2 Módulo de Relações Sócioprofissional, Cidadania e Ética

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Todos os direitos reservados

Assessoria de Desenvolvimento / Educação

Elaboração: Carini Estrela Leal Passos

Revisão Gramatical: Priscila Delgado


Revisão Pedagógica: Lenici Barbosa
Normalização: NDI – Núcleo Documentação e Informação

Catalogação na fonte (NDI – Núcleo de Documentação e Informação)

SENAI - DR BA. Relações Socioprofissionais, Cidadania e Ética.


Salvador, 2017. 11p. (Rev.01)

1 Relações Socioprofissionais. 2 Ética. 3 Cidadania.

SENAI DR BA®
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Tel.: (71) 3343-1300
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CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
56 01 INTRODUÇÃO
56 1.1 OBJETIVOS DA UNIDADE
C URRICULAR
56 02 FORMAÇÃO DO POVO
BRASILEIRO
57 2.1 DIVERSIDADE CULTURAL
58 03 ÉTICA
58 3.1 ÉTICA PROFISSIONAL
60 04 CIDADANIA
63 05 RELACIONAMENTO
I NTRAPESSOAL X INTERPESSOAL
63 06 DIREITOS HUMANOS
67 6.1 NOÇÕES DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO
66 6.2 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
68 REFERÊNCIAS
01 INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste módulo conheceremos os principais assuntos que contribuem para o desenvolvimento das
competências específicas, que proporcionarão a aquisição dos c onhecimentos teóricos, bem como
das capacidades sociais, o rganizativas e metodológicas adequadas às diferentes s ituações p rofissio-
nais.
Teremos oportunidade para refletir sobre ética, cidadania, formação do povo brasileiro, habilidades de
relacionamento i nterpessoal, noções d e Direito P revidenciário, Estatuto d a Criança e d o Adolescente,
Direitos Humanos, Saúde e Segurança do Trabalho, visando assim, alcançar os melhores índices de qua-
lidade e produtividade no exercício da sua atividade profissional.
P ara o profissional de qualquer área, é importante estar preparado tanto nas competências téc-
nicas quanto nas r elacionais para poder atuar pró- ativamente e a lcançar excelentes r esultados e a
satisfação profissional.

1.1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA


R econhecer o processo de formação do Povo Brasileiro, bem como as diferentes etnias que
contribuíram para esse processo;
Reconhecer-se como parte integrante do seu contexto sociocultural, fruto de um processo histórico e
herdeiro da cultura do país e da região em que vive;
Reconhecer a contribuição das diferentes etnias na formação do povo Brasileiro;
Reconhecer os principais traços da cultura local, considerando as contribuições de cada etnia na
língua, na vestimenta, na culinária, na religião, nas manifestações culturais e na organização do trabalho
na sua região;
Demonstrar atitudes éticas nas ações e nas relações profissionais;
R econhecer os conceitos básicos de direitos e suas implicações no cotidiano da vida em socieda-
de e no trabalho, tendo como base o código e a Declaração Universal dos Direitos Humanos;
R econhecer os direitos e a legislação básica que rege as relações entre empregado e trabalhador
no país;

R econhecer os aspectos centrais do Estatuto da Criança e do Adolescente e os seus impactos no


exercício Profissional dos jovens.

02 FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

2 FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO


O Brasileiro é um povo miscigenado e devido a este fato, rico em cultura. Entretanto, uma só pa-
lavra ou teoria não seria capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que marcaram
a formação deste povo, haja vista que fomos marcados pelas contradições do conflito e da convivência,
constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos
de irmãos que reconhecemos nesse território de dimensões continentais.
Relações Socioprofissionais

A primeira marcante mistura aconteceu no momento em que as populações indígenas da região


entraram em contato com os colonizadores do Velho Mundo. Em meio ao interesse de exploração e o
afastamento dos padrões morais europeus, os portugueses engravidaram várias índias que deram à luz
nossa primeira geração de mestiços. Fora da dicotomia imposta entre os “selvagens” (índios) e os “civili-
zados” (europeus),
56 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
os mestiços formam um primeiro momento do nosso variado leque de misturas. Tempos depois, graças
ao interesse primordial de instalar a empresa açucareira, uma grande leva de africanos foi expropriada
de suas terras para viverem na condição de escravos. Estes estavam longe das suas referências cultu-
rais, sem seus familiares, sendo algumas vezes utilizados sexualmente pelos senhores feudais, dando
origem aos primeiros mulatos. Por razões de sobrevivência os negros tiveram que reelaborar o seu meio
de ver o mundo em meio a esta diáspora.
Com esta mistura de raças, surgiram a formação de outras culturas que marcaram a regionaliza-
ção de tantos espaços. Os citadinos das grandes metrópoles do litoral, os caipiras do interior, os caboclos
das regiões áridas do Nordeste, os ribeirinhos da Amazônia, a região de Cerrado e os pampas gaúchos são
apenas alguns dos exemplos que podemos encontrar por este país com extensão territorial enorme.
Não podemos esquecer de outros povos que no final do século XIX e nas primeiras décadas do
século XX contribuíram para a exploração de novas terras, bem como cumpriram as primeiras jornadas
de trabalho em ambiente fabril, foram eles; Italianos, alemães, poloneses, japoneses, eslavos, dentre
outros.

2.1 DIVERSIDADE CULTURAL

CONCEITOS

Identidade: caracterização que identifica. Cultura: Sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos,
de padrões de comportamento e atitudes, que caracterizam determinada sociedade: Rica cultura popular.
Diversidade: Variedade - dessemelhança.
CEGALA, Domingos Paschoal – Dicionário língua Portuguesa, pg. 260,318 e 477

A diversidade cultural representa as distintas culturas que existem no planeta. Como cultura
compreende-se o conjunto de costumes e tradições de um povo transmitidas de geração em geração.
Dessa forma, como elementos culturais representativos de um determinado povo destacam-se: língua,
crença, comportamento, valores, costumes, religião, folclore, dança, culinária, arte, dentre outros.
Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população
indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, polone-
ses, árabes, dentre outros que contribuíram para a pluralidade cultural do Brasil.
Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão abordados.

Região Nordeste:

Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Per-
nambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esse complexo regional apresenta grande diversidade
cultural, composta por manifestações diversificadas. Entre as ma-
nifestações culturais da região estão danças e festas como o bum-
ba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno
de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira.
literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nor-
destina.
O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os
pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada
de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, caruru, feijão-verde, canjica,
arroz-doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa
de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre
tantos outros.
Relações Socioprofissionais

O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, es-


pecialmente em Salvador, Olinda e Re

Figura 1:Diversidade cultural


Fonte: http://pt.slideshare.net

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 57
A ética enquanto ciência responsável por estudar e criticar os diversos tipos de moral, é importan-
te em nossa vida para que consigamos refletir sobre nossas atitudes e sobre nossas crenças, buscando
sempre o bem estar e o bom relacionamento com o próximo.
Apenas refletindo e criticando a nós mesmos conseguiremos encontrar o comportamento ade-
quado para cada ambiente, pessoal ou profissional, fazendo de nossas atitudes as mais éticas possíveis
diante uma determinada situação e diante a uma determinada cultura – que também pode ser contestada
e criticada, mas nunca desrespeitada.
A ética pode ser confundida com lei, embora, com certa frequência, a lei tenha como base princí-
pios éticos. Porém, diferentemente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por ou-
tros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas
a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética.

A ÉTICA CRISTÃ

Na Idade Média predominava a ética cristã, na qual a base foi valores religiosos bem como amor ao
próximo, esta incorpora até os dias atuais as noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e
a prática do bem, um meio de atingi-la. Para os filósofos cristãos, a natureza humana tem destino prede-
terminado e Deus é o princípio da felicidade e da virtude.

A ÉTICA ILUMINISTA

Entre a Idade Média e a Moderna, o italiano Nicolau Maquiavel rompe com a moral cristã, que im-
põe os valores espirituais como superiores aos políticos. Defende a adoção de uma moral própria em re-
lação ao Estado. O que importa são os resultados, e não a ação política em si. Por isso, considera legítimo
o uso da violência contra os que se opõem aos interesses estatais.

A ÉTICA CONTEMPORÂNEA

A ética contemporânea teve seu início em meados do século XIX, devido às mudanças que a evolu-
ção da ciência provocou na humanidade, descobrindo até mesmo formas eficientes de acabar com a vida
humana.
Dessa forma, o novo pensamento ético que nasceu começou a contestar o racionalismo absoluto,
e assumir a existência de uma parte inconsciente em todos os homens.
As principais correntes desta Ética Contemporânea são: O Existencialismo, o Pragmatismo, a Psi-
canálise, o Marxismo, o Neopositivismo e a Filosofia Analítica.

VOCÊ SABIA QUE EXISTEM DOIS TIPOS DE ÉTICA?

Segundo o filosofo Hegel a ética é dividida em subjetiva e objetiva, ou seja, a ética subjetiva é cha-
mada de pessoal, pois os valores utilizados são com base no que o indivíduo acredita, e a ética objetiva é
chamada de social, pois os valores utilizados são da sociedade.

3.1 ÉTICA PROFISSIONAL


Para reflexão:

“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor”.
Albert Einstein

A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos apli-


cados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de
Relações Socioprofissionais

fundamental importância para o bom funcionamento das atividades


Figura 2: Ética profissional da empresa e das relações de trabalho entre os funcionários.Reali-
Fonte:http://www.blogti.microcampsp.
com.br
zação, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas ao
trabalho;
Respeito às regras e normas da empresa.

58 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Apesar de cada profissão ter princípios éticos específicos, existem alguns que são coletivos de
acordo com o livro “Você é um profissional ético?”, de Darley Jacomino (2000, p. 28-36), são
Princípios éticos coletivos:

A ÉTICA EM AMBIENTES ESPECÍFICOS:

A lém dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de
determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética profis-
sional (trabalho), ética empresarial, ética educacional, ética nos
esportes, ética jornalística, ética na política, etc.

ANTIÉTICA:

Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual per-


tence é chamado de antiético, assim como o ato praticado. e posi-
tivo dentro da empresa como, por exemplo, manter o bom humor;

Figura 3: Antiética
Fonte: http://doleredolar.blogspot.com.br

VANTAGENS DA ÉTICA APLICADA AO AMBIENTE DE TRABALHO:

Maior nível de produção na empresa;


Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e agradável;
Aumento no índice de confiança entre os funcionários.

Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:

Educação e respeito entre os funcionários;


Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;
Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na em-
presa;
Respeito à hierarquia dentro da empresa;
Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho;
Ações e comportamentos que visam criar um clima agradável:
• Honestidade;
•R espeito àd ignidade humana;
•L ealdade;
•P rofissionalismo;
• Segredo profissional;
•D iscrição no exercíciod ap rofissão;
•P restação de contas ao superior hierárquico;
•R espeito às normas da empresa;
•F ormação de uma consciênciap rofissional;
•E xecução do trabalho no maisa lton ível de rendimento;
• Aperfeiçoamento profissional contínuo;
•T ratamento cortês er espeitoso.
Relações Socioprofissionais

Agir corretamente hoje, não é só uma questão de consciência, mas um dos quesitos fundamen-
tais para quem quer ter uma carreira longa, respeitada e sólida.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 59
04 CIDADANIA

4 CIDADANIA
O termo cidadania vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”. A cidadania também pode ser de-
finida como a condição do cidadão, indivíduo que vive
de acordo com um conjunto de estatutos pertencentes
a uma comunidade politicamente e socialmente articu-
lada.
D e acordo c om este c onceito entende-se que
os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e
cumprimento de ambos contribuem para uma socieda-
de mais equilibrada e justa.
E xercer a c idadania é ter c onsciência de seus
direitos e obrigações, garantindo que estes sejam co-
locados em prática, ou seja, estar em pleno gozo das
disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o
exercício da cidadania é um dos objetivos da educação
de um país. Figura 4: Cidadania
A cidadania pode ser dividida em duas categorias: Fonte: http://canalkids.com.br/cidadania/genteboa/ind ex.htm
cidadania formal e substantiva. A cidadania formal é re-
ferente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de pertencer a uma determinada nação. A cidadania
substantiva é de um caráter mais amplo, estando relacionada com direitos sociais, políticos e civis. O
sociólogo britânico T.H. Marshall afirmou que a cidadania só é plena se for dotada de direito civil, político
e social.

CIDADANIA FORMAL

Está relacionado com o país onde a pessoa exerce os seus direitos e deveres. Assim, a cidadania
brasileira está relacionada com o indivíduo que está ligado aos direitos e deveres que estão definidos na
Constituição do Brasil.
P ara ter cidadania brasileira, a pessoa deve ter nascido em território brasileiro ou solicitar a sua
naturalização, em caso de estrangeiros. No entanto, os cidadãos de outros países que desejam adquirir
a cidadania brasileira devem obedecer todas as etapas requeridas para este processo.
Uma pessoa pode ter direito a dupla cidadania, isto significa que deve obedecer aos diretos e de-
veres dos países em que foi naturalizada.

A CIDADANIA SUBSTANTIVA

A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, pela As-


sembleia Nacional Constituinte, composta por 559 congressistas (deputados e senadores), consolidou a
democracia, após longos anos da ditadura militar no Brasil.
Entre alguns dos principais deveres e direitos dos cidadãos está:

Deveres do cidadão

•V otar para escolher os governantes;


Relações Socioprofissionais

• Cumprir as leis;
• Educar e proteger seus semelhantes;
•P roteger a natureza;
•P roteger o patrimônio público e social do País.

60 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
Direitos do cidadão

• Direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros;
• O cidadão é livre para escrever e dizer o que pensa, mas precisa assinar o que disse e escreveu;
• Todos são respeitados na sua fé, no seu pensamento e na sua ação na sociedade;
• O cidadão é livre para praticar qualquer trabalho, ofício ou profissão, mas a lei pode pedir estudo e
diploma para isso;
• Só o autor de uma obra tem o direito de usá-la, publicá-la e tirar cópia, e esse direito passa para os
seus herdeiros;
• Os bens de uma pessoa, quando esta morrer, passam para seus herdeiros;
• Em tempo de paz, qualquer pessoa pode ir de uma cidade para outra, ficar ou sair do país, obedecen-
do a lei feita para isso.
• Todos os cidadãos têm o direito à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei – o conjunto
desses direitos forma a sociedade civil.

Com o passar dos anos, a cidadania no Brasil sofreu uma evolução no sentido da conquista dos
direitos políticos, sociais e civis. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, tendo em conta os
milhões que vivem em situação de pobreza extrema, a taxa de desemprego, um baixo nível de alfabeti-
zação e a violência vivida na sociedade.
A ética e a moral têm uma grande influência na cidadania, pois dizem respeito à conduta do ser humano.
Um país com fortes bases éticas e morais apresenta uma forte cidadania.

05 INTRAPESSOAL X INTERPESSOAL

5 INTRAPESSOAL X INTERPESSOAL

O relacionamento intrapessoal é basicamente o ato de conhecer a si mesmo, identificar pontos


fortes que precisam de melhorias, emoções e habilidades. É como você se enxerga no mundo, como vê a
si mesmo e como reage às mais diversas situações. É a busca constante pelo autoconhecimento, auto-
controle emocional e autoestima.
Já o relacionamento interpessoal diz respeito à relação com o próximo, à maneira como lidamos
com nossos colegas, chefes, superiores, clientes, e todos os envolvidos no ambiente de trabalho. Ele tem
muito a ver com a nossa reação perante outras pessoas de nosso convívio, com os colegas, familiares e
amigos.
Como o relacionamento intrapessoal diz respeito à integração do autoconhecimento, autodomí-
nio e automotivação, é a base para a realização do relacionamento interpessoal. Portanto, quanto maior
for o domínio e controle sobre suas emoções, mais bem-sucedida será a convivência com colegas e ou-
tros contatos que fazem parte do ambiente corporativo.
O relacionamento intrapessoal é a base para alcançar o poder do autoconhecimento. Tendo mais
consciência sobre sua personalidade, você domina as suas atitudes. Nessa perspectiva, pode desenvol-
ver habilidades muito valorizadas na construção de um ambiente de trabalho em que haja crescimento
pessoal, profissional e bom trabalho em equipe. Entre as mais importantes estão:
• Humildade para estar sempre disposto a aprender;
• Persistência para alcançar os objetivos, apesar das dificuldades;
• Resiliência para recomeçar após os fracassos;
• Disciplina para cumprir as metas com firmeza e foco;
Relações Socioprofissionais

• Flexibilidade para enxergar novas possibilidades e se adaptar a situações desconhecidas ou ines


peradas;
• Iniciativa para ser proativo;
• Motivação para encarar a rotina.

CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 61
COMO DESENVOLVER ESSAS HABILIDADES

Como o relacionamento intrapessoal leva ao interpessoal, ao autoconhecimento é a base para


desenvolver essas habilidades. Tire um tempo para refletir sobre você mesmo e se questione para iden-
tificar os seus sonhos, pontos fortes e fracos, talentos, medos, competências que precisam ser desen-
volvidas, bem como verificar se as atitudes que apresenta nesse momento têm favorecido ou dificultado
o seu sucesso.
Tanto o relacionamento interpessoal quanto o intrapessoal são habilidades que, quando não ina-
tas ao profissional, podem ser desenvolvidas com o apoio de um profissional da área chamado Coaching.

HABILIDADES BÁSICAS DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Habilidades interpessoais configuram a capacidade de se relacionar bem com outras pessoas e


gerar resultados positivos dessas conexões. Um ambiente munido de fortes habilidades interpessoais é
caracterizado por criar interações mais fortes e, consequentemente, mais gratificantes.
Tais interações constroem relacionamentos sólidos, uma comunicação clara e eficiente, o com-
portamento ético e a formação de equipes de trabalho eficazes.
No mundo corporativo, desenvolver habilidades interpessoais é fundamental, pois direciona os
indivíduos a trabalharem bem, em conjunto, e os torna mais aptos a atingirem grandes objetivos. Assim,
um empresário ou administrador com tais habilidades devem ser capazes de motivar, liderar, facilitar,
coordenar, comunicar e resolver problemas.
Segundo a coach Regina Giannetti, os relacionamentos de trabalho apresentam dois pontos que mere-
cem destaque:
(1) Não escolhemos nossos colegas, chefes, clientes e parceiros como escolhemos nossos amigos;
(2) Mesmo sem afinidade, precisamos funcionar bem trabalhando com essas pessoas.

No trabalho, provavelmente é onde mais convivemos com pessoas diferentes de nós, em termos
de opinião, visão de mundo, educação, cultura, comportamento, etc.
É aí que entram as habilidades interpessoais que se fundamentam em 5 pilares:
1. Autoconhecimento: reconhecer os traços do próprio comportamento é importante para identificar
como as suas ações vão afetar os outros e como as ações dos outros vão lhe afetar;
2. Empatia: se colocar no lugar do outro, considerar suas opiniões e motivações, lhe torna menos egoísta
e amplia a sua percepção de realidade;
3. Assertividade: se expressar de maneira franca e respeitosa demonstra clareza em suas opiniões, me-
tas e obstáculos. Tão importante quanto saber ouvir, é saber falar;
4. Cordialidade: “Gentileza gera gentileza”. Tratar bem as pessoas demonstra consideração e facilita a
formação de bons relacionamentos;
5. Ética: assumir uma postura que tem como objetivo não prejudicar o outro e manter um senso de justiça
é um passo importante para ganhar a confiança das pessoas.

PORQUE É IMPORTANTE DESENVOLVÊ-LAS?

Desenvolver habilidades interpessoais pode ser o “ponto de virada” de uma carreira. Pessoas
bem-sucedidas são marcadas por construírem pontes sólidas ao seu redor e, na esmagadora maioria
dos casos, isso envolve a melhoria no relacionamento como dividir a jornada de trabalho com elas.
Como seres sociais, todos nós desenvolvemos algumas habilidades interpessoais desde o início
da vida. No entanto, por interferência da cultura, educação e do ambiente de maneira geral, algumas
dessas habilidades acabam ficando escondidas no nosso subconsciente.
É importante colocar as que você já tem em prática, bem como aprender as demais que você pre-
cisa, são as partes que requerem esforço. Mas valerá a pena, considerando que, no trabalho, assim como
na vida, precisamos nos relacionar bem com as pessoas para conseguir melhores resultados.
Relações Socioprofissionais

62 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
COMO DESENVOLVER ESSAS HABILIDADES

Como o relacionamento intrapessoal leva ao interpessoal, ao autoconhecimento é a base para


desenvolver essas habilidades. Tire um tempo para refletir sobre você mesmo e se questione para iden-
tificar os seus sonhos, pontos fortes e fracos, talentos, medos, competências que precisam ser desen-
volvidas, bem como verificar se as atitudes que apresenta nesse momento têm favorecido ou dificultado
o seu sucesso.
Tanto o relacionamento interpessoal quanto o intrapessoal são habilidades que, quando não ina-
tas ao profissional, podem ser desenvolvidas com o apoio de um profissional da área chamado Coaching.

HABILIDADES BÁSICAS DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Habilidades interpessoais configuram a capacidade de se relacionar bem com outras pessoas e


gerar resultados positivos dessas conexões. Um ambiente munido de fortes habilidades interpessoais é
caracterizado por criar interações mais fortes e, consequentemente, mais gratificantes.
Tais interações constroem relacionamentos sólidos, uma comunicação clara e eficiente, o com-
portamento ético e a formação de equipes de trabalho eficazes.
No mundo corporativo, desenvolver habilidades interpessoais é fundamental, pois direciona os
indivíduos a trabalharem bem, em conjunto, e os torna mais aptos a atingirem grandes objetivos. Assim,
um empresário ou administrador com tais habilidades devem ser capazes de motivar, liderar, facilitar,
coordenar, comunicar e resolver problemas.
Segundo a coach Regina Giannetti, os relacionamentos de trabalho apresentam dois pontos que mere-
cem destaque:
(1) Não escolhemos nossos colegas, chefes, clientes e parceiros como escolhemos nossos amigos;
(2) Mesmo sem afinidade, precisamos funcionar bem trabalhando com essas pessoas.

No trabalho, provavelmente é onde mais convivemos com pessoas diferentes de nós, em termos
de opinião, visão de mundo, educação, cultura, comportamento, etc.
É aí que entram as habilidades interpessoais que se fundamentam em 5 pilares:
1. Autoconhecimento: reconhecer os traços do próprio comportamento é importante para identificar
como as suas ações vão afetar os outros e como as ações dos outros vão lhe afetar;
2. Empatia: se colocar no lugar do outro, considerar suas opiniões e motivações, lhe torna menos egoísta
e amplia a sua percepção de realidade;
3. Assertividade: se expressar de maneira franca e respeitosa demonstra clareza em suas opiniões, me-
tas e obstáculos. Tão importante quanto saber ouvir, é saber falar;
4. Cordialidade: “Gentileza gera gentileza”. Tratar bem as pessoas demonstra consideração e facilita a
formação de bons relacionamentos;
5. Ética: assumir uma postura que tem como objetivo não prejudicar o outro e manter um senso de justiça
é um passo importante para ganhar a confiança das pessoas.

PORQUE É IMPORTANTE DESENVOLVÊ-LAS?

Desenvolver habilidades interpessoais pode ser o “ponto de virada” de uma carreira. Pessoas
bem-sucedidas são marcadas por construírem pontes sólidas ao seu redor e, na esmagadora maioria
dos casos, isso envolve a melhoria no relacionamento como dividir a jornada de trabalho com elas.
Como seres sociais, todos nós desenvolvemos algumas habilidades interpessoais desde o início
da vida. No entanto, por interferência da cultura, educação e do ambiente de maneira geral, algumas
dessas habilidades acabam ficando escondidas no nosso subconsciente.
É importante colocar as que você já tem em prática, bem como aprender as demais que você pre-
cisa, são as partes que requerem esforço. Mas valerá a pena, considerando que, no trabalho, assim como
na vida, precisamos nos relacionar bem com as pessoas para conseguir melhores resultados.
Relações Socioprofissionais

62 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
1628: A Petição de Direito — que definiu os direitos do povo.

1776: A Declaração de Independência dos Estados Unidos — que proclamou o direito à vida, liberdade e
à busca da felicidade.

1789: A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão — um documento da França, que afirmou que
todos os cidadãos eram iguais perante a lei.

1948: A Declaração Universal dos Direitos do Homem — o primeiro documento que lista os trinta direi-
tos de que deve gozar cada ser humano.

AFINAL O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS?

Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. São: Direitos civis e po-
líticos (exemplos: direitos à vida, à propriedade, liberdade de pensamento, de expressão, de crença,
igualdade formal, ou seja, de todos perante a lei, direitos à nacionalidade, de participar do governo
do seu Estado, podendo votar e ser votado, entre outros, fundamentados no valor liberdade); Direitos
econômicos, sociais e culturais (exemplos: direitos ao trabalho, à educação, à saúde, à previdência social,
à moradia, à distribuição de renda, entre outros, fundamentados no valor igualdade de oportunidades);
Direitos difusos e coletivos (exemplos: direito à paz, direito ao progresso, autodeterminação dos povos,
direito ambiental, direitos do consumidor, inclusão digital, entre outros, fundamentados no valor frater-
nidade).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos
direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as
regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em
10 de dezembro de 1948.
Desde sua adoção, em 1948, este documento foi traduzido em mais de 360 idiomas, o mais traduzido do
mundo, e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes. Em conjunto com o Pac-
to Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de
queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e
seu Protocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos.
Uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde
1945 expandiram o corpo do direito internacional dos direitos humanos.
Eles incluem a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Con-
venção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), a Con-
venção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (1979), a Convenção
sobre os Direitos da Criança (1989) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006),
entre outras.

Para refletir:

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de cons-
ciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

O programa jovem aprendiz é um projeto do governo federal criado a partir


da Lei de Aprendizagem (10.097/00), o principal objetivo foi estimular o tra-
balho do jovem no país, pois visa minimizar a grande dificuldade que a popu-
lação com pouca idade tem em conseguir o primeiro emprego.
As empresas desenvolvem programas de aprendizagem gratuitos que visam
à capacitação profissional de adolescentes e jovens em todo o país. Ou seja,
Relações Socioprofissionais

Figura 5: Direitos do jovem o aprendiz receberá ensinamentos teórico (sala de aula) e prático (dentro da
aprendiz empresa contratante), durante o período de até 2 anos. O aprendiz recebe-
Fonte: https://www.vagasjove-
maprendiz.com.br/trabalho/lei- rá capacitação para aprimorar habilidades na área que atuará na empresa.
-da-aprendizagem Dessa forma, ele terá a chance de vivência do dia-dia dentro da empresa e,
ao mesmo tempo, aprender uma profissão.

64 CAIBÁSICO_SENAIBAHIA
QUEM PODE SER APRENDIZ:

Jovens de 14 a 24 anos incompletos que estejam cursando o ensino fundamental ou o ensino


médio. A idade máxima prevista não se aplica a aprendizes com deficiência. A comprovação da escola-
ridade de aprendiz com deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências
relacionadas com a profissionalização

JORNADA DE TRABALHO:

A jornada de trabalho não pode ser superior a seis horas diárias, admitindo-se a de oito horas para
os aprendizes que já tiverem completado o ensino médio, se nessa jornada forem computadas as horas
destinadas à aprendizagem teórica.

CONTRATO:

O contrato de aprendizagem é um contrato de trabalho especial, com duração máxima de dois


anos, anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, salário mínimo/hora e todos os direitos tra-
balhistas e previdenciários garantidos.
O aprendiz contratado tem direito a 13º salário e a todos os benefícios concedidos aos demais
empregados. Suas férias devem coincidir com o período de férias escolares, sendo vedado o parcelamen-
to.

ENCARGOS:

As empresas estão sujeitas ao recolhimento de alíquota de 2% sobre os valores de remuneração


de cada jovem, inclusive sobre gratificações, para crédito na conta vinculada ao FGTS. O recolhimento da
contribuição ao INSS é obrigatório, sendo o aprendiz segurado- empregado.

INCENTIVOS FISCAIS E TRIBUTÁRIOS:

Apenas 2% de FGTS (alíquota 75% inferior à contribuição normal).


Empresas registradas no “Simples”, que optarem por participar do programa de aprendizagem, não
tem acréscimo na contribuição previdenciária.
Dispensa de Aviso Prévio remunerado. Isenção de multa rescisória.

6.1 NOÇÕES DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO


CONCEITO:

Direito de previdência social é o ramo do direito que disciplina a estrutura das organizações, o cus-
teio, os benefícios e os beneficiários do sistema previdenciário.
Todo trabalhador que contribui mensalmente para a Previdência Social é chamado de segurado e tem
direito aos benefícios e serviços oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como a apo-
sentadoria, a pensão por morte, o salário-maternidade, o auxílio-doença, entre outros.

Há seis modalidades de segurados:

1. Na categoria Empregados estão todos os trabalhadores que têm carteira assinada e que prestam ser-
viço constante na empresa e recebem salário.
2. Empregados Domésticos: são os trabalhadores com carteira assinada e prestam seu serviço na casa
de uma pessoa ou família, que não desenvolvem atividade lucrativa. Nessa categoria estão os domés-
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ticos, governantas, jardineiro, caseiro, motoristas, mordomos, etc.


3. Trabalhadores Avulsos: são aqueles que prestam serviços a diversas empresas, sem vínculo de em-
prego, e que são contratados por sindicatos e órgãos gestores de mão-de-obra, como estivador,
amarrador de embarcações, ensacador de cacau, etc.

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A Constituição, também conhecida como Carta Magna, é a lei suprema e fundamental do Brasil e se situa
no topo de todo o ordenamento Jurídico, ou seja, nenhuma lei pode contrariar o que está determinado
nesta.
Para serem efetivados, os preceitos da Constituição devem ser transformados em leis. No
caso da infância, a lei mais importante é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei nº 8.069. Em
vigor desde 1990, o ECA é considerado um marco na proteção da infância e tem como base a doutrina de
proteção integral, reforçando a ideia de “prioridade absoluta” da Constituição.
No ECA estão determinadas questões, como os direitos fundamentais das crianças e dos adoles-
centes; as sanções, quando há o cometimento de ato infracional; quais órgãos devem prestar assistên-
cia; e a tipificação de crimes contra criança.
Para se aprofundar nos conteúdos do Estatuto, conheça o ECA Comentado e o Entendendo o ECA.
Trabalho infantil e o trabalho adolescente protegido.
A Constituição Brasileira (Artigo 7, inciso XXXIII) determina a “proibição de trabalho noturno, pe-
rigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos”. A
única exceção é dada aos aprendizes que podem trabalhar a partir dos 14 anos.
A aprendizagem está presente no ECA e é regulamentada pela lei nº 10.097 de 2000. A contrata-
ção nessa modalidade implica em carga horária reduzida, inscrição em curso de ensino técnico e ativi-
dades específicas que não sejam prejudiciais ao desenvolvimento do adolescente e não interfiram nos
estudos regulares.
Também conhecida como Lei do Aprendiz, a Lei de Aprendizagem é uma alternativa para que jo-
vens, entre 14 e 24 anos incompletos, ingressem no mercado de trabalho de forma segura com garantia
dos direitos estabelecidos pela lei, como o acesso à educação. Por isso, o contrato de aprendizagem con-
ta com algumas condições especiais: não pode ter prazo estendido para além de dois anos de duração
ou ultrapassar o limite de 24 anos de idade incompletos. Além disso, a carga horária diária de trabalho
não deve exceder seis horas para aqueles que não completaram o Ensino Fundamental -– sendo proi-
bidas a prorrogação e compensação de horários (art. 432 da CLT) -– se já concluído, o limite diário é de
oito horas. Já o período dedicado à teoria deverá ser contemplado na jornada.
Além dessas peculiaridades, o contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, frequência de curso de formação técnico-profissional e, caso o aprendiz
não tenha concluído o Ensino Fundamental, matrícula e frequência à escola.
Já entre os 16 e 18 anos é permitido entrar no mercado de trabalho, mas na forma de traba-
lho adolescente protegido. Sendo assim, não pode ser em horário noturno, nem em atividades perigosas,
insalubres ou que estejam relacionadas no decreto 6.481 de 2008, conhecido como Lista TIP, que define
as piores formas de trabalho infantil e que podem ser executadas apenas por pessoas com mais de 18
anos. A contratação deve se dá por meio de carteira assinada.
Ainda que a Constituição seja clara e incisiva na proibição do trabalho infantil, há juízes que emi-
tem autorizações para que crianças e adolescentes trabalhem antes da idade permitida. Em 2011, foram
3.134 autorizações judiciais de trabalho. As ações dos juízes são fundamentadas por uma interpretação
da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), legislação da década de 40, que prevê autorizações judiciais
quando a “ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos”. En-
tretanto, esse item da CLT contradiz a Constituição, que não abre exceções para o trabalho infantil, a
não ser como aprendiz.
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A Constituição, também conhecida como Carta Magna, é a lei suprema e fundamental do Brasil e se situa
no topo de todo o ordenamento Jurídico, ou seja, nenhuma lei pode contrariar o que está determinado
nesta.
Para serem efetivados, os preceitos da Constituição devem ser transformados em leis. No
caso da infância, a lei mais importante é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei nº 8.069. Em
vigor desde 1990, o ECA é considerado um marco na proteção da infância e tem como base a doutrina de
proteção integral, reforçando a ideia de “prioridade absoluta” da Constituição.
No ECA estão determinadas questões, como os direitos fundamentais das crianças e dos adoles-
centes; as sanções, quando há o cometimento de ato infracional; quais órgãos devem prestar assistên-
cia; e a tipificação de crimes contra criança.
Para se aprofundar nos conteúdos do Estatuto, conheça o ECA Comentado e o Entendendo o ECA.
Trabalho infantil e o trabalho adolescente protegido.
A Constituição Brasileira (Artigo 7, inciso XXXIII) determina a “proibição de trabalho noturno, pe-
rigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos”. A
única exceção é dada aos aprendizes que podem trabalhar a partir dos 14 anos.
A aprendizagem está presente no ECA e é regulamentada pela lei nº 10.097 de 2000. A contrata-
ção nessa modalidade implica em carga horária reduzida, inscrição em curso de ensino técnico e ativi-
dades específicas que não sejam prejudiciais ao desenvolvimento do adolescente e não interfiram nos
estudos regulares.
Também conhecida como Lei do Aprendiz, a Lei de Aprendizagem é uma alternativa para que jo-
vens, entre 14 e 24 anos incompletos, ingressem no mercado de trabalho de forma segura com garantia
dos direitos estabelecidos pela lei, como o acesso à educação. Por isso, o contrato de aprendizagem con-
ta com algumas condições especiais: não pode ter prazo estendido para além de dois anos de duração
ou ultrapassar o limite de 24 anos de idade incompletos. Além disso, a carga horária diária de trabalho
não deve exceder seis horas para aqueles que não completaram o Ensino Fundamental -– sendo proi-
bidas a prorrogação e compensação de horários (art. 432 da CLT) -– se já concluído, o limite diário é de
oito horas. Já o período dedicado à teoria deverá ser contemplado na jornada.
Além dessas peculiaridades, o contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, frequência de curso de formação técnico-profissional e, caso o aprendiz
não tenha concluído o Ensino Fundamental, matrícula e frequência à escola.
Já entre os 16 e 18 anos é permitido entrar no mercado de trabalho, mas na forma de traba-
lho adolescente protegido. Sendo assim, não pode ser em horário noturno, nem em atividades perigosas,
insalubres ou que estejam relacionadas no decreto 6.481 de 2008, conhecido como Lista TIP, que define
as piores formas de trabalho infantil e que podem ser executadas apenas por pessoas com mais de 18
anos. A contratação deve se dá por meio de carteira assinada.
Ainda que a Constituição seja clara e incisiva na proibição do trabalho infantil, há juízes que emi-
tem autorizações para que crianças e adolescentes trabalhem antes da idade permitida. Em 2011, foram
3.134 autorizações judiciais de trabalho. As ações dos juízes são fundamentadas por uma interpretação
da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), legislação da década de 40, que prevê autorizações judiciais
quando a “ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos”. En-
tretanto, esse item da CLT contradiz a Constituição, que não abre exceções para o trabalho infantil, a
não ser como aprendiz.
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CAIBÁSICO_SENAIBAHIA 67
REFERÊNCIAS
Relações Socioprofissionais

COSTA, Antônio Carlos Gomes da; PIMENTEL, Antônio de Pádua Gomes. Educação e
Vida: Um guia para o adolescente. 3. ed. Belo Horizonte: editora, ano.

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Autor. Relacionamento Intrapessoal e Interpessoal no Trabalho. Edição (caso te-


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<http://www.jrmcoaching.com.br /blog/relacionamento-interpessoal -e-intr a-
pessoal-trabalho-saiba-como-desenvolver-essas-habilidades/>. A cesso em: 2
nov. 2017.

DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro: Cidadania hoje e amanhã. Edição. São


Paulo: Ática, 2005.

______. Dimenstein, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os


direitos humanos no Brasil. Edição. São Paulo; Ática, 2005.

Autor. Diversidade cultural. Edição caso tenha. Local. Editora e ano. Disponível em:
>http://www.todamateria.com.br/diversidade
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sociofilosofia/etica.html>. Acesso em: 18 out.
2017.

Autor. C idadania. L ocal: editora, ano. Disponível em: <https://www.significados.


com.br/cidadania>. Acesso em: 22 out. 2017.

BRASIL. Ministério da Previdência Social: noções básicas. Local: editora, ano. Dis-
ponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematica s /previdenciasocial.
htm>. Acesso em: 1 nov. 2017.

Autor. História do povo brasileiro. Local: editora, ano. Disponível em: http://brasi-
lescola.uol.com.br/historiag/brasileiro.htm.>. Acesso em: 28 out. 2017.

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SOUSA, Rainer Gonçalves. O p ovo b rasileiro. L ocal: editora, ano. D isponível em:
<http://www.escolakids.com/o-povo- brasileiro.htm>. Acesso em: 17 out. 2017.

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