Magia Do Caos - Índice
Magia Do Caos - Índice
Magia Do Caos - Índice
Luís Z Siqueira
Ilustrações de Raphael Markez
Ed. Daemon – São Paulo - 2021
Dedicatória
Introdução
1.7.1 – Arcanos
1.7.2 – Arquétipos
1.7.3 – Atratores Caóticos
3.4.1 – O Tarot
3.4.2 - Uma Narrativa sobre O Nada
3.7.1 – A Invocação
3.7.2 - Desejo, Necessidade e Vontade
3.7.3 - Os sonhos da Médium
4.12.1 - O Santuário do Eu
Capítulo 11 – Bibliografia
Prefácio da 1a Edição
Este livro teve um início muito antes de ser escrito. Foi lá em 2001 que tive a visão
do que deveria perseguir enquanto objetivo mágico: avançar sobre o conhecimento
do Corpo enquanto caminho para o autoconhecimento. Para manter clara esta meta
fiz um pequeno texto para lembrar-me dela. Passados quase vinte anos, ele ainda se
mantém atual.
“O Templo é o Corpo
Alegria, portanto!
É senão um ato de magia estar vivo!
Ninguém precisa lhe dar autorização para viver a magia diariamente!
Não é preciso ler inúmeros livros, nem de mestres superiores,
nem de roupas ou parafernálias especiais
Tudo o que disseram ser necessário para se viver uma vida mágica
Nada mais é do que ilusão!
Uma vida mágica está pronta para ser vivida a cada novo dia
Em cada Templo agora desvelado:
O Templo que tanto esconderam de todos está no teu próprio Corpo!
Z (2001)”
INTRODUÇÃO
Brasil, Outubro de 2003. Foi mais ou menos aqui que começou nossa Jornada
rumo a um novo sistema de magia. Viemos do que era tido como um movimento
de vanguarda, a Magia do Caos [i] , no qual embarcamos nos idos de 1997. Havia
muito material escrito em inglês, havia grupos aqui e acolá, havia um ambiente de
transformação de ideias que vinham do hermetismo, da Thelema, de Wicca e
outros segmentos da magia.
A antiga Cabala dominava quase tudo que era ocidental. Neste contexto, os
primeiros escritos sobre Magia do Caos que se tornaram conhecidos no Brasil
também usavam referências antigas. Entre as quais se tornaram populares aquelas
feitas às divindades gregas, com especial referência a Eros e Thanatos [ii] -
Representações de energias mágicas complementares, uma dualidade não
paradoxal [iii], uma vez que tudo que está vivo caminha para a morte. Como na
Magia do Caos muito foi copiado, pode-se imaginar que não só as divindades, mas
a própria referência também tenha sido tirada de outro lugar, no caso da obra de
Sigmund Freud, que usou esta referência para designar respectivamente as pulsões
de vida e de morte.
Quando chegamos a 2003, já não havia muito do novo dentro daquilo que deveria
ser o novo no mundo. Com o advento da Internet, até mesmo a Magia do Caos
havia se tornado um “Sistema Conhecido”[iv]. Foi assim que surgiu o desejo de usar
a Magia do Caos para criar um Novo Sistema de Magia. Um sistema que voltasse
às origens daquilo que um dia foi importante: uma aventura, um chamado à
diversão, uma busca, seguida de um encontro dos participantes. Demos à nossa
jornada o nome CAOS - O JOGO. Como ferramenta para a construção do novo,
usamos inicialmente a Filosofia. Sócrates nos emprestou a Maiêutica[v], com a qual
buscamos ‘parir’ um conhecimento. Ele estava dentro de nós. “Conhece a Ti
Mesmo” dizia o oráculo de Delphos.
A ordem, aquilo que se coloca como “O Estabelecido”, exerce uma forte influência
sobre tudo o que é conhecido. Muitos dos vícios que estavam dentro da ordem
ficaram ocultos, para que aquilo que fosse visto e conhecido fosse reconhecido
como “A Matrix”. Existem divergências com a ordem estabelecida? Existem
discordâncias? Então a força é colocada em ação para o reestabelecimento da
ordem. Esta cena, descrita em abstrato, encontra lugar em todas as relações
hierárquicas humanas. Vemos nas redes sociais e nos meios de comunicação como
o Estado reprime manifestações populares indesejadas: a autoridade é estabelecida
pela força por meio da imposição da ordem.
Há uma ordem que nos interessa particularmente, pois que ela é a única que você
conseguirá subverter com sucesso: A ORDEM IMPLÍCITA À SUA VIDA. Não
queremos que você lute contra o Estado ou contra a Religião, ou contra a Moral.
Nem mesmo contra a autoridade do seu chefe no seu trabalho. Queremos que você
questione o discurso desta ordem. Queremos que você questione a autoridade
dentro de si que concorda com esta ordem. Um movimento de questionamento da
ordem interna vigente no “Eu”. Para alcançar este fim, utilizamos o pensamento
dos pais da contracultura, em especial de Robert Anton Wilson[vii] e Timothy
Leary[viii], os quais colocaram novas ferramentas na mesa: “Pense por si mesmo,
questione a autoridade.” - (Lema de Leary).
Já na busca por pensar por nós mesmos, aprofundamos os estudos sobre o que
buscávamos formular. Havia alguém que tinha escrito sobre o Inconsciente:
Freud[ix]. Partindo do estudo de Freud e ainda buscando tanto a filosofia quanto a
instrumentação prática, abordamos Reich[x] , Jung[xi] e Lacan[xii]. Encontramos
teorias na malha de conhecimento formada pelos filósofos e psicanalistas, às quais
validamos a partir de nossos resultados. Com estes conhecimentos pudemos
reescrever toda a experiência pela primeira vez.
Para nós, sempre houve algo mais. Aqui, agora, apresentamos nosso mais recente
algo mais: Esta obra. Trouxemos os nossos 17 anos de experiência para que você
faça a sua Jornada. Esta obra é a sua Embarcação, seus instrumentos de navegação
e seus mapas. Aqui, todos os recursos necessários à SUA Jornada serão
encontrados. Convidamos você a ser mais do que apenas um leitor que encontrou
um novo brinquedo: Convidamos você a nos encontrar dentro dos universos do
CAOS.
“Admit it. You aren’t like them. You’re not even close. You may occasionally
dress yourself up as one of them, watch the same mindless television shows as
they do, maybe even eat the same fast food sometimes. But it seems that the
more you try to fit in, the more you feel like an outsider, watching the “normal
people” as they go about their automatic existences. For every time you say
club passwords like “Have a nice day” and “Weather’s awful today, eh?”,
you yearn inside to say forbidden things like “Tell me something that makes
you cry” or “What do you think deja vu is for?”. Face it, you even want to
talk to that girl in the elevator. But what if that girl in the elevator (and the
balding man who walks past your cubicle at work) are thinking the same
thing? Who knows what you might learn from taking a chance on
conversation with a stranger? Everyone carries a piece of the puzzle. Nobody
comes into your life by mere coincidence. Trust your instincts. Do the
unexpected. Find the others…“ - Timothy Leary40 American psychologist
1920 – 1996 „ Referência: https://citacoes.in/autores/timothy-leary/
“Admita: Você não é como eles. Nem sequer parecido. Você pode
ocasionalmente se vestir como eles, ver as mesmas séries de TV sem sentido,
talvez às vezes até comer nas mesmas lojas de fast-food. Mas parece que,
quanto mais você tenta se encaixar, mais você se sente como um estranho,
olhando para as “pessoas normais” enquanto vivem suas vidinhas
automáticas. Cada vez que você usa senhas de sociabilidade, tais como
“Tenha um bom dia” ou “Tá frio, né?”, você urra internamente para falar
coisas proibidas como “Me diz o que te faz chorar” ou “Pra quê você acha que
o “Deja Vu” serviria? Encare isso: você quer conversar com aquela garota no
elevador. Mas e se aquela garota no elevador (e o careca que passa pelo seu
lado no escritório) estiverem pensando a mesma coisa? Quem sabe o que você
poderia aprender, arriscando uma conversa com um desconhecido? Todos
possuem um pedaço da resposta. Ninguém chega até você por mera
coincidência. Acredite nos seus instintos. Faça o inesperado. Ache os
outros...” Timothy Leary40 (Psicólogo americano, 1920-1996)
Referência: https://citacoes.in/autores/timothy-leary/