Cometas
Cometas
Cometas
Formação da Cauda
Os cometas só têm cauda quando se aproximam do Sol. Isto acontece porque
quando chegam perto ao Sol, o gelo que compõe o núcleo começa aquecer e
vaporizar, liberando gases e partículas de poeira em uma nuvem na atmosfera.
É a esta reação que os cientistas deram o nome de coma.
Quanto mais próximo ao Sol, mais partículas de poeira e gases são liberadas e
levadas para longe da estrela em decorrência da pressão e da radiação solar.
É assim que se forma a cauda que, se for brilhante o suficiente, pode ser vista
da Terra e estende-se a milhões de quilômetros também devido aos ventos
solares. A cauda desaparece quando o cometa distancia-se do Sol.
Idade
Os cometas guardam a história do Universo e se formaram há cerca de 4,5
bilhões de anos. No nosso Sistema Solar, uma nuvem de gelo aproximava-se
do Sol em contínuo aquecimento.
A pressão solar fez com que a nuvem girasse de maneira rotativa e, já distante
do Sol, o material gelado aglomerou-se, formando cometas.
Esses corpos celestes orbitam o Sol a pelo menos cada 200 anos, em média. A
maioria está situado no Cinturão de Kuipe, que fica além da órbita de Netuno.
Cometa Halley
O cometa Halley, também conhecido no meio astronômico como “1P/Halley”, é
um cometa extremamente brilhante, visível a olho nu e o mais famoso de todos
os seus congêneres.
Este foi o primeiro cometa reconhecido como periódico, descoberta esta
realizada pelo astrônomo inglês Edmond Halley entre 1696 e 1705, o qual
faleceu no ano de 1742 sem poder ver suas teorias confirmadas (seu nome é
homenagem ao seu descobridor).
O cometa Halley já teve cerca de trinta aparições registradas, comprovando
cabalmente a eficácia da lei da gravitação de Newton, a qual foi utilizada por
Edmond para determinar a periodicidade do cometa.
Principais Características
O cometa Halley possui um núcleo formado por gelo, poeira e fragmentos
rochosos, o qual mede aproximadamente 15 km de comprimento, 8 km de
largura e 8 km de altura, onde existem crateras de até 1 km de diâmetro.
Por outro lado, o núcleo do cometa Halley possui uma densidade baixa (0.1
gm/cm3), o que nos leva a crer que seja poroso. Por fim, vale citar que a idade
estimada deste núcleo é de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, a idade do
Sistema Solar.
A velocidade do Halley não é constante, variando entre 70,6 km/s a 63,3 km/s,
devido à atração exercida pelas forças gravitacionais de Júpiter e de Saturno,
as quais podem desacelerar o cometa.
Não obstante, sua órbita é elíptica e retrógrada (gira no sentido contrário ao
dos planetas) e está inclinada 18 graus em relação a sua elipse.
Por sua vez, esta órbita se dá em torno do Sol e leva de 74 e 79 anos para se
completar, o que é considerado uma periodicidade relativamente curta.
O cometa Halley possui uma idade avançada, pois foi apanhado pelo campo
gravitacional de Júpiter, cerca de 200 mil anos atrás, quando possuía
aproximadamente 19 km de diâmetro.
Com isso, cada vez que este cometa completa o ciclo orbital, ele perde até
0,1% da sua massa total, ou seja, 100 mil milhões de kg de sua composição.
Portanto, estima-se que em até 300 mil anos ele tenha desaparecido.
Ora, o seu brilho intenso e de cor branca se devem a cauda do cometa, a qual
pode atingir alguns milhões de quilômetros de comprimento e se divide em
duas: uma compostas por gases ionizados, como o cianogénio (mortalmente
venenoso), e outra formada por poeira.
Por sua vez, em 1910, o cometa Halley foi fotografado pela primeira vez e
ganhou fama mundial. Contudo, a maior revolução sobre este tema ocorreu em
1986, quando foi possível enviar espaçonaves para observá-lo.
Estas sondas foram: Planet A e Sakigake do Japão, Giotto da Agência Espacial
Europeia (esta chegou à 500 km do núcleo do cometa), ISEE-3/ICE da NASA e
VEGA 1 e VEGA 2 da URSS.
Por fim, vale lembrar que a próxima passagem do cometa Halley esta estimada
para 28 de julho de 2061 e poderá ser vista em todo o planeta, apesar da
poluição dificultar muito seu aparecimento aos olhos nus.
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Estrelas
As Estrelas são corpos celestes que têm luz própria. Elas são, na verdade,
esferas gigantes compostas de gases que produzem reações nucleares mas,
graças à gravidade, podem se manter vivas (sem se explodir) por trilhões de
anos.
Constelações
As constelações são um conjunto de estrelas que embora pareçam próximas a
olho nu, estão extremamente distantes no espaço celeste.
Anãs Marrons
Nem todas as nuvens interestelares formam estrelas. Quando elas não atingem
uma certa dimensão não se transformam em estrelas, de modo que são
denominadas “anãs marrons”.
Vale ressaltar que é incorreto chamá-las de “estrelas anãs” porque elas não
chegam a ser estrelas, são apenas “anãs marrons”.
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Buraco Negro
Buracos negros são lugares no espaço cuja velocidade de escape é maior que
a velocidade da luz. Nessas regiões existe um intenso campo gravitacional e
matéria armazenada em espaços muito pequenos.
A massa concentrada de um buraco negro pode ser até 20 vezes maior que a
do Sol. O tamanho, contudo, varia; há grandes e pequenos, e cientistas
apostam que há buracos negros do tamanho de um átomo.
Como seu campo gravitacional é muito intenso , nem mesmo a luz pode
escapar. Desta forma, são invisíveis e não é possível estimar a quantidade
existente, por exemplo, na Via Láctea.
A massa deste buraco negro é 6,5 bilhões de vezes maior que a do Sol e sua
distância da Terra é de 55 milhões de anos-luz.
A intensa força gravitacional dos buracos negros captura os gases que estão
próximos e estes gases ao serem sugados têm sua energia potencial
gravitacional gradativamente transformada em energia cinética, térmica e
radiativa.
A trajetória descrita pelo gás rumo ao buraco negro tem a forma de espiral e ao
longo do caminho ocorre a emissão de fótons, que escapam antes de atingirem
o limiar do buraco negro.
Esta emissão forma ao seu redor um anel brilhante, o que permite a sua
observação indireta e representa a parte visível na primeira imagem captada de
um buraco negro.
Esse fato levou Laplace e John Michell, no final do século XVIII, a acreditarem
que poderiam existir estrelas com campo gravitacional tão forte que a
velocidade de escape fosse maior que a velocidade da luz.
Como resultado das suas pesquisas, ele previu que os buracos negros emitem
radiação que podem ser detectada por instrumentos especiais. Sua descoberta
possibilitou o estudo detalhado dos buracos negros.
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