Lei N.º 5-20
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Lei N.º 5-20
º 10
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 2.550,00
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13. «Financiamento do Terrorismo», conduta prevista c) Envio por correio de numerário ou de instrumentos
e punida no regime aplicável em matéria de Prevenção e negociáveis ao portador, levado a cabo por uma
Combate ao Terrorismo. pessoa singular ou colectiva.
14. «Financiamento da Proliferação de Armas de 23. «Número Único de Referência», combinação única
Destruição em Massa adiante referido por «Proliferação», de letras, símbolos ou números que se referem a um único
tal como estabelecido nas Resoluções do Conselho de ordenante.
Segurança das Nações Unidas. 24. «Ordenante», pessoa singular ou colectiva que sub-
15. «Instituição Financeira Ordenante», a que inicia mete um pedido junto de uma instituição financeira para a
a transferência e transfere os fundos após a recepção do realização de uma transferência.
25. «Organizações Terroristas», conforme previsto no
pedido de transferência por conta do ordenante.
regime aplicável em matéria de Prevenção e Combate ao
16. «Instituição Financeiro Intermediário», a que, numa
Terrorismo.
cadeia de pagamentos em série e de cobertura, recebe e
26. «Organizações sem Fins Lucrativos (OSFLs)», pes-
transmite uma transferência por conta da instituição finan-
soa colectiva ou entidade sem personalidade jurídica ou
ceira ordenante e da instituição financeira beneficiária ou de
qualquer organização a funcionar em Angola, cujo propósito
outra instituição financeira intermediária.
primário é o de angariar ou desembolsar fundos em benefí-
17. «Instituição Financeiro Beneficiária», a que recebe
cio de causas filantrópicas, religiosas, culturais, educativas,
a transferência da instituição financeira ordenante directa-
sociais ou fraternas ou em prol de trabalhos afins.
mente ou através de uma instituição financeira intermediária 27. «Órgãos de Gestão», órgão plural ou singular da
e que disponibiliza os fundos ao beneficiário. entidade sujeita responsável pela prática de actos materiais e
18. «Instituição Correspondente», banco ou prestadores jurídicos necessários à execução da vontade daquela.
de serviços de pagamento que processa e/ou executa transac- 28. «Perda», perda definitiva, a favor do Estado, de bens,
ções para clientes da instituição respondente ou prestadores produtos ou vantagens de proveniência ilícita, determinada
de serviços de pagamento cuja conta é usada para processar por decisão judicial.
e/ou executar a transacção ao seu cliente. 29. «Pessoas Colectivas», pessoas jurídicas estabeleci-
19. «Instituição Respondente», instituição financeira que das em Angola.
é o cliente directo da instituição correspondente. 30. «Pessoas sem Personalidade Jurídica», fundos
20. «Instrumentos Negociáveis ao Portador», instru- fiduciários explícitos ou a outras entidades semelhantes,
mentos monetários ao portador, tais como: constituídas em Angola, ou em qualquer outra parte e que
a) Cheques de viagem; estejam sob jurisdição da legislação angolana ou outra.
b) Instrumentos negociáveis, incluindo cheques, 31. «Pessoas Politicamente Expostas (PPE’s)», indi-
notas promissórias e ordens de pagamento, que víduos nacionais ou estrangeiros que desempenham ou
sejam ao portador, endossados sem restrição, desempenharam funções públicas proeminentes em Angola,
feitos para um beneficiário fictício ou em tal ou em qualquer outro País ou jurisdição ou em qualquer
forma que a titularidade seja transferível com a organização Internacional.
entrega; a) Para efeitos da presente Lei, consideram-se altos
cargos de natureza política ou pública, de entre
c) Instrumentos incompletos, incluindo cheques,
outros, os seguintes:
notas promissórias e ordens de pagamento,
i) Presidente da República ou Chefe de Estado;
assinados, mas em que seja omisso o nome do
ii) Vice-Presidente da República;
beneficiário.
iii) Primeiro Ministro ou Chefe de Governo;
21. «Investigação», para efeitos da presente Lei, refere-
iv) Órgãos Auxiliares do Presidente da República,
-se a investigação criminal e financeira. ou membros do Governo, designadamente
22. «Movimento Físico Transfronteiriço», reporta-se a Ministros de Estado, Ministros, Secretários
qualquer entrada ou saída física, entre países, de numerá- de Estado e Vice-Ministros e outros cargos
rio ou instrumentos negociáveis ao portador. Estes termos ou funções equiparadas;
incluem as seguintes formas de transporte: v) Deputados, Membros de Câmaras Parlamen-
a) Transporte físico, feito por uma pessoa singular tares e equiparados;
ou na bagagem ou por meio de transporte dessa vi) Magistrados Judiciais dos Tribunais Superio-
pessoa; res e da Relação, cujas decisões não possam
b) Transporte marítimo de numerário ou de instru- ser objecto de recurso, salvo em circunstân-
mentos negociáveis ao portador em contentores; cias excepcionais;
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vii) Magistrados do Ministério Público de esca- 1) Qualquer pessoa singular, que seja notoria-
lão equiparado aos Magistrados Judiciais mente conhecida como proprietária conjunta
referidos no número anterior; de uma pessoa colectiva com o titular do alto
viii) Provedor de Justiça e Provedor de cargo de natureza política ou pública ou que
Justiça-Adjunto; com ele tenha relações comerciais próximas;
ix) Membros do Conselho da República, do 2) Qualquer pessoa singular que seja proprietá-
Conselho de Segurança Nacional e demais ria do capital social ou dos direitos de voto
Conselheiros de Estado; de uma pessoa colectiva ou do património de
x) Membros da Comissão Nacional Eleitoral; um centro de interesses colectivos sem per-
xi) Membros dos Conselhos Superiores da sonalidade jurídica, que seja notoriamente
Magistratura Judicial e do Ministério Público; conhecido, tendo como único beneficiário
efectivo o titular do alto cargo de natureza
xii) Membros de órgãos de Administração e
política ou pública.
Fiscalização dos Bancos Centrais e outras
32. «Prestadores de Serviços à Sociedades e Entidades
autoridades de regulação e supervisão do
sem Personalidade Jurídica», qualquer pessoa ou empresa,
Sector Financeiro;
incluindo centros de interesses colectivos sem personali-
xiii) Chefes de missões diplomáticas e de postos
dade jurídica (trusts) que não se encontrem já abrangidas
consulares;
noutras categorias definidas na presente Lei e que prestem a
xiv) Oficiais Generais das Forças Armadas e
terceiros, a título profissional, na totalidade ou em parte, os
Oficiais Comissários das Forças de Segurança seguintes serviços:
e Ordem Interna; a) Constituição de pessoas colectivas;
xv) Membros de órgãos de administração e b) Actuação como administradores, gerentes ou
de fiscalização de empresas públicas e de secretários de sociedade, sócios, accionistas ou
sociedades de capitais exclusiva ou maio- titulares de posição idêntica para outra pessoa
ritariamente públicos, institutos públicos, colectiva ou fazem diligências necessárias para
associações e fundações públicas, estabeleci- que um terceiro actue dessa forma;
mentos públicos, qualquer que seja o modo c) Fornecimento de sede social, endereço comercial,
da sua designação, incluindo os órgãos de instalações ou endereço administrativo ou pos-
gestão das empresas integrantes dos sectores tal de sociedade, ou de qualquer outra pessoa
empresariais locais; colectiva ou centro de interesses colectivos sem
xvi) Membros do Conselho de Administração, personalidade jurídica;
Directores, Directores-Adjuntos e ou pes- d) Administração de um express trust ou a realização
soas que exercem funções equivalentes numa das diligências necessárias para que outrem
organização internacional; actue dessa forma.
xvii) Membros dos órgãos executivos de direc- 33. «Proliferação de Armas de Destruição em Massa»,
ção de Partidos Políticos; transferência e exportação de armas nucleares, químicas
xviii) Membros das administrações locais e do ou biológicas, materiais relacionados e os seus meios de
poder autárquico; entrega.
xix) Líderes de confissões religiosas. 34. «Prestador de Activo Virtual», qualquer pessoa sin-
b) No âmbito da presente Lei, são também tratadas gular ou colectiva que realiza uma ou mais das seguintes
como pessoas politicamente expostas os mem- actividades ou operações comerciais em nome ou por conta
bros da família e as pessoas muito próximas dos de outra pessoa singular ou colectiva:
indivíduos acima mencionados, nomeadamente: a) A troca de activos virtuais por moedas fiduciárias;
i) O cônjuge ou companheiro de união de facto; b) A troca de uma ou mais formas de activos virtuais
ii) Os parentes, até ao 3.º grau da linha colateral, por outras;
os afins até ao mesmo grau, os respectivos c) A transferência de activos virtuais;
cônjuges ou companheiros de união de facto; d) A guarda ou administração de activos virtuais ou
iii) Pessoas com reconhecidas e estreitas rela- instrumentos que conferem o controlo sobre
ções de natureza pessoal; activos virtuais;
iv) Pessoas com reconhecidas e estreitas rela- e) A participação em operações e a provisão de servi-
ções de natureza societária ou comercial ços financeiros relacionados à oferta e/ou venda
nomeadamente: de um activo virtual por um emissor.
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1. As autoridades competentes devem realizar uma ava- É expressamente proibida a abertura ou manutenção de
liação do risco, a nível nacional, para identificar, avaliar contas bancárias anónimas ou com nomes manifestamente
e compreender os riscos associados ao branqueamento de fictícios.
928 DIÁRIO DA REPÚBLICA
d) Obter informação relativa a clientes que sejam d) A entidade sujeita tiver executado medidas ade-
pessoas colectiva ou entidade sem personalidade quadas a gerir o risco associado à situação,
jurídica, que permita compreender a natureza designadamente através da limitação do número,
dos negócios do cliente, a participação de con- tipo ou montante das operações que podem ser
trolo no capital social, os nomes dos membros efectuadas.
dos órgãos de gestão; 3. Sempre que seja feito o uso da faculdade estabele-
e) Obter informação, quando o perfil de risco do cida no número anterior, as entidades sujeitas concluem os
cliente ou as características da operação o jus- procedimentos de verificação da identidade dentro do prazo
tifiquem, sobre a origem e o destino dos fundos razoável determinado pelo sector em questão.
movimentados no âmbito de uma relação de 4. No caso de abertura de contas de depósito bancário,
negócio ou na realização de uma transacção as instituições financeiras bancárias não podem, depois do
ocasional e solicitar documentação de suporte; depósito inicial, permitir a realização de quaisquer movi-
mentos a débito ou a crédito na conta, nem disponibilizar
f) Manter um acompanhamento contínuo da relação
quaisquer instrumentos de pagamento sobre a conta ou efec-
de negócio, a fim de assegurar que tais opera-
tuar quaisquer alterações na sua titularidade, enquanto não
ções são consistentes com o conhecimento que
se mostrar verificada a identidade do cliente e do beneficiário
a entidade sujeita possui do cliente, dos seus
efectivo de acordo com as disposições legais ou regulamen-
negócios e do seu perfil de risco;
tares aplicáveis.
g) Manter actualizados os elementos de informação 5. O disposto no n.º 2 não é aplicável, ainda que o risco
obtidos no decurso da relação de negócio. seja diminuto, sempre que surgir uma suspeita de que a ope-
3. Sempre que a entidade sujeita tenha conhecimento ração esteja relacionada com o crime de branqueamento de
ou fundada suspeita de que o cliente não actua por conta capitais ou de financiamento de terrorismo ou proliferação
própria, deve tomar medidas adequadas que lhe permitam de armas de destruição em massa, caso em que se deve apli-
conhecer a identidade da pessoa ou entidade por conta de car o disposto no n.º 1 do presente artigo.
quem o cliente está a actuar, nomeadamente dos beneficiá-
ARTIGO 13.º
rios efectivos. (Medidas de diligência simplificada)
4. As entidades sujeitas devem também verificar se os 1. As entidades sujeitas podem simplificar as medi-
representantes dos clientes se encontram legalmente habili- das adoptadas ao abrigo do dever de identificação e
tados a actuar em seu nome ou representação. diligência quando identifiquem um risco comprovadamente
5. A obrigação de identificação prevista no n.º 2 do pre- reduzido de Branqueamento de Capitais, de Financiamento
sente artigo, deve aplicar-se aos clientes já existentes e a do Terrorismo e de Proliferação de Armas de Destruição em
verificação da identidade desses clientes será objecto de massa nas relações de negócio, nas transacções ocasionais
regulamentação emitida pelas autoridades de supervisão e ou nas operações que efectuem, tomando em consideração,
fiscalização. designadamente, a origem ou destino dos fundos, bem como
ARTIGO 12.º os factores referidos no n.º 2 do artigo 12.º da presente Lei.
(Momento da verificação da identidade)
2. Para efeitos do número anterior, as entidades sujeitas
1. A verificação da identidade do cliente e, se aplicável, devem considerar entre outros, os seguintes factores:
aos seus representantes e do beneficiário efectivo, deve ter a) A finalidade da relação de negócio;
lugar antes do estabelecimento da relação de negócio ou b) O nível de bens por cliente ou o volume de opera-
antes da realização de qualquer transacção ocasional. ções efectuadas;
2. Sem prejuízo do disposto do número anterior, a veri- c) A regularidade ou duração da relação de negócio.
ficação da identidade pode ser completada após o início da 3. A adopção de medidas simplificadas apenas são apli-
relação de negócio se: cáveis na sequência de uma avaliação adequada dos riscos
a) Tal for necessário para não interromper o curso pelas próprias entidades sujeitas ou pelas respectivas autori-
normal do negócio; dades de supervisão e fiscalização e nunca pode ter lugar em
b) O contrário não resulte de norma legal ou regula- qualquer das seguintes situações:
mentar aplicável à actividade da entidade sujeita; a) Quando existam suspeitas de Branqueamento de
c) A situação em causa apresente diminuto Risco de Capitais, de Financiamento do Terrorismo e de
Branqueamento de Capitais, de Financiamento Proliferação de Armas de Destruição em Massa;
ao Terrorismo e da Proliferação de Armas de b) Quando devam ser adoptadas medidas reforçadas
Destruição em Massa, havendo identificação de identificação ou diligência; e
expressa desta situação por parte das entidades c) Sempre que tal seja determinado pelas Autoridades
sujeitas; de Supervisão e Fiscalização.
930 DIÁRIO DA REPÚBLICA
4. Na análise dos Riscos de Branqueamento de Capitais, 3. São sempre aplicáveis medidas acrescidas de diligên-
de Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas cia às operações realizadas à distância e especialmente às
de Destruição em Massa, que podem motivar a adopção de que possam favorecer o anonimato, às operações efectuadas
medidas simplificadas, as entidades sujeitas e as autoridades com pessoas politicamente expostas, às operações de corres-
de supervisão e fiscalização têm em conta outras situa- pondência bancária com instituições financeiras bancárias
ções indicativas de risco potencialmente mais reduzido que estabelecidas em países terceiros e a quaisquer outras desig-
venham a ser identificadas pelas respectivas autoridades de nadas pelas autoridades de supervisão ou de fiscalização do
supervisão e fiscalização. respectivo sector, desde que legalmente habilitadas para o
5. Sem prejuízo de outras medidas simplificadas que se efeito.
mostrem mais adequadas aos riscos concretos identificados, 4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, são
as entidades sujeitas devem considerar as seguintes: também aplicáveis medidas complementares de diligência
a) A verificação da identificação do cliente e do às operações realizadas sem a presença física do cliente,
beneficiário efectivo após o estabelecimento da do seu representante ou do beneficiário efectivo, podendo
relação de negócio; a confirmação da identidade ser completada com documen-
b) A redução da frequência das actualizações dos ele- tos adicionais ou com informações prestadas pelo cliente e
mentos recolhidos no cumprimento do dever de consideradas como suficientes para fins de confirmação ou
identificação e diligência; verificação.
c) A redução da intensidade do acompanhamento 5. Quanto às relações de negócio ou transacções oca-
contínuo e da profundidade da análise das ope- sionais com pessoas politicamente expostas, as entidades
rações, quando os montantes envolvidos nas sujeitas devem:
mesmas são de valor baixo; a) Dispor de procedimentos adequados baseados
d) A ausência de recolha de informações específicas no risco, para determinar se o cliente ou, caso
e a não execução de medidas específicas que aplicável, representante ou beneficiário efectivo
permitam compreender o objecto e a natureza da pode ser considerada uma pessoa politicamente
relação de negócio, quando seja razoável inferir exposta;
o objecto e a natureza do tipo de transacção efec- b) Obter autorização do órgão de gestão competente
da entidade sujeita antes do estabelecimento
tuada ou relação de negócio estabelecida.
de relações de negócio com tais clientes e bem
6. As medidas simplificadas a aplicar pela entidade
sujeita devem ser proporcionais aos factores de risco redu- como para dinamizar e dar continuidade às rela-
zido identificados. ções, na hipótese da aquisição da condição de
7. As autoridades de supervisão e fiscalização podem “Pessoa Politicamente Exposta” ser posterior ao
igualmente definir o conteúdo concreto das medidas estabelecimento da relação de negócio;
simplificadas que se mostrem adequadas a fazer face a deter- c) Tomar as medidas necessárias para determinar a
minados riscos reduzidos de Branqueamento de Capitais, de origem do património e dos fundos envolvidos
Financiamento do Terrorismo e de Proliferação de Armas de nas relações de negócio ou nas transacções oca-
Destruição em Massa identificados. sionais;
8. A aplicação de medidas simplificadas, não dispensa d) Efectuar um acompanhamento contínuo acrescido
as entidades sujeitas de acompanhar as operações e relações da relação de negócio.
de negócio de modo a permitir a detecção de operações não 6. O regime previsto no número anterior deve continuar
habituais ou suspeitas. a aplicar-se a quem, tendo deixado de ter a condição de pes-
soa politicamente exposta, continue a representar um risco
ARTIGO 14.º
(Medidas de diligência reforçada) acrescido de Branqueamento de Capitais, de Financiamento
do Terrorismo e de Proliferação de Armas de Destruição
1. Sem prejuízo do cumprimento do disposto nos arti-
gos 11.º e 13.º da presente Lei, as entidades sujeitas devem em Massa devido ao seu perfil ou à natureza das operações
aplicar medidas acrescidas de diligência em relação aos desenvolvidas.
clientes e às operações, atendendo à natureza, complexi- ARTIGO 15.º
(Obrigação de recusa)
dade, volume, carácter não habitual, ausência de justificação
económica ou susceptibilidade de enquadrar num tipo legal 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 17.º, caso os requi-
de crime ou por outro factor de alto risco. sitos previstos nos artigos 11.º a 14.º da presente Lei não
2. Verificadas as circunstâncias descritas no número possam ser cumpridos, as entidades sujeitas devem:
anterior, as entidades sujeitas devem procurar informação a) Recusar a abertura de conta;
do cliente sobre a origem e destino dos fundos e reduzir a b) Recusar o início da relação de negócio;
escrito o resultado destas medidas, que deve estar disponível c) Recusar a realização da transacção;
para as autoridades competentes. d) Extinguir a relação de negócio.
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2. Sempre que ocorra qualquer das situações previstas 2. Para efeitos do disposto no n.º 1, a operação pode
no número anterior, as entidades sujeitas devem analisar envolver uma única transacção ou ser parte integrante de
as circunstâncias que a determinaram e, se suspeitarem várias transacções aparentemente vinculadas.
que a situação pode estar relacionada com a prática de um 3. As entidades sujeitas devem ainda comunicar à
Crime de Branqueamento de Capitais, de Financiamento do Unidade de Informação Financeira, todas as transacções em
Terrorismo ou de Proliferação de Armas de Destruição em numerário igual ou superior em moeda nacional ou outra
Massa, devem efectuar as comunicações previstas na Lei e
moeda, equivalente ao:
quando aplicável, ponderar pôr termo à relação de negócio.
a) Valor indicado no ponto 2.1 da Tabela Anexa;
ARTIGO 16.º
(Obrigação de conservação)
b) Valor indicado no ponto 2.2 da Tabela Anexa,
quando se realiza troca entre notas de denomi-
1. As entidades sujeitas devem conservar por um período
nação baixa por notas de denominação alta;
de 10 (dez) anos, contados a partir do momento em que for
efectuada a transacção ou após o fim da relação de negócio, c) Valor indicado no ponto 2.3 da Tabela Anexa,
no mínimo, os seguintes documentos: quando se realiza a troca em moedas diferentes;
a) Cópias dos documentos ou outros suportes tec- d) Valor indicado no ponto 2.4 da Tabela Anexa,
nológicos comprovativos do cumprimento quando um cliente compra e/ou liquida cheques,
da obrigação de identificação e de diligência, cheques de viagem ou métodos de pagamento
incluindo a conservação de registos sobre a clas- semelhantes;
sificação dos clientes; e) Valor indicado no ponto 2.5 da Tabela Anexa,
b) Registo de transacções, incluindo toda informação quando envolver valores mobiliários;
original e do beneficiário da transacção, para f) Valor indicado no ponto 2.6 da Tabela Anexa,
permitir a reconstituição de cada operação, de quando satisfaçam dois ou mais dos seguintes
modo a fornecer se necessário, prova no âmbito indicadores:
de um processo criminal; i. Montantes não contados;
c) Cópia de toda a correspondência comercial trocada ii. Em moeda estrangeira;
com o cliente; iii. Não depositados em conta própria;
d) Cópia das comunicações efectuadas pelas entida- iv. Que sejam transferidos para uma conta no
des sujeitas à Unidade de Informação Financeira exterior.
e outras autoridades competentes; 4. As instituições financeiras devem, ainda, comunicar
e) Registos dos resultados das análises internas, assim à Unidade de Informação Financeira, todas as transferên-
como o registo da fundamentação da decisão das cias electrónicas efectuadas por não detentores de conta
entidades sujeitas no sentido de não comunica- bancária, cujos montantes, em moeda nacional, excedam o
rem estes resultados à Unidade de Informação indicado no ponto 2.7 da Tabela Anexa à presente Lei e se
Financeira ou a outras autoridades competentes. destinem a países estrangeiros.
2. A informação referida no número anterior, deve ser
5. As autoridades de supervisão e fiscalização podem,
colocada à disposição da Unidade de Informação Financeira
e das demais autoridades competentes.
3. Para o cumprimento do disposto no n.º 1 do presente
artigo, os elementos aí referidos devem ser adequadamente
conservados em suporte electrónico ou noutros meios que
permitam a sua fácil localização e o acesso imediato aos
mesmos pela Unidade de Informação Financeira ou outras
autoridades competentes.
ARTIGO 17.º
(Obrigação de comunicação)
2. Os grupos financeiros e grupos afins de instituições não 2. As entidades sujeitas devem conservar, durante um
financeiras devem ser obrigados a desenvolver programas de período de 5 (cinco) anos, cópia dos documentos ou regis-
combate ao Branqueamento de Capitais, do Financiamento tos relativos à formação prestada aos seus empregados e
do Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição dirigentes.
em Massa a nível do grupo, os quais devem ser aplicados e ARTIGO 24.º
adaptados a todas as sucursais e filiais maioritárias. (Implementação de Medidas Restritivas)
3. Os programas referidos no número anterior devem 1. As entidades sujeitas devem adoptar meios e meca-
incluir as medidas definidas no n.º 1, bem como: nismos necessários para assegurar o cumprimento das
a) Políticas e procedimentos de partilha de informa- medidas restritivas adoptadas pelo Conselho de Segurança
ção exigidos para o cumprimento do dever de das Nações Unidas ou outras entidades, sobre congelamento
identificação e diligência relativo aos clientes de bens e recursos económicos e as proibições de realização
e para a gestão do risco de branqueamento de de transacções relacionadas com o terrorismo, proliferação
de armas de destruição em massa, e o respectivo financia-
capitais, de financiamento do terrorismo e da
mento, contra pessoa ou entidade designada.
proliferação de armas de destruição em massa;
2. Para cumprimento do disposto no número anterior, as
b) Prestação de informação a nível do grupo, rela-
entidades sujeitas devem adoptar em especial:
tivas às funções de controlo de conformidade,
a) Os meios adequados a assegurar a imediata e plena
auditoria e/ou de Combate ao Branqueamento
compreensão do teor das medidas restritivas
de Capitais e de luta contra o Financiamento do
referidas no número anterior, em particular e
Terrorismo e da Proliferação de Armas de Des- quando aplicável, das listas de pessoas e entida-
truição em Massa; des emitidas ou actualizadas ao abrigo daquelas
c) Prestação quando necessário, de informação sobre medidas mesmo que não disponíveis em língua
clientes, contas e operações das sucursais e filiais, portuguesa; e
para efeitos de Combate ao Branqueamento de b) Os mecanismos de consulta necessários à imediata
Capitais e de Luta Contra o Financiamento do aplicação daquelas medidas, incluindo a subs-
Terrorismo e da Proliferação de Armas de Des- crição electrónica de quaisquer conteúdos que,
truição em Massa; neste âmbito, estejam disponíveis.
d) garantia da confidencialidade e da boa utilização SUBSECÇÃO II
da informação partilhada. Obrigações Específicas das Instituições Financeiras
4. As entidades sujeitas devem assegurar a aplicação DIVISÃO I
das medidas de Prevenção e combate ao Branqueamento de Obrigações em Especial
Capitais, do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação
ARTIGO 25.º
de Armas de destruição em massa, em conformidade com (Obrigações das Instituições Financeiras)
as obrigações da presente Lei, pelas suas sucursais, filiais As Instituições Financeiras estão sujeitas para além das
e participadas em que detêm maioria ou controle, situa- obrigações da presente Lei, às previstas em normas regu-
das no estrangeiro, onde as exigências mínimas do país de lamentares emitidas pelas autoridades de supervisão e
acolhimento são fracas e na medida em que a suas Leis e fiscalização.
regulamentos o permitam. ARTIGO 26.º
5. No caso de o país de acolhimento não permitir a (Execução de obrigações por terceiros)
aplicação do disposto no n.º 4, as entidades sujeitas são obri- 1. As instituições financeiras podem delegar a uma enti-
gadas a aplicar medidas adicionais adequadas, para gerir os dade terceira, nos termos a regulamentar pelas respectivas
riscos de Branqueamento de Capitais, de Financiamento do autoridades competentes a execução das obrigações de iden-
Terrorismo e de Proliferação de Armas de Destruição em tificação e de diligência em relação aos clientes previstas nos
Massa e informar as autoridades de supervisão e fiscalização. artigos 11.º a 14.º, com excepção dos procedimentos referi-
ARTIGO 23.º dos nas alíneas e) e f) do artigo 11.º, todos da presente Lei.
(Obrigação de formação) 2. As Instituições Financeiras que recorrem a entidades
1. Todas as entidades sujeitas devem garantir a forma- terceiras devem:
ção periódica e adequada aos seus colaboradores e membros a) Certificar que estes terceiros são regulados, super-
dos órgãos de gestão, visando o cumprimento das obriga- visionados e/ou fiscalizados em matéria de
ções impostas pela presente Lei e respectiva regulamentação cumprimento das medidas de diligência relati-
em matéria de prevenção e repressão do Branqueamento de vas aos clientes;
Capitais, do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação b) Certificar que mantêm os seus registos oficiais nos
de Armas de Destruição em Massa. termos da Lei;
934 DIÁRIO DA REPÚBLICA
c) Assegurar que as entidades terceiras estão habi- b) As medidas para Prevenção e o Combate ao Bran-
litadas para executar os procedimentos de queamento de Capitais, do Financiamento do
identificação e diligência; Terrorismo e da Proliferação de Armas de des-
d) Avaliar, através de informação de domínio público,
truição em massa, sejam fracas de acordo com
a reputação e idoneidade das entidades terceiras;
e) Completar a informação recolhida pelas entidades a determinação de uma Autoridade Nacional
terceiras ou proceder a uma nova identificação competente.
no caso de insuficiência da informação ou 2. Em caso de operações que revelem especial Risco de
quando o risco associado o justifique; Branqueamento de Capitais, do Financiamento do terro-
f) Certificar que as entidades terceiras cumprem o rismo ou da Proliferação de Armas de Destruição em Massa,
dever de conservação estabelecido no artigo 16.º
nomeadamente quando se relacionem com um determinado
da presente Lei.
3. Sem prejuízo do disposto em regulamentação sec- país ou jurisdição sujeita a contra-medidas adicionais decidi-
torial, as entidades sujeitas asseguram que as entidades das pelo Estado Angolano, por organizações internacionais
terceiras a que recorrem estão em condições de: competentes ou autoridades de supervisão e fiscalização,
a) Reunir toda a informação e cumprir todos os as entidades sujeitas devem imediatamente comunicá-las à
procedimentos de identificação, diligência e Unidade de Informação Financeira, quando o seu montante
de conservação de documentos que as próprias
for superior, em moeda nacional ou noutra moeda, equiva-
entidades sujeitas devem observar;
b) Quando solicitado, transmitir imediatamente cópia lente ao indicado no ponto 3 da Tabela Anexa à presente Lei.
dos dados de identificação e de verificação da ARTIGO 29.º
identidade e outra documentação relevante sobre (Sucursais e filiais em países terceiros)
o cliente, seus representantes ou beneficiários 1. As instituições financeiras, relativamente às suas
efectivos que foram sujeitos aos procedimentos sucursais ou filiais em que possuam uma relação de domínio
de identificação e diligência. estabelecida em países terceiros, devem:
4. As instituições financeiras previstas no n.º 1 do pre- a) Aplicar obrigações equivalentes às previstas na
sente artigo, mantêm a responsabilidade pelo estrito presente Lei;
cumprimento das obrigações de identificação e diligência. b) Comunicar as políticas e procedimentos inter-
5. Nos termos do disposto nos números anteriores, os nos definidos em cumprimento do disposto
acordos realizados com uma entidade terceira devem ser no artigo 22.º da presente Lei, que se mostrem
reduzidos a escrito. aplicáveis no âmbito da actividade das sucursais
6. Na escolha de terceiros, as instituições financeiras e das filiais.
devem tomar em conta a informação disponível sobre a clas- 2. Caso a legislação do país terceiro não permita a
sificação do risco do país. aplicação das medidas previstas na alínea a) do número
ARTIGO 27.º anterior, as instituições financeiras devem informar desse
(Agentes bancários) facto as respectivas autoridades de supervisão e fiscaliza-
1. O exercício da actividade do agente bancário deve ção e tomar medidas suplementares destinadas a prevenir o
estar em conformidade com a legislação em vigor, em maté- risco de Branqueamento de Capitais, do Financiamento do
ria de prevenção e combate do branqueamento de capitais, Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em
do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas Massa.
de destruição em massa adoptando medidas apropriadas para 3. Sempre que os requisitos em matéria de Prevenção
identificar, avaliar e compreender os riscos a eles associados. do Branqueamento de Capitais, do Financiamento do
2. As instituições financeiras devem, ao celebrar contra- Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em
tos de agenciamento bancário, verificar o cumprimento do Massa existentes num país terceiro, forem mais restritos
previsto no número anterior. que os previstos na presente Lei, esses requisitos podem
ser aplicados às sucursais e filiais de instituições financeiras
ARTIGO 28.º
(Obrigação específica de exame e de comunicação)
angolanas estabelecidas no país.
DIVISÃO II
1. As entidades sujeitas devem aplicar medidas reforça- Operações Electrónicas
das de monitorização aos clientes, na proporção dos riscos,
relações de negócio e transacções com pessoas singulares e ARTIGO 30.º
(Transferências electrónicas)
colectivas, oriundas de jurisdições que:
a) Não aplicam ou aplicam de forma insuficiente 1. As Instituições Financeiras cuja actividade abranja
os requisitos internacionais em matéria de transferências electrónicas devem incluir na mensagem ou
no formulário de pagamento que acompanha a transferência
Prevenção de Branqueamento de Capitais, de
Financiamento do Terrorismo e da Proliferação informação devidamente verificada:
de Armas de Destruição em Massa, conforme a) Relativamente aos ordenantes cuja identidade foi
determinação do Grupo de Acção Financeira devidamente verificada:
Internacional; i) Nome completo;
I SÉRIE – N.º 10 – DE 27 DE JANEIRO DE 2020 935
previstas na presente Lei, os advogados e outras profissões Quaisquer entidades que paguem prémios na sequência
jurídicas independentes, não são abrangidos pela obrigação de apostas ocasionais, sorteios ou passatempos televisivos
de comunicação, sempre que as informações sejam obtidas ou radiofónicos, no valor equivalente, em moeda nacional
no decurso da apreciação da situação jurídica do cliente ou ou outra moeda, ao indicado no ponto 7 da Tabela Anexa à
no exercício da sua missão de defesa ou representação do presente Lei, devem obrigatoriamente identificar os premia-
cliente em processo judicial ou a respeito de um processo dos e remeter os dados recolhidos ao Instituto de Supervisão
judicial, incluindo o aconselhamento relativo à maneira de de Jogos e à Unidade de Informação Financeira.
propor ou evitar um processo, bem como as informações que ARTIGO 42.º
sejam obtidas antes, durante ou depois do processo. (Entidades com actividades imobiliárias)
operações ocasionais de valor igual ou superior ao equiva- 4. As autoridades competentes devem definir interna-
lente, em moeda nacional ou outra moeda, ao indicado no mente meios e procedimentos adequados, seguros, eficientes
ponto 9 da Tabela Anexa à presente Lei. e eficazes que garantam a recepção, execução, disseminação
2. Os administradores de entidades sem personalidade e priorização dos pedidos de cooperação, bem como asse-
jurídica devem prestar às autoridades competentes ou as gurar um atempado retorno de informação às autoridades
Instituições Financeiras e não Financeiras, informações rela- nacionais e estrangeiras.
tivas as pessoas ou entidades que representam e ainda, sobre ARTIGO 51.º
os beneficiários efectivos e os bens detidos ou a ser detido (Obrigação de formação e capacitação técnica)
ou geridos no âmbito da relação de negócio ou processos 1. As autoridades competentes devem garantir aos seus
em curso. colaboradores formação periódica e adequada à actividade
ARTIGO 48.º que desempenham, visando o cumprimento das obrigações
(Acesso às informações sobre de entidades previstas na presente Lei e respectiva regulamentação em
sem personalidade jurídica) matéria de Prevenção e Combate ao Branqueamento de
As autoridades competentes, incluindo as autoridades de Capitais, do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação
aplicação da lei, têm o direito de acesso oportuno à infor- de Armas de Destruição em Massa.
mação mantida pelos administradores e por terceiros, em 2. As autoridades competentes devem dotar-se de meios
especial a informação detida por instituições financeiras e e mecanismos adequados ao desempenho das suas atribui-
instituições não financeiras, sobre: ções e competências no âmbito da Prevenção e Combate
a) Os beneficiários efectivos; do Branqueamento de Capitais, do Financiamento do
b) O controlo do fundo fiduciário; Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em
c) A residência do administrador do fundo; Massa.
d) Quaisquer bens detidos ou administrados pela Ins- ARTIGO 52.º
(Obrigação de comunicação das autoridades competentes)
tituição Financeira ou Instituição não Financeira
em relação a qualquer administrador com os Sempre que, no exercício das suas funções as autori-
quais mantenha uma relação de negócio ou com dades competentes tenham conhecimento ou suspeitem
o qual realize uma operação ocasional. de factos susceptíveis de configurar a prática do Crime
de Branqueamento de Capitais, do Financiamento do
ARTIGO 49.º
(Responsabilidade de entidades sem personalidade jurídica) Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em
Massa, devem comunicá-los imediatamente à Unidade de
As autoridades competentes devem garantir que os admi-
Informação Financeira.
nistradores de entidades sem personalidade jurídica sejam
ARTIGO 53.º
legalmente responsáveis pelo cumprimento dos seus deve-
(Dever de comunicação da Administração Geral Tributária)
res e obrigações.
1. A Administração Geral Tributária (AGT) deve, por
SUBSECÇÃO VI
Obrigações das Autoridades Competentes
sua própria iniciativa, informar de imediato à Unidade de
Informação Financeira, sempre que saiba, duvide ou tenha
ARTIGO 50.º razões suficientes para suspeitar que teve lugar, está em
(Obrigação de cooperação das autoridades competentes)
curso ou foi tentada a realização de movimentos físicos
1. As autoridades competentes devem prestar qualquer transfronteiriços de moeda estrangeira ou de instrumentos
informação, assistência técnica ou outra forma de coope- negociáveis ao portador e quaisquer outros incidentes de
ração que lhes seja solicitada por autoridades nacionais ou transporte transfronteiriço suspeitos, susceptíveis de esta-
estrangeiras e que se mostre necessária à realização das fina- rem associados à prática do Crime de Branqueamento de
lidades prosseguidas por essas autoridades. Capitais, do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação
2. A cooperação prevista no número anterior inclui a de Armas de Destruição em Massa ou de qualquer outro
troca de informações, a realização de investigações, ins- crime.
pecções, averiguações ou outras diligências admissíveis em 2. A Administração Geral Tributária (AGT) deve entregar
nome das autoridades nacionais ou estrangeiras, devendo as à Unidade de Informação Financeira toda a documentação
autoridades competentes prestar-lhes toda a informação que relacionada com as operações referidas nos números ante-
possam obter ao abrigo dos poderes conferidos pela legisla- riores, recolhida durante o exercício das suas funções.
ção vigente. 3. A documentação recolhida pela Administração Geral
3. As autoridades competentes podem por sua pró- Tributária (AGT) relativamente a movimentos físicos
pria iniciativa disseminar para as autoridades nacionais transfronteiriços de moeda estrangeira ou de instrumentos
ou estrangeiras, informação com elas relacionadas sobre
Branqueamento de Capitais, do Financiamento do Terrorismo
e da Proliferação de Armas de Destruição em Massa.
I SÉRIE – N.º 10 – DE 27 DE JANEIRO DE 2020 943
em tempo útil, à informação financeira, administrativa, judi- Seja qual for a nacionalidade do agente, o disposto no
cial e policial a qual fica sujeita ao disposto ao n.º 6 do presente capítulo é aplicável a:
artigo 17.º da presente Lei. a) Factos praticados em território angolano;
ARTIGO 64.º b) Factos praticados fora do território nacional de que
(Recolha, manutenção e publicação de dados estatísticos) sejam responsáveis as entidades previstas na
1. Compete à Unidade de Informação Financeira pre- presente Lei actuando por intermédio de sucur-
parar e manter actualizados dados estatísticos relativos ao sais ou em prestação de serviços, bem como
número de transacções suspeitas comunicadas e ao encami- as pessoas que, em relação a tais entidades se
nhamento do resultado de tais comunicações. encontrem em alguma das situações dispostas no
2. As autoridades judiciárias remetem, periodicamente, n.º 2 do artigo seguinte; e
à Unidade de Informação Financeira, os dados estatísticos c) Factos praticados a bordo de navios ou aeronaves
relativos aos processos relacionados ao Branqueamento de de bandeira angolana, salvo tratado ou conven-
Capitais, do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação ção internacional em contrário.
de Armas de destruição em massa e respectivos crimes sub- ARTIGO 67.º
(Responsabilidade)
jacentes, nomeadamente o número de casos investigados de
pessoas acusadas em processo judicial, de pessoas conde- 1. Pela prática das transgressões a que se refere o presente
nadas e o montante dos bens congelados, apreendidos ou capítulo podem ser responsabilizadas:
declarados perdidos a favor do Estado. a) As instituições financeiras;
3. A Procuradoria Geral da República submete, anual- b) As entidades não financeiras.
mente, à Unidade de Informação Financeira, o número de 2. As pessoas colectivas são responsáveis pelas infrac-
pedidos de assistência jurídica mútua ou outros pedidos ções quando os factos tenham sido praticados no exercício
internacionais de cooperação feitos e recebidos em rela- das respectivas funções ou em seu nome ou por sua conta,
ção ao Branqueamento de Capitais, do Financiamento do pelos titulares dos seus órgãos sociais, mandatários, repre-
Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em sentantes, trabalhadores ou quaisquer outros colaboradores
Massa. permanentes ou ocasionais.
4. As autoridades de supervisão e fiscalização remetem, 3. A responsabilidade da pessoa colectiva não exclui a
periodicamente, à Unidade de Informação Financeira, os responsabilidade individual dos respectivos agentes.
dados estatísticos relativos ao Branqueamento de Capitais, 4. Não obsta à responsabilidade individual dos agentes,
do Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas a circunstância do tipo legal da infracção exigir determina-
de Destruição em Massa, incluindo os processos de trans- dos elementos pessoais e se estes só se verificarem na pessoa
gressões abertos em curso e concluídos. colectiva, ou exigir que o agente pratique o facto no seu inte-
5. Compete à Unidade de Informação Financeira pro- resse, tendo aquele actuado no de outrem.
ceder a publicação dos dados estatísticos recolhidos sobre 5. A invalidade e a ineficácia jurídicas dos actos em que
Prevenção do Branqueamento de Capitais, do Financiamento se funde a relação entre o agente individual e a pessoa colec-
do Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em tiva não obstam a que seja aplicado o disposto nos números
Massa anteriores.
944 DIÁRIO DA REPÚBLICA
ARTIGO 76.º são notificados para deduzirem a defesa dos seus direitos
(Concurso de infracções)
e fazerem prova sumária da sua boa-fé sem culpa podendo
1. Salvo o disposto no número seguinte, se o mesmo ser-lhes de imediato, restituído o bem.
facto constituir simultaneamente crime e transgressão, são 2. Não havendo registo, o terceiro que invoque a boa-fé
os agentes responsabilizados por ambas as infracções, ins-
na aquisição de bens apreendidos pode deduzir no processo
taurando-se, para o efeito, processos distintos, os quais
a defesa dos seus direitos.
são objecto de decisão pelas entidades respectivamente
competentes. 3. A defesa dos direitos de terceiro que invoque a boa-fé
2. Há lugar apenas ao procedimento criminal quando o pode ser deduzida até à declaração de perda e é apresentada
crime e a contravenção tenham sido praticados pelo mesmo medianal.petição dirigida ao tribunal competenal.pe1.8 (er)18.40003>328
agente, através de um mesmo facto, violando interesses jurí-
dicos idênticos, podendo o juiz aplicar as sanções acessórias
previstas para a contravenção em causa.
3. Nos casos previstos no número anterior, deve a autori-
dade sectorial respectiva ser notificada da decisão que ponha
fim ao processo.
SECÇÃO II
Disposições Processuais
SUBSECÇÃO I
Competências
ARTIGO 77.º
(Competência das autoridades de supervisão e de fiscalização)
Relativamente às transgressões praticadas por entidades
sujeitas a averiguação das infracções, a instrução processual
e a aplicação de multas e sanções acessórias são da com-
petência das autoridades de supervisão e de fiscalização
previstas no ponto 5 do artigo 3.º da presente Lei.
ARTIGO 78.º
(Competência judicial)
Compete à Sala do Cível e Administrativo do Tribunal
territorialmente competente, apreciar, julgar e decidir sobre
a impugnação judicial, revisão ou execução de qualquer
decisão proferida em processo de transgressão por uma auto-
ridade de supervisão e fiscalização das entidades sujeitas.
SUBSECÇÃO II
Prescrição
ARTIGO 79.º
(Prescrição do procedimento)
1. O procedimento relativo às transgressões previstas
neste capítulo prescreve no prazo de 5 (cinco) anos a contar
da data da prática da transgressão.
2. As multas e as sanções acessórias prescrevem no prazo
de 5 (cinco) anos a contar do dia em que a decisão adminis-
trativa se torne definitiva ou do dia em que a decisão judicial
transite em julgado.
3. No que estiver omisso na presente Lei, aplicam-se as
regras da prescrição previstas na legislação penal.
SUBSECÇÃO III
Terceiros de Boa-Fé
ARTIGO 80.º
(Defesa de direitos de terceiros de boa-fé)
1. Se os bens apreendidos a arguidos em processo penal
por infracção relativa ao Branqueamento de Capitais ou do
Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas
de destruição em massa se encontrarem inscritos em registo
público em nome de terceiros, os titulares de tais registos
948 DIÁRIO DA REPÚBLICA
3. Consideram-se vantagens os bens provenientes da prá- c) O agente prestar colaboração relevante na inves-
tica sob qualquer forma de comparticipação, de quaisquer tigação do próprio crime de branqueamento,
infracções subjacentes ao crime de branqueamento de capi- prevenir ou evitar os efeitos do crime, proceder a
tais, assim como os bens que com eles se obtenham. delação tempestiva de outros agentes ou impedir
4. Consideram-se infracções subjacentes ao Crime de a verificação outros Crimes de Branqueamento;
Branqueamento de capitais, tal como definido no presente d) O agente com a sua acção, privar grupos crimi-
artigo todos os factos ilícitos típicos puníveis com pena de nosos dos seus recursos ou proventos do crime.
10. A pena aplicada nos termos dos números anteriores,
prisão que tenha duração mínima igual ou superior a 6 (seis)
não pode ser superior ao limite máximo da pena mais ele-
meses.
vada de entre as previstas para os factos ilícitos típicos de
5. A punição pelos crimes previstos no presente artigo
onde provêm as vantagens.
tem lugar ainda que os factos que integram a infracção 11. A punição do Crime de Branqueamento de Capitais
subjacente tenham sido praticados fora do território nacio- não depende da condenação dos agentes das infracções sub-
nal ou ainda que se ignore o local da prática do facto ou jacentes das quais são provenientes os bens de origem ilícita.
a identidade dos seus autores, desde que a infracção subja- 12. A tentativa é punível.
cente relevante seja qualificada como crime subjacente pelo ARTIGO 83.º
direito interno do país em que é cometida, assim como seria (Financiamento da Proliferação de Armas de Destruição em Massa)
no direito interno angolano caso o Crime de Branqueamento Quem por quaisquer meios, directa ou indirectamente,
de Capitais fosse cometido em território nacional. fornecer ou reunir fundos com a intenção de serem utiliza-
6. As infracções previstas no presente artigo não são puní- dos ou tiver conhecimento que podem ser utilizados total ou
veis sempre que, no momento da sua prática, não subsistir parcialmente no financiamento da proliferação de armas de
uma pretensão de confisco das vantagens, nomeadamente,
destruição em massa é punido nos mesmos termos previs-
por efeito de amnistia, decurso do prazo de prescrição do
tos para o financiamento do terrorismo, de acordo ao regime
procedimento criminal ou falta de apresentação tempestiva
aplicável em matéria de prevenção e combate ao terrorismo.
da queixa relativa aos factos ilícitos típicos de onde provêm
ARTIGO 84.º
as vantagens, quando estes dela dependerem. (Sanções financeiras aos actos de Financiamento da Proliferação de
7. A pena prevista nos n.os 1 e 2 do presente artigo é agra- Armas de Destruição em Massa)
vada de 1/3, quando: As entidades sujeitas e quaisquer outras devem apli-
a) O agente praticar as condutas de forma habitual; car aos actos de Financiamento da Proliferação de Armas
b) O Crime de Branqueamento for praticado por ou de Destruição em Massa as sanções aplicáveis à prática do
no âmbito de uma associação ou organização terrorismo e do seu financiamento à luz do regime aplicá-
criminosa; vel em matéria de Prevenção e Combate do Terrorismo e
c) O Crime de Branqueamento for praticado com a da Lei sobre a Designação e Execução de Actos Jurídicos
intenção de promover a continuação da activi- Internacionais.
dade criminosa; ARTIGO 85.º
d) O Crime de Branqueamento for praticado com (Restituição de quantias)
a intenção de promover o financiamento do Além das penas previstas pela prática dos crimes pre-
Terrorismo ou da Proliferação de Armas de Des- vistos na presente Lei e regime aplicável em matéria de
truição em Massa. Prevenção e do Combate ao Terrorismo, o Tribunal deve
8. Quando tiver lugar a reparação integral do dano cau- sempre condenar na total restituição das quantias utiliza-
sado ao ofendido pelo facto ilícito típico de cuja prática das para o cometimento dos crimes das quantias ilicitamente
provêm as vantagens sem dano ilegítimo de terceiros, até ao obtidas ou desviadas dos fins para que foram concedidas.
início da audiência de julgamento em primeira instância, a
ARTIGO 86.º
pena é especialmente atenuada. (Responsabilidade criminai das pessoas colectivas
9. A pena pode ser especialmente atenuada se: e equiparadas e penas aplicáveis)
a) Verificados os requisitos previstos no número ante- 1. As pessoas colectivas com excepção do Estado e das
rior a reparação do dano causado ao ofendido organizações internacionais de direito público, as socieda-
pelo facto ilícito típico de cuja prática provêm as des civis e as meras associações de facto, são susceptíveis
vantagens for parcial; de responsabilidade pelos crimes previstos na presente Lei e
b) O agente prestar auxílio concreto e relevante na na Lei da Prevenção e Combate ao Terrorismo.
recolha das provas decisivas para a identifica- 2. As pessoas colectivas e entidades equiparadas ainda
ção ou a captura dos responsáveis pela prática que irregularmente constituídas são responsáveis pelas
dos factos ilícitos típicos de onde provêm as infracções cometidas em seu nome, por sua conta ou no
vantagens e na identificação e apreensão dos interesse colectivo, a título individual ou no desempenho de
proventos daí decorrentes; funções, pelos seus órgãos ou representantes, por pessoas
I SÉRIE – N.º 10 – DE 27 DE JANEIRO DE 2020 949
que detenham uma posição de liderança ou por pessoa sob a 11. Sem prejuízo do direito de regresso, as pessoas que
autoridade destes, quando o cometimento se tenha tornado ocupem uma posição de liderança são subsidiariamente res-
possível em virtude de uma violação dolosa das obrigações ponsáveis pelo pagamento das multas e indemnizações em
de vigilância ou de controlo que lhes incumbem. que a pessoa colectiva ou entidade equiparada for conde-
3. Para efeitos do número anterior, entende-se que detêm nada, relativamente aos crimes praticados no período de
uma posição de liderança as pessoas singulares que inte- exercício do seu cargo, sem a sua oposição expressa, ou
gram os órgãos da pessoa colectiva ou têm poderes para pelos crimes praticados anteriormente, quando:
representá-la, bem como as pessoas singulares que têm a) Tiver sido por culpa sua que o património da pes-
soa colectiva ou entidade equiparada se tornou
autoridade para exercer o controlo da respectiva actividade,
insuficiente para o respectivo pagamento; ou
quando actuem nessa qualidade.
b) A decisão definitiva de as aplicar tiver sido notifi-
4. A responsabilidade das entidades referidas no número
cada durante o período de exercício do seu cargo
anterior não exclui a responsabilidade individual dos respec-
e lhe seja imputável a falta de pagamento.
tivos agentes, nem depende da responsabilização destes.
12. Sendo várias as pessoas responsáveis nos termos do
5. A responsabilidade penal das pessoas colectivas e enti-
número anterior, é solidária a sua responsabilidade.
dades equiparadas é excluída quando o agente tiver actuado 13. Se as multas ou indemnizações forem aplicadas a
contra ordens ou instruções expressas da entidade compe- uma entidade sem personalidade jurídica, responde por
tente para o efeito. elas o património comum e, na sua falta ou insuficiência,
6. A transmissão, cisão e a fusão não determinam a solidariamente, o património de cada um dos respectivos
extinção da responsabilidade penal das pessoas colectivas, membros, sócios, associados, integrantes ou beneficiários
respondendo pela prática do crime: efectivos.
a) A pessoa colectiva ou entidade equiparada em que 14. Findo o prazo de pagamento da multa ou de alguma
a transmissão ou fusão se tiver efectivado; das suas prestações sem que o pagamento esteja efectuado,
b) As pessoas colectivas ou entidades equiparadas procede-se à execução do património da pessoa colectiva ou
que resultaram da cisão. entidade equiparada.
7. As penas aplicáveis a entes colectivos devem ser 15. A multa que não for voluntária ou coercivamente
definidas tendo em conta a sua natureza jurídica, as suas paga não pode ser convertida em prisão subsidiária.
especificidades, o tipo de actividade que desenvolvem e a 16. A pena de dissolução só é decretada quando os sócios
sua dimensão económica e social. da pessoa colectiva tenham tido a intenção, exclusiva ou pre-
8. Pelos crimes previstos no n.º 1 do presente artigo dominante de, por meio dela, praticar os crimes indicados no
são aplicáveis às pessoas colectivas as seguintes penas n.º 1 do presente artigo ou quando a prática reiterada de tais
principais: crimes mostre que a pessoa colectiva ou sociedade está a ser
a) Multa; utilizada, exclusiva ou predominantemente, para esse efeito,
b) Dissolução. quer pelos seus órgãos ou representantes, quer pelos seus
9. A pena de multa é fixada em dias, no mínimo de 100 membros, quer por quem exerça a respectiva administração
(cem) dias e no máximo de 1.000 (mil) dias. ou detenha uma posição de liderança.
10. Cada dia de multa corresponde a uma quantia, no valor 17. Pelos crimes previstos no n.º 1 do presente artigo
podem ser aplicadas às pessoas colectivas, individual ou
de Kz: 45 645,80 (quarenta e cinco mil, seiscentos e quarenta
cumulativamente, as seguintes penas acessórias:
e cinco kwanzas e oitenta cêntimos) a Kz: 4 564 580,00
a) Caução de boa conduta;
(quatro milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil e qui-
b) Injunção judiciária;
nhentos e oitenta kwanzas) que o tribunal fixa em função da
c) Proibição de celebrar certos contratos ou de os
situação económica e financeira da pessoa colectiva e dos
celebrar com determinadas entidades;
seus encargos com os trabalhadores e, quando se justificar
d) Perda dos lucros ilícitos obtidos com a actividade
aplicam-se as seguintes regras: criminosa;
a) O tribunal pode autorizar o pagamento da multa e) Perda dos bens adquiridos com os lucros ilícitos da
dentro de um prazo que não exceda um ano, actividade criminosa;
ou permitir o pagamento em prestações, não f) Interdição temporária do exercício de uma activi-
podendo a última delas ir além dos dois anos dade;
subsequentes à data do trânsito em julgado da g) Privação do direito a subsídios ou a subvenções
condenação; outorgados por entidades ou serviços públicos;
b) Dentro dos limites referidos na alínea anterior e h) Encerramento de estabelecimento; e,
quando motivos supervenientes o justificarem, i) Publicidade da decisão condenatória transitada em
os prazos de pagamento inicialmente estabeleci- julgado.
dos podem ser alterados; 18. Para efeitos de responsabilidade criminal das pessoas
c) A falta de pagamento de uma das prestações colectivas é aplicável, com as necessárias adaptações, o dis-
importa o vencimento de todas. posto no Código Penal.
950 DIÁRIO DA REPÚBLICA
ANEXO I
Tabela de Referência para efeitos das obrigações da presente Lei, a que se refere o artigo 89.º
Pontos Correspondência Valor igual ou superior ao equivalente em moeda nacional ou estrangeira, à:
1.1 i), b) n.º 1 artigo 11.º 15.000,00 USD (Quinze Mil Dólares dos Estados Unidos da América)
1
1.2 ii), b) n.º 1 artigo 11.º 1.000,00 USD (Mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.1 a), n.º 3 artigo 17.º 15.000,00 USD (Quinze mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.2 b), n.º 3 artigo 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.3 c), n.º 3 artigo. 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil dólares dos Estados Unidos da América)
2 2.4 d), n.º 3 artigo 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.5 e), n.º 3 artigo 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.6 f), n.º 3 artigo 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
2.7 n.º 4 artigo 17.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
3 n.º 2 artigo 28.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
4 n.º 2 artigo 31.º 1.000,00 USD (Mil Dólares dos Estados Unidos da América)
5 a), n.º 1 artigo 39.º 2.500,00 USD (Dois mil e quinhentos Dólares dos Estados Unidos da América)
6 artigo 40.º 2.500,00 USD (Dois mil e quinhentos Dólares dos Estados Unidos da América)
7 artigo 41.º 5.000,00 USD (Cinco mil Dólares dos Estados Unidos da América)
8.1 n.º 1, artigo 43.º 10.000,00 USD (Dez mil Dólares dos Estados Unidos da América)
8
8.2 n.º 2, artigo 43.º 10.000,00 USD (Dez mil Dólares dos Estados Unidos da América)
9 n.º 1, artigo 47.º 15.000,00 USD (Quinze mil Dólares dos Estados Unidos da América)