Sistemas Opticos

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Introdução

Neste breve trabalho iremos abordar acerca de Fontes Emissoras de Luz e


Funcionamento de um sistema Óptico, mas para tal é preciso saber o que é uma Fonte,
Emissor e o que é um Sistema Óptico. Tendo em vista levar o leitor desta breve apostila
a saber como é feita a transmissão por meio de Fibras Óptica.
Fonte
Uma fonte é uma nascente, ou seja, o lugar de origem de alguma coisa. Para este caso,
fonte óptico é a nascente de Luz contendo dados à transmitir.

Emissor
Em linguagem mais simples, é quem transmite uma informação, o emissor pode
produzir a informação (caso do homem), ou também o emissor pode simplesmente
conter a informação que ali foi posta para ser transmitida (uma estação de radio FM ou
TV)

Fonte Emissor de Luz

É todo o corpo visível que tem a capacidade de emitir Luz, algumas fontes são primarias
e outras Secundárias.

 Fontes primárias são aquelas que produzem luz por elas mesmas, os LASER,
Sol, LED.
 Fontes Secundárias são aquelas que reflectem a luz de uma fonte primaria, a luz
do Sol sobre um espelho.

Existem dois Tipos de Emissoras de Luz nas fibras.

 LED - Light Emitting Diode e;


 LASER - Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation LED.

LED’s
LED O LED (Light Emitting Diode) é uma fonte de luz criada a partir de um
semicondutor. Possui alta eficiência energética, são baratos e duráveis. Além disso,
podem chavear entre ligado e desligado muito rapidamente, o que o torna uma ótima
fonte para ser usada em fibras ópticas e comunicações sem fio (e.g, controles remotos).
Os LEDs podem ser fabricado para emitir uma ampla gama de cores, indo do
infravermelho (aplicações em controle remotos, fibra ópticas, iluminação para câmeras
infravermelhas, sistemas de segurança), até o ultravioleta.

LASER
O LASER1 (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) foi inventado
em 1960.

As propriedades mais marcantes do laser, em contraposição as antigas formas de


emissão de luz e aos leds, são a propagação por feixes estreitos (colimado), apresenta
relações de fase bem definida (coerência) e é praticamente monocromático (uma só
freqüência compõe o facho de luz). Nessa forma a luz pode ser usada como portadora de
informação e, nesse sentido, é comparável às fontes convencionais de radiofreqüência
utilizadas em telecomunicações. A transmissão pela atmosfera pode ser feita com
relativa facilidade. Porém, é bastante susceptível a interrupções (vapor, gotículas de
água, anteparos, pássaros, etc).

Fibra Óptica
A possibilidade de a luz se propagar de forma guiada já havia sido demonstrada por
volta de 1870 . Mas somente na década de 1970 foram conseguidas as primeiras fibras
de vidro que podiam guiar feixes luminosos por distâncias consideráveis com atenuação
relativamente baixa, tornando viável o seu uso em aplicações comerciais. O fenômeno
que justifica o guiamento da luz por uma fibra (ou por um jato d’água) é a reflexão
interna total.

De acordo com a teoria ondulatória da luz, a luz pode ser considerada como uma onda
eletromagnética de freqüência muito alta (comprimento de onda muito pequeno).

Fig. 1. Espectro de Frequências.

A Figura abaixo mostra a posição relativa das ondas de luz (note-se que a luz visível é
apenas uma parte), posicionadas acima das freqüências de microondas e abaixo dos
raios X e γ .As freqüências de maior interesse para as comunicações ópticas são
mostradas na Figura 2. Há duas regiões nas quais a transmissão pelo vidro é eficiente:
Para comprimentos de ondas em torno de 0,85μm, e na faixa entre 1,1 μm e 1,6 μm.
Fig. 2. Regiões espectrais nas quais as fibras ópticas apresentam alta eficiência.

A velocidade de propagação da luz pelo vácuo é de C = 300.000 km/s

Em termos práticos esta velocidade também se aplica à propagação na atmosfera. Nos


meios sólidos a velocidade é em geral diferente de c. Numa fibra óptica típica (vidro), a
velocidade de propagação da luz é de cerca de 200.000 km/s. Independentemente da
velocidade da luz (v), a seguinte expressão sempre prevalece:

Onde λ é o comprimento de onda, dado em metros, e f é a frequência.

Quando a luz passa de um material para outro, a freqüência mantém-se constante e igual
à freqüência da fonte emissora, alterando-se o comprimento de onda de maneira a
satisfazer a expressão (1.2). A velocidade de propagação numa fibra óptica depende do
material e do processo de guiamento.
A teoria ondulatória da luz é eficiente para se estudarem as condições de guiamento de
uma fibra, por exemplo. Já a teoria corpuscular é mais conveniente para explicar a
geração de luz pelas fontes (LEDs e LASERs, por exemplo), como também a detecção
de luz por componentes eletro-ópticos, que transformam a energia luminosa recebida
em energia elétrica (ou, equivalentemente, transformam luz em corrente elétrica).

Estrutura física
A fibra óptica é essencialmente um cilindro delgado de material dielétrico (sílica ou
plástico) transparente, e de preferência flexível. Na sua forma mais adequada à
condução de luz (ou ao guiamento da luz) seu diâmetro varia na faixa de 0,1mm a
0,2mm. Possui duas seções principais chamadas de casca e núcleo
Fig. 3. Estrutura física da Fibra Óptica.

A luz é guiada essencialmente pelo núcleo, sendo o princípio básico que norteia este
guiamento a reflexão total da luz nas paredes externas deste núcleo devido à diferença
de índices de refração entre o mesmo e a casca. Estes índices podem ter um perfil
discreto ou continuo de variação, como mostra a Figura 4.

Fig. 4. índice de refração gradual e descontínuo.

A capacidade de transmissão, e por conseguinte a faixa de passagem, depende da


geometria e do perfil de índices de refração da fibra, e até mesmo do seu revestimento.
Assim, para cada aplicação a geometria pode ser configurada de forma a maximizar o
desempenho.

Ângulo de aceitação e abertura numérica

A luz é transmitida pela fibra através de reflexões sucessivas na parede externa do


núcleo (raio de luz interno na Figura 5 – cone de aceitação, com abertura θa em relação
ao eixo horizontal). Para raios incidentes com abertura superior a um certo limite não há
reflexão total, e portanto não há transmissão com atenuação aceitável.
Este ângulo limite é o ângulo de aceitação da fibra, dado por:

sendo n0 o índice de refração no meio onde a fibra está imersa (normalmente o ar), n1 e
n2 os índices de refração respectivamente no núcleo e na casca. Fica desta forma
estabelecido um cone limite de aceitação de uma fibra óptica.
A partir do cone de aceitação define-se a abertura numérica

que é uma medida da capacidade de captação de luz por uma fibra para transmissão com
baixas perdas.

Esta expressão pode ser deduzida a partir da lei da refração de Snell,:


ou equivalentemente,

Onde: C é a velocidade da luz no vácuo, v1 é a velocidade de propagação da luz no


meio 1 e V2 a velocidade de propagação da luz no meio 2. Os ângulos são referidos à
normal à superfície de contacto entre os dois meios.

Fig. 5. Cone de Aceitação.

Modos de propagação

Para as fibras ópticas um modo (ou modo de propagação) significa um estado estável de
propagação da luz. Em geral uma fibra pode ser projetada para ter um certo número de
estados estáveis de propagação (modos), destacando-se as fibras monomodo, que
admitem apenas um modo de propagação e as fibras multímodo com mais de um estados
de propagação. O fato de uma dada fibra ser do tipo monomodo ou multimodo depende
essencialmente da sua geometria, dos índices de refração do núcleo e da casca e do
comprimento de onda de operação. As fibras multimodo podem ainda ser de índice
contínuo ou discreto. Cada um destes tipos têm características adequadas a certos tipos
de aplicações.

Fibras multimodo com índice de refração discreto (ou em degrau)

Este foi o primeiro tipo de fibra utilizado em aplicações práticas, e continua sendo
usado hoje em dia. Esta fibra permite que a luz se propague em diferentes ângulos
dentro do núcleo, dando lugar a diversos modos de propagação.
Sua principal vantagem é o fácil acoplamento entre a fonte de luz e a fibra (abertura
numérica alta), o que é possibilitado pela área relativamente grande do núcleo (o
diâmetro do núcleo destas fibras pode variar desde 50μm até 2000μm). Esta
característica permite baratear as técnicas de terminações baratas, os diodos emissores, e
mesmo assim operar com potências relativamente altas. Isto torna estas fibras ideais
para as aplicações mais corriqueiras, que incluem:

 Procedimentos médicos, processamento de materiais;


 Links de controle de processos industriais (automação industrial);
 Comunicação em distancias curtas;
 Sensores de fibras, etc.

A principal desvantagem das fibras multimodo com índice de refração discreto é a faixa
de passagem. A Figura 6 mostra que a trajetória pela qual a luz se propaga será mais
longa ou mais curta, dependendo do ângulo de propagação. Os diferentes trajetos fazem
com que um pulso de luz se espalhe ao longo da propagação (dispersão modal). Isto
pode causar superposição com os pulsos adjacentes, fenômeno que se pronuncia a
medida que o trajeto seja mais longo. Este fato pode inviabilizar o uso deste tipo de
fibra em aplicações que requerem altas taxas, o que é agravado se as distâncias forem
longas. Porém, aplicações tais como o envio de sinais para acionar sensores, ou ainda a
comunicação industrial a taxas moderadas e distâncias até cerca de 2km são muito bem
atendidas por este tipo de fibra. Há uma grande variedade de fibras multimodo de índice
discreto disponíveis. Podem ter a casca construída de plástico ou de sílica, e o núcleo de
plástico, sílica, ou até mesmo líquido. Há aplicações sem núcleo chamadas guias de
ondas ocos. Fibras de sílica possibilitam menor atenuação e maior faixa de passagem,
permitem transmitir potências maiores, porém são mais caras.

Fig. 6. fibra multimodo com índice discreto.


Fibras multimodo com índice de refração gradual

O diâmetro das fibras multimodo com índice gradual varia tipicamente entre 50 e 100
microns. Neste caso o índice de refração do núcleo decresce continuamente do centro do
núcleo para a casca, em contraposição à variação abrupta descrita anteriormente. Como
conseqüência a trajetória tem um perfil arredondado (ver Figura 6). Neste caso o
espalhamento de pulsos de luz é menor do que no anterior, o que corresponde a uma
banda passante que pode ser até 25 vezes maior do que no caso anterior. Isto amplia as
possibilidades de uso desta fibra em relação às de índice discreto. Mesmo com a
melhoria das técnicas de acoplamento para as fibras monomodo, e o conseqüente
aumento do seu uso, as fibras multimodo com índice de refração gradual ainda são
muito utilizadas em links de dados de média distância (tipicamente de 1 a 15
quilômetros), a exemplo de LANs – Local Área Networks.

Fig. 7. Fibra multimodo com índice gradual.


As fibras monomodo ainda apresentam certa distorção do formato dos pulsos de luz, mas
isto se deve primariamente à dispersão cromática. As fibras monomodo são construídas de
sílica (núcleo e casca), com perfil abrupto de índices de refração. O núcleo e a casca são
dopados para se obterem índices diferentes em cada região. Sendo a área do núcleo bastante
pequena o acoplamento terminal é mais difícil (e mais caro), e portanto o uso deste tipo de
fibra dificilmente se justifica em aplicações menos demandantes em velocidade ou
distância, sendo a sua utilização mais comum restrita às aplicações já mencionadas
anteriormente.

Dispersão
Ao decorrer da transmissão pela fibra os pulsos ópticos espalham-se. Este fenômeno é
chamado dispersão. Como isto pode causar superposição de pulsos, com conseqüente perda
de dados, a dispersão vai determinar a capacidade de transporte de dados. As fibras com
índice discreto geralmente têm vários modos de propagação. Os modos são representados
por diferentes ângulos com que os raios de luz atingem e são refletidos na interface núcleo-
casca. Estes diversos ângulos correspondem a vários ângulos de entrada da luz na fibra, ou
por outros fatores tais como espalhamento ou mudanças no ângulo de curvatura. O tempo
que a luz leva para propagar de uma terminação para outra é proporcional à distância
viajada. Modos de ordem baixa chegam ao destino mais rapidamente do que os de ordem
alta (ver Figura 8 - Dispersão).
Fig. 8. Dispersão.
Há três tipos de dispersão:
 Cromática, provocada pela diferença de velocidade de propagação para diferentes
comprimentos de ondas;
 Modal , devida às diferentes trajetórias de modos de ordem diferentes, a mais
importante, e;
 Guiamento, provocada pelas diferenças de velocidades em trajetos diferentes para
modos diferentes, a menos importante.

Classificação dos sistemas de fibras ópticas


De acordo com diferentes características os sistemas de transmissão por fibras ópticas
podem ser classificados;

 De acordo com a natureza da informação transportada: digital ou analógico;


 De acordo com a distância entre os pontos comunicados: local (metropolitano,
ou metro) ou de longa distância (LD) ou long haul (LH);
 De acordo com a topologia da rede de comunicação: ponto a ponto ou
multiponto, ou ainda (iv) de acordo com a técnica de detecção utilizada:
detecção direta ou detecção coerente.

Banda
A banda de uma fibra é normalmente expressa em MHz x km (Megahertz quilômetros), ou
mais freqüentemente GHz x km (Gigahertz quilômetros). A causa principal da limitação de
banda é a dispersão (modal e cromática), uma vez que o efeito destrutivo de ambas aumenta
com a distância. A Tabela 1 mostra bandas típicas para os três tipos de fibras.

Tipo de Fibra Banda


Índice Discreto, multimodo 20MHz x Km
Índice gradual, multimodo 500MHz x Km (λ = 850nm)
160MHz x Km (λ = 850nm)
Índice discreto, monomodo 100GHz x Km
Tab. 1. Bandas típicas para vários tipos de fibras ópticas
A principal causa de limitação de banda é o espalhamento de pulsos de luz acarretada pelas
dispersões modal e cromática na fibra. É por isto que as fibras monomodo são superiores,
principalmente em grandes distâncias. Porém, devido ao diâmetro pequeno do núcleo,
aparece outro fator limitante importante: a quantidade de energia que se consegue acoplar
na entrada, e a atenuação ao longo da propagação.

A atenuação de uma fibra é normalmente expressa em decibéis por quilômetro (dB/km) na


região visível e de infravermelho, e em dB/m na região de ultravioleta. A atenuação pode,
portanto, ser calculada por;

onde Pe é a potência injetada na entrada da fibra Ps a potência do sinal de luz coletado na


saída da fibra (na terminação distante). A característica de transmissão do núcleo varia de
forma importante com o comprimento de onda, o que pode ser constatado na Figura 9 e na
Figura 10. As características de atenuação das fibras variam bastante com o tipo de material
do núcleo, o que se aplica especialmente para as fibras conhecidas como fibras de baixo-
OH e de alto-OH. A escolha entre as mesmas vai depender da aplicação desejada. As fibras
do tipo baixo-OH possuem atenuação muito baixa em toda a faixa entre 700nm e 1800nm,
com exceção de um pequeno pico de atenuação em torno de 1385nm (ver Figura 9).

Fig. 9. atenuação típica de uma fibra tipo baixo-OH


Os picos de atenuação que existem nas fibras do tipo alto-OH, para os comprimentos de
ondas de 726nm, 880nm, 950nm 1136nm daí para cima – usadas com luz ultravioleta, – não
ocorrem em fibras de baixo OH.
Figura 10 – atenuação típica de uma fibra tipo alto-OH.

WDM

Atualmente, o uso de uma técnica de multiplexação por divisão em comprimento de


ondas (isto é, diferentes portadoras, com “cores” diferentes transportando informações
independentes, simultaneamente, por uma só fibra) permite alcançar
taxas de transmissão sem precedentes, que pode superar 1Tb/s (1 Terabit por segundo =
1 x 1012 bits por segundo). Já existem sistemas DWDM (Dense Wavelenght Division
Multiplex) com 128 cores e com taxa de transmissão de 40Gb/s por comprimento de
onda (cor).

Fig. 3. Esquema de WDM.

Aplicações da Fibra Óptica:

 Voz;
 Vídeo;
 Dados;
 Radio.
Conclusão:

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