Relatorio - TL2 - TC
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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DA ENEGENHARIA ELECTROTÉCNICA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA - LABORAL
2o Ano, 1o Semestre
Relatório – Trabalho laboratorial N° 2
Cadeira:
Teoria de Circuitos
Tema:
INVESTIGAÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉCTRICOS DE C.A. COM LIGAÇÕES DOS
ELEMENTOS EM SÉRIE
Discente: Docentes:
Machocoro, Geronimo Fernando Andela Prof. Doutor Zacarias Chilengue
José Manuel Chissico
1 Introdução
Em princípio, pode-se descrever um sinal (tensão ou corrente) alter nado como aquele cujo
sentido de movimento ou cuja amplitude mudam periodicamente. Os sinais alternados (CA)
recebem nomes específicos, de acordo com a forma de seu gráfico em função do tempo.
Asssim, o presente relátorio tem como objectivo ilustrar o comportamento (através de valores
obtidos no experimento) a a cerca da correlação entre a corrente e a tensão num circuito em
série alimentado por uma fonte sinusoidal.
2 Objectivos
2.1 Objectivo geral
Investigar as correlações entre a corrente e a tensão num circuito em série alimentado
por uma fonte sinusoidal.
2.2 Objectivos especifícos
Adquirir habilidades na construção e análise dos diagramas vectoriais;
Verificar na prática um dos métodos de determinação de parâmetros de uma bobina
real, isto é, L e Rbob.
3 Resumo teórico
Uma corrente alternada é aquela que é alternadamente positiva e negativa. No caso em que essa
variação seja da forma sinusoidal, a corrente é designada alternada sinusoidal.
Nos circuitos de corrente contínua, a resistência elétrica é a única grandeza que expressa o
impedimento a passagem da corrente elétrica. Em corrente alternada, existem outros efeitos
além do resistivo que influenciam a passagem de corrente no circuito; por exemplo, a
indutância quando o circuito contém bobinas, ou a capacitância quando o circuito contém
capacitores. Deste modo, a razão tensão/corrente em um circuito de corrente alternada não
depende apenas das resistências elétricas do mesmo.
Por esse motivo, a razão entre tensão e corrente em um circuito de corrente alternada recebe
um outro nome: impedância, um termo que foi proposto por Oliver Heaviside em 1886.
Heaviside deu grandes contribuições à teoria eletromagnética, tendo reformulado as equações
de Maxwell na notação vetorial moderna. As contribuições de Heaviside também incluem o
cálculo vetorial, métodos de resolução de equações diferenciais e teoria de circuitos elétricos e
linhas de transmissão, além de ter introduzido outros termos como indutância e capacitância.
É possível representar matematicamente uma tensão alternada por: v(t) = vmáx senwt também
conhecida como equação do sinal alternado no domínio do tempo.
expressão:
2𝜋
w= = 2𝜋f [rad/s]
𝑇
Em que:
•T é o período do sinal alternado, em segundo; corresponde ao tempo gasto para uma volta
completa da espira ou, ainda, ao tempo necessário para a realização de um ciclo completo do
sinal alternado (CA);
1
𝑓=
𝑇
A expressão indica que frequência e período são inversamente proporcionais, ou seja, quanto
maior o período, menor a frequência e vice-versa.
4
–Vp = –Vmáx
Também chamado de valor DC (Vm = VDC), corresponde a uma componente contínua que
graficamente divide um ciclo do sinal CA em duas áreas iguais em módulo, como mostra a
figura.
Também chamado de valor RMS (Vef = VRMS), corresponde a uma componente contínua
imaginária que, no mesmo intervalo de um ciclo do sinal CA, produz a mesma potência total
desse sinal.
Graficamente, podemos dizer que a área total das duas figuras (no intervalo de um período do
sinal CA) possui o mesmo módulo.
(c) área equivalente para uma tensão constante (tensão eficaz) no mesmo período.
3.4 Defasagem
Quando analisamos dois ou mais sinais alternados de mesmo tipo e mesma frequência,
devemos observar no gráfico o comportamento de seus principais pontos (Vpp, zero) e verificar
se eles ocorrem ou não no mesmo instante (hemiciclos positivo e negativo de ambos ocorrendo
juntos), e o mesmo com os pontos de máximo e zeros. Nesse caso, os sinais estarão em fase,
como mostra a figura 5a.
V1 = Vmáx · sen(ωt+φ) e
V2 = Vmáx · sen(ωt)
Outra ferramenta importante para a análise de sinais alternados é feita por meio dos diagramas
fasoriais, que permitem efetuar as operações básicas entre vários sinais, como soma, subtração
etc.
Em corrente alternada, valem as mesmas leis que se aplicam à corrente contínua. A corrente
que surgirá no circuito segue a lei de Ohm e não ocorre defasagem entre a tensão e a corrente
no circuito, como mostra o gráfico da figura 9.
De modo análogo aos capacitores, o indutor oferece oposição à passagem da corrente elétrica,
mas, nesse caso, ela depende diretamente da frequência do sinal aplicado. Essa oposição recebe
o nome de reatância indutiva (XL), medida em ohms e expressa por:
XL = ωL
10
Lembrando o comportamento do indutor em DC, quando a tensão sobre ele é nula, a corrente
é máxima e vice-versa. Dessa maneira, obtêm-se os gráficos da figura 14.
3.8 Circuito RC
3.8.1 Resistência e capacitor em série
3.9 Circuito RL
3.9.1 Resistência e indutor em série
4 Cálculos
4.1 Experiência R-C em série
Dados: F = 400Hz ; C = 1µF ; R = 1kΩ
Resolucão:
1 1
Xc = 2𝜋𝑓𝐶 => Xc = 2𝜋400∗1µ => Xc = 398,08 Ω
˪
Z = R - jXc => Z = (1k - j398.08) Ω => Z = 1076,32 -21.70o
˪
Z = (1,5k - j398.08) Ω => Z=1551,92 -14.86o
˪
Z = R - jXc => Z = (1k - j3980,89) Ω => Z = 4104,56 -75,89o
1
Xc = => Xc = 796,17Ω
2𝜋200∗1µ
˪
Z = (1k - j796,17) Ω => Z = 1278,24 -38,52o
˪
Z = (1,5k - j796,17) Ω => Z = 16,98 -27,95o
˪
Z = (1,5k - j7961,78) Ω => Z = 8024,32 -82,84o
˪
Z = R + jXL => Z = (1k + j628) Ω => Z = 1180,84 32,12o
15
˪
Z = R + jXL => Z = (1,5k + j628) Ω => Z = 1626,15 32,71o
˪
Z = R + jXL => Z = (1,5k + j1256) Ω => Z = 1956,40 39,94o
Dados: F = 100 Hz ; L = 1 H ; R = 1k Ω
Resolucão::
X L= 1256Ω
˪
Z = R + jXL => Z = (1k + j1256) Ω => Z = 1605,47 51,57o
˪
Z = R + jXL => Z = (1,5k + j1256) Ω => Z = 1956,408 39,94o
5 Experiência
400 0.1 1,5 6 2,64 6,69 1,8 61,27 -52 0,001 0,86 -4,74 3,81
400 0,1 1 6 1,83 6,97 1,87 76,59 -75,9 0,001 2,15 -8,55 8,82
200 0,1 1 6 0,95 7,17 0.97 82,5 -82,8 0,001 0,56 -0,55 4,5
200 0,1 1,5 6 1,41 7,08 0,96 91,91 -60.0 0,001 0,23 -3,91 0,62
200 1 1,5 6 6,21 3,27 4,23 38,29 -28 0,001 18,23 -9,67 20,64
200 1 1 6 5,47 4,34 5,6 45,95 -38,5 0,001 21,5 -13,38 27,48
18
100 1 1,5 6 6,06 2,6 2,63 4,13 28,8 40 1 1k 14,1 11,79 18,36
19
6 Conclusão
Durante os cálculos pudemos notar que a fase (Φ), na reactância capacitiva era negativa e
quando era na indutiva era positiva isso devido a desfasagem entre a tensão do capacitor em
relação corrente no primeiro caso que atrasa 90 graus, e no segundo caso devido ao facto de a
tensão na bobina adianta-se em relação a corrente.
Pudemos verificar também uma das leis estudadas nas aulas teóricas nomeadamente: que a
reactância capacitiva é inversamente proporcional a frequência e a capacitância. Conforme se
pode constatar nos cálculos anteriores quando se estabeleceu a frequência 200 e 400Hz, a
reactância diminuiu pela metade. Disto podemos concluir que quando a frequência é alta a
reactância se aproxima de zero, ou seja um capacitor é curto para corrente alternada em altas
frequências. E quanto a reactância indutiva é o oposto da reactância capacitiva, ela é
diretamente proporcional a frequência e a indutância.
20
7 Referências bibliográficas
HAYT JR, William Hart., KEMMERLY, Jack E. Análise de circuitos em engenharia.
São Paulo: McGraw-Hill, 1975. 614 p.
NILSON, James W., RIEDEL, Susan A. Circuitos Elétricos. Rio de Janeiro: LTC, ed.
5, 2003.
BARTKOWIAK, Robert A. Circuitos eléctricos. Makron Books, 1994, São Paulo,
Brasil.