Impugnação À Contestação em Divórcio, Guarda e Alimentos

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA, SUCESSÕES E

3º CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE CALDAS NOVAS – GOIÁS.

Número do processo: XXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX


 

NOME DA REQUERENTE, já qualificada na ação de divórcio litigioso, autos em epígrafe, que


move em desfavor de NOME DO REQUERIDO, já qualificado também, por sua advogada infra-
assinada (doc. 01), com escritório situado no endereço descrito no rodapé desta, onde recebe as
intimações e avisos, vêm à presença de Vossa Excelência, apresentar IMPUGNAÇÃO à
contestação jungida no evento 85.

- DA TEMPESTIVIDADE
Nos termos dos artigos 219 c/c 350 do Código de Processo Civil, o prazo para apresentar
impugnação é de 15 dias úteis. Na audiência de conciliação realizada em 28/11/2017, pela qual
as partes entabularam acordo de alguns quesitos, foi-lhe concedido prazo de 15 (quinze) dias
para impugnar a contestação, portanto, o prazo inicial é de 29/11/2017 e o prazo final se dará
em 20/12/2017, o que foi prontamente atendido.
- DA IMPUGNAÇÃO
No termo de audiência jungido no evento 16, as partes concordaram quanto aos outros termos,
apenas o item 3 optaram pelo prosseguimento no feito:

3) quanto à guarda, alimentos e visitas as partes requerem o


prosseguimento do feito.

- GUARDA DAS FILHAS


Há uma contradição notória quanto à guarda, vez que, no item da contestação item por item, o
Demandado afirma sobre a impossibilidade de julgamento em conjunto das duas ações, pelas
quais tratam do mesmo assunto, que foi explicada na exordial sobre a pressão que a
Demandante sofreu em assinar os termos pré-estabelecidos pelo Demandado.

Ora, se caso esse instituto da guarda seja imutável, sendo assim, deverá ser considerado nulo
totalmente o item da reconvenção, vez que no termo já sentenciado, foi determinado que as
guardas das filhas ficassem com a genitora, ora Demandante, in verbis:

3. Sendo assim, os requerentes houveram por bem firmar o seguinte acordo: 3.1 – As
menores ficarão sob a GUARDA da MÃE;

E em continuação, o Demandado requer a guarda unilateral da filha, esse pedido não pode
prosperar vez que não há motivo para separar as irmãs, e a mãe deixa bem claro que não abre
mão da guarda e cuidados de suas filhas.

Isto porque,

[...], a constituição federal, ao consagrar o princípio da igualdade e assegurar ao homem


e à mulher os mesmos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal (CF 226, § 5º)
baniu discriminações, produzindo reflexos significativos no poder familiar. Deixou de
vingar a vontade masculina. Da mesma forma, o ECA, ao dar prioridade absoluta a
crianças e adolescentes, transformando-os em sujeitos de direito, trouxe toda uma nova
concepção, destacando os direitos fundamentais das pessoas de zero a 18 anos. 1

Falar em guarda de filhos pressupõe a separação dos pais. Porém, o fim do


relacionamento dos pais não pode levar a cisão dos direitos parentais. O rompimento do
vínculo familiar não deve comprometer a continuidade da convivência dos filhos com

1
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 8ª Ed. ver. E atual. – São Paulo: Editora RT, 2011, pág. 439.
ambos os genitores. É preciso que eles não se sintam objeto de vingança, em face dos
ressentimentos dos pais. 2

Informa que a Demandante não tem parentes aqui no município, e em breve será necessário
mudar para outro estado, vez que, seus pais, residirão definitivamente naquele, motivo pela qual
requer seja mantida a decisão já sentenciada do processo nº XXXX.XXXX.XXXX, que deferiu e
homologou a guardas das menores em favor da Demandante.

- DOS ALIMENTOS
A demandante reitera o pedido da exordial.

- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Diante do exposto, reitera os pedidos da exordial, bem como requer a total procedência dos
pedidos, vez que, já está mais do que provada às alegações da Requerente, para que seja
decretado por sentença o divórcio entre as partes, e posterior expedição do competente
mandado de averbação do divórcio, à margem do Registro de Casamento do casal ao Cartório de
Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de São Domingos do Maranhão – MA.

Ainda, sejam, ao final, arbitrados honorários dativos para a advogada que subscreve para serem
suportados pela defensoria pública nos termos da Lei 17.701/2012 que modificou a Portaria
293/03 e de consequência seja expedida certidão em nome desta.

Termos em que, pede deferimento.

Caldas Novas - Goiás, 11 de dezembro de 2017.

2
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias, 8ª Ed. ver. E atual. – São Paulo: Editora RT, 2011, pág. 440.
(Assinado digitalmente)

Sanmatta Raryne Souza


OAB/GO 42.261

Você também pode gostar