TEXTO INFORMATIVO Dragoes Ao Redor Do Mundo-1

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TEXTO INFORMATIVO: DRAGÕES AO REDOR DO MUNDO.

A imagem mais conhecida dos dragões é a oriunda das lendas europeias (celta/escandinava/germânica), mas a figura
é recorrente em quase todas as civilizações antigas. Talvez o dragão seja um símbolo chave das crenças primitivas,
como os fantasmas, zumbis e outras criaturas que são recorrentes em vários mitos de civilizações sem qualquer
conexão entre si.

Há a presença de mitos sobre dragões em diversas outras culturas ao redor do planeta, dos dragões com formas de
serpentes e crocodilos da Índia até as serpentes em pluma das adoradas como deuses pelos Astecas, passando pelos
grandes lagartos da Polinésia e por diversos outros variando enormemente em formas, tamanhos e significados.

DRAGÕES NO MÉDIO ORIENTE

No Médio Oriente os dragões eram vistos geralmente como encarnações do mal. A mitologia persa cita vários
dragões como Azi Dahaka que atemorizava os homens, roubava seu gado e destruía florestas e que provavelmente
foi uma alegoria mística da opressão que a Babilônia exerceu sobre a Pérsia na antiguidade clássica. Os dragões da
cultura persa, de onde aparentemente se originou a ideia de grandes tesouros guardados por eles e que poderiam
ser tomados por aqueles que o derrotassem, hoje tema tão comum em histórias fantásticas. Na mitologia babilônica
todos os deuses descendiam do dragão-fêmea (ou dracena) Tiamat, mas essa começou a enxerga-los coo um estorvo
e planejou mata-los. Seus planos foram frustrados pela deusa e a que matou seu consorte Apsu. Posteriormente
Tiamat foi morta pelo deus Marduk.

DRAGÕES NO EGITO

No Egito antigo, os dragões geralmente eram associados com a imagem de serpentes e eram frequentemente
relacionados com a ideia de mal, embora isso não acarretasse necessariamente em uma visão negativa dos mesmos,
visto que a cultura no Egito Antigo possuía uma ideia de equilíbrio bastante forte. Diversos dragões também
apareciam como explicações para os fenômenos naturais, como o dia e a noite, representando mitologicamente
como a eterna batalha entre o deus sol Rá e a serpentes/dragão Apep.

DRAGÕES NA MESOPOTÂMIA

Na antiga Mesopotâmia também havia essa associação de dragões com o mal e o caos. Os dragões dos mitos
sumérios, por exemplo, frequentemente cometiam grandes crimes e, por isso, acabavam punidos pelos deuses –
como Zu, um deus dragão sumeriano das tempestades, que em certa ocasião teria roubado as pedras onde estavam
escritas as Leis do Universo e, por tal crime, acabou sendo morto pelo deus sol Ninurta. E no épico Enuma Elish, épico
babilônico que conta a criação do mundo, também há uma forte presença dos dragões, sobre tudo na figura de
Tiamat.

No mito Tiamat (apontada por diversos autores como uma personificação do oceano) e seu consorte mitológico Apsu
(considerado como uma personificação das águas doces sob a terra) se unem e dão a luz aos diversos deuses
mesopotâmicos. Apsu, no entanto, não conseguia descansar na presença de seus rebentos, e decide destruí-los, mas
é morto por Ela, uma de seus filhos. Para “vingar-se” Tiamat cria um exército de monstros, entre os quais onze são
considerados dragões e prepara um ataque contra os jovens deuses.

Liderados pelo mais jovem entre eles, Marduk, que mais tarde se tornaria o principal deus do panteão babilônico, os
deuses vencem a batalha e se consolidam como senhores do universo. Do corpo morto de Tiamat são criados o céu
e a terra, enquanto do sangue do principal general do seu exército, Kingu, é criada a humanidade. O Dragão de
Mushussu é subjugado por Marduk, se tornando seu dragão e símbolo de poder.

Na mitologia grega existe o dragão Lord (dragão Rei) que ainda habita o Monte Olimpo e ainda existem serpentes
servas por toda a Grécia escondidas em buracos.

DRAGÕES NAS LENDAS ORIENTAIS


Segundo a mitologia chinesa, os dragões são seres que representam o elo entre todos os setores cósmicos, pois eles
se localizam em todos os elementos (ar, água, terra e, principalmente, fogo) da natureza. Ainda segundo os chineses,
os dragões são seres dotados de grande poder e força interior, sendo responsáveis pelo desaparecimento de pragas
e outras mazelas, trazendo prosperidade e vida (o fogo é considerado o elemento criador da vida) e inclusive chuvas
para as plantações.

UM DRAGÃO VIETNAMITA

Na China, a presença de dragões na cultura é anterior mesmo a linguagem escrita e persiste até os dias de hoje,
quando o dragão é considerado um símbolo nacional chinês. Na cultura chinesa antiga, os dragões possuíam um
importante papel na previsão climática, pois eram considerados os responsáveis pelas chuvas. Assim, era comum
associar os dragões com a água e com a fertilidade nos campos, criando uma imagem bastante positivas para eles,
mesmo que ainda fossem capazes de causar muita destruição quando enfurecidos, criando grandes tempestades. As
formas quiméricas do dragão Lung chinês, que misturam partes de diversos animais, também influenciaram diversos
dragões orientais como o Tatsu japonês.

Nos mitos do extremo oriente os dragões geralmente desempenham funções superiores à de meros animais mágicos,
muitas vezes ocupando a posição de deuses.

Na mitologia chinesa, os dragões chamam-se Long e dividem-se em quatro tipos: celestiais, espíritos da terra, os
guardiões de tesouros e os dragões imperiais. O dragão Vuan-shi tian-zong ocupa uma das mais altas posições na
hierarquia divina do taoísmo. Ele teria surgido no princípio do universo e criado o céu e a terra.

Nas ledas japonesas os dragões desempenham papel divino semelhante. O dragão Ryujun, por exemplo, era
considerado o deus dos mares e controlava pessoalmente o movimento das marés através de joias mágicas.

DRAGÕES NA BÍBLIA

Representação do dragão como ser demoníaco nas culturas religiosas europeias. Os dragões segundo a cultura cristã
são aqueles que mais influenciaram a nossa visão contemporânea dos dragões.

Muito da visão dos cristãos a respeito de dragões é herdado das culturas do médio oriente e do ocidente antigo,
como uma relação bastante forte entre os conceitos de dragão e serpente (muitos dragões da cultura cristã são vistos
como simples serpentes aladas, as vezes também com patas), e a associação dos mesmos com o mal e o caos.

De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, no Antigo Testamento, dragões tipificam
os inimigos do povo de Deus, como em Ezequiel 29:3. Ao fazer isso, associa-se a ideia das mitologias de povos
próximos, para dar maior entendimento aos israelitas. É por isso que a Septuaginta na sua narrativa da história de
Moises, traduz “serpente” por “dragão”, para dar maior glória à ação de Deus (êxodo 7:9-12).

Há ainda, no antigo testamento, no Livro de Jó 41:18-21, a seguinte descrição:


 18 . Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.
 19. Da sua boca saem tochas, faíscas de fogo salta dela.
 20. Dos seus narizes procede fumaça como de uma panela que ferve, e de juncos que ardem.
 21. O seu hálito faz acender os carvões, e da sua boca sai uma chama.

Em Isaias 30:6, há citado um “áspide ardente voador” (versão ARC), junto com outros animais, para ilustrar a terra
para onde os israelitas serão levados, pois o contexto do capítulo é sobre a repreensão deles. No Novo Testamento,
acha-se apenas em Apocalipse de São João, utilizado como símbolo de satanás.

O Leviatã, a serpente cuspidora de fumaça do livro de Jó, também é considerado um dragão bíblico. Os dragões nas
histórias cristãs acabaram por adotar esta imagem de maldade e crueldade, sendo como representação do mal e da
destruição. O caso do mais célebre dragão cristão é aquele que foi morto por São Jorge, que se banqueteava com
jovens virgens até ser derrotado pelo cavaleiro. Esta história também acabou dando origem a outro clássico tema de
histórias de fantasia: o nobre cavaleiro que enfrenta um vil dragão para salvar uma princesa.
DRAGÕES NA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA

Os dragões aparecem mais raramente nos mitos dos nativos americanos, mas existem registros históricos da crença
em criaturas “draconídeas”.

Um dos principais deuses das civilizações do golfo do México era Quetzalcoati, uma serpente alada. Nos mitos da
tribo Chincha do Peru, Mama Pacha, a deusa que zelava pela colheita e plantio, era às vezes descrita como um dragão
que causava terremotos.

Mítico primeiro chefe da tribo Apache (que, segundo a lenda, chamava-se Apache ele próprio) duelou com um
dragão usando arco e flecha. O dragão da lenda usava como arco um enorme pinheiro torcido para disparar árvores
jovens como flechas. Disparou quatro flechas contra o jovem, que conseguiu se desviar de todas. Em seguida foi
alvejado por quatro flechas de Apache e morreu.

No folclore brasileiro existe o Boitatá, uma cobra gigante que cospe fogo e defende as matas daqueles que as
incendeiam.

DRAGÕES NAS LENDAS EUROPEIAS

Um dragão de uma tapeçaria medieval. No ocidente, em geral, predomina a ideia de dragão como um ser maligno e
caótico, mesmo que não seja necessariamente esta a situação de todos eles. Nos mitos europeus a figura do dragão
aparece constantemente, mas na maior parte das vezes é descrito como mera besta irracional, em detrimento do
papel divino/demoníaco que recebia no oriente.

A visão negativa dos dragões é bem representada na lenda nórdica ou germânica de Siegfried e Fafnir, em que o anão
Fafnir acaba se transformando em um dragão justamente por sua ganância e cobiça durante sua batalha final contra
o herói Siegfried. Nesta mesma lenda também pode ser visto um traço comum em histórias fantásticas de dragões,
as propriedades mágicas de partes de seu corpo: na história, após matas Fafnir, Siegfried assou e ingeriu um pouco
do seu coração, e assim ganhou a habilidade de se comunicar com animais.

Na mitologia grega, também é comum ver os dragões como adversários mitológicos de grandes heróis, como
Hércules ou Perseu. De acordo com uma lenda da mitologia grega, o herói Cadmo mata um dragão que havia
devorado seus liderados. Em seguida a deusa Atena apareceu no local e aconselhou Cadmo a extrair e enterrar os
dentes do dragão. Os dentes “semeados” deram origem a gigantes, que ajudaram Cadmo a fundar a Cidade de Tebas.

Sláine, Cuchulainn e diversos outros heróis celtas enfrentaram dragões nos relatos de seus povos.
A lenda polonesa do dragão de Wawel conta que um terrível dragão foi morto perto da atual cidade de Cracóvia.

Durante a idade média as histórias sobre batalhas contra dragões eram numerosas. A existência dessas criaturas era
tida como inquestionável, e seu aspecto e hábitos eram descritos em detalhes nos bestiários da Igreja Católica.

Segundo os relatos tradicionais, São Jorge teria matado um dragão.


Muitos povos celtas, por exemplo, possuíam imagens de dragões em seus brasoes familiares, e há também muitas
imagens de dragões como estandartes de guerra desses povos. Assim, ao contar histórias de vis dragões sendo
enfrentados e vencidos por nobres heróis cristãos, os escritores cristãos também estavam fazendo uma apologia à
sua religião contra as antigas tradições locais. Pode-se fazer um paralelo entre as famosas armas de sopro
draconianas e a pregação destas religiões: um dragão que sopra nuvens venenosas, por exemplo, poderia também
ser usado como metáfora pra blasfêmias “venenosas” proferidas por falsos profetas pagãos.
Em Portugal, o dragão mais famoso é a “coca” ou “coca rabixa”. A festa da “coca” realiza-se no dia de Corpo de Deus.
No ano de 2006, o Discovery Channel exibiu um documentário dissertando que os dragões realmente existiram.
Seriam a evolução de certos répteis. O fogo poderia ser expelido pela boca, pois havia ggás metano junto de demais
gases dentro do estômago, assim como nós mesmos temos.
Mas, a definição e o significado desse ser muda de cultura para “cultura”: para os indianos, os dragões são
considerados seres malignos que trazem a morte consigo; para os persas também.
Texto retirado da internet

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