P e R Trabalho de Pesquisa

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Índice

Capitulo I: Introdução..................................................................................................................3
1. Objectivo do trabalho...............................................................................................................3
1.1. Objectivo geral......................................................................................................................3
1.2. Objectivos específicos...........................................................................................................3
1.3. Metodologia do trabalho.......................................................................................................4
Capitulo II: Conceito....................................................................................................................4
2.2. Espectro óptico......................................................................................................................5
2.5. Janela de transmissão óptica..................................................................................................9
2.7. Cálculos...............................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas.......................................................................................................13

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Capitulo I: Introdução
Presente trabalho de pesquisa é referente a cadeira de propagação e radiação, com o
tema de fibra óptica onde dentro dela encontraremos o espectro óptico, estrutura da
fibra, janela de transmissão ópticas, mecanismos de transmissão da luz na fibra, abertura
numérica, potencia e atenuação da fibra, sendo que ela é um meio de transmissão que
utiliza pulsos de luz para transportar informações e é amplamente usada em diversas
aplicações devido às suas vantagens. As principais aplicações da fibra óptica incluem
comunicações de alta velocidade, redes de longa distância, redes locais, telefonia,
vigilância, medicina, entre outras. As motivações para o uso da fibra óptica incluem sua
alta largura de banda, baixa atenuação, imunidade a interferências electromagnéticas,
segurança, facilidade de instalação e durabilidade. Ou seja, a fibra óptica desempenha
um papel fundamental nas comunicações modernas devido às suas propriedades
superiores em relação a outros meios de transmissão.

1. Objectivo do trabalho

1.1. Objectivo geral


 Estudo da fibra óptica

1.2. Objectivos específicos


 Saber do seu conceito;
 Falar da estrutura da fibra óptica;
 Descrever o espectro óptico;
 Identificar janelas de transmissão ópticas, mecanismos de transmissão da luz na
fibra, abertura numérica, potência e atenuação da fibra.

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1.3. Metodologia do trabalho
O presente trabalho na elaboração teve que recorrer a diversas fontes para a obtenção
que pode-se subsidiar o mesmo, fontes que tragam informações credíveis a respeito do
tema em causa, como o caso de pdf e manuais ligados ao tema, sem se esquecer do
regulamento da instituição. Com intuito de obter informações sistematizadas, e tendo
uma compreensão clara e concisa.

Capitulo II: Conceito


As fibras ópticas são filamentos flexíveis fabricados em materiais
transparentes como fibras de vidro ou plástico e que são utilizadas
como meio de propagação da luz ( Greivenkamp, p.14, 2004).

A fibra óptica é um meio de transmissão que utiliza pulsos de luz


para transportar informações e é amplamente usada em diversas
aplicações devido às suas vantagens. (Rudolf Kingslake, p.23,
1951).

As fibras ópticas são geralmente muito finas, com apenas


alguns micrómetros de espessura (10-6 m), mas podem ter vários
quilómetros de comprimento. (Angelo V Arecchi, p.19, 2007).
As fibras ópticas são formadas por um núcleo transparente de alto índice de
refracção revestido por camadas plásticas transparentes cujos índices de refracção são
mais baixos que os do núcleo.

2.1. Estrutura da fibra


Segundo (John E. p.24, 2004) uma fibra óptica é composta por um núcleo de vidro ou
plástico, rodeado por uma camada de revestimento com um índice de refracção menor.
Tendo uma forma cilíndrica e alongada, transparente e flexível, cujas dimensões se
aproximam a um fio de cabelo.

A região central denomina-se núcleo e a região que envolve o núcleo chama-se casca.
Veja o exemplo da figura a seguir.

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N3

N2N2

N1
N3

Figura 1: secção longitudinal

Fonte: John E. (2004)

N1 ⟹ Índice de Refracção do Núcleo


N2 ⟹ Índice de Refracção da Casca Interna
N3 ⟹ Índice de Refracção da Casca Externa

A casca e o núcleo têm densidades diferentes. Essas densidades características são


denominadas de Índice de Refracção. Essa diferença é necessária para satisfazer a
condição de confinamento e propagação da luz, usando-se materiais dieléctricos
diferentes. O Índice de Refracção do Núcleo é sempre maior que o da casca, para que
haja o confinamento da luz.

As fibras aqui abordadas são constituídas de Sílica (SIO2).

O núcleo tem a função de propagar a luz e a casca, confina a luz no interior do núcleo.

A fibra óptica pode ter casca simples ou dupla, sendo esta a melhor, já que tem maior
confinamento e menor perda

As fibras são bastante resistentes se comparadas com o fio metálico de mesma


espessura, por serem protegidas por encapsulamentos ou revestimento contra choques
mecânicos ou perturbações ambientais. O encapsulamento de várias fibras na mesma
estrutura dá origem ao cabo óptico.

2.2. Espectro óptico


O espectro óptico refere-se à faixa de comprimentos de onda da luz
visível, que vai de aproximadamente 400 nanómetros (nm) a 700
nm. As fibras ópticas são projectadas para transmitir luz dentro desta
faixa, aproveitando a propriedade de baixa atenuação nesse

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intervalo, permitindo a transmissão de informações em forma de
pulsos de luz. (Resnick, p.31, 2009).

O espectro visível, ou espectro óptico, é a porção do espectro


electromagnético cuja radiação é composta por fótons capazes de
sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal. Identifica-se a
correspondente faixa de radiação por luz visível. (Jearl Walker, p.33,
2009).

Quando um gás é aquecido em altas temperaturas ou sofre descarga eléctrica, percebe-


se uma emissão de luz. Essa luz, em um espectroscópio, gera uma série de linhas
distintas, as quais são chamadas de bandas de radiação, com frequências (ou
comprimentos de onda) variadas. Por exemplo, podia-se colocar gás hidrogénio nessas
condições e assim se obter um espectro específico para esse elemento, com bandas em
comprimentos de onda específicos, como é possível perceber na figura a seguir.

Figura 2: "Obtenção do espectro de emissão do hidrogénio

Fonte: Jearl Walker (2009)

O espectro obtido é específico para esse elemento e serve para identificá-lo. Ou seja,
cada elemento tinha o seu próprio espectro, sendo uma excelente técnica para
identificação da composição química, uma vez que só era necessária a luz emitida.

2.3. Classificação das fibras de acordo com as recomendações da ITU-T (União


Internacional de Telecomunicações)

Códigos de Fibras:

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G.652D

Fibras Monomodo Standard

É o tipo de fibra mais comum encontrada no mercado. Opera em todas as faixas do


espectro óptico (Bandas O, E, S, C, L e U) , baixo pico d’agua e baixo PMD. Seu uso se
adapta bem a sistemas WDM. Raio Mínimo de Curvatura - 30mm

G.653

Fibra Monomodo DS

Quando foi lançada acreditava-se que seria a fibra ideal para longos enlaces por sua
dispersão zero. A limitação relativa à dispersão cromática levou-a no entanto, em pouco
tempo, ao desuso sendo substituída pela fibra NZD

G.655

Fibra Monomodo NZD (non zero dispersion)

Foi criada para corrigir as falhas da fibra DS, Pode ser utilizada em sistema WDM,
CWDM e DWDM. Ideal para transmissões de sinais por longas distâncias

G.651

Fibra Multimodo

Ideal para ambientes internos e de curtas distâncias. 50/125μm – 10 Gbps; 62,5/125μm


– 2,5 Gbps

G.657

Fibras Monomodo BLI

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Sua principal característica é a baixa sensibilidade à curvatura (que chega a 5mm contra
os 30 mm da fibra SM standard). Ideal para usos internos, em cordões e com manuseio
por usuários em geral

2.4. Características

Atenuação

A principal vantagem que têm as fibras para telecomunicações é a baixa perda de


potência ao transmitir informação, o que permite fazer enlaces longos sem necessidade
de repetidores,

A atenuação que sofre a luz na fibra depende do comprimento de onda. Na figura abaixo
é mostrado o gráfico para a zona de espectro de infravermelho que se usa para
comunicações ópticas. Os fenômenos que produzem a perda de potência óptica são:
Absorção e Retroespalhamento.

A absorção é uma propriedade dos materiais que permite que um objeto iluminado com
luz branca seja visto com outra cor, já que ele absorve certos comprimentos de onda e
reflete outros. As linhas do espectro que se formam quando um material absorve a luz
são um meio de identificação para cada uma delas da mesma forma que acontece com a
impressão digital de uma pessoa. Esse tipo de perda de potência é intrínseca à fibra e só
o que se pode fazer é escolher comprimentos de onda de baixa absorção para a
transmissão de sinais.

O retroespalhamento (difração) ocorre porque a fibra não é um material totalmente


homogêneo, mas uma estrutura cristalina de átomos. Isto faz que parte da luz emitida se
reflita nas partículas atômicas e subatômicas e não se transmita ao longo do
comprimento da fibra. A energia perdida desta maneira é inversamente proporcional ao
comprimento de onda, como se mostra no gráfico da figura 8 baseado na equação de
Rayleigh.

A soma de destes 2 efeitos determina os valores mínimos teóricos da atenuação das


fibras. Em situações reais é necessário agregar perdas por impurezas ou imperfeições no
material ou em esforços mecânicos, que provocam micro curvaturas na fibra que afeta a
reflexão total interna.

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2.5. Janela de transmissão óptica
A janela de transmissão óptica refere-se a uma faixa específica
dentro do espectro óptico onde a atenuação da luz é minimizada.
As duas janelas de transmissão óptica mais comuns são a janela
de 1310 nm e a janela de 1550 nm. Essas janelas são escolhidas
para minimizar a atenuação e optimizar a transmissão de dados.
(John Koshel, p.40, 2007)

As fontes ópticas, LED, ILD e VCSEL são fabricadas para emitirem luz num
determinado comprimento de onda, chamado de comprimento de onda central, cujos
valores nominais, utilizados em sistemas de telecomunicações correspondem às janelas
de transmissão.

a luz infravermelha com comprimento de onda de 850 nm, 1.310 nm e 1.550 nm é a


mais utilizada. Assim, os dispositivos vulgarmente usados como Fonte de Luz, nos
transmissores Ópticos, são o Díodo Emissor de Luz DEL (LED) e o Díodo Laser DL
(LD). Eles operam na Faixa de Infravermelhos (750nm a 1mm) do Espectro
Electromagnético e, por isso, a sua Luz de Saída é normalmente invisível aos olhos
humanos. Vejamos a tabela a seguir:

Figura 3: Largura das Janelas de Transmissão e Comprimentos de Onda de Operação


da Fibra Óptica

Fonte: John Koshel (2007)

As Fibras Ópticas estão a substituir os Cabos de Cobre, tornando-se num importante


Meio de Transmissão. As Fibras Ópticas oferecem uma Largura de Banda 1000 vezes
superior aos Cabos de Cobre, e podem suportar velocidades de Transmissão da ordem
dos Gigabits por segundo.

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2.6. Mecanismos de transmissão da luz na fibra

A luz viaja na fibra óptica através de reflexão interna total.


Quando a luz atinge a interface entre o núcleo e o revestimento a
um ângulo maior que o ângulo crítico, ela é reflectida de volta
para o núcleo. Esse fenómeno permite que a luz seja confinada ao
núcleo da fibra e se propague ao longo dela. (HALLIDAY, p.56,
2009)

O mecanismo de transmissão de luz dentro da fibra óptica é


chamado guia de onda. Um guia de onda é uma estrutura que
permite a propagação das ondas electromagnéticas de forma
eficiente e sem atenuação do sinal: de certa forma, as ondas são
aprisionadas dentro do guia de onda. (Herch Moysés, p.49, 2008)

A ideia básica da fibra óptica é que a luz irradiada em uma de suas extremidades
alcance a extremidade oposta, mesmo que essa fibra seja dobrada ou arqueada. Isto se
deve aos fenômenos que ocorrem quando a luz, que ao viajar de um meio opticamente
mais denso para um menos denso, é refractada além da normal e da reflexão no ângulo
crítico. Esses fenômenos ópticos parecem ter pouca relação entre si, mas estão
intrinsecamente relacionados e são explorados no desenho da fibra óptica.

Como mostrado na figura a seguir, a luz viaja de uma extremidade à outra da fibra
óptica por reflexão interna total, mesmo quando a fibra é dobrada.

Figura 4: Transmissão da luz através da fibra

Fonte: SADIKU (2004)

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Portanto, o mecanismo básico de transmissão da luz ao longo de uma fibra óptica
consiste, em termos da óptica geométrica, num processo de reflexão interna total que
ocorre quando um feixe de luz emerge de um meio mais denso para um meio menos
denso.

2.7. Cálculos

Para calcular a potência em dBm recebida em Namialo a partir de um transmissor na


cidade de Nampula, usa-se a fórmula para cálculo da atenuação da fibra óptica e, em
seguida, converter o resultado para dBm. A fórmula para calcular a atenuação (perda)
em uma fibra óptica é:

Atenuação (em dB) = Atenuação por quilómetro (em dB/km) * Distância (em km)

Neste caso, a atenuação por quilómetro é de 0,03 dB/km, e a distância é de 90 km.


Portanto:

Atenuação = 0,03 dB/km * 90 km = 2,7 dB

Agora, temos a atenuação total da fibra óptica. Para determinar a potência em dBm
recebida em Namialo, você pode subtrair essa atenuação da potência inicial de 2W (ou
2000 mW) e converter o resultado para dBm. Fazendo a conversão de Watts para dBm é
feita da seguinte maneira:

Potência (em dBm) = 10 * log10(Potência em mW)

Potência (em dBm) = 10 * log10(2000 mW) = 10 * 3.3010 = 33.01 dBm

Agora, subtraia a atenuação da potência inicial:

Potência em Namialo (em dBm) = 33.01 dBm - 2.7 dB = 30.31 dBm

Portanto, a potência em dBm recebida em Namialo é de aproximadamente 30.31 dBm.

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3. Conclusão

A fibra óptica se estabelece como uma inovação transformadora nas comunicações e na


transmissão de informações. Sua capacidade de transportar dados em velocidades
extraordinárias, aliada à baixa atenuação e à segurança contra interferências
electromagnéticas, a torna indispensável em nossas vidas cotidianas. Seja facilitando
chamadas telefónicas, transmitindo dados de alta qualidade em redes de internet,
permitindo diagnósticos médicos precisos ou viabilizando comunicações globais por
meio de cabos submarinos, as fibras ópticas desempenham um papel essencial em nosso
mundo interconectado. À medida que continuamos a explorar e desenvolver tecnologias
avançadas, a fibra óptica permanece na vanguarda da revolução digital, capacitando-nos
a enfrentar os desafios do futuro com eficiência e velocidade inigualáveis.

Com isso, a comunicação por fibras é um campo interdisciplinar que combina ciência,
tecnologia e sistemas de comunicação. As redes ópticas fornecem a base para as redes
de comunicação actuais e futuras e, por esse motivo, torna-se tão importante
compreender os princípios básicos de como a luz percorre a fibra, como funcionam os
enlaces de dados e os parâmetros de desempenho dos sistemas de transmissão por fibras
ópticas.

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4. Referências bibliográficas

Greivenkamp, John E. (2004). Field Guide to Geometrical Optics. SPIE Field Guides
vol. FG01. [S.l.]: SPIE. ISBN 0-8194-5294-7 p. 29.

Rudolf Kingslake (1951). : The Practical Guide to Optics for Photographers. [S.l.]:
Case-Hoyt Corp. for Garden City Books. pp. 97–98

Angelo V Arecchi, Tahar Messadi, and R. John Koshel (2007). Field Guide to
Illumination. [S.l.]: SPIE. p. 48. ISBN 9780819467683

HALLIDAY, Resnick, Jearl Walker. Óptica e física moderna. 4. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2009.

NUSSENVEIG, Herch Moysés. Óptica Relatividade física Quântica. 1. ed. São Paulo:
Blucher, 2008.

SADIKU, Matthew N. O. Elementos de Electromagnetismo. 3. ed. Porto Alegre:


Bookman, 2004, p. 336.

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