mica da primeira fixa9ao do fonograma ou
conhecimento, e o merito. da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza
8. «C11/t11ra Oral» o conhecimento empirico, transmitido do supo1te utilizado.
de gerac;:ao em gerac;:ao, atraves das fontes orais. 22. «Programa de Computador» o conj unto de instru
9. «Direitos de Autor» o reconhecimento da criativi c;oes expressas por palavras, c6digos, esquemas
dade de natureza patrimonial e pessoal ou moral, ou por qualquer outra fonna, capaz de, quando
assim como a protecc;:ao de que goza a cultura oral incorporado num suporte legivel por maquina,
atribufda a um ou mais autores. fazer com que uma maquina com capacidade de
10. «Direitos Conexos» os direitos inerentes aos artistas tratamento da infonnac,:ao consiga indicar, realizar
interpretes ou executantes, produtores de fono ou completar uma func;iio pa1ticular, uma tarefa
gramas, organizac;:oes de radiodifusao ou outros ou um resultado.
meios de veicula9ao. 23. «Radiodifusiio» a transmissao de sons ou de ima
I I. «Emprestimo» a transferencia da posse do original
gens e sons, por meio de ondas radioelectricas,
ou de um exemplar da obra por um tempo limitado,
fio, cabo ou satelites, com a finalidade de recep9ao
com fins nao lucrativos, para uma instituic;:ao de
pelo publico ..
servic;os ao publico.
24. «Reprodll(;oo» a feitura de varios exemplares duma
12. «Fonograma» toda a fixa9ao de sons de uma execu-
obra literaria, atiistica ou cientifica por qualquer
9ao ou interpretac;:ao que nao seja fixac;:ao incluida
forma material, incluindo a grava9ao sonora,
em obra audiovisual.
visual, edic;ao grafica ou informatica.
13. «Locariio» a transferencia da posse a terceiros da
obra original ou de um exemplar da obra por uma 25 . «Representar;ao 011 Execu(·c,o» a demonstrac;:ao ou
durac;:iio limitada, com fins lucrativos. recita9ao pub!ica duma obra dramatica, nas varias
14. «Medida Tecnica de Protecr;uo» a designa9ao atri formas, musical, ballet, pantominas e asseme
buida a qualquer tecnica ou qualquer dispositivo lhadas, com ou sem musica, com a participac;:ao
ou componente servindo para impedir ou limitar, de artistas, em espac;:os publicos ou particulares.
ISERIE - N.0 14 1- DE31 DEmLHODE2014 3347
lesados, sem prejuizo da apreensiio das obras por decisiio 2. A autorizai;:iio deve ser dada por escrito e assinada
administrativa ou judicial. pelo autor ou representante, devendo o documento prever o
ARTIGO I 1.0 principio da preservai;iio da originalidade e sentido da obra,
(Obra radiodifundida) incluindo os Ji mites, bem como as adapta9oes, modificai;oes
l. Entende-se por obra radiodifundida que foi criada e tradu9oes que possam ter lugar.
3. No caso de ocorrerem tradui;oes de uma lingua de Angola
segundo as condi9oes especiais da utilizac;;iio pela radiodifusiio
para a lingua portuguesa ou urna lingua estrangeira e v isando
sonora ou visual e, bem assim, as adapta9oes a esses meios
garantir a fiabilidade da tradu<;iio, os editores devem solicitar
de comunica9iio de obras originariamente criadas para outra
sempre que necessario o parecer tecnico dos 6rgiios e servi9os
forma de utiliza9iio.
da Administrai;iio P(1blica responsaveis pelo estudo cientifico
2. Consideram-se co-autores da obra radiodifundida, como
das linguas de Angola ou das institui9oes publicas ou privadas
obra feita em colabora9iio, os autores do texto, da musica e da
vocacionadas para o estudo e ens ino de linguas estrangeiras.
respectiva realiza9iio, bem como da adapta9iio se niio se tratar
de obra inicialmente produzida para a comunica9iio audiovisual. ARrlGO 18.0
(Titulo da obra)
3. Aplica-se a autoria da obra rad iodifundida, com as
necessarias adapta9oes, o disposto nos artigos seguintes quanto A proteci;iio concedida as obras artisticas, literarias, cientificas
a obra cinematografica. e outras e extensiva ao titulo desta, desde que seja original e
ARTIGO 12.0 niio se confunda com o de qualquer outra obra anteriormente
(Obra cincmatognHica) divulgada, niio consista numa designai;iio generica, necessaria
I. Consideram-se co-autores da obra cinematografica: ou usual, do assunto nelas versado ou no nome de personagens
u) 0 realizador; hist6ricas, literarias ou mitol6g icas.
b) 0 autor do argumento, dos dialogos, se for pessoa ARTIGO 19.0
diferente, e o da banda musical. (Titulo de jornal ou de q ua lq uer publica~iio pcriodica)
2. Quando se trata de adapta9iio de obra niio composta 0 titulo de jomal ou de qualquer publicai;iio peri6dica e
expressamente para o cinema, consideram-se tambem co protegido com a respectiva publicai;ao se esta for editada com
-autores os autores da adaptac;;iio e dos dialogos. regularidade, desde que registados na Entidade de Tutela da
ARTIGO 13.0 Comunica<;iio Social.
(Utiliza~ao de outras obras na obra cinematografica)
ARTH.iO'.!0. 0
Aos dire itos dos criadores que niio sejam considerados (Altcra~:io de obra origina l)
co-autores, nos tennos do artigo 12.0 , e ap licavel o disposto Todas as alterai;oes que incidarn sobre a obra original
no artigo 7 .0 independentemente da sua natureza, nao serao consideradas
ARTIGO 14.0 di stintas da obra original, fazendo-se sempre referencia ao
(Obra fonografica ou vidcografica) conte(1do alterado nas sucessivas edii;oes, correc9oes efec
Considerarn-se autores da obra fonografica ou videograficos tuadas, mudan9a de titu lo, identifica9iio do autor e formato.
os autores do texto ou da musica fi xada e ainda, no segundo ARTIGO'.!1.0
caso, o realizador. (Obras jornalisticas)
AR11GO 15.0 I. As obrasjomalfsticas ou sirnilares publicadas ou divulgadas,
(Obra de a rquitectura, urbanismo c «design») com ou sem assinatura em jornal ou publica9iio amiloga, devem
Autor de obra de arqu itectura, de urbanismo ou de design identificar o autor ou criador intelectual, pertencendo-lhes os
e o criador da sua concep9iio global e respectivo projecto . direitos patrimoniais e morais resultantes nel es, incluindo as
ART IGO 16.0 facu ldades de permitir ou proibir a uti lizai;ao da obra, salvo
(Colaboradores tccnicos) convern;iio em contrar io.
Sem prejuizo dos direitos conexos de que possam ser 2. A publica91io de obras jornalistas em separado ou a sua
titulares, as pessoas singulares ou colectivas intervenientes publica9ao em outro meio de comunica9ao social da mesrna
a titu lo de colaboradores, agentes tecnicos, desenhadores, natureza deve ser efectuada com autoriza9iio expressa do autor.
construtores ou outro semelhante na produ9ao e divulga9iio das 3. Sem prejuizo da autorizai;:ao da e mpresa proprietaria
obras a que se referem os artigos 11.0 e seguintes niio podem do j ornal ou publicai;:iio similar, quando existir uma relai;iio
laboral de subordina9iio, a publica9iio deve respeitar o periodo
invocar relativamente a estes quaisquer poderes incluidos no
de tres meses passados ap6s a publica9ao do traba lho .
direito de autor.
ARTIGO 22.0
ARTJGO 17. 0
3. A obra que possa criar equivocos nao deve ser publicada 2. 0 direito de distribuir;ao previsto na alfnea d) do n. 0 1 nao
sem previa clariticar;ao da situar;ao. se aplica aos originais nem as c6pias ou exemplares das obras
que ja foram alvo de venda ou qualquer outra transferencia
SEC('AO II
Dos Direitos de Autor c Conexos em Geral de propriedade em qualquer pais, no territ6rio nacional com
a autorizar;ao do titular do direito.
ARTIGO 30.0 3. O direito de aluguerprevisto na alinea e) do n. 0 1 nao se
(Conteudo dos direitos morais)
aplica, aos programas de computador, cujo objecto essencial
0 autor de uma obra tern o direito de: nao e o pr6prio programa.
a) Exigir o reconhecimento da autoria da sua obra ea men
ARTIGO 32.0
r;ao do seu nome, sempre que ela seja comunicada ao (Transmissao dos direitos)
publico, salvo quando a obra incidental for incluida 1. 0 criador ou autor pode autorizar a utilizar;ao da sua
em reportagens de acontecimentos de actualidade, obra, no todo ou em parte, por qualquer meio ja conhecido ou
atraves dos meios de comunicar;ao social; que venha a ser inventado, devendo a autorizar;ao ser reduzida
b) Defender a sua integridade, opondo-se a toda e a escrito, em instrumento que defina as respectivas condir;oes
qualquer defonnar;ao, mutilar;ao ou modificar;ao e o modo de utilizar;ao autorizado.
da mesma e, de um modo geral, a todo e qualquer 2. O autor pode transmitir os seus direitos patrimoniais,
acto que a desvirtue nos seus prop6sitos e o possa no todo ou em parte, por documento escrito, em que se fixem
afectar na sua honra e considerar;ao; as condir;oes e os limites dessa transmissao.
c) Conservar a sua obra inedita, de a modificar antes ou 3. O autor que nao tenha comprovadamente conhecimento
depois de comunicada ao publico, de a retirar de dos requisitos previstos nos numeros anteriores do presente
circular;ao ou suspender qualquer fom1a de utili artigo pode anular a autorizar;ao de utilizar;ao da obra, salvo
zar;ao ja autorizada, ressalvando-se, neste ultimo quando haja beneficios para o autor.
caso, as indemnizar;oes devidas a terceiros, pelos
ARTIGO· 33.0
prejuizos que resultam da suspensao ou retirada (lnalienabilidade dos direitos morais)
da circular;ao; Cabe ao autor ou seu representante legal, a defesa da
d) Aceder outer acesso ao exemplar ultimo ou raro da honra e da titularidade da obra cujo conteudo e inalienavel
obra, quando estiver em poder de terceiros, a fim e intransmissivel.
de exercer o direito de publicar;ao, divulgar;ao ou
SEC<;AO 111
comunicar;ao ao p(tblico ou utilizar;ao da obra. Dos Direitos Conexos
A RTIUO 31.0
(Conte11do dos direitos patrimoniais) ARTJGO 34.0
(Ambito de aplica~iio dos dircitos conexos)
l. O autor ou o titular do direito sobre uma obra tern o
1. As disposir;oes da presente Lei relativas a protecr;ao dos
direito exclusivo de efectuar ou de autorizar as seguintes acr;oes:
artistas, interpretes ou executantes aplicam-se:
a} Reprodur;ao da obra;
a} Aos artistas interpretes ou executantes que tenham
b) Tradur;ao da obra;
a nacionalidade angolana;
c) Adaptar;ao, arranjo ou qualquer outra transforma
b) Aos artistas interpretes ou executantes que nao tenham
r;ao da obra; a nacionalidade angolana, mas cujas interpretar;oes
d) Distribuir;ao ao publico do original, de uma c6pia ou execur;oes tern lugar no territ6rio angolano, ou
ou de um exemplar da obra; estao incorporadas em fonogramas e videogramas
e) Aluguer do original, de uma c6pia ou de um exemplar
protegidos em vi11ude da presente Lei, ou nao
de uma obra audiovisual, de uma obra incorporada foram fixados num fonograma e v ideograma,
num fonograma ou de um programa de computador; mas estao incorporados em emissoes protegidas
j) Representar;ao ou execur;ao publica da obra; pela presente Lei.
g) Radiodifusao da obra; 2. As disposir;oes da presente Lei relativas a p rotecr;ao
h) Comunicar;ao da obra ao publico sob qualquer dos fonogramas e videogramas aplicam-se :
outra forma; a) Aos fonogramas e vi deogramas cujos produtores
i) Distribuir;ao, quando nao intrfnseca ao contrato tenham a nacionalidade angolana;
firmado pelo autor com terceiros para uso ou b) Aos fonogramas e videogramas cuja primeira fixar;ao
explorar;ao da obra; foi efectuada em Angola;
j) Distribuir;ao para oferta de obras ou produr;oes c) Aos fonogramas e videogramas publicados pela
mediante cabo, fibra 6ptica, satel ite, ondas ou primeira vez em Angola.
qualquer outro sistema que permite ao usuario 3. As di sposir;oes da presente Lei relativas a protecr;ao
realizar a selecr;ao da obra ou produr;ao para das emissoes de radiodifusao aplicam-se as emissoes dos
percebe-la em um tempo e lugar previamente organismos de radiodifusao cuja sede se situa em Angola e
dete1minados por quern fonnule a demanda, e nos sejam difundidas por emissores situados em Angola.
casos em que o acesso as obras ou produr;oes se 4. As disposir;oes da presente Lei aplicam-se igualmente
far;a por qualquer sistema que importe pagamento aos artistas interpretes ou executantes, aos produtores de
pelo usuario. fonogramas e videogramas, aos organismos de radiodifusao
I SERIE - N. 0 141 - DE 31 DE JULHO DE 2014 3351
e aos organismos de origem que estao protegidos em vi1tude em qualquer pals ou no territ6rio nacional, com a autorizac;:ao
de um tratado ou outro acordo internacional de que Angola do a1iista interprete ou executante.
seja parte. 4. Independentemente dos seus direitos patrimoniais, e ate
5. As disposic;:oes da presente Lei relativas a protecc;:ao das ap6s a cessao <lesses direitos, o artista interprete ou executante
obras literarias e artisticas aplicam-se: conserva o direito de exigir o respeito pelos direitos morais
a) As obras cujos autores sejam cidadaos angolanos em rela9ao a sua prestac;:ao, salvo quando o modo de utilizac;:ao
residentes ou que ten ham Angola como residen desta impoe esta omissao.
cia habitual;
ARTIGO 36.0
b) As obras publicadas pela primeira vez em Angola ou (Pressupostos de aplicai;ao)
publicadas pela primeira vez noutro pals e publi
cadas igualmente, dentro de um prazo de 30 dias, l. Os direitos conexos sao objecto da protecc;:ao da presente
em Angola, independentemente da nacionalidade Lei, desde que:
ou da residencia do autor; a) 0 artista ou executante tenha a nacionalidade angolana
c) As obras audiovisuais cujo produtor tern sede ou ou tenha residencia habitual no territ6rio nacional;
residencia habitual em Angola. b) A actividade seja efectuada no territ6tio angolano;
6. As disposic;:oes da presente Lei aplicam-se igualmente c) A prestac;:ao original seja fixada ou radiodifundida
as obras protegidas em Angola em virtude de um tratado ou pela primeira vez no territ6rio angolano;
outro acordo internacional de que Angola seja patie. d) Nao sejam afastados os direitos adquiridos por
ARTIGO 35. 0 acordos bilaterais ou convenc;:oes de que o Estado
(Regime geral) Angolano seja paiie.
1. Um artista interprete ou executante tern o direito exclusivo 2. A protecc;:ao dos direitos conexos deve aplicar-se sub
de efectuar ou autorizar os seguintes actos: sidiariamente o regime dos Direitos de Autor e Conexos em
a) A radiodifusao ou outra comunicac;:ao ao publico geral, em tudo que for analogo.
da sua interpretac;:ao ou execuc;:ao, salvo quando ARTIGO 37.0
essa radiodifusao ou outra comunicac;:ao e rea (Direitos dos artistas intcrpretes ou executantcs)
lizada a partir de uma fixac;:ao da interpretac;:ao I. Um artista, interprete ou executante tern o direito
ou da execuc;:ao autorizada pelo atiista interprete exclusivo de efectuar ou autorizar os seguintes actos:
ou executante, ou e uma remissao efectuada ou a} A radiodifusao ou outra comunicac;:ao ao publico da
autorizada pelos meios de difusao e outros orga sua interpretac;:ao ou execuc;:ao, salvo quando essa
nismos de veiculac;:ao que difunda em primeiro radiodifusao ou outra comunicac;:ao e realizada a
lugar a interpretac;:ao ou execuc;:ao; pattir de uma fixac;:ao da interpretac;:ao ou da exe
b) A realizac;:ao, a paitir de uma fixac;:ao, da interpretac;:ao cuc;:ao autorizadas ou e uma reemissao efectuada
ou da execuc;:ao autorizadas pelo artista interprete ou autorizada pelo organismo de radiodifusao
ou executante; que difunde em primeiro lugar a interpretac;:ao
c) A reemissao efectuada ou autorizada pelo organismo ou execuc;:ao;
de radiodifusao que difunde em primeiro lugar a b) Afixac;:ao da sua interpretac;:ao ou execuc;:ao nao fixada;
interpretac;:ao ou execuc;:ao; c) A reprodw;:ao directa ou indirecta, de qualquer
d) Afixac;:ao da sua interpretac;:ao ou execuc;:ao nao fixada;
maneira ou fonna, de uma fixai;ao da sua inter
e) A reprodw;:ao directa ou indirecta, de qualquer
preta9ao ou execuc;:ao;
maneira ou forma, de uma fi xac;:ao da sua inter
d) A distribuic;:ao ao publico de uma fixac;:ao da sua
pretac;:ao ou execuc;:ao;
interpretac;:ao ou execuc;:ao ou de c6pias ou exem
j) A di stribuic;:ao ao publico de uma fixac;:ao da sua
plares dela;
interpretac;:ao ou execuc;:ao ou de c6pias ou exem
e) 0 aluguer ao pttblico de uma fixac;:ao da sua interpre
plares dela;
g) 0 aluguer ao publico de uma fixac;:ao da sua interpre
tac;:ao ou execuc;:ao ou de c6pias ou exemplares dela;
tac;:ao ou execuc;:ao ou de c6pias ou exemplares dela; j) A colocac;:ao ao dispor do publico de uma fixac;:ao
h) A colocac;:ao ao dispor do publico de uma fixac;:ao em fonograma da sua interpretac;:ao ou execuc;:ao,
em fonograma da sua interpretac;:ao ou execuc;:ao, de modo que cada pessoa possa ter acesso a ela
por fio ou sem fio, de modo que cada pessoa possa a partir do lugar e no momenta individualmente
ter acesso a e]a a partir do lugar e no momenta escolhidos.
individualmente escolhidos. 2. Seo artista interprete ou e).(ecutante autorizou a incorpo
2. 0 disposto no presente atiigo nao se aplica nos casos em rac;:ao da sua prestac;:ao numa fixac;:ao audiovisual, considera-se
que o artista interprete ou executante autorizou a incorporac;:ao ter cedido ao produtor da fixac;:ao os seus direitos patrimoniais
da sua prestac;:ao numa fixac;:ao audiovisual, por presumida exclusivos sobre ela.
cessao contratual dos seus direitos patrimoniais exclusivos 3. 0 direito de distribuic;:ao previsto na alinea d) do n. 0 I nao
sobre a fixac;:ao ao produtor. se aplica as c6pias ou exemplares das fixac;:oes de obras que
3. 0 direito de distribuic;:ao previsto na alinea t) do n.0 I nao ja foram alvo de venda ou outra transferencia de propriedade,
se aplica as c6pias ou exemplares das fixac;:oes de obras que no estrangeiro e no ten-it6rio nacional, com a autorizac;:ao do
ja foram alvo de venda ou outra transferencia de propriedade a11ista interprete ou executante.
3352 DIARIO DA REPUBLICA
4. Sem prejuizo dos seus direitos patrimoniais, e ate ap6s impo1iiincia unica como remunerai;:ao equitativa dos artis
a cessao <lesses direitos, o artista interprete ou executante tas, interpretes ou executantes e do produtor do fonograma
conserva os direitos morais. e videograma.
ARTIGO 38.0 2. Salvo conveni;:ao contraria, rnetade da irnpo1iiincia
(Dircitos dos produtores de fonogramas c vidcogramas) recebida pelo produtor nos tennos do numero anterior deve
Um produtor de fonogramas e videogramas tern o direito ser paga aos atiistas, interpretes ou executantes.
exclusive de efectuar ou autorizar os seguintes actos: 3. Para efeitos do presente artigo, os fonogramas e video
a) A reprodu9ao directa ou indirecta, de qualquer gramas colocados ao dispor do publico, de rnodo que cada
maneira ou forma, do fonograma e videograma; pessoa possa ter acesso a ela a partir do lugar e no momento
b) A disttibui9ao ao pl'.1blico do original ou de c6pias individualmente escolhidos, sao considerados publicados
ou exemplares do fonograma e videograma; para fins de comercio.
c) 0 aluguer ao pl'.tblico de uma c6pia ou de um exem 4. As disposir,-:oes do n. 0 I do presente atiigo nao se aplicarn
plar do fonograma e videograma; na medida em que a utilizai;:ao do fonograma e videograma
d) A coloca9ao ao dispor do publico do fonograma e dependa de um direito exclusive.
videograma, de modo que cada pessoa possa ter SEC~'AO IV
acesso a ela a partir do lugar e no momento indi Titularidade dos Direitos
vidualmente escolhidos;
ART IG042. 0
e) 0 direito de distribui9ao previsto na alinea b) do (Autor ou criador intelectual)
n. 0 I nao se aplica aos originais ou as c6pias dos
0 autor de uma obra e o primeiro titular dos direitos morais
fonogramas e videogramas que ja foram alvo de
e patrimoniais sobre a sua obra, sem prejufzo de propriedade
venda ou outra transferencia de propriedade no
intelectual dos conhecimentos sobre o saber tradicional,
estrangeiro e no territ6rio nacional corn a autori
gozando da mesma proteci;:ao em todos os casos e cabendo-lhe
zai;:ao do produtor.
o direito de ser protegido pelo Estado.
ARTIGO 39.0
(Direitos dos organismos de radiodifusao) ARTTGO 43.0
(Autores de simbolos de Estado)
Urn organismo de radiodifusao tem o direito exclusive de
Os autores dos simbolos de Estado devem merecer o
efectuar ou autorizar os seguintes actos:
reconhecimento corno criadores dos mesmos, sendo-lhes
ll) A remissao da sua emissao de radiodifusao;
reconhecidos os direitos rnorais e patrimoniais previstos na
b) A comunica9ao ao pl'.1blico da sua emissao de
radiodifusao; presente Lei.
c) A fixai;:ao da sua emissao de radiodifusao; ARTIG044. 0
d) A reprodui;:ao de uma fixai;:ao da sua ernissao de (Co-autoria)
radiodifusao. I. A titularidade de obra feita em co-autoria pertence, em
ART1GO40. 0 com um, aos autores ou criadores intelectuais, presumindo-se
(Limita~iies da protcc~ao) de igual valor a contribuir,-:ao indivisa de cada um, salvo quando
0 disposto nos a1iigos anteriores nao e aplicavel aos casos nao haja coincidencia entre ambos, cabendo sempre ao criador
em que os actos forern respeitantes: intelectual os direitos de natureza moral ou patrimonial, sem
a) A utilizac;iio de fragmentos curtos, na medidajusti prejuizo de qualquer acordo em materia de direitos disponiveis.
ficada para fornecer infonnai;:oes sobre um tema 2. Os co-autores podem exercer os Direitos de Autor e
de actualidade; Conexos, no iimbito do princfpio da boa-fee, na publicai;:ao
b) A reprodui;:ao unicamente para fins de investigac;ao da obra, devendo os nomes de todos co-autores constarem da
cientifica; obra publicada, salvo convenc;ao em contrario.
c) A reprodui;:ao unicamente para fins de ensino directo, 3. Os direitos previstos nos numeros anteriores nao se
salvo se as interpretac;oes ou execuc;oes e os fono aplicam aos meros colaboradores ou auxiliares, que tenham
gramas e videogramas em causa foram publicados contribuido para a divulgai;:ao ao publico, ou tenharn contribuido,
como material de ensino ou de instrui;:iio; corn conhecimentos tecnicos, que nao tenham como elemento
d) Aos casos nos quais, em virtude da primeira parte fundamental o conteudo substancial da obra intelectual.
da presente Lei, uma obra pode ser utilizada sem ARTIGO 45. 0
autoriza9ao do autor ou do titular dos Direitos de (Titulllridade sobre bases de dados)
Autor e Conexos. 0 titular do direito patrimonial sobre uma base de dados
ART!CiO 41.0 tern o direito exclusive, relativamente a fo1ma de expressao
(Remunera~ao equitativa 1>ara a utiliza~ao da estrutura da referida base, de autorizar ou proibir:
de fonogramas e videogramas) a) A reproduc;ao total ou parcial, por qualquer meio
I. Quando um fonograma e videograma publicado para ou processo;
fins de comercio, ou uma reprodui;:ao desse fonograma e b) A tradui;:ao, adaptai;:ao, reordenai;:ao ou qualquer
videograma e utilizado directamente para a radiodifusao ou outra modificai;:ao;
outra comunicai;:ao ao publico ou e alvo de interpretai;:ao ou c) A distribuii;:ao do original ou c6pias da base de dados
execu9iio publica, o utilizador deve pagar ao produtor uma ou a sua comunicai;:ao ao p11blico;
I SERIE - N.0 141 - DE31 DEJULHODE2014 3353
Lei, sem prejuizo dos Direitos Conexos, quando os houver. 1. Sao permitidas, independentemente de autoriza<;ao do
SUBSEC<;:AO I autor e sem que haja lugar a qualquer remunera9ao, as seguintes
Titularidade dos Direitos Conexos utilizai;:oes de obras ja licitamente divulgadas, desde que o
seu tftulo e o nome do autor sejam mencionados e respeitada
ARTIG048.0
a sua genuinidade e integridade:
(Regime geral)
a) A representa<;ao, execu<;ao, exibi9ao cinematografica
1. Todos os Direitos Conexos sobre a presta9ao do artista e a comunica9ao de obras gravadas ou radiodi
interprete ou executante, efectivado nos termos do contrato de fundidas, quando efectuadas em local privado,
trabalho ou por encomenda especifica, pertencem a entidade sem entradas pagas e sem fins lucrativos, ou em
contratante, salvo em materias artisticas ou esteticas que sao estabelecimentos escolares para fins exclusiva
exclusivas do criador intelectual. mente didacticos;
2. Todos os direitos inerentes aos participantes devem b) A reproduc;:ao por processes fotograficos ou simi
ser exercidos por estes ou respectivos representantes e, em lares, quando efectuadas para fins didacticos por
caso de morte de um pa1iicipante, nada obsta a continuidade bibliotecas publicas ou pa1iiculares, centros ou
do projecto salvo o devido quinhao na propor<;ao acordada arquivos de documentac;:ao de interesse geral ou
pelas partes. publico, institui9oes com voca9ao cientifica ou tec
3. Nos casos em que a obra esteja conclufda devem os nol6gica, estabelecimento de ensino seja qua! for o
sucessores ou herdeiros ser informados sobre as questoes nfvel quer sejam publico ou particulares e tenham
patrimoniais, sendo-lhes exigivel a coopera9ao na continuidade corno finalidade a divulgai;;ao do conhecimento;
e salvaguarda do projecto. c) A reprodui;:ao das obras incluidas em repo11agens de
actualidades filmadas ou televisionada ou quando
ARTIG049.0
(Produtorcs fonogn'tficos e videograficos) se trate de obras expostas permanentemente em
lugar pt'.1blico;
1. Ao produtor de fonogramas, videogramas ou de instru
d) A reprodui;:ao, tradu<;ao, adapta9ao, arranjo ou qual
mentos infonnaticos relevantes para a fixa9ao de dados ou
quer outra transforma<;ao para uso exclusivamente
factos que possam servir de informa<;ao ou transmissao de
individual e privado;
conhecirnentos, presume-se a titularidade exclusiva a titulo
e) A cita<;ao de curtos fragmentos de obras alheias,
oneroso ou gratuito a reprodw;:ao, distribui<;ao, comunica<;ao ao
sob forma escrita, sonora ou visual, quando se
publico, exporta<;ao e quaisquer outras modalidades analogas.
justifique por razoes de ordem cientifica, crftica,
2. E condi<;ao essencial da protec<;ao reconhecida aos didactica OU de informai;:ao para consolidar 0
produtores de fonogramas e videogramas ou de instrumentos argumento ou nao o discurso, a cita<;ao pode
informaticos descritos no numero anterior que em todas as c6pias incluir afloramentos das ideias sem desvirtuar a
autorizadas e no respectivo inv6lucro contenha o seguinte: finalidade da obra citada;
a) Uma men9ao constituida pelo simbolo P (rodeada j) A reprodu<;ao de discursos, alocuc;:oes e conferencias
por um circulo); proferidas em lugar pt'.1blico ou com a presen9a
b) A identifica<;ao do artista com o nome ou pseud6nimo; de imprensa falada ou escrita;
c) A indica<;ifo do ano da primeira publicac;:ao no caso g) A execu<;ao de hinos ou canticos patri6ticos ofi
de ser Angola, ou da primeira no exterior e pos cialmente reconhecidos, assim como as obras de
terior anode publicac;:ao no territ6rio angolano; caracter religiosa ou em rituais religiosos.
3354 DIARIO DA REPUBLICA
2. A reproduc;iio privada a que se refere as alineas d) do c) Essa reproduc;iio nao esteja autorizada em virtude
presente artigo niio se aplica nos seguintes casos: de uma licenc;a colectiva concedida por um orga
a) A reproduc;ao de obras de arquitectura revestindo a nismo de gestao colectiva do direito de autor, de
forma de predios ou de outras construc;oes similares; que a biblioteca ou o servic;o de arquivo tinha ou
b) A reprodw;:iio reprografica de um livro inteiro ou de devia ter conhecimento;
uma obra musical sob forma grafica (partituras);
d) Quando essa reproduc;iio e feita com o fim de pre
c) A reproduc;iio da totalidade ou de partes importantes
servar ou, se necessario, substituir outro exemplar
de bases de dados em forma digital;
d) A reproduc;iio de programas de computador, nos
ou com o fim de substituir um exemplar perdido,
termos da presente Lei; destruido ou tornado inutilizavel da colecc;iio
e) A nenhuma outra reproduc;iio de uma obra que afecte perrnanente de outra biblioteca ou de outro ser
a explora<;iio normal da obra ou cause um prejufzo vic;o de arquivo, caso seja impassive] obter novo
injustificado aos interesses legitimos do autor. exemplar com condic;oes aceitaveis ea reproduc;ao
ARTIGO 52.0 da obra, seja ela qual for, constitua um acto iso
(Excep91ies sobre reprodu91ies temponlrias de obras) lado produzindo-se, se for repetido, em ocasioes
E permitida a reproduc;iio temporaria de uma obra com a diferentes e sem rela<;iio entre elas.
condi<;iio de que essa reproduc;iio: ARTIGO 55.0
a) Se realize durante uma transmissiio digital da obra (Excep9iies sobre reprodu~ilo e adapta~ao
ou de um acto destinado a tomar perceptive I uma de programas de computador)
obra armazenada em forma digital; A reproduc;iio em um s6 exemplar ou a adaptac;iio de um
b) Seja efectuada por uma pessoa fisica ou juridica programa de computador pelo proprietario legitimo de um
autorizada, pelo titular dos Direitos de Autor ou exemplar desse programa esta permitida sem autorizac;iio do
pela lei, a efectuar essa transmissiio da obra ou o
autor ou do titular do direito de autor, na condic;ao de que a
acto destinado a torna-la perceptive];
c6pia ou a adaptac;ao realizada seja necessaria:
c) Tenha wn caracter acess6rio em relac;iio a transmissiio,
a) Para que o programa de computador possa ser utili
tenha lugar no ambito de uma utilizac;ao normal
do material e seja automaticamente anulada sem zado com um computador, para o fim para o qua!
pem1itir a recuperac;ao electr6nica da obra para fins foi adquirido e na medida prevista no momento
alem daqueles previstos pelo presente Diploma. da aquisic;ao;
ARTIGO 53. 0 b) Para fins de arquivo e para substituir o exemplar
(Excep9oes relativas a pessoas com necessidades especiais) legitimamente detido do programa de computa
I. E permitido, sem autorizac;ao do autor ou outro titular dor, caso este tenha sido perdido, destrufdo ou
dos Direitos de Autor e Conexos, reproduzir uma obra publi tornado inutilizavel;
cada para o rnetodo braille ou qualquer outro que permita a c) Nenhuma c6pia ou adaptac;ao de um programa de
percepc;iio da obra, bern como a sua distribuic;iio exclusiva a computador deve ser utilizada para fins outros que
estas pessoas, desde que tais actos tenham por finalidade a aqueles previstos na alinea a), e qualquer c6pia
difusiio, ensino ou instrlH;:iio com caracter humanista e nao ou adaptac;ao dessa natureza deve ser destrufda
tenham fins lucrativos. logo que a posse do exemplar do prograrna de
2. Esta igualmente autorizada a distribuic;iio de exemplares
computador deixa de ser licita.
realizados no estra ngeiro, se as condic;oes anteriormente
mencionadas estiverem cumpridas. ARTICiO 56.0
(ExceJJ\Oes sobre grava\oes efemcras)
3. As disposic;oes previstas nas alineas I) e 2) aplicam-se
com a condic;iio que indiquem a fonte e o nome do autor. I. Um organismo de radiodifusiio esta autorizado a efec
tuar, para fins das suas pr6prias emissoes e por seus pr6prios
ARTIGO 54.0
(Excep9oes sobrc actividadcs nao comcrciais) meios, sem autorizac;iio do autor ou do titular do direito de
autor, uma gravac;ao efemera de qualquer obra que esteja
1. Uma biblioteca ou um servic;o de arquivo sem fins de
lucro directo ou indirecto pode, sem a autorizac;iio do autor autorizado a difundir.
ou do titular do direito de autor, reproduzir uma obra em 2. Todos os exemplares dessa gravac;iio devem ser destruidos
um s6 exemplar por reproduc;ao reprografica quando a obra dentro do prazo de seis meses seguindo a sua realizac;ao ou
reproduzida eum artigo, outra obra breve ou um extracto curto dentro de um prazo mais longo, se o au tor consentir.
de obra que foi alvo de publicac;ao e quando a reproduc;ao se 3. Sem prejufzo do disposto no numero anterior, a conservac;iio
destina a responder ao pedido de uma pessoa fisica, com a de um exemplar nos arquivos oficiais e autorizada se a gravac;ao
condic;ao de que: em causa apresentar um interesse documentario excepcional.
a) A biblioteca ou o servic;o de arquivo estejam convictos que ART!GO 5,7.0
a c6pia realizada sera utilizada unicamente para fins (Excep9oes sobre obras para fins de seguran9a publica)
de estudo ou de investigac;ao universita1ia ou privada; A utilizac;iio de urna obra esta permitida para fins de
b) A reproduc;iio da obra, seja ela qua! for, constitua seguranc;a publica e para assegurar o born desenrolar de um
um acto isolado produzindo-se, se for repetido, processo adm inistrativo, parlamentar oujurisdicional ou para
em ocasioes diferentes e sem relac;ao entre elas; o reportar.
I SERIE - N.0 141 - DE 31 DE JULHO DE 2014 3355
responsavel pelos Direitos de Autor e Conexos, quando os do mecanismo de cobranr;a e distribui9ao de Direitos de Au tor
interessados nao exercerem a defesa desses direitos sem e Conexos silo reguladas em Diploma pr6prio.
motivo atendivel.
ARTIGO 78.0
ARTIGO 75.0 (Cobran~a c distribui~ao dos Direitos de A utor c Concxos)
(Dura~ao de obras de cultura oral)
1. Pela utiliza<;ao de obras de natureza intelectual e
A protec9ao das obras de cultura oral quando nao seja o artistico-cultural, aos autores e devida uma remunerar;ao a
resultado do processo de escrita ou quando o Estado considerar ser fixada em Diploma pr6prio.
a necessidade de protecr;ao especial de obras produzidas ou 2. Os titulares dos Direitos de Autor tern o dever de pagar
corporizadas em arte, literatura, ciencias ou ainda em supo11e aos titulares de Direitos Conexos o correspondente a uma
informatico anal6gico ou digital e ilimitada no tempo. percentagem nao inferior a 20% da receita total obtida, salvo
acordo entre as partes.
ARTIGO 76.0
(Domfnio publico) ARTIGO 79. 0
tinha moti vos validos de pensar que estava a afectar um direito. ainda nao divulgada nem publicada pelo seu autor
5. Quando estiver provado que c6pias ou exemplares afectam OU nao destinada a di vul ga9ao OU publicar;ao,
um direito, o Tribunal pode ordenar, velando pela proporr,:ao independentemente da referencia ao seu autor ou
justa da sanr,:ao com a gravidade da ofensa e levando em da finalidade comercial;
considerar;ao os interesses legitimos dos terceiros, a destruir,:ao c) A publicac,:ao ou compilar,:ao de obras publicadas ou
dessas c6pias ou exemplares e das suas embalagens ou a sua ineditas, sem a autorizar;ao do seu criador ou autor;
eliminar;ao dos circuitos comerciais por qualquer outro meio d) A utilizar;ao excessiva de uma obra, prestar,:ao de
razoavel, sem indemnizar;ao de nenhum tipo, de modo a evitar artista, fonogramas, v ideogramas ou emissao
qualquer prejuizo ao titular do direito. radiodifundida, excedendo os limites da auto
ARTTGO 82.0 riza9ao concedida, sem prejuizo das exceps;oes
(Medidas judiciais)
previstas na presente Lei.
l . 0 Tribunal pode, levando em considerar;ao as condi
ARTIOO 85.0
s;oes enunciadas no artigo anterior, ordenar a destruir;ao ou a (Contrafac~iio c 1ilagio)
eliminar;ao dos circuitos comerciais por qualquer outro meio 1. A contrafacr,:ao enquanto acr;ao de utilizas;ao fraudu
razoavel, sem indemnizas;ao de nenhum tipo, do material utili lenta de uma obra literaria, anistica ou cientffica de outrem,
zado principalmente para realizar c6pias ou exemplares ilicitos, divulgada ou nao divulgada, sem a devida autorizar,:ao do
de modo a reduzir para o minimo os riscos de novas ofensas. respectivo autor, representante legal ou sucessor, e passive!
2. 0 Tribunal pode ordenar ao infractor de infonnar o de responsabilizar;ao civil e criminal, nos tennos da Lei.
detentor do direito da identidade dos terceiros participando 2. 0 plagio enquanto forma de apresentar;ao ou alteras;ao
na produ9ao e na distribuir,:ao das mercadorias ou serv ir;os de uma obra, total ou parcialmente sem referir-se ao respectivo
em causa, assim como dos seus circuitos de distribui r,:ao, autor ou criador, salvo quanto tratar-se questoes tecnicas
salvo se essa medida estiver fora de proporr;ao em relar;ao a que exigem metodos especificos para o efeito, e pass ive! de
gravidade da ofensa. responsabilizar;ao civil e criminal, nos termos da Lei.
ARTIGO 83.0 3. 0 previsto no numero anterior nao e aplicavel aos casos
(Responsabilidade criminal 1ior viola~ao de meras semel hanr,:as entre obras de tradus;ao devidamente
de Oircitos de Autor e Concxos)
autorizadas ou aos casos suje itos ao ~_e gime de excepr;oes
1. Em conformidade com as disposir,:oes pertinentes do devidamente reconhecida por lei.
C6digo Penal e do C6digo de Processo Penal vigentes em 4. Os bens usurpados ou contrafeitos sao apreendidos nos
Angola, qualquer violar,:ao de um direito protegido em vi11ude termos da legislac,:ao vigente, ou utilizados em beneficio dos
da presente Diploma e objecto de sanr,:iio prevista por Lei, titulares dos Direitos de Autor e Conexos, devendo os 6rgaos
sem prejufzo de multa. competentes lavrar os respectivos autos e aplicar as multas.
I SERIE- N. 0 141 - DE 3 I DE JULHO DE 2014 3359
ARTIGO 92.0
com 7 salas de aulas, 14 turmas, 2 turnos com 36 alunos por
(Rernga~iio e aplica~iio no tempo) sala e capacidade para 756 alunos.
Erevogada a Lei n. 0
4/90, de IO de Man,o, e toda a legis 2. E aprovado o respectivo quadro de pessoal da Escola
ora criada, constante dos modelos anexos ao presente Decreto
la,;ao que contrarie a presente Lei, devendo-se, na resoluyao
Executivo Conjunto, de le faze ndo pa11e integrante.
dos litigios nao transitados em j ulgado, aplicar-se a presente
Lei em tudo o que beneficiar o autor. Publique-se.
I Chefe de Sccretaria
Decreto Executivo Conjunto n. 0 251/14
de3 1 deJulho 14 Pes~oal Docente
0 0
Ao a brigo do disposto no artigo 71. da Le i n. 13/0 I, 4 Pessoa I Administrati, o
de 3 1 de Dezembro, que aprova a Lei de Bases do Sistema
6 Auxiliar de Limpe1a
de E duca,;ao, conjugado com as di sposi,;oes do Decreto
Presidencial n. 0 l 04/11 , de 23 de Maio, que define as condiyoes 6 Oper.irio nilo Qua!ificado
e procedimento de elabora,;ao, gestao e controlo dos quadros
Total de trabalhadores 36
de pessoal da Adm inistra,;ao Publica;